Metodologia Científica - Aula 1 André

8/18/2019 Metodologia Científica - Aula 1 André

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Aula 01 – Produção do Conhecimento

Prof. André Laurence


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METODOLOGIA“Metá” – Além de...“Odo” – Caminho! caminhada

“Lo"ia” – #tudo

Caminhada que se faz para se ir alémdo conhecimento que se tem aqui e

agora.


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O conhecimento éprovisório, do ponto de vistada possibilidade de suasuperaço por meio de novaspes!uisas e avançostecnoló"icos#


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$O%&E$IME%TOO homem é um er $o"ado no mundo!

condenado a %i%er a ua e&it'ncia. Por ere&itencial! tem (ue inter)retar a i e aomundo em (ue %i%e! atri*uindo+lhei"ni,cação. Cria intelectualmente

re)reentaç-e i"ni,cati%a a realidade. Aea re)reentaç-e chamamo deconhecimento /oche! 00


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Conhecer é incor)orar um conceito no%o! ou

ori"inal! o*re um fato ou fen2meno (ual(uer.

O conhecimento não nace do %a3io e im dae&)eri'ncia (ue acumulamo em noa %ida

cotidiana! atra%é de e&)eri'ncia! dorelacionamento inter)eoai e com o meio! daleitura de li%ro e arti"o di%ero.


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O (ue no diferenciado animai

irracionai4


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#ntre todo o animai! n5! o erehumano! omo o 6nico ca)a3e de7

Criar e tranformar o conhecimento8

9omo o 6nico ca)a3e de a)licar o (uea)rendemo! )or di%ero meio!

numa ituação de mudança do conhecimento8

9omo o 6nico ca)a3e de criar um itemade :m*olo! como a lin"ua"em! e com elere"itrar noa )r5)ria e&)eri'ncia e)aar )ara outro ere humano.


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A inteli"'ncia do animai dito irracionai é um

:ndice. #le nacem com um "rande re)ert5rio dere)ota )ronta e u,ciente )ara "arantir afunç-e )rinci)ai de ua e)écie7 %i%er! re)rodu3ire )reer%ar.

Por cone(u'ncia da e%olução! o er humanonace )ro"ramado )ara a)render ou e$a! nacecom a ca)acidade de "erar conhecimento e!)ro%a%elmente! de tranmitir a outro erehumano. ;o ocorre em ra3ão do er humano não)ouir re)ota )ronta )ara todo o )ro*lema(ue enfrenta. Aim (uando a re"ularidade danature3a é (ue*rada ele )rocura e “)recia”entender e e&)licar o moti%o dete fato.


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A produço do conhecimentoA )reocu)ação com o conhecimento não é

no%a. Praticamente todo o )o%o daanti"uidade deen%ol%eram forma di%era dea*edoria.

Egípcios –


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'O(MA) E TI*O) DE

$O%&E$IME%TOCom o deen%ol%imento do conhecimento e

da lin"ua"em neceária a ua tranmião!ur"iram dua forma de conhecimento (uedominaram a humanidade )or milhare deano7 conhecimento emp+rico eno comume o conhecimento reli"ioso. Poteriormenteur"iram o conhecimento losócos (ueformaram a *ae da ci'ncia ou doconhecimento cient+co! hitoricamentemuito recente.


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$onhecimentoemp+rico o conhecimento o*tido ao acao! a)5

in6mera tentati%a! ou e$a! o conhecimentoad(uirido atra%é de aç-e não )lane$ada.

E-emplos. 1 + A cha%e etá em)errando na fechadura e! de

tanto e&)erimentarmo a*rir a )orta! aca*amo)or deco*rir conhecer um $eitinho de "irar acha%e em em)errar.

+ oi a"ricultore )lantando fei$ão do memo $eito e o*tendo o memo reultado reDete

uma lei cient:,ca


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a(uele comum a todo er humano )or er)rodu3ido )ela ua )r5)ria e&it'nciacultural.

o reultado da e&)eri'ncia )eoal ede)ende diretamente da cultura! domomento hit5rico! do meio am*iente f:icono (ual o er humano %i%e.

Por er fruto da e&)eri'ncia indi%idual! não)ode er uma lei. fruto do acao e nãoreDete um )rinc:)io contante


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A ci'ncia não e contra)-e! neceáriamenteao conhecimento em):rico. Muito )elocontrário! muita %e3e e a)ro%eita deeconhecimento como )onto de )artida )ara)e(uia (ue reultarão em lei e )rinc:)iocient:,co.


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$aracter+sticas . Espontaneidade – olução de )ro*lemaimediato! em )lane$amento anterior8

Car#ter utilitarista – em e)eci,car ara3-e (ue $uti,cam eu uo8

u$%eti&idade e $ai'o poder de crítica –conhecimento u*ordinado a um en%ol%imentoafeti%o e emoti%o.

