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ANNO XXVII ASSIGNATUIIAS PAllA A CAPITAL Anno . . 10ÍÍ00Ô Semestre . OflOOO PAGAMENTO ADIANTADO Numero do dia—40 rs. HfTWlB§ffi*BmTJw^^TmiIfl^^SST«Tm ,II11liII m P1119i ,BBæI; I S19 QH flhnBIæfll I PAULISTANO N. 7187 ASSWINATUIUS PARA FORA Anno . . 120000 Semestre . 7Ô000 PAGAMENTO ADIANTADO Typ.—R. da Imperatriz, 27 Propriedade de Joaquim Roberto de Azevedo Marques Administrador José Maria de Azevedo Marques S. PAULO SEXT a FKIKA \ii DE NQVEVI13K.0 DE 1880 BRAZIL CORREIO PAULISTANO S. Paulo, 12 oe Novembro oe 1880. A segurança publica deve merecer tanta attenção por parte das auctoridades e da imprensa, que para esta é cousa sem duvida de grande alcance qual- quer mudança entro os funccionarios superiores da policia. Acaba de realisar-se uma mudança na chefia de policia desta provincia e a considerarmos este facto pelo único lado que nos é dado aprecial-o, islo é, pela sahida do sr. Fleury, não temos duvida em consideral-o satisfactorio. O desempenho dado a seu cargo pelo ex «chefe de policia não pôde ser lisongeiramcnte qualificado o ha hesitação de nossa parle no apreciarmos o gráo da responsabilidade que lhe podo ser atlri- buida. Propendemos muito para affirmar que os actos do s. ex. merecem, muitos, reprovação, mas roconhe- cemos que as deficiências no serviço de s. ex., al- gumas attingindo às proporções de verdadeiros es- candalos, como os inquéritos do Jahú, foram devi- dos à incapacidade de s. ex. desnorteada pela pai- xão partidária, e dirigida pelos seus chefes politi- cos, que assestavam no entendimento de s. ex. ocu- los apropriados para ver todos os fados, variando as cores dos vidros, conforme era preciso s. ex. declarar se isto era azul ou amarello. Em todos os seus actos o sr. Fleury revelou que conhecia um principio, além de obediência cega aos seus chefes—o da innocencia dos correligiona- rios o da criminalidade dos adversários. E' islo uma verdade e o sr. Fleury não se deve magoar muito, se, querendo, explicar os seus actos, por esto dilemma—má ou inépcia—escolhemos convictos a segunda explicação. Isto quanto ao chefe de policia que sábio. O que entrou merece lambem algumas palavras. O sr. dr. Ventura de Freitas Albuquerque não vem nem bem nem mal recoinmcndado pelos seus antecedentes; s. ex. não lem antecedentes. Talvez pensem outros ser uma rCconimenda- ção a nenhuma notoriedade do nome do novo func- cionario ; de modo dilTercnle pensamos nós. E' preferível um funecionario ambicioso de conquistar boa reputação a um que,já lendo bom nome,á som- lira delle prevarica, impondo por algum tempo res- peito. Não ambicionamos que s. ex. venha immoriali- sar-se como chefe do policia, não queremos tanlo ; somos modestos e conlontar-nos-hia um funcciona- rio apenas respeitador da lei. Grandes reformas, nem grandes medidas sào para serem tomadas por qualquer, nem em qualquer oceasião ; muitas vezes "põlItim ,as uma tentativa frustrada de melhoramento auginenta o mal existente. Estude potlanto bnm o novo chefe de policia as necessidades do serviço a seu cargo, evitando a precipitação e a inação, que são os dois extremos perigosos, em que muitos naufragam de ordi- nario. Sem nenhuma prevenção contra s. ex. não nos furtaremos ao prazer de eíogial-o sempre que o julgarmos merecedor de louvores. S. ex., acredita- mos, não tora por incentivo de seu proceder o de- sejo de receber elogios, mas sim o de satisfazer aos seus devores e assim o seu elogio estará completo sempre que se apontar um beneficio que tiver feito. Quanlo a nós, ficaremos satisfeitíssimos se s. ex. der mais ouvidos á reclamações do que o seu ante- cessor, porque nós sempre havemos de reclamar contra as faltas por parte das auctoridades no ser- viço publico. E' por isso que desde chamamos a altenção do novo chefe de policia para o corpo de urbanos desta capital, que eslá em estado bem longe de ser salis- factorio. A disciplina de que por algum tempo deu exem- pio este corpo eslá agora bem abalada. As rocia- mações contra o proceder dos guardas urbanos ou- vem-se sempre e em toda a parle. Ainda nestes últimos tempos, em que assallos e roubos eonsli- tuiam-sc, póde-se dizer, uma estação ladra, como sc diz—estação lyrica, as queixas eram mais contra a inépcia dos agentes das auctoridades e mosmo deslas, do que contra os criminosos. Estes animavam-se com a impunidade e conta- vam com ella. N'uma das casas assaltadas uma pessoa apitou e emquanto os larápios forçavam a porta, um destes exclamou : Ora esperem pela policia l Veja o sr. dr. Ventura de Freitas Albuquerque a confiança que o corpo de urbanos inspiraaos ladrões ! Reveja s. ex. com cuidado e imparcialidade o quadro das auctoridades policiaos da provincia. Estas não são em regra escolhidas entre as pes- soas mais dignas da localidade. As conveniências dc parlido, a repugnância que ha para a aceitação de cargos policiaos por parte de muitos cidadãos, tem oceasionado a nomeação para taes cargos de indivíduos que apenas conhecem de negócios de policia por terem sido perseguidos por ella. Outras vezes são taes cargos oecupados por pa- rentes do chefe do parlido governante, porque não os querem os verdadeiros chefes desejosos de man- dar e de não tor responsabilidade. Nomes c fados temos muitos que indicaremos se virmos que não os quer s. ex. vér. Terminamos pensando que perdemos o nosso tempo se o sr. dr. Ventura vem consignado ao sr. Laurindo de corpo e alma e nâo 6 mais do que uma continuação do sr. Fleury. Esperamos que assim não seja. PARLAMENTO Na sessão de ü continuou a segunda discussão do art. 4." da reforma eleitoral. O sr. Christiano Oltoni apresentou uma emenda substitutiva da do sr. Barros Barreto, pedindo que seja considerado eleitor o cidadão que apresentar requerimento escripto e assignado pelo próprio pu- nho. O sr. Saraiva declara que aceita as emendas da commissào do senado ; não tem podido estudar as oulras, mas depois de o fazer, talvez aceite al- guma em terceira discussão: •> Reconhece que o projecto que ora se discute tem em si o gerinen do suffragio universal. jfoiO sr. José Bonifácio diz que continuará a esíor- çar-se pelo alargamento do voto. Diz que o projecto que pareço querer pur as eleições fora da influencia do governo não o faz, porqueiuclue a grande mas- sa do funccionalismo, ao passo que excluo a gran de massa adiva de cidadãos. Vota, porém, pelo projecto com Iodos os seus defeitos, porque estes mesmos provocarão a reac- ção, e essa não se fará esperar. O sr Leão Velloso manda á mesa uma emenda, propondo que sejam dispensados da prova da renda todos os cidadãos que tiverem um curso em esla- belecimento superior ou secundário, nacional e es- trangeiro, embora esse curso nào direito a ti- tulo. O sr. Cândido Mendes diz que continua a defen- der a Constituição contra o projecto, de preferem- cia a discutir o arl. 4." A discussão ficou addiada. arama Í.XTER10R As ultimas dalas são de Londres 2.0, Paris 21 Madrid 22, e de Lftboa 24 do passado. PONSON DU TERBAIL 0 SEM-VENTURA SEGUNDA PARTE Uma herança disputada XXX 0 príncipe Maropoulofl" olhava para a prima- donna com uma espécie de desvairameiito, e pare- cia não poder ou nào querer comprehendel-a. ²Escute, meu caro príncipe, tornou ella: sou uma rapariga honesta, e não quero illudir nin- guem. Se tivesse livre o coração, talvez eu devesse fugir-lhe... Contam-se rasgos tão admiráveis do seu excellente e generoso caracter, que se compre- heiide perfeitamente que uma pobre mulher, que se saiba amada pelo príncipe, enlouqueça de or- gulho e de ventura... Mas eu, meu amigo... permilta-me que lho diga francamente... não posso dar-lhe amor... O príncipe fez-se livido. ²Onero que seja meu amigo, continuou a diva; e creio que o melhor meio dc conseguil-o é fallar-lhe com inteira franqueza, e contar-lhe a mi- nha hisloria. ²Eslou prompto para ouvil-a, murmurou o russo com voz abafada. Bastinguelte nâo perdeu tempo em descripções e commentarios. Conlou os factos simplesmente e sem rodeios ; a sua infância, a do Sem- Ventura, e as singulares aventuras deste, tudo emfini quanto podia despertar no príncipe um certo interesse. Maropoúloir escutava-a com as lagrimas nos olhos. ²Mas porque não casam? exclamou elle dn súbito, arrastado pelos cavalheirescos inslinclos da sHa alma generosa. ²Porque elle não quer. ²Como assim ? disse elle profundamente sur- prehèridido, e como que duvidando de que hou- vesse um homem tão selvagem, que não quizesse dar a mão de esposo á formosa Paquila. ²Nào quer, por que õ meu talento me faz rica, e elle... é pobre. ²Mas tem talento... ²Assim o creio, disse Bastinguette ingênua- menle. Na próxima exposição ha de elle apresen- tar um bom trabalho de esculplura. ²Minha senhora, disse o príncipe, pegando na mão fina o branca de Bastinguette; eu le- nho em Pariz uma certa reputação de amador intelligenlc de bellas-;utes. Posso portanto tornar celebre qualquer artista que eu tome sob a minha protecção. ²Ah ! sei isso perfeitamente, exclamou Bastiu- guette. ²Diga-me : onde mora o seu protegido ? ²Em Auteuil, em uma pequena casa, per- tencente a um criado da sua família. O ge- neroso servo quiz que os seus patrões, em outro tempo ricos c boje pobres, fossem seus hospe- des... Pè-me v. exc. a morada exacta. ²Aqui está, disse Bastinguelte, entregando ao príncipe um bilhete dc visita, em que se lia o se- guinte : « GODEFROY, ESCULPTOR » .1 Rua Nova, il. 17, em Auteuil » O príncipe pegou no bilhete e disse ainda; INGLATERRA Lste paiz começava a inquietar-se com as noli- cias que recebia do Cabo da Doa Esperança; Sabia-se que os basutos se révòjlaram, em con- seqüência do desarmamento ordenado pelo governo do Cabo, ou, pelo menos, com este pretexto. A rebelliâò estende-se até ao paiz dos griquas, e recoiava-se muito pela sorte da colônia do Natal, porque as tropas inglezás sahirãm da África, (i- cando apenas alguns artilheiros e meio regimento de infantaria, encarregados da defesa do arsenal e porto do Cabo. O governo dispunha apenas das milícias colo- niaes para o ataque c defesa. üiauixammxmiiríiommxr.n-.iiivvm ²Nào o impressionará desagradavelmcnte a minha visita ? ²Nào... mas é preciso que nem por sombras elle saiba que o príncipe vae para me ser agradável. ²liem. Terei todo o cuidado em não lho deixar perceber. E o príncipe accrescenlou suspirando I ²De ora avante serei náo seu amigo, mas tam bem seu aluado, E, a partir desse momento, não disse nem mais uma palavra que púdòSso revelar a Bastiu- guette o profundo desespero, que lhe torturava o coração. Minutos depois despediu-se delia, e foi para o club. O príncipe Maropoulofl possuía uma dessas naturezas vigorosas, que resistem corajosamente ás tempestades da alma, que sào de todas as mais temerosas. Se, uma hora anles, Bastinguette houvesse pro- nuncindo uma palavra, seria princeza de Maro- poulolT, antes que um mez tivesse decorrido. Agora perdera o príncipe todas as esperan- ças. Comtudo, da própria mina das suas illusões tirava elle agora uma nova força. O príncipe queria ser amigo da cantora, e que ella lhe retri- buisse sinceramente essa affeição ; e para isso era preciso, que. elle protegesse o' pobre esculplor, que luclava conlra a adversidade. Coincidência singular! quando o príncipe entrou no club, tinha-se travado cnlre os presentes uma acalorada discussão artística. Escusado é dizer que O russo lomou logo parte nella. Opinavam uns que a arte estava agonisante, morria de inanição. Sustentavam outros que nunca Pariz fora tão rica em artistas de verdadeiro rnerilo, como então. —• A propósito: quem conhece um pobre c ohs- curo esculplor, que se chama Godefroy ? pergun- toti o príncipe bruscamente. Os circumslantes ficaram por um momento silen-1 Realizou-se no dia 16 em Bradford um meeting de rendeiros irlaudezes. Muitos ;ri_ieinbros irlande- zes dn câmara dos commims louíaram a palavra no meeting. A reunião npprovou por unanimidade uma proposla de censura aos jornaes inglezes que lem intentado desfigurar os acontecimentos da Ir- lauda e obrigar o governo a adoptar providencias coercitivas, e de prulesto contra a câmara dos lords, por ter rejeitado ,o bill de compensação a favor dos rendeiros irlandezes. A proposta falia da ca- < mara dos lords como' de um resto de feudalismo cum que se deva acabar. Foi approvada outra proposta, rejeitando qual-- quer aceurdo que nào encerre o principio da pro- priedade dos rendeiros. Outra proposla pede a creação de um parlamento especial para a Irlanda. Tinham rebentado novas desordens no condado de Kerrew, lendo o governo enviado reforços im- mediatamente. Muitos outros meelings tinham-se realizado, a mór parte delles no dia '1. Fm Langford, 1'arnell lecommeiidou a organização e a união.' . Entretanto, a scisão entre o grupo nacionalista irlandez e o grosso de Land League accentuava-se de mais em mais. Lm B.illyhaniiis, os oradores na- cionalistas declararam que a abolição do landlor- dism de nada serviria se a Ir anda'não conseguisse um governo autônomo. Também foi condemnada a polilica de Parnell por um outro nacionalista, em (jueensttwa o qual, alludindo aquelles que acompanhavam esse chefe, disse ; «Deus se compadeça de sua loucura ! Na sua ignorância, vão á" ga"rra no oceano político, como os marinheiros no oceano liquido». FRANÇA Principiara no dia 10 a ser applicado com gran- de energia em toda a França o segundo dos decre- tos de 20 de Março, relativos às congregações re- ligiosas não auto'risada.°, provocando protestos de varias naturezas em diversos ponto:! do território francez. Lm Montpellier o bispo quando soube da dispersão dos carmelitas, paramentou-se com os hábitos episcopaes, e, de baculo e mi tra, foi lançar ao prefeito a excommunhão maior; do mesmo modo procedeu o superior dos carmelitas para com o commissario de policia. Nu mesmo dia foram dispersos em treze depar- lamentos os carmelitas e baruabitas. A 17realizou-se no circo Fernando uma reunião de boiiapartislas provocada pelo grupo hostil ao príncipe Napoleáo. Depois de animada discussão a reunião adoplou uma resolução no sentido de se pedir ao príncipe Jeronymo que renunciasse a toda candidatura e reconhecesse seu lilho Victor como herdeiro do Império No mesmo dia os delegados da reunião solicita- ram do príncipe uma audiência particular, que este negou por meio da seguinte caria publicada na Ordre : «Becebi vossa carta, publicada na vossa folha. Sei o que me quereis diz r. Sabeis o que vos responderei. E' portanto, inútil que nos receba. Nào tenho por habito solfrer os interrogatórios dos meus adversários políticos, nem desculpar-me de aceusações mentirosas. Aquelles que se julgam contra mini os represen- tantes do partido napoleonico, que escrevão, fall.-m ou procedào á sua vontade. Lastimo as pessoas dis- cretas que arrastam comsigo, mas não discutirei sua illusão pueril. Kmquanto a mim, em meu nome e em nome de WB»wàaèniàiÍÊÊ3mtàÊiK_t__^^ ciosos. Por fim um elegante mancebo, o visconde S..., respondeu : ²Creio que vi ha dias, não sei onde, uma es- tatuêla de bastante merecimento, rubricada por esse nome. ²Se algum dos meus amigos, tornou o princi- pc, quer dar amanhã um passeio matinal, iremos ver os trabalhos delle á otficina. ²Interessas-te por esse tal Godefroy ? per- guntou o visconde S..., intimo amigo do prin- cipe. ²Disseram-me que é artista de grandes espe- ranças. ²Quem t'o disse "-—~ ²Um velhote, que compra e vende estatuas o quadros, e que eu tenho em conta de muito com- pnteiile na matéria. listas palavras pronunciou-as o príncipe com in- dillerenea. Depofs de uma breve pausa, ajuntou : ²Ando agora recrutando uma legião de bons artistas. Comprei uma grande porção de ter- reno no alto dos Campos-Elysios, onde quero mandar edificar uma casinha para minha resi- dencia... ²Uma bagatella, que ha de custar uns mi- Ihõcxitos, nào é assim? disse sorrindo, o vis- conde S... ²Nào sei... veremos, respondeu o príncipe simplesmente. E então? quem quer acompa- iihar-mc? ²Lu, respondeu o visconde. ²Muito bem 1 ²a que horas vamos ? ²Irei buscar-te. das sete para as oito horas, á tua casa da rua do Holder, respondeu o prin- cipe. ²te ospero. Dahi a pouco a conversa seguia rumo diffe- rente. (Continua.)

