PODER GALEGO A calor converte-me em paranoico · governo galego nom manda nada porque a autonomia...

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Vieiros: G2005 PODER GALEGO O país O goberno OS PARTIDOS PP BNG PSOE Outros OS PROGRAMAS PP BNG PSOE Comparativa OS LÍDERES Fraga Quintana Touriño A MAN Resultados Candidatos Foros Evolución do voto Sondaxes Ligazóns A calor converte-me em paranoico Un artigo de: Quico Cadaval [13/06/2005] Por fim encontrei um ciber no deserto somontano! Onte em Barbastro non havia e hoje em Monzón ameaçava também com nom haver. Isto está cheio de norteafricanos e a rua de subsaharianos, quer dezermouros e pretos. Imagino que os filhos do reino de Aragóm estám a fazer sesta. Pese á cala ardente percebem-se indícios de mudança, além da composiçóm étnica. Hoje de manhá nom puidem entrar na catedral de Barbastro porque pechava de 1 a 5, e agora encontrei fechadas também as portas da catedral de Monzón. Será a onda de laicismo que nos arroia ou talvez os cristiáns zelosos tentam filtrar tanto musulmano e sincretico que vinherom cair por estas terra? Que pode fazer um pecador coma mim em domingo para aliviar o fardel das suas culpas? Onte em Barbastro, na minha vagamundage entrei por erro num colégio religioso, tinha aló um cartaz a anunciar os autobuses que sairiam para a manifa dos católicos contra o casamento homosexual. "Polo direito a ter pai e nai", "Pola verdadeira liberdade". O preço era de dez euros, eu achei-no baratisimo por ter a verdadeira liberdade. A calor converte-me em paranoico, e chego a pensar que toda esta agresividade popular-católica pode ter a ver com as eleiçóns galegas. Aquela manifa tam bonita de "as vítimas som da nossa propriedade" no começo da campanha, os encantadores papeis que Salamanca quere conservar melhor que entregar-lhos aos separatistas cataláns, em umha identificaçom subconsciente: Conservar a unidade dos arquivos da guerra que serviu para manter a unidade de Espanha. E finalmente, esta contra o matrimónio homosexual, onde os nacional- catolicistas demonstram que preferem as meles da clandestinidade e da sordidez. Seguro que som todo alucinaçóns provocadas polo calor. Assim e tudo, devo indicar que o persoal do PP, andam estes dias com cara de durmir mal, e muitos faltando áás mais elementais normas de cortesia. Nom o soportam, nom o concibem. Onte de copas em Barbastro, os meus convivas de chiquiteo, opinavam que lhe queriamos dar a jubilaçóm a Fraga por nom suportar-mos os galegos actuais ter até o fim um representante da elite franquista. Opinam que é umha questóm de honra nacional.Eu neguei essa motivaçóm. Nom vai ser esta umha expulsóm por causas de memória histórica que nom temos e ninguém está disposto a fornecer-no-la ( Ver a charmosa historia da Galiza que dá a voz os domingos). Fraga e o seu mariachi devem abandonar a festa porque lhes caiu a máscara hai dous anos, quando se descobreu que nom mandavam nada que eram bedeis duns senhores de Madrid, que estiverom com cara de sonso mentres se afundia o prestige levando a rasto os seus antefaces, foi quando se soubo que esperavam ordes e que o velho fachendoso, tiránico e hospitalário que simulara ser um chefe de estado em Líbia e em Cuba, nom era mais que um "clerc", um dependente, que via com estupor como lhe escorregava entre os dedos o dinheiro das ajudas europeias. Depois de quince anos de esmola comunítaria o único exito do velho fingidor foi conseguir que a unióm nos declara-se regióm pobre e nos promete-se mais esmola. Antes os humoristas de Genova(Madrid) inventarom o plan galicia de mierda, que era umha nova farça. Em aquel processo soubemos que Fraga nom mandava nada simplesmente porque o governo galego nom manda nada porque a autonomia é umha fachada coma a dos fogos do apóstolo. Esse é o tema : a soberania, mas parece que ninguém quere entrar nesse debate. Nom vai ser que nos acussem de querer atentar contra a sagra unidade do arquivo de Salamanca e de profanar umha reproduçom industrial da coroa de Cristo. É-che o que hai. Quico Cadaval Quico Cadaval narrador oral, autor, actor, guionista e director teatral. Ribeirense barbazán da añada de 1960. Iniciouse na compañia Moucho Clerc e no Teatro Malbarate. Guionista de curtametraxes como A gran liquidación ou Cabeza de boi. Creador de Mofa e Befa, xunto con Victor Mosqueira e Evaristo Calvo. Contador de historias como Falar por falar, A velocidade e o touciño, Fantasmas familiares ou Zona Portuaria. Amador, a contracorrente, de Álvaro Cunqueiro, a quen levou ao teatro e a outras moitas partes. Voz libre. OUTROS ARTIGOS DE Quico Cadaval: » Actos reflexos (19/06/2005) » Refexons desnecesarias (18/06/2005) » Utopia (18/06/2005) » Tristeza nâo tem fim, felicidade sim (16/06/2005) » Metal e melancolia (15/06/2005) http://vello.vieiros.com/g2005/opinion.php?id=43496&Ed=43 (1 of 2) [26-03-2007 23:59:43]

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A calor converte-me em paranoicoUn artigo de: Quico Cadaval[13/06/2005]

Por fim encontrei um ciber no deserto somontano! Onte em Barbastro non havia e hoje em Monzón ameaçava também com nom haver. Isto está cheio de norteafricanos e a rua de subsaharianos, quer dezermouros e pretos. Imagino que os filhos do reino de Aragóm estám a fazer sesta. Pese á cala ardente percebem-se indícios de mudança, além da composiçóm étnica.

Hoje de manhá nom puidem entrar na catedral de Barbastro porque pechava de 1 a 5, e agora encontrei fechadas também as portas da catedral de Monzón. Será a onda de laicismo que nos arroia ou talvez os cristiáns zelosos tentam filtrar tanto musulmano e sincretico que vinherom cair por estas terra? Que pode fazer um pecador coma mim em domingo para aliviar o fardel das suas culpas? Onte em Barbastro, na minha vagamundage entrei por erro num colégio religioso, tinha aló um cartaz a anunciar os autobuses que sairiam para a manifa dos católicos contra o casamento homosexual. "Polo direito a ter pai e nai", "Pola verdadeira liberdade". O preço era de dez euros, eu achei-no baratisimo por ter a verdadeira liberdade.

A calor converte-me em paranoico, e chego a pensar que toda esta agresividade popular-católica pode ter a ver com as eleiçóns galegas. Aquela manifa tam bonita de "as vítimas som da nossa propriedade" no começo da campanha,os encantadores papeis que Salamanca quere conservar melhor que entregar-lhos aos separatistas cataláns, em umha identificaçom subconsciente: Conservar a unidade dos arquivos da guerra que serviu para manter a unidade de Espanha.

E finalmente, esta contra o matrimónio homosexual, onde os nacional-catolicistas demonstram que preferem as meles da clandestinidade e da sordidez.

Seguro que som todo alucinaçóns provocadas polo calor. Assim e tudo, devo indicar que o persoal do PP, andam estes dias com cara de durmir mal, e muitos faltando áás mais elementais normas de cortesia. Nom o soportam, nom o concibem.

Onte de copas em Barbastro, os meus convivas de chiquiteo, opinavam que lhe queriamos dar a jubilaçóm a Fraga por nom suportar-mos os galegos actuais ter até o fim um representante da elite franquista. Opinam que é umha questóm de honra nacional.Eu neguei essa motivaçóm. Nom vai ser esta umha expulsóm por causas de memória histórica que nom temos e ninguém está disposto a fornecer-no-la ( Ver a charmosa historia da Galiza que dá a voz os domingos). Fraga e o seu mariachi devem abandonar a festa porque lhes caiu a máscara hai dous anos, quando se descobreu que nom mandavam nada que eram bedeis duns senhores de Madrid, que estiverom com cara de sonso mentres se afundia o prestige levando a rasto os seus antefaces, foi quando se soubo que esperavam ordes e que o velho fachendoso, tiránico e hospitalário que simulara ser um chefe de estado em Líbia e em Cuba, nom era mais que um "clerc", um dependente, que via com estupor como lhe escorregava entre os dedos o dinheiro das ajudas europeias.

Depois de quince anos de esmola comunítaria o único exito do velho fingidor foi conseguir que a unióm nos declara-se regióm pobre e nos promete-se mais esmola. Antes os humoristas de Genova(Madrid) inventarom o plan galicia de mierda, que era umha nova farça. Em aquel processo soubemos que Fraga nom mandava nada simplesmente porque o governo galego nom manda nada porque a autonomia é umha fachada coma a dos fogos do apóstolo. Esse é o tema : a soberania, mas parece que ninguém quere entrar nesse debate.

Nom vai ser que nos acussem de querer atentar contra a sagra unidade do arquivo de Salamanca e de profanar umha reproduçom industrial da coroa de Cristo.É-che o que hai.

Quico Cadaval

Quico Cadaval narrador oral, autor, actor, guionista e director teatral. Ribeirense barbazán da añada de 1960. Iniciouse na compañia Moucho Clerc e no Teatro Malbarate. Guionista de curtametraxes como A gran liquidación ou Cabeza de boi. Creador de Mofa e Befa, xunto con Victor Mosqueira e Evaristo Calvo. Contador de historias como Falar por falar, A velocidade e o touciño, Fantasmas familiares ou Zona Portuaria. Amador, a contracorrente, de Álvaro Cunqueiro, a quen levou ao teatro e a outras moitas partes. Voz libre.

