00 z Encarte

7

description

o bom da musica paulistana

Transcript of 00 z Encarte

  • B A N D AL U I Z A L I A N V O ZM A R T I M B E R N A R D E S G U I T A R R AJ U L I A N O A B R A M O V A Y V I O L O , G U I T A R R AV I O L A B R A N C A [ L U A R ] , C U M B U S H [ M E T E M A ]T O M A S D E S O U Z A P I A N O , T E C L A D O , S A N F O N AG U I L H E R M E D A L M E I D A B A I X O E L T R I C OC H A R L E S T I X I E R B A T E R I A , M P C

    S E L O R I S C OG R A V A D O N O E S T D I O C A N O A2 0 1 4 P O R G U I J E S U S T O L E D O

    M I X A G E M G U I J E S U S T O L E D OE D I O J U L I A N O A B R A M O V A Y

    G U I J E S U S T O L E D OM A S T E R I Z A O G I L B E R T O A S S I S

    A R T E M A R I A C A U L E V Y

  • Um agradecimento de boca cheia aos tantos encontros que vieram semeando este disco comigo nos ltimos anos: Gui Jesus, Martim

    Bernardes, Juliano Abramovay, Charles Tixier, Guilherme DAlmeida e Toms de Souza.

    Foi maravilhoso criar com vocs este disco que leva meu nome, mas construdo com

    WDQWDVPRV'HQWURHIRUDGDFKDWFQLFD

    parceiros e artistas que estiveram conosco: Cau Levy, Gabi Cherubini, Paulo Scharlach,

    Ktia Knig, Amanda Amaral, Helena Guerra, Gui Giraldi, Riscos - TODOS. Thomas

    Huszar, que cedeu o Estdio Jabuticabeira para as gravaes adicionais.

    Fabiana Lian, G Marques, que me mostraram algumas das canes em um momento muito

    especial da minha vida. Ao Adi, sempre... Finalmente e muito especialmente,

    ao grande amigo e professor Rodrigo Naves, que apostou em uma artista independente

    HDMXGRXQDQDOL]DRGHVWHGLVFR2VRXWURV

    tantos que me inspiraram e deram fora para este projeto acontecer que no vo

    caber nessas letrinhas: obrigada, OBRIGADA, MUITO obrigada de corao.

    Nunca vi tanto choror Nunca vi tanto choror Meu Deus do Cu Quanto choror Meu Deus do Cu Quanto chororFoi minha Me que me chamou

    Para adentrar a Cachoeira

    A Cachoeira me adentrou

    E comeou a sua limpezaNunca vi tanto choror Nunca vi tanto choror Meu Deus do Cu Quanto choror Meu Deus do Cu Quanto chororMinha Rainha uma Flor