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ANNO XXVII

ASSIGNATUIIAS PAllA A CAPITALAnno . . 10ÍÍ00ÔSemestre . OflOOO

PAGAMENTO ADIANTADONumero do dia—40 rs.

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ASSWINATUIUS PARA FORAAnno . . 120000Semestre . 7Ô000

PAGAMENTO ADIANTADOTyp.—R. da Imperatriz, 27

Propriedade de Joaquim Roberto de Azevedo MarquesAdministrador José Maria de Azevedo Marques

S. PAULO SEXT a FKIKA \ii DE NQVEVI13K.0 DE 1880 BRAZIL

CORREIO PAULISTANO

S. Paulo, 12 oe Novembro oe 1880.

A segurança publica deve merecer tanta attenção

por parte das auctoridades e da imprensa, que paraesta é cousa sem duvida de grande alcance qual-quer mudança entro os funccionarios superiores da

policia.Acaba de realisar-se uma mudança na chefia de

policia desta provincia e a considerarmos este facto

pelo único lado que jà nos é dado aprecial-o, isloé, pela sahida do sr. Fleury, não temos duvida emconsideral-o satisfactorio.

O desempenho dado a seu cargo pelo ex «chefede policia não pôde ser lisongeiramcnte qualificadoo só ha hesitação de nossa parle no apreciarmos o

gráo da responsabilidade que lhe podo ser atlri-buida.

Propendemos muito para affirmar que os actos dos. ex. merecem, muitos, reprovação, mas roconhe-cemos que as deficiências no serviço de s. ex., al-

gumas attingindo às proporções de verdadeiros es-candalos, como os inquéritos do Jahú, foram devi-dos à incapacidade de s. ex. desnorteada pela pai-xão partidária, e dirigida pelos seus chefes politi-cos, que assestavam no entendimento de s. ex. ocu-los apropriados para ver todos os fados, variandoas cores dos vidros, conforme era preciso s. ex.declarar se isto era azul ou amarello.

Em todos os seus actos o sr. Fleury revelou quesó conhecia um principio, além de obediência cegaaos seus chefes—o da innocencia dos correligiona-rios o da criminalidade dos adversários.

E' islo uma verdade e o sr. Fleury não se devemagoar muito, se, querendo, explicar os seus actos,

por esto dilemma—má fé ou inépcia—escolhemosconvictos a segunda explicação.

Isto quanto ao chefe de policia que sábio. O queentrou merece lambem algumas palavras.

O sr. dr. Ventura de Freitas Albuquerque nãovem nem bem nem mal recoinmcndado pelos seusantecedentes; s. ex. não lem antecedentes.

Talvez pensem outros ser uma má rCconimenda-

ção a nenhuma notoriedade do nome do novo func-cionario ; de modo dilTercnle pensamos nós. E'

preferível um funecionario ambicioso de conquistarboa reputação a um que,já lendo bom nome,á som-lira delle prevarica, impondo por algum tempo res-

peito.Não ambicionamos que s. ex. venha immoriali-

sar-se como chefe do policia, não queremos tanlo ;somos modestos e conlontar-nos-hia um funcciona-rio apenas respeitador da lei. Grandes reformas,nem grandes medidas sào para serem tomadas porqualquer, nem em qualquer oceasião ; muitas vezes"põlItim ,as

uma tentativa frustrada de melhoramento auginentao mal existente.

Estude potlanto bnm o novo chefe de policia asnecessidades do serviço a seu cargo, evitando aprecipitação e a inação, que são os dois extremosperigosos, em que muitos naufragam de ordi-nario.

Sem nenhuma prevenção contra s. ex. não nosfurtaremos ao prazer de eíogial-o sempre que ojulgarmos merecedor de louvores. S. ex., acredita-mos, não tora por incentivo de seu proceder o de-sejo de receber elogios, mas sim o de satisfazer aosseus devores e assim o seu elogio estará completosempre que se apontar um beneficio que tiverfeito.

