Externalidades e o Estado

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    As falhas de mercado podem ser agrupadas numacategoria geral denominada Externalidades;

    Externalidades so actividades que envolvem aimposio involuntria de custos ou benefcios, isto , tm

    efeitos positivos (externalidades positivas) ou negativos(externalidades negativas) sobre terceiros sem que estestenham oportunidade de impedir e sem que tenham aobrigao de os pagar ou o direito de ser indemnizados;

    Assim sendo, necessria a interveno do Estado

    atravs da oferta ou criao de incentivos paraactividades que constituem externalidades positivas eatravs do impedimento ou criao de incentivos noproduo de externalidades negativas.

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    Exemplos:

    Poluio ambiental, aqutica e sonora; Fumo do cigarro (junto dos fumadores passivos); Lanamento de efluentes industriais para os recursos hdricos;

    Gases e rudos emitidos pelos meios de transporte;

    Consumo de bebidas alcolicas por parte de outrosindivduos, conduzindo ao aumento de prmios de

    seguro; Produo e consumo de drogas ilcitas.

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    Exemplos:

    Investigao e Desenvolvimento (I&D), pois gera novassolues, por exemplo ao nvel tecnolgico, paraproblemas do presente e do futuro;

    Imveis antigos restaurados que transmitem beleza;

    Perfumes que possibilitam uma sensao de bem-estar sociedade;

    Adopo de uma conduo mais defensiva, diminuindoo nmero de acidentes;

    Bens pblicos Sade plano nacional de vacinao;

    Infra-estruturas virias plano rodovirio nacional;

    Educao plano tecnolgico da educao.4FDUP Economia Poltica I

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    As fbricas de alumnio emitem poluio que coloca em causa a sade pblica externalidade negativa;

    Como esta externalidade contribui para uma falha de mercado? O custo de produo de alumnio para a sociedade torna-se superior ao custo para as

    empresas produtoras; A cada unidade de alumnio produzido, o custo social abarca os custos privados dos

    fabricantes e os custos das pessoas prejudicadas pela poluio; A curva do custo social encontra-se

    acima da curva do oferta, porque atende

    aos custos externos impostos sociedade

    pelos fabricantes do metal. A diferena

    entre as curvas traduz o custo da poluioemitida;

    Como a curva do custo social encontra-seacima da curva da oferta, a quantidade

    social ptima (Qptima), tambm se altera

    (como se verifica no grfico), alcanando

    assim um determinado nvel de produo, no qual o valor do alumnio para osconsumidores (curva da procura) maior que o custo social da sua fabricao (curvado custo social).

    Soluo: tributar os produtores de alumnio internalizao de uma externalidade.

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    A produo de robs revela-se favorvel para quem no est envolvido no mercado externalidade positiva;

    Como esta externalidade contribui para uma falha de mercado? A robtica encontra-se num processo de progressiva transformao, que contribui

    positivamente, no s para a empresa produtora, como tambm para a sociedade em

    geral. A este tipo de ex

    ternalidade positiva, atribui-se a designao de transbordamentotecnolgico (ver valor de transbordamento tecnolgico no grfico apresentado); O custo social de produo inferior ao custo privado (do consumidor); Assim, o custo social de produzir o rob obtm-se

    pela diferena entre o custo privado e o valor do

    transbordamento tecnolgico; Soluo: conceder subsdios aos produtores de

    robs, sendo o Governo a pagar s empresas por

    cada rob produzido e, assim, a curva da oferta

    desloca-se para baixo no equivalente ao valordo subsdio. Esta deslocao conduzir ao

    aumento da quantidade de equilbrio (Qmercado)

    de robs, como se encontra expresso no grfico

    internalizao de uma externalidade.

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    Existem tambm externalidades associadas ao consumo;

    O consumo de lcool gera externalidades negativas, se osconsumidores, por exemplo, conduzirem sob a sua influncia

    e colocarem a vida dos outros automobilistas em risco; No grfico apresentado, verificamos que o valor social

    inferior ao valor privado e a

    quantidade social ptima menor

    do que a quantidade determinada

    pelo mercado privado; Soluo: Aplicar imposto sobre as

    bebidas alcolicas internalizao

    de uma externalidade.

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    A educao gera externalidades positivas, pois umapopulao mais qualificada propicia um maiordesenvolvimento do pas;

    Neste caso, o grfico demonstra que o valor social maiorque o valor privado e a quantidade social ptima maiorque aquela determinada pelo mercado privado;

    Soluo: financiamento de bolsas

    de estudo pelo Estado

    internalizao de uma externalidade.

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    Fixar padres de emisso de poluentes (grandfathering);

    Devem ser encarados como um incentivo reduoda poluio.

    Aumentar o preo dos produtos tabagistas e criar centrosde recuperao para fumadores;

    Promover o uso de transportes pblicos amigos doambiente;

    Definir impostos (internalizao da externalidade) e

    multas pela emisso de poluentes (Princpio do Poluidor-Pagador da OCDE):

    O nvel eficiente do imposto deve ser igual ao prejuzomarginal externo no nvel socialmente ptimo depoluio.

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    As externalidades negativas na produo ou no consumolevam os mercados a produzir quantidades superiores ssocialmente recomendveis. J as externalidadespositivas na produo e no consumo conduzem osmercados a produzir quantidades menores s

    socialmente apetecveis; Assim, o governo, para solucionar estas problemticas,

    pode internalizar a externalidade, tributando os bens queprovocam externalidades negativas e subsidiando osbens que geram externalidades positivas;

    Deve existir um equilbrio entre os mercados livres de bense servios (mo invisvel) e a regulamentaogovernamental (mo visvel);

    Revela-se importante fazer uma rigorosa anlise custo-benefcio da interveno estatal.

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    ARAJO, Fernando Introduo Economia. Coimbra :Editora Almedina, 2002;

    GUERRIEN, Bernard Microeconomia: o essencial. 1 ed.

    Lisboa : Editora Gradiva, 1996; MANKIW, N. Gregory Introduo Economia. 2. edio

    americana. Rio de Janeiro : Editora Campus, 2001;

    SALVATORE, Dominick Microeconomia. 2 edio. SoPaulo : Editora McGraw-Hill do Brasil. 1984;

    SAMUELSON, Paul A. ; William D. Nordhaus Economia.18 ed. Lisboa : Editora McGraw-Hill de Portugal, 2005.

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