    Ela quem manda no meu corao

    As suas guas so as linhas

    Costurando a escurido

    CH

    OR

    OR

    L

    UI

    ZA

    L

    IA

    NEnce

    na, encena

    O charme d

    a urgncia

    de trepar

    Obscena, o

    bscena

    Interessada

    mente dev

    agar

    Sistema, s

    istema

    O gosto d

    e ter gosto

    de vulgar

    Cinema, cin

    ema

    Encena o

    lme todo

    E no se de

    ixa pra trs

    A chave no

    seu bolso

    Para abrir

    a porta ma

    s

    Ningum p

    ode saber

    do Sol

    Ningum p

    ode saber

    do som

    O gosto a

    margo arra

    nha sua vo

    z

    O jeito de

    cantar alte

    ra o tom

    Encena, en

    cena

    O charme d

    a urgncia

    de trepar

    Obscena, o

    bscena

    O discreto

    desejo de

    amar

    Poema, po

    ema

    Indecifrave

    lmente se

    entregar

    Algema, alg

    ema

    Encena o

    lme todo

    E no se de

    ixa pra trs

    A chave no

    seu bolso

    Para abrir

    a porta ma

    s

    Ningum p

    ode saber

    do Sol

    Ningum p

    ode saber

    do som

    O gosto a

    margo arra

    nha sua vo

    z

    O jeito de

    cantar alte

    ra o tom

    Malcia, ex

    plcita

    Os seus ol

    hos famin

    to

    Procurando

    a carnia

    Malcia exp

    lcita

    Os seus ol

    hos famin

    tos

    Procurando

    a carnia

    A moa co

    m seu ale

    crim

    Olhou pra

    mim

    Olhou pra

    mim

    A moa ch

    eiro de jasm

    im

    Olhou pra

    mim

    Olhou pra

    mim

    Encena, en

    cena

    O charme d

    a urgncia

    de trepar

    Obscena, o

    bscena

    Interessada

    mente dev

    agar

    Sistema, s

    istema

    O gosto d

    e ter gosto

    de vulgar

    Cinema, cin

    ema

    B

    RB

    AR

    A

    MA

    LA

    V

    GL

    IA

    ME

    T

    EM

    A

    Eu todo di

    a de manh

    Pego um

    nibus lotad

    o

    Prenso o co

    rao na p

    orta

    E me sinto

    apaixona

    do

    Bate bate

    porta

    Bate bate

    porta

    Meu cora

    o tem ne

    blinas

    Como toda

    s as manh

    s

    Que pena

    voc foi e

    mbora

    E eu perdi

    a hora

    De instala

    r meu im

    Bate porta

    , corao

    Preciso de

    um corpo

    colado

    Todo dia d

    e manh

    Um nibus

    lotado

    G

    MA

    RQ

    UE

    S

    G

    MA

    RQ

    UE

    S

    N

    IB

    US

    L

    OT

    AD

    O

    Ela a protetora dessa casa

    Essa casa de orao Aye eu Mame Oxum Ouro do Rei SalomoEla a dona da manjedoura

    Aonde abrigo o meu Jesus

    O meu Amor dedico a Ela

    Grande este brilho Que me conduzProtegei-nos destes enganos

    Que comentemos dentro da

    Linha Aye Eu, Mame Oxum Nos defendei, minha Rainha

    Protetora dessa casa, Guardi do corao Fazei-me agir na sabedoria

    Nestes encontros Com meus irmos

    PR

    OT

    ET

    OR

    A

    Me aproximo na escurido

    Te assimilo na multido

    Sou s um vulto Colhendo a sua dana Caindo pela curva Dos lugares onde passa

    No tem desculpa No s sombra no Nesse teatro de parede

    A parte escura minha moE eu vou chegar mais perto

    Pra diminuir a pose Dar-lhe uma rosa branca

    E enche-la de coresQuero ver se ela me conta

    As histrias do mar Quero ver se ela me conta

    As histrias do marVou sussurrar no seu ouvido

    Um poema do Neruda E se ela rir da minha cara

    s ter jogo de cintura

    E eu vou chegar mais perto

    Pra diminuir a pose No meu samba de paulista

    Sem gingado e doceQuero ver se eu no ganho

    A sua coroa de ores

    LU

    IZ

    A

    LI

    AN

    CO

    RO

    A

    DE

    F

    LO

    RE

    S

    Voc fala,

    fala, fala

    D espao

    pra falado

    r

    Fala, fala,

    fala

    Pra vanglo

    riar a sua d

    or

    Voc fala,

    fala, fala

    Alimenta s

    ua tristeza

    Fala, fala,

    fala

    Seu samba

    uma con

    sequncia

    Meu cant

    o eu fao

    tecendo

    Um desen

    ho no timb

    re da minh

    a voz

    Na levada

    eu fao a r

    eza

    No p eu d

    esato os m

    eus ns

    Voc fala,

    fala, fala

    Da espao

    pra falado

    r

    Fala, fala,

    fala

    Pra vanglo

    riar a sua d

    or

    Voc fala,

    fala, fala

    Alimenta s

    ua tristeza

    Fala, fala,

    fala

    Seu samba

    uma con

    sequncia

    J eu no

    sou dona d

    o samba,

    Canto o qu

    e ele me c

    ontou

    Eu sou con

    sequencia

    do samba

    Ele meu

    professor

    Apenas um

    mensagei

    ro

    Do samba,

    que um

    a or

    E eu sou c

    omo a terr

    a que ele

    Que usa p

    ra se com

    por

    LU

    IZ

    A

    LI

    AN

    FA

    LA

    DO

    R

    G

    MA

    RQ

    UE

    S

    B

    ET

    O

    BI

    AN

    CH

    I Eu te olhando assim to infeliz

    No Saberei medir sua aioSeu corpo quem me diz

    O volume opaco dessa solidoSentada na poltrona choras

    E o choro invade todo o saloNo rosto existe um choro que demora

    A escorrer liberto pelo mosE agora o seu olhar que gesticula

    Depois no ouvirs mais nenhum som

    Seu peito ensaia fome mas gula

    De quem sabe que no Sabe dizer no

    GU

    LA

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    27020_Maria Claudia encarte Luiza Lian.indd 2 23/03/2015 11:50:34

  • Um agradecimento de boca cheia aos tantos encontros que vieram semeando este disco comigo nos ltimos anos: Gui Jesus, Martim

    Bernardes, Juliano Abramovay, Charles Tixier, Guilherme DAlmeida e Toms de Souza.