OUTROS ARTIGOS DE Quico Cadaval:» Actos reflexos (19/06/2005)

» Refexons desnecesarias (18/06/2005)» Utopia (18/06/2005)

» Tristeza nâo tem fim, felicidade sim (16/06/2005)

» Metal e melancolia (15/06/2005)

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A MAN

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Por fim encontrei um ciber no deserto somontano! Onte em Barbastro non havia e hoje em Monzón ameaçava também com nom haver. Isto está cheio de norteafricanos e a rua de subsaharianos, quer dezermouros e pretos. Imagino que os filhos do reino de Aragóm estám a fazer sesta. Pese á cala ardente percebem-se indícios de mudança, além da composiçóm étnica.

Hoje de manhá nom puidem entrar na catedral de Barbastro porque pechava de 1 a 5, e agora encontrei fechadas também as portas da catedral de Monzón. Será a onda de laicismo que nos arroia ou talvez os cristiáns zelosos tentam filtrar tanto musulmano e sincretico que vinherom cair por estas terra? Que pode fazer um pecador coma mim em domingo para aliviar o fardel das suas culpas? Onte em Barbastro, na minha vagamundage entrei por erro num colégio religioso, tinha aló um cartaz a anunciar os autobuses que sairiam para a manifa dos católicos contra o casamento homosexual. "Polo direito a ter pai e nai", "Pola verdadeira liberdade". O preço era de dez euros, eu achei-no baratisimo por ter a verdadeira liberdade.

A calor converte-me em paranoico, e chego a pensar que toda esta agresividade popular-católica pode ter a ver com as eleiçóns galegas. Aquela manifa tam bonita de "as vítimas som da nossa propriedade" no começo da campanha,os encantadores papeis que Salamanca quere conservar melhor que entregar-lhos aos separatistas cataláns, em umha identificaçom subconsciente: Conservar a unidade dos arquivos da guerra que serviu para manter a unidade de Espanha.

E finalmente, esta contra o matrimónio homosexual, onde os nacional-catolicistas demonstram que preferem as meles da clandestinidade e da sordidez.

Seguro que som todo alucinaçóns provocadas polo calor. Assim e tudo, devo indicar que o persoal do PP, andam estes dias com cara de durmir mal, e muitos faltando áás mais elementais normas de cortesia. Nom o soportam, nom o concibem.

Onte de copas em Barbastro, os meus convivas de chiquiteo, opinavam que lhe queriamos dar a jubilaçóm a Fraga por nom suportar-mos os galegos actuais ter até o fim um representante da elite franquista. Opinam que é umha questóm de honra nacional.Eu neguei essa motivaçóm. Nom vai ser esta umha expulsóm por causas de memória histórica que nom temos e ninguém está disposto a fornecer-no-la ( Ver a charmosa historia da Galiza que dá a voz os domingos). Fraga e o seu mariachi devem abandonar a festa porque lhes caiu a máscara hai dous anos, quando se descobreu que nom mandavam nada que eram bedeis duns senhores de Madrid, que estiverom com cara de sonso mentres se afundia o prestige levando a rasto os seus antefaces, foi quando se soubo que esperavam ordes e que o velho fachendoso, tiránico e hospitalário que simulara ser um chefe de estado em Líbia e em Cuba, nom era mais que um "clerc", um dependente, que via com estupor como lhe escorregava entre os dedos o dinheiro das ajudas europeias.

Depois de quince anos de esmola comunítaria o único exito do velho fingidor foi conseguir que a unióm nos declara-se regióm pobre e nos promete-se mais esmola. Antes os humoristas de Genova(Madrid) inventarom o plan galicia de mierda, que era umha nova farça. Em aquel processo soubemos que Fraga nom mandava nada simplesmente porque o governo galego nom manda nada porque a autonomia é umha fachada coma a dos fogos do apóstolo. Esse é o tema : a soberania, mas parece que ninguém quere entrar nesse debate.

Nom vai ser que nos acussem de querer atentar contra a sagra unidade do arquivo de Salamanca e de profanar umha reproduçom industrial da coroa de Cristo.É-che o que hai.

Quico Cadaval

Quico Cadaval narrador oral, autor, actor, guionista e director teatral. Ribeirense barbazán da añada de 1960. Iniciouse na compañia Moucho Clerc e no Teatro Malbarate. Guionista de curtametraxes como A gran liquidación ou Cabeza de boi. Creador de Mofa e Befa, xunto con Victor Mosqueira e Evaristo Calvo. Contador de historias como Falar por falar, A velocidade e o touciño, Fantasmas familiares ou Zona Portuaria. Amador, a contracorrente, de Álvaro Cunqueiro, a quen levou ao teatro e a outras moitas partes. Voz libre.

OUTROS ARTIGOS DE Quico Cadaval:» Actos reflexos (19/06/2005)

» Refexons desnecesarias (18/06/2005)» Utopia (18/06/2005)

» Tristeza nâo tem fim, felicidade sim (16/06/2005)

» Metal e melancolia (15/06/2005)

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Mira a ti el calor te vuelve paranoico a mi me esta matando lentamente este calor que tengo aqui dentro y no poder encontrarte ojala que sea feliz donde estes Mary (25/11/2005 20:09)

Por aquí nubes e claros, querido Quico. Hai xente que aínda non o ten claro, merodéanlle as nubes pola cachola e se sae o sol iranse para a praia, pois "todos son iguais", non hai máis que ver as últimas europeas, que máis dá Camilo ca unha rioxana do pp.Ou o voto útil, iso si que é saber elixir, ¿ que sería de nós se tivesemos un grupo parlamentario en madrí? Unha ruina, ver se non aos vascos e cataláns, na puta miseria, a vivir dos fondos, en troque nós...deixo. Xose Manuel Barreiro (14/06/2005 14:23)

Paranoicos e esquizos estám eles, os do pp, pois isso é o que produz, a longo praço, acatar a mentira sistemática, cousa á que estám acostumados os nacional-catolicistas roberto (13/06/2005 13:58)

Pois aquí, na terra do aceiro chove. A calor é algo que se bota en falta aínda que as veces o sol da en saír a dar unha voltiña e lembrarnos que xa estamos en Xuño. Debe ser cousa da chuvia tamén, cecaís a chuvia inglesa está infestada de drogas das de meter no cola-cao e eu tamén estou un tanto paranoica coma ti, Quico. Nuala (13/06/2005 01:43)

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Metal e melancoliaUn artigo de: Quico Cadaval[15/06/2005]

No ano 2.002 figem umha viage ao Perú. Participava num festival chamado "Dejame que te cuente". Ali aprendim o significado da palavra "lisura". Eu tinha-o traduzido instintivamente como delicadeza. A minha anfitrioa explicou-me que significava palavrom, porcaria, aldrage. Dixo-mo a conta da campanha eleitoral para os governos local. Dixo que os candidatos derramavam "lisuras".

Lima hipnotisou-me. É umha maneira de dezer que me deu medo. É umha cidade de oito millóns de almas, a metade delas despraçados do altiplano pola longa guerra. A metade dos carros da cidade eram taxis. A metade deles ilegais. As persoas colocavam nos parabrisas un adesivo coa palavra TAXI. Despois de subir o viageiro retiravam o adesivo para evitar ser localizados pola policia. A primeira vez que me passou ia para o centro de Lima: a Praça de Armas.

Quando o taxista retirou o auto-colante vim um impacto de bala. Pensei que estava sequestrado. Nom era certo. Na Praça de armas havia umha mani contra o governo de Toledo. O meu sequestrador explicou-me que desde que começaram as locais, os opositores organizavam umha cada día.

Um dia convidarom-nos a ceiar na casa dumha narradora local. Eu fum beber um rom co pai dela. Ele via o debate entre o corrupto alcalde de Lima e o que seria o seu sucessor. O pai da minha amiga gritava "Dale, dale!", como se fosse um combate de box. No dia a seguir o jornal "el Chino" (Umha homenage a Fujimori) titulava: "El puerco del alcalde se sacó las botas en el debate y dejó el plató apestando a pezuña".

Figem umha breve viage a Pisco e Chincha -no sul-, zona da minoria afroperuana. Vim o mitin de Don Isaac. "Buen empresario y mejor alcalde". No palco tocavam "Los elefantes del ritmo", e um grupo de mocinhas mestizas de 15 aparentes anos dançavam umhas figuras repetitivas que rematavam com um golpe de anca que levantava a saia. Dom Isaac dava voltas a praça num transpalet Caterpillar como um anjo gordo, bigotom e vingativo a sobrevoar subditos. Atras dele ía umha camioneta cumha charanga. Umha rapariga de 11 anos perguntou-me se tinha noiva e quando lhe dixem que estava em Lima, ofreceu-me os seus serviços. Comprei-lhe caramelos. No palco um chefe de planta de "Don Isaac Kola", e numero dous da candidatura gritava: "Don Isaac te ha dado trabajo, ¿le vas a negar tu voto?".

Quando regresei a Europa vim umdocumentario sobre os taxistas de Lima, chama do "Metal y melancolía". Ali soubem que um milhom de persoas som taxistas ilegais alem das profissins propias que nom lhes dam para comer. Um deles, director de tatro, declamou para a cámara os versos de César Vallejo que incluian o título, metal e melancolia. Despois declarou com orgulho que os taxistas, em secreto pacto, conjuravam-se para fazer ganhar as eleiçoms a Fujimori. Quer dizer: publicitarom a ‘El Chino’. Nom explicava se fora por idealismo altruista ou a cambio da impunidade no transporte ilegal.