Quanlo a nós, ficaremos satisfeitíssimos se s. ex.der mais ouvidos á reclamações do que o seu ante-cessor, porque nós sempre havemos de reclamarcontra as faltas por parte das auctoridades no ser-viço publico.

E' por isso que desde já chamamos a altenção donovo chefe de policia para o corpo de urbanos destacapital, que eslá em estado bem longe de ser salis-factorio.

A disciplina de que por algum tempo deu exem-pio este corpo eslá agora bem abalada. As rocia-mações contra o proceder dos guardas urbanos ou-vem-se sempre e em toda a parle. Ainda nestesúltimos tempos, em que assallos e roubos eonsli-tuiam-sc, póde-se dizer, uma estação ladra, comosc diz—estação lyrica, as queixas eram mais contraa inépcia dos agentes das auctoridades e mosmodeslas, do que contra os criminosos.

Estes animavam-se com a impunidade e conta-vam com ella. N'uma das casas assaltadas umapessoa apitou e emquanto os larápios forçavam aporta, um destes exclamou : Ora esperem lá pelapolicia l

Veja o sr. dr. Ventura de Freitas Albuquerque aconfiança que o corpo de urbanos inspira aosladrões !

Reveja s. ex. com cuidado e imparcialidade oquadro das auctoridades policiaos da provincia.

Estas não são em regra escolhidas entre as pes-soas mais dignas da localidade. As conveniênciasdc parlido, a repugnância que ha para a aceitaçãode cargos policiaos por parte de muitos cidadãos,tem oceasionado a nomeação para taes cargos deindivíduos que apenas conhecem de negócios depolicia por já terem sido perseguidos por ella.

Outras vezes são taes cargos oecupados por pa-rentes do chefe do parlido governante, porque nãoos querem os verdadeiros chefes desejosos de man-dar e de não tor responsabilidade. Nomes c fadostemos muitos que indicaremos se virmos que nãoos quer s. ex. vér.

Terminamos pensando que perdemos o nosso

tempo se o sr. dr. Ventura vem consignado ao sr.Laurindo de corpo e alma e nâo 6 mais do que umacontinuação do sr. Fleury.

Esperamos que assim não seja.

PARLAMENTO

Na sessão de ü continuou a segunda discussão doart. 4." da reforma eleitoral.

O sr. Christiano Oltoni apresentou uma emendasubstitutiva da do sr. Barros Barreto, pedindo queseja considerado eleitor o cidadão que apresentarrequerimento escripto e assignado pelo próprio pu-nho.

O sr. Saraiva declara que só aceita as emendasda commissào do senado ; não tem podido estudaras oulras, mas depois de o fazer, talvez aceite al-guma em terceira discussão: •>

Reconhece que o projecto que ora se discute temem si o gerinen do suffragio universal.jfoiO sr. José Bonifácio diz que continuará a esíor-çar-se pelo alargamento do voto. Diz que o projectoque pareço querer pur as eleições fora da influenciado governo não o faz, porqueiuclue a grande mas-sa do funccionalismo, ao passo que excluo a grande massa adiva de cidadãos.

Vota, porém, pelo projecto com Iodos os seusdefeitos, porque estes mesmos provocarão a reac-ção, e essa não se fará esperar.

O sr Leão Velloso manda á mesa uma emenda,propondo que sejam dispensados da prova da rendatodos os cidadãos que tiverem um curso em esla-belecimento superior ou secundário, nacional e es-trangeiro, embora esse curso nào dè direito a ti-tulo.

O sr. Cândido Mendes diz que continua a defen-der a Constituição contra o projecto, de preferem-cia a discutir o arl. 4."

A discussão ficou addiada.arama

Í.XTER10R

As ultimas dalas são de Londres 2.0, Paris 21Madrid 22, e de Lftboa 24 do passado.

PONSON DU TERBAIL

0 SEM-VENTURASEGUNDA PARTE

Uma herança disputada

XXX

0 príncipe Maropoulofl" olhava para a prima-donna com uma espécie de desvairameiito, e pare-cia não poder ou nào querer comprehendel-a.

Escute, meu caro príncipe, tornou ella: souuma rapariga honesta, e não quero illudir nin-guem. Se tivesse livre o coração, talvez eu devessefugir-lhe... Contam-se rasgos tão admiráveis doseu excellente e generoso caracter, que se compre-heiide perfeitamente que uma pobre mulher, quese saiba amada pelo príncipe, enlouqueça de or-gulho e de ventura... Mas eu, meu amigo...permilta-me que lho diga francamente... nãoposso dar-lhe amor...

O príncipe fez-se livido.Onero que seja meu amigo, continuou a diva;

e creio que o melhor meio dc conseguil-o éfallar-lhe com inteira franqueza, e contar-lhe a mi-nha hisloria.

Eslou prompto para ouvil-a, murmurou orusso com voz abafada.

Bastinguelte nâo perdeu tempo em descripçõese commentarios. Conlou os factos simplesmente esem rodeios ; a sua infância, a do Sem- Ventura,

e as singulares aventuras deste, tudo emfini quantopodia despertar no príncipe um certo interesse.

Maropoúloir escutava-a com as lagrimas nosolhos.

Mas porque não casam? exclamou elle dnsúbito, arrastado pelos cavalheirescos inslinclos dasHa alma generosa.Porque elle não quer.

Como assim ? disse elle profundamente sur-prehèridido, e como que duvidando de que hou-vesse um homem tão selvagem, que não quizessedar a mão de esposo á formosa Paquila.

Nào quer, por que õ meu talento me faz rica,e elle... é pobre.

Mas tem talento...Assim o creio, disse Bastinguette ingênua-

menle. Na próxima exposição ha de elle apresen-tar um bom trabalho de esculplura.

Minha senhora, disse o príncipe, pegandona mão fina o branca de Bastinguette; eu le-nho em Pariz uma certa reputação de amadorintelligenlc de bellas-;utes. Posso portanto tornarcelebre qualquer artista que eu tome sob a minhaprotecção.Ah ! sei isso perfeitamente, exclamou Bastiu-guette.

Diga-me : onde mora o seu protegido ?Em Auteuil, em uma pequena casa, per-

tencente a um criado da sua família. O ge-neroso servo quiz que os seus patrões, em outrotempo ricos c boje pobres, fossem seus hospe-des...

Pè-me v. exc. a morada exacta.Aqui está, disse Bastinguelte, entregando ao

príncipe um bilhete dc visita, em que se lia o se-guinte :

« GODEFROY, ESCULPTOR »

.1 Rua Nova, il. 17, em Auteuil »

O príncipe pegou no bilhete e disse ainda;

INGLATERRA

Lste paiz começava a inquietar-se com as noli-cias que recebia do Cabo da Doa Esperança;

Sabia-se que os basutos se révòjlaram, em con-seqüência do desarmamento ordenado pelo governodo Cabo, ou, pelo menos, com este pretexto.

A rebelliâò estende-se até ao paiz dos griquas,e recoiava-se muito pela sorte da colônia do Natal,porque as tropas inglezás sahirãm da África, (i-cando apenas alguns artilheiros e meio regimentode infantaria, encarregados da defesa do arsenal eporto do Cabo.

O governo dispunha apenas das milícias colo-niaes para o ataque c defesa.üiauixammxmiiríiommxr.n-.iiivvm

Nào o impressionará desagradavelmcnte aminha visita ?

Nào... mas é preciso que nem por sombraselle saiba que o príncipe vae lá só para me seragradável.

liem. Terei todo o cuidado em não lho deixarperceber.

E o príncipe accrescenlou suspirando IDe ora avante serei náo só seu amigo, mas

tam bem seu aluado,E, a partir desse momento, não disse nem

mais uma palavra que púdòSso revelar a Bastiu-guette o profundo desespero, que lhe torturava ocoração.

Minutos depois despediu-se delia, e foi para oclub. O príncipe Maropoulofl possuía uma dessasnaturezas vigorosas, que resistem corajosamenteás tempestades da alma, que sào de todas as maistemerosas.

Se, uma hora anles, Bastinguette houvesse pro-nuncindo uma palavra, seria princeza de Maro-poulolT, antes que um mez tivesse decorrido.

Agora perdera o príncipe todas as esperan-ças.

Comtudo, da própria mina das suas illusõestirava elle agora uma nova força. O príncipequeria ser amigo da cantora, e que ella lhe retri-buisse sinceramente essa affeição ; e para isso erapreciso, que. elle protegesse o' pobre esculplor, queluclava conlra a adversidade.

Coincidência singular! quando o príncipe entrouno club, tinha-se travado cnlre os presentes umaacalorada discussão artística. Escusado é dizer queO russo lomou logo parte nella.

Opinavam uns que a arte estava agonisante,morria de inanição. Sustentavam outros que nuncaPariz fora tão rica em artistas de verdadeiro rnerilo,como então.

—• A propósito: quem conhece um pobre c ohs-curo esculplor, que se chama Godefroy ? pergun-toti o príncipe bruscamente.

Os circumslantes ficaram por um momento silen-1

Realizou-se no dia 16 em Bradford um meetingde rendeiros irlaudezes. Muitos ;ri_ieinbros irlande-zes dn câmara dos commims louíaram a palavra nomeeting. A reunião npprovou por unanimidadeuma proposla de censura aos jornaes inglezes quelem intentado desfigurar os acontecimentos da Ir-lauda e obrigar o governo a adoptar providenciascoercitivas, e de prulesto contra a câmara dos lords,por ter rejeitado ,o bill de compensação a favordos rendeiros irlandezes. A proposta falia da ca- <mara dos lords como' de um resto de feudalismocum que se deva acabar. •

Foi approvada outra proposta, rejeitando qual--quer aceurdo que nào encerre o principio da pro-priedade dos rendeiros. Outra proposla pede acreação de um parlamento especial para a Irlanda.

Tinham rebentado novas desordens no condadode Kerrew, lendo o governo enviado reforços im-mediatamente.

Muitos outros meelings tinham-se realizado, amór parte delles no dia '1. Fm Langford, 1'arnelllecommeiidou a organização e a união. ' .

Entretanto, a scisão entre o grupo nacionalistairlandez e o grosso de Land League accentuava-sede mais em mais. Lm B.illyhaniiis, os oradores na-cionalistas declararam que a abolição do landlor-dism de nada serviria se a Ir anda'não conseguisseum governo autônomo.

Também foi condemnada a polilica de Parnellpor um outro nacionalista, em (jueensttwa o qual,alludindo aquelles que acompanhavam esse chefe,disse ; «Deus se compadeça de sua loucura ! Nasua ignorância, vão á" ga"rra no oceano político,como os marinheiros no oceano liquido».