    Foi maravilhoso criar com vocs este disco que leva meu nome, mas construdo com

    WDQWDVPRV'HQWURHIRUDGDFKDWFQLFD

    parceiros e artistas que estiveram conosco: Cau Levy, Gabi Cherubini, Paulo Scharlach,

    Ktia Knig, Amanda Amaral, Helena Guerra, Gui Giraldi, Riscos - TODOS. Thomas

    Huszar, que cedeu o Estdio Jabuticabeira para as gravaes adicionais.

    Fabiana Lian, G Marques, que me mostraram algumas das canes em um momento muito

    especial da minha vida. Ao Adi, sempre... Finalmente e muito especialmente,

    ao grande amigo e professor Rodrigo Naves, que apostou em uma artista independente

    HDMXGRXQDQDOL]DRGHVWHGLVFR2VRXWURV

    tantos que me inspiraram e deram fora para este projeto acontecer que no vo

    caber nessas letrinhas: obrigada, OBRIGADA, MUITO obrigada de corao.

    Nunca vi tanto choror Nunca vi tanto choror Meu Deus do Cu Quanto choror Meu Deus do Cu Quanto chororFoi minha Me que me chamou

    Para adentrar a Cachoeira

    A Cachoeira me adentrou

    E comeou a sua limpezaNunca vi tanto choror Nunca vi tanto choror Meu Deus do Cu Quanto choror Meu Deus do Cu Quanto chororMinha Rainha uma Flor

