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CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT A CONTRIBUIÇÃO DA INCUBADORA DE EMPRESAS NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DA REGIÃO CENTRAL DA CIDADE DE SANTOS GILSON GERALDO SANTOS KÁTIA CRISTINA DUQUE PIMENTEL Professor Orientador – ALEXANDRE MACHADO Santos 2008

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT

A CONTRIBUIÇÃO DA INCUBADORA DE EMPRESAS

NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DA REGIÃO

CENTRAL DA CIDADE DE SANTOS

GILSON GERALDO SANTOS

KÁTIA CRISTINA DUQUE PIMENTEL

Professor Orientador – ALEXANDRE MACHADO

Santos

2008

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INCUBADORA DE EMPRESAS

CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT

A CONTRIBUIÇÃO DA INCUBADORA DE EMPRESAS

NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DA REGIÃO

CENTRAL DA CIDADE DE SANTOS

GILSON GERALDO SANTOS

KÁTIA CRISTINA DUQUE PIMENTEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Centro Universitário Monte Serrat - UNIMONTE,

como exigência parcial para obtenção do Título de

Bacharel em Administração.

Orientador: Professor Alexandre Machado

Santos

2008

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INCUBADORA DE EMPRESAS

S237c Santos, Gilson Geraldo, 1967- A contribuição da Incubadora de Empresas no desenvolvimento

econômico da região central da cidade de Santos / Gilson Geraldo Santos, Kátia Cristina Duque Pimentel. – 2008.

91 f. : 30 cm.

Orientador: Prof. Alexandre Machado.

Trabalho de conclusão de curso (graduação) - Centro Universitário Monte Serrat, Curso de Administração, 2008.

1. Incubadora de Empresas. 2. Desenvolvimento econômico I. Machado, Alexandre II. A contribuição da Incubadora de Empresas no desenvolvimento econômico da região central da cidade de Santos.

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INCUBADORA DE EMPRESAS

GILSON GERALDO SANTOS

KÁTIA CRISTINA DUQUE PIMENTEL

A CONTRIBUIÇÃO DA INCUBADORA DE EMPRESAS NO

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DA REGIÃO CENTRAL

DA CIDADE DE SANTOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Centro Universitário Monte Serrat - UNIMONTE,

como exigência parcial para obtenção do Título de

Bacharel em Administração.

Orientador: Professor Alexandre Machado

BANCA EXAMINADORA:

Nome do Examinador:

Titulação:

Instituição:

Nome do Examinador:

Titulação:

Instituição:

Local: Centro Universitário Monte Serrat – UNIMONTE

Data da Aprovação: 06/12/2008

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INCUBADORA DE EMPRESAS

O futuro tem muitos nomes. Para os incapazes o inalcançável, para os medrosos o desconhecido, para os valentes a oportunidade.

VICTOR HUGO

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INCUBADORA DE EMPRESAS

Agradeço, inicialmente, a Deus, que me mostrou um caminho a seguir, que me iluminou, e guiou-me durante toda essa trajetória, ensinando-me como desviar dos obstáculos difíceis e a superar cada dificuldade sem jamais esmorecer.

A todos os tutores, mestres que, cada um à sua forma, dedicaram seu tempo e sua experiência, enriquecendo-me com seus conhecimentos, fazendo também que seus ensinamentos fossem um aprendizado de vida.

A todos os meus familiares e amigos, por cada palavra de apoio e incentivo, por estes proferidos a mim, fazendo com que eu jamais desistisse.

A todos os colegas de curso que, juntamente comigo, lutaram e venceram mais essa etapa de vida. Aos colegas que não conseguiram completar a jornada, pelos momentos em que estivemos juntos.

A todos os funcionários, do mais alto cargo ao mais simples, que sempre me acolheram e me atenderam com a maior dedicação e empenho.

GILSON SANTOS

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INCUBADORA DE EMPRESAS

Dedico esse trabalho em primeiro lugar a DEUS, pois Ele é o responsável pela minha existência, por iluminar os meus pensamentos e acima de tudo me proporcionar saúde para que eu possa enfrentar os obstáculos da vida.

Agradeço ao meu pai Sylvio Vieira Duque (in memorian) por toda a sabedoria que me passou e a minha mãe Eunice pelo amor e carinho que me proporciona em todos os momentos da minha vida.

Ao meu marido Fábio, que de forma especial sempre acreditou em mim e me deu força e coragem, apoiando e ajudando nos momentos de dificuldades nesses quatro anos de faculdade.

Aos meus filhos Caio, Aline e Thales, foi neles que busquei inspiração e coragem para chegar até aqui.

A todos os meus amigos que me ajudaram na construção deste trabalho.

KÁTIA CRISTINA DUQUE PIMENTEL

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INCUBADORA DE EMPRESAS - vi

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................................... viii

RESUMO ................................................................................................................................................ ix

ABSTRACT ............................................................................................................................................. x

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 11

1 INCUBADORA ................................................................................................................................. 13

1.1Classificação das Empresas ............................................................................................. 15

1.2 Fatores Críticos para o Sucesso de uma Incubadora de Empresas ................................. 18

1.3 Benefícios Agregados às Empresas Incubadas (Diretos)................................................ 20

1.4 Benefícios Agregados à Comunidade e à Região (Indiretos) ......................................... 20

1.5 Estudo da Viabilidade Técnica e Econômica – EVTE ................................................... 20

1.6 Tipos de Incubadoras Existentes ..................................................................................... 22

1.7 Modalidades de Incubação .............................................................................................. 22

1.8 Origem ............................................................................................................................ 23

1.9 Incubadoras no Brasil ..................................................................................................... 25

1.10 Tipos de Incubadoras .................................................................................................... 26

1.11 A Anprotec .................................................................................................................... 30

1.12 Micro e Pequenas Empresas ......................................................................................... 30

1.12.1 Conceito ............................................................................................................................. 30

1.12.2 Apresentação ...................................................................................................................... 31

1.12.3 Taxa de Mortalidade ........................................................................................................... 31

1.13 Sebrae ............................................................................................................................ 32

1.14 Plano de Negócio .......................................................................................................... 33

1.15 Empreendedorismo e Inovação ..................................................................................... 35

1.15.1 Dados Sobre Empreendedorismo No Brasil ....................................................................... 37

1.16 Incubadora de Empresas de Santos - IES ..................................................................... 39

1.16.1 Associação Comercial de Santos ........................................................................................ 44

1.16.2 Responsabilidades das Demais Signatárias da Incubadora ................................................ 45

1.16.3 Empresas Residentes .......................................................................................................... 47

1.16.4 Empresas Não-Residentes .................................................................................................. 50

1.16.5 Empresas Graduadas .......................................................................................................... 52

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INCUBADORA DE EMPRESAS - vii

1.16.6 Infovia ................................................................................................................................ 54

1.16.7Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação e Comunicações - APL TIC ........ 55

2 PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTOS ...................................................................................... 57

2.1 Evolução ......................................................................................................................... 57

2.2 Modernização .................................................................................................................. 57

2.3 Projetos Futuros .............................................................................................................. 59

2.4 Alegra Centro .................................................................................................................. 65

2.5 Secretaria de Planejamento – SEPLAN .......................................................................... 67

3 PROPOSTA ....................................................................................................................................... 70

3.1Cenário ............................................................................................................................. 70

4 PLANO DE AÇÃO ........................................................................................................................... 74

4.1 Representação Gráfica da Pesquisa ................................................................................ 75

4.2 Avaliação ........................................................................................................................ 81

4.3 Investimentos .................................................................................................................. 81

4.4 Marketing ........................................................................................................................ 82

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................ 84

ANEXOS............................................................................................................................................... 86

ANEXO 1 .............................................................................................................................................. 87

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INCUBADORA DE EMPRESAS - viii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Fluxograma do Caminho Empresarial / Atividades da Incubadora.....................................16

Figura 2 – Fatores Críticos de Sucesso para o Desenvolvimento de Incubadoras de Empresas.........18

Figura 3 – Motivos que levam ao fechamento das em presas.............................................................28

Figura 4 – Mapa de números de incubadoras no Brasil......................................................................29

Figura 5 – Organograma da Incubadora de Empresas de Santos........................................................41

Figura 6 – Teatro Guarany antes da restauração.................................................................................61

Figura 7 – Maket do Teatro Guarany após a restauração...................................................................61

Figura 8 – Ruínas dos Casarões do Valongo......................................................................................62

Figura 9 – Maket do Museu Pelé........................................................................................................62

Figura 10 –Maket da Marina no Porto de Santos 1............................................................................64

Figura 11 – Maket da Marina no Porto de Santos 2...........................................................................64

GRÁFICO 1 – Pergunta 1...................................................................................................................75

GRÁFICO 2 – Pergunta 2...................................................................................................................75

GRÁFICO 3 – Pergunta 3...................................................................................................................76

GRÁFICO 4 – Pergunta 4...................................................................................................................76

GRÁFICO 5 – Pergunta 5...................................................................................................................77

GRÁFICO 6 – Pergunta 6...................................................................................................................77

GRÁGICO 7 – Pergunta 7..................................................................................................................78

GRÁFICO 8 – Pergunta 8..................................................................................................................78

GRÁFICO 9 – Pergunta 9..................................................................................................................79

GRÁFICO 10 – Pergunta 10..............................................................................................................79

GRÁFICO 11 – Total de entrevistados..............................................................................................80

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INCUBADORA DE EMPRESAS - ix

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo avaliar a contribuição da Incubadora de Empresas de Santos – IES na evolução da economia e revitalização da Região do Centro Histórico da Cidade de Santos. Para constatar o fato, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre incubadoras de empresas, sua origem, evolução no mundo e no Brasil. Apresentamos dados da IES, incentivo ao empreendedorismo na região e o apoio às micros e pequenas empresas. Foram realizadas visitas na IES, Associação Comercial de Santos e Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Santos, e também entrevista com o professor representante da Unimonte no Conselho da Incubadora. Após o estudo realizado e aplicação de questionário a estudantes de Universidade e Cursos Técnicos da região, foi possível constatar a eficiência da IES, bem como sua importância para a criação de um futuro parque tecnológico na região. Porém, a estrutura ainda carece de divulgação mais adequada, avaliação e melhor acompanhamento das empresas graduadas. Ao final foram apresentadas algumas propostas no sentido de aumentar a qualidade de empresas interessadas em ingressar futuramente na incubadora. PALAVRAS-CHAVE: Incubadora – Empreendedorismo – Desenvolvimento – Economia.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - x

ABSTRACT

This study aims to evaluate the contribution of the Business Incubator of Santos - BIS in the evolution of the economy and revitalizing the region's Historic Center of the City of Santos. To see the fact, was performed on a literature search of business incubators, their origin, evolution in the world and Brazil.

We present data from the BIS, to encourage entrepreneurship in the region and support for micro and small enterprises. Visits were made to the IES, Commercial Association of Santos and Secretary of Planning of Santos, and also interview with the teacher's representative in the Council of Unimonte Incubator.

After the study and application of a questionnaire to students of university and technical courses in the region it was possible to establish the efficiency of BIS, as well as its importance for the creation of a future technology park in the region. However, the structure still needs better disclosure, better monitoring and evaluation of the companies graduated. At the end some propose to increase the quality of companies interested in joining in the future incubator.

KEY WORDS: Incubator - Entrepreneurship – Development- Economy.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 11

INTRODUÇÃO

A literatura sobre incubadoras de empresas é bastante ampla, grande parte dela se

concentra no relato de variadas experiências e várias definições devido à diversidade dos

modelos existentes no mundo. Escolhemos esse tema, pois o conhecimento sobre Incubadores de Empresas é uma

oportunidade enriquecedora para estudantes de Administração.

De acordo com o Dicionário AURÉLIO (1991), incubadora quer dizer “aparelho

destinado a manter temperatura constante e apropriada para o desenvolvimento de ovos e

cultura de microrganismos ou de outras células vivas”. Por esse motivo é que podemos dizer

que uma Incubadora de Empresas é o ambiente ideal para empresas nascentes, pois este

ambiente oferece apoio, estrutura, serviços compartilhados a pequenas empresas, visando à

sua evolução em busca do conhecimento e sua consolidação no mercado.

Até o final da década de 80, o Brasil vivia sem visão estratégica para o

desenvolvimento tecnológico, tendo em vista a alta inflação, enriquecimento do sistema

financeiro, o povo era anestesiado com os vários planos econômicos, enquanto o resto do

mundo se capacitava.

Micro e pequenas empresas, já eram responsáveis pela maior oferta de postos de

trabalho, apesar de não fazerem parte das ações estratégicas do governo. Constantes

transformações abriram novos mercados e fizeram surgir novas oportunidades de negócios,

ampliando espaços para inovações e novos empreendedores. O empreendedorismo é de

grande importância para o desenvolvimento da comunidade e da região ampliando o mercado

de trabalho e desenvolvendo a economia local.

Diante da alta taxa de mortalidade dessas empresas, houve a necessidade de atingir os

pontos fracos, ou seja, identificar e diminuir falhas. Então surge o movimento das incubadoras

no Brasil, oferecendo suporte técnico a estes empreendimentos, oferecendo apoio,

informações sobre como empreender um negócio, planejamento, recursos financeiros e

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outros, com o objetivo de inserir a empresa num mercado cada dia mais competitivo,

garantindo sua sobrevivência. Nos últimos cinco anos o número de incubadoras cresceu muito

devido a estabilidade da economia e a baixa de juros, em 2000 eram cem e no ano de 2008

somam mais de quinhentas.

Ao final do capítulo 1, acompanhamos o surgimento da Incubadora de Empresas de

Santos – IES no ano de 2002, inaugurada dois anos após a Secretaria de Planejamento, criada

pela Prefeitura de Santos com o intuito de gerenciar os programas que visam o

desenvolvimento harmônico da cidade e região. Um dos seus principais projetos é a

revitalização do Centro Histórico da cidade, no qual a IES tem o importante papel de atrair

novos empreendedores à região, bem como auxiliar os já existentes, em conjunto com outros

projetos como: Alegra Centro, Banco do Povo, Poupatempo, e outros.

O mercado imobiliário vem evoluindo cada vez mais na medida em que a cidade

espera ter sua população aumentada em 44% na próxima década. A perspectiva de

crescimento deve-se a alguns fatores como: modernização do Porto, duplicação da Rodovia

dos Imigrantes, descoberta de um campo de petróleo pela Petrobrás na Bacia de Santos,

construção do Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, registrando um público estimado

até abril de 2009 de cerca de 630 mil pessoas, acrescentando cerca de 14 milhões à economia

local.

De acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, a

cidade de Santos é o 5º município brasileiro no índice de desenvolvimento humano e o 3º no

Estado de São Paulo. Possui excelente infra-estrutura de serviços básicos e níveis de

urbanização. A cidade tem todas as condições e requisitos para acolher grandes eventos

turísticos, turismo de negócios, culturais e esportivos, bem como para atrair grandes

investidores para a criação de um parque tecnológico e a IES é o embrião desse projeto.

Diante desse cenário, ao longo de nossas pesquisas verificamos que a IES, apesar de

ter somente seis anos de vida já conta com vários prêmios em seu currículo e agregou valores

à região e já se destaca dentre as incubadoras do Estado de São Paulo. No entanto ainda é

pouco divulgada ao seu público-alvo e à comunidade, como constatamos através de pesquisa

realizada em Universidades e Escolas Técnicas da região. Para tanto apresentamos algumas

propostas nos capítulos 3 e 4 de mais investimentos, avaliação, plano de marketing e

avaliação de ações, tendo em vista que não se pode correr o risco de apenas promover a

criação de um grande número de empresas incubadas sem a indução de ações que

efetivamente garantam o sucesso.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 13

1 INCUBADORA

A palavra “incubadora” lembra um ambiente semelhante ao útero materno, ou seja, um

espaço no qual as condições são totalmente favoráveis à proteção e desenvolvimento da vida.

O útero materno fornece ao feto tudo o que ele necessita durante nove meses de gestação, até

que chega a hora do nascimento e, então o hóspede é expulso sem dó. Então o bebê está

pronto pra enfrentar as dificuldades do mundo.

As incubadoras de empresas são ambientes que estimulam a criação e protegem o

desenvolvimento de novas empresas. Abrangem novos negócios por um período de tempo

limitado e se destacam entre os vários mecanismos criados para estimular a transformação de

resultados de pesquisas em produtos e serviços. Assim revertem em atividade econômica os

investimentos em pesquisa realizados pela sociedade.

As incubadoras oferecem às empresas infra-estrutura de uso compartilhado, assistência

permanente, treinamento na área de negócios e acesso facilitado aos grupos de pesquisa e ao

mercado.

Essas vantagens somadas à vontade de crescimento e desenvolvimento entre os novos

empresários fazem com que a taxa de mortalidade desses empreendimentos seja minimizada.

As incubadoras geram emprego, renda, e estimulam, a partir da demonstração do sucesso de

suas empresas, uma atividade empreendedora dentro da própria comunidade.

Com a globalização econômica e tecnológica ocorreu um grande avanço na introdução

de novos produtos e serviços no mercado, que podem muitas vezes receber o incentivo dos

programas oferecidos pelas incubadoras, que investem em tecnologia, capacitação empresarial

e abertura de novas empresas.

