Ecoturismo & Aventura BONITO - Página inicial · Está localizado na encosta da Serra da...
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Ecoturismo & Aventura
BONITO
De 25 a 29 de setembro
2006
Caderno de Subsídios
Empresário/Técnico:__________________________________
Empresa/Entidade:___________________________________
MINISTÉRIO DO TURISMO
Walfrido dos Mares Guia, Ministro de Estado
Secretaria Nacional de Políticas de Turismo
Airton Nogueira Pereira, Secretário
Diretoria de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico
Tânia Brizolla, Diretora
Benita Monteiro, Coordenadora-geral de Regionalização
Wilken Souto
Marcelo Abreu
Daniele Velozo
SEBRAE NACIONAL
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Paulo Tarciso Okamotto, Presidente
Diretoria de Administração e Finanças
Cezar Acosta Rech, Diretor
Diretoria Técnica
Luiz Carlos Barboza, Diretor
Gerência da Unidade de Atendimento Coletivo, Comércio e Serviços
Vinícius Lages, Gerente
Dival Schmidt
Ilma Ordine Lopes
Germana Barros Magalhães
Valéria Barros
BRAZTOA
Associação Brasileira das Operadoras de Turismo
José Zuquim, Presidente
Monica Samia, Diretora Executiva
Karem Basulto, Coordenadora Projeto
Lílian La Luna
Priscila Nunes
Daniela Sarmento
1
IMB
Instituto Marca Brasil
Daniela Bitencourt, Diretora Superintendente
Alice Souto Maior
Rosiane Rockenbach
CONSULTOR VIAGEM TÉCNICA
Gustavo Timo
2
Sumário
1. PARTICIPANTES VIAGEM TÉCNICA.................................................................. 3
1.1 Mapa de origem dos empresários........................................................................3
1.2 Breve perfil das empresas participantes...............................................................4
1.3 Equipe técnica.................................................................................................9
2. INFORMAÇÕES GERAIS....................................................................................10
2.1 Localização....................................................................................................10
2.2 População........................................................................................................10
2.3 Vias de acesso..................................................................................................10
2.4 Clima..............................................................................................................11
2.5 Recursos Naturais.............................................................................................11
2.6 Extensão.........................................................................................................12
3 DESTINO............................................................................................................13
3.1 Contextualização..............................................................................................13
3.2 Segmentação...................................................................................................17
3.3 Atividades do destino........................................................................................18
4. TURISMO..........................................................................................................26
4.1 Turismo no Brasil.............................................................................................27
4.2 Ecoturismo no Brasil.........................................................................................28
5. ROTEIRO...........................................................................................................35
6. INSTITUIÇÕES E EMPRESAS A SEREM VISITADAS............................................39
7. BIBLIOGRAFIA..................................................................................................41
3
1. Participantes da viagem técnica
1.1 Estados de Origem dos Empresários
4
1.2 Breve perfil das empresas participantes
EMPRESA PARTICIPANTE ATIVIDADES
COMERCIALIZADAS
DESTINO DE
OPERAÇÃO
Albergue e Pousada
Recanto do Lord
Angela Maria Rosa
Inglez de Souza
ECOTURISMO (caminhadas,
observação de fauna e
aves, outros); CULTURA
(arqueologia, intercâmbio).
Teresópolis/
RJ
Roots Ecotours Fernando Augusto F.
Rossa
SOL E PRAIA, ECOTURISMO
(caminhadas, observação
da fauna, outros);
CULTURA (arqueologia,
cidades patrimônio,
outros); ESPORTE
(trekking, cavalgadas,
mergulho, rafting, surf, vôo
livre, canyoning, vela);
NEGÓCIO & EVENTOS
(incentivo, outros).
Florianópolis/
SC
Calango Expedições Tiago Choinski ECOTURISMO (caminhadas,
observação da fauna e
aves, outros); CULTURA
(cidades patrimônio, festas
populares, outros);
ESPORTE (trekking, rafting,
surf, vôo livre, canyoning e
práticas verticais);
NEGÓCIOS E EVENTOS
(incentivo, visita técnica e
outros); PRODUTOS
FOCADOS (bem-estar e
saúde).
Morretes/PR
5
Canastra Expedições Valmório Lima Jr ECOTURISMO (caminhadas,
flutuação, observação de
fauna e aves, outros);
ESPORTE (trekking,
cavalgadas, mergulho,
rafting, canyoning, práticas
verticais e pesca esportiva).
São Roque de
Minas/MG
Cia do Cerrado
Ecoturismo
Vilmar Dilberti Lieber
ECOTURISMO (caminhadas,
observação de fauna e
aves, outros); CULTURA
(étinico); ESPORTE
(trekking, cavalgadas,
pesca esportiva);
NEGÓCIOS E EVENTOS
(outros), Hospedagem e
Serviços de alimentação
(pizzaria).
Carolina/MA
Ecoação - Ecoturismo e
Turismo de Aventura
Giovana Guedes
Barbieri
ECOTURISMO (caminhadas,
outros); CULTURA (outros);
ESPORTE (trekking,
cavalgadas, rafting, vôo
livre, canyoning e práticas
verticais, bóia cross, duck,
caiaque); NEGÓCIOS E
EVENTOS (feiras,
congressos, outros);
PRODUTOS FOCADOS
(bem-estar e saúde).
Brotas/SP
6
Guapiaçu Operadora Márcio Jorge Gomes
Pizzi
SOL E PRAIA; ECOTURISMO
(caminhadas, espeleologia,
observação de fauna e
aves); CULTURA (festas
populares, outras);
ESPORTE (trekking,
cavalgadas, mergulho,
rafting, vôo livre, canyoning
e práticas verticais);
PRODUTOS FOCADOS
(bem-estar e saúde).
Cachoeiras de
Macacu/RJ
Kallisté Turismo Marli Woiciechowski
SOL E PRAIA, ECOTURISMO
(caminhadas, espeleologia,
flutuação, observação de
fauna e aves); CULTURA
(cidades patrimônio, étnico,
festas populares,
intercâmbio, outros);
NEGÓCIOS E EVENTOS
(feiras, congressos,
incentivo, compras, mega
eventos, visita técnica,
outros); PRODUTOS
FOCADOS (resorts, bem-
estar e saúde).
Curitiba/PR
7
Mato Grosso Eco
Aventuras
Mirael França Praeiro ECOTURISMO (caminhadas,
flutuação, observação de
fauna, outros); ESPORTE
(trekking, cavalgadas,
rafting, vôo livre, canyoning
e práticas verticais);
PRODUTOS FOCADOS
(bem-estar).
Cuiabá/MT
Trip Time Fábio Kiyoshi Abreu
Sasahara
SOL E PRAIA, ECOTURISMO
(caminhadas, ecoturismo -
outros), ESPORTE
(trekking, vôo livre, vela).
Fortaleza/CE
Orion Turismo Trícia Sander ECOTURISMO (caminhadas,
flutuação, observação de
fauna e aves, outros);
ESPORTE (trekking, rafting,
canyoning e práticas
verticais).
Curitiba/PR
Zentur Viagens Elaine Barbosa Soares ECOTURISMO (caminhadas,
espeleologia, flutuação,
observação de fauna e
aves, outros); CULTURA
(cidades patrimônio, festas
populares, outros);
ESPORTE (trekking,
cavalgadas); NEGÓCIOS E
EVENTOS (congressos,
visitas técnicas, outros).
Lençóis/BA
8
1.2.1 Análise das necessidades de aprimoramento e desenvolvimento das empresas
A análise dos questionários permitiu inferir sobre três pontos-chave de necessidade de aprimoramento comuns a quase todas as empresas, sendo eles:
1º) Em relação ao Produto, as empresas querem se aprimorar, conhecer melhor as expectativas do cliente e atendê-las através do desenvolvimento de novos produtos.
2º) Relacionado ao desenvolvimento e melhoria da operação: o foco principal refere-se à segurança na execução das atividades. As empresas querem conhecer e implementar boas práticas de operação.
3º) Contribuição com o desenvolvimento sustentável local: conhecer os meios que permitam colaborar para este desenvolvimento, por meio da interação entre empresários, empresários e comunidades e todos juntos com poder público.
Neste sentido, percebe-se que buscar sugestões de alternativas para as questões apresentadas acima é uma das expectativas dos participantes do Projeto Vivências Brasil: Aprendendo com o Turismo Nacional. Os empresários também almejam trocar experiências, obter o real entendimento da cadeia produtiva de Bonito e sua relação com os demais públicos (comunidade, poder público e terceiro setor), ampliar a rede de relacionamentos, estabelecer parcerias, ter acesso a informações sobre mercado, público, gestão do negócio, estratégias de captação de clientes, principalmente público estrangeiro.
9
1.3 Equipe Técnica
ENTIDADE REPRESENTANTE E-MAIL LOCALIDADE
SEBRAE Nayara Bernardes [email protected] Belo
Horizonte/MG
IMB Rosiane
Rockenbach
br Brasília/DF
Braztoa Daniela Sarmento [email protected] São Paulo/SP
Consultor Gustavo Timo [email protected] Belo
Horizonte/MG
Consultora
Benchmarking Andréia Pedro andré[email protected]
São José do
Rio Preto/SP
Cinegrafista Henrique
Rodriguez [email protected] São Paulo/SP
10
2. Informações Gerais
2.1 Localização
Bonito é um município sul-mato-grossense, distante 330 km de Campo Grande, a capital do
estado do Mato Grosso do Sul. Está localizado na encosta da Serra da Bodoquena,
abrangendo grande parte dela.
