A FCABO VEI · de cavallaria e infantaria e todas as bandas de guar nição. O resultado foi sa...

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Ill /liVMJ DOMINGO, 37 DE SETEMBRO DE 1903 iV .° 7/5 SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERÀRIO E AGRÍCOLA Anno paru Assignatura , iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. Ú o Brazil, anno, 2$5,oo réis (moeda for.ej. ,\vulso, no dia da publicação, 20 réis. -José Augusto Saloio M iCÍO li !ÍP0(M>1 Publicações RUA DIREITA — 19, i.° ALOKGALl.JXiA Annuncios— i.a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto çspc-cial. Os auto-t. , '*■ nronli/M? t-»-",/'» >r/ictituAm nii/»r «pinm r»n nTir» nnhlimH M . gvaphos não se restituem quer sejam ou não publicados. PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio gXPEDIENTE Solicitamos dos cava lheiros a quem já eaiviá mos o recibo para paga mento do 8 .° s e m e s t r e do corrente anno, a íb ne ga de nos mandarem sa tisfazer as suas impor tâncias em débito á ad ministrarão, d’cstc jor- ual. Itogamos aos nossos estimáveis assignantes a fijieza dc nos participa rem qualquer falta na re messa do jornal, para de pro sb 9 pto provi d e n cia r- mos. Aeeeitam-se coui grati dão quaesquer noticias que sejam dc interesse publico. A F CABO VEI Realisou-se no Colyseu dos Recreios um grandio so festival, promovido por sua magestade a rainha se nhora D. Amelia, em favor dos infelizes famintos de Cabo Verde. Sa!ientou-se nesse espectáculo o ele mento militar que concor reu para preencher os nú meros do programma, to mando parte nelle os offi- ciaes das escolas praticas de cavallaria e infantaria e todas as bandas de guar nição. O resultado foi sa tisfatório e a idéa de con correr com um caridoso auxilio para os pobres que se debatem nos horrores da fome é altamente louvá vel. Mas não é tudo. E' pre ciso que os poderes públi cos se proponham a cuidar com dedicado empenho no bem estar e no futuro das nossas colonias, que tão descurados estão sendo. A nação tem o dever de olhar por todos os seus filhos, porque todos concorrem para o seu bom nome e prosperidade. E’ bom não esquecer que das colonias depende o futuro, que po de ser prospero, deste po bre paiz que tão grandes ! calamidades tem soffrido que era digno de melhoi sorte. Para que os estran geiros nos respeitem e nos deem ao menos um pouco de consideração é preciso que nós mostremos que somos bons administrado res da nossa casa e que não desperdiçamos os bens que possuímos, nem deixa mos ao desleixo o que nos pode servir de proveito. Quem adeante não olha, atraz fica. JOAQUIM DOS ANJOS. 0 GRANDE ELIAS Sae no proximo dia i de novembro este semanario illustrado, que se propõe tratar exclusivamente de assumptos theatraes e lit- terarios. Conta com a col aboração dos nossos me lhores escriptores e é seu re dactor principal o nosso collega Joaquim dos Anjos. Abre a sua collecção de illustrações com o retrato do grande actor Taborda, a veneranda reliquia do theatro nacional. A séde do importante jornal é no largo do Conde Barão, 5 o, Lisboa. UMA MARAVILHA DO MUNDO Uana missão vitícola ao sul de Portugal ÍContinuaJo do n.° i'13j Os caes de Rio Frio es tão em communicação di recta com o porto de Lis boa, por meio dum canal de 18 kilometros de com primento para o transporte dos vinhos alli fabricados. Tem este canal 12 metros de largura e uma profun didade suíficiente que o torna navegavel em todas as marés, permittindo fa cilmente a toda a hora o embarque do vinho nas fra gatas e o seu transporte até á embocadura do rio e dahi até Lisboa. E’ esta grande obra em si colossal e o seu plano tão grandio so que difficil se tornou acreditar na sua realisação e ainda menos n j seu suc- cesso, sendo opinião geral que seria mais pratico e so bretudo mais eçonomico canalisar directamente o vinho dessa vinha mons truosa até á embocadura do Fejo. Mas entretanto a obra fez-se e pelo seu lon go canal artificial as adegas de Rio Frio descarregam annualmente milhares de pipas de vinho e de aguar dente. E nós vemos a explora ção viticola do Poceirão completa com a sua im mensa superfície cultivada e esse colosso viticola em plena prosperidade onde ha dez annos.apenas se viam areaes estéris e char necas pobres. Em Por.ugal temos airuda muitos milita res de hectares de terreno inculto onde