Aula 5 parte B
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AULA 5 PARTE B
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MITO: ESCRAVIDÃO NO EGITOESTELA DE MERENPTAH. MUSEU DO CAIRO – EGITO- FOTO ALEX HONSE /2008
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"Entre Arqueólogos e Egiptólogos quase existe um consenso de que não existiu o êxodo bíblico no Egito, e nem sequer bairros
israelitas, no entanto, a “Estela de Merenptah”, que fala sobre as vitórias deste faraó contra os inimigos do Egito, faz uma listagem
dos países derrotados por Merenptah, faraó da XIX Dinastia. Nesta declaração, dentre muitos hieróglifos está um conjunto que
pode estar falando de Israel. Por este hieróglifo estar acompanhado pela a imagem de um
homem e uma mulher (e não dos símbolos que indicam um país), acredita-se que estaria falando de um povo nômade ou uma tribo, mas não existe certeza quando ao seu significado. Esta estela foi encontrada no templo mortuário de Merenptah e originalmente
pertencia a Amenhotep III da XVIII Dinastia. Estima-se que governou entre 1389 a.C.- 1351 a.C. ou entre 1391
a.C. - 1353 a.C. CERCA DE 200 ANOS ANTES DO NASCIMENTO DE MOISÉS.
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As pesquisas recentes dão conta que na verdade os construtores das grandes obras no Egito (pirâmides, templos, diques, canais) foram camponeses egípcios
especializados (artesãos) que em troca de salário (alimentos) ou como forma de pagar impostos ao faraó
realizavam estas obras. Alguns poucos hieróglifos falam supostamente sobre escravos, mas estes eram poucos
numerosos (geralmente prisioneiros de guerras) e trabalhavam nas minas.
Túmulos recentemente encontrados próximos às pirâmides, supostamente, dos construtores dão conta que eram camponeses, os félas. ( camponeses que trabalhavam
presos a terra e em obras públicas.) Portanto existem duas teorias: uma que defende a existência da escravidão e outra que afirma que se existiu escravos eram poucos, portanto, o êxodo é considerado
um "mito" e os construtores das grandes obras seriam os camponeses que eram a maioria da população
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PARTE B - DOMÍNIOS ESTRANGEIROS E O MUNDO ROMANO
Após a morte do Rei Salomão, o território de Israel foi dividido em dois reinos: o Reino do Norte e o Reino do
Sul. Esta divisão enfraqueceu a estrutura política e militar desses reinos, permitindo uma série de
invasões por povos estrangeiros, com sérias repercussões a longo prazo na
vida do povo hebreu.
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MORTE DE SALOMÃO = DIVISÃO DO REINO DE ISRAEL EM 2
NORTE E SUL JEROBOÃO NORTE ( 10 TRIBOS)
ROBOÃO SUL ( 2 TRIBOS)
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REINO DO NORTE JEROBOÃO – SUL ROBOÃO
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O MITO DO MONOTEÍSMO HEBREU
ABRÃO NASCEU EM 1780 a.C MOISÉS MASCEU EM 1060 a.C
720 ANOS DE DIFERENÇA. O POVO HEBREU TORNAR-SE-Á
MONOTEÍSTA DE FATO APENAS EM 586 a.C, ou seja
1200 anos depois de ABRÃO TER FEITO A ALIANÇA COM YAVÉ E CERCA 500 ANOS
DEPOIS DE ENTRAR NA TERRA PROMETIDA.
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EXPRESSÕES COMO “ENTRE OS DEUSES”, “OS DEMAIS DEUSES” E “DEUS DE DEUSES” SÃO CLARAS EM DEMONSTRAR A CULTURA POLITEÍSTA NO ANTIGO ISRAEL.
Quem entre os deuses é semelhante a ti, ó Jeová?”. Entre os deuses, Hebraico: ba·’e·lím, plural de ’El (Êxodo 15:11).
“Não há nenhum igual a ti entre os deuses, ó Jeová, nem há quaisquer trabalhos iguais aos teus”. Entre os deuses, Hebraico: va·’elo·hím; Grego: the·oís (Salmos 86:8).
