Revistaleteo edición # 1 2013 1

PAUTA

1’500.000

W W W . R E V I S T A L E T E O . C O M

REVISTALETEO

D I R E C C I Ó N G E N E R A L Y E C D Ó T I C A

Ó L I V E R L I S

DIAGRAMACIÓ N | IMPRES IÓ N

www.editorialpopayán.com

COMITÉ DE REVISTA & CO NTENIDOS

B L A N C A R O S A D E A G U I L A R

Ó L I V E R L I S

G U I L L E R M O M U Ñ O Z B O T I N A

COMERCIAL IZ ADO RA EN CO LOMBIA

L Í N E A S : 5 7 ( C O L . ) - 3 0 1 2 3 4 2 2 2 2 – 3 1 2 2 9 5 6 6 8 8 .

T E L . : 5 7 ( C O L . ) 2 ( P O P A Y Á N ) 8 3 6 3 2 8 9 .

COMERCIAL IZ ADO RA EN ESPAÑA

L Í N E A Ú N I C A : 3 4 ( E S P . ) - 6 4 8 6 5 9 7 9 7 .

F O T O G R A F Í A D I E G O T O B A R S O L A R T E | Q U I S C O L Ó P E Z | M A R T A P A T I Ñ O |

CO LABO RADO RES PERMANENTES

A R T E E H I S T O R I A R O D R I G O V A L E N C I A Q U I J A N O

P Á G I N A S D E A S O M B R O A N T O N I O N A S C I M E N T O T H O M A S

H E R E N C I A H I S P A N A R A F A E L A G U I L A R M O L L E J A

C O M I C J O H N N A R A N J O

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R E V I S T A L E T E O E S U N A P U B L I C A C I Ó N D E Ó L I V E R L I S C O N E L A P O Y O D E L A

E M B A J A D A D E E S P A Ñ A E N C O L O M B I A . L A S S U S C R I P C I O N E S A L A R E V I S T A S E

M A N E J A R Á N E X C L U S I V A M E N T E A T R A V É S D E L A P Á G I N A W E B

W W W . R E V I S T A L E T E O . C O M R E V I S T A L E T E O I S A P U B L I C A T I O N C R E A T E D B Y

O L I V E R L I S , W I T H T H E F U N D I N G F R O M T H E E M B A S S Y O F S P A I N I N C O L O M -

B I A . S U S C R I P T I O N S S O L E L Y A V A I L A B L E I N W W W . R E V I S T A L E T E O . C O M

P o r t a d a d e l a e d i c i ó n # 1 : N e w t o n . B r i t i s h V o g u e . L o n d o n , 1 9 6 7 ©

H e l m u t N e w t o n E s t a t e . G u a r d a f i n a l : F u n d a c i ó n H e l m u t N e w t o n .

# 1 - A b r i l 9 d e 2 0 1 5 .

I S S N D E L A E D I C I Ó N I M P R E S A : 2 3 4 4 - 8 3 6 9

I S S N D E L A E D I C I Ó N V I R T U A L : 2 3 4 4 - 8 3 7 7 .

T O D O S L O S D E R E C H O S R E S E R V A D O S A L L R I G H T S R E S E R V E D .

© Ó L I V E R L I S


ÍNDICE

EDITORIAL ................................................................................................................................... 3

À REBOURS

LA REVOLUCIÓN DEL INTERNET GRATUITO. .................................................................................... 4

PÁGINAS DE ASOMBRO

DOS RECETAS INÉDITAS DE OSCAR WILDE POR ANTONIO NASCIMENTO THOMAS. ........................... 5

EXHIBICIÓN

HELMUT NEWTON: WORLD WITHOUT MEN / ARCHIVES DE NUIT - FRANÇOIS-MARIE BANIER:

PORTRAITS POR MATTHIAS HARDER ........................................................................................... 10

BARCO DE PAPEL

FILÓSOFOS ................................................................................................................................. 14

CABALLO LOCO

GENIALIDAD EN LA LOCURA ........................................................................................................ 15

PALABRA MUERTA

ESCRITORES TRAS LAS REJAS ..................................................................................................... 16

CARTAS INÉDITAS DE GONZALO ARANGO ..................................................................................... 17

SCULPTURE

ENTREVISTA CON JAVIER CHINCHILLA ......................................................................................... 22

PALETA UNIVERSAL

JOSÉ GUSTAVO HERNÁNDEZ EN 3D ............................................................................................. 25

EL TRÍPTICO DE SANTAMARÍA ..................................................................................................... 29