se poderiam ensaiar algumas culturas produetivas e de grande rendimento. No Alemtejo ha grande superticie de terrenos im- produetivos e ainda por explorar, nada se parecen do com esse soberbo co losso e magnifico dominio zer em Portugal, mesmo em situações difficeis com a perseverança, firmeza e energia. CÒNCLUE. l‘rad. de JOÃO RAPHAEL ALVES. do Poceirão. Mas estamos convencidos que se outros proprietários tivessem a iniciativa e a coragem do xmo sr. José Maria dos Santos, toda essa immensa província, a maior do nos- paiz, seria transformada em pouco tempo numa fértil região. O Alemtejo está consi derado, desde longos tem pos, o celleiro de Portugal, e simplesmente junto de Evora e de Beja é que se produz a maior parte do trigo para consumo do paiz. Pode ser que em tem pos que não virão longe vejamos transformar-se o Alemtejo em uma das mais ricas regiões agrícolas de Portugal se, com intelligen cia e actividade tivermos valorisado esses terrenos até agora- abandonados á cultura. Se nos falta inicia tiva e coragem para gran des emgrezas, tomemos o exemplo da vinha mons truosa do Poceirão, assen te sobre unja arida charne ca, mostrando-se aos olhos de todo o mundo e attes- tando quanto se pode fa Venda de estampilhas Quando nesta villa al guem precisa estampilhar uma carta, corre todos os estabelecimentos auctori- sados para venderem es tampilhas e não consegue obter uma unica. Ao sr. Ventura, empregado do correio, compete offieiar para a direcção geral dos correios dando conta des te facto, a fim dos indiví duos que teem o privilegio da venda d is estampilhas serem intimados a possui- r em - n’as em q uantidad e su f- ficiente para satisfazer os pedidos dos habitantes d es ta villa, sendo-lhes, em ca so contrario, retirado o pri vilegio, que passará para outros indivíduos. AGRICULTURA A e s t u f a /Cont nundo do n.° 1141 A parte superior de al gumas caixas tambem por vezes se ladrilha com tijo los e então é sobre estes que se dispõem os vasos. Em tal caso, a parte infe rior dispensa a camada de estrume e a de casca, e só contém os tubos condu ctores de calor. Nos tijolos, ou se deixam uns leves in- tervallos ao longe das fia das, ou então, de espaço a espaço se coito ca uma es pecie de crivo, para dar passagem ao vapor dagua produzido pelo calor, o qual produz uma atmos phera hunrda, que por vezes dá logar a um orva lho favoravel ás plantas. As paredes lateraes das estufas costumam sei- tam bem guarnecidas em toda a sua extensão, salvo o in- tervallo d i porta, de tabo leiros proprios para conter vasos. Estes taboleiros não de vem estar totalmente uni dos ás paredes, mas delias separados por um curto intervallo, proprio para dar passagem ao calor. Podem elles assentar sobre sup- portes de madeira ou de pedra, mas é preferível que sejam sustentados por ar cos de quarto de circulo de ferro, fixos ao chão, e tendo a parte superior apoiada na extremidade exterior do taboleiro, jun to ao seu bordo pela parte inferior, apoiando-se o la do voltado para a parede sobre travessões de ferro fixo nesta. Sobre estes travessões que veern des- cançar na parte exterior sobre os arcos de que fala mos, é que assenta o fundo do taboleiro, sobre o qual pode dispor-se tambem uma camada de casca ou de areia, ou só desta ou ainda coisa alguma, e ahi se disporão os vasos. A a!tura destes tabolei ros acima do pavimento da estufa é regada pela da parte inferior das vidraças lateraes delia, devendo fi car-lhes um pouco inferior. O fundo do taboleiro não costuma exceder-se 0m ,2O de altura, e deve ter fen das ou crivos para darem escoamento á agua das re- gas. Nas estufas destinadas só á creação de plantas em vaso, póde o centro cons tar de um trono formado por degraus, e sobre estes descançarão os mesmos va sos. Para esta disposição serão preferidas as estufas de empena ou de uma só agua, por poder a parede mais elevada e sem vidra ças servir de apoio aos mesmos degraus. Em outras substituem-se os degraus por prateleiras indo estreitando gradual mente das inferiores para as superiores, como se fos sem outros tantos degraus a formar um throno. São estas as disposições mais commummente da das nos paizes do norte ás estufas consagradas á crea ção das camélias. Regulaivse-ha a altura dos degraus ou a das pra teleiras, pelas das plantas que houverem de ser col-