    Ela quem manda no meu corao

    As suas guas so as linhas

    Costurando a escurido

    CH

    OR

    OR

    L

    UI

    ZA

    L

    IA

    N

    Encena, en

    cena

    O charme d

    a urgncia

    de trepar

    Obscena, o

    bscena

    Interessada

    mente dev

    agar

    Sistema, s

    istema

    O gosto d

    e ter gosto

    de vulgar

    Cinema, cin

    ema

    Encena o

    lme todo

    E no se de

    ixa pra trs

    A chave no

    seu bolso

    Para abrir

    a porta ma

    s

    Ningum p

    ode saber

    do Sol

    Ningum p

    ode saber

    do som

    O gosto a

    margo arra

    nha sua vo

    z

    O jeito de

    cantar alte

    ra o tom

    Encena, en

    cena

    O charme d

    a urgncia

    de trepar

    Obscena, o

    bscena

    O discreto

    desejo de

    amar

    Poema, po

    ema

    Indecifrave

    lmente se

    entregar

    Algema, alg

    ema

    Encena o

    lme todo

    E no se de

    ixa pra trs

    A chave no

    seu bolso

    Para abrir

    a porta ma

    s

    Ningum p

    ode saber

    do Sol

    Ningum p

    ode saber

    do som

    O gosto a

    margo arra

    nha sua vo

    z

    O jeito de

    cantar alte

    ra o tom

    Malcia, ex

    plcita

    Os seus ol

    hos famin

    to

    Procurando

    a carnia

    Malcia exp

    lcita

    Os seus ol

    hos famin

    tos

    Procurando

    a carnia

    A moa co

    m seu ale

    crim

    Olhou pra

    mim

    Olhou pra

    mim

    A moa ch

    eiro de jasm

    im

    Olhou pra

    mim

    Olhou pra

    mim

    Encena, en

    cena

    O charme d

    a urgncia

    de trepar

    Obscena, o

    bscena

    Interessada

    mente dev

    agar

    Sistema, s

    istema

    O gosto d

    e ter gosto

    de vulgar

    Cinema, cin

    ema

    B

    RB

    AR

    A

    MA

    LA

    V

    GL

    IA

    ME

    T

    EM

    A

    Eu todo di

    a de manh

    Pego um

    nibus lotad

    o

    Prenso o co

    rao na p

    orta

    E me sinto

    apaixona

    do

    Bate bate

    porta

    Bate bate

    porta

    Meu cora

    o tem ne

    blinas

    Como toda

    s as manh

    s

    Que pena

    voc foi e

    mbora

    E eu perdi

    a hora

    De instala

    r meu im

    Bate porta

    , corao

    Preciso de

    um corpo

    colado

    Todo dia d

    e manh

    Um nibus

    lotado

    G

    MA

    RQ

    UE

    S

    G

    MA

    RQ

    UE

    S

    N

    IB

    US

    L

    OT

    AD

    O

    Ela a protetora dessa casa

    Essa casa de orao Aye eu Mame Oxum Ouro do Rei SalomoEla a dona da manjedoura

    Aonde abrigo o meu Jesus

    O meu Amor dedico a Ela

    Grande este brilho Que me conduzProtegei-nos destes enganos

    Que comentemos dentro da

    Linha Aye Eu, Mame Oxum Nos defendei, minha Rainha

    Protetora dessa casa, Guardi do corao Fazei-me agir na sabedoria

    Nestes encontros Com meus irmos

    PR

    OT

    ET

    OR

    A

    Me aproximo na escurido

    Te assimilo na multido

    Sou s um vulto Colhendo a sua dana Caindo pela curva Dos lugares onde passa

    No tem desculpa No s sombra no Nesse teatro de parede

    A parte escura minha moE eu vou chegar mais perto

    Pra diminuir a pose Dar-lhe uma rosa branca

    E enche-la de coresQuero ver se ela me conta

    As histrias do mar Quero ver se ela me conta

    As histrias do marVou sussurrar no seu ouvido

    Um poema do Neruda E se ela rir da minha cara

    s ter jogo de cintura

    E eu vou chegar mais perto

    Pra diminuir a pose No meu samba de paulista

    Sem gingado e doceQuero ver se eu no ganho

    A sua coroa de ores

    LU

    IZ

    A

    LI

    AN

    CO

    RO

    A

    DE

    F

    LO

    RE

    S

    Voc fala,

    fala, fala

    D espao

    pra falado

    r

    Fala, fala,

    fala

    Pra vanglo

    riar a sua d

    or

    Voc fala,

    fala, fala

    Alimenta s

    ua tristeza

    Fala, fala,

    fala

    Seu samba

    uma con

    sequncia

    Meu cant

    o eu fao

    tecendo

    Um desen

    ho no timb

    re da minh

    a voz

    Na levada

    eu fao a r

    eza

    No p eu d

    esato os m

    eus ns

    Voc fala,

    fala, fala

    Da espao

    pra falado

    r

    Fala, fala,

    fala

    Pra vanglo

    riar a sua d

    or

    Voc fala,

    fala, fala

    Alimenta s

    ua tristeza

    Fala, fala,

    fala

    Seu samba

    uma con

    sequncia

    J eu no

    sou dona d

    o samba,

    Canto o qu

    e ele me c

    ontou

    Eu sou con

    sequencia

    do samba

    Ele meu

    professor

    Apenas um

    mensagei

    ro

    Do samba,

    que um

    a or

    E eu sou c

    omo a terr

    a que ele

    Que usa p

    ra se com

    porL

    UI

    ZA

    L

    IA

    N

    FA

    LA

    DO

    R

    G

    MA

    RQ

    UE

    S

    B

    ET

    O

    BI

    AN

    CH

    I Eu te olhando assim to infeliz

    No Saberei medir sua aioSeu corpo quem me diz

    O volume opaco dessa solidoSentada na poltrona choras

    E o choro invade todo o saloNo rosto existe um choro que demora

    A escorrer liberto pelo mosE agora o seu olhar que gesticula

    Depois no ouvirs mais nenhum som

    Seu peito ensaia fome mas gula

    De quem sabe que no Sabe dizer no

    GU

    LA

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    27020_Maria Claudia encarte Luiza Lian.indd 2 23/03/2015 11:50:34

  • Por falta de carinho ou mar

    Por falta de cachimbo ou caf

    Viciado Desejoso Assustado de fascinaoNa busca de um espelho qualquer

    Na fria de um destino melhor

    Distrado pisou Iludiu, despedaou O corao de uma pobre mulher

    Linda, Linda! Receba estas ores, Mas no saia do lugar Muda, musa, maravilhosa!