FRANÇA

Principiara no dia 10 a ser applicado com gran-de energia em toda a França o segundo dos decre-tos de 20 de Março, relativos às congregações re-ligiosas não auto'risada.°, provocando protestos devarias naturezas em diversos ponto:! do territóriofrancez. Lm Montpellier o bispo quando soube dadispersão dos carmelitas, paramentou-se com oshábitos episcopaes, e, de baculo e mi tra, foi lançarao prefeito a excommunhão maior; do mesmomodo procedeu o superior dos carmelitas paracom o commissario de policia.

Nu mesmo dia foram dispersos em treze depar-lamentos os carmelitas e baruabitas.

A 17realizou-se no circo Fernando uma reuniãode boiiapartislas provocada pelo grupo hostil aopríncipe Napoleáo. Depois de animada discussão areunião adoplou uma resolução no sentido de sepedir ao príncipe Jeronymo que renunciasse a todacandidatura e reconhecesse seu lilho Victor comoherdeiro do Império

No mesmo dia os delegados da reunião solicita-ram do príncipe uma audiência particular, que estenegou por meio da seguinte caria publicada naOrdre :

«Becebi vossa carta, já publicada na vossa folha.Sei o que me quereis diz r.Sabeis o que vos responderei.E' portanto, inútil que nos receba.Nào tenho por habito solfrer os interrogatórios

dos meus adversários políticos, nem desculpar-mede aceusações mentirosas.

Aquelles que se julgam contra mini os represen-tantes do partido napoleonico, que escrevão, fall.-mou procedào á sua vontade. Lastimo as pessoas dis-cretas que arrastam comsigo, mas não discutireisua illusão pueril.

Kmquanto a mim, em meu nome e em nome deWB»wàaèniàiÍÊÊ3mtàÊiK_t__^^

ciosos. Por fim um elegante mancebo, o viscondeS..., respondeu :

Creio que vi ha dias, não sei onde, uma es-tatuêla de bastante merecimento, rubricada poresse nome.

Se algum dos meus amigos, tornou o princi-pc, quer dar amanhã um passeio matinal, iremosver os trabalhos delle á otficina.

Interessas-te por esse tal Godefroy ? per-guntou o visconde S..., intimo amigo do prin-cipe.

Disseram-me que é artista de grandes espe-ranças.

Quem t'o disse -—~Um velhote, que compra e vende estatuas o

quadros, e que eu tenho em conta de muito com-pnteiile na matéria.

listas palavras pronunciou-as o príncipe com in-dillerenea.

Depofs de uma breve pausa, ajuntou :Ando agora recrutando uma legião de bons

artistas. Comprei uma grande porção de ter-reno no alto dos Campos-Elysios, onde queromandar edificar uma casinha para minha resi-dencia...

Uma bagatella, que ha de custar uns mi-Ihõcxitos, nào é assim? disse sorrindo, o vis-conde S...

Nào sei... veremos, respondeu o príncipesimplesmente. E então? quem quer acompa-iihar-mc?

Lu, respondeu o visconde.Muito bem 1a que horas vamos ?Irei buscar-te. das sete para as oito horas,

á tua casa da rua do Holder, respondeu o prin-cipe.

Lá te ospero.Dahi a pouco a conversa seguia rumo diffe-

rente.(Continua.)

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CdRRFíO PAULrSTÀNO-cEXTA FFÍ$, 1? DE NOVEMBRO Dtí 1880

V

,1.111iurrêicão : achand

meus filhos, bastâ-me ofiiimar uma vez mai». a oi\ersidade de nossas política., p

0 orocesso do coronel Juug Aeu motivo â demis-

Bio do general Cissey Este, consideram!.» uguslo]J pacifica.o ri)..do"por que fora Iraludo uu tribunal, atacadaa s;ja honra de soldado e uidiguada a sua coiisCieii-

pela perseguição «pie lhe movia uma 1 ;

Um despacho official de Havana annuncbu quehani sido muitos os dous ulimi.is chefes da iu-

o-sè por isso a ilha couipletáuieu-

impreusa, dingio ao minHro da guerra uma cartada'qual tomamos este» trechos

«K' preciso que se faça a luzcincoenta annos de serviços leaes e devo-o a lod„s os meus camaradas; devo-o ao semi-

do, zelozo na sua justiça, da honra dos seus .,.-¦„-

devo-o aos meush-'iifít . de-

bro< qut uão negará nenhuma das aulorisaçòesnecessárias.

0 processo que acaba de envolver ofoi incompleto : contrariamente a tudotem dito, eu nào fui citado nem uuyido. h, entre

sou eu só quem

PORTUGAL

meu nomequaiilr

tanto, por uma hábil diversão,acarreta cum todo o odio-o.

a Peço ao governo que ordene ummeus actos. Nào se fará por num o

pelo coronel Jung, seo iliquèí••¦<> uvvel, chamem-me apossível que seja

do

inquérito aosque lizerám

fôr do"-fa'*"ora-um conselho de guerra. E im-odiosamente diífãmailò, com o

c,,;,,,,,,,;,,,:,«„ do governo, mn general que durante50 annos serviu o seu paiz, gloriosamente em ioda-,

as campanhas, posso dizei-, ; não pode ficar assimum minislro que, encontrando a trança maisaba-tida do une ern 1815. entregue a Prússia e k Corn-muna, ajudou a erguel-a e a editicar o que existe.»

Respondeu-lhe o minislro da guerra que o factoda divulgação, om uu. processo recente, de duas

cartas altnbuidas ao general Ctssey, cuja authenti-cidade nào negara, dispensara o governo de o su-

jeitar a um conselho de averÍguaçào,sendo-lne, seu.essa formalidade, retirado o cumulando, nao a

seu pedido, como declarara na sua ordem do dia astropas, ma^ a titulo de medida disciplinar, medida

grave altendendor.se aos seus serviços militares e asua alia posição no exercito.

Quanto aos outros factos imputados pela impren-sa, diz. o ministro que nào viu nos ataques ele-mentos para um conselho de guerra ; cabendo aoòflendido chamar aos tribunaes os autures das im-

puláçoès de que se queixava.

ALLEMANHA

Ásü horas e 40 minutos da manhã de 21, tam-bem sentiu-se em Lisboa, Porto e muitos outros

pontos do reino de Portugal um tremor de terra quecausou grande e geral receio.

() Jornal do Commercio refere o facto nestestermos:

« Pelas 6 horas e 41 minutos da manhã sentiu-sehoje em Lisboa urn tremor de terra, cuja duraçãonáo íoi menor de 12 segundos, a> oscillações, tressiiccèssívas, eram de norte a sul. Foi acompanhadoe-.le nheiiniiienò de um proiiiiric.iadissiiiio ruído sub-lerraiieo. Se o abalo em vez du lão le to como foi,se de-.se mais violentamente rápido, talvez deixassede si mais notável recordação;

«Ainda assim foi grande o susto em muita gen-te: nos armários teniatn as louças, e as campainhasdas portas badalavam por si sós. 0 abalo sentio-seem todo o reino e mais pronunciadamente eraCoimbra.

«Depsis, o dia conservou-se triste, o ceo carre-

gado de nuvens, o Tejo muito levantado, e à horaom que escrevemos, 10 da noite, cabem grossas ba-legas d'agua.»

0 Diário dc Noticias, por sua vez expõe assim ooccomdo :

-Hontem, pelas G horas e 40 minutos da manhã,sentio-se ern Lisboa uni tremor de terra, em dousabalos auecessivos, que nos pareceu terem duradodous segundos a tres, sendo as oscillações na direc-

ção riorle-sül, precedidas de rumor subterrâneo, ebastante violenta a segunda.

«Nào consta que em Lisboa causasse damnos, anâo ser o estalar de alguns vidros de portas e ja-nellas, e produzir algumas brechas nos estuques.

«Km Coimbra sentio-se também o mesmo tremorde terra muito violento, âs 6 horas e 44 minutosda manhã, e quasi a mesma hora houve iguaes aba-los em Moncorvo, Vizeu, Guarda, Porto, Évora, se-gundo as notas do observatório metereologico do

Luiz, e também ern Figuèirò dos Vinhos

Heis réu. Recebidos os embargos com condemna-çao.

Manoel Moreira Gesteirn, autor, Albino MoreiraVallongo, réu. Rejeitada a excepçao. ,

João Híuzc, autor, Domingos .1. II. Braga. reu.Receb.da a apfiêllaçáb uos elfeitbs regulare-. i

José Abílio da Silva, autor, Custodio de Oliveira, Iréu. Condemnado o reu no pedido o custas.

Carlos Messemberg, autor, José Marlignun, reu,Vista para suslentacáo de excepçao.

Narciso Ferreira Nunes, autor .Manoel de MattosVianna, réu. Foi o réu absolvido de instância porter negado a firma.

Padre Augusto C. e Silva, autor. Benedicto Mar-condes, réu. Mandou-se expedir precatória para acitação do réu.

Joaquim F. Cantinho, autor, herdeiros do majorM. Bodrigues Jordão, réu. Accusada a citação domesmo.

Causa criminal

Antonio M. Gomes de Oliveira, autor, AntonioMaria Soares, réu. Condemnado o réu em um mezde prisão.

phiülicas—tem dado satisfatórios resultados peloque o jilgo digno de figurar entre Oi priiicipaesmedicam -ntos nestas afl'> cçòes.

O referido é verdade, o que jui o na fé de meu

° Lio, 15 de Setembro de 1880.—Dr. \Francisco

de Paula Travassos.Reconheço verdadeiro o signal supra.—Rio, lo

de Setembro de 1880.—Em testemunho de verda-de.—Pedro José de Castro.

Ca usas co mmercia es

infante D. unz, o laiuuem cm i-i_

Os malfeitores que recentemente fizeram descar- e Regua, segundo as nossas participações.»rilhar o trem da noite de Berlim a Spandau foram

presos e confessaram que esperavam aproveitar odesastre para roubarem <> wagon postal.

Na Auslria-Hungria, o projetado Parteüagúmallemães liberaes lizera surgir a idéa de ura 1 ar-teitaq allemão conservador. .

Para esse fim formou-se um directorio que.depoisde se ter certificado da adhesão dos deputado:, ai-lemães-conservadores e de outros amigos políticosinfluentes nas províncias allemás, expediu umacircular convidando para urna assemblea geral üo

partido allemão-conservador om Siuz.Depois dos liberaes allemães e dos conservadores

allemães, os membros do partido da direita tiveramuma-reunião particular.

Antes da sessão do directorio executivo que se

realisou a 17 de Outubro, sob a presidência doConde Hohcnwart, os ministros Taatrn e UrazaK,tentaram determinar os chefes do partido Tcnequea observar mais moderação, sem que o conse-cuissem. , „„„„

Os deputados Tchèques propnzeram que so exer-cesse fortíssima pressão sobre o governo atira de

que cedesse ás suas exigências. Os lcheques que-rem a depuração do pessoal administrativo, ex-

cluindo-se os Allemães.Os Polacos guardaram reserva.