LA CASA MUSEO LUIS CARLOS VALENCIA .................................................................................... 30

LENTE ESPAÑOL

LAS RUINAS DE EIFFEL. ENTREVISTA CON QUISCO LÓPEZ .............................................................. 40

PÁGINAS V IBRANTES

ASTOR PIAZZOLLA ME REGALÓ UNA PARTITURA ........................................................................... 41

ENTREVISTA CON MOISÉS SÁNCHEZ ............................................................................................ 42

THE BEATLES EXPERIANCE .......................................................................................................... 43

JAZZ ESPAÑOL: ENTREVISTA A BLANCO Y NEGRO. CON MOISÉS SÁNCHEZ ..................................... 44

C INE

CONVOCATORIA LENTE SOCIAL .................................................................................................... 44

CONSTRUYENDO PAZ EN COLOMBIA. ESCUELA AUDIOVISUAL DE BELÉN DE LOS ANDAQUÍES GANA

PREMIO INDIA CATALINA ........................................................................................................... 47

LA TARDE BELLA POR PEDRO GONZÁLEZ JIMÉNEZ ........................................................................ 49

LOS PAPELÍPOLAS, UNA PRODUCCIÓN COLOMBO-ESPAÑOLA ........................................................ 50

C IUDADANO DEL MUNDO

CÓRDOBA EN MAYO ................................................................................................................... 54

DESTINO TURÍSTICO: SANTANDER (ESPAÑA) ............................................................................... 57

HERENCIA

ARTURO COVA. GENEALOGÍAS COLOMBIANAS. RECORDAR, REPETIR Y REELABORAR ..................... 58

ENTREVISTA CON RAFAEL DE AGUILAR, MARQUÉS DE LA VEGA DE ARMIJO ................................... 62

DESPOETRYCANDO. PÁGINAS DE ANTIPOESÍA .............................................................................. 68

R ISOTERAPIA

¡…TOMÉMONOS LA RISA MÁS EN SERIO…! ............................................................................ 66

“EL CUENTO DE LUCÍA” POR ANA ESPINO CAÑAS......................................................................... 67

COMIC

LA VIDA DE GABO EN COMIC POR JOHN NARANJO ...................................................................... 68

PAUTA

1’500.000


{ p á g i n a | t r e s }

“Por e s t e lado con e l don de s c iende de quita r la memoria de l pecado;

po r e l o t ro de t odo e l b ien la o to rga; aquí Leteo ; igua l de l o t ro lado”

- D A N T E A L I G H I E R I

a s cultura s cosmops ico lógicas decían que cuando no logramos r e-so lver la pérdida de l contro l infant i l (por v io lenc ia , hambre, r epr e-s iones o abandono de los cuidadores) , deber íamos en nuestra s enec-tud v iv ir e l ocaso de nues tros recuerdos y regresar a la in fancia . Perder la memor ia por daño h ipocampa l, parece s er todav ía un me-can ismo de de fensa de la natura leza ante una r ea l idad cuyas ra íces de d is funciona l idad hered itar ia se hunden en los s ig los a través de eso que Freud l lamó e l e j erc ic io inc onscien te de l “ repe t ir” . En e l l ibro X de La Repúbl ica , P la tón se re f i ere a una proces ión de a lmas que se dir ig ía hac ia “ la l lanura de l O lv ido” , y todas se ve ían obl igadas a beber una c ier ta cant idad de agua de l r ío de la De s-preocupación : El Le teo o Ameles . Pero, vemos la inef icac ia de esa