Mapa: 21º07'15" S, 56º28'55" O
2.2 População
17.841 habitantes
Fonte: IBGE 2005
2.3 Vias de Acesso
O acesso principal a Bonito via terrestre a partir de Campo Grande/MS (capital) pode ser feito através das rodovias BR-060 e BR-419, ou pela rodovia BR-262 e BR-419. As principais distâncias são:
Campo Grande - 330 km
Aquidauana - 198 km
Bodoquena - 75 km
Miranda - 125 km
Guia Lopes da Laguna - 60 km
Porto Murtinho - 210 km
Corumbá - 350 km
Ponta Porã - 350 km
São Paulo – 1.344 km
Rio de Janeiro – 1.774 km
11
Brasília – 1.464 km
Cuiabá – 1.024 km
Existem linhas de ônibus regulares e diárias para Bonito, partindo da capital Campo Grande /MS. O município também possui um aeroporto municipal, que recebe vôos fretados regularmente.
2.4 Clima
Segundo a classificação de “KOPPEN”, é do tipo AW, características das savanas tropicais
com verão úmido e inverno seco. Mais de 80% da precipitação anual, oscila entre 1.000 e
2.000 mm, dá-se entre outubro e abril. No inverno a temperatura varia entre 15º C e 20º
C.
2.5 Recursos Naturais
HIDROGRAFIA
O Município pertence à Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai e Sub-Bacia do Miranda.
Principais rios: Rio Miranda, Rio Formoso e Rio da Prata. Rios que nascem no Município: Rio
do Peixe, Formoso, Perdido, Sucuri. Principais Córregos: Olaria, Taquaral, Anhumas, Bonito,
Coqueiro, Mutum e Restinga.
O sistema hidrográfico é especialmente particular por apresentar associações com rochas
calcárias, o que proporciona a existência de rios subterrâneos, sumidouros e ressurgências.
O calcário torna as águas dos rios de Bonito cristalinas devido à precipitação de partículas
em suspensão para o fundo dos leitos.
RELEVO
Possui duas unidades dominantes: a Serra da Bodoquena a oeste do município, ergue-se
como um extenso divisor entre as depressões de Bonito, Miranda e Apa, caracterizando-se
um relevo residual. Estende-se por aproximadamente 200 Km, apresentando cerca de 65
km de largura. De modo geral, comporta altimetrias que variam de 400 a 650 m. A Serra
da Bodoquena apresenta formas e características relacionadas às litologias calcárias. A
segunda unidade é a depressão do Miranda localizada entre a depressão de Aquidauana e
Bela Vista.
A Serra da Bodoquena constitui destacada unidade de relevo localizada na porção centro-sul
do Estado de Mato Grosso do Sul, e abrange os municípios de Jardim, Bonito, Bodoquena e
Porto Murtinho. Não se trata de uma serra propriamente dita, e sim de um planalto com
escarpa voltada para o Pantanal.
12
O planalto é praticamente todo constituído por rochas carbonáticas muito puras, que se
originam por deposição no fundo de um antigo oceano que ali teria se formado há 550
milhões de anos atrás.
A paisagem da Serra da Bodoquena é diferente. Nela se desenvolveram grandes cavernas e
os seus rios são de águas transparentes.
Ao longo dos rios, há formações calcárias na forma de cachoeiras e represas naturais,
denominadas pelos geólogos de tufas calcárias. Essas formações se encontram em contínuo
crescimento.
VEGETAÇÃO
Predominância dos cerrados, com focos de florestas e outras formações pioneiras, sobre
solos férteis ou não. Nas serras, destacam-se as chamadas Matas Secas - Floresta
Estacional Decidual, associadas às rochas calcárias. As matas ciliares ou ribeirinhas estão
associadas à presença de solos férteis às margens dos rios. As florestas sofreram grande
impacto pela exploração e uso do solo. Hoje, busca-se a proteção dos remanescentes e a
recuperação das áreas degradadas.
Algumas das principais espécies encontradas na região são: Aroeira, Cerejeira, Bálsamo,
Peroba, Ipês, Canafístula, Palmeiras, além de outras espécies do Cerrado Brasileiro.
FAUNA
A fauna local contempla variadas espécies tais como:
Aves: Araras, Tucano, Seriema, Biguá, Ema, Garças, Periquitos, Papagaios, Mutum.
Animais: Capivara, Anta, Cateto, Queixada, Tatu, Quati, Cutia, Jaguatirica, Onça Pintada e
Parda, Tamanduá, Veado.
Peixes: Pacu, Pintado, Curimba, Piraputanga, Piauçu, Dourado, Bagre, Jaú.
2.6 Área: 4.947,90 km²
13
3. Destino
3.1 Contextualização
As origens da cidade de Bonito se remetem à história da formação do município de Miranda,
do qual era distrito, quando da expansão espanhola do século XVI no vale do Paraguai. Em
1948, Bonito foi elevado à categoria de município.
As atividades econômicas predominantes eram a pecuária, a agricultura e a mineração. Até
a década de 70, os únicos atrativos visitados de Bonito eram a Gruta do Lago Azul e a Ilha
do Padre, visitados principalmente pelos moradores do município e de regiões próximas.
Já no final da década de 80, iniciaram-se as visitas ao Aquário Natural, às Cachoeiras do
Mimoso e ao Rio Sucuri, além do passeio de Bote, o que gerou um pequeno aumento na
visitação da região. Com isso, os proprietários despertaram interesse para a exploração
econômica de seus atrativos.
Em 14 de abril de 1986, foi aprovado o decreto de lei n.° 076/85, autorizando a
desapropriação da área que seria transformada no Balneário Municipal, visando atender à
comunidade local. A infra-estrutura e a organização dos passeios eram ainda precárias,
tendo apenas duas agências e alguns hotéis de acomodações simples na cidade.
Capacidade de Carga
Na década de 90, o fluxo de turistas teve um aumento significativo devido às constantes
exposições na mídia sobre o destino. Nesse período, aconteceram as primeiras experiências
de limitar o número de visitantes em alguns passeios e atrativos, derivadas da
preocupação de se minimizar os impactos causados pela visitação. Em virtude da sua
natureza calcária, a fragilidade dos atrativos apresenta-os ao risco de degradação diante de
uma exploração turística desordenada. Para manter a sustentabilidade dessa atividade
econômica, diversas medidas foram tomadas, a fim de coordenar a exploração turística sem
comprometer o meio ambiente. Inicialmente, os limites estabelecidos de forma empírica,
baseados apenas na experiência e bom senso de seus proprietários. Essa iniciativa foi
fundamental para que o município buscasse o desenvolvimento profissional das atividades
turísticas. Hoje as definições de carga são revistas e definidas com base em estudos
científicos, e pautadas na preocupação de sustentabilidade dos atrativos.
Qualificação
Diante desse cenário, foi iniciado em 1993, o primeiro de vários cursos de formação e
profissionalização dos guias de turismo especializados em atrativos naturais, com
o apoio do Sebrae/MS, Governo do Estado, EMBRATUR e Prefeitura Municipal de Bonito, e
coordenado pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
Nesse período, existiam em Bonito três atrativos turísticos com pouca infra-estrutura para
recebimento de turistas, seis agências de turismo, seis meios de hospedagem (hotéis e
14
pousadas) que ofereciam 300 leitos e trinta guias de turismo em processo inicial de atuação
na área turística, gerando, na época, 180 empregos diretos.
Em 1993, o município estava despertando para o turismo. Na época, as lideranças da
comunidade já manifestavam sua preocupação com a fragilidade dos atrativos naturais e
com o delicado equilíbrio do meio ambiente da região. Ainda não eram feitos levantamentos
e consolidação de dados referentes ao número de turistas que visitavam o município, a
receita gerada e seu tempo de permanência na cidade.
Guias Locais: obrigatoriedade
Em 1995, a Lei Municipal nº 689/95 tornou obrigatório o acompanhamento de guias
aos passeios turísticos locais. Seu credenciamento pela EMBRATUR garantia segurança
ao visitante, aliada a uma variedade de informações sobre o local visitado. Contava-se com
o guia local também como um aliado na preservação ambiental.
COMTUR – Conselho Municipal de Turismo
A estruturação da atividade turística foi complementada pela aprovação da Lei Municipal nº
695/95 que instituiu o Conselho Municipal de Turismo - COMTUR, integrado por quatro
representantes escolhidos pelo chefe do executivo municipal e por seis representantes dos
segmentos ligados ao trade turístico local, posteriormente alterado para sete
representantes.
O COMTUR tem como principal objetivo fomentar o turismo de maneira organizada e
sustentável no município, apoiando ações que vise divulgar o município em outras regiões,
dando apoio ao trade e à comunidade.