Quince dias antes do começo da campanha lembrei-me desto quando viajava num taxi para apanhar um bus. Um taxista de extranho sutaque, sem previa provocaçom, começou a falar-me da Ocean Volvo Race. Do milhom de clientes que teriam os galegos (taxis e outros serviços). Do muito que se tinha sacrificado Pilar Rojo para consegui-lo. Quando eu lhe pedim pormenores do sacrificio da conselheira, o taxista nom me respostou. Limitou-se a dezer: "Que boeninha es, lo que tal haze por nosotros".Aquilo soava a texto aprendido... Quem lho dictara? Será que o Peru nom esta tam longe? Sera que nos tambem estamos feitos de metal e melancolia? Alguem viviu algumha experiencia semelhante que faga suspeitar que aquí tambem chegou a tecnica de Fujimori?Saude.

P.S: O domingo en Monzón passei diante da sede do P.P. e dizia: "Cerrado por reformas". Ainda ha esperança.

Quico Cadaval

Quico Cadaval narrador oral, autor, actor, guionista e director teatral. Ribeirense barbazán da añada de 1960. Iniciouse na compañia Moucho Clerc e no Teatro Malbarate. Guionista de curtametraxes como A gran liquidación ou Cabeza de boi. Creador de Mofa e Befa, xunto con Victor Mosqueira e Evaristo Calvo. Contador de historias como Falar por falar, A velocidade e o touciño, Fantasmas familiares ou Zona Portuaria. Amador, a contracorrente, de Álvaro Cunqueiro, a quen levou ao teatro e a outras moitas partes. Voz libre.

OUTROS ARTIGOS DE Quico Cadaval:» Actos reflexos (19/06/2005)

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Resultados

Candidatos

Foros

Evolución do voto

Sondaxes

Ligazóns

Metal e melancoliaUn artigo de: Quico Cadaval[15/06/2005]

No ano 2.002 figem umha viage ao Perú. Participava num festival chamado "Dejame que te cuente". Ali aprendim o significado da palavra "lisura". Eu tinha-o traduzido instintivamente como delicadeza. A minha anfitrioa explicou-me que significava palavrom, porcaria, aldrage. Dixo-mo a conta da campanha eleitoral para os governos local. Dixo que os candidatos derramavam "lisuras".

Lima hipnotisou-me. É umha maneira de dezer que me deu medo. É umha cidade de oito millóns de almas, a metade delas despraçados do altiplano pola longa guerra. A metade dos carros da cidade eram taxis. A metade deles ilegais. As persoas colocavam nos parabrisas un adesivo coa palavra TAXI. Despois de subir o viageiro retiravam o adesivo para evitar ser localizados pola policia. A primeira vez que me passou ia para o centro de Lima: a Praça de Armas.

Quando o taxista retirou o auto-colante vim um impacto de bala. Pensei que estava sequestrado. Nom era certo. Na Praça de armas havia umha mani contra o governo de Toledo. O meu sequestrador explicou-me que desde que começaram as locais, os opositores organizavam umha cada día.

Um dia convidarom-nos a ceiar na casa dumha narradora local. Eu fum beber um rom co pai dela. Ele via o debate entre o corrupto alcalde de Lima e o que seria o seu sucessor. O pai da minha amiga gritava "Dale, dale!", como se fosse um combate de box. No dia a seguir o jornal "el Chino" (Umha homenage a Fujimori) titulava: "El puerco del alcalde se sacó las botas en el debate y dejó el plató apestando a pezuña".

Figem umha breve viage a Pisco e Chincha -no sul-, zona da minoria afroperuana. Vim o mitin de Don Isaac. "Buen empresario y mejor alcalde". No palco tocavam "Los elefantes del ritmo", e um grupo de mocinhas mestizas de 15 aparentes anos dançavam umhas figuras repetitivas que rematavam com um golpe de anca que levantava a saia. Dom Isaac dava voltas a praça num transpalet Caterpillar como um anjo gordo, bigotom e vingativo a sobrevoar subditos. Atras dele ía umha camioneta cumha charanga. Umha rapariga de 11 anos perguntou-me se tinha noiva e quando lhe dixem que estava em Lima, ofreceu-me os seus serviços. Comprei-lhe caramelos. No palco um chefe de planta de "Don Isaac Kola", e numero dous da candidatura gritava: "Don Isaac te ha dado trabajo, ¿le vas a negar tu voto?".

Quando regresei a Europa vim umdocumentario sobre os taxistas de Lima, chama do "Metal y melancolía". Ali soubem que um milhom de persoas som taxistas ilegais alem das profissins propias que nom lhes dam para comer. Um deles, director de tatro, declamou para a cámara os versos de César Vallejo que incluian o título, metal e melancolia. Despois declarou com orgulho que os taxistas, em secreto pacto, conjuravam-se para fazer ganhar as eleiçoms a Fujimori. Quer dizer: publicitarom a ‘El Chino’. Nom explicava se fora por idealismo altruista ou a cambio da impunidade no transporte ilegal.

Quince dias antes do começo da campanha lembrei-me desto quando viajava num taxi para apanhar um bus. Um taxista de extranho sutaque, sem previa provocaçom, começou a falar-me da Ocean Volvo Race. Do milhom de clientes que teriam os galegos (taxis e outros serviços). Do muito que se tinha sacrificado Pilar Rojo para consegui-lo. Quando eu lhe pedim pormenores do sacrificio da conselheira, o taxista nom me respostou. Limitou-se a dezer: "Que boeninha es, lo que tal haze por nosotros".Aquilo soava a texto aprendido... Quem lho dictara? Será que o Peru nom esta tam longe? Sera que nos tambem estamos feitos de metal e melancolia? Alguem viviu algumha experiencia semelhante que faga suspeitar que aquí tambem chegou a tecnica de Fujimori?Saude.

P.S: O domingo en Monzón passei diante da sede do P.P. e dizia: "Cerrado por reformas". Ainda ha esperança.

Quico Cadaval

Quico Cadaval narrador oral, autor, actor, guionista e director teatral. Ribeirense barbazán da añada de 1960. Iniciouse na compañia Moucho Clerc e no Teatro Malbarate. Guionista de curtametraxes como A gran liquidación ou Cabeza de boi. Creador de Mofa e Befa, xunto con Victor Mosqueira e Evaristo Calvo. Contador de historias como Falar por falar, A velocidade e o touciño, Fantasmas familiares ou Zona Portuaria. Amador, a contracorrente, de Álvaro Cunqueiro, a quen levou ao teatro e a outras moitas partes. Voz libre.

OUTROS ARTIGOS DE Quico Cadaval:» Actos reflexos (19/06/2005)

» Refexons desnecesarias (18/06/2005)» Utopia (18/06/2005)

» Tristeza nâo tem fim, felicidade sim (16/06/2005)

» A calor converte-me em paranoico (13/06/2005)

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Page 8: PODER GALEGO A calor converte-me em paranoico · governo galego nom manda nada porque a autonomia é umha fachada coma a dos fogos do apóstolo. Esse é o tema : a soberania, mas

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Hola a todos reciban el saludo cariñoso de todo el Peru, yo personalente conoci a Quico cuando vino al Peru y no sabia mucho de el asi que me puse a investigar y me di con la tremenda sorpresa de quien es realmente ahora lamento haberlo dejado ir desde que se fue he tratado de contactarme con el si ustedes saben como puedo comunicarme responder a [email protected] o 98914325 gracias muchas felicidades a todos Mary (25/11/2005 19:38)

E lisura non sera lixura? A luxura do idioma, que cousas ten! Calidonia (15/06/2005 12:40)

-Hai que lle votar o alcalde outra vez, que puxo a auga da traida e non a cobra. -Hai que lle votar o alcalde outra vez que puxo o alumbrado publico. -Hai que lle votar o alcalde outra vez que veu falar ca Cochona e puxo unha caixa para o lixo na eira ............ Todo isto basado en feitos reais , mais ben ditos reais. PD: Quico, a minha avoa tamen usa lisura co sentido que vostede aprendeu en Lima. "comer pan de millo e unha lisura, minha amiga" (ela non o soporta) Nuala (15/06/2005 12:30)

estimado quico dende o extranxeiro(nunca pensei q valencia puidese se-lo tanto) pódo dar fe de algunhas esperiencias semelhantes que amosan que se esportou a técnica a Perú desde a nosa terra. os feudalistas da escelentísima deputación de ourense levan anos a poñer en práctica esas accións nos seus feudos/concellos repartidos por toda a provincia. as obras de alcantarillado, a mellora dos camiños e os postos de traballo con contrato dun mes, adxudicados despois de rendir pleitesía ante o señor(incluso creo q o de levar os coelhos aínda funciona...) son a forma de conseguir votos.o alcalde non fai tudo esto por obrigación do cargo senón coma favor á xentiña. " que boeninho é o alcalde que me fixo unha pista para carregar as uvas na vendima...", " hai q votalo q nos fixo o alcantarillado cando lle levamos as firmas", "deulle a meu filho un traballinho na patrulla dincendios".... frases así sentinas eu toda a vida. está claro que hoxe en día está todo inventado... celsius (15/06/2005 10:25)

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En Vieiros cremos que a verdade non é propiedade de ninguén, senón que se constrúe entre todos. Por iso, tamén estamos convencidos de que a participación dos lectores e lectoras engade outro valor aos contidos informativos. Pero este xogo ten as súas regras. O insulto, as descalificacións persoais e a linguaxe despectiva atrancan a comunicación libre. O diálogo establécese sobre as ideas, non sobre quen as emite. Por esta razón, eliminaremos os comentarios que non favorezan a liberdade e o razoábel intercambio de opinións. En beneficio da participación e do debate.

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Tristeza nâo tem fim, felicidade simUn artigo de: Quico Cadaval[16/06/2005]

A prehistórica bossa-nova hedonista esta na moda em este pais pre-eleitoral. Falo da semana passada. Nesta última nom falei com ninguem que nom conhecese e de quem nom conhecese a sua intençom (ou desintençom) de voto. Por tanto, estou a falar de memoria.