    Pouca a prosa ao lhe ver passar

    Voa, ca na lua Seja a Diva da minha co

    Mas no caia Das escadas Da imaginao

    A luz da vela Ouro Mansa

    Luz amarela Amena LanaUm pensamento aberto

    Inteiro Aberto ao tempo absorto

    EsperoA dana calma Doce

    AlheiaEm que esvai minha alma

    Em que VagueiaMinha vida incerta Prossegue belaSerena luz A luz da velaOuro

    LU

    IZ

    A

    LI

    AN

    LI

    ND

    A,

    LI

    ND

    A

    A

    LU

    Z

    DA

    V

    EL

    A

    Escuta Z,

    Voc me c

    ansa com

    seus medo

    s

    E essa ns

    ia pelo arr

    emedo

    Voc est

    morto

    Com o pav

    or que seu

    corpo insp

    ira

    Voc quer

    mais, mas

    A or que

    voc exal

    a lhe pira

    E iguala, m

    e escuta, Z

    Aos anima

    is

    Voc se co

    ntenta com

    a alegria

    Com data

    dos carnav

    ais

    Voc quer

    correr pelo

    s campos

    Numa exalt

    ao da vi

    da

    E consegu

    e no mxim

    o

    Alegorias d

    e amor na

    Avenida

    Voc s am

    a o amant

    e na cama

    Pela telev

    iso enqua

    drado

    E as muitas

    putas com

    corao

    Das multid

    es de Jorg

    e amado

    Voc quer

    ser livre, v

    oc quer s

    ada

    Mas na ver

    dade tem

    asco

    Da sua pr

    pria liberd

    ade

    Quando

    de fato viv

    ida

    Escuta Z,

    voc me e

    nja

    Com essa

    vida que vo

    c leva to

    a

    Falando pa

    ra os outr

    os que ela

    boa

    Quando

    de fato fer

    ida

    Seu presen

    te para o a

    mor o so

    nho

    Ou a coroa

    de espinh

    o

    Voc morr

    er cedo,

    Z

    Por que se

    u desejo

    mesquinh

    o

    ES

    CU

    TA

    Z

    Peque sim Me leve em seu perdo Peque sim Me pegue pela mo

    Pela moLeve sim Me regue em meu jardim

    Meu jardim ao toque Da sua mo Da sua mo Na sua linha Na sua voz Que leve a minhaNum cordo Me regue em meu perdo

    Minha voz Me regue em meu perdo

    Carregue nessa canoMe leve E me deixe cair Semear o cho

    JA

    RD

    IM

    LU

    IZ

    A

    LI

    AN

    LU

    IZ

    A

    LI

    AN

    LU

    IZ

    A

    LI

    AN

    Artista de cinema Das esquinas onde eu paro

    As buzinas so minha trilha

    Nos farois monto meu palco

    E as ruas, passarelas Onde eu canto a minha histria

    Distribuo minhas mazelas Mississipi Blues Te trago nos meus prantos

    Minha Mississipi / Luz Que mal sabe dos seu cantos

    Mississipi Blues Me salva da rotina no seu balano Que eu escrevo a minha sina

    Rio negro, meu espelho

    Sob a luz do cu rachado

    Na fumaa diluida Pe-se o sol, avermelhado

    Onde tocando o sapateado

    Eu vou descendo a ladeira

    Embalando a choradeiraMississipi Blues Trago os seus prantos,

    Na minha Mississipi / Luz

    Que mal sabe dos seu cantos

    Mississipi Blues Me leva na boleia, Na prxima cidade Onde eu farei a sua estreia

    MI

    SS

    IS

    SI

    PI

    L

    UZ

    Quanto mar luar Quanto brilho Que me leva A nadar No seu trilhoMas me banho, luar

    To imenso Na imagem Das nuvens No ventoMe confundo luar

    Quando prendo Se no deixo voar Meu pensamentoMas me banho luar

    No suspiro Dos limites Em seu azul innito

    LU

    AR

    G

    MA

    RQ

    UE

    S G

    MA

    RQ

    UE

    S

    BE

    TO

    B

    IA

    NC

    HI

    8

    9

    11

    10

    12

    13

    Este disco

    foi coletiv

    amente

    produzido p

    or Gui Jesu

    s

    Toledo, Ma

    rtim Bernar

    des,

    Juliano Ab

    ramovay, C

    harles

    Tixier, Gui

    lherme DA

    lmeida,

    Toms de S

    ouza e Luiz

    a Lian

    Coro Feminino

    em Choror,

    Protetora e Lin

    da, Linda

    Maiana M

    onteiro, Na

    thalia

    Ernesto e M

    aria Cau Le

    vy

    Coro de Palma

    s em Protetora

    e

    Coro Masculin

    o

    Cau Bene

    tti, Martim

    Bernardes

    , Charles T

    ixier,

    Juliano Ab

    ramovay

    Percusso em

    Protetora

    e Choror

    Gabriel Ba

    sile

    Gravaes adi

    cionais

    Estdio Jab

    uticabeira

    por

    Juliano Ab

    ramovay

    e Thomas H

    uszar

    )RWRJUDDV

    Capa: Est

    dio Cecilia

    Laszkiewic

    z por Mari

    a Cau

    Levy e Oli

    via Pedroso

    Encarte: A

    manda Am

    aral

    ENCARTE7.indd 2 19/03/15 15:1527020_Maria Claudia encarte Luiza Lian.indd 1 23/03/2015 11:50:33

  • Por falta de carinho ou mar

    Por falta de cachimbo ou caf

    Viciado Desejoso Assustado de fascinaoNa busca de um espelho qualquer

    Na fria de um destino melhor

    Distrado pisou Iludiu, despedaou O corao de uma pobre mulher

    Linda, Linda! Receba estas ores, Mas no saia do lugar Muda, musa, maravilhosa!

