Post on 03-Oct-2015
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Estudos de Lngua FaladaOralidade e EnunciaoOralidade e Escrituralidade:
O modelo de Tradies Discursivas
13/10/2014IELP II
Caractersticas da LF x LE
Dilogo em presena ou ausncia
Planejamento e execuo simultneos
Mostra os processos
Sentido est no contexto
Presena das UDs, sem linearidade, tpicos vo sendo lanados multidirecionalmente, num vai-e-vem, com interrupes, repeties, correes etc., tudo vai pro ar
Modalidade considerada sem sintaxe tempos atrs
Texto colaborativo, co-autoria
Projeo de dilogo, sempre em ausncia
Planejamento e execuo no simultneos
Apaga / esconde os processos
Sentido est no texto
Presena de pargrafos, recursos grficos, pontuao, tpicos tm de ser colocados linearmente
nica modalidade descrita e estudada por sculos
Texto geralmente produzido em silncio, sem colaborao
Relevncia dos estudos de LF
Descrio > Teorizao LF + ensino = identidade (ex. Museu da Lngua Portuguesa) Gramtica Tradicional = lista de classificaes desencontradas
baseada apenas na LE > Gramtica empobrecida, pois reduzida a um conjunto de regras e cnones a serem decorados
Afinal, que tipo de gente os testes, pegadinhas e consultrios de gramtica vo formar? Gente que reflete, que raciocina?
NURC e PGPF: colocaram o Brasil como o pas a ter a sua modalidade culta falada amplamente descrita = autonomia
Os alunos sero capazes de formular novas perguntas , em vez de obter respostas s perguntas que nunca fizeram
Oralidade e enunciao (Hilgert)
Textos so produtos da enunciao (=discursivizao). Assim, assumem marcas das condies de sua produo.
Enunciao : o locutor tenta persuadir um interlocutor, numa situao comunicativa, e o interlocutor tenta inter pretar o que o locutor produz. O produto dessa enunciao o enunc iado (= discurso)
Mecanismos: debreagem (operao de projeo de pessoa, espao, tempo no enunciado, + ou marcados pela ora lidade) e embreagem (operao que neutraliza oposies das categorias, como o uso de voc impessoal, tempo presente em manchetes de notcias etc.)
Pressupostos tericos do modelo de Tradies Discur sivas
A origem do conceito de Tradies Discursivas
A lngua no uma obra (rgon), mas sim uma atividade (enrgeia). Por isso, sua verdadeira definio no pode ser seno gentica. Pois ela, na verdade, o repetido trabalho do esprito de transformar o som articulado em expresso do pensamento
(Humboldt, 1836)
una actividad humana universal que es realizada individualmente en situaciones determinadas por hablantes individuales como representantes de comunidades lingsticas con tradiciones comunitarias del saber hablar.
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O conceito de linguagem de Coseriu
Eugenio Coseriu (1921/2002)
Lingustica da langue X Lingustica da parole
Lingustica da langue : para Coseriu, Saussure indicava como nico objeto da lingustica a langue.
Lingustica da parole : Coseriu prope que o falar uma atividade universal que se realiza por indivduos particulares, enquanto membros de comunidades histricas. Portanto, pode ser considerada em senti do universal, em sentido particular e em sentido hist rico.
O estudo da lngua estudo de um aspecto do falar, que no abstrato nem exterior ao prprio falar e que, naturalmente, fundamental, pois o falar sempre histrico: sempre falar uma lngua.
Atribui-se a Peter Koch o termo Diskurstradition, que foi pela primeira vez utilizado em sua Habilitationsschrift:
Distanz im Dictamen. Zur Schriftlichkeit und Pragmatik mittelalterlicher Brief-und Redemodelle in Italien. Freiburg 1987.
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Kabatek (2006: 03)
Pode-se dizer que a atividade do falar, com uma finalidade comunicativa concreta, atravessaria dois filtros concomitantes at chegar ao produto do ato comunicativo ou enunciado: um primeiro filtro correspondente lngua e um segundo , correspondente s tradies discursivas.
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Oralidade e escrituralidade:A tenso proximidade X distncia comunicativas
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