A tristeza dos partidarios do PP nom tem limites. Nom estou a pensar apenas nos militantes, tambem em aqueles que pensan que os que mandan desde os tempos dos castros devem continuar a mandar, que e melhor nom enfada-los com provocaçons estereis. Estam tam tristes. Ja nom digo os militantes. É moi dificil encontrar alguem que se declare militante (alguem con carnet) do PP. E nom digo so agora que vivem "um avanço elástico sobre a retaguarda", como se dizia "retirada" em eufemismo militar, nom, sempre tiverom esse gusto pola discreçom.

Um dia umha minha amiga artista contou-me que Mariano Rajoi lhe declarara que seguia atentamente a sua carreira, como se fose ciclista, umha das paixons confesas do testaferro do PP. Perguntei-lhe onde tinha acontecido o elogio e Ana dixo-me que na festa do monte do Gozo. Eu lamentei-me de que nom me tivessem convidado. ‘Ti es do PP?’ perguntou entom. "Eu nom". "Logo porque te haviam convidar?". "E logo ti es?" Ela respondeu corporativa: "Nos somos". Quería dezer, ela e o seu home. Eu abracei-na, emocionado: "es a primeira persoa que me confessa sem tortura que pertenece ao partido".

O que queria dezer era que Ana era a primeira que nom fosse um cargo público, um profissional. E mesmo alguns profissionais quando mo diziam davam-lhe á surprendente informaçom um caracter laboral, era o seu trabalho, ser do PP, mas a sua alma pertencia ao bloco patriótico ou ao arquipelago social-democrata, ou a cousas ainda piores.

Ha pouco tempo um alto funcionario luziu a retranca galega, e segredou-me: "Os do BNG crem que sou do PP e os do PP acusan-me de simpatia polo BNG". Meu anjo! Que queria dezer? Estava a preparar a transiçom? Cheirou que eu era alguem proximo ao governo vindeiro? Ou simplesmente, que como eu sou falangueiro havia de espalhar ate os ouvidos adequados a sua deliciosa ambigüidade? ... Confeso que nom sei.

Vim a tristura na rua. Uns vizinhos de Ribeira que nom me saudarom, ou nom me virom, quando passavam horrorizados na frente do estarivel do PS. Ou, uns amigos que sairom da sua casa e contornarom cautamente umha mesa do Bloco. De onde procede esa melancolia? É so porque tenhem negocios? Tenhem medo de que lhos fechem os inimigos do mercado livre? Ou é que nom eram negócios, strictus sensus, e que nom sobreviviriam num mercado livre?

Quando foi o do Prestige, olhavam para a ponta dos zapatos, num convencional gesto de vergonha. Despois soubemos que nom tinham e aquele gesto era de espera acazapada. Tinham medo. Franki, um colega meu que é boisima persoa, dizia que havia que estender-lhes umha mao, que era como se odiassem aos seus dirigentes e tivessem pudor de achegarse a nos-outros. Franki dizia que havia sitio para eles na construcçom de umha naçom. (Um dia Suso de Toro e mais eu, papando com um jornalista de um importantisimo meio de Madrid, usamos a expressom "o nascimento de umha naçom" para referirnos aos acontecementos do Prestige. O tal jornalista na solar crónica que publicou nom considerou oportuno incluir a ocorrencia, e sim umha cheia de parvadas que tambem dixemos na quentura da sobremesa.) Todo aquilo está amortecido, adormecido melhor, ninguem quijo aproveitar a energia espontánea e historica dos cidadaos galegos. Uns quijerom-na abafar e os outros preferirom continuar a jogar ao debate da autonomia e á pergunta parlamentaria. Onte lim que os deputados cobram 3.000 euros ao mes. Incredibol, comerom toda a quela merda por esse dinheiro!!

Por iso nom ha alegria, que é do que eu queria falar. Aquela tristeza mesquinha que exibem os que van perder o 19 nom esta compensada polo sorriso, o saudo e o andar ligeiro pola rua dos que vam ganhar. E posivel

Quico Cadaval

Quico Cadaval narrador oral, autor, actor, guionista e director teatral. Ribeirense barbazán da añada de 1960. Iniciouse na compañia Moucho Clerc e no Teatro Malbarate. Guionista de curtametraxes como A gran liquidación ou Cabeza de boi. Creador de Mofa e Befa, xunto con Victor Mosqueira e Evaristo Calvo. Contador de historias como Falar por falar, A velocidade e o touciño, Fantasmas familiares ou Zona Portuaria. Amador, a contracorrente, de Álvaro Cunqueiro, a quen levou ao teatro e a outras moitas partes. Voz libre.

OUTROS ARTIGOS DE Quico Cadaval:» Actos reflexos (19/06/2005)

» Refexons desnecesarias (18/06/2005)» Utopia (18/06/2005)

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que os que van ganhar tambem tenham medo? Que prefeririam seguir assim? Que o que vem vai ser pior, como din os intelectuais da Voz de Galicia? (Onde os conseguem?)Chau!!!

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A prehistórica bossa-nova hedonista esta na moda em este pais pre-eleitoral. Falo da semana passada. Nesta última nom falei com ninguem que nom conhecese e de quem nom conhecese a sua intençom (ou desintençom) de voto. Por tanto, estou a falar de memoria.

A tristeza dos partidarios do PP nom tem limites. Nom estou a pensar apenas nos militantes, tambem em aqueles que pensan que os que mandan desde os tempos dos castros devem continuar a mandar, que e melhor nom enfada-los com provocaçons estereis. Estam tam tristes. Ja nom digo os militantes. É moi dificil encontrar alguem que se declare militante (alguem con carnet) do PP. E nom digo so agora que vivem "um avanço elástico sobre a retaguarda", como se dizia "retirada" em eufemismo militar, nom, sempre tiverom esse gusto pola discreçom.

Um dia umha minha amiga artista contou-me que Mariano Rajoi lhe declarara que seguia atentamente a sua carreira, como se fose ciclista, umha das paixons confesas do testaferro do PP. Perguntei-lhe onde tinha acontecido o elogio e Ana dixo-me que na festa do monte do Gozo. Eu lamentei-me de que nom me tivessem convidado. ‘Ti es do PP?’ perguntou entom. "Eu nom". "Logo porque te haviam convidar?". "E logo ti es?" Ela respondeu corporativa: "Nos somos". Quería dezer, ela e o seu home. Eu abracei-na, emocionado: "es a primeira persoa que me confessa sem tortura que pertenece ao partido".

O que queria dezer era que Ana era a primeira que nom fosse um cargo público, um profissional. E mesmo alguns profissionais quando mo diziam davam-lhe á surprendente informaçom um caracter laboral, era o seu trabalho, ser do PP, mas a sua alma pertencia ao bloco patriótico ou ao arquipelago social-democrata, ou a cousas ainda piores.

Ha pouco tempo um alto funcionario luziu a retranca galega, e segredou-me: "Os do BNG crem que sou do PP e os do PP acusan-me de simpatia polo BNG". Meu anjo! Que queria dezer? Estava a preparar a transiçom? Cheirou que eu era alguem proximo ao governo vindeiro? Ou simplesmente, que como eu sou falangueiro havia de espalhar ate os ouvidos adequados a sua deliciosa ambigüidade? ... Confeso que nom sei.

Vim a tristura na rua. Uns vizinhos de Ribeira que nom me saudarom, ou nom me virom, quando passavam horrorizados na frente do estarivel do PS. Ou, uns amigos que sairom da sua casa e contornarom cautamente umha mesa do Bloco. De onde procede esa melancolia? É so porque tenhem negocios? Tenhem medo de que lhos fechem os inimigos do mercado livre? Ou é que nom eram negócios, strictus sensus, e que nom sobreviviriam num mercado livre?

Quando foi o do Prestige, olhavam para a ponta dos zapatos, num convencional gesto de vergonha. Despois soubemos que nom tinham e aquele gesto era de espera acazapada. Tinham medo. Franki, um colega meu que é boisima persoa, dizia que havia que estender-lhes umha mao, que era como se odiassem aos seus dirigentes e tivessem pudor de achegarse a nos-outros. Franki dizia que havia sitio para eles na construcçom de umha naçom. (Um dia Suso de Toro e mais eu, papando com um jornalista de um importantisimo meio de Madrid, usamos a expressom "o nascimento de umha naçom" para referirnos aos acontecementos do Prestige. O tal jornalista na solar crónica que publicou nom considerou oportuno incluir a ocorrencia, e sim umha cheia de parvadas que tambem dixemos na quentura da sobremesa.) Todo aquilo está amortecido, adormecido melhor, ninguem quijo aproveitar a energia espontánea e historica dos cidadaos galegos. Uns quijerom-na abafar e os outros preferirom continuar a jogar ao debate da autonomia e á pergunta parlamentaria. Onte lim que os deputados cobram 3.000 euros ao mes. Incredibol, comerom toda a quela merda por esse dinheiro!!

Por iso nom ha alegria, que é do que eu queria falar. Aquela tristeza mesquinha que exibem os que van perder o 19 nom esta compensada polo sorriso, o saudo e o andar ligeiro pola rua dos que vam ganhar. E posivel

Quico Cadaval

Quico Cadaval narrador oral, autor, actor, guionista e director teatral. Ribeirense barbazán da añada de 1960. Iniciouse na compañia Moucho Clerc e no Teatro Malbarate. Guionista de curtametraxes como A gran liquidación ou Cabeza de boi. Creador de Mofa e Befa, xunto con Victor Mosqueira e Evaristo Calvo. Contador de historias como Falar por falar, A velocidade e o touciño, Fantasmas familiares ou Zona Portuaria. Amador, a contracorrente, de Álvaro Cunqueiro, a quen levou ao teatro e a outras moitas partes. Voz libre.