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Ill /liVMJ DOMINGO, 37 DE SETEMBRO DE 1903 iV.° 7/5

S E M A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R À R IO E A G R ÍC O L A

Annoparu

A ss ig n a tu ra, iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. Ú o Brazil, anno, 2$5,oo réis (moeda for.ej.

,\vulso, no dia da publicação, 20 réis.

-José Augusto Saloio

M i C Í O li ! Í P 0 ( M > 1 P u b licaçõ es

RUA DIREITA — 19, i.°A L O K G A L l . J X i A

i í Annuncios— i . a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto çspc-cial. Os auto-t. ,

'*■ nronli/M? t-»-",/'» cí> r/ictituAm nii/»r «pinm r»n nTir» nnhlimHM

. gvaphos não se restituem quer sejam ou não publicados.

PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

gX P E D IE N T E

Solicitam os dos cava­lheiros a q u em já eaiviá mos o rec ib o p a ra paga­mento do 8 .° s e m e s tre do c o r re n te an n o , a íb n e ­ga de nos m a n d a re m sa­tisfazer as su as im p o r ­tâncias em d éb ito á ad ­m inistrarão, d ’c s tc jor- ual.

Itogamos aos nossos estimáveis a s s ig n a n te s a fijieza dc nos p a r t ic ip a ­rem q u a lq u e r fa l ta na r e ­messa do jo rn a l , p a ra de pro sb9 p to p ro v i d e n cia r- mos.

Aeeeitam-se coui g r a t i ­dão q u a e sq u e r n o tic ia s que sejam dc in te re s s e publico.

A FCABO VEI

Realisou-se no Colyseu dos Recreios um grandio­so festival, promovido por sua magestade a rainha se­nhora D. Amelia, em favor dos infelizes famintos de Cabo Verde. Sa!ientou-se nesse espectáculo o ele­mento militar que concor­reu para preencher os nú­meros do programma, to­mando parte nelle os offi- ciaes das escolas praticas de cavallaria e infantaria e todas as bandas de guar­nição. O resultado foi sa­tisfatório e a idéa de con­correr com um caridoso auxilio para os pobres que se debatem nos horrores da fome é altamente louvá­vel.

Mas não é tudo. E' pre­ciso que os poderes públi­cos se proponham a cuidar com dedicado empenho no bem estar e no futuro das nossas colonias, que tão descurados estão sendo. A nação tem o dever de olhar por todos os seus filhos, porque todos concorrem para o seu bom nome e prosperidade. E’ bom não esquecer que das colonias depende o futuro, que po­de ser prospero, deste po­bre paiz que tão grandes

! calamidades tem soffrido que era digno de melhoi sorte. Para que os estran geiros nos respeitem e nos deem ao menos um pouco de consideração é preciso que nós mostremos que somos bons administrado res da nossa casa e que não desperdiçamos os bens que possuímos, nem deixa mos ao desleixo o que nos pode servir de proveito.

Quem adeante não olha, atraz fica.

JOAQUIM DOS ANJOS.

0 GRANDE E L I A SSae no proximo dia i de

novembro este semanario illustrado, que se propõe tratar exclusivamente de assumptos theatraes e lit- terarios. Conta com a col­aboração dos nossos me­

lhores escriptores e é seu re­dactor principal o nosso collega Joaquim dos Anjos.

Abre a sua collecção de illustrações com o retrato do grande actor Taborda, a veneranda reliquia do theatro nacional. A séde do importante jornal é no largo do Conde Barão, 5o, Lisboa.

UMA MARAVILHADO MUNDO

Uana m issão v itíco la aosul de P o r tu g a lÍContinuaJo do n.° i'13j

Os caes de Rio Frio es­tão em communicação di­recta com o porto de Lis­boa, por meio dum canal de 18 kilometros de com­primento para o transporte dos vinhos alli fabricados. Tem este canal 12 metros de largura e uma profun­didade suíficiente que o torna navegavel em todas as marés, permittindo fa­cilmente a toda a hora o embarque do vinho nas fra­gatas e o seu transporte até á embocadura do rio e dahi até Lisboa. E’ esta grande obra em si colossal e o seu plano tão grandio­so que difficil se tornou acreditar na sua realisação e ainda menos n j seu suc-

cesso, sendo opinião geral que seria mais pratico e so­bretudo mais eçonomico canalisar directamente o vinho dessa vinha mons­truosa até á embocadura do Fejo. Mas entretanto a obra fez-se e pelo seu lon­go canal artificial as adegas de Rio Frio descarregam annualmente milhares de pipas de vinho e de aguar­dente.

E nós vemos a explora­ção viticola do Poceirão completa com a sua im­mensa superfície cultivada e esse colosso viticola em plena prosperidade onde ha dez annos.apenas se viam areaes estéris e char­necas pobres. Em Por.ugal temos airuda muitos milita­res de hectares de terreno inculto onde se poderiam ensaiar algumas culturas produetivas e de grande rendimento.

No Alemtejo ha grande superticie de terrenos im- produetivos e ainda por explorar, nada se parecen­do com esse soberbo co­losso e magnifico dominio

zer em Portugal, mesmo em situações difficeis com a perseverança, firmeza eenergia.

CÒNCLUE.l ‘rad. de

JOÃO RAPHAEL ALVES.

do Poceirão. Mas estamos convencidos que se outros proprietários tivessem a iniciativa e a coragem do

x mo sr. José Maria dos Santos, toda essa immensa província, a maior do nos- paiz, seria transformada em pouco tempo numa fértil região.

O Alemtejo está consi­derado, desde longos tem­pos, o celleiro de Portugal, e simplesmente junto de Evora e de Beja é que se produz a maior parte do trigo para consumo do paiz.

