Post on 25-Jan-2017
Universidade do Estado da Bahia – UNEB
Campus II – Alagoinhas
Disciplina: Estágio Supervisionado II
Docente: Cláudia Regina Souza
Discentes: Cristiane Nascimento, Edilândia Rios, João Hipólito Machado, Monalisa
Queiroz e Rejane Silva.
Filme: O Substituto.
Resenha
O filme “O Substituto” do diretor Robert Mandel lançado em 1996, retrata o
cotidiano de uma escola envolvida num sistema de violência e drogas. O longa-
metragem conta a história de uma professora que é agredida por uma gangue formada
por alunos da escola onde a mesma ensina. Descontente com a atitude de muitos alunos
que não á respeitavam e revidava com ameaças, a professora reage em busca de
soluções, mas é barrada pelo diretor da escola, que mantém em sigilo sua completa
relação com o crime.
Afastada da escola após ser agredida pela gangue que regue a instituição, Jane é
então substituída pelo seu marido, um ex-militar de nome Shale, que descobre coisas
intrigantes que acontecem na escola, passa a se envolver com os alunos e apresentar
suas aulas trazendo a realidade e uma nova perspectiva de futuro aos alunos.
Juntamente com seus amigos, Sr. Shale decide usar os conhecimentos adquiridos
nas guerrilhas para livrar a escola Columbus High dos comandantes do tráfico. Logo,
este grupo se infiltra, para acabar com os membros de uma gangue chamada "Kings of
Destruction", e o diretor, transformando a escola em palco de guerra e vitimada por um
confronto violento.
No contexto em questão, Sr. Shale não tem a formação adequada para o
exercício da profissão, mas através de diálogos e assuntos relacionados ao cotidiano,
consegue ganhar a confiança de muitos alunos. Emblemático, o filme procura relacionar
as metodologias de ensino da docência, baseado no respeito mútuo. Não há uma
preocupação com a organização espacial da sala de aula, mas esse deslocamento da
disciplina exterior para a interior é visto quando o professor consegue que os próprios
alunos se disciplinem.
Essa conquista é conseguida após o período em que o professor coloca seu
programa de salvamento em execução, quer por meio do envolvimento pessoal, do bom
humor, da força e autoridade ou mesmo por intermédio do investimento na exigência de
estudo e empenho dos alunos com suas atividades escolares. Com um tempo e espaço
disciplinar, esses alunos estruturam-se internamente, e não precisam mais do mestre,
pois a lição já foi aprendida e podem procurar melhores meios de viver suas vidas.
Em geral, tem-se uma dificuldade na atualidade com professores de escolas
públicas, pois o tráfico de drogas e a violência deixaram de ser ficção de filmes norte-
americanos e passou a ser o cotidiano de muitos docentes. No estágio de regência nota-
se uma grande dificuldade em algumas escolas em relação ao comportamento adquirido
pela direção da escola, que muitas vezes prefere se anular da responsabilidade de
administrar uma instituição acadêmica, por receio de alunos que estão envolvidos num
contexto de violência e drogas.
O papel do professor, na atualidade deixa de ser apenas um transportador de
informações científicas e centro da atenção em sala de aula, e passa a ser de conselheiro,
observador, preocupado com o futuro de seus discentes. No estágio supervisionado, este
pensamento é exposto não apenas como um discurso embelezado e passa a tornar o
cotidiano do estagiário, que tem que contextualizar a disciplina com a realidade de seus
alunos, enfrentar dificuldades sociais e institucionais.