    Pouca a prosa ao lhe ver passar

    Voa, ca na lua Seja a Diva da minha co

    Mas no caia Das escadas Da imaginao

    A luz da vela Ouro Mansa

    Luz amarela Amena LanaUm pensamento aberto

    Inteiro Aberto ao tempo absorto

    EsperoA dana calma Doce

    AlheiaEm que esvai minha alma

    Em que VagueiaMinha vida incerta Prossegue belaSerena luz A luz da velaOuro

    LU

    IZ

    A

    LI

    AN

    LI

    ND

    A,

    LI

    ND

    A

    A

    LU

    Z

    DA

    V

    EL

    A

    Escuta Z,

    Voc me c

    ansa com

    seus medo

    s

    E essa ns

    ia pelo arr

    emedo

    Voc est

    morto

    Com o pav

    or que seu

    corpo insp

    ira

    Voc quer

    mais, mas

    A or que

    voc exal

    a lhe pira

    E iguala, m

    e escuta, Z

    Aos anima

    is

    Voc se co

    ntenta com

    a alegria

    Com data

    dos carnav

    ais

    Voc quer

    correr pelo

    s campos

    Numa exalt

    ao da vi

    da

    E consegu

    e no mxim

    o

    Alegorias d

    e amor na

    Avenida

    Voc s am

    a o amant

    e na cama

    Pela telev

    iso enqua

    drado

    E as muitas

    putas com

    corao

    Das multid

    es de Jorg

    e amado

    Voc quer

    ser livre, v

    oc quer s

    ada

    Mas na ver

    dade tem

    asco

    Da sua pr

    pria liberd

    ade

    Quando

    de fato viv

    ida

    Escuta Z,

    voc me e

    nja

    Com essa

    vida que vo

    c leva to

    a

    Falando pa

    ra os outr

    os que ela

    boa

    Quando

    de fato fer

    ida

    Seu presen

    te para o a

    mor o so

    nho

    Ou a coroa

    de espinh

    o

    Voc morr

    er cedo,

    Z

    Por que se

    u desejo

    mesquinh

    o

    ES

    CU

    TA

    Z

    Peque sim Me leve em seu perdo Peque sim Me pegue pela mo

    Pela moLeve sim Me regue em meu jardim

    Meu jardim ao toque Da sua mo Da sua mo Na sua linha Na sua voz Que leve a minhaNum cordo Me regue em meu perdo

    Minha voz Me regue em meu perdo

    Carregue nessa canoMe leve E me deixe cair Semear o cho

    JA

    RD

    IM

    LU

    IZ

    A

    LI

    AN

    LU

    IZ

    A

    LI

    AN

    LU

    IZ

    A

    LI

    AN

    Artista de cinema Das esquinas onde eu paro

    As buzinas so minha trilha

    Nos farois monto meu palco

    E as ruas, passarelas Onde eu canto a minha histria

    Distribuo minhas mazelas Mississipi Blues Te trago nos meus prantos

    Minha Mississipi / Luz Que mal sabe dos seu cantos

    Mississipi Blues Me salva da rotina no seu balano Que eu escrevo a minha sina

    Rio negro, meu espelho

    Sob a luz do cu rachado

    Na fumaa diluida Pe-se o sol, avermelhado

    Onde tocando o sapateado

    Eu vou descendo a ladeira

    Embalando a choradeiraMississipi Blues Trago os seus prantos,

    Na minha Mississipi / Luz

    Que mal sabe dos seu cantos

    Mississipi Blues Me leva na boleia, Na prxima cidade Onde eu farei a sua estreia

    MI

    SS

    IS

    SI

    PI

    L

    UZ

    Quanto mar luar Quanto brilho Que me leva A nadar No seu trilhoMas me banho, luar