Pode ser que em tem­pos que não virão longe vejamos transformar-se o Alemtejo em uma das mais ricas regiões agrícolas de Portugal se, com intelligen­cia e actividade tivermos valorisado esses terrenos até agora- abandonados á cultura. Se nos falta inicia­tiva e coragem para gran­des emgrezas, tomemos o exemplo da vinha mons­truosa do Poceirão, assen­te sobre unja arida charne­ca, mostrando-se aos olhos de todo o mundo e attes- tando quanto se pode fa­

V enda de e s ta m p ilh a s

Quando nesta villa al­guem precisa estampilhar uma carta, corre todos os estabelecimentos auctori- sados para venderem es­tampilhas e não consegue obter uma unica. Ao sr. Ventura, empregado do correio, compete offieiar para a direcção geral dos correios dando conta des­te facto, a fim dos indiví­duos que teem o privilegio da venda d is estampilhas serem intimados a possui- r e m - n ’ a s e m q u a n t i d a d e s u f- ficiente para satisfazer os pedidos dos habitantes d es­ta villa, sendo-lhes, em ca­so contrario, retirado o pri­vilegio, que passará para outros indivíduos.

AGRI CULTURAA es tu fa

/Cont nundo do n.° 1141

A parte superior de al­gumas caixas tambem por vezes se ladrilha com tijo­los e então é sobre estes que se dispõem os vasos. Em tal caso, a parte infe­rior dispensa a camada de estrume e a de casca, e só contém os tubos condu­ctores de calor. Nos tijolos, ou se deixam uns leves in- tervallos ao longe das fia­das, ou então, de espaço a espaço se coito ca uma es­pecie de crivo, para dar passagem ao vapor dagua produzido pelo calor, o qual produz uma atmos­phera hunrda, que por vezes dá logar a um orva­lho favoravel ás plantas.

As paredes lateraes das estufas costumam sei- tam­bem guarnecidas em toda a sua extensão, salvo o in- tervallo d i porta, de tabo­leiros proprios para conter vasos.

Estes taboleiros não de­vem estar totalmente uni­

dos ás paredes, mas delias separados por um curto intervallo, proprio para dar passagem ao calor. Podem elles assentar sobre sup- portes de madeira ou de pedra, mas é preferível que sejam sustentados por ar­cos de quarto de circulo de ferro, fixos ao chão, e tendo a parte superior apoiada na extremidade exterior do taboleiro, jun­to ao seu bordo pela parte inferior, apoiando-se o la­do voltado para a parede sobre travessões de ferro fixo nesta. Sobre estes travessões que veern des- cançar na parte exterior sobre os arcos de que fala­mos, é que assenta o fundo do taboleiro, sobre o qual pode dispor-se tambem uma camada de casca ou de areia, ou só desta ou ainda coisa alguma, e ahi se disporão os vasos.

A a!tura destes tabolei­ros acima do pavimento da estufa é regada pela da parte inferior das vidraças lateraes delia, devendo fi­car-lhes um pouco inferior. O fundo do taboleiro não costuma exceder-se 0m,2O de altura, e deve ter fen­das ou crivos para darem escoamento á agua das re- gas.

Nas estufas destinadas só á creação de plantas em vaso, póde o centro cons­tar de um trono formado por degraus, e sobre estes descançarão os mesmos va­sos. Para esta disposição serão preferidas as estufas de empena ou de uma só agua, por poder a parede mais elevada e sem vidra­ças servir de apoio aos mesmos degraus.

Em outras substituem-se os degraus por prateleiras indo estreitando gradual­mente das inferiores para as superiores, como se fos­sem outros tantos degraus a formar um throno.

São estas as disposições mais commummente da­das nos paizes do norte ás estufas consagradas á crea­ção das camélias.

Regulaivse-ha a altura dos degraus ou a das pra­teleiras, pelas das plantas que houverem de ser col-

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locadas sobre uns ou so­bre outras.

Uma das coisas que nun­ca deverá faltar em uma boa estufa, é um deposito ou reservatorio que conte­nha a agua necessaria para as regas das plantas conti­das na estufa, unico meio de possuii-a na temperatu­ra mais- accommodada ao beneficio das mesmas plan­tas.

CONCLUE.

As v in d im as

Estão a terminar as vin­dimas neste concelho. C o­mo já dissemos, a produ­cção este anno é muito in­ferior á do anno anterior;, e, segundo nos afirmam pessoas auctorisadas, está calculado haver neste con­celho menos de metade do vinho que houve no anno anterior. As uvas, que são nestas regiões de excel­lente qualidade, estão to­das em bom estado de ma­turação, devendo o vinho este anno ser magnifico. Houve grande economia para os vinhateiros nos serviços da colheita, em consequencia das uvas te­rem pouco ou nada que limpar. Já se fala que o vinho deve render mais de 4 ’5 $ ò o o réis a pipa.