Incubadora é toda iniciativa empreendedora que oferece por um tempo limitado,

estrutura física e logística para a instalação de empresas, dispondo de uma equipe para esta

finalidade, dispondo ainda de equipe técnica para dar suporte e consultoria a essas empresas,

para desenvolverem produtos com alta qualidade e tecnologia. Seu principal objetivo é

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 14

promover a integração entre centros de pesquisas, empresas e comunidades, em nível nacional

e internacional, bem como incentivar o empreendedorismo, a diversificação e o

desenvolvimento regional, geração de empregos e o desenvolvimento tecnológico. Ela

fomenta, também, o estímulo, a promoção e o fortalecimento de micro e pequenas empresas

através da intermediação com instituições de ensino e pesquisa, órgãos governamentais e

iniciativas privada. Para tal, conta com espaços físicos construídos ou adaptados para o

alojamento destas empresas, com facilidades e serviços necessários, descritos a seguir:

� Infra-estrutura: espaço físico individual, onde ocorre a fixação do escritório e do

laboratório da empresa admitida / espaço físico coletivo, para fixação de sala de

reunião, auditórios, ambientes para demonstrações de produtos, processos e serviços

das empresas que estão incubadas, secretaria, serviços de administração e instalações

laboratoriais, entre outros;

� Serviços: telefonia, recepcionista, acesso à internet;

� Assessorias: contábil, jurídica, gerência, gestão financeira, comercialização, etc.;

� Qualificação: treinamentos, cursos, assinaturas de revistas e jornais;

� Network: contatos com entidade governamentais, investidores, participação em

eventos de divulgação, fóruns, etc.

� Acessos: laboratórios e bibliotecas de universidades e instituições que desenvolvam

atividades tecnológicas.

Qualquer pessoa que tenha um projeto inovador e que deseje abrir suas próprias

empresas pode participar do programa de Incubadoras de Empresas. As empresas existentes

também podem participar e receber o apoio da incubadora é preciso somente ter um projeto

para melhoria ou desenvolvimento de novos produtos e serviços.

Para participar da incubadora, o interessado deve apresentar uma “idéia do negócio”

que pretende criar, a qual deve estar clara em um Plano de Negócios. Esse plano é avaliado

para saber se será aceito ou não no processo de incubação.

O plano de negócios é um instrumento que permite ao empresário se aprofundar no

conhecimento da própria empresa. Através dele se tem um diagnóstico da situação atual da

empresa, estabelecem-se objetivos (qualitativos) e metas (quantitativas) e se definem as

melhores estratégias e linhas de ação para alcançá-las.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 15

O processo de criação de empresas começa na chamada pré-incubação. Nesta fase, a

equipe que pretende criar uma empresa começa a desenvolver seu produto, recebendo total

apoio financeiro e tecnológico. Paralelamente ao desenvolvimento do produto, as equipes

participam de muitos eventos empresariais, como feiras e rodas de negócio, patrocinadas

pelas entidades parceiras e incubadoras.

Com os produtos prontos para o mercado, começa a incubação. Nesta nova fase, cada

equipe se transforma numa empresa. Legalmente construída, a empresa continua recebendo o

apoio oferecido pela pré-incubação, somado ao incentivo comercial, assessoria de divulgação

e outros tipos de ajuda, mais científicas, como marketing e vendas.

A permanência em uma incubadora de empresas é por tempo determinado. O tempo

pode variar de acordo com a situação, mas a lógica da incubação prevê que, em algum

momento do processo, os gestores das empresas incubadas devem ter condição de conduzir

seus negócios por si mesmos, sem depender mais do apoio de uma organização externa.

1.1Classificação das Empresas

PRÉ-INCUBADAS – São empresas que estão sendo preparadas para ingressar na incubadora

por um período 6 meses a 1 ano. Algumas instituições têm programas de pré-incubação com

as denominações: hotel de projetos, hotel de idéias, hotel de tecnologia, entre outros.

RESIDENTES – São aquelas que estão em processo de incubação, utilizando espaço físico,

infra-estrutura e os diversos serviços oferecidos pela incubadora.

GRADUADAS – são as que já passaram pelo processo de incubação e podem, agora, de

forma independente buscar seu lugar no mercado.

VIRTUAIS – são as que desfrutam de todos os serviços oferecidos às empresas incubadas,

ficando isentas apenas do espaço físico.

Na figura 1 a seguir, apresentamos o fluxograma do caminho empresarial e atividades

de uma incubadora de empresas:

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 16

Figura 1: Fluxograma do Caminho Empresarial / Atividades da incubadora Fonte: www.cefetrp.edu.br

Furtado (1998), admitindo a existência de inúmeros conceitos de incubadora de

empresas, distingue o termo pelo conceito amplo e restrito. O conceito amplo se divide em

três espécies, onde a incubadora (1) é um organismo amplo que dirige e induz a política

industrial do país; (2) é todo o espaço onde o empreendedor tenha capacidade de desenvolver

análise, aprendizado, massa crítica e conhecimento que utilizará em seu negócio atual ou

futuro; (3) uma organização no interior de um grande conglomerado que permite e insuflam

seus empregados a desenvolver uma idéia, dar forma a um novo produto ou serviço. No

sentido restrito “a concepção de incubadora poderia ser definida como uma instalação

orientada e estruturada para receber e desenvolver novas empresas” (FURTADO, 1998, p.25).

Nesta conceitualização, feita por Furtado (1998), uma incubadora de empresas pode

ser desde parte de uma política governamental orientada ao fomento da inovação tecnológica

até uma simples organização com o objetivo de criar novos negócios. No sentido amplo, a

probabilidade de se ter uma política de parque tecnológico juntamente com a de incubadoras é

muito elevada, sendo ambas complementares. No sentido restrito, o que é fundamental é a

criação de empresas, não sendo a busca de inovação ou desenvolvimento econômico fatores

indispensáveis.

No glossário da ANPROTEC e SEBRAE (2002, p. 59), se encontram os seguintes

conceitos para as incubadoras:

(a) agente nuclear do processo de geração e consolidação de micro e pequenas empresas; (b)

mecanismo que estimula a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 17

industriais ou de prestação de serviços, empresas de base tecnológica ou de manufaturas

leves, por meio da formação complementar do empreendedor em seus aspectos técnicos e

gerenciais; (c) agente facilitador do processo de empresariamento e inovação tecnológica para

micro e pequenas empresas.

Lalkaka e Bishop (1998), fazendo alusão ao termo “incubadora” como um ambiente

controlado para amparar a vida, fazem a ligação para o seu uso em negócios, no qual a

incubadora existiria para auxiliar na transformação de empresários potenciais em pessoas

capacitadas a conduzir a efetiva criação de empresas crescentes e lucrativas, protegendo essas

empresas nascentes do risco durante os seus primeiros anos de existência.

No sítio da ANPROTEC a definição vai ao encontro de Lalkaka & Bishop

mencionando a importância de amparar o estágio inicial de empresas nascentes que se

enquadram em determinadas áreas de negócios. Elas podem ser definidas como um ambiente

flexível e encorajador no qual são oferecidas facilidades para o surgimento e o crescimento de

novos empreendimentos. Nadas apud Dornelas (2002) ressalta que devido ao suporte

administrativo centralizado é possível controlar os custos pelos serviços prestados

consultorias e treinamentos para cada incubado.

Além de muitos fatores para a constituição de uma empresa os problemas gerenciais

são os maiores obstáculos enfrentados, assim com o auxílio da incubadora os problemas

encontrados na fase inicial são solucionados em conjunto. A maioria desses problemas se

refere às dificuldades de planejamento, acesso a capital e desconhecimento das habilidades

necessárias ao empreendedor para obter sucesso, que são esclarecidos dentro do ambiente das

incubadoras de empresas (HAYHOW, 1995; ALLEN & WEINBERG, 1988 apud

DORNELAS, 2002).

Segundo Dornelas (2002), as incubadoras de empresas assumem importante papel com

agentes do desenvolvimento econômico regional e como participante do processo de

formação de empreendedores e empresa. Pelo fato de abrigarem empresas emergentes em sua

fase inicial, as incubadoras catalisam o processo empreendedor, sendo a ponte entre a

concepção e a consolidação da empresa no mercado. Muitas empresas graduadas (que já

passaram por uma incubadora) de sucesso dificilmente atingiriam o patamar em que se

encontram caso não tivessem passado por uma incubadora de empresas.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 18

1.2 Fatores Críticos para o Sucesso de uma Incubadora de Empresas

Para Salomão (1998), o sucesso da incubadora está na geração de empresas auto-

sustentáveis, mediante a aplicação de conhecimentos técnicos e científicos na condução do

negócio. Por este motivo a gestão do processo de incubação precisa estar em constante

evolução e aprimoramento das ferramentas da capacitação empresarial e tecnológica. Os

atuais índices de sucessos de empresas graduadas em incubadoras seriam ainda melhores, se

houvesse linhas de financiamento para micro e pequenas empresas, compatíveis com suas

necessidades. O sistema tributário brasileiro e a ausência de linhas de crédito viáveis para

micro e pequenas empresas constituem-se nos maiores entraves de desenvolvimento

econômico e social. O sucesso das empresas depende, não só de variáveis técnicas e

econômicas, mas também dos aspectos culturais ligados ao perfil do empreendedor e ao

desenvolvimento do espírito capitalista.

Dornelas (2002) entende como fatores críticos para o sucesso de uma incubadora as

seguintes variáveis, conforme veremos na figura 2 abaixo:

Figura 2 – Fatores Críticos de Sucesso para o Desenvolvimento de Incubadoras de Empresas Fonte: site www.planodenegocio.com.br

� A expertise 1local em administração de negócios é algo que precisa estar disponível às

empresas emergentes, para que estas possam conquistar o sucesso. O acesso a

financiamentos e investimentos é algo difícil para as empresas emergentes, sobretudo

pela falta de uma cultura de investimentos de risco em negócios de alto potencial no

1 Deriva do francês, perícia, avaliação ou comprovação realizada por um especialista em determinado assunto.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 19

país, mas se sabe que capital é essencial para essas empresas poderem crescer e saírem

da incubadora com condições de competir no mercado.

� Suporte e assessoria financeira providos por uma incubadora ajudam a empresa

incubada a gerenciar o fluxo de caixa diário e, ainda, otimizar o orçamento do negócio

que, na maioria das vezes, é bastante reduzido para empresas em estágio inicial de

desenvolvimento.

� Suporte da comunidade é muito importante para o crescimento e a afirmação de uma

incubadora de empresas, que deve refletir o esforço feito por sua comunidade para a

diversificação da economia, criação de empregos, incentivos ao desenvolvimento do

empreendedorismo, etc.

� Rede estabelecida de empreendedorismo significa o envolvimento dos vários agentes

que fazem o processo empreendedor ocorrer, ou seja, as universidades (institutos de

pesquisa e desenvolvimento, educação de negócios, profissionais qualificados),

suportes local e estadual, (associação comerciais e industriais, escritórios municipais e

estaduais de auxílio aos empreendedores, leis de incentivos às empresas e

empreendedores), suportes profissionais, fornecedores, clientes, grandes empresas de

uma determinada área etc.

� A existência de um ensino de empreendedorismo talvez seja um dos principais fatores

que determinarão o sucesso de uma incubadora de empresas em certa região. Sem

empreendedores, não há incubadoras de empresas.

� A necessidade de se criar à percepção do sucesso constitui um fator importante e

intangível para o desenvolvimento adequado de uma incubadora de empresas. Isso

pode ajudar a inserir a incubadora como elemento definitivo e importante para a

comunidade e posicionar as empresas incubadas no mercado.

� O processo de seleção de empresas incubadas pode não parecer, mas é crítico para o

sucesso da incubadora. Um processo mal formulado pode levar a incubadora a admitir

empresas que não estão condizentes com sua missão, contrariando seu negócio e

trazendo muitos problemas futuros.

� Os vínculos com universidades e/ou centros de pesquisa são importantes para que a

incubadora de empresas fortaleça o seu negócio, mesmo que sejam vínculos informais.

� Um programa de metas com procedimentos e políticas claras é essencial para qualquer

tipo de negócio. Como uma incubadora de empresas depende de vários outros agentes,

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 20

deve possuir uma maneira de prestar contas a estes e ser avaliada em função do

cumprimento de metas estabelecidas para seu negócio.

Independente das variáveis estudadas como fatores críticos serem ou não iguais entre

os autores, para Gomes (2002) um dos pontos mais críticos para uma incubadora é perceber

que ela não é simplesmente um condomínio de empresas e que ela não é totalmente

independente.

1.3 Benefícios Agregados às Empresas Incubadas (Diretos)

� Reduz custos e riscos no processo de inovação;

� Facilita o acesso rápido ao mercado;

� Estimula a criação de uma cultura de empreendedorismo;

� Propicia o acesso a equipamentos de elevado investimento;

� Reduz os custos operacionais;

� Diminui a taxa de mortalidade;

� Busca a resolução de problemas de forma conjunta e supervisionada;

� Atua como elo intercambial com o setor empresarial, instituições acadêmicas e centros

tecnológicos.

1.4 Benefícios Agregados à Comunidade e à Região (Indiretos)

� Evolução tecnológica da região;

� Geração de empregos e de renda;

� Diversificação da economia local e regional.

Para que possa participar de algum programa de incubação, deve-se acessar o site da

ANPROTEC (www.anprotec.org.br) para tomar conhecimento sobre qual a incubadora mais

próxima.

1.5 Estudo da Viabilidade Técnica e Econômica – EVTE

Fase exploratória que busca reunir dados e informações favoráveis ou desfavoráveis

do contexto político, social cultural, educacional e econômico da região onde se pretende fixar

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 21

uma incubadora de empresas. Tal estudo é de fundamental importância para a tomada de

decisão para a escolha de sua localização e instalação, servindo de base na visualização da

compatibilidade ou não no confronto do local pré-escolhido com os objetivos da incubadora.

Devem constar neste estudo:

a) Instituições de apoio - Conjunto de instituições locais que se comprometam

formalmente para a constituição de uma rede de cooperadores que possibilitem a

atração de parceiros nas esferas governamentais, tecnológicas e empresariais.

b) Infra-estrutura - Conforme a localização onde se visa o nascimento de uma nova

incubadora pode ser necessária a aquisição de insumos e equipamentos originários de

outras partes do país e até mesmo importados. Devem-se observar também as malhas

e modais de transporte (rodoviárias, ferroviárias, portos e aeroportos) e a

disponibilidade de serviços de telecomunicações.

c) Recursos Financeiros - Deve haver capital suficiente para a instalação da incubadora,

e descrição de vantagens e desvantagens das políticas da região onde esta pretende se

fixar.

d) Perfil do setor, empresarial e mercadológico - Informações baseadas nas

prioridades econômicas da região e das esferas de governo local (municipal e

estadual), bem como o detalhamento sobre indústrias e serviços disponibilizados pela

região escolhida. Deve-se analisar também, o nível de tecnologia utilizado na

produtividade e as taxas de criação e mortalidade das empresas, análise do macro

ambiente (ameaças e oportunidades) e o potencial de criação de novas empresas e

ampliação das já existentes.

e) Possível desenvolvimento do local de instalação - Informações sobre os benefícios

da incubadora para a região escolhida, a contribuição para o empreendedorismo, a

geração de empregos e renda.

f) Riscos envolvidos - Análise de fatores que possa comprometer o funcionamento da

incubadora (estudo dos pontos fortes e fracos) com intuito de garantir o alcance dos

objetivos propostos. Inclui-se nessa avaliação a capacidade das instalações de escolas

técnicas e universidades locais, na geração de novos empreendedores.

• Período de pré-incubação

Período em que a empresa recebe estímulos para desenvolver melhor o seu potencial,

através da utilização de serviços de assistência para o posterior início do seu negócio.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 22

• Período de incubação

� Incubadoras de empresas de Setores Tradicionais: por um período de até dois anos,

podendo ser prorrogado por mais um ano caso seja necessário;

� Incubadoras de empresas de Base Tecnológica: por um período de três anos,

estendendo-se por mais um ano, caso seja comprovada a necessidade.

1.6 Tipos de Incubadoras Existentes

a) Incubadora de Empresas de Base Tecnológica:

Tipo de incubadora de empresas cujos produtos, processos ou serviços possuem um

alto valor agregado, decorrentes da utilização de tecnologias e pesquisas científicas para

obtenção de seus resultados. Está voltada geralmente a empreendimentos nos setores de

informática, química, mecânica de precisão, etc.;

b) Incubadora de empresas de Setores Tradicionais:

Voltada a empresas que fazem parte dos setores tradicionais da economia, que já

possuem tecnologias largamente expandidas e buscam agregar valor a seus produtos,

processos e serviços, para evoluir ainda mais seus níveis tecnológicos.

c) Incubadora de Empresas Mistas:

Incuba empresas dos dois tipos anteriormente conceituados.

1.7 Modalidades de Incubação

a) Pré-residente

As empresas têm o período de no máximo um ano, onde serão estimuladas ao

planejamento do potencial do negócio, com a utilização de serviços e a assistência técnica

necessária até que se inicie o projeto na incubadora;

b) Residente

A empresa incubada, após o processo de seleção, efetivamente inicia o seu negócio

com direito a utilizar todos os serviços e facilidades oferecidas pela incubadora;

c) Não residente/associada:

Neste caso, mantém-se apenas o vínculo com a incubadora, não mais se prevalecendo

de seu espaço físico, porém utilizando-se de produtos e serviços disponibilizados para o

aperfeiçoamento de suas atividades;

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 23

d) Empresa Graduada:

Empresa que, após ter passado todo o processo de incubação, está apta e auto-

suficiente em suas habilidades e competências, para que possa deixar a incubadora. Podem

continuar a manutenção do vínculo, na condição de empresa não residente.

1.8 Origem

A origem das Incubadoras de empresas é controversa. Não há consenso quanto ao

marco inicial das incubadoras no mundo, visto que ocorreram transformações no seu conceito

ao longo do tempo (FURTADO, 1998). Porém, de forma geral, considera-se que a primeira

incubadora teria surgido em Nova Iorque, na Batavia Industrial Center, em 1959 (HACKETT

E DILTS, 2004; AERNOUDT, 2004).

Os fatos convergentes indicam que as primeiras experiências ocorreram nos Estados

Unidos, estando o surgimento das incubadoras intimamente ligadas com a dos parques

tecnológicos.

Os primeiros conceitos desenvolvidos sobre parques tecnológicos surgem na década

de 1930 (LALKAKA E BISHOP, 1998). Os parques tecnológicos possuem como principais

casos de sucessos o Vale do Silício, na Califórnia, e a rota 128, em Massachusetts, ambos nos

Estados Unidos (BARBIERI, 1994; LALKAKA e BISHOP, 1998: FURTADO, 1998).

