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    ARTIGO ORIGINAL

    Rev Bras Cineantropo m Desempenho Hum 2010, 12(4):290-294

    Resumo –O objetivo do estudo/pesquisa foi vericar possíveis relações entre a queda doarco longitudinal medial, mensurada em situação estática pela altura do osso navicular eum conjunto de variáveis relacionadas à distribuição de pressão plantar, mensuradas emsituação dinâmica. Participaram do estudo 11 (onze) sujeitos do gênero masculino, comidade média de 21 anos ± 3 anos, massa corporal 74 kg ± 10 kg e estatura 175 cm ± 4 cm.Para aquisição dos dados de Distribuição de Pressão Plantar (Pico de Pressão, PressãoMédia, Área de Contato e Carga Relativa), foi utilizado o Novel Emed-AT System comuma taxa de amostragem de 50 Hz e para análise da Altura do Navicular para classicaçãodos sujeitos em grupos, foi utilizado o protocolo Navicular Drop Test proposto por Brody(1982). Os dados foram comparados a partir dos resultados da aplicação da estatística nãoparamétrica através do teste U de Mann-Whitney com p ≤ 0,05. Os resultados demonstra-ram que os grupos foram signicativamente diferentes entre si, na região do mediopé, emtodas as variáveis analisadas, sendo que foram encontrados os maiores valores médios nogrupo dos indivíduos com os Pés Planos. Também apresentaram diferenças signicativasna variável Área de Contato, Carga Relativa, Pico de Pressão Plantar e Pressão PlantarMédia quando comparados os grupos. Os resultados demonstram a importância que sedeve dar aos sujeitos com pés planos, pois alterações na Distribuição de Pressão Plantarestão associadas ao surgimento de desconforto e também de lesões.

    Palavras-chave: Arco longitudinal medial; Pé plano; Navicular drop test; Distribuiçãode pressão plantar.

    Abstract –The aim of this study was to determine the possible relationship between loss of thenormal medial longitudinal arch measured by the height of the navicular bone in a static situationand variables related to plantar pressure distribution measured in a dynamic situation. Elevenmen (21 ± 3 years, 74 ± 10 kg and 175 ± 4 cm) participated in the study. The Novel Emed-ATSystem was used for the acquisition of plantar pressure distribution data (peak pressure, mean

    pressure, contact area, and relative load) at a sampling rate of 50 Hz. The navicular drop test proposed by Brody (1982) was used to assess the height of the navicular bone for classicationof the subjects. The results were compared by the Mann-Whitney U test, with the level of signi-

    cance set at p ≤ 0.05. Differences were observed between the two groups in the mid-foot region for all variables studied, with the observation of higher mean values in subjects with at feet.There were also signicant differences in contact area, relative load, peak pressure, and mean

    pressure between groups. The present study demonstrates the importance of paying attentionto subjects with at feet because changes in plantar pressure distribution are associated withdiscomfort and injuries.Key words: Medial longitudinal arch; Flat foot; Navicular drop test; Plantar pressure distribution.

    1. Universidade do Estadode Santa Catarina. Cen-tro de Ciências da Saúdee do Esporte. Laboratóriode Biomecânica. Floria-nópolis, SC. Brasil.

    2. Instituto Brasileiro deTecnologia do Couro,Calçado e Artefatos.

    Novo Hamburgo, RS.Brasil.

    Recebido em 05/10/09Revisado em 07/02/10Aprovado em 11/03/10

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    Patrik Felipe Nazario João Otacilio Libardoni dos Santos

    Aluisio Otavio Vargas Avila

    Comparação da distribuição de pressão plantarem sujeitos com pés normais e com pés planosdurante a marchaComparison of plantar pressure distribution in subjectswith normal and flat feet during gait

    DOI: 10.5007/1980-0037.2010V12N4P290

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    INTRODUÇÃO

    Pé plano é o termo utilizado para descrever o tipode pé que possui um arco longitudinal medialreduzido. Este arco está relacionado com o amorte-cimento do impacto e transferência da carga para asarticulações e exerce uma inuência na mecânicafuncional do pé1. O pé plano é uma deformidadedesenvolvida ou adquirida2, e é caracterizado pelarotação plantar medial do tálus, diminuição da al-tura do arco plantar longitudinal medial e abduçãodo ante-pé3,4. Porém, esse tipo de característicaanatômica do pé também pode ser consequênciade uma rotação medial bular e femoral acentuadae ainda a um valgismo de calcâneo5. Entretanto,é necessário atenção especial, pela tendência

    de maior incidência de lesões, dores no joelho,tendinite patelar e fascite plantar em sujeitos comredução do arco plantar.