Os Conselheiros representam as associações de classe, eleitos por voto direto e cumprem
mandato de dois anos. As seguintes associações estão no COMTUR:
• Prefeitura Municipal de Bonito/MS
• Câmara Municipal de Vereadores
• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis - IBAMA
• Associação Comercial e Industrial
• Associação de Bares, Restaurantes e Similares de Bonito/MS
• Cooperativa de Transportes de Bonito/MS - COOPERBON
• Associação Bonitense de Hotéis - ABH
• Associação Bonitense de Agências de Ecoturismo - ABAETUR
• Associação de Guias de Turismo de Bonito/MS - AGTB
• Associação dos Proprietários de Atrativos Turísticos de Bonito e Região – ATRATUR
• Sindicato Rural de Bonito/MS
• Associação do Operadores de Bote de Bonito/MS
Secretaria Municipal de Turismo
15
Uma das ações que reflete na priorização do município pelo desenvolvimento da atividade
turística é o critério de escolha do secretário de turismo municipal. O processo é
através de eleição e o secretário é escolhido pelo trade turístico, a partir de uma lista
tríplice. Essa iniciativa procura garantir a seriedade e o comprometimento de todos com os
planos estabelecidos pela Secretaria de Turismo.
Voucher único
A Resolução Normativa nº 09/95, do COMTUR, regulamentou a instituição do voucher
único, principal instrumento para viabilizar o ordenamento da atividade turística em
Bonito. Emitido e controlado pela Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito, o
voucher é comercializado pelas agências de turismo do município e apenas através da sua
aquisição é possível o acesso aos atrativos locais, sendo obrigatória a presença do guia. O
voucher único possibilita a arrecadação municipal, o pagamento do guia, da agência e do
atrativo visitado, além de garantir a capacidade de carga dos atrativos, pois sua venda está
condicionada ao número de visitantes/dia em cada um deles.
A Prefeitura Municipal imprime e distribui entre as agências de turismo do município talões
numerados do voucher. Neles, são preenchidas informações a respeito da agência
organizadora do passeio, identificação do guia e do atrativo, horário de visita e valor total
do passeio. Nesse valor, estavam inclusos os valores referentes ao guia, agência, atrativo e
ISS – Imposto Sobre Serviço, destinado à Prefeitura. A fragilidade ambiental da região
motivou o controle do número de visitantes diários por atrativo. O acompanhamento de
guia de turismo é obrigatório para todos os sítios turísticos, combinado com ‘um número
máximo de turistas que ele pode levar no grupo. Além de centralizar os pagamentos e
organizar o fluxo turístico, que é uma preocupação constante destinos frágeis como Bonito,
o voucher ajuda a mapear a atividade turística local, subsidiando a tomada de decisões e a
aplicação de planos de ação, de acordo com as deficiências percebidas.
FUTUR
Simultaneamente à criação do COMTUR, foi instituído o Fundo Municipal de Turismo, o
FUTUR. O fundo é administrado pelo COMTUR. Prioritariamente, os recursos são destinados
ao marketing promocional – folders, vídeos, cartazes – e ao acesso a feiras e workshops no
Brasil e no exterior.
Estatísticas e Indicadores
Segundo dados do COMTUR, o fluxo de visitação aos atrativos nos períodos de 1997 a 2003
seguiram os dados abaixo:
Ano Visitas / Ano
1997 143.037
1998 144.962
16
1999 186.089
2000 174.731
2001 177.734
2002 216.688
2003 227.963
Fonte: COMTUR – Bonito/MS
Segundo pesquisas do Fundo Brasileiro da Biodiversidade / Programa MPE em 2002, o
público visitante do município despendiam gasto médio diário de R$150,00, permaneciam
em média 03 dias, utilizavam hotéis e pousadas como meio de hospedagem no destino e
utilizavam serviços de agentes de viagem para organização da viagem.
Os dados relativos à cadeia produtiva mostram a expansão do desenvolvimento da
atividade turística no local, conforme tabela abaixo:
Indicadores 1993 2003
Disponibilidade de leitos na rede hoteleira 300 4.188
Número de empregos diretos 10 2.500
Número de agências de turismo 06 30
Meios de Hospedagem 06 77
Guias de Turismo 30 80
Fonte: Prefeitura Municipal de Bonito / COMTUR – Bonito / SEBRAE-MS
Sazonalidade
O município de Bonito/MS possui expressivos efeitos da sazonalidade e de perfil de público
visitante. A alta estação acontece durante os picos das férias escolares (julho/final de
dezembro/início de janeiro), 41 dias por ano, quando a taxa de ocupação atinge 80% da
capacidade empresarial. O perfil de público dessa época é de famílias, empresários e
profissionais liberais com poder aquisitivo elevado e ter alto consumo de passeios.
A média estação ocupa períodos próximos ao da alta estação, 142 dias por ano, atingindo
uma capacidade empresarial instalada de 35%. Seu perfil de público consiste em jovens
casais, melhor idade, estrangeiros com poder aquisitivo médio e baixo consumo. O público
visitante nos feriados, 16 dias por ano, é semelhante, mas o período de ocupação aumenta
para 60%.
Já durante a baixa estação, 166 dias por ano, o público muda seu perfil principalmente para
mochileiros estrangeiros e pessoas da melhor idade, com poder aquisitivo médio e baixo
consumo.
17
É importante salientar que Bonito possui instalada uma capacidade de carga de seus
atrativos, o que impede uma significativa expansão do fluxo turístico no período de alta
estação. O desafio hoje é conseguir distribuir essa demanda nos períodos de média e baixa
estação.
Como estratégia para amenizar os efeitos da sazonalidade, foi construído o Centro de
Convenções de Bonito, além de contar com o Bonito Conventions & Visitors Bureau.
O principal objetivo é criar condições para a captação de eventos principalmente nos
períodos de baixa estação, buscando aumentar o tempo de permanência do visitante,
gerando fluxo tanto para os equipamentos de apoio turístico, como para os atrativos.
3.2 Ecoturismo e Turismo de Aventura em Bonito - MS
Entende-se como Ecoturismo: “Segmento da atividade turística que utiliza, de forma
sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação
de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o
bem-estar das populações”. Já como Turismo de Aventura: “Compreende os movimentos
turísticos decorrentes da prática de atividades de aventura de caráter não competitivo”.
Ambos os conceitos são tidos como marcos conceituais da segmentação do turismo pelo
Ministério do Turismo.
O município de Bonito/MS apresenta hoje uma das melhores infra-estruturas de atrativos,
equipamentos e serviços em operação regular para a prática do Ecoturismo e do Turismo de
Aventura no Brasil, o que o transforma em referência nacional. Inclusive, o destino foi
considerado um dos pólos priorizados pelo Ministério do Turismo para atuação do Programa
de Qualificação e Certificação do Turismo de Aventura, cujas ações que se iniciaram no
segundo semestre de 2006, contemplam principalmente fortalecimento empresarial e
associativo, qualificação de empresas e condutores e a busca pela excelência em segurança
e gerenciamento de riscos.
Tendo a atividade turística como agenda de desenvolvimento local desde a década de 90, o
município tem buscado o profissionalismo e a qualidade nos serviços prestados. O “boom”
pela busca do Ecoturismo e Turismo de Aventura no mundo fez com que vários outros
destinos se despontassem na preferência dos consumidores, fazendo com que Bonito
buscasse seu aprimoramento para se tornar referência nestes segmentos.
O trabalho em conjunto, buscando a qualidade de seus produtos e a preocupação com sua
sustentabilidade faz de Bonito um dos principais destinos de missões técnicas de turismo no
Brasil.
A escolha do município de Bonito/MS como destino de boas práticas justifica-se a partir do
conjunto de informações apresentadas, destacando a preocupação com a sustentabilidade
da atividade, tanto ambiental através do estabelecimento e respeito da capacidade de carga
dos atrativos, como social através da inclusão da mão de obra local nos produtos, passando
18
pela sustentabilidade econômica através do voucher único, garantindo a remuneração dos
vários atores da cadeia produtiva (agência, guia, atrativo e poder público).
3.3 Atividades do destino
O destino Bonito/MS oferece uma série de opções de atividades de Ecoturismo e Turismo de Aventura. Segundo dados da Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio, o passeio mais visitado é o Monumento Natural Gruta do Lago Azul, seguido do passeio de Bote do Rio Formoso. Segue abaixo a tabela:
Passeios Mais Visitados
Passeios 2005 %
M.N. Gruta do Lago Azul 45.165 20
Bote no Rio Formoso 30.908 14
Rio Sucuri 19.545 9
Aquário Natural 23.434 10
Total 119.052 53
Fonte: Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio
Seguem abaixo descrições dos passeios comercializados no município. Optou-se por manter a descrição do site Portal de Bonito e Site do Comtur do site pela qualidade do detalhamento. Além disso, o Portal é uma das ferramentas de comercialização do destino.
Balneários
Balneário do Gordo – Localizado às margens do Rio Formoso. Oferece a tranqüilidade e a
harmonia que apenas a natureza pode permitir, com seus sons e cores. O balneário possui
estrutura de sanitários, bar e churrasqueiras individuais, além de quadras de vôlei e futebol
de areia. Vale dizer que também possui estrutura para camping. Observação: Não é
necessário acompanhamento de guia de turismo local.