Valha-nos isso.

F èsáe jos eisS A leochete

Não se realisaram, con­forme noticiámos no ultimo numero d' O Dom ingo, as festas á Senhoro da Vida na villa de Alcochete, em consequencia do mau tem­po, sendo por conseguinte transferidas para hoje e ámanhã. Promettem ser deslumbrantes e espera-se grande afíluencia de foras­teiros.

— Consta-nos que hoje chega áquella villa a socie­dade «Academia Recreia- tiva Operaria Beatense»,

drogão Grande, residente accidentalmente no logar da Atalaya, pertencente a este concelho, queixou-se na administração do con- celho, de que pelas 8 ho­ras da noite de 20 do cor­rente e no referido logar da Atalaya foi aggredido á paulada por Joaquim Rati­nho, tambem trabalhador e residente no mesmo lo­gar, do que resultou ficar ferido na cabeça e no bra­ço esquerdo.

— Tambem no dia 26, peias 7 horas da manhã, se queixou na administra­ção do concelho, Ignacia Rosa, viuva de José Mar­ques Furtado, residente no Moinho de Vento, no sitio das Assentes, freguezia do Espirito Santo, cfesta villa e concelho, de q.iena es­trada proximo ao referido sitio das Assentes, Antonio Francisco Marcellino, sol­teiro, moleiro, tambem re­sidente no dito Moinho, pretendeu aggredil-a- com soccos; e, como não pudes­se conseguil-o, a ameaçou de morte na primeira occa­sião que a encontrasse, sem que ninguém visse.

Q ueixas

José Grosa, solteiro, tra­balhador, natural de- Pç-

l?estej»s a S ebas tião

Uma commissão com­posta dos srs. Joáo Soares Canasireiro Sobrinho, An­tonio Joaquim da- Veiga, Manuel dos Santos Rosa e José -Cândido Rodrigues d’Annunciação, deliberou fazer este anno com gran­de luzimento os festejos a S. Sebastião, que á mui­tos annos se não fazem nesta villa. .Estes festejos serão abrilhantados por uma das principaes ban­das da capital.

AlnBísata«l& I l l s a s í r s d o

Acabamos de receber um interessante exemplar do «Almanach Illustrado», da Parceria Antonio Maria Pereira. Tem lindas gravu­ras e é impresso em ma­gnifico papel. Agradece­mos o exemplar offerecido.

C O F R E 9 E P I R O L I S

A

Um dia vi-te, creança,Ainda exlranha ao amor.Que vastos mundos d esprança N o teu olhar seductor!

0 casto olhar das don\ellas Que inda não fo ra m amadas has com que surjam mais bellas A s nossas visões douradas.

Vi-te, e no peito senti N ão sei que impulso fe li~ . . .0 doce olhar dum a h u ri Tem attractivos gentis.

Tem esse encanto celeste,Que as almas todas irmana,1) 'um anjo que se reveste P o r pouco da fó rm a humana.

Quis desvendar esses mundos D amor bemdito ou fatal;T c3/' os segredos profundos D esse pensar ideal;

Qui~ condu^ir-le a meu lado, A irosa, linda, gentil,A o líden mais perfumado E m brisa d eterno abril.

N as luas palpebras d o u ro H a u rir a dôce ambrósia,O precioso thesouro'

■ Que a Hebe aos deuses servia.

Aías cedo a perda da esprança Ale trouxe horrível pe^ar. . . M a l haja a hora creança,E m que eu le ensinei a amar.

Perdeste as aças form osas,A côr brilhante e louçã,Tal como a perdem as rosas Só desde a noite d manhã.

E os sonhos dessa ventura,D esses pra-eres ideaes,Cahiram na sepultura, M urch ara m ... não vivem mais!

JOAQ UIM DOS ANJOS.

A N E C D O T A S

Um soldado achando-se em campanha, antes d'entrar num combale que esperava ser encarniçado, escreveu uma carta d sua -noiva, despedindo-se, e concluiu-a dizendo :

Querida da minha alm a; dentro des!a encontrarás uma obreia preta, para que, se eu ficar m orto no cam­po me escrevas de lucto como é de costume.

im ii i i i i im m ii ii f i i

E n lre dois consortes:— Oh m ulher! então tu não me lra~es a cêa?N ã o ; mas vem 0 ra p a ^ a h iatraz que t’a traz.

.4?>us© de conSlan«a

O sr. Domingos Simões dos Santos, com estabeíe. cimento de padaria na José -Maria dos Santos, d’es.ta villa, queixou-se de qUe tendo no seu estabeleci, mento um creado de nonie Manuel Pires, tambem co, nhecido pelo nome de Ma­nuel Carvalho, este lhe fj. cou com a quantia de 8|i50 réis, dinheiro que recebia da venda diaria do pão recusando-se a dar-lho. ’

Lutuosa

Falleceu pelas 4 horas da manhã de 22 do corren­te, com a edade de 76 an­nos, Joaquina Ignacia, ca­sada, natural de esta villa,

— Tambem no dia 23 pelas 9 horas da manhã, falleceu com a edade de 75 annos, victimado por uma hemorrhagia cerebral, Domingos Alcay.de, traba­lhador, natural desta villa,

— Com a edade de 53 annos tambem nesta villa falleceu, victima de uma pneumonia, Anna Libania, casada, natural cfesta villa.