OUTROS ARTIGOS DE Quico Cadaval:» Actos reflexos (19/06/2005)

» Refexons desnecesarias (18/06/2005)» Utopia (18/06/2005)

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que os que van ganhar tambem tenham medo? Que prefeririam seguir assim? Que o que vem vai ser pior, como din os intelectuais da Voz de Galicia? (Onde os conseguem?)Chau!!!

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estoy perdiendo la razon escribete o sera muy tarde te quiero por siempre aunque solo te haya visto una vez Mary (25/11/2005 20:11)

yo se que estas alli escribeme o llamame mira que estoy traduciendo toda la web para poder entender lo que dices gracias por ser como eres Mary (25/11/2005 20:06)

Hola de nuevo desde Peru les escribo para contarle de mi arrepentimiento de haber dejado ir a Quico y no haberle dicho lo que sentia en ese momento ahora siento que todo se derrumba a mis pies es por eso que les escribo si pueden ayudarme yo se que algun dia volvere tenerlo frente a mi y sera todo diferente agradesco a Dios por darnos personas como el para enseñarnos la belleza del mundo [email protected] 98914325 Mary (25/11/2005 19:45)

O optimismo pode ser impresionante de nom conseguer Fraga a maioría absoluta. Imaxino as rúas cheias de ledicia e alcól desbordando dos toneles...cantas botelhas de champanha perderán o cortiço?... um bo motivo de festa txari (16/06/2005 13:57)

por umha vez eu aposto polo optimismo. Apartemos a nossa tristeza, aínda que só seja por uns dias para poder colher novos forças e reconstruír a naçom abrilsempre (16/06/2005 12:47)

E melhor nom estar moi contentes de momento nom ganharom nada fora dos inquéritos. E nesse sentido ti bem apontas como funcianam os diferentes 'intelectuais' dos distintos meios, que umha cousa é que manipulem por meio da linha editorial ou mesmo inflando inquériotos e outra que pintem num gráfico um 27% por baixo dum 24% e cousas parecidas, esses tambem carecem de vergonça. rula (16/06/2005 11:33)

(II) Nese momento alternáronse nos no estómago, risas nerviosas e sospiros anodados no máis profundo da ialma. O meu mozo turrou da miña manga e susurrou "o que eu che diga, son galegos" nuala (16/06/2005 11:08)

(i) Hai xente que di que os galegos levamos a tristura nos ollos. Por eso a nosa tristura nunca ten límite. Fai pouco fun a Irlanda (fará agora tres semanas) era a miña primeira viaxe a Illa Verde. Lembro que cando estabamos a seguir ó dublinés que nos guiaba polo castelo paramos diante dun fresco moi belido, pintado ó óleo que respresentaba a Eire falando cos tres xefes celtas dos clans de Eire que se levantaban en guerra para defender a sua nazón. A representación, sendo victoriana, tiña toques de estilo que máis que falar dos celtas facían pensar na mitoloxía romana. O guia parou de novo e xirándose cara o grupo de turistas aclarou a voz e falou. Resulta que o debuxo tentaba representar a despedida dos líderes de Irlanda do Norte da súa illa, pouco antes de que se embarcaran para viaxar a España e pedir axuda contra os ingleses. O barco naufragou e a terra quedou sin líderes. Nuala (16/06/2005 11:08)

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UtopiaUn artigo de: Quico Cadaval[18/06/2005]

SALA NASA. Umha e cinquenta e oito da madrugada. A ultranoite sobre a torturoa rematou vai ala umha hora. A tensom cénica produz um stress tam extraordinariamente positivo que confundes a tua propria energia coa do publico, isso no plano fisio energetico nom plano mental cognitivo provoca umha intensa sensaçom de solipsismo de ficçom de irreal.

Eu nom sei se aos protagonistas dos meetings lhes acontece o mesmo . O comicio eleitoral é um genero cenico, e portanto rege-se polas leis do teatro. A energia desprendida por um publico unanimemente é coma o alento do dragom, algo comovente, mesto e estupefaciente. Os protagonistas alimentam-se dessa materia, vmpirizam-na, vivem disso....Imaginades um meeting onde ninguem ri, nem aplaude, nem ovaciona, nem repete o slogan? (do gaelico, grito de guerra) . nom existiria porque nom existiria a comunhom, a cumplicidade. Se cadra poderia-se fazer um paralelismo entreos distintos shows electorais e os generos e estilos teatrais. Seria bom , mais eu nom me atrevo coas bebedeira que se me está manifestando.

De qualquer modo podo sinalar que hai mais politica em muitos espectaculos teatrais que nas actuais eleiçons. Obras de Rodrigo Garcia, de Helder Costa ou de Alfonso Paso pom em questom cousas fundamentais para os cidadans que nom interessam aos candidatos em disputa.

O genero civico, reflexivo, de tese quase nom se practica. O genero mais practicado é o injurioso sainete, o auto sacramental, o entremes regionalista, as bobadas, o oratorio tragico, o sermom apocaliptico, politica pouca. Nada a ver coa fundaçom do teatro que era eminentemente politico. O outro dia fum em madrid com Maria Pujalte ver A Orestiada (com Vicky Peña!!) e ali revelou-se-me ou eu crim entender que esse conto grego tratava da vingança e da sua substituiçom pola justiça. Passarom 25 seculos e ainda é um desejo, o final da vingança, essa senhora tam exagerada.

Estou canso, e nom escrevim do que eu queria.Beiras tem sido moi criticado polo seu histrionismo (qualidade do actor) iso serviu para os seus pánfilos admiradores e para os mais estúpidos dos seus detractores.

O que importava em el era a paixom arraina com o disparate que mantinha em hipnotica atençom ao seu auditorio. Aquilo era grande. Fariseos a berrar :iso nom e politica e teatro. Nom se podem separar, o teatro era o instrumento do pais onde se inventou a democracia e o subconsciente, o publico e o intimo. Os outros politicos tamem faziam teatro, mais pior que Beiras, e notava-se.

Nom quero falar de Fraga, um tipo que leu umha mancheia de livros e que comenta com bastante tino algumha peça teatral, e logo dedica-se a fazer o chamam da tribo quando ja nom esta na idade. O genero teatral mais proximo a Fraga e la Fura Dels Bausl, umha pura emissom de energia sem discurso. Muitas vezes lhe tenhem chamado palhaço a Beiras. E incorrecto. E um motivo teatral para o que nom tem talento. O politico que melhor manifestou em puiblico que nom entende o mundo e que dedica todas as suas energias a ser aceitado polos demais (que som as duas caracteristicas do palhaço) apenas as vim em Pita, basta com ver as images do debate parlamentario do Prestige. Tambem esta Vazquez,, mais na onda Crasty e o director da Nossa Terra.

De todos modos as ultimas apariçons publicas de Beiras estam destruindo o seu label de actor epico, atico. Iso de presentar livros a porta dum meeting e domo querer vender melindres a porta dumha romaria, e achegar-se ao santo. E as companhias que leva! Vino em Santiago com Fernam Velho, e mais em Ourense, a mesma hora que as minhas actuaçons (sempre eu com mais publico, para ser veridico) e logo outra vez na foto do Progreso, com o tal editor Fernam Velho... E logo Beiras nom sabe a ma sorte que da? E se selhe paega algo de andar todo o dia com ele? Hai que andar com tento, Xose Manuel.

Quico Cadaval

Quico Cadaval narrador oral, autor, actor, guionista e director teatral. Ribeirense barbazán da añada de 1960. Iniciouse na compañia Moucho Clerc e no Teatro Malbarate. Guionista de curtametraxes como A gran liquidación ou Cabeza de boi. Creador de Mofa e Befa, xunto con Victor Mosqueira e Evaristo Calvo. Contador de historias como Falar por falar, A velocidade e o touciño, Fantasmas familiares ou Zona Portuaria. Amador, a contracorrente, de Álvaro Cunqueiro, a quen levou ao teatro e a outras moitas partes. Voz libre.

OUTROS ARTIGOS DE Quico Cadaval:» Actos reflexos (19/06/2005)

» Refexons desnecesarias (18/06/2005)» Tristeza nâo tem fim, felicidade sim (16/06/2005)

» Metal e melancolia (15/06/2005)

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Por certo, sabendes que se estenderom por ai boatos interesados, de fontes bem informadas, que se cai o governo popular o proximo conselheiro de cultura vai ser Fernam Velho?

O que tal inventa o PP para assustar ao povo e nom perder as eleiçons!

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SALA NASA. Umha e cinquenta e oito da madrugada. A ultranoite sobre a torturoa rematou vai ala umha hora. A tensom cénica produz um stress tam extraordinariamente positivo que confundes a tua propria energia coa do publico, isso no plano fisio energetico nom plano mental cognitivo provoca umha intensa sensaçom de solipsismo de ficçom de irreal.

Eu nom sei se aos protagonistas dos meetings lhes acontece o mesmo . O comicio eleitoral é um genero cenico, e portanto rege-se polas leis do teatro. A energia desprendida por um publico unanimemente é coma o alento do dragom, algo comovente, mesto e estupefaciente. Os protagonistas alimentam-se dessa materia, vmpirizam-na, vivem disso....Imaginades um meeting onde ninguem ri, nem aplaude, nem ovaciona, nem repete o slogan? (do gaelico, grito de guerra) . nom existiria porque nom existiria a comunhom, a cumplicidade. Se cadra poderia-se fazer um paralelismo entreos distintos shows electorais e os generos e estilos teatrais. Seria bom , mais eu nom me atrevo coas bebedeira que se me está manifestando.

De qualquer modo podo sinalar que hai mais politica em muitos espectaculos teatrais que nas actuais eleiçons. Obras de Rodrigo Garcia, de Helder Costa ou de Alfonso Paso pom em questom cousas fundamentais para os cidadans que nom interessam aos candidatos em disputa.