apues ta evo lut iva por reve lar se a la fa l ta de una só l ida cul tura ontogenét ica , c apaz de sobreponerse a la advers idad . Esta f laqueza de nues tra soc iedad es más ev idente en e l a l zhe imer : es e es tado de desor ien tac ión y ans iedad permanente, de incon s-ciencia de la propia en fermedad, tendiente a la ps icos is y a l e s tado veg e ta l . Ovidio escr ib ió que e l r ío f luía a través de la c averna de Hypnos , dios de l sueño -idea que nos l l eva como por un arroyo de l Nemós ime (r ío de l Recuerdo o de la Memor ia) , a los mitos de la s cavernas de Pla tón y de Abraham -. El murmul lo de l Le teo a l pasar por la caverna podía inducir e l sueño. En gr iego c lá s ico, la pa labra Le teo s ign if ica l i tera lm ente “olv ido” , la ausencia de la memor ia o encubr imien to. Con e l Le teo , Mar t in Heidegger quiso ev idenc iar e l ocul tamiento de l ser . P la tón proponía e l traba jo de recordar (aque l lo que también buscó Freud con e l ps icoaná l is is en “Recordar , Repet ir y Reelaborar”) , como forma de arr ibar a un puer to de conc ienc ia pr iv i legiado. As í la memor ia , se r e lac iona con la pa labra gr iega “a le theia” (ἀλήθεια ) , que s ign if i -ca “no-olv ido” o “des-ocul tamiento” , que no es prec isamente la ampulosa bú squeda de la verdad, aunque puede que la revi s ta s ir va como un puente in teroceán ico para a treverse a cruzar e l Olvido en tre España y Colombia . En ese empeño, de la misma manera que Dante, i remos de la mano de la s musas , oh, s í… has ta que Cal íope la s conv ier ta en a le teo de ur racas [ ¡ ! ] . B ienvenidos a REVISTALETEO, nombre con e l que queremos conjugar la s propi e-dades de ambos r íos , según la sed de nues tros lec t ores .

O.L .

L

EDITORIAL


{ p á g i n a | c u a t r o }

L A R E V O L U C I Ó N D E L I N T E R N E T G R A T U I T O C O M I E N Z O D E L F I N D E L A E R A D E U N A T E L E F O N Í A P A G A D A

PO R Ó LIV E R L IS

robablemente uno de los acontecimientos más s ign i-ficat ivos en materia eco-nómica y tecnológica para Colombia , fue la vis ita en

enero del empresario estado u-nidense Mark Zuckerberg, fu n-dador de Facebook y de Inte r-net .org, y los convenios des-prendidos de el la: comienzo del f in de la era de los minutos de celular . Internet .org es una asociación entre Facebook y seis empresas fabricantes algunas de software y otras de te léfonos móviles , a saber: Samsung, Opera Softw a-re, Ericsson, MediaTek, Qua l-comm y la aún no desap arecida Nokia, que se al ió con Micr o-soft en 2011 tras la caída de sus acciones en la bolsa, las cuales pretenden en conjunto univer-sal izar el acceso a Internet al realizar convenios para que tenga mayor cobertura y sea gratis . El convenio de Zucker-berg permitió la implement a-ción del uso de internet gratu i-to con una de las empresas de telefonía móvil que operan en Colombia a través de la página web Internet .org, una mue stra del futuro ahora.

Internet .org permite, además del acceso a Wikipedia y otras quince páginas más que cuen-tan con una diversa gama de servic ios de información sobre salud, not ic ias, becas , deportes y l ibros , la conect ividad a fac e-book Messenger, programa que vinculado a una cuenta de fac e-book, nos permite comunicar-nos como lo solemos hacer con los minutos de celular , pero s in costo alguno y con una alta ca-l idad, incluso mejor que la que suelen ofrecer las empresas de minutos. Los Smartphone o te-léfonos intel igentes que sopo r-tan esta apl icación, ya se cons i-guen desde cerca de 55 dól ares o 115 mil pesos en el merc ado (lo que hace unos años era i m-pensable para el bols i l lo popu-lar) y la apertura de una c uenta de Facebook, como la apl ica-ción de Internet .org para nav e-gar, son grat is . Este es el comienzo de una era en la que dejaremos de comun i-carnos como lo hemos hecho hasta ahora desde el surgimie n-to de la telefonía móvil , pagan-do por el lo, para comunicarnos gratis . El problema es que el convenio con esta empresa no sabemos por cuánto t iempo d u-rará ni qué medidas pol ít icas tomarán las otras empresas p a-ra defender la rentabil idad de su negocio. Empresas como Movistar, Claro, Virgin, y e m-presarios como el mexicano Carlos Sl im (dueño de varias de estas , quien oste nta el t ítulo del segundo hombre más r ico del mundo), tendrán que r e-plantearse el futuro de su neg o-cio , que se debe más a la venta