No caso do Vale do Silício houve uma organização como fonte de aglutinação, a

Universidade de Stanford. Foi a primeira iniciativa de interação entre universidade e empresa

que aconteceu em 1938, quando dois jovens criaram a então mundialmente conhecida hoje

Hewlett-Packard (HP), nos laboratórios da Universidade. Essa experiência não representou o

surgimento das incubadoras, mas a primeira iniciativa, no mundo, de incubação de um

empreendimento por uma Universidade.

Na rota 128 houve uma aglutinação mais espontânea, baseada no auxílio de

instituições de ensino e pesquisa. Um dos agentes colaboradores para a formação do modelo

de incubação deu-se por meio da criação de centros inovadores voltados para conjugar o saber

acadêmico e o esforço de pesquisa universitária com o fazer tecnológico.

Os fatores comuns destas duas formas distintas de formação de parques foram a

existência de pessoas altamente qualificadas, infra-estrutura tecnológica e a existência de

capital de risco (BARBIERI, 1994).

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 24

No contexto do surgimento das incubadoras, portanto, está a existência de uma relação

entre instituições de ensino e pesquisa (principalmente as universidades), instituições

governamentais e setor produtivo. A transferência de conhecimentos, tanto tecnológicos como

empresariais, é essencial para o seu funcionamento.

O conceito de incubadora de empresas se desenvolve na década de 1980 (FURTADO,

1998). Influenciados pela recessão econômica, nos Estados Unidos e em países na Europa

Ocidental, governos locais, universidades e instituições financeiras criam políticas de

desenvolvimento econômico focadas em setores de alta tecnologia e inovação de setores

tradicionais (MCT, 1998).

O fechamento de indústrias, mudanças na gestão da tecnologia e a necessidade de

transferir conhecimentos acadêmico-científicos para o setor produtivo foram os principais

fatores que impulsionaram a multiplicação das incubadoras, e em seguida dos parques

tecnológicos.

A construção de modelos de parceria na rede de produção de tecnologia e inovação

ajudou a formar as incubadoras de empresas, que passaram a ter este modelo, já consolidado e

copiado em todo o mundo.

Independente de qual seja a versão original, o correto é que as incubadoras deram

certo e hoje apóiam milhares de novos empreendimentos inovadores. Atualmente, os Estados

Unidos contam com mais de 1.500 incubadoras de empresas em funcionamento, sendo que

muitos outros países, como o Brasil, abraçaram a idéia.

Após as experiências norte-americanas, o conceito de parques tecnológicos e de

incubadora de empresas foi disseminado por diversos países, tais como: Japão, China, Coréia

do Sul, Taiwan, Indonésia, Singapura, Tailândia, Turquia, Índia, Síria, Egito, Marrocos,

Polônia, Eslováquia, Hungria, Uzbequistão, Rússia, Chile, Porto Rico, Uruguai, Brasil, Reino

Unido, Itália (ver LALKAKA e ABETTI, 1999; MEDEIROS, 1998; FURTADO, 1998), entre

outros.

Na Europa, o conceito surgiu inicialmente na Inglaterra, após o encerramento das

atividades de uma subsidiária da British Steel Co, incentivando o surgimento de diversas

pequenas empresas do setor de produção e manipulação de aço, que passavam a ocupar

espaços degradados e pouco utilizados como galpões e fábricas em decadência.

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1.9 Incubadoras no Brasil

No Brasil, o trabalho com incubadoras e empresas teve início em 1984, com o auxílio

do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), na cidade de

São Carlos, no estado de São Paulo, esta é considerada a mais antiga da América Latina. Após

a implantação do ParqTec – Fundação Parque de Alta Tecnologia outras incubadoras foram

criadas em Florianópolis, Curitiba, Campina Grande e Distrito Federal.

Hoje, as incubadoras estão presentes em 24 estados da República Federativa do Brasil.

O número de incubadoras de empresas em operação no Brasil se elevou, entre 1993 e 2005,

de 13 para 297 incubadoras em operação, e hoje, segundo dados da ANPROTEC, mais de 500

incubadores estão atuando no país. Isto demonstra o relevante crescimento deste tipo de

organização num espaço de 15 anos. Este crescimento indica tendência de aumento da

importância de incubadoras de empresas no contexto econômico e social brasileiro.

Apesar do movimento de incubadoras ter começado com parques tecnológicos no

Brasil, o número de parques ainda é pequeno. Os parques têm outra função, podem até abrigar

uma incubadora, mas não servem ao mesmo propósito. O objetivo é abrigar empresas de

médio e grande porte que atuem em tecnologia e vincular o desenvolvimento urbano, as

instituições de pesquisa e as universidades a estas empresas. Os parques não oferecem

consultoria ou acompanhamento, mas uma série de serviços de outros níveis. É um espaço

privilegiado, um ambiente de inovação de empresas que irão trocar conhecimentos entre si.

Em 1987 foi criada a Associação Nacional de Entidades Promotoras de

Empreendimentos Inovadores – ANPROTEC que iniciou a articulação do movimento de

criação de incubadoras de empresas no país, afiliando incubadoras de empresas ou suas

instituições gestoras.

Em 1991 o SEBRAE passou a apoiar ações destinadas à implantação,

desenvolvimento e fortalecimento das incubadoras de empresas, entendendo serem elas uma

alternativa importante à criação e desenvolvimento de micro e pequenas empresas. Esse apoio

tem ocorrido através da viabilização dos produtos e serviços que o sistema dispõe, bem como

o repasse de recursos financeiros para operação das incubadoras.

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1.10 Tipos de Incubadoras

Os tipos de incubadoras previstos no Brasil (ANPROTEC e SEBRAE, 2002 p. 60-61)

são apresentados a seguir:

Incubadora agroindustrial – organização que abriga empreendimentos de produtos e

serviços agropecuários, com vistas a facilitar o processo de empresariamento e inovação

tecnologia;

Incubadora cultural – organização que abriga empreendimentos na área da cultura, com

vistas a promover o processo de empresariamento de produtos e serviços culturais;

Incubadora de artes – organização que objetiva apoiar pessoas criativas e empreendedoras que

pretendam desenvolver negócio inovador na área de artes.

Incubadora de cooperativa – incubadora que apóia cooperativas em processo de formação

e/ou consolidação instaladas dentro ou fora do município. Estrutura que apresenta

característica tanto das incubadoras tradicionais como do processo de incubação à distância

com o objetivo de criação de trabalho e renda.

Incubadora de empresas de base tecnológica – organização que abriga empresas cujos

produtos, processos ou serviços resultam de pesquisa científica, para os quais a tecnologia

representa alto valor agregado. Abriga empreendimentos nas áreas de informática,

biotecnologia, química fina, mecânica de precisão e novos materiais. Distingue-se da

incubadora de empresas de setores tradicionais por abrigar exclusivamente empreendimentos

oriundos de pesquisa.

Incubadora de empresas de setores tradicionais – organização que abriga

empreendimentos ligados aos setores da economia que detém tecnologias largamente

difundidas e que queiram agregar valor aos seus produtos, processos ou serviços, por meio de

um incremento em seu nível tecnológico. Esses empreendimentos devem estar

comprometidos com a absorção e o desenvolvimento de novas tecnologias.

Incubadora mista – organizações que abriga ao mesmo tempo empresas de base tecnológica

e de setores tradicionais.

Incubadora setorial – organização que abriga empreendimentos de apenas um setor da

economia.

Incubadora social – organização que abriga empreendimentos oriundos de projetos sociais,

ligados aos setores tradicionais, cujo conhecimento é de domínio público e que atendem à

demanda de criação de emprego e renda e melhoria das condições de vida da comunidade. Os

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 27

objetivos da incubadora devem estar alinhados com os objetivos do programa do

desenvolvimento local.

Incubadora virtual – organização que se estabelece, via internet, conta com amplo banco de

dados e informática, com vistas a estimular novos negócios.

De acordo com as estatísticas da ANPROTEC, 40% das incubadoras são de base

tecnológica, 18% são tradicionais, 23% são mistas e 19% pertencem as demais formas. Fica

claro que a grande maioria das incubadoras incentiva a criação de empreendimentos ligados

ao desenvolvimento de novas tecnologias e de empreendimentos tradicionais no Brasil.

O fomento ao surgimento de novas empresas, principalmente de micro e pequeno

porte, é apoiado no Brasil pelo fato dessas empresas serem responsáveis por 45% dos

empregos formais e responderem por 20% do Produto Interno Bruto. Um dos argumentos que

respalda a utilização de incubadoras como forma de apoio ao surgimento de novos negócios é

a redução da taxa de mortalidade das mesmas.

Segundo dados do SEBRAE, empresas que passam pelo processo de incubação

apresentam uma taxa de mortalidade nos três primeiros anos de 7% contra a de 59%

registrada nos negócios em geral. No Brasil, existem cerca de mais de seis mil empresas

incubadas. Juntas, essas organizações geram mais de 30 mil postos de trabalho.

Os novos empreendedores que desenvolvem produtos e serviços sustentáveis ainda

encontram dificuldades para se inserir no mercado, atrair investidores, fornecedores e

consumidores, apesar do crescente aumento do interesse pela sustentabilidade nos negócios.

Com o suporte fornecido pelas incubadoras, as barreiras podem ser vencidas com uma

atuação em rede, planejamento e aprimoramento do negócio.

Conforme pesquisa do SEBRAE, demonstrada na figura 3 abaixo, os principais

motivos são: a falta de capital de giro, falta de clientes e a carga tributária elevada:

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Figura 3: Motivos que levam ao fechamento das empresas

De acordo com a pesquisa “Panorama 2007” da ANPROTEC, 97% das incubadoras

apontaram como seu objetivo principal, o estímulo ao empreendedorismo. Em segundo lugar,

aparece o desenvolvimento econômico regional (88%), seguido pela geração de empregos

(84%) e só depois o desenvolvimento tecnológico (72%).

Especialistas no assunto entendem que o foco das incubadoras hoje é mais amplo do

que prover suporte de tecnologia. Elas podem e devem, por exemplo, estimular modelos de

negócios mais sustentáveis, até porque este conceito está na ordem do dia dos mercados e,

mais do que risco para os ativos, tem sido visto como oportunidade para gestores e

empreendedores contemporâneos.

Em cinco anos, o movimento de incubadoras de empresas cresceu mais de 300% no

Brasil. Após esse crescimento progressivo houve a necessidade de criar vínculo formal com

universidades e centros de pesquisas, no sentido de facilitar o acesso a novas tecnologias,

transformando idéias inovadoras em soluções mercadológicas viáveis.

Uma das contribuições indiretas das incubadoras é de cunho social, pois contribui para

a geração de empregos através da inserção de novos empreendimentos nas regiões nas quais

estão instaladas, combatem a informalidade, captam renda para a cidade, além de

contribuírem com a capacitação do empresariado, elevando o grau de sucesso das empresas

nascentes.

As incubadoras estão presentes em 23 Estados e no Distrito Federal. As regiões com

maior quantidade de incubadoras são: Sul com 115 e Sudeste com 239, sendo que 117 só no

Estado de São Paulo, de um total de 536, conforme figura 4 a seguir:

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RORAIMA = 0 SANTA CATARINA = 27

AMAZONAS = 6 RIO GRANDE DO SUL = 51

PARÁ = 14 PARANÁ = 37

TOCANTINS = 6 BAHIA = 21

AMAPÁ = 2 MARANHÃO = 4

ACRE = 0 CEARÁ = 13

RONDÔNIA = 0 PIAUÍ = 9

MATO GROSSO = 12 RIO GRANDE DO NORTE = 9

MATO GROSSO DO SUL = 13 PARAÍBA = 8

GOIÁS = 13 PERNAMBUCO = 15

DISTRITO FEDERAL = 15 ALAGOAS = 18

RIO DE JANEIRO = 58 SERGIPE = 4

MINAS GERAIS = 54

ESPÍRITO SANTO = 10

SÃO PAULO = 117

Figura 4: Mapa de números de incubadoras no Brasil Fonte adaptada pelos autores - Anprotec-2008

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 30

1.11 A Anprotec

Órgão representante das entidades gestoras de incubadoras de empresas, dos pólos,

dos parques tecnológicos e tecnópolis, que visam representar e defender os interesses dessas

entidades, através da promoção destes modelos como instrumentos de desenvolvimento do

país, com o objetivo constante de criação e fortalecimento de empresas baseadas no

conhecimento. Não apenas representa os seus associados, como também trabalha para o

sistema nacional de incubadoras.

É conceituada no cenário nacional de incubadoras como uma Associação que reúne

entidades promotoras de empreendimentos de tecnologias avançadas e que apóia as inovações

no campo produtivo e que incentiva o desenvolvimento de novas tecnologias e,

conseqüentemente, de novos produtos. Permite que as incubadoras se sintam seguras testando

e desenvolvendo o seu negócio.

É também a instituição representante do sistema nacional de gestoras de pequenas

empresas e de complexos tecnológicos, tendo como principal atividade o desenvolvimento de

uma política que vise criar mecanismos que ampliem o número de incubadoras e empresas

existentes no Brasil, com a busca de incentivos entre estatais e privadas. Além disso, busca

promover e participar de eventos que englobem a pesquisa e o empreendimento, fazendo com

que seus associados fiquem bem próximos da realidade do mercado.

1.12 Micro e Pequenas Empresas

1.12.1 Conceito

Podemos classificar Micros e Pequenas Empresas como sendo aquelas possuidoras de

pequeno capital. Distingue-se também pelo número de empregados:

� Micro empresa:

a) Na indústria e construção - aquela que possui até 19 funcionários;

b) No comércio e serviços – até 09 funcionários.

� Pequena empresa:

a) Na indústria e construção - possuidora em seu quadro de 20 a 99 funcionários;

b) No comércio e serviços – de 10 a 49 funcionários.

O artigo 179 da Constituição Federal assegura tratamento jurídico diferenciado para

micros e pequenas empresas, através do incentivo pela simplificação ou redução de

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 31

obrigações administrativas, previdenciárias, tributárias e de crédito, através de leis. As

mesmas têm a garantia de tratamento favorecido, por meio do artigo 170.

1.12.2 Apresentação

Sabe-se que, cada vez mais, sonha-se em obter independência profissional e

financeira, através da abertura de uma empresa. Porém, é conveniente saber que tal desafio é

cercado por uma enorme gama de dificuldades a serem superadas, e a caminhada é árdua.

No Brasil, estatísticas percentuais demonstram que aproximadamente metade das

empresas encerra seus negócios antes que se complete o segundo ano de seu funcionamento e

pouquíssimas são aquelas que conseguem alcançar o quinto ano de vida. Têm-se culpado, na

maioria dos casos, a excessiva cobrança de impostos, a falta de crédito e o processo

burocrático. Porém, não apenas essas mensurações palpáveis são a causa do insucesso.

Também o agir com impulso, o arriscar-se ao mercado sem conhecimento e o apoio

necessário podem certamente levar a essa falência prematura.

1.12.3 Taxa de Mortalidade

O SEBRAE realizou no primeiro semestre de 2007, em conjunto com a Vox Populi,

um estudo visando analisar a participação de micros e pequenas empresas na economia

nacional. Procurou-se observar também, a atuação coordenada e efetiva de órgãos públicos e

privados, em relação à sustentabilidade e fortalecimento destes segmentos, no sentido de se

evitar o precoce encerramento de suas atividades. Sendo assim, foi efetuada pesquisa de

campo nas 26 unidades da Federação, mais o DF. Nesse período foram analisadas 14.181

empresas, surgidas entre o triênio de 2003/2005, sendo 13.428 em atividade e 753 extintas.

Observou-se uma excelente evolução no que diz respeito à taxa de sobrevivência.

Dados percentuais revelam que houve uma considerável melhoria, passando dos 51% de 2002

para 78% em 2005 (um aumento de 27% nas empresas que não encerraram suas atividades).

Contribuíram para essa melhoria:

a) Na área econômica:

� Redução e controle da inflação;

� Diminuição gradativa da taxa de juros;

� Aumento de crédito para pessoas físicas;

� Aumento de consumo.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 32

b) Na área empresarial:

� Qualidade e capacitação dos empresários (busca de informações aos órgãos de apoio;

melhor qualificação acadêmica; experiências anteriores em empresas privadas).

Apurou-se a taxa de mortalidade e de sobrevivência das empresas constituídas nos

anos de 2003, 2004 e 2005, respectivamente, empresas com quatro, três e dois anos de

funcionamento, na busca dos fatores que condicionaram o sucesso ou fracassos de micro e

pequenas empresas nesses períodos. Esse estudo foi assim dividido:

� MPE surgidas no ano de 2005: análise das taxas de sobrevivência e mortalidade e dos fatos

geradores de sucesso e fracasso, por região administrativa e Federação, conforme a

distribuição proporcional da coleta de amostra por setor de atividade econômica;

� MPE nos anos de 2003/2004: análise das taxas de sobrevivência e mortalidade e dos fatos

geradores de sucesso e fracasso, por região administrativa e Federação, segundo a distribuição

proporcional de amostragem coletada por setor de atividade econômica.

1.13 Sebrae

O SEBRAE é uma instituição nacional presente nos 26 Estados e no Distrito Federal,

possui um grande sistema de capilaridade, com 600 postos de atendimentos e atende de norte

a sul do país de uma forma bem ampla.

Uma das prioridades é a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa que é muito

importante para o fortalecimento e sobrevivência dessas empresas, que têm uma carga

tributária muito grande e um sistema de burocracia intenso.

Desde 1991, o SEBRAE apóia ações de implantação, desenvolvimento e

fortalecimento de incubadoras de empresas utilizando os produtos normalmente disponíveis

tais como: treinamento gerencial, participação em feiras, rodas de negócios, programa de

qualidade, missões técnicas, entre outros.