O genero civico, reflexivo, de tese quase nom se practica. O genero mais practicado é o injurioso sainete, o auto sacramental, o entremes regionalista, as bobadas, o oratorio tragico, o sermom apocaliptico, politica pouca. Nada a ver coa fundaçom do teatro que era eminentemente politico. O outro dia fum em madrid com Maria Pujalte ver A Orestiada (com Vicky Peña!!) e ali revelou-se-me ou eu crim entender que esse conto grego tratava da vingança e da sua substituiçom pola justiça. Passarom 25 seculos e ainda é um desejo, o final da vingança, essa senhora tam exagerada.

Estou canso, e nom escrevim do que eu queria.Beiras tem sido moi criticado polo seu histrionismo (qualidade do actor) iso serviu para os seus pánfilos admiradores e para os mais estúpidos dos seus detractores.

O que importava em el era a paixom arraina com o disparate que mantinha em hipnotica atençom ao seu auditorio. Aquilo era grande. Fariseos a berrar :iso nom e politica e teatro. Nom se podem separar, o teatro era o instrumento do pais onde se inventou a democracia e o subconsciente, o publico e o intimo. Os outros politicos tamem faziam teatro, mais pior que Beiras, e notava-se.

Nom quero falar de Fraga, um tipo que leu umha mancheia de livros e que comenta com bastante tino algumha peça teatral, e logo dedica-se a fazer o chamam da tribo quando ja nom esta na idade. O genero teatral mais proximo a Fraga e la Fura Dels Bausl, umha pura emissom de energia sem discurso. Muitas vezes lhe tenhem chamado palhaço a Beiras. E incorrecto. E um motivo teatral para o que nom tem talento. O politico que melhor manifestou em puiblico que nom entende o mundo e que dedica todas as suas energias a ser aceitado polos demais (que som as duas caracteristicas do palhaço) apenas as vim em Pita, basta com ver as images do debate parlamentario do Prestige. Tambem esta Vazquez,, mais na onda Crasty e o director da Nossa Terra.

De todos modos as ultimas apariçons publicas de Beiras estam destruindo o seu label de actor epico, atico. Iso de presentar livros a porta dum meeting e domo querer vender melindres a porta dumha romaria, e achegar-se ao santo. E as companhias que leva! Vino em Santiago com Fernam Velho, e mais em Ourense, a mesma hora que as minhas actuaçons (sempre eu com mais publico, para ser veridico) e logo outra vez na foto do Progreso, com o tal editor Fernam Velho... E logo Beiras nom sabe a ma sorte que da? E se selhe paega algo de andar todo o dia com ele? Hai que andar com tento, Xose Manuel.

Quico Cadaval

Quico Cadaval narrador oral, autor, actor, guionista e director teatral. Ribeirense barbazán da añada de 1960. Iniciouse na compañia Moucho Clerc e no Teatro Malbarate. Guionista de curtametraxes como A gran liquidación ou Cabeza de boi. Creador de Mofa e Befa, xunto con Victor Mosqueira e Evaristo Calvo. Contador de historias como Falar por falar, A velocidade e o touciño, Fantasmas familiares ou Zona Portuaria. Amador, a contracorrente, de Álvaro Cunqueiro, a quen levou ao teatro e a outras moitas partes. Voz libre.

OUTROS ARTIGOS DE Quico Cadaval:» Actos reflexos (19/06/2005)

» Refexons desnecesarias (18/06/2005)» Tristeza nâo tem fim, felicidade sim (16/06/2005)

» Metal e melancolia (15/06/2005)

» A calor converte-me em paranoico (13/06/2005)

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Page 18: PODER GALEGO A calor converte-me em paranoico · governo galego nom manda nada porque a autonomia é umha fachada coma a dos fogos do apóstolo. Esse é o tema : a soberania, mas

Vieiros: G2005

Por certo, sabendes que se estenderom por ai boatos interesados, de fontes bem informadas, que se cai o governo popular o proximo conselheiro de cultura vai ser Fernam Velho?

O que tal inventa o PP para assustar ao povo e nom perder as eleiçons!

COMENTARIOS:

Donde estas que no te encuentro no me importa viajar por todo el mundo para encontrarte necesito escuchar tu vos te necesito. Mary (25/11/2005 20:04)

Tanto Fernam Velho como moitos outros, ou tu mesmo, seguro que dabam milhores conselheiros de cultura que o que temos hoje ou tivemos há catro anos. roberto (17/06/2005 10:18)

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En Vieiros cremos que a verdade non é propiedade de ninguén, senón que se constrúe entre todos. Por iso, tamén estamos convencidos de que a participación dos lectores e lectoras engade outro valor aos contidos informativos. Pero este xogo ten as súas regras. O insulto, as descalificacións persoais e a linguaxe despectiva atrancan a comunicación libre. O diálogo establécese sobre as ideas, non sobre quen as emite. Por esta razón, eliminaremos os comentarios que non favorezan a liberdade e o razoábel intercambio de opinións. En beneficio da participación e do debate.

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Refexons desnecesariasUn artigo de: Quico Cadaval[18/06/2005]

Onte intitulei o meu texto "Utopia" e tenho que pedir desculpas ao amable lector que perdeu o seu tempo tentando buscar o sentido a esse titulo. Na verdade eu queria escrever de outra cousa. Talvez a escolha da palavra utopia e errada, pois significa o que nom existe em nengum lugar e que nom existira. Mas e costume que as persoas o utilizem no sentido de o desejavel que nom se pode conseguir, o belo sonho que nos ajuda a viver.

Nesta campanha eleitoral existe umha cousa que me resulta desagradavel. E o facto de saber que a escolha soberana e livre a traves do voto nom existe. Os meios forom eloquentess deviamos escolher entre a maioria absoluta do governo ou a coaliçom dos opositores liderada polo PS. Oas demais opçons coas que nos regala a matemática estam proibidas. Nom se podem nomear nem imaginar. Umha maioria absoluta do BNG ou em coaliçom coa FPG. Umha coaliçom PP-PSOE pàra evitar umha maioria simples do BNG.

Umha surpresa maior, como o governo do PS em minoria, umha surpreendente vitoria de EU em coaliçom com APU e FPG. Umha coaliçom dos humanistas, Democracia Galega e AU.TO.NO.MO para apoiar umha escissom cuinhista com maioria para governar... Por que o resultado eleitoral tem que coincidir com os inqueritos? E parte da democracia a advertencia tacita de que hai cousas que simplesmente nom som para ser votadas e que estam nas mesas simplesmente para iso, para a mesa ficar bonita?As minhas perguntas som ingenuas demais,? A nengum comentarista profissional se lhes ocorreria faze-las. Sera que esta implicito que a democracia eleitoral nom e mais que um metodo ,um instrumento, mais que nom e a "verdadeira politica", que nos comicios nom se tomam decissons, apenas se confirmam.

Nom entendim porque nom se autorizou o referendo do Plan Ibarretxe. A gente podia votar dezer que nom e acabou-se o conto. Mas nom foi assim, em termos informaticos o programa nom esta preparado para realizar essa tarefa. E fumega.

Como fumegou Chile quando os resultados eleitorais forom incorrectos. Se quadra o que lhe passou aos chilenos e que nom entenderom que ganharam um carro no concurso, mas que depois tinham que seguir o codigo. Nom vou seguir exibindo a minha ignorancia.

Hai dous anos , ou mais os Mofa e Befa figeram na NASA um espectaculo, em umha Ultranoite ( como a que estamos a celebrar estes dias a redor da tortura,tema nom tratado nos programas eleitorais, e para o que, felizmente ja nom ha entradas) dedicada a um tema bobo e frivolo. No numero deM&B representava-se a hipotetica e surpreendente vitoria eleitoral de EU. A presidencia apanhava Angel Guerreiro coa mesma cara de estupor coa que sempre o lembraremos. A maioria dos quadros autonomicos passavam do PP ao PCE. Pol-potistas lingüisticos faziam-se coa educaçom, as Brigadas Cacharristas e os Comandos Baltarianos passavam a clandestinidade, perezvarela fundava Sendero Leganhoso e o Correo Galego(por fim aparece!!!) convertia-se em um periodico.

A cousa era simpatica. Aos de Esquerda Unida nom lhes cabia umha palha no cu pola honra de sair em um numero de Mofa e Befa quando ja ninguem se lembrava deles (de EU, nom de M&B). Pola contra ou em troques, os do correo mosquearom-se e decidirom boicotar as informaçons da SALA NASA.

Ai que burrinhos, renunciar assim a posteridade.Vou durmir. Amanha (por hoje) os maricons manifestam-se contra os homosexuais.Ja falaremos disso. Nao perca!

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Quico Cadaval

Quico Cadaval narrador oral, autor, actor, guionista e director teatral. Ribeirense barbazán da añada de 1960. Iniciouse na compañia Moucho Clerc e no Teatro Malbarate. Guionista de curtametraxes como A gran liquidación ou Cabeza de boi. Creador de Mofa e Befa, xunto con Victor Mosqueira e Evaristo Calvo. Contador de historias como Falar por falar, A velocidade e o touciño, Fantasmas familiares ou Zona Portuaria. Amador, a contracorrente, de Álvaro Cunqueiro, a quen levou ao teatro e a outras moitas partes. Voz libre.

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» Utopia (18/06/2005)

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Onte intitulei o meu texto "Utopia" e tenho que pedir desculpas ao amable lector que perdeu o seu tempo tentando buscar o sentido a esse titulo. Na verdade eu queria escrever de outra cousa. Talvez a escolha da palavra utopia e errada, pois significa o que nom existe em nengum lugar e que nom existira. Mas e costume que as persoas o utilizem no sentido de o desejavel que nom se pode conseguir, o belo sonho que nos ajuda a viver.