Distância: 18km
Balneário do Sol – Localizado às margens do Rio Formoso, oferece a possibilidade de
nadar nas piscinas ou no próprio rio, entre as piraputangas, curimbas e dourados, com
lindas cachoeiras fazendo parte do cenário. Possui carretilhas, trampolim, lanchonete,
restaurante, quiosques para churrasco, redário, quadras de vôlei e futebol de areia.
Observação: Não é necessário acompanhamento de guia de turismo local.
19
Distância: 10 Km
Balneário Municipal – As águas cristalinas do Rio Formoso permitem uma visão ímpar de
peixes de cores e tamanhos variados. Administrado pela Prefeitura Municipal de Bonito/MS,
o Balneário oferece quadras de vôlei e futebol de areia, bares, lanchonetes e restaurantes,
além de churrasqueiras para quem quiser fazer sua própria refeição. Observação: Não é
necessário acompanhamento de guia de turismo local.
Distância: 07 Km
Fazenda Lomba – Balneário Tarumã – É um complexo ecológico com acesso seguro,
estacionamento, restaurante, lanchonete e vestiários. Uma linda piscina natural, além de
trilha ilustrativa que leva a uma belíssima cachoeira.
Distância: 8 km
Praia da Figueira - Uma antiga área de extração de calcário deu origem a uma lagoa de
água corrente e uma extensa praia com coqueiros e areia branca. O lugar perfeito para você
descansar e se divertir nadando, mergulhando e saboreando deliciosos aperitivos, servidos
nos quiosques na praia ou dentro d´água. Uma lagoa cristalina de água corrente, com mais
de 60.000m2, para você nadar, mergulhar e praticar outras atividades aquáticas como
flutuação, scooter, cama elástica, caiaque, pedalinho, tirolesa e biribol, além, claro, do volêi
de areia e do frescobol, que não podem faltar em nenhuma praia, tudo acompanhando de
muito sol e calor. Aos mergulhadores de plantão um aviso: a descontração se transforma
em aventura quando surgem entre os cardumes de peixes coloridos, os restos dos
naufrágios reais de um barco e de um avião.
Distância: 14 Km
Ilha do Padre - Na Ilha do Padre além de desfrutar de todas as maravilhas que a natureza
oferece, você também pode usufruir da quadra de vôlei, futebol, trilhas, cachoeiras, decks
(acesso à cadeirantes), piscina natural, lanchonete (almoço, lanches e porções, bar,
churrasqueiras, banheiros, banheiros para cadeirantes e guarda vidas.
Distância: 12km.
Cachoeiras
Boca da Onça Ecotur – O passeio é composto de uma caminhada por trilha pela mata
preservada, passando por cachoeiras cristalinas, pelo cênico Rio Salobra, por pontos de
banhos em piscinas naturais e pela mais alta cachoeira do Estado: a Cachoeira Boca da
Onça, com 156 metros de altura, uma das mais espetaculares do Brasil. Para os praticantes
e apreciadores radicais o rapel de 90 metros de altura é pura aventura Uma plataforma de
34 metros de comprimento projeta-se no abismo proporcionando uma descida repleta de
adrenalina pelo paredão com inúmeras grutas e um magnífico visual sobre o crânio do Rio
Salobra. O receptivo oferece duas piscinas de água corrente com peixes típicos da região
que nadam junto com o visitante, relaxante hidromassagem e ducha natural.
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Distância: 55 Km
Cachoeiras do Aquidaban – Num total de onze cachoeiras , com cinco , oito, dez e a
última com cento e vinte metros de altura, sendo esta uma das mais altas quedas da
região, de onde se tem uma visão panorâmica da Serra e da planície pré-pantaneira,
Também se avista uma imensa área de cerrados e matas totalmente preservadas que
pertencem à Reserva Indígena Kadiweus (os índios cavaleiros) .O passeio tem um percurso
de 1.800 metros de trilha ao longo do Rio Aquidaban , onde o turista pode além do contato
com a natureza relaxar nas cristalinas águas das piscinas naturais.
Distância: 48 Km
Cachoeiras do Rio do Peixe – Localizado na Fazenda Água Viva, ali se constitui um dos
mais belos e paradisíacos cenários naturais da região. Rios de águas límpidas, cachoeiras
ornamentais, inúmeras piscinas naturais, uma fauna atraente com macacos, araras,
tucanos, entre outros. Neste paraíso você pode curtir e relaxar nas duchas das cachoeiras,
aventurar-se entre os cardumes de peixes das piscinas naturais e depois saborear um
delicioso almoço sul-mato-grossense , preparado pela proprietária da Fazenda. Para finalizar
este gostoso dia, no final da tarde é servido um tradicional lanche, acompanhado dos
“causos” contados pelo proprietário da Fazenda.
Distância 35 Km
Estância Mimosa Ecoturismo - Aventura por trilha interpretativa na exuberante mata
ciliar do Rio Mimoso, onde você se encantará com as árvores centenárias, além de
samambaias, orquídeas, bromélias e diversos animais silvestres. Várias cachoeiras com
águas cristalinas, plataforma de salto, pequenas grutas, passarelas suspensas, mirantes e
piscinas naturais para se refrescar. Depois de muita diversão , nada melhor que retornar à
sede da fazenda, onde um delicioso almoço, com pratos e doces regionais servidos no fogão
a lenha, estarão lhe aguardando. Há também a possibilidade de encerrar o dia com uma
agradável cavalgada.
Distância: 24 km
Fazenda Ceita Corê – Na língua tupi-guarani “Terra de meus filhos”. Trilhas, cachoeiras e
nascentes. Passe um dia agradável num ambiente rural desfrutando destas maravilhas:
trilhas pela mata ciliar com belíssimas cachoeiras, piscinas naturais, pequenas grutas,
carretilha, passeio a cavalo e almoço típico da fazenda , uma das sedes mais bonitas e
tradicionais da região. Um passeio repleto de encantamento e diversão para o dia inteiro.
Distância: 36 Km
Parque das Cachoeiras - Trilha pela mata ciliar do Rio Mimoso, onde se observa a fauna e
flora local. Visitação a seis belíssimas cachoeiras formadas por tufas calcárias e pequenas
cavernas, piscinas naturais e carretilha. Almoço com comida típica.
Distância: 17 km.
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Circuito Rural
Fazenda Segredo - Para o visitante que deseja passar um dia inesquecível a Fazenda
Segredo oferece: descida de bote pelo Rio Formoso num percurso de 7 Km passando por
algumas quedas d’água, lindas cachoeiras para relaxar na hidromassagem, local para
descanso a almoço típico. Opcional a cavalgada por trilhas ecológicas.
Distância: 10 km
Hotel Fazenda Cachoeira - O Hotel Fazenda Cachoeira oferece conforto e entretenimento.
Está localizado em uma bela natureza as margens do Rio Formoso. Você e sua família vão
viver momentos inesquecíveis, num gostoso clima de fazenda, desfrutando de um delicioso
cardápio regional e ainda podendo aventurar-se pelas cachoeiras em um passeio de bote ou
caiaque com total segurança, piscinas naturais, carretilhas, trilhas ecológicas.
Distância 10 Km
Parque Ecológico Rio Formoso - O parque apresenta um belo e agradável receptivo. A
caminhada segue por uma trilha na mata ciliar, margeando o Rio Formoso. Subindo o Morro
da Piúva avista-se ao longe a Serra da Bodoquena. A flora exuberante atrai pássaros e
animais silvestres. A caminhada de 2.300m termina no “Deck Paraíso” onde se inicia a
descida do Rio Formoso. O visitante mergulhará próximo a cardumes de peixes, entre algas
e troncos submersos. No retorno, o Restaurante da Lagoa oferece apetitosas refeições
acompanhadas de doces caseiros.
Distância 7 Km.
Flutuação
Parque Ecológico Baía Bonita (Aquário Natural) – O passeio tem início com uma
caminhada em uma trilha que leva até a nascente principal, de onde se inicia a flutuação
num percurso de 900m nas águas cristalinas da nascente do rio Baía Bonita, observando o
balé colorido das piraputangas. Ao longo do rio Baía Bonita, o visitante pode flutuar e
observar as belezas cênicas, onde vivem aproximadamente 30 espécies de peixes. Existe a
alternativa para observar o leito do rio a partir do fundo de vidro do barco de apoio. Ao fim
da flutuação, pode-se nadar e brincar em uma cama elástica flutuante e deslizar suspenso
sobre a água por um sistema de cabos e carretilha. Na volta, o receptivo oferece uma
hidromassagem quente e relaxante para recuperar as energias e relaxar ainda mais o
visitante, para após o almoço realizar a trilha dos animais, onde é possível observar animais
da região, alguns ameaçados de extinção, como o lobo-guará, o jacaré-do-papo-amarelo e
o cervo-do-pantanal. Além destas espécies, há outros recintos com emas, antas e
serpentes. Os animais fazem parte do programa que visa a preservação de espécies em
extinção. O passeio termina com a visita ao Museu de História Natural da Baía Bonita.