A missão do SEBRAE é estimular o uso de incubadoras de empresas objetivando

criar, desenvolver e consolidar empresas competitivas que venham a contribuir para o

fortalecimento da tecnologia brasileira e o desenvolvimento sócio-econômico nacional.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 33

Para o SEBRAE, o crescimento do movimento de incubadoras de empresas no país,

permite um salto de qualidade e atuação orientada para resultados, proporcionando o

crescimento e o desenvolvimento das regiões em que estão situadas.

Com o apoio da instituição, as incubadoras podem ampliar o atendimento a novos

projetos, aliar trabalho desenvolvido por incubadoras e parques tecnológicos ao

desenvolvimento local sustentável, e promover acesso a mercados para produtos inovadores

fabricados por empresas de base tecnológica. Esse “habitat” proporciona a criação de

empresas inovadoras, capazes de criar empregos e gerar renda local e para o País.

Nos últimos vinte anos mais de 1,5 mil empresas se graduaram em incubadoras no

país. Atualmente 2,8 mil estão incubadas.

Por meio do Programa de Incentivo a Empresas, o SEBRAE-SP estabelece parcerias

com diversas entidades regionais e sem fins lucrativos para transformar projetos em empresas

sustentáveis. Os parceiros são instituições de ensino, institutos de pesquisas, associações

comerciais, prefeituras, ou seja, órgãos comprometidos com o desenvolvimento da região

onde será instalada uma incubadora.

O SEBRAE-SP apóia 79 incubadoras no Estado, desde as tecnológicas até as mistas e

especializada em agronegócios, abrigando 1 mil empresas, que geram cerca de 3,6 mil

empregos.

Para o biênio de 2009/2010, o SEBRAE-SP disponibilizará recursos de até R$ 30

milhões, tanto para novos projetos como para expansão das incubadoras de empresas já

apoiadas pela entidade.

O SEBRAE ainda prepara os gerentes de incubadoras através de treinamentos, visitas

e esclarecimentos de dúvidas, para que reconheçam a grande relevância do plano de negócios,

que deve ser o cartão de visitas do empreendedor e que saibam também identificar grandes

empreendedores visionários dispostos a criar empresas competitivas e inovadoras.

1.14 Plano de Negócio

O plano de negócio é um instrumento que tem por objetivo estruturar as principais

idéias e opções que o empreendedor deve avaliar para decidir a viabilidade da empresa a ser

criada, ajudando a transformar as idéias em realidade

No documento estará registrado o conceito do negócio, os riscos, os concorrentes, o

perfil da clientela, as estratégias de marketing, as projeções futuras para pesquisa e

desenvolvimento, bem como todo o plano financeiro que viabilizará o novo negócio.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 34

A seguir um exemplo de um plano de negócios de uma Incubadora de Empresas:

Trata-se de uma roteirização de cunho operacional, financeiro e estratégico que deve

ser seguido por aqueles que pretendam fixar e gerir uma incubadora, com os passos a serem

seguidos para que ocorra êxito naquilo que for planejado.

Compõem o Plano de Negócio de uma Incubadora de Empresas:

a) Visão, Missão, Objetivos e Metas

Define-se aqui a visão e a missão de uma incubadora, enfatizando o que esta será

(visão) e como atuará para que isto seja alcançado (missão). Tem como objetivo a aceleração

dos processos de criação de micro e pequenas empresas. Deve estabelecer metas (quantificar

os objetivos) para orientação das atividades a serem desenvolvidas e, como fator de feedback,

fazer comparação entre aquilo que se previu e o que foi efetivamente realizado.

b) Descrição da Incubadora

São aqui abordados e discriminados os itens:

� Tipo de incubadora;

� Localização, terreno e instalações;

� Facilidades e serviços.

c) Aspectos Legais

Regime jurídico próprio ou com vínculo a instituições gestoras. No segundo caso há a

necessidade de discriminação do tipo de vínculo e sobre a instituição gestora.

d) Estrutura Organizacional

Especificação da estrutura organizacional da incubadora e do tipo de gestão (comitê,

conselho ou instituição principal), bem como da especificação das qualificações das pessoas

envolvidas no funcionamento da incubadora.

e) Estrutura Financeira

Citar o percentual de custos operacionais a serem cobertos por receitas oriundas de

atividades da própria incubadora (cobrança de taxas de custos básicos, serviços de

consultorias e recebimento de royalties tecnológicos pagas por empresas graduadas).

f) Estrutura Operacional e Procedimentos

Descrever estratégias de divulgação, editais de convocação de empresas, regras de

admissão e de saída de empresas, além de um Plano de Capacitação de RH e descrição da

forma de transferência de tecnologia para as empresas que estão incubadas.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 35

Como o movimento das incubadoras de empresas cresce muito rapidamente, faz-se

necessário a adoção de medidas de controle, acompanhamento e avaliação das ações

empreendidas, com o intuito de se nortear as atividades de cada incubadora, rumo a um

objetivo comum de criação de empresas competitivas.

Quando da criação e do acompanhamento do estágio inicial de uma incubadora ou de

uma empresa que deseja fazer parte da incubadora, o plano de negócios servirá como base

para todas as ações, tanto de caráter estratégico e mercadológico, como operacional do

negócio.

Essa ferramenta de gestão pode e deve ser usada por todo e qualquer empreendedor

que queira realizar o sonho de ter seu próprio negócio ou de melhorá-lo, seguindo o caminho

lógico e racional que se espera de um bom administrador, o que também se aplica aos

gestores de incubadoras de empresas.

O sucesso do empreendimento vai depender de como o empreendedor interpretará o

documento que sintetizou o potencial do negócio, de forma racional.

O plano de negócios é uma ferramenta que se aplica tanto no lançamento de novos

empreendimentos quanto no planejamento de empresas ou incubadora de empresas já

existentes.

1.15 Empreendedorismo e Inovação

O empreendedorismo está diretamente relacionado à atitude. Uma das definições do

termo é: “Empreendedorismo é a busca incansável por oportunidades, independente dos

recursos disponíveis”. (Harvard Business School)

Foi o economista austríaco Schumpeter (1942) que iniciou o campo do

empreendedorismo, por meio de sua associação clara à inovação, como pode ser observada

nessa passagem: “... sempre tem a ver com criar uma nova forma de uso dos recursos

nacionais, em que eles sejam deslocados de seu emprego tradicional e sujeitos a novas

combinações” (SCHUMPETER, Schumpeter (1942) também procurou mostrar a importância

dos empreendedores na explicação do desenvolvimento econômico. Estava interessado na

compreensão do papel do empreendedor como motor do sistema econômico, como detectores

de oportunidades de negócios, como criadores de empreendimentos e como aqueles que

correm riscos.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 36

Segundo Fernando Dolabela, criador da metodologia de ensino do empreendedorismo,

o tema é visto como “uma forma de ser” e não somente de “fazer”.

O empreendedor pode ser qualquer pessoa ligada a várias áreas como: estudante,

gerente de vendas, professor, artista, músico, médico, tecnólogo, administrador, advogado ou

outro profissional qualquer. Um empreendedor é aquele que cria um projeto ou inova um

produto/serviço ou até mesmo a sua maneira de agir dentro de uma organização já existente.

Enfim, qualquer profissional que seja estimulado a despertar e desenvolver seu

potencial é um empreendedor. Ele busca conhecimento constante, idéias inovadoras e tem

coragem para colocá-las em prática. Não basta só a coragem de abrir um negócio, é necessário

ter iniciativa, seriedade, equilíbrio, proatividade e “espírito” empreendedor. Espírito

empreendedor nada mais é que vontade e aptidão para realizar algo, deixar sua marca e fazer a

diferença.

Segundo José Roberto Machado (2003, p. 82,83) o empreendedor, para alcançar o

sucesso, pode adotar 10 mandamentos:

1. Efetuar planejamento de suas atividades;

2. Envolver-se com os funcionários (como parte do mesmo time);

3. Ter conhecimento dos números reais de sua empresa (dados sobre produtos e volume

de vendas);

4. Conhecer o mercado (fundamentar seus conceitos para atingir inclusive o exterior);

5. Ter como princípio o cliente em primeiro lugar (afinal ao atender suas necessidades,

vai conquistar sua fidelidade como consumidor);

6. Saber fazer a separação entre o caixa da empresa e o bolso do proprietário;

7. Ser competente no que faz;

8. Ter consciência que treinamento é investimento e não gasto;

9. Fixar objetivos e metas;

10. Acompanhar a modernidade.

Segundo Drucker (1987), para os economistas modernos, todo empreendedor é

importante para a economia e provoca impacto, a partir do momento em que a influencia e a

molda profundamente. Ressalta ainda a diferença entre a administração empreendedora e a

tradicional, ao defender que as novas iniciativas empresariais apresentam problemas, desafios

e tendências distintos das empresas já existentes. As primeiras necessitam de especializar-se

na administração dos novos negócios criados, para que se mantenham no mercado, enquanto

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 37

as segundas já sabem como administrar seu ramo de negócio; contudo, precisam aprender a

empreender e inovar constantemente neste período de rápidas mudanças.

O papel da incubadora é oferecer incentivo e apoio, no sentido de mostrar aos novos

empreendedores os anseios do mercado e, conseqüentemente o entusiasmo destes em perceber

através do “fazer”, quais os recursos necessários que devem buscar para que seus sonhos

possam ser transformados em realidade.

O empreendedorismo dá o suporte às empresas emergentes levando-as em direção ao

crescimento e consolidação no mercado. Com o crescimento do número de incubadoras de

empresas no Brasil, começam a surgir os programas de ensino de empreendedorismo, como

uma forma de indução à criação de novas empresas. Tanto o ensino de empreendedorismo

quanto a incubação são apoiados em pesquisas e metodologias que permitem o seu

desenvolvimento e propagação.

1.15.1 Dados Sobre Empreendedorismo No Brasil

13 de 100 brasileiros desenvolvem alguma atividade empreendedora

O número de empreendedores estabelecidos (42 meses ou mais de atividades) é maior

que o dos iniciantes (14,3 milhões contra 13,7 milhões)

O Brasil está em 5º lugar no ranking mundial de empreendedores estabelecidos (42

meses ou mais de atividades)

O Brasil está em 10º lugar no ranking mundial de empresas iniciais (entre 3 meses e

42 meses)

43% dos empreendedores brasileiros são motivados a abrir um negócio por conta da

falta de alternativa satisfatória de ocupação e renda.

57% do demais empreendedores brasileiros empreendem por terem achado um nicho

de mercado com potencial

Somente 14% dos empreendedores por oportunidades são jovens, para uma proporção

de 25% dos empreendedores por necessidade

11,3% dos brasileiros entre 18 e 64 anos são empreendedores

Cerca de 75% da população (tanto empreendedores como não empreendedores),

homens e mulheres, independentemente de faixa etária, escolaridade e renda, valorizam

socialmente o empreendedorismo.

Fonte: GEM – Global Entrepreneurship Weck Monitor 2007

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 38

Na visão de Peter Drucker, o guru da administração moderna, a inovação é a

“ferramenta própria dos empreendedores”. Ele trata da inovação como uma disciplina que

pode ser ensinada e aprendida, e que leva o empreendedor a tomar conhecimento de como e

onde pode obter sucesso. Para o autor, a essência do empreendedor é transformar idéias

inovadoras em ações lucrativas, já que o empreendedorismo vê nas mudanças, as

oportunidades de negócios.

O empreendedorismo se estabelece no mundo como um fenômeno cultural. A

competitividade no mundo globalizado é função direta de inovação tecnológica (produtos e

processos) e a formação de empreendedores. A base dessa busca de competitividade é a

capacitação de pessoas por meio do ensino de empreendedorismo ou mesmo a geração de

capital intelectual, capaz de criar e de incorporar tecnologia aos produtos e processo

inovadores. A inovação é a exploração com sucesso de novas idéias, com o intuito de

aumento de faturamento, acesso a novos mercados, aumento das margens de lucro, agilidade

de produção, entre outros benefícios.

A rede de instituições promotoras do empreendedorismo inovador pode originar-se do

governo, academia e empresa. Com apoio de sindicatos empresariais, federações de indústrias

e associações de categorias profissionais.

A criação de tecnologia é uma das principais formas para estimular o desenvolvimento

econômico e social. Taipé, capital de Taiwan, por exemplo, estimulou a criação de

incubadoras de empresas, voltados para a criação de produtos inovadores e, hoje, é uma das

potências mundiais em tecnologia. Assustou o mundo, quando apresentou em 2004, um

projeto para uma rede wi-fi (pelo ar) de acesso à Internet.

O mesmo está acontecendo na cidade de Santos. Isso porque a união do Poder Público,

universidades, setores do comércio e da indústria, estão estimulando o desenvolvimento de

projetos inovadores, juntamente com a Incubadora de Empresas de Santos.

A partir de todo trabalho realizado na região com as universidades, formação de

recursos humanos, tecnologia da informação e comunicação, além das diversas engenharias

ligadas, a cidade segue rumo à criação de um parque tecnológico, e um dos pontos

fundamentais para atrair o pólo tecnológico é o Porto, que se encontra em ligeira expansão e,

cada vez mais, tem que ser um cais operado digitalmente e com mais exatidão.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 39

1.16 Incubadora de Empresas de Santos - IES

A Incubadora de Empresas de Santos - IES é o fruto de uma parceria instituída entre

forças vivas da comunidade: meio acadêmico, iniciativa privada, entidades associativas e

Poder Público.

Foi criada com o objetivo de provocar o desenvolvimento tecnológico regional por

meio da criação e incremento de uma rede colaborativa de valor do conhecimento, bem como

pelo apoio a empreendedores inovadores na criação e maturação de empresas de atividades

estratégicas para a economia local criando produtos e serviços com alto valor agregado,

fazendo com que Santos torne-se um Pólo Nacional de referência de cultura empreendedora.

Disponibiliza infra-estrutura física e de logística, segurança, secretaria, sala de

reuniões, recepção e outros serviços de apoios. Conta ainda com assessorias em recursos

humanos, finanças, marketing, planejamento estratégico, gestão empresarial, auxílio para

elaboração do plano de negócios através de curso elaborado pelo SEBRAE, consultoria em

projetos para captação de recursos junto a entidades, intermediação da negociação com

comercialização de produtos/serviços, orientação e apoio para feiras e rodadas de negócios,

facilitando o início do negócio e favorecendo o desenvolvimento das empresas durante o

período máximo de incubação que é de 3 anos.

O foco da incubadora é o empreendedorismo inovador aliado à viabilidade do negócio.

Ela fomenta, também, a promoção e o fortalecimento de micro e pequenas empresas através

da intermediação com instituições e ensino e pesquisa, órgãos governamentais e iniciativas

privada.

A Incubadora de Empresas de Santos possui uma localização privilegiada, pois está a

apenas 60 quilômetros da Grande São Paulo, a maior região industrializada do hemisfério

com cerca de 20 milhões de habitantes, localizada no Centro Histórico da cidade de Santos, à

Rua do Comércio nº 44, imóvel cedido pela Prefeitura, o que contribuiu também para a

revitalização do bairro através do projeto Alegra Centro.

Começou em 2002 com sete empresas incubadas, e hoje já conta com 23 empresas

apoiadas, das quais 15 instaladas na própria incubadora, e outras 8 não-residentes. Com a

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 40

iniciativa já foram criados 230 postos de trabalho. A atuação já foi reconhecida pela

ANPROTEC, que conferiu à incubadora o Prêmio Nacional de Empreendedorismo Inovador,

na categoria “Melhor Programa de Incubação de Empreendimentos Inovadores Orientados

para o Desenvolvimento de Produtos Intensivos em Tecnologia”, no ano de 2006 concorrendo

com outras 126 incubadoras da região sudeste.

Segundo dados do SEBRAE, o faturamento das empresas que fazem parte ou que já

passaram pela IES atingiu a marca de R$ 5,6 milhões em 2007, índice mais de três vezes

superior ao de 2006, de R$ 1,7 milhão, contra R$ 750 mil em 2005. As informações referem-

se as 23 empresas incubadas e 10 graduadas.

Com essa performance, as empresas geraram R$ 790 mil em impostos municipais,

estaduais e federais, mantiveram 126 postos de trabalho de alto nível de qualificação,

incluindo 12 pesquisadores e oito bolsistas. De acordo com a ANPROTEC, a soma do

faturamento de empresas residentes, associadas e graduadas em incubadoras de empresas,

chega a R$ 1,88 bilhão ao ano em todo o Brasil.

Não é só em faturamento que se destacam as empresas: ao longo de suas atividades de

inovação tecnológica, as residentes da Incubadora de Santos, receberam mais de R$ 2 milhões

em recursos não-reembolsáveis e bolsas de pesquisas, entre os quais um projeto aprovado pela

Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), do Ministério da Ciência e Tecnologia; dois

projetos incluídos no SEBRAETEC (SEBRAE-SP); quatro projetos aprovados pelo programa

Pesquisa Inovativa na Pequena e Micro Empresa (PIPE), da Fundação de Amparo à Pesquisa

do Estado de São Paulo (FAPESP); e outros quatro que receberam bolsas Bitec

(IEL/CNPq/SEBRAE). As atividades financiadas por estes programas e recursos mantêm

nove pesquisadores e 10 bolsistas ligados às empresas residentes.

Estes resultados alcançados pelas empresas residentes e graduadas foram avaliados

pelo SEBRAE como positivos, pois mostram o potencial tecnológico existente no município

de Santos, e a importância do apoio e identificação de oportunidades ligadas às vocações

locais e regionais, retornando para a comunidade em desenvolvimento social e econômico.