ITÁLIA

Era voz corrente na Itália que o cardeal Jacobini

será o suceéssor do cardeal Nina.0 cardeal Jacobini, que é o mais moço dos

membros do sacro-collegio. tem sido a alma de lo-

das as negociações, nestes últimos tempos, entre a

Santa Sé e a Allemanha e passa por ser um d pio-mata habilissimo.

SUISSA

Em todos os cantões tinham-se reunido assem-

bléas populares para tratar da questão da revisão

da constituição, e segundo o que nellas wjhmuconclu.a-se que a consl.tu.ç o je.na mantida novoto popular definitivo por grande maioria.

0 Commercioforma :

do Porto dá a nolicia por esta

GRÉCIA

A 21 realizára-se em Alheuas o acto solemnc da

abertura das câmaras. Na falia do throno, disse o

rei que nào podia deixar de manifestar sua.gratidão

ás potências pelos territórios que adjudicaram á

Grécia fixando-lhe novos limites.Acerescentou que as potências trabalhavam ac-

tivamente para conseguir o cumprimento do tratado

de Berlim, em cujo ex.to tem completa confiança.

Annunciou a próxima inobllisaçao do exerr.to,

aue ficará em armas até que se ache solidameute

estabelecida a nova ordem de cousas nos territóriosnue vàoserannexados.

No intuito de oceorrer aos gastos naturaes da oc-

cupaçâo dos mesmos territórios, contractou-se um

empréstimo com o banco.A leitura deste documento foi acolhida com

grandes acclamições.

«Sentio-se hontem, ás fi horas e 40 minutos damanhã, nesta cidade, um tremor de terra, que pa-reco se repercutio em todo o reino. Este movimen-to foi oscillatorio, no sentido horisontal, e na di-récçào norte-sul, não so podendo determinar com

precisão nesta cidade esta e outras circumstanciasdo phenomeno, pela escassez de apparelhos demo-graphicos com que se possam obter resultados au-thenticos. ..

«Os abalos sensíveis foram dous, sendo o segun-do mais violento e medeiando entre elles um curtoinlervallo.

«A duração de cada um pôde calcular-se em cin-co segundos.

cConio sempre suecede em todos os terremotos,o de houtem foi precedido de um surdo ruido sub-terraneo semelhante ao de um tufão quando cruzaa alinosphera. .

«Em todas as casas se fez sentir o abalo terrestrenão só pela agitação dos pavimentos, mas também

pelo éstrondear 'das

janellas e dos moveis, o quedeu origem a susto geral, manifestado por fôrmamui diversa. Assim, em algumas casas ergueu-seuma gritaria afíiicliva, em outras os moradores cor-riam espavoridos e ainda em outras dirigiam-se

precipitadamente para a rua, receiando encontrarsepultura sob os destroços da sua habitação.

«O tremor do terra fez-se sentir em algunslocaes com mais intensidade do que em ou-tros, especialmente em Villa Nova de Gaia,onde os seus effeitos no tocante a susto, fo-ram bem sensíveis.

«Ao que rios consta, o phenomeno gcologi-co não causou desastres ou prejuízos de im-

porlancia ; apenas na rua das Congostas ac-celerou a demolição das trazeiras de um pré-dio, que está pa'ra ser expiopriado.

«Em Coimbra as manifestações das convul-soes subterrâneas foram lambem sensíveis, se-gundo nos participa o nosso estimado correspon-delito daquella cidade.

«Em Valença oulrotanto suecedeu, como refore oValencian i.

«Na Hegoa não foram menos violentos os abalosterrestres, como nos participa o nosso sollicito cor-respondeu te.»

—Continuavam as negociações com o governoinglez relativamente às modificações do tratado dcLourenço Marques, e, segundo constava, já se ti-nha chegado a accordo quanto á duração do Irata-do que deixaria d« ter o caracter dc perpetuidade,podendo ser alterado no fim de 10 annos, e assimsuccpssivatnehte.

O regulamento para a reforma da instrucçãosecundaria, recentemente publica Io, estava provo-cando reclamações nàn só dos estabelecimentos dcinstrucção particulares, corno de muitos pães de fa-milia, quanto ás dispo-içòes tributarias, considera-das geralmente como uma barreira invencível paraa instrucção dos estudantes qun não forem ricos,visto ficarem obrigados ao pagamento de propinasexageradissimas. _

Eslava causando sensação na praça de Lisboaa noticia de que a assemblea geral brazileira trata-va de restabelecer o imposto de 50% sobre os vi-nhos.

Donato de Camargo Mello, autor, capilão Anto-nio M. Moreira de Camargo, réu. Julgada a desis-tencia.

Marques Pauperio k Ramos, autores, dr. JoãoEboli, réu. Em prova.

Dr. Theodoro Reichert, autor, Alexandre Finili,réu. Condemnado o réu no pedido e custas.

Dr. Theodoro Reichert, autor, dr. Antônio F. C.de Menezes, réu. Ao autor para dizer sobre a ex-cepção.

Rento Carneiro & C, autor, Antonio M. de Oli-veira, réo. Mandou-se tomar por termo a reeduca-cão e juntar documento do imposto de industrias.

Raymundo Georgetti, autor, Ângelo Spinelli,réo. Vista á parle para tréplica.

João H. Vieira de Moraes, autor, Bento DiasVieira, réo. Accusada a citação, o réo pedio e ob-teve vista.

.!. R. Wright, autor, Luiz M. Maylasky, réo.Deferido em termos.

Capitão Antonio M. M. de Camargo autor, Fran-cisco A. Siqueira, assignado termo o réo para con-testacão.

Marques, Paupeiro ét Ramos, autores, AntônioJoaquim das Dores Almeida, réo. Accusada a ei-tação, e proposta a acção foi assignado termo paraa contestação."Coronel Antonio Proost Rodovalho, autor, An-tonio Travassos terceira embargante. Lançado de

provas.

O dr. José Antônio Nogueira de Barros, çirur-giào pela escola medico-cirurgica do real hyspitalde S. José da cidade de Lisboa, doutor em medi-chia e cirurgia pela universidade de Rostock, etc,etc „

Altésto que o medicamento denominado—hx-trado Fluido de Atauba deSabyra, preparadopelo pharmaceutico Escobar, tem sido empregadoem diflerentes enfermidades syphiliticas, nas quaestenho aconselhado o referido medicamento e todostem tido òptimos resultados; o referido é verdade,o que jurarei si necessario fòr.

Rio de Janeiro, 15 de Setembro de 18á0.—Dr.José Antônio Nogueira de Barros.

R< conheço o sígnal supra.—Rio de Janeiro, 16de Setembro de 1880.—Em testemunho de verda-de.—Pedro José de Castro.

SECÇÃO livre

HESPANHA

O rei e a rainha foram, a 22, apresentar sua li-

lha á Virgem da Alocha, acompanhados da famíliareal corte e delegados da nobreza do remo.

Em Madrid e alguns outros pontos da Uespanha

sentiu-se no dia 21 um tremor de terra.

Ao exmo. »r. dr. Presidente da 1'ròvincia

Achào-se no districto desta cidade e em diversos

lugares porção de campos nacionaes da trudâo

publica desde data immemorial. 0 anno próximopassado ou em princípios deste um .Rendeiro juetem as suas invernadas todas fechadas ha muitos

annos tentou mandar medir uma grande porção ue

campo nacional que confina com essas írnernauasmas, como a câmara municipal desta cidade se op-

poz a isso-representando ao exm. governo da

provincia a esse respeito- não houve a medição

pretendida. Sem embargo, porém, dessa represei-tacâo -o mesmo fazendeiro chamou agora o juizcommissario e está mandando medir para si essa

grande porção de campo nacional com prejuízo daservidão publica ; e por ií,so— pergunta-se : Serávalida essa medição e produz effeito a favor dequem a requereu a vista do disposto no § 4.° doart! 5.° da lei n. 601 de 18 de Setembro de 1850,e art. 44 do regulamento n. 1318 de 30 de Janei-ro de 1854 e aviso de 25 de Novembro do 1851 e 5de Julho de 1855 ?

Faxina, 1 de Novembro de 1880.

O publico offendido.

PerguntaPoderá ser nomeado tabellião da cidade de Jun-

diahy um pretendente, queé tio do dr. juiz muni-cipal ? Nào haverá incompatibilidade?

Cartório de JundiahyOs tios do sr. dr. juiz municipal de Jundiahy

nào são e nunca foram pretendentes ao cartório des-sa cidade. Pergunta-se agora, se um Fuào que nàotem habilitações c nem serviços prestados á sua pa-tria, poderá ser escolhido para tal cartório com pre-

! juizo dos voluntários da pátria e outros que maisdireito tem ? Responda-nos oenhor

Ascanio Lopes Villas-Boas, doutor em medicinapela faculdade da Bahia.

Attesto que o medicamento conhecido pelo nomeExtracto Fluido de Atauba dc Sabyra não con-tém substancias nocivas, podendo servir para otratamento das moléstias syphiliticas e darthrosas;o que tenho observado na pratica medica.

Rio de Janeiro, 15 de Setembro de 1880.—Dr.Ascanio Lopes Villas-Boas.

Reconheço verdadeira a firma supra.—Rio, 15de Setembro de 18s0—Em testemunho dé verdade.—Antônio Herculano da Costa Brito.

Eu abaixo assignado, doutor em medicina pelafaculdade da Bahia, attesto que, desejando conhe-cer o valor curativo do preparado pharmaceuticoconhecido pelo nome de—Extracto Fluido deAtauba de Sabyra, tão preconisado pelo seu des-cobridor e fabricante, corno por algumas pessoas dolugar (cidade de Pirassununga) o tenho emprega-do, ha pouco mais de urn mez, no curativo de ma-nifestações syphiliticas em seus diflerentes graus,com muito bom resultado ; por quanto os doentessensivelmente melhoram com maior rapidez, doque tenho conseguido com as preparações íodura-das e mercuriaes.

A não levar estas ultimas substancias,_ comoaffirma o seu preparador e eu acredito, o—Extrac-to Fluido de Atauba de Sabyra, será o remédio,

que, desde muito, médicos e povo aspiram paracurar as moléstias do coito impuro ; por isso que ouso do mercúrio, principalmente, imprudente eintempestivo darnniíica muitas vezes a economiadeterminando-lhe moléstias bem graves.

Aguardo maior extensão na applicaçao do reme-dio para mais convida e conscienciosamente pre-conisar as suas virtudes.

Pirassununga, 21 de Maio de 1870.—Dr. ManoelGonçalves Theodoro.

Reconheço verdadeira a letra e firma retro, edou fé.—Pirassununga, 29 de Maio de 1819.—Kmtestemunho du verdade.—José Emitiam Claro deSanfAnna.