Nesta campanha eleitoral existe umha cousa que me resulta desagradavel. E o facto de saber que a escolha soberana e livre a traves do voto nom existe. Os meios forom eloquentess deviamos escolher entre a maioria absoluta do governo ou a coaliçom dos opositores liderada polo PS. Oas demais opçons coas que nos regala a matemática estam proibidas. Nom se podem nomear nem imaginar. Umha maioria absoluta do BNG ou em coaliçom coa FPG. Umha coaliçom PP-PSOE pàra evitar umha maioria simples do BNG.

Umha surpresa maior, como o governo do PS em minoria, umha surpreendente vitoria de EU em coaliçom com APU e FPG. Umha coaliçom dos humanistas, Democracia Galega e AU.TO.NO.MO para apoiar umha escissom cuinhista com maioria para governar... Por que o resultado eleitoral tem que coincidir com os inqueritos? E parte da democracia a advertencia tacita de que hai cousas que simplesmente nom som para ser votadas e que estam nas mesas simplesmente para iso, para a mesa ficar bonita?As minhas perguntas som ingenuas demais,? A nengum comentarista profissional se lhes ocorreria faze-las. Sera que esta implicito que a democracia eleitoral nom e mais que um metodo ,um instrumento, mais que nom e a "verdadeira politica", que nos comicios nom se tomam decissons, apenas se confirmam.

Nom entendim porque nom se autorizou o referendo do Plan Ibarretxe. A gente podia votar dezer que nom e acabou-se o conto. Mas nom foi assim, em termos informaticos o programa nom esta preparado para realizar essa tarefa. E fumega.

Como fumegou Chile quando os resultados eleitorais forom incorrectos. Se quadra o que lhe passou aos chilenos e que nom entenderom que ganharam um carro no concurso, mas que depois tinham que seguir o codigo. Nom vou seguir exibindo a minha ignorancia.

Hai dous anos , ou mais os Mofa e Befa figeram na NASA um espectaculo, em umha Ultranoite ( como a que estamos a celebrar estes dias a redor da tortura,tema nom tratado nos programas eleitorais, e para o que, felizmente ja nom ha entradas) dedicada a um tema bobo e frivolo. No numero deM&B representava-se a hipotetica e surpreendente vitoria eleitoral de EU. A presidencia apanhava Angel Guerreiro coa mesma cara de estupor coa que sempre o lembraremos. A maioria dos quadros autonomicos passavam do PP ao PCE. Pol-potistas lingüisticos faziam-se coa educaçom, as Brigadas Cacharristas e os Comandos Baltarianos passavam a clandestinidade, perezvarela fundava Sendero Leganhoso e o Correo Galego(por fim aparece!!!) convertia-se em um periodico.

A cousa era simpatica. Aos de Esquerda Unida nom lhes cabia umha palha no cu pola honra de sair em um numero de Mofa e Befa quando ja ninguem se lembrava deles (de EU, nom de M&B). Pola contra ou em troques, os do correo mosquearom-se e decidirom boicotar as informaçons da SALA NASA.

Ai que burrinhos, renunciar assim a posteridade.Vou durmir. Amanha (por hoje) os maricons manifestam-se contra os homosexuais.Ja falaremos disso. Nao perca!

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Quico Cadaval narrador oral, autor, actor, guionista e director teatral. Ribeirense barbazán da añada de 1960. Iniciouse na compañia Moucho Clerc e no Teatro Malbarate. Guionista de curtametraxes como A gran liquidación ou Cabeza de boi. Creador de Mofa e Befa, xunto con Victor Mosqueira e Evaristo Calvo. Contador de historias como Falar por falar, A velocidade e o touciño, Fantasmas familiares ou Zona Portuaria. Amador, a contracorrente, de Álvaro Cunqueiro, a quen levou ao teatro e a outras moitas partes. Voz libre.

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Quico si tu lees este comentario espero que me llames o me envies un mensaje mira que he saboteado toda la red para encontrarte. Mary Mary (25/11/2005 19:58)

Grande Quico! Carlos Mesquita (21/06/2005 01:05)

Bravo, Quico... Nuala (18/06/2005 17:15)

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En Vieiros cremos que a verdade non é propiedade de ninguén, senón que se constrúe entre todos. Por iso, tamén estamos convencidos de que a participación dos lectores e lectoras engade outro valor aos contidos informativos. Pero este xogo ten as súas regras. O insulto, as descalificacións persoais e a linguaxe despectiva atrancan a comunicación libre. O diálogo establécese sobre as ideas, non sobre quen as emite. Por esta razón, eliminaremos os comentarios que non favorezan a liberdade e o razoábel intercambio de opinións. En beneficio da participación e do debate.

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Actos reflexosUn artigo de: Quico Cadaval[19/06/2005]

Hoje é jornada de reflexom. A luz incide sobre umha superficie reflectante e é reemitida segundo un angulo estudado pola ciencia optica. Estivem a olhar-me em diferentes espelhos e o que vim nom era agradavel. Para min, que e o que importa. Imaginem, caros leitores, o que sentiram outros, quando se olham no espelho. Ponho por caso, os convocantes da manifa contra os direitos novos dos homosexuais. Que sentiram ao ver-se no espelho.

Amanha.

Eu penso que é umha mani moderada. Se fose eu, faria contra o matrimonio o desfile. Penso que o matrimonio e o patrimonio som instituçons que atentan contra a liberdade individual. Por qué as persoas casam e entram em essa asociaçom passada de moda e cheia de problemas em vez de fundar umha S.L.?

Eu estou em umha, e a relaçom é clarisima. O reparto de ingresos, a liquidaçom da sociedade (actualmente chamada divorcio). Evitariam-se estupideces incluidas no dereito familiar como a paga post-matrimonial. É umha forma proxima á prostituçom.

No entanto, mentres nom se abola o matrimonio, a igreja podia meter-se nas suas cousas. Um vozeiro da Conferencia Episcopal dixo: ‘A la Iglesia nunca le havia pasado nada parecido’. Ai está! Essse é o erro. Isto nom lhe está passando á Igreja. A voda homosexula tem o mesmo que ver coa Igreja que coa masoneria. Nada.

A igreja tenhem-lhe passado cousas graves, mais esta nom lhe passa.

Por exemplo:- A venda ilegítima de patrimonio artístico.- Levar a Franco baixo palio coma um santo.- Ser vinculada coa Mafia e a P2 nos anos 80.- A Inquisiçom.- O divorcio so para ricos do Tribunal da Rota.- A connivencia coa Alemanha nazi na entrega de judeus italianos.- A condena do preservativo.- A violaçom do segredo de confessom a favor dos poderes públicos.- A sacralizaçom da cruzada do 36.- O uso de igrejas como plataformas eleitorais.- A retórica vazia a favor da vida: o fetismo.- Os escándalos sexuais em escolas americanas de inspiraçom católica., em orfanatos portugueses...

Todas estas cousas pasarom-lhe á Igreja; o de agora, nom.Podiam-se ocupar de estinhar essas feridas, de arranjar perdom e reconciliaçom e deixar de meter-se com os homosexuais.

Ou tenhem medo que coa perspectiva do matrimonio desçam as ja esmorecentes vocaçoms sacerdotais?Ponhovos aqui um poema de Caetano Veloso, porque ás vezes há que reparar nos poetas para ver as cousas livremente ou ,quando menos, zafar de alguns preconceitos.

AMERICANOSAmericanos pobres na noite da LouisianaTuristas ingleses assaltados em CopacabanaOs pivetes ainda pensam que eles eram americanosTuristas espanhóis presos no Aterro do FlamengoPor enganoAmericanos ricos já não passeiam por HavanaVeados americanos trazem o vírus da AIDSPara o Rio no carnavalVeados organizados de São Francisco conseguemControlar a propagação do malSó um genocida potencial- de batina, de gravata ou de avental -Pode fingir que não vê que os veados

Quico Cadaval

Quico Cadaval narrador oral, autor, actor, guionista e director teatral. Ribeirense barbazán da añada de 1960. Iniciouse na compañia Moucho Clerc e no Teatro Malbarate. Guionista de curtametraxes como A gran liquidación ou Cabeza de boi. Creador de Mofa e Befa, xunto con Victor Mosqueira e Evaristo Calvo. Contador de historias como Falar por falar, A velocidade e o touciño, Fantasmas familiares ou Zona Portuaria. Amador, a contracorrente, de Álvaro Cunqueiro, a quen levou ao teatro e a outras moitas partes. Voz libre.

OUTROS ARTIGOS DE Quico Cadaval:» Refexons desnecesarias (18/06/2005)» Utopia (18/06/2005)

» Tristeza nâo tem fim, felicidade sim (16/06/2005)

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- tendo sido o grupo-vítima preferencial -Estão na situação de liderar o movimentoPara deter a disseminação do HIVAmericanos são muito estatísticosTêm gestos nítidos e sorrisos límpidosOlhos de brilho penetrante que vão fundoNo que olham, mas não no próprio fundoOs americanos representam boa parteDa alegria existente neste mundoPara os americanos branco é branco, preto é preto(E a mulata não é a tal)Bicha é bicha, macho é macho,Mulher é mulher e dinheiro é dinheiroE assim ganham-se, barganham-se, perdem-seConcedem-se, conquistam-se direitosEnquanto aqui embaixo a indefinição é o regimeE dançamos com uma graça cujo segredoNem eu mesmo seiEntre a delícia e a desgraçaEntre o monstruoso e o sublimeAmericanos não são americanosSão velhos homens humanosChegando, passando, atravessando.São tipicamente americanos.Americanos sentem que algo se perdeuAlgo se quebrou, está se quebrando.