Este resultado colabora para que cada vez mais empresários e empreendedores atuem no setor

de tecnologia, desenvolvimento e informação, e que cada vez mais busquem recursos para

inovação tecnológica em agências de fomento como Fapesp, Finep e CNPq, fazendo com que

a Incubadora possa atuar como uma plataforma para o desenvolvimento econômico e social

de Santos como um pólo de informação, conhecimento e criação de tecnologia.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 41

Possui um conselho deliberativo, cuja presidência atual é exercida pelo Secretário de

Planejamento, Bechara Abdala Pestana Neves, e por representantes das universidades, a única

do Estado de São Paulo que possui no conselho a colaboração das universidades locais. O

gerente-executivo da Incubadora de Empresas de Santos é o Engenheiro Carlos Lamberti

Júnior, assumiu o cargo em 12 de março de 2007, após avaliação efetuada pelo conselho e

FIESP, gestora da entidade à época. Anteriormente era gerenciada por Santiago Carballo, que

esteve à frente do empreendimento por cinco anos. A seguir na figura 5, demonstramos a

estrutura organizacional da IES:

ORGANOGRAMA DA INCUBADORA DE EMPRESAS DE SANTOS

Figura 5 - Organograma da Incubadora de Empresas de Santos Fonte - elaborado pelos autores com base na informações fornecidas pela gerência da IES Desde sua criação em 2002, a gestão estava sob a responsabilidade do sistema FIESP

– Federação das Indústrias do Estado de São Paulo/CIESP – Centro das Indústrias do Estado

de São Paulo, que após avaliação interna em todo o Estado, concluiu ser importante dar

oportunidade para que instituições locais passassem a gerir as incubadoras, como é o caso da

Associação Comercial de Santos - ACS.

CONSELHO

ADMINISTRATIVO

GERÊNCIA

EXECUTIVA

ACS-ASSOCIAÇÃO

COMERCIAL DE

SANTOS

CONSULTORES E

ASSESSORIA

COLABORADORES /

RECEPÇÃO E LIMPEZA

EMPRESAS PRÉ-

INCUBADAS

EMPRESAS

INCUBADAS

EMPRESAS

RESIDENTES

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 42

Objetivos Estratégicos da Incubadora:

� Apoiar e orientar o aprimoramento empresarial nas suas bases: gerencial, técnica e

tecnológica;

� Promover a integração entre empresas, Universidades, Instituições de pesquisas

científicas;

� Incentivar o empreendedorismo e a inovação tecnológica na região;

� Buscar auto-sustentabilidade da Incubadora;

� Incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias visando a modernização da

estrutura produtiva;

� Promover negócios sustentáveis e desenvolvimento local;

� Contemplar os interesses dos parceiros;

� Difundir a educação e a cultura empreendedora em todos os níveis de ensino;

� Incentivar a implantação de sistemas de pré-incubação nas Universidades parceiras;

� Criar uma rede colaborativa de valor do conhecimento científico e mercadológico na

região;

� Consolidar o conceito e a imagem da Incubadora junto a parceiros e comunidade;

� Incrementar processos que agreguem tecnologia e valor para as empresas da região;

� Realizar ações e eventos de empreendedorismo e desenvolvimento regional em

conjunto com a Incubadora de Empresas de Praia Grande e outras que se venham

constituir na região;

� Articular a implantação de sistemas locais de pós-incubação, em parceria com

governos, institutos e centros de pesquisa, além de grandes empresas de software e

hardware;

� Construir cultura local de investimentos em capital de risco;

� Construir cultura local de Pesquisa & Desenvolvimento de Inovação para busca de

recursos das Agências de Fomento: FAPESP, FINEP e CNPq;

� Articular projetos de desenvolvimento sócio-econômico regional nas áreas de

software, turismo e design.

A partir deste ano, a ACS - Associação Comercial de Santos é a nova gestora da

Incubadora de Empresas, fruto de parceria entre o meio acadêmico, composto pelas

Universidades: UNISANTOS, UNIMONTE, UNISANTA, UNILUS e UNIMES, entidades

associativas, SEBRAE, CIESP, Câmara de Dirigentes Lojistas Santos-Praia e PMS –

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 43

Prefeitura Municipal de Santos, que tem na SEPLAN – Secretaria de Planejamento, sua

representante, conforme lei municipal nº 2558/2008.

De acordo com esta lei municipal, a ACS deverá ser a responsável por:

a) Administração, manutenção e gestão das ações do Núcleo, podendo firmar convênio

e/ou termos aditivos com as empresas industriais e ou prestadores de serviços que

atendam às específicas finalidades previstas na lei, correndo por sua exclusiva conta,

as despesas que eventualmente venham a existir

b) Oferecer às empresas industriais e/ou prestadoras de serviços interessadas, os

seguintes atendimentos:

I. Gerenciamento da Incubadora;

II. Apoio na comercialização dos produtos;

III. Orientação à exportação;

IV. Gestão financeira e de custo;

V. Orientação jurídica

VI. Outros serviços, conforme a necessidade do empresário e o perfil do empreendimento;

VII. À exceção das deteriorações naturais causadas pelo uso e pelo tempo, manter o local

em perfeito estado de conservação e limpeza, inclusive quanto às exigências do Poder

Público, não dando ao mesmo, finalidade diversa da prevista no convênio.

Quanto às obrigações da PMS:

I. Disponibilizar imóvel de sua propriedade ou locado, a ser utilizado na manutenção do

“Núcleo de Desenvolvimento Empresarial – Projeto Incubadora”, objeto do convênio.

II. Adequação física do imóvel, bem como capacitá-lo com móveis e equipamentos de

escritório, tais como: mesas, cadeiras, arquivos, aparelho de fax, computador, entre

outros;

III. Arcar com as despesas decorrentes do Imposto Predial Territorial Urbano – IPTU e

outros tributos que venham a recair sobre o imóvel, necessários ao funcionamento do

núcleo.

IV. Das obrigações comuns:

V. Recrutamento em conjunto dos empresários interessados em participar do Projeto;

VI. Elaborar o regimento interno do “Núcleo de Desenvolvimento Empresarial – Projeto

Incubadora”.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 44

De acordo com o convênio, poderão participar da Incubadora, as empresas industriais e/ou

prestadores de serviço que atendam aos seguintes requisitos:

I. Possuir definições específicas sobre as características do produto ou serviço a ser

oferecido;

II. Ser viável técnica e economicamente o empreendimento;

III. Possuir equipe de trabalho com qualificação e capacitação profissional;

IV. Ser prescindível a autonomia da empresa;

V. Adequar-se aos objetivos da Incubadora;

VI. Possuir processos de produção não poluentes.

Para os dirigentes da incubadora, com a oficialização da nova gestora, a instituição

está sob um novo clima organizacional voltado para o treinamento e o suporte às empresas.

Os dirigentes esperam mais agilidade à implantação de novos procedimentos com vistas à

modernização. A proximidade com a nova gestora contribui muito para a ligação dos projetos

com as necessidades do mercado, e na busca de novos parceiros, tendo em vista que com a

FIESP, que é localizada em São Paulo, esta interligação ficava prejudicada.

1.16.1 Associação Comercial de Santos

A Associação é conhecida como “A Casa do Empresário”. A entidade tem como

missão desenvolver negócios e encontrar soluções uniformes e sustentadas para os problemas

empresariais da região.

É um órgão técnico e consultivo do Governo Federal, fundada em 22 de dezembro de

1870. É a associação comercial mais antiga do Estado de São Paulo e a quarta no país.

Desde a sua fundação até os dias atuais, sempre esteve envolvida nos assuntos

estratégicos para o benefício e desenvolvimento da região, como:

� Constituição do Porto de Santos;

� Governança de Santos em 1891, através de moção popular;

� Saneamento básico e iluminação;

� Em julho de 2007 a instalação de Arranjo Produtivo Local de Tecnologia de

Informação e Comunicação.

A ACS, ao longo dos anos vem prestando serviços relevantes a comunidade, tem sido

uma das forças responsáveis pelo desenvolvimento econômico do Porto de Santos e da região

Metropolitana da Baixada Santista.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 45

A Associação está localizada à rua XV de Novembro nº 137, no Centro Histórico de

Santos.

1.16.2 Responsabilidades das Demais Signatárias da Incubadora

UNIVERSIDADES

� Cabe às universidades disponibilizarem suas instalações e os serviços de seu Instituto de

Pesquisas Científicas para o atendimento das necessidades das empresas residentes, mediante

convênio a ser estabelecido entre as partes, nos diversos setores da universidade.

� Disponibilizar consultas técnicas às empresas residentes, através de contatos com professores

especialistas, mestres e doutores dos diversos segmentos e áreas de especializações, mediante

convênio a ser estabelecido entre as partes.

� Apoiar a entidade gestora e os parceiros na elaboração da proposta de projeto para

implantação da Incubadora.

� Participar, em conjunto com a entidade gestora, da seleção do coordenador da Incubadora.

� Participar, em conjunto com a entidade gestora e demais entidades na seleção dos candidatos

à incubação.

� Fazer constar de toda e qualquer forma de publicidade e do material didático, eventualmente

adotado, que se trata de realização conjunta com as demais entidades, submetendo sempre, a

aprovação prévia dos parceiros, os textos e propagandas elaborados.

� Indicar um representante para o Conselho de Administração

SEBRAE

� Disponibilizar os meios necessários para o levantamento de vocação da região, novas

tendências e oportunidades de negócios preferencialmente na linha de atuação do PRODER;

� Apoiar os parceiros na elaboração do estudo de viabilidade para implantação da incubadora;

� Apoiar a entidade gestora na elaboração da proposta de projeto para implantação da

Incubadora;

� Participar, em conjunto com a entidade gestora, da seleção do Coordenador da Incubadora;

� Aportar recursos necessários para dar apoio à realização do Projeto Incubadora.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 46

� Fazer constar de toda e qualquer forma de publicidade e do material didático, eventualmente

adotado, que se trata de realização conjunta com as demais entidades, submetendo, sempre, à

aprovação prévia destes parceiros, os textos e propagandas elaboradas.

� Indicar um representante para o Conselho de Administração.

� A parceria da IES com o SEBRAE-SP também colaborou para as firmas ampliarem o

faturamento. Ao longo do período, o convênio proporcionou as 23 empresas: 116 horas de

consultoria de marketing e venda; 90 horas de consultoria financeira; 22 horas de consultoria

de recursos humanos; 75 horas de consultoria tecnológica e 920 horas de SebraeTec

(consultoria tecnológica do Sebrae-SP), além de cursos de vendas e planejamento financeiro e

do seminário Empretec, promovido pelo Sebrae para desenvolver o perfil empreendedor dos

empresários.

CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTA CDL-SANTOS-PRAIA

� Disponibilizar as empresas residentes consultoria jurídica, através de seu Departamento

Jurídico;

� Disponibilizar as empresas residentes informações do Banco de Dados da Pesquisa de

Geoprocessamento;

� Disponibilizar as empresas residentes acesso aos serviços de consulta de crédito ligue cheque

e concentre;

� Disponibilizar as empresas residentes, na forma disposta aos associados e de forma gratuita,

acesso aos serviços de consultoria e palestras nas áreas de consultoria e palestras nas áreas de

Marketing, Arquitetura, Automação Comercial, Internet, Seguros, Previdência Privada,

Seguro Saúde, Recursos Humano e Banco de Empregos;

� Disponibilizar as empresas residentes, possibilidade de acesso aos convênios nas áreas de

saúde e social;

� Disponibilizar as empresas residentes, acesso à política de descontos no SESC e SENAC;

� Apoiar os parceiros na elaboração do estudo de viabilidade para implantação da Incubadora;

� Apoiar a entidade gestora na elaboração da proposta de projeto para implantação da

Incubadora;

� Participar, em conjunto com a entidade gestora, da seleção do Coordenador da Incubadora;

� Participar, em conjunto com a entidade gestora e demais entidades na seleção dos

candidatos à incubação;

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 47

� Fazer constar de toda e qualquer forma de publicidade e do material didático,

eventualmente adotado, que se trata de realização conjunta com as demais entidades,

submetendo, sempre a textos e propaganda elaborados;

� Indicar um representante para o Conselho de Administração.

1.16.3 Empresas Residentes

BRANQS AUTOMAÇÃO

Fabricante de controladores programáveis (CLP) para a área de automação industrial.

Larga experiência em automação de máquinas oferece total suporte desde a análise do

problema até o fornecimento da solução.

CERTAINLINES

Uma empresa de tecnologia com atuação no segmento de desenvolvimento de

soluções em software para dispositivos móveis como celulares e smartphones para o mercado

corporativo e consumidor.

ICS

Sofwares de CRM por assinatura para as áreas de vendas e marketing de micro e

pequenas empresas. Através das soluções ICS CRM on demand e ICS Multiplica, fica muito

fácil garantir o aumento dos negócios a cada venda.

Solução WEB para o gerenciamento de cliente, administração de campanhas e-mail,

marketing e que fornece relatórios para medir o relacionamento e potencial dos clientes,

integrando a equipe de vendas para melhores resultados da empresa.

Treinamentos variados para que os empresários e sua equipe melhorem a performance

de vendas e administração.

LOG1

Consultoria em Logística e Cadeia de Suprimentos em WebService baseada em

ferramentas inovadoras de diagnóstico empresarial e treinamentos customizados.

MABILDE DESIGN

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 48

Brindes e presentes corporativos customizados. Exclusivos e Eco Design (resíduos

industriais). Desenvolvimento de projetos em qualquer material, forma, tamanho e

quantidade.

MUSEION BRASIL

Empresa de Marketing e Comunicação, especializada em Memória Empresarial e Arte

Gráfica. O trabalho de Memória é desenvolvido para o fortalecimento da marca, diante de

funcionários e consumidores.

INTELIGÊNCIA AMBIENTAL

Atua com meio ambiente, saúde, segurança ocupacional e transporte de produtos

perigosos. Apresenta como principal produto o SILA (Sistema Integrado de Legislação

Aplicável), ferramenta virtual que reúne legislação ambiental, leis e normas de segurança

ocupacional e sobre transporte e armazenagem de produtos perigosos.

A empresa obtém destaque no setor empresarial, foi agraciada com o certificado SGI

(Sistema de Gestão Integrada) que reúne em um só documento as certificações ISSO 9000

(área de qualidade); ISSO 14002 (área ambiental) e Oshas 18009 (Segurança e Saúde

Ocupacional)

Além do aumento da credibilidade que a certificação traz, a empresa incubada tem por

objetivo conseguir contratos com firmas da cadeia de exploração de petróleo e gás, se

antecipando às exigências de qualidade que a Petrobrás e outras instituições do ramo fazem a

seus prestadores de serviços.

NATCOMP

Empresa que desenvolve soluções baseadas em sistemas inteligentes destinadas a

Análise de Dados, Otimização, Visão Computacional e Sistemas Virtuais. Com capital

intelectual altamente qualificado.

OASIS DIGITAL

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 49

O principal objetivo é o marketing digital de empresas. A empresa foi responsável pela

inserção da IES no Second Life 2. Nesse ambiente é possível fazer reuniões, conhecer o

projeto incubadora, ser atendido, tirar dúvidas e utilizar o auditório, seguindo o modelo

adotado por grandes empresas como Audi, Sebrae, Petrobrás e outras. A IES é a primeira

incubadora brasileira a fazer parte desse mundo virtual.

QUERÔ FILMES

Produtora de Filmes Comerciais e Cinematográficos que nasceu de um projeto social

chamado “OFICINAS QUERÔ”, projeto patrocinado pela “Gullane Filmes”.

RECICLAGEM SÃO MIGUEL

Reciclagem de coco verde.

SALUTO

Desenvolvimento do sorvete funcional.

VALE MAIS

Industrializa alimentos funcionais e orgânicos de origem vegetal, transformando a

alimentação humana, tornando-a mais saudável, em todas as camadas sociais da coletividade.

VQV BRASIL

Soluções de conteúdo colaborativo baseadas no conceito de WEB 2.0. Mercado de

atuação: marketing digital, com foco na ativação e experiência de marca. Principal produto:

vaiqueuvou.com, rede social acoplada a uma agenda.

WALKMED

Biotecnologia em produtos médicos.

2 “segunda vida” ambiente virtual e tridimensional que simula em alguns aspectos a vida real e social do ser

humano.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 50

1.16.4 Empresas Não-Residentes

IT&D

Uma empresa de desenvolvimento de projetos de automação. Seu principal produto é

o Velaqua, Sistema de Medição de Velocidade em Tempo Real para Nadadores, voltado para

o esporte de alto rendimento.

UBITEC

É especializada em desenvolver facilidades através de soluções web para a área de

tecnologia da informação e comunicação.

Um de seus serviços é a Agência Digital, solução que concentra e integra diversos

produtos e serviços oferecidos pelas Agências de Viagens e Turismo.

Através de um extenso banco de dados integrado, disponibiliza aos clientes um site

dinâmico e sempre atualizado com todas as informações de produtos turísticos como Pacotes,

Cruzeiros Marítimos, Hotéis, Carros, Vôos, etc.

Está localizada à Rua Almeida de Morais, nº 164 cj. 32 na Vila Mathias.

SANTOS TELECOM

A empresa é especializada em instalação de sistema de telecomunicações e segurança

eletrônica. Atua com gestão em telecomunicações focada na minimização de custos e

otimização de sistemas. Na segurança eletrônica faz instalação de sistemas de circuito fechado

de TV-CFTV, podendo o cliente fazer acesso remoto das imagens.

O objetivo da empresa é prover soluções tecnológicas e inovadoras, para que no

produto final deste serviço, haja a redução de custo com qualidade de serviços.

A Santos Telecom procura ser referência no que tange a inovações com redução de

custos e excelência em serviços, a fim de levar soluções tecnológicas agregadas, com

economia a seus clientes.

Está situada à Rua do Comércio nº 26, sala 33 no Centro de Santos, site:

http://www.santostelecom.com.br

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 51

KBR TEC

A idéia começou com um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e hoje a empresa é

especializada em soluções para portais corporativos e websites com alto valor agregado.

Nos portais corporativos, as empresas encontram tudo que necessitam em um só lugar,

ou seja, gestão integrada do conhecimento e processos das organizações, gerenciamento de

documentos, controles de produtividade, melhorias na comunicação interna e externa das

empresas, além de redução de papel e demais custos operacionais, instrumentos que

favorecem os negócios dos clientes, aumentado a competitividade e tornando-os mais

eficientes.