de minutos que a la de teléfo-nos intel igentes , po rque no los producen, s ino que los comer-cian. En unos años, todo el mundo estará conectado a internet gr a-tuitamente desde su teléfono intel igente y los minutos pag a-dos, desaparecerán , porque to-das las personas podrá n l la-marse sin costo alguno -como ya empieza a ser posible- a tra-vés de sistemas gratuitos como Facebook Messenger. La telev i-sión pagada y los viejos telev i-sores , como los conocemos hoy, también desaparecerán para ser sust ituidos por disposit ivos que muestran los canales desde In-ternet ; y probablemente, otros negocios , como el de la educ a-ción presencial , también est a-rán en vías de ext inción, po r-que páginas como Coursera, compuesta por una red de un i-versidades que incluyen algu-nas de las mejores del mundo , ya educan gratuitamente, cert i-f ican a un bajo costo , y están ampliando su alcance; el trab a-jo presencial será sust ituido casi en todos sus campos por el teletrabajo y el concepto de oficina como lo conocemos hoy, se reducirá a su mínima expr e-sión, pues los trámites se hacen cada vez me nos en un lugar f í -sico y más por internet ; la ma-yoría de las tareas no requieren hoy en día de una oficina s ino de un ordenador. Esto quiere decir que estamos ante un fut u-ro no tan le jano donde la meri-tocracia será posible , y quizá, siendo así , tengamos una revo-lución por el internet gratuito antes que por e l agua .

P

À REBOURS


DO S R E C E T A S IN É D I T A S

OSCAR WILDE

“La moderac ión e s una vi r tud muy pe rn ic io sa . Bas tante e s tan malo como una comida . Demas iado, tan bueno como un f e s t ín” .

- Ó S C A R W I L D E , E L R E T R A T O D E D O R I A N G R A Y

POR

ANTONIO NASCIMENTO THOMAS

E-mai l : dav [email protected]

PÁGINAS DE ASO MBRO

EDITORIAL POPAYÁN

W E D I A G R A M Y O U R B O O K S , M A G A Z I N E S , J O U R N A L S

E D I T A M O S S U S L I B R O S , R E V I S T A S , P Á G I N A S W E B

A L A M I T A D D E L P R E C I O D E L A U . E .

C o n t á c t e n o s e n C o l o m b i a : [ 5 7 ] 3 0 1 2 3 4 2 2 2 2

C o n t á c t e n o s e n E s p a ñ a : [ + 3 4 ] 6 4 8 6 5 9 7 9 7

w w w . e d i t o r i a l p o p a y á n . c o m


ANTONIO NASCIMENTO THOMAS

Méd i co y a r t i s ta v en ez o lan o rad ic ad o en E spañ a . N .

en C a ra ca s e l 2 8 de ma r zo de 1 95 3 . L i c en c i a do en

Med i c in a y C i ru g ía p o r l a Un i v e r s ida d d e Ov ie d o ,

d i e t é t i c a y N u t r i c i ón p o r l a Un i v e r s ida d de N av a r ra .

D epa r tam en t o d e d i e t é t i ca y n u t r i c ión en l a C l ín i ca

D r . An tu ñ a d e G i jón , co la bo ra dor d e Rev i s ta le te o .


n la luminosa ma-ñana del 28 de mar-zo de 1960 -día de mi cumpleaños- , mi abuel ita se acercó sigilosa, cuando me encontraba sentado

en la terraza, admirando abso r-to e l mar Caribe de cambiantes azules; después de fel icitarme y darme un beso, me tendió un pequeño paquete envuelto en un del icado papel de regalo , atado por una bel la cinta que terminaba en una gran l azada.

F O T O : Mons e r r a t L l adó Ba l l a rd , ab ue l a de Anton io con é l e n l o s b ra zo s en l a c a s a jun to a l mar (Mac uto , V e ne zu e l a ) .

F O T O : E spe ranza Th omas , m adre de en l a c a s a jun to a l ma r (M acuto , Ve n e zue l a ) .

F O T O : Anton io a l a edad 5 año s en M a -de i r a , Po r t uga l .

Yo, presuroso, desenvolví cu i-dadosamente aquel regalo, y ante mí apareció un l ibro con una bonita encuadernación, donde podía lee rse: “Cuentos

por Oscar Wilde”. Le di un beso a la abuela y las gr acias. Ella me dijo: –Espero te gusten, para mí e s-tán l lenos de una extrema se n-sibil idad. Él , fue un gran poeta y escritor de mi t iempo, al que he admirado s iempre. Yo tenía apenas 7 años, pero me introduje en ese mundo que había creado Wilde; e l primer cuento que le í fue “El Príncipe Fel iz”, y adm iraba las bellas i lustraciones real izadas con un gusto y una sensibil idad e xqui-sitas . Al f inal izar este cuento, mis o jos estaban l lenos de l á-grimas…

“Isabelle de pequeña vio a Wilde. Su madre algu-na vez lo llevó a su casa,

le daba dinero y solía comer con ellos”.