“Agora sei deveras que Jeová é maior do que todos os [demais] deuses”. Os [demais] deuses, Hebraico: ha·’elo·hím; Grego: tous the·oús (Êxodo 18:11).
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“Pois, Jeová, vosso Deus, é o Deus dos deuses”. Ou “Deus de deuses”, Hebraico: ’Elo·héh ha·’elo·hím; Grego: The·ós ton the·ón (Deuteronômio 10:17).
“O Deus dos deuses, Iahweh, o Deus dos deuses, Iahweh, bem o sabe, e Israel deve sabê-lo: se houve de nossa parte rebelião ou infidelidade para com Iahweh, que ele deixe de nos salvar neste dia”. Ou “Deus de Deuses”, Hebraico: ’El ’Elo·hím Yehwáh (Josué 22:22, Bíblia de Jerusalém).
“Fala Iahweh, o Deus dos deuses, convocando a terra, do nascente ao poente”. Ou “Deus de deuses”, Hebraico: ’El ’Elo·hím (Salmos 50:1, Bíblia de Jerusalém).
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POLÍTEISMO HEBREU Até o ano de 586 a.C. quando começou o exílio dos israelitas na
Babilônia o politeísmo fazia parte da cultura de Israel. Foi apenas após o exílio que a adoração única e exclusiva de Yahweh (Javé ou Jeová) tornou-se estabelecida e possivelmente só mais tarde no tempo dos Macabeus (2º século a.C.) que o monoteísmo se tornou universal entre os judeus. O Deus bíblico do Antigo Testamento foi uma fusão de vários Deuses pagãos. A personalidade e os atributos de Yahweh foram influenciados por outras antigas divindades do Oriente como o Pai celestial El, o
jovem guerreiro Baal e a senhora Asherah. Especialistas que estudam os textos bíblicos, leem antigas inscrições encontradas nos arredores de Israel e escavam sítios arqueológicos estão reconhecendo a influência conjunta de diversos Deuses pagãos antigos no retrato de Yahweh traçado pela Bíblia que parece ter múltiplas personalidades.
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1 SAMUEL 15 Samuel ordena que Saul, destrua a nação de Amaleque. A orientação é destruir tudo sem dó nem piedade, incluindo mulheres e bebês, até mesmo os
animais. Saul não matou o Rei Aguague e o melhor do rebanho amalequita. Samuel ficou sabendo disso ficou
furioso com Saul. Samuel não quis dar ouvidos as explicações do Rei Saul, ele disse que Jeová (Yahweh) havia rejeitado Saul. Desesperado o Rei Saul agarra a aba da túnica do profeta e implora usando a seguinte expressão: “Pequei. Agora, por favor, honra-me diante
dos anciãos do meu povo e diante de Israel, e volta comigo, e eu certamente me prostrarei diante de
Jeová, teu Deus” (1ª Samuel 15:30).
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VÁRIOS PROFETAS... VÁRIOS DEUSES
Notem que a última expressão usada pelo Rei Saul, “teu Deus”? O texto mostra claramente que Jeová (Yahweh) era o Deus de Samuel, mas Saul prestava reverência a outro Deus além de Jeová. Samuel não era da mesma tribo de Saul, cada tribo tinha um Deus considerado o principal e Jeová não era o Deus principal da tribo de Saul. Se Jeová fosse o Deus principal de Saul ele usaria a expressão “nosso Deus”.
Havia profetas de vários Deuses no Antigo Israel, profetas de Jeová, profetas de Baal, profetas de Asherah, etc. Cada um era consultado para determinado assunto.
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Presume-se que Jeová era associado à guerra, portanto, esta divindade era consultada para este tipo de assunto.