Está situada à rua Dr. Carvalho de Mendonça, nº 224 conj. 13, Vila Belmiro, Santos,

site: http://www.kbrtec.com.br/

CAMELBACK

Foi constituída no ano de 2002, se graduou em 2005. A missão da empresa é

aprimorar os métodos de vulcanização de pneus, com o desenvolvimento de máquinas e

hardware que aumentam a produtividade, reduzindo o tempo de manuseio de pneus, e que

torne a operação mais rápida, a fim de reduzir a área de operação, racionalizando o uso de

vapor e ar comprimido, gerando economia e possibilitando a expansão da linha produtiva.

A pesquisa para o desenvolvimento do equipamento foi financiado com apoio da

FAPESP.

A origem do nome CAMELBACK provém de um produto que é utilizado para

reforma de pneus, largamente utilizado por recapadoras.

Está localizada à Rua Padre Donizete nº 337, na cidade do Guarujá, site:

http://www.camelback.com.br

ENTERDATA

A empresa trabalha com soluções de informática para pequenas e médias empresas,

usuário doméstico e mercado corporativo.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 52

As bandeiras de revenda certificada HP, Business Partner IBM, Revenda Apple,

Microsoft Direct Acess, Corel in Education, fazem da Enterdata Informática uma empresa

diferenciada, com destaque para Qualidade Total do SEBRAE desde 1999.

Está situada à Rua Carvalho de Mendonça nº 95, na cidade de Santos, site:

www.enterdata.com.br

MAKE

Apesar de constar no folheto atual da IES, não foi encontrada nenhuma informação a

respeito desta empresa.

MBM SYSTEMS

A empresa atua na área de informática com atividades voltadas para a consultoria e

desenvolvimento de sistemas aplicativos para microcomputadores.

Especializou-se em desenvolvimento de soluções para os seguimentos de: gestão

administrativa, contábil e financeira, comércio atacadista e varejista, comércio exterior e

gestão industrial.

Está localizada à Rua Riachuelo nº 121 conjunto 21, Centro de Santos, site:

http://www.mbmsystems.com.br.

1.16.5 Empresas Graduadas

TECHNOLOG

Foi criada com a intenção de atender demandas do porto, é especializada em softwares

para operações portuárias e logísticas. A empresa teve uma trajetória inusitada. Seu projeto

inicial foi aprovado no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (CIETEC), em São

Paulo, tido como principal referência no segmento e apoiado pela USP, IPT, Secretaria de

Estado da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, entre outras instituições. Lá

foi feito em conjunto o melhor produto para a Technolog, principalmente a parte teórica do

projeto, mas como a entrada no mercado não ocorria, os empresários resolveram apresentar o

projeto na IES.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 53

ESTAÇÃO DO TURISMO

Foi a primeira empresa do ramo de Turismo a ser incubada no Brasil, é especializada

em consultoria, projeto, pesquisa e capacitação profissional em turismo e hotelaria. Surgiu a

partir de um TCC, e já é uma empresa de sucesso na Baixada Santista.

SANTA IDÉIA

GARIMPAR

NATU BRASILIS ECODESIGN

ESTÚDIO PAIZ

GRADUAL TEC

Apesar de constarem no site oficial da IES, não foi encontrada nenhuma informação

sobre estas cinco empresas na internet e ao questionarmos a direção da incubadora, através de

e-mail não obtivemos resposta. Com informações extra-oficiais, algumas delas estariam

funcionando em outras cidades.

A previsão para o ano de 2009 é ampliar para 32 projetos de inovação apoiados, cujas

inscrições foram efetuadas no mês de outubro. De 30 projetos analisados para integrar a

incubadora, apenas nove se enquadram nos pré-requisitos, ou seja, projetos de empresas das

áreas de tecnologia da informação, softwares, biotecnologia, meio-ambiente, energias

renováveis e que contenham inovação no uso de tecnologia do produto ou serviço a ser

desenvolvido.

A IES está em constante crescimento do faturamento e qualidade, o resultado disso é

que em apenas seis anos de vida, foi selecionada entre 25 incubadoras-modelo brasileiras que,

em dezembro de 2008, irão participar de missão técnica internacional, promovida pelo

SEBRAE e pela ANPROTEC, para conhecer na Espanha, a Barcelona Activa, empresa

municipal da cidade catalã criada em 1986 e que é referência para incubadoras em todo o

mundo e que mantém 115 empresas de economia criativa.

A missão tem o objetivo de conhecer as boas práticas e tecnologias espanholas

fundamentais para os saltos de qualidade almejados pelo CERNE-Centro de Referência para

Apoio a Novos Empreendedores. Entre as tecnologias apresentadas estão ferramentas online

que ajudam na hora de testar a viabilidade do empreendimento antes mesmo de as empresas

serem formadas. A idéia é proporcionar a criação de um modelo de referência para

incubadoras no Brasil.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 54

As tecnologias serão implementadas pelo Barcelona Activa em regime de assessoria e

deverão ser totalmente customizadas para o Brasil.

A Prefeitura de Santos, através da Secretaria de Planejamento, procura articular a

iniciativa privada, universidades e todos os setores do município para o desenvolvimento

econômico da cidade, principalmente do Centro Histórico e do Porto, com inclusão social.

O norte da Administração Municipal não é a construção meramente de obras, mas sim

a construção de um novo tempo, com a criação do Porto Digital e a construção de um Parque

Tecnológico, tendo como embrião a Incubadora de Empresas de Santos em conjunto com a

revitalização do Centro Histórico.

Santos faz parte de um grupo de quinze municípios selecionados pelo governo

estadual para comporem o Sistema de Parques Tecnológicos do Estado de São Paulo. De

acordo com o planejamento estratégico do poder público municipal, o parque tecnológico de

Santos será composto pela Incubadora de Empresas de Santos, pelo Arranjo Produtivo Local,

e por mais três organizações: um ninho de empresas para os empreendimentos iniciados na

incubadora, um instituto municipal de tecnologia e o projeto infovia na cidade.

O parque tem por objetivo estimular as pesquisas e inovações tecnológicas aplicadas

aos sete valores de desenvolvimento regional: energia, turismo, porto-indústria,

desenvolvimento urbano, logística, meio ambiente e pesquisa e desenvolvimento.

1.16.6 Infovia

É um sistema de fibra óptica, que começa a ser instalado pela prefeitura, com o

objetivo de garantir segurança e serviços públicos mais eficientes, por meio de um moderno

sistema de transmissão de informações, imagens e voz. Na primeira etapa, desenvolvida por

meio de um convênio com o Banco do Brasil, a rede atenderá a região do Centro e a Zona

Leste, incluindo toda a orla, onde se concentram dois terços da população santista. O primeiro

anel conta com 21 km de extensão, utilizando 70 mil metros de fibras ópticas. A rede passará

por todas as principais vias e pontos estratégicos da cidade, possibilitando a expansão do

sistema.

A primeira rede é custeada pelo Banco do Brasil, que investiu R$ 1.428.868,56, e

também tem a parceria da CPFL, que disponibilizou seu sistema de cabeamento para a

instalação de parte da rede. A segunda etapa, em fase de projeto, prevê um anel óptico de 26

km, interligando morros, entrada da cidade e Zona Noroeste. O custo estimado é de

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 55

aproximadamente R$ 5 milhões, interligando 180 unidades municipais, buscando-se a

completa modernização de nossa cidade.

Principais benefícios da Infovia à municipalidade:

• Modernização da administração pública;

• Universalização das comunicações nos municípios;

• Inclusão digital em todos os níveis;

• Inclusão social com redução (ou até eliminação) da separação digital entre as classes.

• Ativação da economia digital no município;

• Redução de custo (até 60%, típico 40%) de serviços de comunicações, em particular

telefonia, tanto para o setor público quanto para o setor privado;

• Fortalecimento econômico do município.

1.16.7Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação e Comunicações - APL TIC

Arranjos produtivos locais são aglomerados de empresas localizadas em um mesmo

território, que apresentam especialização produtiva e mantém vínculos de articulação,

interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais tais como: governo,

associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa. No caso do APL TIC, o

objetivo é fazer de Santos um parque tecnológico, fomentando o crescimento das empresas do

setor por meio do desenvolvimento de um ambiente competitivo e de cooperação,

aproveitando a vocação tecnológica existente no município e região. Integram o APL cerca

de 50 empresas, a maioria da área de desenvolvimento de programas, além de prestadores de

serviço em manutenção e comunicação e comercialização de equipamentos.

O APL TIC possui cinco eixos: mercado, recursos humanos, gestão, incentivos e

inovação. O Conselho Deliberativo é composto pelo SEBRAE-SP, Associação Comercial de

Santos – ACS, Prefeitura Municipal de Santos, FIESP/CIESP e Agência Metropolitana da

Baixada Santista – AGEM.

• Mercado – é coordenado pela AGEM que tem como atribuições a divulgação

institucional do APL (site, comunicação e criação de marca) e o desenvolvimento de

uma pesquisa que indique a oferta tecnológica de seus componentes;

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 56

• Recursos Humanos – é coordenado pela FIESP, trata de atividades como a formação

de um banco de talentos e de um calendário de cursos técnicos.

• Gestão – tem à frente a ACS, que tem a responsabilidade o planejamento estratégico e

assessoria contábil e jurídica. A prefeitura coordena o grupo de incentivos, com os

objetivos de formar uma estrutura local de fomento para o setor, trabalhar com a

legislação de incentivos fiscais e representar o APL em fóruns nacionais ligados à

ciência e tecnologia;

• Inovação – é coordenada pelo SEBRAE-SP, que é o responsável por consultoria

tecnológica e apoio ao desenvolvimento de tecnologia.

O Conselho Deliberativo é responsável pela definição das estratégias e do

funcionamento do APL. A coordenação do conselho, que é rotativa por um ano, é da

Prefeitura de Santos, e a secretaria é da ACS.

Outras instâncias do APL são o Conselho Consultivo, formado por entidades de ensino

e pesquisa, órgãos públicos e empresas que não exerçam atividade-fim de TIC, e o Conselho

Empresarial, formado pelos empresários participantes.

Algumas empresas que nasceram na incubadora ou que são assessoradas, já estão

integradas ao APL, como é o caso das empresas KbrTec e a Technolog Soluções de Software.

O APL também atenderá as necessidades das empresas da Baixada, ligadas à área

portuária. O projeto é fundamental para o desenvolvimento de Santos e região e possui ampla

participação institucional.

De acordo com índices da Fundação Seade, a Baixada Santista contava com 68.834

empresas em 2005, das quais 51,12% estão no setor de serviços. Dessa parte, o ramo que

apresentou o maio crescimento foi justamente o de informática, com 87,7%, chegando a 932

empresas prestadoras de serviço no setor na região (556 em Santos). Já no comércio, que

reúne 41,66% das empresas da cidade, as lojas de material e equipamentos de informática são

910 na Baixada (546 em Santos), com um crescimento de 64,5%.

O objetivo do APL é o aumento de lucro líquido das empresas participantes de 20%

até 2010 e aumento de faturamento de 30% no mesmo período, a partir da contribuição do

Imposto Sobre Serviços – ISS.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 57

2 PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTOS

2.1 Evolução

Após a intervenção federal em 1968, os armazéns de grãos de café e os escritórios de

corretagem instalados no Centro e Paquetá, pediram concordata e migraram para Minas

Gerais que oferecia incentivos fiscais. O comércio sofre as conseqüências e os bancos

genuinamente santistas são liquidados.

Em 1980, o porto é reestatizado e entra em processo de estagnação, diante dessa

situação aumenta a fuga de carga para outros portos devido ao alto custo das operações

portuárias.

A cidade de Santos retoma sua autonomia administrativa em 1984. Entre 1989 e 1991

foram tomadas as primeiras iniciativas pelo poder público para a recuperação do Centro com

a criação de incentivos fiscais e isenção de impostos para imóveis restaurados e preservados, e

em 1995 começa a revitalização do Centro com a reforma do Outeiro de Santa Catarina. Mais

tarde, em 1999 o projeto “Cores da Cidade” dá nova cara ao Centro, começa a restauração da

Bolsa do Café e é fundado o Museu dos Cafés Brasileiros.

2.2 Modernização

O Centro passa a ser chamado “Centro Histórico” e inicia-se o movimento “Centro

Vivo”, que reunia empresários interessados na sua revitalização. O novo plano diretor do

município contempla o Centro Histórico com o Potencial de Crédito Construtivo, mecanismo

de compensação pelo não aproveitamento do terreno de imóveis históricos, que contribuiu

profundamente para a valorização do patrimônio arquitetônico do Centro.

No ano de 2000 é criada pelo então prefeito Paulo Roberto Gomes Mansur, a

Secretaria de Planejamento, responsável pelo gerenciamento de programas que visam o

desenvolvimento harmônico da cidade e da região implementando as diretrizes estabelecidas

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 58

pelo Plano Diretor de Desenvolvimento e Expansão Urbana. E junto com ela, é inaugurada a

linha de bonde turístico, consolidando o processo e o Centro Histórico passa a ser roteiro

obrigatório do desenvolvimento da cidade.

O Centro Histórico de Santos é um importante acervo histórico do país, composto por

edifícios e monumentos que representam os diferentes períodos de nossa história, desde a

fundação da cidade em 1545 até meados de 1967, fase em que se concentra a construção de

um rico patrimônio histórico. Após este período, o desenvolvimento comercial da cidade de

Santos desloca-se para outras regiões da cidade.

Hoje, inúmeras intervenções já estão concluídas com o apoio do Projeto “Alegra

Centro”, como:

� Incubadora de Empresas de Santos;

� Restauração de palácios, como a Bolsa do Café – marco da riqueza cafeeira;

� Revitalização do Largo Marquês de Monte Alegre – restauração e reforma da Estação

do Valongo, que é sede da Secretaria de Turismo e Guarda Municipal;

� Restauração do Teatro Coliseu;

� Banco do Povo- desde a abertura, a agência já liberou cerca de R$ 1,1 milhão, e

aproximadamente 450 contratos. Para requerer o empréstimo, o interessado deve

residir em Santos há, no mínimo dois anos.

� Revitalização do Mercado Municipal;

� Instalação do Restaurante Popular Bom Prato;

� Transferência da 3ª Companhia da Polícia Militar para a Praça dos Andradas, visando

uma maior segurança para o local.

� Inauguração do Poupatempo – é um programa do Governo do Estado de São Paulo,

vinculado à Secretaria de Gestão Pública e administrado pela Prodesp – Tecnologia da

Informação. Foi instalado em galpões da década de 20, em antigos armazéns da

CEAGESP. Vai atender cerca de 1,7 milhões de habitantes da Baixada Santista, com

um investimento total de R$ 56,2 milhões;

� Criação do empreendimento World Trade Center – WTC;

� Instalação da Biblioteca Municipal na Sociedade Humanitária;

� Reforma do Casarão da Frontaria Azulejada que abriga a Fundação Arquivo e

Memória de Santos – FAMS;

� Restauração do Outeiro de Santa Catarina – abriga a FAMS e Cinemateca Municipal

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 59

OUTROS PONTOS TURÍSTICOS E PRÉDIOS HISTÓRICOS

� Igreja Nossa Senhora do Carmo – Capela da Ordem 3ª de Nossa Senhora do Carmo;

� Monte Serrat – Cassino Monte Serrat – arquitetura e sistema funicular preservados;

� Igreja e Santuário Santo Antonio do Valongo;

� Museu de Arte Sacra;

� Prefeitura Municipal de Santos – Palácio José Bonifácio;

� Câmara Municipal de Santos – residência de José Bonifácio;

� Pantheon do Andradas;

� Cadeia Velha;

� Fonte do Itororó – resquícios da fonte no sopé do Monte Serrat;

� Associação Comercial de Santos;

� Casa do Trem Bélico;

� Catedral;

� Palácio da Justiça;

� Igreja Nossa Senhora do Rosário

2.3 Projetos Futuros

CONSTRUÇÃO DA UNIFESP

A UNIFESP será instalada em um prédio localizado à Rua Silva Jardim nºs 133/136

na Vila Mathias, em imóvel que foi utilizado para hospedar imigrantes no começo do século

passado. Serviu ainda como armazém de bananas.

O prédio é de 1912 e é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de

Santos. Para a construção da nova instalação, o Ministério da Educação destinou à

universidade R$ 7,5 milhões, e mais R$ 4,5 milhões serão utilizados para compra de

equipamentos e para custeio.

A região está deteriorada, com muitos moradores de rua. A Prefeitura de Santos conta

com a chegada da universidade para ajudar a revitalizar o local. O terreno foi cedido à

universidade pelo Governo do Estado.

RESTAURAÇÃO DO EDIFÍCIO DO CORPO DE BOMBEIROS

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 60

O local é conhecido como “castelinhos” durante anos abrigou a sede do Corpo de

Bombeiros, vai abrigar a nova sede da Câmara Municipal de Santos. O edifício está situado à

Rua Senador Feijó na Vila Mathias, terá cerca de 4.300 mil m2 de área construída, sendo

1.015 m2 de área restaurada.

A construção da nova sede prevê obras de revitalização e reurbanização por parte da

Prefeitura, além da inclusão do trajeto do bonde, contribuindo com o crescimento do

comércio local.

O projeto que vai unir modernidade com preservação histórica vai custar cerca de R$

14.949.832,52 e a previsão para a conclusão é em 2010.

AMPLIAÇÃO DA LINHA DO BONDE

A linha vai passar de 1,7 para 5 quilômetros de extensão, percorrendo todos os

principais pontos de interesse da área, e terá paradas para embarque e desembarque nas

principais atrações. O percurso incluirá a Fonte do Itororó, subida para o Monte Serrat,

Castelinho do Corpo de Bombeiros, Sociedade Humanitária, Catedral, Teatro Coliseu,

Outeiro de Santa Catarina, Pantheon dos Andradas e Monumento a Brás Cubas.