(inguagem &aga – não há uma de,nição clarae conenual do termo uado8

!esconhecimento dos limites de &alidade –não a*e e&)licar a caua do inuceo aoe modi,carem al"uma da ua condiç-e.

/0O$&E, 12213


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$onhecimento Teoló"ico 4

(eli"iosoEe)ota a d6%ida e&itenciai7Ori"em do uni%ero e de i )r5)rio8O )or(u' do ofrimento e da morte8

Fen2meno naturai.

;m)lica a crença numa li"ação entre o mundonatural! %i:%el e um )reu)oto mundoo*renatural e in%i:%el.

Por não ter utentação l5"ica e racional!fundamenta+e no )rinc:)io da autoridade! )or terido re%elado )or ente u)eriore e ere)ri%ile"iado.


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Conhecimento re%elado )ela fé di%ina oucrença reli"ioa.Gão )ode! )or ua ori"em! er con,rmado

ou ne"ado.

e)ende da formação moral e da crençade cada indi%:duo.E-emplo.

Acreditar (ue al"uém foi curado )or um

mila"re8 ou acreditar em uende8 acreditarem reencarnação8 acreditar em e):ritoetc..


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$aracter+sticas.

1. o"mático – ideia ! conceito ou condição(ue não )ode er contetada8

. Gão tetá%el – não aceita er tetado! enão)or eu método8

H. e)ende da crençaIda fé – não di)-e de(ual(uer e%id'ncia.


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$onhecimento 'ilosóco>re"o – Philo – Amante I 9o)hia – 9a*edoria fruto do racioc:nio e da reDe&ão humana.

o conhecimento e)eculati%o o*re fen2meno! "erando conceitou*$eti%o.

@uca dar entido ao fen2meno "erai do uni%ero! ultra)aandoo limite formai da ci'ncia.

E-emplo. JO homem é a ponte entre o animal e o além-homemJ Friedrich

Giet3che


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9u*tituição ao )rinc:)io da autoridadereli"ioa )ela ra3ão ou )enamento reDe&i%o.

Ee)ota )ara )er"unta e&itenciai!

atra%é do racioc:nio l5"ico.e onde ur"iu o como4

#&ite %ida a)5 a morte4O (ue é a conci'ncia! a ra3ão! a

%erdade! a li*erdade4

Além da a)ar'ncia e&ite uma e'ncia4


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Coloca a hi)5tee anteci)adamente!memo (ue nunca )oam er tetada8

Eecorre K e&)eri'ncia )eoal e u*$eti%a!

e%itando a e&)erimentação8

Ga contrução da %erdade no conhecimento,lo5,co! o cerne e encontra na lógicainterna entre o conceito! na coerêncialógica entre a relaç-e e o eu di%erocom)onente te5rico.


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Procura conhecer a caua reai do fen2meno!

a caua )rofunda e remota de toda a coia.

Poui maior )rofundidade! uni%eralidade eradicalidade no eu ar"umento8

ni,ca todo o con$unto da lei cient:,ca8

o conhecimento totalmente uni,cado8

a mãe de toda a ci'ncia /AG


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)reas do conhecimento *ilos+,coComolo"ia – a ori"em do uni%ero8L5"ica – re"ra do racioc:nio correto )arae che"ar ao conhecimento8

tica – conceito do *em e mal! certo eerrado! norma morai do com)ortamentohumano8#tética – e'ncia do *elo e a cate"oria

do mundo en:%el8#)itemolo"ia teoria do conhecimento –etudo da nature3a da %erdade! o métodocorreto de in%eti"ação.


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$onhecimento $ient+coLatim – scientia – ci'ncia! a*er8

Sentido amplo – (ual(uer ti)o de a*er

Leonardo da inci – )intor! )oeta! ecultor! en"enheiro!ar(uiteto! cart5"rafo! "e5lo"o! *ot?nico! f:ico.

Arit5tele – Além de tratar de ,loo,a! ecre%eu o*re)oética! etética! ética! )ol:tica! ret5rica! f:ica!atronomia! 3oolo"ia.

)56IO)


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Sentido estrito

#tudo da nature3a f:ica! %iando Kcom)reenão de eu fen2meno! a uaclai,cação e K dominação dela )or )artedo er humano e em eu *enef:cio!uando métodos ri"oroo dein%eti"ação QOGOFE;O! 1


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Método – iferença entre conhecimento

cient:,co e o outro conhecimento.Con$unto de )rinc:)io (ue norteiam a condutado cientita ao lon"o da )rodução doconhecimento E;O! 1R


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E-emplo.

eco*rir uma %acina (ue e%ite uma doença8

eco*rir como e dá a re)iração do*atrá(uio animal (ue %i%e tanto na á"ua

como na terra.