.% nsfiiversarios

Completou no dia 25 do corrente, o seu 9.0 anniver­sario natalicio a gentil me­nina Clarice, filha do nosso amigo José Sampaio d'01i- veira.

Parabéns.— —í o> ~

Mancebos que foram considerados aptos para infanteria nos termos do artigo 79 do regulamento do recrutamento e que te­em de apresentar-se nas unidades onde foram des­tinados de 8 a 12 de no­vembro, com guia que de­vem solicitar do secretario da commissão do recen­seamento militar do con­celho de Aldegallega do Ribatejo, sob pena de se­rem notados refractarios e soffrerem execucão nos>seus bens.

Alexandre, filho de in-

46 FOLHETIM

Traducção de J. DOS ANJOS

D E P O I S D j ” P E C G â D OL iv ro p r im e i ro

IV

Esperava para o filho um casamento bom e a sua espe-rança tora subita­mente destruída porque não a pode­ria realisar senão obrigando o Adria­no a abandonar a Magdaiena e era in capaz de fazer o que lhe parecia um crime. Reâignára-se, mas não sem chorar e talvez, indo vêr a raparga, lhe sorrisse a idéa de descobrir um impedimento á realisaçáo do que a honra exigia.

Quando viu a Magdaiena modilxn-

ram-se-lhe as idéas. Esperava encon­trar na victima d.o filho uma rapariga dos campos, bronca e grosseira, e en­contrava uma creatura deslumbrante que revelava uma elegancia nativa e tinha o olhar intelligente; um ad’essas mulheres, num a palavra, que podem transformar-se de um momento para o outro. Não desculpou por isso o erro do' Adriano, mas comprehen- deu-a,socegada já, calculando qué, re- •la educação, havia de faztr a Magda­iena digna de entrar na sua familia.

Desde logo tomou a sua delibera­ção. Com a rapidez de resolução que lhe era própria, concebeu o projecto de adoptar aquella pequena, de a ele­var até ella. de a metamorphoseare depois de concluída esta obra, d;'l-a então ao Adriano. Esta cultura de uma alma que, ;ipès r de tudo.lhe pa­recia simples e ingénua, sorria-lhe.

Não era para a ventura do filho que trabalhava, fazendo da Magdaiena uma mulher conforme o seu coração e o seu espirito?

— Que edade tem? perguntou-lhe.— Vou fazer dezoito annos. minha

senhora.— Gosta do meu filho?— Gosto, sim, minha senhora, disse

a rapariga sem hesitar.—-Está resolvida a consagrar-se á

sua felicidade?— Não tenho outro desejo.— Não pensou que, comj;anilhan­

do a paixão d'elle, mostrando se tão prompta ás suas supplicas e fraca a ponto de ser cúmplice do erro que elle commetteu, cofnpromettia essa felicidade, o futuro do Adriano e o seu?

A Magdaiena baixou os olhos e calou se. A s r .5 H crvev continuou:

— Foi creada com honestidade e es­tima o seu pae; como é qu • náo teve medo de fazer o desespero d'esse bom velho? Como se resignou a abando­nai-o?

— O amor não calcula, minha se­nhora. Amo o Adriano e elle a.nava- me; foi natural o que fiz.

— Bem. passemos a outro assum­pto. objectou seccamente a sr,a H er­vey. Não ignora de certo que o meu flht) é pobre.

— Não trate; de saber se era rico ou pobre. Só o tinha visto duas ve/es, e mal o conhecia quando o amei.

•— Pois é preciso que saiba que elle não tem fortuna, que não vive 'senão; do seu trabalho e que se obriga a uma vida laboriosa e de privações; por conse ,umte deve amparai o e ajudai-p com a sua ternura a nstante, com a sua incess me J c d ie a ç '» ,n ‘uma prfla-

vra. com um amor ininterrupto, on­de elle irá buscar a força e o valor.

— Estou prom pta para tudo e náo penso senão na felicidade de"ser mu­lher d'e!le, respondeu a Magdaiena em tom brando e resignado.

Continuava b ter os olhos baixos, como se temesse que a s r . a Hervey he adivinhasse n'elles o p e n s a m e n t o .

A mãe do Adriano deixou-se levar pe­la candura, pela resignação appàrente da raparig. , e sem querer profundar mais aquella alma, já muito habil para se furtar ás suas investigações, disse- lhe:

— PIstou satisfeita com o que vejoeoiço e se fòr sempre como hoje me apparece nunca me arrependerei de lhe ter aberto a minha casa, <

— E ’ muito bondosa, minha senho- suspirou a Magdrlcna.