Distância: 7km
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Barra do Sucuri –Uma emoção verdadeira e impressionante que só pode ser sentida
quando estamos ali, diante de um aquário natural, sendo recebido por uma centena de
peixes, em um rio de águas transparentes e muito calmas. É um paraíso a 17Km do centro
da cidade de Bonito-MS.
Bonito Aventura – O passeio começa com uma trilha interpretativa de 1.800m, onde o
visitante pode observar uma grande variedade de palmeiras, bromélias, árvores nativas,
pássaros de todas as cores e tamanhos e até animais como cotias, macacos pregos e tatus.
Após a caminhada, inicia-se o mergulho livre de 2.200 m pelas águas cristalinas cheias de
troncos submersos, tufas calcárias e espeleotemas que formam o maravilhoso mundo
submerso do Rio Formoso. As corredeiras, sem duvida, são os auges deste passeio. É um
passeio de flutuação diferente, onde o visitante sentirá toda a liberdade do Rio como se
fosse um peixe
Distância: 6 Km
Recanto Ecológico Rio da Prata - O mergulho começa na nascente do Rio Olho D’água,
onde se chega através de caminhada em trilha interpretativa pela mata ciliar , observando-
se aves e outros animais silvestres. Ao mesmo tempo, sem precisar sair da trilha, é possível
ver diversos peixes nadando no rio logo abaixo, tamanha a transparência das águas. Ao
final da trilha inicia-se a flutuação, onde os visitantes flutuam tranqüilamente dentro de um
imenso aquário de águas cristalinas, extremamente ricas em vida animal e vegetal.
Dourados, pacus, piraputangas e curimbas desfilam por todo o percurso. Após o passeio, é
servido na sede da Fazenda um delicioso almoço típico sul-matogrossense (opcional). Para
encerrar o dia, existe também a opção de se fazer um passeio a cavalo pela Fazenda ou
simplesmente caminhar nos arredores para observar os jacarés e araras que sempre ficam
por perto.
Distância 54 Km.
Rio Sucuri – O passeio começa com uma agradável e leve caminhada pela mata ciliar, em
uma trilha que permite observar diversos animais e árvores. Este percurso inclui uma visita
à nascente do Rio Sucuri, onde você se encantará com a surpreendente visão a partir do
mirante, elevado sobre as águas cristalinas. No final desta trilha, entra-se no barco a remo
para logo após iniciar a parte aquática do passeio: uma descida de 45 minutos flutuando
calmamente ao sabor da leve correnteza, observando cardumes de diversas espécies de
peixes e plantas aquáticas. A visibilidade é de dezenas de metros, graças à composição
calcária das rochas onde nasce o rio. Quem não quiser fazer o percurso mergulhando pode
seguir no barco, que estará à disposição durante toda a descida, fornecendo conforto e
segurança. O Rio Sucuri além da flutuação oferece aos seus visitantes:
Bike Tour: Você vai passear pelas trilhas da fazenda observando diversos tipos de pássaros
e plantas. Um passeio de contemplação e aventura.
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Cavalgada: Um passeio para sentir o clima da fazenda, respirar o ar puro e se deixar levar
pelo balanço do cavalo, que lhe vai conduzir pelas trilhas para uma apreciação da fauna e
da flora. No meio do caminho, está programada uma parada para descanso e um
refrescante banho em piscinas naturais nas cristalinas águas do Rio Formoso.
Quadriciclo: Percurso em trilhas rústicas e pista livre. Após mais ou menos 3:00 h de
duração , temos pausa para banho em corredeiras e uma estrutura de apoio no final do
passeio.
Distância: 18 Km
Grutas
Gruta do Lago Azul – Considerada como Monumento Natural, a Unidade de Conservação
das Grutas do Lago Azul e Nossa Senhora Aparecida permite visitação à primeira delas – a
mundialmente conhecida Gruta do Lago Azul. Após percorrer uma breve trilha na mata se
chega a impressionante entrada da caverna e, então se inicia o passeio dentro dela,
descendo até poucos metros do lago. Serão vistos impressionantes espeleotemas durante
todo o percurso que levará até um belíssimo espelho d’água, com mais de 80m de
profundidade. Importante dizer que é obrigatório o uso de tênis e as visitas ocorrem entre
as 07:00h e as 14:00h, aproveitando a luminosidade natural.
Distância: 20km.
Grutas de São Miguel - Belíssimo receptivo com bar estruturado e um mirante que
possibilita o visitante ter uma visão geral da região. O acesso às grutas é feito parte por
uma trilha suspensa, com 180m, que permite caminhar por entre as copas das árvores do
cerrado, levando o visitante até a gruta principal, onde existe uma rica variedade de
espeleotemas e outras formações calcárias. Ao logo do passeio, o visitante conhecerá
estalactites, estalagmites, travertinos, coralóides e pérolas, além da possibilidade de ver a
coruja Suindara (Tyto Alba). O retorno ao receptivo é feito com carrinhos elétricos.
Distância: 16km
Roteiros de Aventura
Abismo Anhumas – O rapel de 72 metros por uma fenda na rocha leva a uma caverna
com magníficas formações e um lago de águas cristalinas, onde a flutuação revela a beleza
subaquática do lugar. Para o rapel existe um treinamento obrigatório antes da descida, e
para o mergulho autônomo é necessário credencial.
Distância: 22 km.
Quadriciclo – O passeio é feito em quadriciclos de 100 cilindradas, que possuem
acelerador e freio, com modelos que possuem marchas e outros automáticos. O passeio
conta com o acompanhamento de instrutor experiente e antes de começar é feito um
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treinamento. A trilha é realizada em torno de uma fazenda, passando por trajetos íngremes,
com pedras e buracos, no meio da mata, totalizando 7 km. Duração: 1 h e 30 minutos.
Passeio de Bote – O passeio é feito nas águas do rio formoso, em botes de borracha com
capacidade para 10 pessoas, no máximo, em um percurso de 6km, ultrapassando três
cachoeiras e duas corredeiras. Pode-se avistar diversas aves e mamíferos nas margens do
Rio. O final do passeio, o conhecido desembarque, é feito na Ilha do Padre. O passeio todo
tem duração de aproximadamente 3 horas.
Distância: 12 km
Bóia Cross – Após uma pequena caminhada pela mata ciliar, se inicia uma emocionante
aventura nas corredeiras do Rio Formosinho em bóias individuais. A água cristalina permite
que se observe os peixes e o leito do rio com a mesma facilidade com que se vê a fauna e a
flora da mata ciliar.
Distância: 7 km.
Buraco das Araras – Trilha ao redor de uma dolina com 124 metros de profundidade e
500 metros de diâmetro, que possibilita uma visão panorâmica de seu interior, onde as
araras-vermelhas e outras aves retornam sempre ao final do dia. . Em seu fundo se
encontra um grande lago e alguns répteis. Sua fauna e flora são bem particulares. Para se
chegar até lá embaixo, somente usando a técnica de rapel, mas esta atividade não é
praticada no local.
Distância: 58 km
Mergulho Autônomo
Discovery Dive (batismo) - Excelente para quem não tem treinamento e quer
experimentar a sensação de mergulhar com equipamento “scuba”. Sempre acompanhado
pelo Instrutor, é possível mergulhar por aproximadamente 30 minutos após ter recebido
toda a orientação de segurança. Este mergulho pode ser feito no Rio Formoso, em meio a
milhões de bolhas das cachoeiras ou no Rio da Prata com muitos peixes. O mergulho agrada
inclusive os mais experientes, pelo visual completamente diferente do mar e também pela
transparência da água.
Distância 7 Km.
Abismo Anhumas - Localizado a 23 Km de Bonito, o Abismo, como o próprio nome sugere,
é uma caverna onde o único acesso se faz através do Rapel ( técnica usada para descida em
cordas). O lago situado no interior da caverna está 72m abaixo, sendo esta a altura a ser
vencida no Rapel. Em suas águas cristalinas é possível mergulhar até aproximadamente
20m de profundidade em meio a um cenário fantástico de formações calcárias. Como todo o
mergulho é feito em águas abertas, a certificação de curso básico é suficiente.
Distância: 23 km.
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Visitação a fauna do cerrado
Projeto Jibóia - Visitação turística e educação ambiental com a comunidade local. Trabalho
de desmistificação das serpentes. Venha conhecer um pouco sobre estes animais, seu
comportamento e suas características.
26
4. Turismo no Brasil
A atividade turística vem ganhando destaque na economia mundial. Isso porque se trata de
uma atividade com grande potencial de geração de ocupação e renda sem que para isso
necessite de grandes volumes de investimentos, como outros setores estratégicos da
economia, tais como a indústria. Segundo a OMT (Organização Mundial do Turismo), o
turismo é responsável pela geração de 6 a 8% do total de empregos no mundo. Além
disso, sua taxa de crescimento nos últimos anos (de 1995 a 2000) foi de 4,4%, superando a
taxa de crescimento econômico mundial, que foi de 3,5%, no mesmo período.
No Brasil, o crescimento de empregos formais gerados no turismo de 2003 a 2005 foi de
16%. Considerando que a maioria dos empregos gerados são informais e conforme estudos
que indicam a relação de 3 empregos informais para cada emprego formal gerado, temos
um total de 788.742 postos de trabalho gerados neste período.