Eu abaixo assignado, doutor em medicina pelafaculdade da Bahia, attesto que. tendo empregado,nas aflecções syphiliticas, o—Extracto Fluido deAtauba dc Sabyra—do pharmaceutico João JoséRibeiro de Escobar, obtive esplendidos resultados,pelo que o julgo digno de figurar na lherapeuticadaquellas alíecçòes.

Rio de Janeiro, 27 _ de Agosto de 1880.-Dr.João Climaco de Araújo.

Attesto que a firma supra é verdadeira.—Rio deJaneiro, 28 de Agosto de 1880.—Elysio FirmoMartins.

Attesto que a firma supra é verdadeira.—Bio,28 de Agosto de 1880.—Pharmaceutico, Luiz An-tonio Murtinho.

Reconheço as assignaturas das attestações.—Rio,28 de Agosto de 1880.—Em testemunho de verda-de.—Martins Teixeira da Cunha.

3-2 Lulü.

mm judumía.Juizo dc direito da Ia vara

AUDIÊNCIA DE 11 DE NOVEMBRO DE 1880

_¦ Or, loão Pires da Silva Junior. mtor. dr. J. F

Extracto Fluido de Atauba de SabyraApreciação kkita pf.los distikctos

k sab-os médicos

Eu abaixo assignado, doutor era medicina pelafaculdade do Rio de Janeiro, etc.

Attesto que o medicamento denominado—Ex-tracio Fluido de Atauba de Sabyra, preparadopelo pharmaceutico Escobar, u-m sido experimen-odo p<>r mim era minha clinica nas moléstias sy-

Atabalipa Americano Franco, doutor em mediei-na pela faculdade da Bahia, etc—Attesto sob fé e

juramento de meu grau que o medicamento co-nhecido com o nome— Extracto Fluido de Ataubade Sabyra—do pliarrnaccutieo João José Ribeirode Escobar, o que me foi fornecido pelo sr. phar-maceutico Carlos Cyrillo de Castro, e recommen-dado como especifico anti-syphililico, foi por mimempregado jà algumas vezes com excellente resul-

tado, e parece-me digno de figurar á frente dosmais proveitosos, e de simples uso, para taes af-fecçòes. , ,.

(!ôrtp, 20 dc Agosto de 1880.—Dr. Atabalip*Americano Franco.

Reconheço a assignatura supra. — Rio, 28 doAgosto de' 1880.—Em testemunho de verdade—Francisco Pereira Ramos.

Jo<é Porfirio de Mollo Mattos, dontor em me-dicina pela faculdade da Bahia, etc, etc.

Alte-lo, em fé do meu «ráu que o medicamentode nome—Extracto Fluido de Atauba dc Sabyra,aconselhado como especifico das alfecçôns sypti.li;tiras e preparado pelo pharinaceulico João JoséRibeiro de Esc-bar, tem sido empregado por mim,algumas vozes, nessas affêcçòc> com tão bom re-soltado que o considero um dos melhores prepara-do* aiiti-syphiliticos. .

Corte 28 d- A«n»lo do 1880.—Dr. Josc Por/\-Ho de Mollo Matto*.

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CORREIO PAUI .ISTA.NO* •SRXTA-KRÍRA. !2 DK NOVKWBRO DE 18S0 3

NOTICIÁRIO

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ACTOS DA PRESIDÊNCIA

Por despacho de 9 do corrente :

Foi nomeado :O cidadão Antônio Joaquim de Souza Guimarães,

para o lugar de professor publico de primeiras lét-trás da cadeira do bairro da Lagoa, municipio deParanapanema.

O DR. JOHN NEAVE, medico, cirurgião e partéiró, occupd-se com espec.ialiil.àcie das moléstias das senhorasConsultas de 12 ás 2 horas, lies»d ¦neirua Alegre h. 38. 30—25

EXAMES DE PREPARATÓRIOS

Communicam-nos da secretaria da Faculdade deDireito que os exames de portuguez, francez e In-glez deverão começar no dia 15 do corrente.

COM VISTA AOS ÁBÁLISADOS CRÍTICOS DES. PAUL0,E COM ESPKCIAL1DADE AO

DA TRIBUNA

Lê-se na «Gazeta de Noticias» de 10 do corren-te :

I « De volta de sua rápida estada em S. Paulo pro-poz-se a companhia lyrica do sr. Ferrari a dar maistres representações, em despedida, nesta capital, e,ao que parece, foi esta determinação do emprezariorecebida com satisfação pelo nosso publico, quecorreu logo a cobrir a assignatura para essas tresrecitas ospeciaes.

A primeira, que realizou-se ante-hontem, con-correu uma verdadeira enchente, que saudou acompanhia com as mais vivas demonstrações deestima, applaudindo todos os artistas nos pontosem que esses se distinguiram.

Também a opera que se cantava, «Os Ilügueno-tes», é a que se tornou mais do gosto da platéafluminense, que a recebe sempre com prazer eagrado parecendo-nos mesmo que alguma ou algu-mas representações da grandiosa opera de Moyer-beer inda levariam ao imperial theatro outras tan-Ias enchentes.

A representação correu regularmente, e váriostrechos bisados, como o coro dos punhaes, queainda o não fora este anno, deram a entender queo publico julgou agora ainda mais bem interpretadaa opera do que nas antecedentes representações.

A sra. Durand, recebida de principio com grandesalva de palmas, a sra. Admi os srs. Uullcrini,Dondi, Storti e fovoleri, todos foram fartamenteaquinhoados de applausos. principalmente ao termi-nar o quarto acto, em que Durand e Bulteriní tive-ram repetidos chamados ao proscênio.

Hoje eanta-se a «Africana».

DR. JOAQUIM PEDRO, medico, operadoreparteiroj rua de S. Bento n. U.r LUVAS E LEQUES MODERNOS.-Sortimentocompleto. A venda na rua do Imperador n. 18.Dolivacs Nunes.

GRANDE STI.EPLE SCHASSE

No Domingo, 21 do corrente, os srs. CarlosLins Champagne & Comp.. apresentarão no Hippo-dronio Paulistano, ao publico, um novo gênero dedivertimento nesta capital—qual o de domaremanimaes selvagens e bravios em monos de duashoras.

ADVOGADO

O DR. CAIO PRADO ó encontradopara os trabalhos de sua proflssilo, no es-criptorio dos drs. Lins de VascoMcellos eRabello da Silva, rua do Ouvidor n. 20

CAMPINAS

I-6-se na Gazeta de hontem :«Guarda Urbana—Já está em começo de realida-

de a collecta para a cncorpuraçào da Guarda Ur-ba"a desla cidade.

Uma das commissôes nomeadas pela câmara mu-nicípal, a dos preslanles cidadãos da na do Re-gente Feijó, até hontem havia alcançado a quantia<k 810,$.

E' de suppòr-sc que logo outras commissôesvenham trazer-nos lâo gralas noticias, como é deesperar da dedicação dos cavalheiros a quem amesma câmara conliou lão importante tarefa. »

PIRACICABA

No dia 31 do passado falleceu o distineto fazen-de ro sr. Albano Leite do Canto. Era um preslimo-so adepto do partido conservador e cidadão muitoestimado.

Reconheço verdadeiro o signal supra.—Rio, 28de Agosto do 1880.—Km testemunho de verdade.Pedro José de Castro, i

Eu abaixo assignado, doutor em medicina pelafaculdade do Rio de Janeiro, attesto que o medica-mento conhecido pelo nome dè—Extracto Fluidode A lauba de Sabyra—nào contem drogas noci-vas, podendo prestar-se com vantagem ao curativode moléstias ;syphiliticas e algumas affecções depelle e que tendo experimentado tirei resultadosatisfaclorio.

O referido ó verdade, o que juro sob a fe demeu grau.—Dr. Antônio José de Castro Junior

—O vapor Piraci aba chegara de Lençóes con-duzindo .í,o00 arrobas de cúlé e 3 passageiros.—O velho caçador sr. Pedro Liberato de Macodo

chegara do sertão d., no abaixo tendo matado 24antas e 2o veados cuja cume trouxe charqueada, emuilo peixe.—Em o mez passado sepultaram-se no cemitériodaquella cidade-li cadáveres, sendo 1 ü criança, e

21 adubos.

—Lfi-se no «Piracicabano» de 10 do corrente :

Horrível desgraça —Por uma carta particularde uma senhora, procedente de Lençóes, Syriiol m-loimados que, lia dias, uma família num rosa diri-girido-so para o senão íui assaltada pelos bugiesque assassinaram todas as pes.o.is, a excepçao deuuu moça com quem fugiram para o interior denossas maltas.

Esperamos informações mais circunstanciadaspara darmos uma noticia minuciosa.

NINGUÉM COMPRE collarinhos e punhos parasenhoras c meninas sem primeiro vuro grande sor-timeiito que tema ca,a A. A. Fumeca, no Largoda bé ii. 2, pois está vendendo por preços baratis-simos. üO—13

SUBSCilIPÇÀO

A que foi promovida na câmara dos deputados,no dia it do corrente, em favor da exma. viuva elilhos do dr. Apngio Justiniano da Silva Guimarães,produziu aü5|ífu.w.

ELEIÇÃO MUNICIPAL NO CEARA'

Lô-se na «Gazeta da Tarde» de 8 :

Consta por telegramma recebido hoje nestacôi'te, que na eleição que se procedeu na c.ipital daprovíncia do Ceará,para vereadores entraram libera-es dissidentes e conservadores, sendo o mais vota-do o barão de Ibiapaba chefe do partido conserva-dor na mesma provincia.

Caixa Econômica e Monte de Soccorro.—O movimento do dia 11 de Novembro, foi o seguinte :

Caixa Econômica

20 entradas de dopositos.8 retiradas de ditos

Monte de soccorro

2 empréstimos sobre penhores.9 resgates de penhores

73T.JJ0008(50^333

?2#00038UJ500

Os advogados ALFREDO AUGUSTODA ROCHA E EVARISTO CRUZ t-roseu escriptorio à rua du. linpemtrz u. '2,

primeiro andar. 2o —14

MALAS EXPEDIDAS HOJE

Recebem-se no correio até 8 horas da manhã jor-naes o impressos, até 8 1/2 registrados e até 9 no-ras cartas ordinárias para Campinas, Mogy-mirim,Amparo, Araras, ltú, Jndaialuha, Jundiahy, Rio-Claro, Piracicaba, Limeira, Capivary, Itatiba, Pi-rassununga, Mogy-Guassú, Casa Branca, Saltode ltú, Ressaca, Rocinha, Belém, Porto do Fer-reira, Estação de Jaguary, Itiipeva, Jahd, DoisCórregos, Brotas, Araraquara, Itaquery, S. Carlos,Poços de Caldas,Caldas,Boa Vista,Descalvado,Mon-te-Mdr, S. Pedro, Santa Barbara e Cabreúva.