    A diminuição do arco longitudinal medialpode ser observada através da medição da alturado osso navicular, pela possibilidade de descrevere classicar tipos diferentes de pés. Este tipo demedição é utilizada, também, como um bom indi-cador de parâmetros antropométricos da estruturado pé6-8 e, por ser considerada como um métodonão invasivo, válido e conável para determinar a

    queda do arco plantar9,10

    .Mens e Morris (2005) armam que, em algunscasos, a distribuição das pressões plantares sofreinuência e se altera em função da anatomia dopé. Para isso, estudos biomecânicos12-16 têm sidoimportantes para identicação e compreensão dosfatores predisponentes a alterações na distribuiçãode pressão plantar. Portanto, faz-se necessárioestabelecer algumas relações entre parâmetrosantropométricos e comportamento da distribui-ção de pressão plantar, em função da frequentealteração observada na antropometria do pé e acoexistência de altas pressões plantares. Diante doexposto, este estudo objetivou vericar possíveisrelações entre a queda do arco longitudinal medial,mensurada em situação estática pela altura do ossonavicular e um conjunto de variáveis relacionadasà distribuição de pressão plantar, mensuradas emsituação dinâmica.

    PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

    Este estudo descritivo tipo estudo de caso foi reali-zado no Laboratório de Biomecânica do Centro deCiências da Saúde e do Esporte (CEFID) da Uni-versidade do Estado de Santa catarina (UDESC).

    Participaram do estudo 11 (onze) sujeitos do gêneromasculino (21 ± 3 anos de idade, 74 ± 10 kg e 1,75 ±0,4 cm), que não apresentavam histórico de cirurgiaem membros inferiores. Ao chegar ao laboratório depesquisa, os sujeitos foram informados dos procedi-mentos e objetivos da coleta e assinaram um termode consentimento livre e esclarecido aprovado peloComitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos daUDESC, sob o protocolo n° 184/06.

    A coleta de dados foi realizada em duas etapas(Estática e Dinâmica). Na Etapa Estática, os sujeitosforam orientados a sentar-se confortavelmente emuma cadeira com os pés posicionados sobre umasuperfície lisa e plana e sem suporte de peso, comum ângulo aproximado de 90° entre os segmentosda coxa e perna. Assumiu-se que o peso corporal

    foi distribuido de forma similar na supercie. Apóso posicionamento do sujeito, foi determinada a Al-tura do Osso Navicular. A seguir, solicitou-se que omesmo levantasse e casse na posição ortostática eequilibrasse novamente seu peso corporal homoge-neamente em ambos os pés. Após um intervalo de5 s, a mensuração da Altura do Osso Navicular foirealizada (em pé). Esse procedimento foi baseado no Navicular Drop Test, proposto por Brody17, porém ocartão milimetrado foi substituído por um traçadorde altura (Mytutoyo - Absolute Digimatic), com

    uma resolução de 0,01 mm e comprimento de hastede 30 cm. A diferença na Altura do Osso Navicularentre as posições em pé e sentada foi consideradacomo a altura de queda do osso navicular.

    Na Etapa Dinâmica, às variáveis de Distribui-ção de Pressão Plantar foram coletadas. Os sujeitosforam instruídos a caminhar descalço em umapassarela plana em trajetória retilínea e com umavelocidade de 1,38m/s ± 10%, que foi monitoradapor duas fotocélulas. Uma plataforma de pressão(Novel Emed- AT) com resolução de 4 sensorescapacitivos por cm2 (total de 2736 sensores) dosistema e taxa de amostragem de 50 Hz foi em-pregada para determinar os parâmetros relativos àpressão plantar. Após explicação e demonstraçãoda tarefa a ser executada, os sujeitos realizaram 5repetições válidas, na qual tocaram a superfície daplataforma com todo seu pé direito e na velocidadepré-estabelecida.

    As variáveis selecionadas para o estudo foram:Altura do Osso Navicular (altura da borda inferiordo ponto mais proeminente medialmente do ossonavicular), Área de Contato (área total de contatodo pé com o solo), Pico de Pressão Plantar (máximapressão registrada nas áreas plantares especícas,ou seja, regiões anatômicas selecionadas), Pressão

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    Plantar Média (valor médio de pressão representativode áreas plantares especícas, ou seja, regiões anatô-micas selecionadas) e Carga Relativa (relação dos im-pulsos locais de uma determinada região anatômicae o somatório do impulso de todas as regiões).

    Para a obtenção mais detalhada dos dadosreferentes à Distribuição de Pressão Plantar, foi ela-borado um sistema de máscaras no próprio softwaredo sistema Emed- AT. Estas máscaras dividiram opé em 4 regiões (retropé - M1, mediopé - M2, me-tatarsos - M3 e dedos - M4) conforme a Figura 1.

    Figura 1: Plantigrama de distribuição de pressão plantar divi-dido em 4 regiões do pé (M1, M2, M3 e M4).

    Os dados obtidos da Distribuição de PressãoPlantar foram processados pelo software da plata-forma Emed System e exportados para o softwareexcel. Os dados referentes à Altura do Navicular

    foram tabulados no excel e divididos em dois gru-pos: Grupo com Pés Normais (GN, n = 5; quedada Altura do Navicular entre 5 mm - 10 mm) eGrupo com Pés Planos (GP, n = 6; queda da Alturado Navicular ≥ 10 mm).