/Continua!.

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cognita, n.° 10, serviçoaCtivo do exercito; Augus­to Sedario, filho de José Augusto, n.° 3o, 2.a reser­va; Francisco d’Almeida, 01ho de José d’Almeida, n.°i5, 2.a reserva; José d’OH- veira Alferes Junior, filho de José d’0 1 iveira Alferes, n.° 3, serviço activo do exercito; José Paulino, fi­lho de Manuel Paulino, n.°6, serviço activo do exerci­to; Manuel Agostinho, fi­lho de Joaquim Agostinho, n.° 27, 2.a reserva; Romão Lopes, filho de José Lopes, n.° 13 , serviço activo do exercito, recenseados pela freguezia de Aldegallega do Ribatejo; José Silvestre, filho de Silvestre Luiz, n.°3, serviço activo do exerci­to, recenseado pela fregue­zia de Canha.

Quartel em Lisboa, 23 de setembro de 1903.

O Commandante,

Anlonio L u iz Teixeira M a­chado., coronel do Distri­cto de Recrutamento eReserva.------- ÍO— -------

Relação das pessoas mais antigas que existem nesta freguezia até á presente data.

Maria Quiteria, viuva, nasceu em 20 de agosto de 1811, tem 92 annos; José Soares Lagarto, nasceu em19 de novembro de 1812, 91 annos; Gertrudes Ma­gna Relogio, nasceu em 6 de janeiro de 1817, 86 an­nos; D. Antonia Dorothéa Leite, nasceu em 20 de agosto de 1818, 85 annos; Manuel de Sousa Coroínha, nasceu em 29 de janeiro de 1818, 85 annos; José Antonio Bello, nasceu em 28 de dezembro de 1822, 81 annos; Francisco Anto­nio Matamouros, nasceu em 3o de novembro de 1823, 80 annos; Clemencia da Piedade, nasceu em 17 de dezembro de 1823, 80 annos; Francisco Soeiro Caxeira, nasceu em 9 de junho de 1823, 80 annos; Francisco Maria Çalíado, nasceu em 16 de novembro de 1823, 80 annos.

Com a edade d’estes úl­timos ha nesta freguezia muitos mais de que a faita de espaço nos não deixa occupar.

LITTERATURAO t io E s te v a m

('Continuado do n.° 113)

O pedreiro achava-se só, porque não consentira que nenhum dos amigos o acompanhasse.

— Para negocios desta ordem, — pensára — quan­to menos testemunhas, nielhor.

Tentou prescutar a es­curidão, e em breve divi­sou uma espécie de phan- tasma, envolto numa ca­pa branca, deixando asso­mar por baixo duma das dobras abainha duma es­pada. Pela apparencia pa­receu-lhe que o vulto era o de um elegante mancebo.

Militar, por certo.Talvez um capitão. ..Alguns passos mais e o

'vulto parou. Estevam in­clinou-se um pouco para a frente, sahindo do es­conderijo.

Estremeceu.O phantasma parára á

porta da casa de Carmen.Alli, depois de bater li­

geiramente com os nós dos dedos na gelosia, esperou alguns instantes.

Ninguém respondeu de dentro.

Bateu o pé de inpacien- te e repetiu o signal.

De repente a porta abriu- se, e no limiar surgiram do­is outros vultos.

A luz dubia que se filtra­va do interior, illuminou-os por instantes.

Eram dois officiaes fran­cezes.

Ou, antes um official e um chefe dalta graduação.o *

— Attenda vossa mercê mais alguns momentos, di­zia uma voz de malhei'.

— Deixa-me, velha! re­plicava com desabrimento o mais novo dos officiaes, aquelle que. parecia chefe. Enganaste-me como uma creança. Essa mulher já- mais consentirá em ser minha!

— Quem vive? bradou dando um salto para traz o vulto que momentos an­tes batera na gelosia.

— Que t’importa?! bra­dou indignado o primeiro dos que sahiam.

E não ouve mais pala­vras.

O tinir de dois ferros, um homem que corre per­seguido por outro, e um golpe sêcco, seguido de um gemido e da queda de um corpo, completou a scena.

No dia seguinte dizia-se em Madrid que o Gran Duque de Berg fòra ferido numa das suas aventuras nocturnas.

Em toda a Arganzuela e parte da rua de Toledo, comentava-se tambem o suceesso que naquella noi­te se dera no famoso becco.

Um capitão do exercito francez, ajudante de Murat, apparecera morto com uma estocada á porta da casa do tio Estevam.

Chamado este a pergun­tas, respondeu com altivez:

— Só lamento não ter sido eu quem o matou, e que elle não fosse o proprio Napoleão. Meu avó perdeu a vida luctando pelo Ar-

chiduque contra os Bon- spartes.