Rei Acazias de Israel pediu consulta ao Deus Baal-Zebube, para saber se ele se recuperaria de seu acidente. Provavelmente, Baal-Zebube era uma divindade ligada à cura: “Certo dia, Acazias caiu da sacada do seu quarto no palácio de Samaria e ficou muito ferido. Então enviou mensageiros para consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom, para saber se ele se recuperaria” (2 Reis 1:2 É sabido que Saul tinha um filho chamado Esbaal, cujo nome significa Homem de Baal: “Ner gerou Quis, que gerou Saul. Saul gerou Jônatas, Malquisua, Abinadabe e Esbaal”
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Elementos comuns à cultura das antigas civilizações do Oriente
Médio, principalmente da região onde hoje ficam o estado de Israel, os territórios palestinos, o Líbano
e a Síria, contribuíram para as ideias que os antigos israelitas tinham sobre os seres divinos
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Há bons indícios de que o Deus do Velho Testamento é uma fusão
entre um Deus idoso e paternal (El), um jovem Deus guerreiro
(Baal) e a Deusa do sexo feminino (Asherah). Existe uma base cultural comum entre o antigo povo de Israel e seus vizinhos e adversários, os cananeus, moradores da terra de Canaã, como era chamada a região entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo em tempos antigos. A Bíblia retrata os israelitas como um povo quase totalmente distinto dos cananeus, mas os dados arqueológicos revelam profundas semelhanças de língua, costumes e cultura material. A língua de Canaã, por exemplo, era só um dialeto um pouco diferente do hebraico bíblico. Os cananeus não deixaram para trás uma herança literária tão rica quanto a Bíblia, no entanto, poucos quilômetros ao norte de Canaã, na atual Síria, ficava a cidade-Estado de Ugarit, cuja língua e cultura eram praticamente idênticas às de seus primos do sul. Ugarit foi destruída por invasores bárbaros em 1200 a.C., mas os arqueólogos recuperaram numerosas inscrições da cidade, nas quais dá para entrever uma mitologia que apresenta semelhanças impressionantes com as narrativas da Bíblia
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EL... É O CARA Uma das figuras mais proeminentes nesses textos é El,
nome que quer dizer simplesmente “Deus” nas antigas línguas da região, mas que também se refere a uma
divindade específica, o patriarca, ou chefe de família dos
Deuses. O El de Ugarit tem paralelos muito específicos com a figura de Deus durante o período patriarcal, retratado no livro do Gênesis e personificado pelos
ancestrais dos israelitas, Abraão, Isaac e Jacó. Nesses textos da Bíblia há, por exemplo, referências a El Shadday
(literalmente “El da Montanha”, embora a expressão normalmente seja traduzida como “Deus Todo-
Poderoso”), El Elyon (“Deus Altíssimo”) e El Olam (“Deus Eterno”).
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O curioso é que, na mitologia ugarítica, El também é
imaginado vivendo no alto de uma montanha e visto como um ancião sábio de vida eterna. Tal como os patriarcas bíblicos, El é
uma espécie de nômade, vivendo numa versão divina da
tenda dos beduínos e mais importante ainda, El tem uma relação especial com os chefes
dos clãs e tal como Abraão, Isaac e Jacó, ele os protege e
lhes promete uma descendência numerosa. Ora, a maior parte
do livro do Gênesis é o relato da amizade de Deus com os
patriarcas israelitas, guiando suas migrações e fazendo a
promessa solene de transformar a descendência deles num povo “mais numeroso que as estrelas
do céu”.
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Yahweh (YHWH) era um título dado pelos primeiros israelitas à suprema divindade El,
durante o período da Idade do Bronze (aproximadamente 1200 a.C.).
Posteriormente, o contrário aconteceu, tornando-se a palavra El um título e Yahweh
o nome próprio da suprema divindade israelita, talvez num ímpeto nacionalista
daquele povo em querer se perceber diferente dos outros povos que habitavam a
Palestina
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HIPÓTESE QUENITA-MIDIANITA Yahweh seria originalmente uma divindade originária de perto da
região do Sinai, de Parã e Edom. A bíblia retrata que Moisés tinha conexões com os povos desta região, os Quenitas, por meio de seu
sogro Jetro, que era Quenita: “E Moisés tornou-se pastor do rebanho de Jetro, sacerdote de
Midiã, de quem era genro” (Êxodo 3:1). “E os filhos do queneu, de quem Moisés era genro” (Juízes 1:16). Moisés esta história preserva uma tradição que os israelitas
tinham em conexão com estes povos de vida nômade (Quenitas/Midianitas) que viviam na região desértica ao sul de
Israel. Provavelmente a história da origem de Moisés é uma construção literária de tribos nômades como os primeiros israelitas
e os cananeus adoradores da divindade El, para retratar a incorporação ao Deus do deserto Yahweh. A medida que houve uma
miscigenação entre os povos, um acabou identificando sua divindade protetora com a outra, e com o tempo Yahweh foi
incorporando aspectos da divindade El, numa espécie de sincretismo religioso
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REAFIRMAÇÃO DA HIPÓTESE NO AT
“E ele passou a dizer: “Jeová — do Sinai ele veio, e raiou sobre eles desde Seir, reluziu desde a região
montanhosa de Parã, e com ele havia santas miríades, à sua direita, guerreiros pertencentes a eles” (Dt 33:02)
“Jeová, quando saíste de Seir, quando marchaste desde o campo de Edom, tremeu a terra... Montes
fluíram de diante da face de Jeová, este Sinai, de diante da face de Jeová, Deus de Israel” (Ju 5:4-5).