Constata-se hoje uma tendência de descentralização dos fluxos de chegadas internacionais
dos grandes centros receptores (ex. Estados Unidos, Canadá e países da Europa) para
centros emergentes como o Brasil. Essa tendência pode ser percebida no índice de
crescimento do turismo internacional no Brasil. Somente entre 2004 e 2005, as chegadas
de turistas internacionais no país cresceram 12,5%, enquanto a média mundial foi de 5,5%.
Esse índice influencia diretamente no crescimento do PIB brasileiro, pois as chegadas de
turistas estrangeiros e seus gastos no Brasil são considerados entrada de divisas na
economia brasileira, ou seja, exportações.
Com a busca de destinos emergentes, surgem os novos destinos e com eles, o aumento da
concorrência. Isso provoca nas empresas uma adaptação visando atender às exigências de
qualidade do mercado internacional, aumentando a qualidade do produto brasileiro e
buscando a consolidação do turismo como atividade econômica.
Refletindo esse reconhecimento da importância do turismo para o incremento econômico e
distribuição e ampliação de participação no mercado, é que a atividade foi considerada pelo
governo brasileiro um dos dez setores prioritários para investimento visando impulsionar o
desenvolvimento econômico do País. Assim, hoje crescimento setorial do turismo tem taxas
superiores ao crescimento geral da economia.
Através dessa priorização na definição de políticas, foi criado o Programa de Regionalização
do Turismo no Brasil, através do qual foram identificados 87 roteiros prioritários em todo o
Brasil, para serem trabalhados e comecializados. O Programa propõe uma gestão integrada
e descentralizada desses roteiros, unindo esforços do governo, da iniciativa privada
organizada e do terceiro setor, uscando principalmente a diversificação da oferta brasileira
de destinos, além de enfatizar a necessidade de gestão responsável e equilibrada dos
aspectos socioculturais, ambientais e econômicos.
27
4.1 Ecoturismo no Brasil
No Brasil, no âmbito governamental, o ecoturismo é discutido desde 1985, quando a
Embratur iniciou o projeto "Turismo Ecológico". A primeira iniciativa de ordenar a atividade
ocorreu em 1987 com a criação da Comissão Técnica Nacional, constituída por técnicos do
Ibama e da Embratur, para monitorar o Projeto de Turismo Ecológico,
em resposta às práticas existentes à época - pouco organizadas e nada sustentáveis.
Em agosto de 1994, um grupo de trabalho interministerial do Ministério do Meio Ambiente e
do Ministério da Indústria, Comércio e Turismo, por meio da Embratur, reuniu-se em Goiás
Velho, Estado de Goiás, para elaborar as "Diretrizes para uma Política Nacional de
Ecoturismo".
No evento, estabeleceu-se o marco legal do ecoturismo no Brasil, definindo:
"Ecoturismo é um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o
patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma
consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar
das populações envolvidas".
Dentre diversas interpretações e definições para Ecoturismo, a conceituação estabelecida é
referência no país. Para o melhor entendimento, são esclarecidos os termos e expressões
que a constituem:
Segmento da atividade turística
A segmentação do turismo, embora possa ocorrer por diversos elementos e fatores, neste
caso é definida a partir das características da oferta, em função da motivação do turista, e
em relação à atitude do prestador de serviços, da comunidade receptora e do turista, sob os
seguintes aspectos:
Utilização sustentável do patrimônio natural1 e cultural2
A prática do Ecoturismo pressupõe a utilização sustentável dos destinos turísticos. O
conceito de sustentabilidade, embora de difícil definição, refere-se ao
“desenvolvimento capaz de atender às necessidades da geração atual sem
1 Patrimônio natural são formações físicas, biológicas ou geológicas consideradas excepcionais, habitats animais e vegetais ameaçados, e áreas que tenham valor científico, de conservação ou estético (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - Unesco). 2 “Constituem Patrimônio Cultural Brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados as manifestações artísticos culturais; conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.” (Constituição Federal de 1988).
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comprometer os recursos para a satisfação das gerações futuras”3. Em uma
abordagem mais ampla, visa promover a harmonia entre os seres humanos, e entre
a humanidade e a natureza. Utilizar o patrimônio natural e cultural de forma
sustentável representa a promoção de um turismo “ecologicamente suportável em
longo prazo, economicamente viável, assim como ética e socialmente eqüitativo para
as comunidades locais. Exige integração ao meio ambiente natural, cultural e
humano, respeitando a fragilidade que caracteriza muitas destinações turísticas”4.
Incentivo à conservação do patrimônio natural e cultural e busca de uma
consciência ambientalista pela interpretação do ambiente
Esse tipo de turismo pressupõe atividades que promovam a reflexão e a integração homem e ambiente, em uma inter-relação vivencial com o ecossistema, com os costumes e a história local. Deve ser planejado e orientado visando o envolvimento do turista nas questões relacionadas à conservação dos recursos que se constituem patrimônio.
Promoção do bem-estar das populações
A distribuição dos benefícios resultantes das atividades ecoturísticas deve contemplar, principalmente, as comunidades receptivas, de modo a torná-las protagonistas do processo de desenvolvimento da região.
4.2 Turismo de Aventura no Brasil
Inicialmente, do ponto de vista de políticas públicas todas as atividades praticadas na
natureza eram consideradas atividades de Ecoturismo. Até que em 2001, na Oficina para
Elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento do Turismo de Aventura, em Caeté-MG,
foi elaborado o primeiro conceito do que seria o Turismo de Aventura. Em 2005 o Ministério
do Turismo optou por adotar um novo conceito, “atividades turísticas decorrentes da prática
de atividades de aventura de caráter não competitivo”. Essa delimitação fez-se necessária a
fim de embasar o direcionamento de políticas públicas e questões de mercado.
Além disso, a mudança de comportamento do turista, que hoje busca novas experiências e
sensações, aliadas ao contato com a natureza, fez crescer significativamente a oferta de
atividades de aventura, principalmente na natureza. Mas apesar do rápido crescimento, a
profissionalização e a preocupação com a qualidade e segurança nas atividades oferecidas
não acompanhou o mesmo ritmo de crescimento do mercado.
3 Conceito de Desenvolvimento Sustentável - World Commission on Environment and Development, 1987. 4 Conceito de Turismo Sustentável da Organização Mundial do Turismo - OMT, 1995.
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O setor é pouco capitalizado, caracterizado por micro e pequenas empresas e o nível de
capacitação gerencial dos empresários é bastante irregular, pois a grande maioria
empreendeu seus negócios baseados na “paixão” pela atividades na natureza ou pela
prática esportiva das atividades. Além disso, o crescimento no número de acidentes trouxe
à tona a preocupação segurança na operação.
Diante dessa realidade e de todo o potencial do país para a prática do segmento, o
Ministério do Turismo considerou o Turismo de Aventura como prioridade para o
desenvolvimento do Turismo no país já este segmento foi um dos prioritários identificados
nos Plano Aquarela elaborado pela Embratur sobre os desejos e demandas dos turistas pelo
nosso país e pelo Plano Cores elaborado pelo Ministério do Turismo com objetivo de
conhecer a oferta de produtos turísticos no país.
O principal objetivo é tornar o país um dos principais destinos de Turismo de Aventura no
mundo e aumentar o fluxo de demanda internacional do país.
Iniciado em dezembro de 2003, o Programa Aventura Segura – Normalização, Qualificação
e Certificação em Turismo de Aventura é uma iniciativa do Ministério do Turismo - MTur, em
parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae, o
Instituto de Hospitalidade - IH, a Associação Brasileira das Empresas de Turismo de
Aventura -ABETA, o Inmetro e a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
O objetivo do programa é apoiar e incentivar a adoção de práticas seguras no Turismo de
Aventura, por meio do desenvolvimento de um conjunto de normas técnicas para o setor, a
realização de assistência técnica e qualificação profissional e empresarial e oferecer subsídio
às iniciativas de certificação, bem como constituir associações locais de turismo de aventura
e mobilizar Grupos Voluntários de Busca e Salvamento.
Está prevista a publicação de 19 normas para o setor. Até o momento, já foram publicadas 6
Normas Brasileiras (NBR), 6 projetos de normas estão em processo de Consulta Nacional
ou em análise de votos e 7 projetos de normas estão em desenvolvimento.