    To imenso Na imagem Das nuvens No ventoMe confundo luar

    Quando prendo Se no deixo voar Meu pensamentoMas me banho luar

    No suspiro Dos limites Em seu azul innito

    LU

    AR

    G

    MA

    RQ

    UE

    S G

    MA

    RQ

    UE

    S

    BE

    TO

    B

    IA

    NC

    HI

    8

    9

    11

    10

    12

    13

    Este disco

    foi coletiv

    amente

    produzido p

    or Gui Jesu

    s

    Toledo, Ma

    rtim Bernar

    des,

    Juliano Ab

    ramovay, C

    harles

    Tixier, Gui

    lherme DA

    lmeida,

    Toms de S

    ouza e Luiz

    a Lian

    Coro Feminino

    em Choror,

    Protetora e Lin

    da, Linda

    Maiana M

    onteiro, Na

    thalia

    Ernesto e M

    aria Cau Le

    vy

    Coro de Palma

    s em Protetora

    e

    Coro Masculin

    o

    Cau Bene

    tti, Martim

    Bernardes

    , Charles T

    ixier,

    Juliano Ab

    ramovay

    Percusso em

    Protetora

    e Choror

    Gabriel Ba

    sile

    Gravaes adi

    cionais

    Estdio Jab

    uticabeira

    por

    Juliano Ab

    ramovay

    e Thomas H

    uszar

    )RWRJUDDV

    Capa: Est

    dio Cecilia

    Laszkiewic

    z por Mari

    a Cau

    Levy e Oli

    via Pedroso

    Encarte: A

    manda Am

    aral

    ENCARTE7.indd 2 19/03/15 15:1527020_Maria Claudia encarte Luiza Lian.indd 1 23/03/2015 11:50:33

  • Um agradecimento de boca cheia aos tantos encontros que vieram semeando este disco comigo nos ltimos anos: Gui Jesus, Martim

    Bernardes, Juliano Abramovay, Charles Tixier, Guilherme DAlmeida e Toms de Souza.

    Foi maravilhoso criar com vocs este disco que leva meu nome, mas construdo com

    WDQWDVPRV'HQWURHIRUDGDFKDWFQLFD

    parceiros e artistas que estiveram conosco: Cau Levy, Gabi Cherubini, Paulo Scharlach,

    Ktia Knig, Amanda Amaral, Helena Guerra, Gui Giraldi, Riscos - TODOS. Thomas

    Huszar, que cedeu o Estdio Jabuticabeira para as gravaes adicionais.

    Fabiana Lian, G Marques, que me mostraram algumas das canes em um momento muito

    especial da minha vida. Ao Adi, sempre... Finalmente e muito especialmente,

    ao grande amigo e professor Rodrigo Naves, que apostou em uma artista independente

    HDMXGRXQDQDOL]DRGHVWHGLVFR2VRXWURV

    tantos que me inspiraram e deram fora para este projeto acontecer que no vo

    caber nessas letrinhas: obrigada, OBRIGADA, MUITO obrigada de corao.

    Nunca vi tanto choror Nunca vi tanto choror Meu Deus do Cu Quanto choror Meu Deus do Cu Quanto chororFoi minha Me que me chamou

    Para adentrar a Cachoeira

    A Cachoeira me adentrou

    E comeou a sua limpezaNunca vi tanto choror Nunca vi tanto choror Meu Deus do Cu Quanto choror Meu Deus do Cu Quanto chororMinha Rainha uma Flor