“O próprio Deus passou a chegar de Temã, sim, um Santo desde o monte Parã. Sua dignidade cobriu [os]
céus; e do seu louvor encheu-se a terra” (Ha 3:3).
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YAWÉ = BAAL Quando Yahweh entra em cena na bíblia com seu “nome
oficial” durante o êxodo bíblico, a impressão que se tem é que ele já absorveu boa parte das características de um outro Deus cananeu chamado Baal (literalmente “senhor”, “mestre” e em certos contextos, até “marido”), um guerreiro jovem e impetuoso que acabou assumindo na mitologia de Ugarit e da Fenícia (atual Líbano) o papel de comando que era de El. Indícios dessa nova “personalidade” de Deus surgem no fato de que, pela primeira vez na narrativa bíblica, Yahweh é visto como um guerreiro, destruindo os “carros de guerra e cavaleiros” do Faraó e mais tarde, guiando as tribos de Israel à vitória durante a conquista da terra de Canaã. Tal como Baal, Yahweh é descrito como “cavalgando as nuvens” e “trovejando
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E mais importante ainda, uma série de textos bíblicos falam de Deus impondo sua vontade contra os mares
impetuosos (como no caso do Mar Vermelho) ou derrotando monstros marinhos (Isaías 51:9; Êxodo 14:15-31). Há aí uma série de semelhanças com a mitologia Cananéia sobre Baal, o qual derrotou em combate o Deus-monstro marinho Yam (“mar” em
hebraico) ou “o Rio” personificado. Na mitologia do Oriente Próximo, as águas marinhas eram vistas como símbolos do caos primitivo, e por isso tinham de ser
derrotadas e domadas pelos Deuses. Yahweh também é associado à chuva e à fertilidade da terra pelos antigos
autores bíblicos, atributos que aparecem entre as funções de Baal
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ASHERAH
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ASHERAH Deusa e consorte de Yahweh no Antigo. Há referências à
adoração de vários Deuses pelos reis israelitas. É relatado na bíblia que Salomão construiu vários templos
para muitos Deuses e Josias destruiu as estátuas de Asherah que foram erguidas por seu avô Manassés. (1º
Reis 11:1-8; 2º Reis 21:1-9) Várias descobertas arqueológicas nos ajudam nesta reflexão, destacando as
de Khirbet el-Qom em 1967 e a de Kuntillet Adjrud em 1976, que traz a inscrição “abençoo-te em Yahweh de Teman e sua Asherah” mostrando claramente que a
Deusa Asherah era encarada na época como uma companheira ou esposa de Yahweh. Um dos mais antigos artefatos arqueológicos de Israel datado de 1000 a.C., um
púlpito politeísta de Tanach escavado em 1968, apresenta representações da Deusa Asherah e Yahweh,
mostrando a natureza politeísta da antiga cultura israelita.
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MULHER SINÔNIMO DE SABEDORIA O livro bíblico dos Provérbios, bem como alguns outras
fontes israelitas, apresenta a figura da Sabedoria personificada, uma espécie de “auxiliar” ou “primeira
criatura” de Deus que o teria auxiliado na obra da criação do mundo. Segundo o texto dos Provérbios,
Deus “se deleita” com a Sabedoria e a usa para inspirar atos sábios nos seres humanos (Provérbios
8:22-31). Para muitos pesquisadores a figura da Sabedoria incorpora aspectos da antiga Asherah na
maneira como os antigos israelitas viam Deus. Embora o próprio Deus não seja descrito como feminino, haveria uma complementaridade entre ele e sua
principal auxiliar. Portanto, assim como os antigos gregos, os israelitas tinham um panteão de Deuses em sua adoração como Yahweh, Baal e Asherah, conforme
comprovado por evidências arqueológicas.