O custo total da obra é de R$ 8.199.886,27. A ampliação visa aumentar o número de

turistas no Centro, o que é fundamental para o desenvolvimento do comércio local.

RESTAURAÇÃO DO TEATRO GUARANY

O Teatro foi um marco da história da cidade de Santos, foi palco de discursos

inflamados de abolicionistas e republicanos, é um dos maiores patrimônios históricos da

cidade. Construído durante o governo imperial de D. Pedro II, foi o primeiro teatro da cidade.

Em 1880, foi sede de inúmeros espetáculos beneficentes pró-abolicionistas.

Das sacadas, em sua fachada, inúmeras personalidades da história paulista realizaram

comícios pela proclamação da república. Por volta de 1970, um incêndio de grandes

proporções destruiu seu interior, restando somente as fachadas. Na figura 6 veremos como

estava antes de ser restaurado e depois na figura 7, como será após a restauração:

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 61

Figura 6: Teatro Guarany antes da restauração Fonte: site www.novomilenio.inf.br

Figura 7: Maket do Teatro Guarany após a restauração Fonte: site www.piniweb.com.br

As obras de restauração do teatro estão na fase final com previsão de inauguração pra

meados de 2009, representará um novo impulso à revitalização do Centro Histórico, além de

garantir a preservação de um patrimônio cultural, artístico e arquitetônico, ainda vai abrigar a

Escola Livre de Artes Cênicas da Secretaria de Cultura.

A restauração faz parte de um trabalho desenvolvido junto à Organização de

Desenvolvimento Cultural e Preservação Ambiental AMA-BRASIL, com um investimento de

cerca de 6,5 milhões por meio da Lei Rouanet de incentivo à cultura.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 62

CASARÕES DO VALONGO

Os casarões foram construídos pelo comendador Joaquim Manoel Ferreira Neto, eram

usados como residência até 1895, e depois passaram a abrigar o poder municipal até 1939.

Depois serviram como hotéis, bares, restaurantes e escritórios, até 1985, quando um grande

incêndio destruiu um dos blocos, cujas paredes desabaram em 1986, quando um novo

incêndio em 1992 acabou de destruí-los.

O Governo Estadual cedeu a área de 1.900 metros quadrados, o investimento para a

reforma será de R$ 19.937.601,72. A captação de verbas é responsabilidade da AMA-Brasil

(Organização de Desenvolvimento Cultural e Preservação Ambiental), a organização é a

responsável também pela restauração do Teatro Guarany. Abrigará um atrativo internacional:

o “MUSEU PELÉ”, em homenagem ao maior jogador de futebol de todos os tempos, com

áreas para o acervo do Rei do Futebol, espaços de exposições, auditório, lojas, café, sanitários

e setor administrativo.

As figuras 8 e 9, respectivamente mostram a foto dos casarões em ruínas e como ficará

após a restauração e criação do museu:

Figura8: Ruínas dos Casarões do Valongo Figura 9: Maket do Museu Pelé Fonte: site www.feriastur.br Fonte: site: www.clicklitoral.com.br

VLT – VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHOS

Um dos objetivos da implantação do veículo é transportar passageiros pela Região da

Costa da Mata Atlântica com mais velocidade, segurança e conforto, substituindo o antigo

trem intermunicipal, desativado em 1999. Ele operará com três linhas: uma iria do Porto de

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Santos até São Vicente, outra ligando Santos à COSIPA (em Cubatão) e mais uma que sairá

de Santos chegando ao Município de Peruíbe. A previsão de funcionamento é para o ano de

2010.

TÚNEL DE SANTOS-GUARUJÁ

Desde a década de 40, se discute sobre a idéia de unir as margens das duas cidades.

Mais tarde, na década de 80 voltou a ser discutido, quando muitos achavam a idéia utópica, e

só no ano de 2001 é que a proposta foi desengavetada. A história registra inúmeras

realizações que só saíram do papel pelo empenho pessoal dos seus autores, como é o caso do

sanitarista Saturnino de Brito que idealizou e planejou a construção dos canais santistas,

iniciativa que acabou com as enchentes e eliminou focos de doenças que assolavam a

população.

A obra do túnel seria feita a uma profundidade de 25 metros e com apenas 5

quilômetros. A construção é estratégica para a interligação com o futuro Aeroporto

Metropolitano, em Guarujá, e com o Terminal Turístico de Passageiros em Santos, conforme

prevê o Plano Viário desenvolvido pela Agência Metropolitana da Baixada Santista - AGEM.

Diante das ótimas perspectivas econômicas para a região, impulsionadas pela

descoberta de reservas de gás na Bacia de Santos e a expansão do fluxo de turistas devido aos

cruzeiros marítimos, aumentou o interesse empresarial pelo túnel.

PROJETO MARINA PORTO DE SANTOS – COMPLEXO NÁUTICO E

EMPRESARIAL

O projeto é elaborado pela Prefeitura de Santos, visando a integração física entre Porto

e Cidade, com a utilização dos armazéns 1 ao 8 - pertencentes à CODESP e desativados há 20

anos – para desenvolver atividades turísticas e empresariais. O empreendimento faz parte das

ações estratégicas para a revitalização da área central histórica, que integram o Programa

Alegra Centro.

A Marina Porto de Santos será um grande passo rumo ao desenvolvimento econômico

e social não apenas da Cidade, como da Baixada Santista e do Estado. Entre os benefícios do

projeto estão a geração de empregos diretos e indiretos, o resgate da identidade santista, a

qualificação do município do turismo internacional, a migração de empresas para o Centro

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Histórico, a melhoria da qualidade de vida em toda a região, incentivo aos esportes náuticos,

alinhando Santos aos principais municípios portuários do País e do exterior, que possuem

intervenções semelhantes: Barcelona (Espanha), Sidney (Austrália), São Francisco (Estados

Unidos), Lisboa (Portugal), Buenos Aires (Argentina), Belém (Pará) e Recife (Pernambuco).

O espaço integrará: marina, terminal de cruzeiros, restaurantes, espaços para eventos e

feiras, estaleiro, serviços de apoio náutico, escola de navegação, centro oceanográfico e

possivelmente a instalação do parque tecnológico, como mostra as makets a seguir nas figuras

10 e 11:

Figura 10 – Maket da Marina no Porto de Santos 1 Fonte: site www.santos.globo.com

Figura 11 – Maket da Marina no Porto de Santos 2 Fonte: site www.santos.globo.com

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2.4 Alegra Centro

O programa tem como principal objetivo a preservação do patrimônio histórico em

conjunto com a valorização da paisagem urbana e retomada do desenvolvimento econômico e

social da área central de Santos e, conseqüentemente, da Cidade e região. Criado em 2003

pela Prefeitura de Santos por meio da Secretaria de Planejamento-SEPLAN e transformado

em Lei Complementar, o Alegra Centro apóia a instalação de empreendimentos, por meio de

iniciativas voltadas à diversificação de atividades como comércio, entretenimento e turismo,

atraindo santistas e turistas.

Aos empresários que se instalam no Centro Histórico, aproveitando toda a infra-

estrutura oferecida e beleza que faz desse local um cenário, o projeto prevê incentivos fiscais.

Para isso, os imóveis históricos devem ser restaurados e receber uma atividade econômica,

contribuindo com a preservação e com a atração de público.

São beneficiadas com incentivos fiscais as diversas atividades profissionais já

instaladas no Centro ou que venham a se instalar em imóveis históricos da área de

abrangência a qual integram os bairros da região central: Valongo, Centro, Vila Nova,

Paquetá e Vila Mathias.

Isenções de tributos:

o Isenção total do IPTU;

o Isenção total do ISS da obra;

o Isenção do ITBI, no caso de compra e venda do imóvel;

o Isenção da taxa de licença por cinco anos;

o Isenção do ISS (limite de R$ 30 mil/ano) por cinco anos para prestadores de serviços;

o Venda do Potencial Construtivo;

o Patrocínio: há a possibilidade de o empreendedor ser patrocinado por terceiros

(empresas localizadas em Santos) e, estas poderão obter isenção de até 50% de IPTU

ou ISS.

O Centro Histórico de Santos tem despertado o interesse de vários empresários e, para

atender esse público, foi criado o Escritório Técnico. Os empresários recebem consultoria

especializada gratuita e têm à disposição um banco de dados completo referente à restauração,

usos permitidos e localização dos imóveis do Centro.

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Atualmente está localizado à rua XV de Novembro nº 41/43, conjunto 86, no Centro

de Santos. Em cinco anos, já foram atendidos 1.635 interessados em conhecer o programa. Ao

todo foram instalados 1.293 empreendimentos que representam o aumento de 30% no número

de novos negócios.

Profissionais capacitados estão à disposição dos interessados para assessorar com:

o Informações sobre os imóveis que poderão receber novas empresas;

o Informações detalhadas sobre os incentivos fiscais que poderão ser oferecidos;

o Dados estatísticos do Centro;

o Informações gerais sobre a cidade;

Além dessas atribuições, a equipe poderá programar reuniões para tratar

especificamente de cada empresa a ser instalada num espaço confortável e propicia aos

negócios. Agilização da tramitação dos processos na Prefeitura, sem burocracia, também é

uma das funções desses profissionais.

Uma série de eventos e atrações culturais são programadas para atrair o público para o

Centro, incrementando o comércio quando as lojas estão abertas e estimulando o movimento

nos horários em que o Centro se esvazia. Entre estas ações constam:

o Centro dia e noite, com a realização de shows e apresentações artísticas, tanto nas

ruas, como nas dependências de imóveis históricos;

o Implantação da linha turística do bonde;

o Uniformização dos horários de visitação pública das atrações;

o Roteiros monitorados pelo Centro Histórico que proporcionem o passeio a pé entre o

Outeiro de Santa Catarina e o Valongo;

A Administração, através do Alegra Centro, estimula os comerciantes a buscarem

soluções comuns para seus problemas, rateando as despesas com Marketing promocional e

cultural, criando assim condições de competir com outras regiões comerciais da cidade.

Após cinco anos de sua implantação, o Programa Alegra Centro, consolida seu sucesso

com muitos motivos para comemorar e entra em uma nova fase, tendo como principais

desafios: a ampliação da sua área de abrangência, integrando o Programa de Incentivo à

Revitalização de Áreas Urbanas Degradadas – PRÓ-URBE, solução habitacional voltada aos

cortiços e à atração de novas habitações para a região central. O PRÓ-URBE foi instituído

pelo atual Governador do Estado de São Paulo, José Serra.

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Segundo o Prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa:

“O PRÓ-URBE demonstra a visão inteligente do governo no estímulo ao crescimento da economia, que resultará em mais empregos e em recuperação social, e a cidade de Santos está inserida neste esforço. A divulgação do programa será feita entre as empresas locais, especialmente as exportadoras porque a proposta permite a utilização de créditos acumulados do ICMS, quando a alíquota média de saída é superior à de entradas das mercadorias. Essa situação ocorre em geral nas operações desoneradas de ICMS, com as exportações.”

A revitalização do Centro Histórico recebeu nos últimos anos cerca de R$ 91 milhões

e 243 mil de investimentos do poder público e iniciativa privada. Desse total, R$ 22 milhões

foram destinados a obras de infra-estrutura.

Cerca de 224 obras de restauração e conservação de imóveis foram realizadas na área

de Proteção Cultural, totalizando R$ 68 milhões investidos. O número de imóveis fechados

que em 2006 era de 373, caiu no ano de 2007 para 269. Os degradados, que em 2006

contabilizaram 174, passaram a 133 em 2007.

2.5 Secretaria de Planejamento – SEPLAN

A Secretaria de Planejamento foi criada em dezembro de 2000, pela Lei

Complementar 423/2000, é responsável pelo gerenciamento de programas que visam o

desenvolvimento harmônico da cidade e da região, implementando as diretrizes estabelecidas

pelo Plano de Desenvolvimento e Expansão Urbana. Metas da Administração Municipal que

ao longo desse tempo de existência, por força do trabalho atento do secretário da época que é

o Prefeito atual João Paulo Tavares Papa, foram concretizadas através de várias importantes

ações integradas a outras áreas do governo.

A SEPLAN, representada pelo Secretário Bechara Abdalla Pestana Neves, é

responsável pelas seguintes atribuições:

� Auxiliar o prefeito no cumprimento do Programa de Metas estabelecido no Plano

Plurianual de governo para o setor de Planejamento e na formulação democrática e

implantação da Política Municipal de Planejamento, referente ao desenvolvimento

urbano e socioeconômico sustentável municipal e no contexto regional;

� Dirigir o processo de elaboração, aprimoramento e implantação de planos, programas,

projetos e legislação voltados ao desenvolvimento urbano e socioeconômico

sustentável do Município, conforme diretrizes estabelecidas no Plano Diretor de

Desenvolvimento e Expansão Urbana do Município de Santos;

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� Participar de câmaras e projetos intersetoriais, da rede de colaboração governo-

sociedade e Conselhos Municipais com interface no Planejamento.

Após a criação dessa importante secretaria, vários projetos saíram do papel e

tornaram-se realidade como é o caso da Incubadora de Empresas, Conselho de

Desenvolvimento Urbano-CDES, Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano-CMDU,

Banco do Povo, Alegra Centro, Geoprocessamento,3 entre outros.

A Incubadora de Empresas foi implantada logo após a criação da SEPLAN, em 2002,

com a missão de provocar o desenvolvimento tecnológico regional por meio da criação de

uma rede colaborativa de valor do conhecimento, bem como através do apoio a

empreendedores inovadores na criação e maturação de empresas de atividades estratégicas

para a economia local, tornando a cidade de Santos um Pólo Nacional de referência da cultura

empreendedora com foco nos grandes desafios locais, regionais, setoriais e nacionais. A IES

foi um dos projetos indutores da revitalização da região central da cidade.

O Geoprocessamento denominado Projeto Santos Digital, é parte integrante da

modernização da máquina administrativa. O projeto consiste na captação, tratamento e

desenvolvimento de informações gerais sobre o Município para a criação de um único banco

de dados com utilidade funcional. Esse banco de dados tem a finalidade de compor um

sistema de informações geográficas que estará interligado a plantas da cidade. O projeto

“Santos Digital” possibilita a obtenção de um amplo diagnóstico real da Cidade, contribuindo

para a elaboração de ações concretas em todos os setores de atividades públicas e privadas.

A SEPLAN é a responsável pelo CDES-Conselho de Desenvolvimento Econômico de

Santos, órgão de caráter consultivo e de apoio ao planejamento econômico da cidade, tem

como objetivos:

� Apoiar o planejamento econômico do Município, criando atributos e incentivo ao

fomento e à captação de recursos financeiros nos âmbitos estadual, federal e até

internacional para projetos e programas sócio-econômicos que venham contribuir para

o desenvolvimento de Santos;

� Discutir soluções para a geração de empregos de Santos;

� Propor planos de integração do Porto ao Município;

3 O geoprocessamento é o processamento informatizado de dados georreferenciados. Utiliza programas de computador que permitem o uso de informações cartografia|cartográficas (mapas, cartas topográficas e plantas) e informações a que se possa associar coordenadas desses mapas, cartas ou plantas. Fonte Wikipédia.

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� Propor e acompanhar programas que favoreçam o acesso a linhas de crédito e

investimento para empreendimentos de pequeno e médio porte.

O planejamento é uma ferramenta importante para antecipar o futuro e deve estar

integrada à peça orçamentária do município. A integração entre planejamento, orçamento e

gestão é fundamental.

A SEPLAN oferece suporte às demais secretarias atuando como articuladora, porém

respeitando a autonomia de cada uma delas, tendo em vista que o planejamento deve ser

contínuo e inesgotável.

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3 PROPOSTA

3.1Cenário

Como vimos no capítulo 1, é evidente o crescimento das incubadoras no Brasil em

relação ao resto do mundo.

Os governos devem apoiar não somente às incubadoras, mas também devem investir

na formação educacional e desenvolvimento de pequenas empresas, bem como dispor de

melhores condições e incentivos para propagar a capacidade empreendedora, desde o ensino

fundamental até a universidade.

Segundo dados do SEBRAE, micro e pequenas empresas são as grandes responsáveis

por 80% dos empregos e ocupações do país. Não são grandes arrecadadoras de impostos, ou

seja, respondem por 20% dos recolhimentos, no entanto são elas que sustentam a maioria dos

empregos.

90% dos empreendimentos incubados conseguem sobreviver após os três anos de

incubação, enquanto 56% de pequenas empresas fora da incubadora fecham as portas antes de

completarem três anos de vida. Com o apoio da incubadora, o impacto positivo dessas

empresas não se traduz só na geração de novos empregos e impostos, mas também aumenta a

inovação tecnológica na região na qual estão estabelecidas.

Verificamos no capítulo 2, que a cidade de Santos, na última década, está cumprindo

seu papel fomentando o surgimento de micro e pequenas empresas, no sentido de abrir novos

mercados para produtos inovadores não tradicionais e desenvolvimento da cultura

empreendedora na região.

A estratégia escolhida pela Prefeitura, para valorização da economia local, foi traçar

um plano de ações de longo prazo, promovendo um crescimento de bases sólidas, plano esse

traçado pela Secretaria de Planejamento – SEPLAN. Ela age como articuladora e facilitadora

de ações de desenvolvimento, formando parcerias nas diversas áreas envolvendo múltiplos

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atores: instituto de pesquisas, governo do Estado e Federal, ONGs, escolas

profissionalizantes, empresas privadas, sociedade, associações, sindicatos, cooperativas, etc.

A partir dessas parcerias, a administração resolve apostar no desenvolvimento e

revitalização do Centro Histórico, e então a cidade passa a uma nova fase, criando a

Incubadora de Empresas, no intuito de fazer do local um ambiente de inovação, pois até então

o meio empresarial local não encontrava vantagens e nem incentivos para investir na região

central que se encontrava muito abandonada.