    Ela quem manda no meu corao

    As suas guas so as linhas

    Costurando a escurido

    CH

    OR

    OR

    L

    UI

    ZA

    L

    IA

    N

    Encena, en

    cena

    O charme d

    a urgncia

    de trepar

    Obscena, o

    bscena

    Interessada

    mente dev

    agar

    Sistema, s

    istema

    O gosto d

    e ter gosto

    de vulgar

    Cinema, cin

    ema

    Encena o

    lme todo

    E no se de

    ixa pra trs

    A chave no

    seu bolso

    Para abrir

    a porta ma

    s

    Ningum p

    ode saber

    do Sol

    Ningum p

    ode saber

    do som

    O gosto a

    margo arra

    nha sua vo

    z

    O jeito de

    cantar alte

    ra o tom

    Encena, en

    cena

    O charme d

    a urgncia

    de trepar

    Obscena, o

    bscena

    O discreto

    desejo de

    amar

    Poema, po

    ema

    Indecifrave

    lmente se

    entregar

    Algema, alg

    ema

    Encena o

    lme todo

    E no se de

    ixa pra trs

    A chave no

    seu bolso

    Para abrir

    a porta ma

    s

    Ningum p

    ode saber

    do Sol

    Ningum p

    ode saber

    do som

    O gosto a

    margo arra

    nha sua vo

    z

    O jeito de

    cantar alte

    ra o tom

    Malcia, ex

    plcita

    Os seus ol

    hos famin

    to

    Procurando

    a carnia

    Malcia exp

    lcita

    Os seus ol

    hos famin

    tos

    Procurando

    a carnia

    A moa co

    m seu ale

    crim

    Olhou pra

    mim

    Olhou pra

    mim

    A moa ch

    eiro de jasm

    im

    Olhou pra

    mim

    Olhou pra

    mim

    Encena, en

    cena

    O charme d

    a urgncia

    de trepar

    Obscena, o

    bscena

    Interessada

    mente dev

    agar

    Sistema, s

    istema

    O gosto d

    e ter gosto

    de vulgar

    Cinema, cin

    ema

    B

    RB

    AR

    A

    MA

    LA

    V

    GL

    IA

    ME

    T

    EM

    A

    Eu todo di

    a de manh

    Pego um

    nibus lotad

    o

    Prenso o co

    rao na p

    orta

    E me sinto

    apaixona

    do

    Bate bate

    porta

    Bate bate

    porta

    Meu cora

    o tem ne

    blinas

    Como toda

    s as manh

    s

    Que pena

    voc foi e

    mbora

    E eu perdi

    a hora

    De instala

    r meu im

    Bate porta

    , corao

    Preciso de

    um corpo

    colado

    Todo dia d

    e manh

    Um nibus

    lotado

    G

    MA

    RQ

    UE

    S

    G

    MA

    RQ

    UE

    S

    N

    IB

    US

    L

    OT

    AD

    O

    Ela a protetora dessa casa

    Essa casa de orao Aye eu Mame Oxum Ouro do Rei SalomoEla a dona da manjedoura

    Aonde abrigo o meu Jesus

    O meu Amor dedico a Ela

    Grande este brilho Que me conduzProtegei-nos destes enganos

    Que comentemos dentro da

    Linha Aye Eu, Mame Oxum Nos defendei, minha Rainha

    Protetora dessa casa, Guardi do corao Fazei-me agir na sabedoria

    Nestes encontros Com meus irmos

    PR

    OT

    ET

    OR

    A

    Me aproximo na escurido

    Te assimilo na multido

    Sou s um vulto Colhendo a sua dana Caindo pela curva Dos lugares onde passa

    No tem desculpa No s sombra no Nesse teatro de parede

    A parte escura minha moE eu vou chegar mais perto

    Pra diminuir a pose Dar-lhe uma rosa branca

    E enche-la de coresQuero ver se ela me conta

    As histrias do mar Quero ver se ela me conta

    As histrias do marVou sussurrar no seu ouvido

    Um poema do Neruda E se ela rir da minha cara

    s ter jogo de cintura

    E eu vou chegar mais perto

    Pra diminuir a pose No meu samba de paulista

    Sem gingado e doceQuero ver se eu no ganho

    A sua coroa de ores

    LU

    IZ

    A

    LI

    AN

    CO

    RO

    A

    DE

    F

    LO

    RE

    S

    Voc fala,

    fala, fala

    D espao

    pra falado

    r

    Fala, fala,

    fala

    Pra vanglo

    riar a sua d

    or

    Voc fala,

    fala, fala

    Alimenta s

    ua tristeza

    Fala, fala,

    fala

    Seu samba

    uma con

    sequncia

    Meu cant

    o eu fao

    tecendo

    Um desen

    ho no timb

    re da minh

    a voz

    Na levada

    eu fao a r

    eza

    No p eu d

    esato os m

    eus ns

    Voc fala,

    fala, fala

    Da espao

    pra falado

    r

    Fala, fala,

    fala

    Pra vanglo

    riar a sua d

    or

    Voc fala,

    fala, fala

    Alimenta s

    ua tristeza

    Fala, fala,

    fala

    Seu samba

    uma con

    sequncia

    J eu no

    sou dona d

    o samba,

    Canto o qu

    e ele me c

    ontou

    Eu sou con

    sequencia

    do samba

    Ele meu

    professor

    Apenas um

    mensagei

    ro

    Do samba,

    que um

    a or

    E eu sou c

    omo a terr

    a que ele

    Que usa p

    ra se com

    por

    LU

    IZ

    A

    LI

    AN

    FA

    LA

    DO

    R

    G

    MA

    RQ

    UE

    S

    B

    ET

    O

    BI

    AN

    CH

    I Eu te olhando assim to infeliz

    No Saberei medir sua aioSeu corpo quem me diz

    O volume opaco dessa solidoSentada na poltrona choras

    E o choro invade todo o saloNo rosto existe um choro que demora

    A escorrer liberto pelo mosE agora o seu olhar que gesticula

    Depois no ouvirs mais nenhum som

    Seu peito ensaia fome mas gula

    De quem sabe que no Sabe dizer no

    GU

    LA

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    27020_Maria Claudia encarte Luiza Lian.indd 2 23/03/2015 11:50:34