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BANIMENTO A proibição da Deusa Asherah é fruto de um dado momento
histórico de elaboração e ascensão do monoteísmo. A identidade judaica, após a drástica experiência do exílio
babilônico e na tentativa de reorganização da nação, passa a se basear num só Deus. A centralidade em Yahweh se torna
um fator importante da nova identidade nacional em formação, que foi moldada pelos movimentos reformadores
de Esdras e Neemias. A idolatria passa a ser a causa da ruína de Israel. Vemos este reflexo no conflito que os textos bíblicos demonstram em relação a Asherah e a outros
Deuses e Deusas, bem como, em relação principalmente às mulheres estrangeiras. A elaboração e instituição do
monoteísmo não aconteceu de forma democrática e pacífica. A partir de um contexto politeísta, a centralidade em Yahweh
é um processo violento, proibindo e demonizando o diferente como uma ameaça. Um processo nítido de
intolerância religiosa e destruição da cultura anterior.
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SOCIEDADE PATRIARCAL A supressão do culto e da imagem
da Deusa Asherah traz consequências profundas,
afetando em especial as mulheres, que tinham na Deusa uma
possibilidade de representação do feminino no sagrado. Assim, a
religião judaica vai se constituindo em torno de um único Deus
masculino, sustentando historicamente uma sociedade
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MONOTEÍSTA NÃO; MONOLATRIA O melhor termo para enquadrarmos a antiga religião
israelita seria a monolatria, que significa o reconhecimento da existência de outros Deuses, mas prestação de adoração
consistente e exclusiva à apenas um Deus. Porém, até mesmo esta classificação pode ser contestada, haja vista que a história israelita que sobreviveu até nós foi contada pelos Judeus séculos depois dos acontecimentos. Para os sacerdotes do Judaísmo do 2º Templo (após a queda da
Babilônia) seria um vexame mencionar que outros Deuses eram adorados conjuntamente com Jeová, portanto eles reescreveram a história, apontando que a adoração de
outros Deuses foi uma exceção, um desvio. Porém a arqueologia está provando cada vez mais que aquilo que a
bíblia conta como exceção na verdade era a regra, o politeísmo era a principal religião deles
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Obviamente, depois do exilio babilônico, os escribas que reescreveram a história de Israel fizeram questão de colocar
os profetas dos outros Deuses que não fossem de Jeová (Yahweh) como sendo falsos e os que os seguiam como
sendo pessoas desviadas da verdadeira fé. Sempre quando havia alguma disputa entre os profetas para determinar
quem era o verdadeiro e mais poderoso Deus, os escribas passaram a colocar os profetas de Jeová (Yahweh) com
sendo sempre os vitoriosos, dando assim suporte a adoração monoteísta que eles queriam justificar e
perpetuar. Apesar dos reformadores do período pós exilio reescreverem a história de Israel tentando retirar todos os
traços de politeísmo de seus escritos sagrados, observamos em algumas passagens expressões que indicam a cultura
politeísta do antigo Israel.
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ASSÍRIOS 722AC – 612 AC. O Reino do Norte é
submetido ao poder dos assírios em 722 a.C. Seus habitantes são levados para o exílio. Os assírios
estabeleceram seu grande império ate 612 a.C., quando Nínive, capital da
Assíria, é destruída pelos medos e
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BABILONIA (612 A 539 A.C.) Nabucodonosor, após
derrotar assírios e egípcios, toma o Reino do Sul, conquistando
Jerusalém em 597 a.C., e em 586 ela é
destruída e saqueada, inclusive o templo.
Seus habitantes são levados ao exílio da Babilônia, exceto os
mais pobres que ficaram para cultivar a
terra.