Até 11 horas registrados e alé 12 cartas e impres-sos para S. Vicente, Santos e Campinas.

Até 4 horas da tarde registrados e até 6 cartas eimpressos para Mogy das Cruzes, Guararema, Ja-carehy S. José, Caçapava, Taubaté, Pindamonhan-gaba, Roseira, Apparecida, Guaratingueta. Lorena,Bananal, Barreiros, Silveiras, Arêas, Pinheiros,Queluz, Barra Mansa, Rezende, Cruzeiro, Sapé,Formoso, Capitào-Mór, Cachoeira, Corte, Tros-Barras, Piquote, Santos, Campinas, Jundiahy, Cam-do Largo, S. Roque, Sorocaba e Ipanema.

OBITUARIOForam sepultados no cemitério municipal os se-

guintas cadáveres :Dia 8 de Novembro ;

Benedicta, filha de Maria José. Fraqueza conge-nical.

Benedicta Maria Fernandes, 50 annos. Tuborcu-los pulmonares.

José Fernandes Maciel, 40 annos. Encephalitechronica.

Dia 9:Josepha, 5u annos, escrava, solteira.

Dia 10 :Cândido Fernandes do Oliveira, 40 annos. Em-

bolia cerebral.

CORREIO DA CORTENo senado foi approvado o art. 4.° da reforma

eleitoral, com as emendas da commksão do mes-mo senado, bem como a primeira parte da emen-da do sr. Joaquim Delíino, que limita aus profe.-sores vitalícios a dispensa da pnva de renda. Ossrs. Barros Barreto e José Bonifácio retiraram assnas emendas.

Todas as outras emendas foram regeitada..Discutiu-se depois o art. 5.°, que ficou adiado.

Eslava enfermo o sr. senador Silveira da Motta.

Foi aposentado o desembargador da relação de

Belém Manoel Clementino Carneiro da Cunha.

..Fez-se mercê da serventia vitalícia :

De cs rivào de orphãos e auzentes do termo dolatrocínio das Arar»*, na provincia de S. Paulo,ao alferes honorário do exercito Eduardo José deAlvarenga.

Foram removidos, a pedido :0. juizes de direito:Joaquim Manoel de Araujo, da comarca do Ba-nanai, de 2." entrancia na provincia de S. Paulo,

para a de Cabo-Frio, de igual entrancia, na do Riode Janeiro. 'José da Motta de Azevedo Corrêa, desta paraaquella comarca.

Fez-se mercê do foro de moços fidalgos comexe.ic.cio na casa imperial aos bacharéis FranciscoAntônio de Souza Quoiioz Filho, N.coláo de Sou-za Queiroz, Augusto de Souza Queiroz, José deSouza Queiroz, Luiz Anlonio de Souza QueirozAntônio de Souza Queiroz, Frederico de >ouzàQueiroz e Carlos de Souza Queiroz, filhos legítimosdo senador barão de Souza Queiroz.

COMMERCIO

MERCADO DE SANTOS

(Do nosso correspondente)

Santos, 11 de Novembro de 1880

Venderam-se honlem mais 5,100 saccas de cafóás cotações abaixo, achando-se hoje o nosso mer-cado frouxo.

Por 10 kilos:

Superiores e finos .... 40700 4MX)Bons 4)51400 4«(500Regulares 3^1800 4«200Ordinários 30200 SjjltíOO

Entradas a 10 do corrente . 226,331 kilos.Desde o Io do corrente. . 2:500,493 kilos.Existência 75,000 saccas.

Termo médio das entradasdiárias desde Io do mez . 4,177 saccas.

No mesmo periodo de 1879 5,363 saccas.No mesmo periodo de 1878 3,641 saccas.No mosmo periodo de 1877 3,555 saccas.No mesmo periodo de 1876 2,710 saccas.No mesmo período de 1875 2,127 saccas.'

Totalidade das entradas decafé desde 1 de Julho de 1880até 10 do corrente. . . 341,598 saccas.

No mesmo periodo de 1879 424,891 saccas.No mesmo periodo do 1878 4i/7,295 saccas!No mesmo periodo de 1877 398,529 saccas.

MERCADO DO RIO

Rio, 11 de Novembro de 1880

Café, vendas hontem — 11,000 saccas.

Preços por 10 kilos:

Ia boa 4#ar>0 a 4jJ900Ia ordinária .... 40000 a 4#200

Existência 277,000 saccas.

Câmbios a 90 d/v.:

Sohre Londres bancário 23 d.Sobre Londres particular 23 1/4 d.Sobre Pariz bancário 413 rs. por franco.Sobre Pariz particular 410 rs. por franco.Sobre Portugal bancário 23G •/, à vista.Soberanos lOtfOQO.

MERCADO DE S. PAULO

rABELLA dos preçots porque foram vendidos os ge-nero. entrados hontem na respectiva praça.

GÊNEROS

Café. . .toucinho .Arroz . .Baunilha. .Batata doce .Farinha .Dita de milhoFeijão . .Fubá . .Milho . .Polvilho .Cará . .Aipim. .Gallinhas. .Leitões .Ovos . .Queijo. .

preços

Cada 15 kilosÉS » »

7^000 9*000 50 litrosfiflOoO, »¦¦*¦_.í,| » »

2*560 » »2JJ240| » »4*O0i) 5*000 » »

» »2*100 » „OfrUOO n „

carga»» »

jJtfO gSOO uma3*000 5„000 um§320 duzia

um

EDITAISO doutor SebHSt.fio Jnüé Poreira, Juiz de direitod, I» districto detu c-rmircH. presidente daJunta revioor», q„„ teui de apurar os alista-mento* r»roc.iiHe8.T>«ira o serviço do .x<rci-to e armada do império etc.

F«z Bhber aos que ,o pfe*entn edital leremque mm tendo-se efrecMiado a installação dajunta reviHora, conforme a tinha convocadoterá lugar no du 15 do corrente mez, e,n uma.ias salas da cumara municipal, devendo o» in-teressados npr-henCirem suas re lamoções den-tro dos primeiros 15 dias depois de sua instai-uç*.. K paraqu. cbegueao conhecimento detodos os intere.sad.R, mandei lavrar o presen-te para ser publicado e afflxado no luiUr docostume.. Eu Joao Francisco de Paula Carmoescrivão de paz e secretario da junta revisora oescrevi S. Paulo 11 de Novembro de 18 O?o. J. Pereira. 2—1

¦e^sdií.'10 qUaI 8e f8Z Public° ° 1ue acim»De ordem do illustriasimo senhor doutor iuiz

SÊS? v*°-d6 0rvM0H FrancÍ8C0 Freder,coJ dafí a Ileoa' ?°nvi.d0 aos credores do espolioda finada Carolina Julia Pereira.para dentro doprazo de oito dias a contar da d'ata deZ"Treí^e habilitar como credores, apresentandosuas contas competentemente legalieada paraerem contempladas no pagamento.sob penKnão serem tomados em consideração e nemaceitas depois do piazo. "

S. Paulo, 3 de Novembro de 1880.

O escrivão,8—7 Manoel Joaquim do Toledo.

ANNUNCIOS

GRUDE

DO

YPIRANGAVende-se bilhetes

3 B-Rua da Imperatriz-3 BGeorge Harvey & S,lva.

MOSQUITOS10—1

O acreditado PO'DA PÉRSIA contra Moa-qmtna etc. vende-ae sd legítimos a 1)8000 o pa-cote na r

Pharmacia Ypiranga32-RUA piRgITA-32 12-1

_JJ.8I_.rEC IANTE CARBÕLÍíiTChegou da Europa este enérgico desinf«ctaa-te. o melhor para casas |de familia. colleeioiihotéis, casas de saúde, fazendas etc.K-commenda-ae nao eò pela sua grande effl-eacia e promptidão. como também por ser umantimiasmatico ABSOLUTAMENTE INOFFKN-alvo a saúde.Vende-se só o desinfectante legitimo na

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Page 4: PAULISTANOmemoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1880_07187.pdf · preferível um funecionario ambicioso de conquistar boa reputação a um que,já lendo bom nome,á som-lira delle prevarica,

CORREIO PAULIST4NO~.«FXTA.Fl<'Ifn, 12 DR NOVMWiO Dí 188C

COMPANHIA NACIONALDB

NAVEGAÇÃO A VAPORO paquete a vapor

Rio GrandeCommandante capitão de fragata J. M. Mel-

lo e AlvimEsperado dos portos do Sul, Bahirá no dia 18

do corrente ao meio-dia para o

RIO l>K JANEIRO

Recebe carga e passageiros.

O paquete a vapor

RIO-^EGfltOCommandante o l\tenente F. D. M. Paes

Leme.Enporado dos portos do Sul, sahirâ ao dia 27

do corrente, ao meio dia, fará o

Rio de JaneiroRecebe carga e passageiros.

O paquete a vapor

Rio GrandeCommandante o capitão de fragata J. M.

Mello e Alvim.Subirá no dia 28 do corrente, ás 2 horas da

tarde, para:

Cananéa,Iguape,

Paranaguá,Antonina,

s. francisco,Itajahy,

DkstbrroRio-Obanob,

PklotasPORTO-Al.RGItE

k Montevidéo.

Recebe carga epassageiros.Trata-se com o agente

JOÃO A. PEREIRA DOS SANTOS

UUA VINTE OITO DE SETEMBRO N.25 (ANTIGA RUASEPTENTR10NAL)

$ant«a

NOTA. — Roga-se aos srs. carregadores pre-venirem ate o dia 23 do corrente, que quan-tidado de carga tem dé embarcar.

Recebe-Be os conhecimentos até a véspera daaahida do paquete.

Loteria da ProvínciaNo dia 12 de Novembro no lugar e ás horas do

costumo será extrahida a terceira quarta parteda loteria n. 29 em beneficio do Monte de Soe-corro da capital e S Francisco da Penitenciada capitbl, a cargo da Irmandade de S. Bene-dicto.

8. Paulo. 9 de Novembro de 1880.—O the-sowreiro, Bento José Alves Pereira.

Escravo fugidoNo domingo fi noite fugio do abaixo assigna-

•io o escravo Lourenço. creoalo, bem preto ebonita figura, idade SO o poucos annos, estatu-ra regular, tem oh dedoa doa pés muito curtos,uos malfeitos, levou roupa limpa e cobertor deretalliOB.falla sempre rindoM-,ú tocador de vio-!a, amigo de dnnsa e pagodeira.

Gratifica-se com a quantia de 200,9000, alem•Ias despezas que fizer a quem o prender ou dernoticias certas a seu senhor morador a 1/2 le-rua perto da estação da Rocinha na estradaquo vai para o Itatiba.

Protesta o annuncianto proceder com todo origor da lei contra quom tiver acoutado o seuiscravo.