Com a criação da IES, a cidade passou a propagar o empreendedorismo, a ciência e

tecnologia aos meios educacional, governamental e empresarial, bem como ofereceu

incentivos fiscais e redução de impostos. A incubadora, além de promover casos práticos de

sucesso de empreendedores que criaram novas tecnologias, depositar registros de patentes e

conseguir recursos junto às agências de fomento, promove também a aproximação entre as

empresas inovadoras e as universidades e escolas técnicas locais, estabelecendo vínculos com

as reitorias e diretorias dos cursos das áreas tecnológicas e de administração.

A Baixada Santista conta hoje com várias Instituições de Ensino Superior privadas, e

somente duas públicas recém-chegadas à região, UNESP e UNIFESP, diante deste cenário, a

produção de pesquisa tecnológica é ainda pouco frutífera, necessitando informações,

incentivos e mecanismos apropriados para seu incremento. Na região há setores econômicos

em franca expansão, que apresentam demandas por soluções tecnológicas, em várias áreas de

conhecimento: porto, logística, gás natural, meio ambiente, educação à distância, mídias

digitais, saúde, etc.

Toda esta movimentação tem provocado alguns resultados muito interessantes.

Universidades particulares locais estão implantando programas de pré-incubação, apoiando

projetos de seus alunos, com características de inovação tecnológica e aparente potencial de

mercado. No entanto, isso só ocorre em algumas instituições e em pequena escala.

Cada vez mais a Universidade deve pesquisar a própria incubadora, como fenômeno

local de administração de negócio local e ter estagiários e pesquisadores trabalhando junto a

ela. Algumas disciplinas ensinam o empreendedorismo, mas nada como viver dentro de um

ambiente onde se vive o empreendedorismo para adquirir a experiência.

Além de enraizar a cultura do empreendedorismo nos estudantes, o objetivo mais

amplo da incubação de projetos universitários é o aproveitamento da mão-de-obra dos

estudantes. Essa medida evitaria que eles, depois de formados, procurassem outras cidades

para entrar no mercado de trabalho.

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A IES promove todos os anos o evento denominado NEORAMA – Mostra de

Trabalhos de Conclusão de Curso, a mostra é voltada a professores e alunos de graduação,

universitários, empresários e profissionais liberais. O objetivo é reunir trabalhos acadêmicos

viáveis para a realidade de mercado, possibilitando a iniciação científica proporcionada pelas

universidades locais. No entanto, o evento não é devidamente divulgado e nem explorado,

tendo em vista que o aluno deveria ser preparado para esta mostra desde o primeiro ano de

curso para que quando chegasse ao final estivesse totalmente preparado, inclusive para

ingressar na incubadora com um projeto aceitável, diferente dos projetos apresentados

recentemente na última seleção.

As instituições de ensino podem usufruir dos benefícios proporcionados pela

incubadora, de várias formas. Uma delas é criar e adaptar cursos que atendam às demandas

concretas do mercado, gerando oportunidades diretas de estágio para seus alunos, além de

proporcionar pesquisas científicas e tecnológicas. Outra é conseguir recursos para equipar

seus laboratórios, institutos e centros de pesquisas.

Ao longo de nossa pesquisa, verificamos que os dados e informações da IES, bem

como das empresas incubadas e graduadas não chegam até as Universidades, Escolas

Técnicas, conseqüentemente nem ao Ensino Médio e tampouco à comunidade. Aplicamos

uma pesquisa de campo junto a alunos destas instituições, pela qual identificamos a

necessidade de divulgação através do site, de material impresso e pela imprensa para que esse

público se conscientize da importância de uma incubadora para o desenvolvimento

econômico da região.

Encontramos dificuldades até de colhermos as informações para a composição deste

trabalho, sobre a IES e das empresas incubadas, e principalmente das empresas que já foram

graduadas, se ainda continuam em funcionamento ou não. Estas dificuldades se deram

também, porque a incubadora não dispõe de profissionais para fornecerem informações ou

visitas monitoradas. As informações foram repassadas pelo Gerente da incubadora que é o

único profissional disponível para várias atividades.

Se a IES tivesse uma estrutura organizacional apropriada como: área financeira,

segurança, estagiários de várias áreas, de recursos humanos, etc.; o Gerente Executivo ficaria

mais livre para ministrar palestras e cursos nas Universidades, Escolas Técnicas, Eventos

Culturais, Feiras e outras.

A estrutura física também é prejudicada por tratar-se de um imóvel bem antigo e que

necessita de reparos. O espaço físico é pequeno, sendo que várias empresas residentes

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necessitam de espaços maiores e melhor estruturados. O que dificulta essas melhorias são os

entraves burocráticos, já que o imóvel, bem como toda a parte física é gerenciado por órgão

público, sendo que toda ação depende de licitação e outras burocracias. A falta de aporte

financeiro também é unânime entre as reivindicações de incubadoras instaladas pelo Brasil

inteiro.

A estrutura de gestão da IES ainda carece de evolução para maximizar a eficiência,

mesmo porque a melhoria contínua deve ser constante, pois o resultado positivo das empresas

incubadas depende da eficácia da incubadora.

É preciso fortalecer as parcerias para um maior comprometimento com os resultados e,

ainda, criar condições para que as empresas apoiadas pelo programa se tornem cada vez mais

competitivas.

Conforme avaliação do SEBRAE-SP os resultados alcançados pela IES são positivos,

em conjunto pelas empresas residentes e graduadas, mostrando o potencial tecnológico

existente no município e a importância do apoio e identificação de oportunidades ligadas às

vocações locais e regionais, retornando para a comunidade em forma de desenvolvimento

social e econômico, por conta disso é que precisamos procurar sanar as dificuldades, transpor

obstáculos e aumentar a qualidade das instalações e aprimoramento das empresas incubadas.

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4 PLANO DE AÇÃO

Através da Incubadora de Empresas, tecnologia gerada na universidade se transforma

em produtos e serviços importantes para a sociedade.

A incubadora melhora a flexibilidade do sistema produtivo local e o município torna-

se mais imune a crises, pois sua economia não depende de desempenho de uma ou duas

grandes empresas, mas de um sistema produtivo composto por diversas pequenas empresas.

Propõe-se aqui o desenvolvimento de um trabalho de base no que tange o apoio a

empresas nascentes, ou seja, “pré-incubação”, atribuindo importância estratégica às fases mais

iniciais do processo de geração de uma empresa. A proposta consiste também em atrair mais

projetos de qualidade para o processo de seleção, implementando ações necessárias para

auxiliar as empresas e, assim, ampliar as probabilidades de sucesso.

As incubadoras de empresas são estruturas que dependem de outras estruturas que lhe

dão suporte como: mantenedores, gestora e parceiros, que visam o sucesso da incubadora e

conseqüentemente das empresas incubadas, eliminando ao máximo os entraves legais e

administrativos para conseguir êxito.

Após as pesquisas realizadas para composição deste trabalho no site da IES, visitas à

incubadora e aplicação de questionário junto ao público-alvo, identificamos os fatores que

dificultam ou contribuem para o fortalecimento desse empreendimento.

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4.1 Representação Gráfica da Pesquisa

GRÁFICO 1 – Pergunta 1 Fonte – Resultado da pesquisa

GRÁFICO 2 – Pergunta 2 Fonte – Resultado da pesquisa

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GRÁFICO 3 – Pergunta 3 Fonte – Resultado da pesquisa

GRÁFICO 4 – Pergunta 4 Fonte – Resultado da pesquisa

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GRÁFICO 5 – Pergunta 5 Fonte – Resultado da pesquisa

GRÁFICO 6 – Pergunta 6 Fonte – Resultado da pesquisa

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GRÁFICO 7 – Pergunta 7 Fonte – Resultado da pesquisa

GRÁFICO 8 – Pergunta 8 Fonte – Resultado da pesquisa

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GRÁFICO 9 – Pergunta 9 Fonte – Resultado da pesquisa

GRÁFICO 10 – Pergunta 10 Fonte – Resultado da pesquisa

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GRÁFICO 11 – Total de entrevistados Fonte – Resultado da pesquisa

O objetivo geral desta pesquisa foi verificar se estudantes tanto Universitários como de

cursos técnicos que, presume-se sejam a maioria do público-alvo de uma incubadora de

empresas, devido à aproximação deles com centros de pesquisas dentro das instituições de

ensino.

Para a realização desta pesquisa, utilizamos um questionário elaborado com 10

questões com auto-preenchimento que foi aplicado através de e-mail e pessoalmente durante o

período de 05/10 a 10/11/2008, na cidade de Santos e Cubatão com Universitários dos cursos

de Administração da UNIMONTE e UNISANTA, Direito da UNISANTOS, Automação

Industrial da CEFET/Cubatão; e também com alunos do Curso Técnico de Logística da

ETEC/Cubatão.

Através de análise dos resultados obtidos, constatou-se que a IES precisa implantar

programas de ações que despertem o interesse dos estudantes, a fim de que estes se tornem

empreendedores de sucesso e fomentar a participação desse público nos eventos da

incubadora e vice-versa.

Os pontos que mais chamaram a atenção nos resultados foi que 70% já ouviram falar

em incubadora, porém 74% não sabem como funciona e 83 % não sabem quais os benefícios

que ela oferece; mais de 90% não têm conhecimento de parceria da IES com a sua instituição

e nunca receberam nenhum estímulo por parte da instituição de ensino para conhecer seus

projetos.

Mesmo com esse grande número de estudantes que não possuem tais informações,

ainda assim 44% gostariam de trabalhar como estagiários, o que contribuiria muito para o

bom funcionamento da IES.

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4.2 Avaliação

Medição do desempenho das empresas residentes, não-residentes, graduadas, também

das participantes da seleção e projetos especiais, gerando relatórios anuais e

analisando os resultados obtidos pela medição;

Avaliação psicológica do candidato durante a seleção permite à incubadora identificar

os empresários que não tenham o perfil adequado para estar à frente de uma empresa,

caso seja aprovado, evitando problemas futuros;

Avaliação da própria incubadora pelos incubados e graduados;

Interação e troca de experiências entre as empresas já constituídas e as novas, a fim de

que as próprias empresas graduadas ofereçam suporte às nascentes;

Manter contato formal com as empresas pós-incubação, o que geralmente não é

realizado por restrições de recursos e falta de material humano. Esse contato serviria

para atualização do site, para que estas entrem para a estatística da incubadora, fato

que não ocorre;

Criação de um projeto de acompanhamento das empresas na fase pós-incubação,

gerando relatórios com dados, bem como a divulgação do mesmo.

4.3 Investimentos

Restauração do imóvel cedido pela Prefeitura, mas existem barreiras burocráticas

tendo em vista que o prédio é alugado;

Investir em projetos que auxiliem os demais projetos da incubadora, como por

exemplo: consultoria financeira, desenvolvimento de softwares, manutenção de sites, e

outros;

Confecção de um site para divulgação das vantagens oferecidas e os casos de sucesso,

dentre outras informações. Para isso, os serviços de um Web Designer para a criação e

manutenção de sítios e portais na internet e intranet, formatação de folha de estilo,

adição e editoração de imagens, animações, logos links e vídeos; custa em torno de R$

1.000,00 e R$ 1.900,00.

Organizar visitas monitoradas de alunos de diversas instituições de ensino superior ou

não;

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Dispor de pré-seleção através do site, descrevendo o perfil do novo empreendedor e

aspectos relacionados ao novo negócio;

Propor programas de incentivo à abertura de franquias;

Atuar como ponto de atendimento empresarial no sentido de aumentar o faturamento

da incubadora, reduzindo a dependência de fontes públicas e promovendo a auto-

sustentabilidade;

Manter convênio com o CIEE – Centro de Integração Empresa-Escola. A IES através

da gestora ACS arranja parcerias com empresas privadas que seriam como

“madrinhas” dos estagiários e as universidades conveniadas ficam responsáveis pela

supervisão dos estágios nos ramos de: Administração, Marketing, Finanças,

Informática, Jornalismo, Turismo, Letras, Direito, entre outros. O valor da bolsa-

auxílio de cada estagiário é em torno de R$ 290,00 para estudantes de nível técnico e

R$ 520,00 para o nível universitário, dependendo também da carga horária de cada

estagiário.

Investir em um plano de marketing com profissional especializado.

4.4 Marketing

A IES deve divulgar à comunidade, os benefícios gerados por ela em favor do

desenvolvimento econômico da região. Quanto melhor a imagem da incubadora, maior será a

credibilidade frente aos possíveis investidores e empresas candidatas à incubação

A seguir alguns procedimentos que poderiam ser adotados, no sentido de aperfeiçoar

as atividades da incubadora, bem como para conscientizar o público-alvo do seu

funcionamento e das suas atividades, com o objetivo de aumentar o nível dos projetos

apresentados:

Publicação de eventos da incubadora na Intranet da empresas graduadas;

Inserção no site das empresas graduadas e parceiras, de um link para o site da IES;

Inclusão no material publicitário das empresas graduadas (folders, cartazes, sites) de

menção de que a empresa foi ou ainda é apoiada pela IES;

Divulgação de eventos na imprensa escrita e falada, bem como dos casos de sucesso e

insucesso.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 83

Abrir o acesso aos eventos como é o caso do aniversário da IES, à comunidade,

estudantes e professores, aproveitando o evento para divulgação das atividades

desenvolvida pela incubadora. O evento pode ser realizado no Centro de Convenções

da cidade;

Realização de palestras com mais periodicidade em cursos técnicos e universidades

incentivando o empreendedorismo e as vantagens oferecidas pela incubadora, com o

objetivo de buscar novos empreendedores, novas idéias e novos projetos;

Participação em feiras comerciais, salões e roda de negócios, com montagem de

estandes por parte da empresas residentes;

Aproximação com as universidades públicas da região e ampliação da rede de

relacionamentos com outras universidades, aprimorando conhecimento e buscando

parcerias com centros de pesquisa específicos no setor de tecnologia;

Ampliação do NEORAMA às universidades públicas e aos cursos de níveis técnicos e

maior divulgação do evento dentre às instituições de ensino;

Inserção de alunos no mundo virtual da incubadora no Second-Life.

Criação de um jornal mensal ou semestral, dependendo da necessidade de eventos,

com distribuição a instituições de ensino e outras entidades ligadas às atividades da

IES.

A aplicação das ações propostas somadas às já existentes, contribuiria muito para o

crescimento da instituição.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 84

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observamos neste trabalho o quanto uma incubadora de empresas é importante na fase

de criação e estruturação de uma empresa nascente. Ela é um eficiente instrumento para

aproximação da ciência e tecnologia com as empresas e mercado, proporcionando geração de

postos de trabalho para pessoal qualificado, aumento de renda e de receitas e desenvolvimento

em nível local e regional.

O incentivo à criação de empresas geradas em incubadoras resulta em alta chance de

sobrevivência desses novos empreendimentos, em comparação com outros que não têm o

apoio formal desse tipo de estrutura. No entanto, ainda há necessidade de investimento na

formação básica em empreendedorismo e negócios, formação que deveria começar nas

escolas de ensino médio e acentuar-se gradativamente até o ensino superior.

As incubadoras de empresas fortalecem as parcerias para um maior comprometimento

com os resultados e, ainda cria condições para que as empresas apoiadas pelo programa

tornem-se competitivas.

Foi possível avaliar que a integração Escola – Universidade – Incubadora – Empresa –

Comunidade é essencial para o desenvolvimento transformando conhecimentos em tecnologia

e ainda fomenta a capacitação de profissionais com capacidade inovadora.

O foco deste trabalho foi mostrar que a criação da Incubadora de Empresas de Santos

– IES foi um dos projetos mais importantes na revitalização do Centro Histórico da Cidade,

pois contribui para incrementar o nível do empreendedorismo e a criação de riqueza na

cidade, aproveitando o fortalecimento das potencialidades e vocações naturais da região.

A ausência de profissionais para fornecimento de informações necessárias para o

desenvolvimento das nossas pesquisas, monitoria à IES, bem como a desatualização do site

oficial, dificultou o desenvolvimento do trabalho. Foi aplicado questionário junto aos alunos

de Instituições de Ensino Técnico e Superior, e o resultado foi a constatação dessa deficiência

na comunicação da IES com o público-alvo.

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 85

Diante desse cenário, apresentamos algumas propostas de avaliação, investimentos e

plano de marketing, com o objetivo de melhorar o nível de empresas candidatas a ingressarem

na incubadora e aperfeiçoar os procedimentos da IES fomentando o desenvolvimento do

empreendedorismo local.

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ANEXOS

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 87

ANEXO 1

PESQUISA ELABORADA COM O INTUITO DE COMPOR O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT-UNIMONTE

Universidade / Escola ____________________________

Curso ________________________ Ciclo _____________________

Cidade _____________ Idade _______ Sexo ________________

1) Você já ouviu falar em Incubadora de Empresas? Sim ( ) Não ( )

2) Ficou sabendo por meio de: ( ) escola/universidade

( ) jornal

( ) televisão

( ) internet

( ) outros

3) Se foi na escola/universidade, foi através de : ( ) palestra

( ) seminário

( ) aulas

4) Já recebeu algum tipo de estímulo por parte de sua escola/universidade para conhecer os projetos da Incubadora de Empresas de Santos?

( ) sim ( ) não

5) Você tem conhecimento de parceria entre a sua instituição de ensino e a Incubadora de Empresas de Santos?

( ) sim ( ) não

6) Sabe como funciona uma incubadora?

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 88

( ) sim ( ) não

7) Sabe quais benefícios uma incubadora oferece? ( ) sim ( ) não

8) Tem interesse em apresentar algum projeto? ( ) sim ( ) não

9) Sabe como fazer para apresentar um projeto? ( ) sim ( ) não

10) Tem interesse em trabalhar como estagiário na incubadora?

( ) sim ( ) não

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INCUBADORA DE EMPRESAS - 89

-1TES

Rua70-100 - Santos - SP

. (13) 3222-1500 - fax: (13) 3233-6906

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