    O teste de Kolmogorov-Smirnov determinou afalta de normalidade dos dados. Assim, as médiasdas variáveis entre os grupos foram realizadas pormeio do teste U de Mann-Whitney e o nível de sig-nicância de p

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    na região do mediopé do GP foi 21% maior queno GN (p = 0,0001). Na Pressão Plantar Média,observa-se, também, um aumento de 21% a favor doGP (p = 0,005). Houve aumento na Carga Relativa,nas regiões do retropé (p = 0,002) e antepé (p =0,005), no GN, em comparação ao GP. Na regiãodo mediopé, observou-se um aumento signicativode, aproximadamente, 7% no GP, quando compa-rado ao GN.

    DISCUSSÃO

    Ao analisar a Área de Contato nas regiões do pé,percebeu-se um aumento médio de, aproximada-mente, 7% na região do mediopé, nos sujeitos comPés Planos (21,6%), quando comparados aos sujeitos

    com pés normais. Esses achados demonstram queas caracteristicas anatômicas inuenciaram nopadrão dinâmico da distribuição de pressão plan-tar, pois os sujeitos com pés planos apresentaramuma maior área de contato na região medial. Esseaumento ocorreu devido à hiper-flexibilidade(depressão) apresentada pelo arco longitudinalmedial (característico do pé plano18), durante amarcha, o que faz com que o pé sustente o pesodo corpo em sua face interna. Concordando comnossos resultados, Bacarin et al.15 evidenciaram um

    aumento dos valores médios na área de contato,osquais também foram atribuídos às caracteristicasanatômicas desse tipo de pé.

    Como se pode observar, na Tabela 1, os va-lores médios do Pico de Pressão Plantar e PressãoPlantar Média na região do mediopé tambémapresentaram aumentos signicativos no grupoque demonstrava alterações nas caracteristicasanatômicas do pé (Pé Plano). Assim, nosso estudodemonstra que essas alterações no padrão dinâmicoda distribuição de pressão plantar (Pico PressãoPlantar e Pressão Plantar Média) ocorreram pelainuência das alterações na anatômia do pé dogrupo analisado (depressão do arco longitudinalmedial devido a hiper-exibilidade e instabilidadedo pé plano), o que reete uma pior condição dedistribuição de pressão plantar nesses sujeitos, poispressões elevadas causam ulcerações e desconfor-to19-21. Entretanto, essas maiores pressões em áreasespecícas, conforme apresentado em nosso estudopelos sujeitos com pés planos, levam à necessidadede maiores cuidados em quadros clínicos, pois o au-mento do Pico de Pressão Plantar está relacionadocom dores nos pés e com o surgimento de lesões22-24,tornando-se ainda mais graves em sujeitos comdoenças circulatórias ou diabetes24.

    Ao analisar a Carga Relativa (Tabela 1), pode-se observar que os sujeitos do GP apresentaram, naregião do mediopé, valores médios 7 % maioresquando comparados com o GN. Esse aumento jáera esperado, pois conforme a literatura14 , sujeitoscom pés planos apresentam um aumento na CargaRelativa devido às características anatômicas dopé. Portanto, pode-se destacar que essa variáveldeve ser considerada uma importante determinantena identicação de possíveis lesões (principlamneteem sujeitos com pés planos por apresentarem umaumento da Carga Relativa), pois o aumento dessacarga na região do mediopé está associado a uma ro-tação excessiva da tibia sobre o tálus, proporcionalao nível de pronação da articulação subtalar19-21,25.

    CONCLUSÃOÉ possível concluir com os resultados desse estudoque os indivíduos com alterações nas característicasanatômicas do pé (depressão do arco longitudinalmedial) apresentaram modicações (aumento deintensidade) no padrão dinâmico da distribuiçãode pressão plantar (Área de Contato, Pico dePressão Plantar, Pressão Plantar Média e CargaRelativa), principalmente, na região do mediopé.Isso signica que esses sujeitos apresentam riscos

    maiores a desenvolver ulcerações e desconforto,pois, segundo a literatura, pressões elevadas emáreas especícas levam ao surgimento de lesões.Entretanto, ca cada vez mais clara a importân-cia que se deve dar aos sujeitos com esse tipo decaracterística (Pé Plano). È importante ressaltar,também, a relevância da análise da distribuiçãode pressão plantar no quadro clinico e preventivo,pois essa tem um grande potencial para predizeralterações durante a locomoção.

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    Endereço para correspondência João Otacilio Libardoni dos SantosUniversidade do Estado de Santa CatarinaCentro de Ciências da Saúde e do EsporteLaboratório de Biomecânica. CEFID/UDESCRua Pascoal Simone, 358 – CoqueirosCEP 88080-350 – Florianópolis, SC. BrasilE-mail:[email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]