Conheça as Comissões de Estudo criadas e suas respectivas normas técnicas em
desenvolvimento:
• CE 54:003.01 – Turismo de aventura – Condutores – Competências de pessoal
NBR 15285 – Turismo de aventura - Condutores – Competências de pessoal Publicada pela ABNT em 31/10/2005
• CE 54:003.02 – Turismo de aventura – Sistema de gestão da segurança NBR 15331 – Turismo de aventura - Sistemas de gestão da segurança –
Requisitos
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Publicada pela ABNT em 30/12/2005
Turismo de aventura - Norma de sistemas de gestão da segurança – Diretrizes Em desenvolvimento
NBR 15334 – Turismo de aventura - Norma de sistemas de gestão da segurança – Requisitos de competências para auditores
Publicada pela ABNT em 30/04/2006
• CE 54:003.03 – Turismo de aventura – Informações mínimas preliminares a clientes
NBR 15286 – Turismo de aventura - Informações mínimas preliminares a clientes Publicada pela ABNT em 31/10/2005
• CE 54:003.04 – Terminologia – Turismo de aventura Norma de terminologia – Turismo de aventura
Em desenvolvimento
• CE 54:003.05 – Turismo de aventura – Turismo com atividades de montanhismo
Turismo de aventura - Norma de condutores de montanhismo e de escalada - Competências de pessoal
Aprovada, em processo de publicação pela ABNT
Turismo de aventura - Norma de condutores de caminhadas de longo curso - Competências de pessoal Aprovada, em processo de publicação pela ABNT
• CE 54:003.06 – Turismo de aventura – Turismo fora-de-estrada NBR 15383 – Turismo de aventura - Norma de condutores de turismo fora-de-
estrada em veículos 4x4 ou bugues - Competências de pessoal Publicada pela ABNT em 24/07/2006
Turismo de aventura - Norma de especificação de produto – Turismo fora-de-estrada em veículos 4x4 ou bugues – Requisitos para serviços Projeto de Norma a ser enviado para Consulta Nacional (previsão: Julho e
Agosto/2006)
• CE 54:003.07 – Turismo de aventura – Turismo com atividades de rafting NBR 15370 – Turismo de aventura - Norma de condutores de rafting -
Competências de pessoal Publicada pela ABNT em 31/05/2006
• CE 54:003.08 – Turismo de aventura – Espeleoturismo e turismo com atividades de canionismo
Turismo de aventura - Norma de condutores de espeleoturismo Em processo de Análise de Votos após Consulta Nacional (que ocorreu entre
Fevereiro e Março/2006)
Turismo de aventura - Norma de condutores de canionismo e cachoeirismo Em processo de Análise de Votos após Consulta Nacional
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Turismo de aventura - Norma de especificação de produto – Espeleoturismo – Requisitos para serviços Projeto de Norma a ser enviado para Consulta Nacional (previsão: Setembro e
Outubro/2006)
• CE 54:003.09 – Turismo de aventura – Turismo com atividades com uso de técnicas verticais
Turismo de aventura - Norma de especificação de produto para técnicas verticais Em desenvolvimento
Turismo de aventura - Norma de procedimentos – Técnicas verticais em cânions, cavernas, montanhas, ambientes artificiais e arvorismo
Em desenvolvimento
• CE 54:003.10 – Turismo de aventura – Cicloturismo, turismo com atividades de caminhada e cavalgada
Turismo de aventura - Norma de especificação de produto – Cicloturismo, turismo com atividades de caminhada e turismo eqüestre – Requisitos para serviços Caminhada – Produto – Em consulta Nacional até 24/Outubro/2006
Turismo de aventura - Norma de classificação de percursos – Cicloturismo, turismo com atividades de caminhada e turismo eqüestre
Em desenvolvimento
• CE 54:003.11 – Turismo de aventura – Turismo com atividades de arvorismo Turismo de aventura - Norma de especificação – Parques de arvorismo –
Requisitos mínimos para dispositivos construtivos, manutenção e operação Em desenvolvimento
A normalização é uma maneira de definir padrões para as atividades econômicas, visando
desenvolvimento e competitividade. Não são leis, e sim orientações que garantem ao
Turismo de Aventura um desempenho com qualidade, criando referências para a operação
segura e responsável da atividade.
As normas técnicas são desenvolvidas no âmbito do Comitê Brasileiro de Turismo da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT/CB54. Esse fórum nacional de
normalização conta com ampla participação de todas as partes interessadas, incluindo
empresas, organizações, profissionais, consumidores, institutos de pesquisa e
universidades, além do próprio Governo Federal.
Como se chegou ao conjunto de normas
32
O programa iniciou com a realização de um diagnóstico nacional e internacional do
segmento do Turismo de Aventura, que traçou o panorama dos aspectos críticos da
operação responsável e segura das atividades.
Os diagnósticos, a coletânea de documentos técnicos das atividades de turismo de aventura
e os relatórios elaborados pela equipe técnica do Projeto foram consolidados e discutidos
em oficinas de trabalho, para definição do conjunto das primeiras 19 normas a serem
desenvolvidas. Os relatórios encontram-se disponíveis para consulta no site
www.turismo.gov.br.
As oficinas contaram com a participação de representantes das diversas áreas: empresários
do setor, MTur, Sebrae, IH, ABETA, ABNT, Inmetro, Associação Férias Vivas, além de
associações esportivas, universidades, profissionais e outras organizações não
governamentais.
Foram criadas 11 Comissões de Estudo (CE) para o Turismo de Aventura, que já realizaram
100 reuniões em 11 estados brasileiros, com a participação de mais de 900 pessoas. As
reuniões são abertas a todos os interessados no tema. Após a obtenção de consenso na CE,
o projeto de norma é submetido à consulta nacional. Após aprovação, a norma técnica é
publicada pela ABNT. Para mais informações sobre as Comissões de Estudo, consulte:
www.abnt.org.br/cb54.
Depois de publicadas pela ABNT, as normas brasileiras para o Turismo de Aventura passam
a servir como referência para a certificação de pessoas e organizações e também no
desenvolvimento de programas de qualificação.
As normas ainda contribuem na orientação de profissionais e empresas interessados na
implantação de procedimentos voltados à melhoria da segurança das atividades ofertadas.
Qualificação, certificação e GVBS – O avanço do programa
Visando concentrar esforços e maximizar resultados, o MTur, em parceria com o Sebrae e a
ABETA , definiram os quinze primeiros destinos turísticos a serem apoiados pelo programa,
com base para o Programa de Regionalização – Roteiros do Brasil. Para seleção dos
destinos, também foram adotados critérios como o potencial para comercialização
internacional, o número de atividades ofertadas, a concentração de empresas, a capacidade
de mobilização e articulação, dentre outros. O programa contempla ações de assistência
técnica, qualificação, certificação e apoio à organização de Grupos Voluntários de Busca e
Salvamento de Turismo de Aventura - GVBS.
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Qualificação nos roteiros
O programa oferece assistência técnica e qualificação para profissionais e instituições, e
inclui temáticas como gestão de segurança e competências mínimas para condutores, além
de informações dirigidas aos usuários finais. As atividades são desenvolvidas em cursos
presenciais e à distância. O programa prevê ainda subsídio às iniciativas de certificação para
condutores e empresas.
Quarenta e oito dentre os oitenta e sete Roteiros do Brasil com potencial internacional,
pactuados nas três esferas de governo, oferecem produtos de Turismo de Aventura.
Na primeira etapa, que inicia no 2º semestre de 2006, do Programa de Qualificação e
Certificação do Turismo de Aventura, os cursos de qualificação serão oferecidos
simultaneamente em 15 roteiros.
Roteiros contemplados:
• Rio de Janeiro (RJ)
• Fortaleza (CE)
• Bonito e Serra da Bodoquena (MS)
• Chapada Diamantina (BA)
• Chapada dos Veadeiros (GO)
• Florianópolis (SC)
• Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira - Petar (SP)
• Serra do Cipó (MG)
• Foz do Iguassu (PR)
• Serra Gaúcha (RS)
• Lençóis Maranhenses (MA)
• Brotas (SP)
• Manaus (AM)
• Serra dos Órgãos (RJ)
• Recife (PE)
Salvando vidas
O Ministério do Turismo identificou a necessidade de fortalecer a capacidade de resposta a
emergências relacionadas ao Turismo de Aventura. Como parte do Programa de
Qualificação e Certificação do Turismo de Aventura, o MTur desenvolveu em parceria com o
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IH, ABETA, especialistas do setor e contribuição do Sistema Nacional de Defesa Civil, o
Manual de Criação e Organização de Grupos Voluntários de Busca e Salvamento (GVBS) de
Turismo de Aventura.
O Manual GVBS é um documento de orientação a grupos de voluntários. Também contribui
para apoiar o poder público na organização e operação de equipes de busca e salvamento
para atividades de Turismo de Aventura. Além de aspectos técnicos, aborda as principais
dificuldades enfrentadas, e detalha questões ligadas à manutenção de um grupo de busca e
salvamento, como a gestão financeira. Isso inclui a obtenção de recursos, questões legais e
a sensibilização da comunidade.
O convênio firmado entre o MTur e ABETA inclui apoio técnico e jurídico e aquisição de
equipamentos para estruturação de GVBS, nos 15 roteiros definidos.
Próximos passos
• Definição do conjunto de incentivos a serem ofertados a profissionais e instituições
certificados;
• Promoção de empresas e profissionais certificados;
• Promoção de campanhas de conscientização para consumidores.
Com o Programa de Qualificação e Certificação do Turismo de Aventura todos ganham.
Ganham as empresas, com melhor nível técnico. Ganham os profissionais, com orientações
mais precisas para sua operação. E ganham os turistas, que podem praticar o turismo de
aventura com mais segurança e qualidade.