A inDu'ncia da )reci)itaç-e )lu%iai naituação ener"ética – do @rail I do Eio>rande do 9ul I de Cama(uã......4


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1 + $aracter+sticas b7sicas.-usca de princípios e'plicati&os e &iso unit#ria da realidade +O er humano não aume uma )oição meramente )ai%a ! detetemunha do fen2meno. Procura! )or meio do conhecimentocient:,co! deco*rir o )rinc:)io e&)licati%o (ue er%em de *ae )araa com)reenão da or"ani3ação! clai,cação e ordenação da nature3aem (ue etá inerido –


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S...T a in%eti"ação cient:,ca e inicia! )ortanto7a com a identi,cação de uma d6%ida! de uma)er"unta (ue ainda não tem re)ota8 * com o

reconhecimento de (ue o conhecimento existenteé insufciente ou inade(uado )ara eclarecer etad6%ida8 c (ue é neceUério construir umaresposta )ara eta d6%ida8 d (ue ela ofereça

provas de segurança e confabilidade (ue $uti,(uem a crença de er uma *oa re)ota de)refer'ncia (ue e$a correta.

/OC=#! 00! ).H0


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Ideal da racionalidade e a &erdade sint#tica 8 O ideal de

racionalidade est7 em atin"ir uma sistemati9aço coerente doconhecimento presente em todas as suas leis e teorias#A %eri,cação da coer'ncia l5"ica entre o enunciado! ou entre teoriae lei é um do mecanimo (ue fornece um do )adr-e de aceitaçãoou re$eição de uma teoria )ela comunidade cient:,ca

;9#GVWO # AM@;>;A#9 # # COG;CA9

Ideal da o$%eti&idade e a &erdade sem1ntica – A teoriacient:,ca de%em re)reentar com ,delidade o mundo real. e%em er%erdadeira! e%idente! im)eoai! )a:%ei de erem u*metida atete e&)erimentai e aceita )ela comunidade cient:,ca como)ro%ada em ua %eracidade.

*undamentos2aPoi*ilidade do enunciado )oder er tetado atra%é de )ro%afactuai*Poi*ilidade deta teta"em e eu reultado )oderem )aar )elaa%aliação cr:tica feita )ela comunidade cient:,ca.


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(inguagem especí,ca e poder de crítica – A i"ni,cação doconceito é de,nida K lu3 da teoria (ue er%em de marco te5rico da

in%eti"ação! )ro)orcionando+lhe! dea forma! um entido un:%ocointer)retado de uma 5 forma! conenual e uni%eral .

ulnerá%el K cr:tica! K locali3ação de erro! aumindo um caráterhi)otético! de aceitação )ro%i5ria ! ucet:%ei de reformulação eu*tituição.

Car#ter hipotético do conhecimento – O conhecimento cient:,co!em*ora mai e"uro! tam*ém é fal:%el.O conhecimento cient:,co é a(uele (ue é o*tido )elo método cient:,co e)ode continuamente er u*metido K )ro%a ! enri(uecer+e! reformular+e ou até memo u)erar+e mediante o memo método @un"e 1Z.ma e&)licação é al"o em)re incom)leto 7 em)re )odemo ucitarum outro )or(u'. # ee no%o )or(u' tal%e3 le%e a uma no%a teoria! (uenão 5 e&)li(ue! ma corri$a a anterior Po))er! 1NN! ).1HGão do"mati3ar o reultado ! trata+lo como eterna hi)5tee (ueneceitam de contante in%eti"ação e re%ião cr:tica! em *uca da)ermanente %erdade.


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– Aspectos para o reconhecimento da

ci:ncia7

a


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H – O 3"34 de $ient+co responde a !uatrocondiç;es

aEe)lica*ilidade + Poi*ilidade de e reali3ar no%amente a )e(uia como memo )adrão metodol5"ico e e atin"ir reultado etatiticamenteemelhante Ee"ra e não #&ceção

*Fidedi"nidade – eterminada a )artir da re)lica*ilidade da )e(uia. 9eo reultado foram con,rmado )ela re)lica*ilidade do etudo! uma

)e(uia erá mai ,dedi"na.

c>enera*ilidade – 9e o reultado foram con,rmado atra%é dare)licação e ão ,dedi"no! ete )odem er utili3ado na e&)licação dofen2meno em condiç-e naturai! ou e$a! além do limite da )e(uia.EeDete a con,a*ilidade do método! determinada )elo tamanho e forma

como a amotra foi recolhida.

dFalea*ilidade – O conhecimento 5 erá cient:,co e for )o:%el de erfaleá%el! ou e$a! demontrar+e (ue ua %alidade não é total! (ue e&iteerro em ua conce)ção e (ue! )ortanto! não é de,niti%o nem 6nico! endoa)ena mai um de"rau na contrução do a*er cient:,co.


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6iblio"raa.

MAE[#9! =eitor Eomero Set al.T. Metodolo"iada pes!uisa e do trabalho cient+co# . ed. Cam)o >rande7 C@! 00Z. 1H0).


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