E não foi possivel arran­car-lhe mais declarações.

Quanto a Carmen, nin­guém mais soube delia. Suppoz-se que entrára pa­ra um convento.

O tio Estevam cumpriu a sua palavra.

Morreu no dia 2 de maio luctando como féra contra os francezes.

Ao mysterioso becco deu a tradição o nome do pedreiro.

E. D E P A LA C IO .

iC onclue;.

■ Q D O M I N G O ___

ARTE CULINARIA

gíoee «le tornsác

O tomate é um frueto que dá excellentes doces e d’um gosto assás delicado, podendo dizer-se que com elle se obtem doces mais íinos e delicados que com o de groselhas.

E’ preciso escolher os to­mates mais carnudos, dei­tar-lhes por cima agua a ferver, pelal-ós, em segui­da passal-os por um passa­dor de cosinha para reter as grainhas dos tomates, pôr tudo num tacho, e ajuntar egual peso de as­sucar.

Antes, porém, é preciso derreter o assucar numa pequena quantidade de agua, somente a quantida­de indispensável.

Para aromatisar e dar um gosto agradavel, deve juntar-se ao assucar rhum, baunilha ou summo de li­mão.

Este doce exige duas e meia a tres horas para co­ser.

Queima-se com facilida­de, e por isso precisa me­xer-se quasi constantemen­te.

A N N U M C S O S

A N R U I f C I O

DE ALIIECALLÉGA DO RIMTEJO

(8 .a Paifelicação)

No dia 4 de outubroproximo, pelo meio dia, á porta do tribunal judicial de esta villa de Aldegalle­ga, nos autos de inventario orphanologico a que se procede por obito de Ma­rianna Maria Carromeu, moradora que foi no logar de Sarilhos Grandes, no cfual é cabeça de ca/.al o seu viuvo Manuel Ribeiro Dias, se 'ha de arrematar em hasta publica a quem maior lanço offerecer so­bre o valor da sua avalia­

ção, as bemfeitorias con­sistentes em uma morada de casas com divisões pa­ra dois inquilinos, com quintal, existente em uma porção de terreno chama­do o «Courella», situado no logar de Sarilhos Gran­des, cuja porção de terre­no se acha arrendado pelo tempo de 99 annos, que hão de findar em 1 de maio de 1996, pela renda annual de 78200 réis ao actual senhorio José dos Santos Mingates, avalia­das em 3765000 réis.

Pelo presente são cita­dos os crédores incertos para assistirem á dita ar­rematação, e ahi uzarem dos seus direitos sob pe­na de revelia.

Aldegallega do Ribatejo,11 de setembro de igo3 .

o e s c r i v ã o ̂{/

Anlonio A uguslb J a SilvaCoelho.

Verifiquei a exactidão.

O JU IZ U E D IR E IT O

i.° Substituto

A nlonio Tavares da Silva.

G A Z O I K T K f tDE A C E T Y L E N E

Vende-se um, systema automatico, para seis ou oito luzes. Trata-se com João Antonio Ribeiro, Pra­ça Serpa Pinto, Aldegal­lega do Ribatejo.

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Agenleem Aldegallega — A. Mendes Pinheiro Junior.

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Neste estabelecimento só se annuncia o que ha e pelo minimo preço por que se pei­de vender; não se annuncia o que não ha por que não é lo­ja mista, unicamente tem fa­zendas, e não como outras

que apenas teem umas amostras para illudir o publico.Quando, por qualquer eventualidade, haja alguma casa que se queira pôr a

par d’esta egualando-lhe os preços, o proprietário do Grande Arm arem do Commercio. péde que confrontem as qualidades.

Nesta casa não se fazem .milagres; limita-se o seu proprietário a ganhar muito pouco para assim dar grande desenvolvimento aò seu

commercio.XV> XV XV XV XV XV XV XV XV XV XV XV) XV XV XV XC ̂ -XV XV XV XV' -XV XV C\X XV XV XV XV XV XV XV XV XV

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OS D R A M A S BA CORTE

(Chronica dó reinado de Luiz XV)Romance historico porE. LADOUCETTE

Os amores trágicos de Manon Les- raut com o celebre cavalle.ro ds Grieux. formam o entrecho d'este romance, rigorosamente historico,a que Ladoucette imprimiu um cunho de onginaiidade deveras encantador.

A côrte de Luiz xv, com todos os seus esplendores e misérias, é escri­pta magistralmente pelo auctor dO Bastardo da Rainha nas paginas do seu novo livro, destinado sem duvi­da a alcançar entre nós exito egual áquelle com que foi recebido em Pa­ris, onde se contaram por milhares os exemplares vendidos.

A edição portugueza do populare commovente romance, será feita em fasciculos semanaes de 16 paginas, cie grande formato, illustrados coffl soberbas gravuras de pagina, e cons­tará apenas de 2 volumes.

ré is o fasc icn lo1 © 0 r é is © tons®

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