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PÉRSIA (538 A 332 A.C.) O filho de Cambises, Ciro II, o
Grande, funda o Império Persa, ao derrotar os reinos da Ásia
Menor. Em 539 a.C. toma Babilônia, anexando o Império
Babilônico. Em 538 a.C., Ciro permitiu aos
hebreus exilados na Babilônia, voltarem à Jerusalém e a
reconstrução do templo a partir de 538 a.C., face à política adotada pelo governo do
império persa, que, inclusive, lhes deu a liberdade de
consciência para manter a própria religião.
Em 537 a.C., a primeira caravana de repatriados retorna. A região estava
dominada por povos idolatras, que ali haviam se instalado e
que dificultavam a reconstrução do templo.
Neemias foi eleito governador por Artaxerxes, sucessor de
Ciro, que o manda voltar para ajudar na reconstrução do
templo e unir o povo.
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Em 428 a.C., o sacerdote Esdras Volta para Jerusalém com muitos judeus e assessorado
pelos levitas. Neemias promulga a Lei de Moisés como lei de
Estado que regerá a vida da comunidade judaica. Fundava-se assim, em 397 a.C., o Judaísmo.
Os samaritanos tentaram participar da comunidade judaica, porem os judeus os
rejeitaram por terem construído um templo,( na Samaria) realizado reformas e aceitarem apenas o Pentateuco, rejeitando os textos acrescentados
posteriormente.
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MACEDÔNIOS (332 A 63 A.C.) Depois dos persas, são submetidos aos macedônios, com Alexandre Magno, em
332 a.C. Depois dos macedônios,
aproximadamente por 200 anos, são dominados pelos
selêucidas (Região da Síria) e ptolomeus (em Alexandria),
dinastias fundadas pelos generais de Alexandre, apos a
morte deste. Alexandre Magno transforma
o mundo da época, impondo a Cultura Helenística. Traz os
avanços de sua cultura e costumes. Morre cedo e seu império é dividido entre seus
generais. A Judéia fica sob o domínio de
Ptolomeu (General grego que se tornou rei do Egito), de 301
a 197 a.C. Nesse reinado é feita a tradução dos Livros
Sagrados, a Bíblia Hebraica, para o grego (SEPTUAGINTA).
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SELÊUCIDAS 197 A 142 A.C Fica sob o poder dos
Selêucidas, dinastia fundada por Seleuco, General grego que se tomou rei da Sina; em 175 a.C., Antíoco IV tenta impor a Cultura, a religião e os costumes gregos aos judeus. Uns aceitavam e outros não (os gregos haviam colocado seus deuses no Templo).
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A REVOLTA DOS MACABEUS A família do sacerdote
Matatias se op6s aos selêucidas e os irmãos
Macabeus (Judas, Jonatas e Simão) iniciam uma guerra santa que dura
três anos e meio. Conquistam territórios
palestinos e os descendentes dos
Macabeus formam a verdadeira dinastia real-sacerdotal, governando a Palestina até o ano 63 a.
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IMPÉRIO ROMANO
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IMPÉRIO ROMANO ( 27 A.C – 476 D.C)
Fundada pelos etruscos, em 753 a.C., Roma tinha a alma popular devotada aos gênios, aos deuses, e as
superstições de toda espécie. Após a conquista do Império de Alexandre, o grande, Roma deixa-se
influenciar pela notável Cultura dos filósofos gregos e sua religião.
O Império é o sistema no qual o poder político real estava nas mãos de uma única pessoa, o
imperador. Teve início com o imperador Augusto, quando o Senado ficou limitado a ser um órgão de
apoio desse poder político. Se denomina Alto Império o período que vai de Augusto
a Diocleciano e Baixo Império ao período que vai de Diocleciano à queda do Império Romano no Ocidente.
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DIÁSPORA De origem grega, diáspora que significa
“dispersão”. Essa palavra tomou-se o termo para indicar as comunidades
judaicas estabelecidas fora da Palestina entre o ultimo século a.C. e o século I
d.C. "Os hebreus da Diáspora consideravam Jerusalém como a sua
capital moral, encarando-a como guia religioso”.
“Ano que vem, em Jerusalém”oespiritismodeverdade.blogspot.com
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QUESTÃO REFLEXIVA
“Reflita e comente: Que lições de vida podemos
aprender com a história do povo romano”
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