Campinas. 10 de Outubro de 1880.— ManoelCaetano Pacheco de Macedo. U0—12

Loteria do YpirangaTendo emittido alguns bilhetes om fracções,

para facilitar a sociedade doB que nüo tem auf-.cientes meios pecuniárias e sendo advertido

2ue. em viata do aviso n. 36 de 28 de Janeiro

a 1810. posso ser considerado incurflo no art._•• da lei n. 1009 de 18 de Agosto de 1800,convido aa poucas pessoas que compraramfracções de bilhetes, a virem receber o aeu pre--•o visto que os declaro sem effeito.*

S. Paulo, 0 de Novembro de 1880.José Augusto Soares. 3

CE II VEJA

fiSIMU DE «LiÚnico agente desta afamada cerveja, para a provincia de S. Paulo.

J. Flach63 Rua de S. Bento f»

terc. o sabb

30—3m nuImc. C. Cfctcn

Carniceira de S. M. o Imperador, estabelecida no Rio de Janeiro desde oanno de 184S com a primeira casa de camisas, roupas e fazélorVas brancas. Par-ticipão ás exct.llé'r.tis3iif,-as familias e cavalheiros de S Paulo que seu ch<jíVde oíFicina o sr. Joaquim Malheiros acha se de passagem por esta cidade,onde tenciona demorar-se pouco.

As pessoas que quizerem fazer encommeridas de camisas sobre medidapara serem fabricadas em suas officinus,no Rio de Janeiro,para o que tem cor-tádores franceze.sje hábeis costureiras, como prova pelas amostras que trazcom elle ; podem procural-o nesta cidade no Il.otel de Trança, das 11 as à horas da tarde. Encarrega se igualmente de mandar fazer sobre medida roupabranca de todaa qualidade para senhoras e meninas, e enxovaes para casa-mento com toda a perfeição e brevidade.

Pôde serchemada ao domicilio.

Hotel cio .França y-3

i^^^À

Companhia BragantinaTCHAMADA

De ordem da directoria desta companhiacommunieo aos srs accionistas que resolveu-sefazer a 7* chamada de capitães na rasôo de 10 aou 20#000 por acção ; convido-os portanto %realisarem as suas entradas de 5 a 15 de De-zembro próximo futuro, das 11 horas da ma-nhA ás 2 da tarde, no escriptorio da Compa-nhia, nesta cidade, ou na Caixa Filial do Bun-co do Brazil, em S. Paulo.

Secretaria da Companhia da Estrada de FerroBrnfrantina, Bragança 5 do Dezembro de 1880,— Henrique Armando, secretario. 10—3

MO DIA 3 DO CORRKNTK év adiu -se o mulatovThomrtz, pertencente ao abaixo assignado,com os seguintes sigunes : Mulato cabra, eda-de 25 annoa, nitural d o Ceará, estatura regular,cheio de corpo, cabeça pequena e redouda, ca-bellos pretos e corremos, feições regultires, boadentadura, principiando a barbar, principal-mento no queixo, anda bom direito, andarsempre ligeiro com passas miúdos, e balançaoh braços no amlar, b<rn copefro e bolieiro ;levou roupa fina. Quem o trouxer terá lOOfj degratificação livre de despezas, e 50$ quem orecolher a cadêa', avisando a hbo senhor.

R. João do Kio Clero, 5 de Nuverubro de1880.

Visconde do Ri-> Claro. 3—3

mmi furemA antiga empreza funerária do Benjamin,

Silvado & Comp., faz publico que continua afunccionar, sendo o seu escriptorio a rua doCarmo n. 61, e o seu estabelecimento a mesmarua ns. 53 e 51. Eàta empresa, ja tendo feitogrnndo reducçao nos preços das tabeliã* docarros e caixfies mortuarios, previne que, acontar de hoje, ficam reduzidos a 5 % menosdo que os dis tabellas da lei n- OU, do 2 deAbril de 187(5.

Na cocheira da empresa, também se achampara alugar, por commodo preço, ricos coupènpara casamentos, lindas caleches, meias ditas,victorias, landau, faitons, etc., etc,

S. Paulo, ü do Outubro de 1880.lõ—14

Fogões americanosUncle Sam

Considerados os melhores que até hoje sotem fabricado em qualquer parto do mundo.

Conseguiu o fabricante destes fogões obter omaior prêmio em três exposições universaes :

Paris 1878Philadelphia 187G

Austrália 1870Acha-ae crescido numero delles funecionando

no Rio de Janeiro, S. Paulo e diversos Iog.iresdo interior, por serem ob mais econômicos,duráveis e mais perfeitos no trabalho culina-rio.

Fornecem-se catálogos e preços a quem de-sejar. .10—-3

DEPOSITO52 A-RUA DA IMPERATRIZ-52 A

Frederico A. Upton.

Perfumadas linasAs melhores, bh mais finas se encontram cm

casa do cabelleireiro E. Husson, quo recebetodos ob mezes directamente o que ha de me-Ihor neste gênero ; nesta casa, também se en-contra um lindo sortimento de objectos pro-prios para presentes.

Lindas trancas de Paris do lOgOOO o par atoõOgOOO/f cachepeignes, caixos, grampos frisados,etc. etc.

Tingem-se cabellos e faz-se qualquer concer-to por preço rasoavel. (um d. s. umd. n.)15 10

48— Rua deS. Bento—48'

Companhia Cantareira e Esgotos9.» CHAMADA

De ordem da directoria faço publico, que foi de-terminada a 9.» chamada de capitães á razào de 20°/° ou 40#000 por acçào.

O praso para o recebimento de capilaos por con-Ia desta chamada terminara no dia 30 de Novei:.-bro próximo futuro.

Convido portanto á todos os srs. acionistas des-ta Companhia á virem realisar suas respectivas en-tradas at6 a data acima mencionada, neste escripto-rio, rua da lloa Vista n. 37, das 11 horas da ma-nha às 2 da tarde.

Escriptorio da Companhia Cantareira o Esgotos,30 de Outubro de 1880.

A. Iilocm10—0 Contador. <

Companhia S. Paulo e Rio de Janeiro; 0° dividendo;

Do dia 29 do corrente mez em diante, pagasso aos srs. accionistas, no escriptorio da es-trada do Norte,Braz, das 11 horas da manhã ú-2 da tarde, os juros, correspondentes ao se-mestre findo de Janeiro á Junho do 1880, narazão de 7 % ao anno.

No neto do pagamento 6 indispensável aapresentação de todos os recibos cnutellas. oucertificados, paru os competentes nsBentamen-tos.

S. Paulo 26* de Outubro de 188:).—/ W. daUama Cochrane, inspector geral. 10—0

LOTERIA li fffliiA venda «o balcão dos bilhetes da primeira

loteria começara a 15 do corrente, de 10 horasda manhã ás 2 da tarde. as pessoas que fizn-ram enc.ommendas deverão procural-aà nosprimeiros dias.

S. Paulo 0 de Novembro de 1880.-R. Duarle Ribas, agente de vendas. 10—3

áRAMFÃcom farpas de aço de quatropontas do verdadeiro

fabricante privilegiado H. li. Scutt & C

Superior ern todos os respeitos a todo c qualquerartigo deste gênero jamais introduzido nesta Pro-vincia e iguala qualquer arame farpado existente.

Dullcy, MMlcr & BruutonTravessa do Collegio

(Terç. Sext. e Dom.)

RPAOO

MASSA FALLIDA DE MAÜA'I COMP.Importante leilão

EM SANTOS

Antônio J. Malheiros Júniorcom a competente autorisação e em presençado procurador da administração da massa fal- ,lida de Muna <k Comp., dr.' Alfredo A. daK"Chn, fará leilão ti-roa-feira 16 de Novembropróximo futuro, as 11 horaa da manhã, á antigarua ilo Consulado c. 1 (V.oje Frei Gaspar) det dos os bens moveis e immoveis pertenceu-tesa ma»sa fallida de Maua & Comp., existen-tes na cidade de Santos e seu termo ; cujosbens são os que seguem :

BENS ÜE RAIZRua do Consulado (hoje de Frei Gaspar)

Prédios ns. 1, 3 e 5.

Rua da Praia

Prédios ns. 13 e 17.

Rua Direita

Prédios ns. 51 e 61.

Rua Áurea

Prédios ns. 165, 167, 109, e 171.

Rua de Santo Antônio

Prédios ns. 63, 05 e 07

Rua da Penha

Prédios ns. 15, 17, 19, 21, 23, 25, 27, 29, 31,37, 39, 41 e 43.

1 Terreno murado na frente contíguo á casan. 11.

1 dito com 62/10 de braças de frente mu-rada.

Quadra do Valongo

Prédios ns. 18, 19.20, 21, 22, 23. 24, 29 e 30.terreno com 12,2met. de frent*.

Praça Andrada

6 casinhas térreas, sem números.Prédio n. 21.

casas térreas, sem numero.casinhas térreas, sem números.armazém, sem numero.

Prédio (sobrado), sem uumero.1 terreno adjacente á todas a.s propriedades,

com 2 vertentes d'agua e pedreira.

Quo.dra Leal1 chácara no caminho do Cub/stão.1 terreno no caminho do Cubatão, com 13,33

met de frente.1 terreno no caminho do Cubatão, com 10

braças de frente.1

"terreno no caminho do Cubatão, com 6,6

met. de frente.1 terreno no caminho do Cubatão, com 42,90

met. de frente.1 terreno no caminho do Cubatão, com 220

met. de frente.1 casa om ruínas no caminho do Cubatão.1 casa o rauchos, no caminho do Cubatão,

com 1510 met de frente.1 terreno no caminho do Cubatão, com 220

met.1 terreno no caminho do Cubatão, com 440

met.1 terreno no caminho do Cubatão, cora 220

met1 terreno no Caminho do Cubatão, com 220

met.1 terreno no caminho do Cubatão, com [220

met.1 terreno no caminho do Cubatão, com 480

met.1 terreno no caminho do Cubatão, com 220

met.1 terreno no caminho do Cubatão, com 76

braças.Fazenda du Piassaguera

lista fazenda com terrenos . ato o alto daSerra.

Bens moveisMoveis e diversos utensílios.Santos, 27 de Outubro de 1880.

9—fl (1 d si d n)"Pilulas de constipação

Do Dr. BetoldíVonde-ee em caixinhas e em ridroa

grandes e pequenos aos preçoa de 1Í000,28000 e em maior porção á rontade docom prador. Loja do Pombo, rua d» Im-poratrià n .B. 100—56"Vende-sea casa da rua Sete do Abril n. 65, em frente dagrande casa de sobrado, que ee entá edificandono canto do largo Sete de Abril ; para tratarcom Krnesto AugUBto Vaz, defronte das Fi-gueiras do Arouehe casa n. 21. 3—3

~ - *~^SB5SBES55SSBS—5?

Typ. -ó Corroo Paulistano.