Saiba mais
Nos sites www.turismo.gov.br, www.abeta.com.br, e www.hospitalidade.org.br, estão
disponíveis informações e documentos sobre o setor:
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5. Roteiro Completo
Data Local Atividade
25/09 Campo Grande - Bonito
Bonito
- Traslado Campo Grande/Bonito
- Chegada em Bonito
- Check in Hotel
- Reunião de Pactualização
- Jantar
26/09 Bonito -Saída às 8hs
- Visita a gruta do Lago Azul
- Visita ao recanto Ecológico Rio Prata –
atividade: flutuação
- Almoço no Receptivo Rio Prata
- Visita ao Buraco das Araras – Atividade:
Observação de Aves
- Retorno ao Hotel
- Reunião de Acompanhamento da Viagem
- Jantar
27/09 Bonito Saída às 08h
- Visita ao Ybirapé – Atividade: Arvorismo
- Almoço no Aquário Natural
- Visita ao Aquário Natural – Atividade:
realização da trilha de observação dos
animais, flutuação e área de lazer com
equipamentos de recreação
- Retorno ao Hotel
- Realização de Seminário sobre Bonito.
Participantes planejados:
• Daniel de Granvile – Academia
• Martins – Guia
• Juca e Eduardo Coelho – Receptivo Local
• Marcos Dias Soares – Atrativo Turístico / ATRATUR
• Edmundo – Secretário do Meio Ambiente
• Henrique Ruas – Hotelaria
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• Representante do COMTUR
- Jantar
28/09 Bonito Saída às 08h
- Visita a Boca da Onça – Realização das
atividades: caminhada em trilha e rapel
- Almoço no Boca da Onça
- Traslado para Estância Mimosa –
Atividades: caminhada e visita as cachoeiras
- Lanche de final de tarde na Estância
Mimosa
- Reunião de Acompanhamento da Viagem
- Retorno ao Hotel
- Jantar
29/09 Bonito – Campo Grande Transfer Bonito - Campo Grande no início da
manhã.
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BONITO - RECOMENDAÇÕES / CHECK LIST
Clima
o temperatura media 17 a 38º
o dias ensolarados com possibilidade de chuvas esparsas
o umidade média 60 – 80%
Observação: O clima em Bonito é quente, o sol é forte. Prepare-se para sentir calor e o sol
forte na pele. Leve protetor solar em quantidade e no fator de proteção que você está
acostumado a usar. Não se esqueça do óculos de sol e de um garrafinha de água para
manter hidratação constante durante o dia. A noite é comum fazer um friozinho.
O modo de vestir de viagens deste tipo é bem casual, roupas leves e confortáveis em cores
claras são o melhor opção.
Vestuário
o bermudas
o bota/tênias de caminhada (“amaciada”)
o calças compridas de tecido leve (no campo/trilha, evite o uso de jeans)
o camisetas
o chapéu ou boné
o roupa de banho
o sandálias
o agasalho leve ( se possível á prova resistente a água)
o capa de Chuva
Recomendado
o câmera e filmes
o oculos de sol
o protetor solar – muito importante
o garrafa de água
o repelente de insetos
Opcionais
o binóculos
o lanterna pequena ou head-lamp
o tolha pequena, de alta absorção
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Bagagem
o levar somente 2 (dois) volumes
o mochila pequena / day-use (20/30 litros) – para usar durante o dia
o bolsa ou mochila cargueira (60 a 90 litros)
o evitar malas rígidas, dar preferência a bolsas (“moles”) de viagem ou mochilas
Saúde
o informar à coordenação caso tenha alergia a alimentos, picada de insetos,
o medicamentos, etc
o informar à coordenação caso necessite eventuais cuidados médicos
o especiais (diabetes, epilepsia, etc)
o levar seus próprios medicamentos caso faça uso regular
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6. Instituições e empresas a serem visitadas
1- Monumento Natural Gruta do Lago Azul
Unidade de Conservação do tipo Monumento Natural, trata-se de um atrativo organizado. O
passeio consiste na visita ao interior da gruta até o encontro de um espelho d’água. As
visitas são permitidas até as 14h.
Foco: Visitas guiadas, trilhas.
2- Recanto Ecológico Rio da Prata
Atrativo organizado, consiste em uma fazenda estruturada, onde através de uma trilha chega-se ao Rio para flutuação. Outras opções de atividades são cavalgada e observação de fauna local. O local possui estrutura para almoço.
Mais informações: http://www.riodaprata.com.br/
Foco: Flutuação, observação de fauna.
3- Buraco das Araras
Trilha em torno de um dolina para observação de fauna.
Mais informações: http://www.buracodasararas.com.br/
Foco: Observação de fauna
4- Ybirapé
5- Parque Ecológico Baía Bonita (Aquário Natural)
Atrativo organizado que oferece estrutura para flutuação no Rio Baía Bonita ou observação do Rio através do fundo do barco de vidro e estruturas para atividades relacionadas. Possui estrutura para observação de fauna e contempla o Museu de História Natural de Baía Bonita.
Mais informações: http://www.aquarionatural.com.br/
Foco: Flutuação, observação de fauna.
6- Boca da Onça
Atrativo organizado, possui em sua estrutura piscinas naturais, trilhas, cachoeiras, e uma plataforma de rapel.
Mais informações: http://www.bocadaonca.com.br/
Foco: Banhos de cachoeira, trilhas, rapel.
7- Estância Mimosa
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Atrativo organizado, possui trilha interpretativa, cachoeiras, grutas, passarelas suspensas, mirantes e piscinas naturais e estrutura de alimentação.
Mais informações: http://www.estanciamimosa.com.br/
Foco: Observação de fauna e flora e banhos.
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Bibliografia
UVINHA, Ricardo Ricci (Org.). Turismo de Aventura Reflexões e Tendências São Paulo
Editora Aleph 2005
MINISTÉRIO DO TURISMO. Relatório Diagnóstico: Regulamentação, Normalização e
Certificação em Turismo de Aventura 2005
__________. Turismo no Brasil 2007 – 2010 2006
FUNDAÇÃO DE ESTUDOS E PESQUISAS SÓCIO-ECONÔMICOS / UFSC. Plano Operacional de
Comercialização do Destino Bonito/MS 2006 – 2008
MINISTÉRIO DO TURISMO. Conceitos de Segmentação 2006
BRAZTOA. Caderno de Subsídios Viagem Técnica Costa Rica
Bibliografia Eletrônica
http://www.portalbonito.com.br
http://www.bonito-ms.com.br
http://www.bcvb.com.br/
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DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO BENCHMARKING
1. Lembre-se que benchmarking é um procedimento de pesquisa contínuo e
sistemático. Para criar um padrão de comparação será necessário se comportar
como um pesquisador que busca conhecimento.
2. O ponto de partida para conhecer uma situação é a observação, por isso tenha
claro o que você quer conhecer.
3. Aprender com os outros, requer humildade e respeito. Sua missão é aprender, os
pontos positivos e negativos são informações valiosas.
4. Tenha sempre em mente que: “a pressa é inimiga da perfeição”. A falta de paciência
pode levar as conclusões impróprias.
5. Lembre-se de que as informações obtidas são matérias-primas para o relatório final.
Registre tudo no momento observado, quando se deixa para depois, corre-se o risco
de omitir dados importantes.
6. Estabeleça os pontos que são essenciais, isso ajudará a manter o foco e ter mais
tranqüilidade para observar as situações menos relevantes.
7. Diante da quantidade de informações, fatos e acontecimentos, o foco na pesquisa é
fundamental, ele poderá ajudar a filtrar as informações necessárias.
8. Não esqueça dos problemas que precisam de respostas, a empolgação da visita deve
servir como motor de motivação, mas não deve desviar seu objetivo principal.
9. Conhecer o local e o público ajudará a preparar a mente e os sentidos para a
pesquisa.
10. Prepare o material de pesquisa antecipadamente, considerando os pontos relevantes
a serem observados.
11. A organização antecipada ajudará você a aproveitar melhor o tempo disponível.
12. O questionário é um instrumento muito importante para realizar o benchmarking.
Conheça bem as perguntas antes de respondê-las.
13. A seriedade da pesquisa depende da atitude de quem observa e registra os fatos,
por isso, você deve ser o primeiro a acreditar no que está realizando.
14. A autenticidade das respostas será garantida com a responsabilidade de quem
responde. Registre o que foi observado. Cuidado com as interpretações pessoais.
15. Além do questionário estruturado, conversa informal com pessoas envolvidas na
área de pesquisa pode se tornar uma fonte relevante de informações.
16. Esteja atento para observar os detalhes, ao como e ao porquê as coisas são feitas.
Aproveite todas as oportunidades!
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17. Amplie sua percepção para ler nas entrelinhas. Resgate suas experiências e
conhecimentos sobre o assunto e utilize-os para rastrear focos de informações.
18. Se você tiver dificuldade em registrar os fatos e situações resgate o objetivo
principal da visita e utilize o material de apoio.
19. Lembre-se de que o Relatório Final e a disseminação da experiência depende do
registro das observações e o preenchimento do questionário, por isso não economize
esforços.
20. Ao preencher o questionário responda com clareza e objetividade, tendo a certeza
que sua resposta representa a situação observada.