Nota:Veado: Forma popular de referir-se no Brasil aos homes homosexuais. Penso que nom é considerado ofensivo.

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Actos reflexosUn artigo de: Quico Cadaval[19/06/2005]

Hoje é jornada de reflexom. A luz incide sobre umha superficie reflectante e é reemitida segundo un angulo estudado pola ciencia optica. Estivem a olhar-me em diferentes espelhos e o que vim nom era agradavel. Para min, que e o que importa. Imaginem, caros leitores, o que sentiram outros, quando se olham no espelho. Ponho por caso, os convocantes da manifa contra os direitos novos dos homosexuais. Que sentiram ao ver-se no espelho.

Amanha.

Eu penso que é umha mani moderada. Se fose eu, faria contra o matrimonio o desfile. Penso que o matrimonio e o patrimonio som instituçons que atentan contra a liberdade individual. Por qué as persoas casam e entram em essa asociaçom passada de moda e cheia de problemas em vez de fundar umha S.L.?

Eu estou em umha, e a relaçom é clarisima. O reparto de ingresos, a liquidaçom da sociedade (actualmente chamada divorcio). Evitariam-se estupideces incluidas no dereito familiar como a paga post-matrimonial. É umha forma proxima á prostituçom.

No entanto, mentres nom se abola o matrimonio, a igreja podia meter-se nas suas cousas. Um vozeiro da Conferencia Episcopal dixo: ‘A la Iglesia nunca le havia pasado nada parecido’. Ai está! Essse é o erro. Isto nom lhe está passando á Igreja. A voda homosexula tem o mesmo que ver coa Igreja que coa masoneria. Nada.

A igreja tenhem-lhe passado cousas graves, mais esta nom lhe passa.

Por exemplo:- A venda ilegítima de patrimonio artístico.- Levar a Franco baixo palio coma um santo.- Ser vinculada coa Mafia e a P2 nos anos 80.- A Inquisiçom.- O divorcio so para ricos do Tribunal da Rota.- A connivencia coa Alemanha nazi na entrega de judeus italianos.- A condena do preservativo.- A violaçom do segredo de confessom a favor dos poderes públicos.- A sacralizaçom da cruzada do 36.- O uso de igrejas como plataformas eleitorais.- A retórica vazia a favor da vida: o fetismo.- Os escándalos sexuais em escolas americanas de inspiraçom católica., em orfanatos portugueses...

Todas estas cousas pasarom-lhe á Igreja; o de agora, nom.Podiam-se ocupar de estinhar essas feridas, de arranjar perdom e reconciliaçom e deixar de meter-se com os homosexuais.

Ou tenhem medo que coa perspectiva do matrimonio desçam as ja esmorecentes vocaçoms sacerdotais?Ponhovos aqui um poema de Caetano Veloso, porque ás vezes há que reparar nos poetas para ver as cousas livremente ou ,quando menos, zafar de alguns preconceitos.

AMERICANOSAmericanos pobres na noite da LouisianaTuristas ingleses assaltados em CopacabanaOs pivetes ainda pensam que eles eram americanosTuristas espanhóis presos no Aterro do FlamengoPor enganoAmericanos ricos já não passeiam por HavanaVeados americanos trazem o vírus da AIDSPara o Rio no carnavalVeados organizados de São Francisco conseguemControlar a propagação do malSó um genocida potencial- de batina, de gravata ou de avental -Pode fingir que não vê que os veados

Quico Cadaval

Quico Cadaval narrador oral, autor, actor, guionista e director teatral. Ribeirense barbazán da añada de 1960. Iniciouse na compañia Moucho Clerc e no Teatro Malbarate. Guionista de curtametraxes como A gran liquidación ou Cabeza de boi. Creador de Mofa e Befa, xunto con Victor Mosqueira e Evaristo Calvo. Contador de historias como Falar por falar, A velocidade e o touciño, Fantasmas familiares ou Zona Portuaria. Amador, a contracorrente, de Álvaro Cunqueiro, a quen levou ao teatro e a outras moitas partes. Voz libre.

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» A calor converte-me em paranoico (13/06/2005)

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Page 26: PODER GALEGO A calor converte-me em paranoico · governo galego nom manda nada porque a autonomia é umha fachada coma a dos fogos do apóstolo. Esse é o tema : a soberania, mas

Vieiros: G2005

- tendo sido o grupo-vítima preferencial -Estão na situação de liderar o movimentoPara deter a disseminação do HIVAmericanos são muito estatísticosTêm gestos nítidos e sorrisos límpidosOlhos de brilho penetrante que vão fundoNo que olham, mas não no próprio fundoOs americanos representam boa parteDa alegria existente neste mundoPara os americanos branco é branco, preto é preto(E a mulata não é a tal)Bicha é bicha, macho é macho,Mulher é mulher e dinheiro é dinheiroE assim ganham-se, barganham-se, perdem-seConcedem-se, conquistam-se direitosEnquanto aqui embaixo a indefinição é o regimeE dançamos com uma graça cujo segredoNem eu mesmo seiEntre a delícia e a desgraçaEntre o monstruoso e o sublimeAmericanos não são americanosSão velhos homens humanosChegando, passando, atravessando.São tipicamente americanos.Americanos sentem que algo se perdeuAlgo se quebrou, está se quebrando.

Nota:Veado: Forma popular de referir-se no Brasil aos homes homosexuais. Penso que nom é considerado ofensivo.

COMENTARIOS:

Ya veo que has compartido muchas cosas bonitas con todos pero tu me dejaste una espina clavada en el corazon desde que te fuiste este dolor es tan inmenso oye no me hagas sufrir mas escribeme a [email protected] Mary (25/11/2005 20:01)

Ya veo que has compartido muchas cosas bonitas con todos pero tu me dejaste una espina clavada en el corazon desde que te fuiste este dolor es tan inmenso oye no me hagas sufrir mas escribeme a [email protected] Mary (25/11/2005 20:01)

Todo lo que dice me parece bonito, hermoso,encantador sera que estoy enamorada ni yo misma lo se? hola a todos saludos del Peru. Mary (25/11/2005 19:49)

teño que confesar que eres a unica persoa no mundo coa que non compartindo moitas das cousas das que dis, non entendendo outras e extasiandome co resto teñote nunha grande consideración. Vamos que poderia apoiar unha iniciativa lexislativa popular pra que te convertiras no Deus dos galegos e que fixeras de nos un pandeiro dende o alto da Curota.Que nos putearas coa tua gracia e intelixencia tan dificilmente clasificabel. Cando teña un fillo se non logro que sexa coma min, farei todo o posibel pra que sexa coma ti. Saude e Patria! eu (29/06/2005 18:02)

Patri, sen animo de ofender (que ben se sabe que a traverso das mensaxes da rede, o non poder desfrutar un da riqueza que da a diversidade do ton na fala, malinterprentase moitas cousas). Que Cadaval escriba cunha grafia distinta a do galego normativo non me parece motivo de que preguntes por que non escribe galego. Ainda que e unha utopia pouco mais que irrealizable, xa temos dabondo cos "poderes" no goberno que nos fan creer que a liberdade de expresion (como din os Clash) e un dereito que temos todos sempre e cando non sexamos tan parvos coma para usalo, coma para que nos mismos nos venhamos censurando os uns aos outros. Repito, e so un comentario, non unha acusacion. Por favor non o tomes como algo persoal ou malintencionado. Nuala (29/06/2005 15:31)

Estou desconcertada. Sempre admirei as túas obras orais, as cales tiven oportunidade de escoitar en varias ocasións. E agora atópome con que a lingua que falas non é coa que escribes. A primeira pregunta que me veu á cabeza foi porque falabas galego e escribías en portugués ou algo

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semellante. Pero logo me decatei de que era unha pregunta errada, de que o que realmente quería saber é se se podería facer algo para que tamén escribises en galego. Se non pode ser pois teremos que conformarnos co teu inxenio da maneira que sexa, benvido sexa. Adiante co varal. patri salnés (28/06/2005 16:56)

Retirate meu. Qué credibilidade politica na esquerda ten quen coma ti respalda á sociedade xeral de autores españois, como tes feito non hai moito en certo hotel de luxo de compostela, nun país dunha tradición oral da que ti segues a sacar bós dividendos? eu (27/06/2005 23:24)

Non paras de sorprender. Segue aí Quico!, queremos un fillo teu...Blog de Quico indefinido xa! ¿como andas de tempo? Propoño un Gurú a escote... pepa (23/06/2005 04:23)

É a primeira vez que leo o blogue, de facto é a primeira vez que reparo en vieiros, indymedia soe chegar. En ningún caso esperaba atopar textos do Quico Cadaval, mas o de hoxe, a lectura que dura o que o café co que nos enteramos de que nada hai que facer porque hai uns homes e mulleres que malia teren nacido a centos de quilómetros da matria, sen sequera saber situá-la nun mapa, deciden o futuro político próximo das galegas. Este textiño sobre veados e curas e caetano e ángulos de reflexión nos espellos planos non ha ser o derradeiro que lea. teoriadaderiva (20/06/2005 01:20)

Caetano Veloso :D seguiras co blog pasada esta noite, Quico? Nuala (19/06/2005 18:16)

Esta xente non sente nada, Quico.Como é ben sabido, os vampiros procuran non mirarse ao espello... Noraboa por todos e cada un dos teus artigos. C.S. (19/06/2005 12:59)

Pagou a pena madrugar este domingo e ler a tua crónica socio-política, tam acertada coma sempre. Vam-che fazer os de Vieiros um contracto indefinido para continuar fazendo o blogue depois das Eleiçons?Eu VOTO por isso...Saúde e República (galega, se é possível). warwash (19/06/2005 12:08)

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