Una vez le ído ese cuento, fu i corriendo hacia el piano dond e la abuela estaba interpretando el “Vals Teresita” , de la piani s-ta venezolana Teresa Carreño. Me quedé escuchándolo en s i-lencio, y cuando f inal izó , le di je: – ¡Abuel ita qué cuento tan l indo acabo de leer! Fí jate, me ha hecho l lorar . –Ya lo sé -me di jo-, seguro has le ído “El Príncipe Fel iz” . –Sí, abuel ita , el mismo…¿y c ó-mo lo sabes? –Es que a mí me sucedió lo mismo con ese cuento … Después de ese vinieron , “El Gigante Egoísta” , maravil l oso también, y con una gran mor a-leja , al igual que “El Ruiseñor y la Rosa” : cruel , y l leno de po e-sía . . . Luego “El Cu mpleaños de la Infanta” , etc . Y así hasta leerlos todos.

Luego, de mayor conocí sus biograf ías y vi casi todas sus obras de teatro represent adas. Cuando leí “El Retrato de D o-rian Gray” me pareció muy i n-genioso y macabro, yo era ap e-nas un adolescente. También le í sus “Poemas”, su “Salomé”, “Vera y los Nihil istas” , “La i m-portancia de Llamarse Erne s-to” , “El Abanico de Lady Wi n-dermere”, etc . E L R E C U E R D O D E I S A B E L L E

F O T O : Os ca r Wi lde .

“El recuerdo de Isabelle era que Wilde era un

hombre muy grande y gordo que la sentaba en

sus rodillas”.

Cuando gracias a la abuela realicé mi soñado viaje a P arís a la edad de 14 años (en 1967), me alojé en casa de una dama francesa entrada en años, de nombre Isabelle , pert eneciente a la nobleza alemana que había vivido en Macuto (Venezuela) por una temporada. Isabelle me había visto nacer y nos contaba a mí y mis hermanos muchas historias . Cuando retornó a P a-rís, el la me di jo que debía vis i-tarla y estudiar ahí por un t iempo. La abuela me prometió costearme el v ia je para cuando

E

{ p á g i n a | s i e t e }


fuera adolescente y as í lo cu m-pl ió . En las vacaciones de v e-rano me fui a París, donde me di a la tarea de terminar mi bachil lerato y perfeccionar mi francés. Isabelle me contó m u-chas historias de Oscar Wilde. Su madre había s ido muy amiga de él , y de su amante Bosie (desde su vida en Lo ndres) , e incluso había visitado a Lil l ie Langtry en Montecarlo -varias veces habían coincidido en reuniones- . Isabelle de pequeña vio a Wilde. Su madre alguna vez lo l l evó a su casa, le daba dinero y sol ía comer con el los .

F O T O : Osca r Wi lde (de r . ) j u n to a Bo s i e .

F O T O : Hijo s de Osca r Wi lde Cyr i l y Vyv yen .

F O T O : Cos t ance , e spo s a de Wi lde , con s u h i j o Cyr i l .

El recuerdo de Isabel le era que Wilde era un hombre muy grande y gordo que la sentaba en sus rodil las , y record aba que l loraba mucho viendo las fotos de sus hi jos . Ella me enseñó el lugar donde murió (el Hôtel L‟Alsace, ahora L‟Hotel) , que se encontraba en la Rive Go uche de París , muy cerca de los cafés Flore y Deux Magots .

Osca r Wi ld e

Alguna vez nos acercamos, también fuimos al cementerio de Pere Lachaise a ver su enorme tumba y le l levábamos l ir ios blancos.

F O T O : Pr ime ra t umb a de Ósca r W i lde .

F O T O : Tumb a en mármo l t r a s e l t r a s l ado de Ósca r Wi lde , e n e l c emente r io de P è r e -Lach a i s e .

L A S D O S R E C E T A S I N É D I -

T A S D E O S C A R W I L D E En casa de Isabelle , solíamos preparar unas recetas d adas a su madre por él mismo. Una era e l brócoli a la Oscar. Se cree que esta receta la perfe c-cionó en el hotel donde se ho s-pedaba y donde murió en París: Hotel L´Alsace en la rue Beaux Arts 13. La receta consist ía en lo s iguiente.

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B R Ó C O L I A L A O S C A R

Poner en una ol la agua a hervir , y cuando rompa el hervor echar e l

Brócol i en la ol la y dejarlo un rato , pero ret irarlo antes de que se ponga muy blando, ya que debe estar cr u-jiente; se sala y se reserva. Luego se hierven castañas ya peladas y se reservan; seguido, se hierve un poco de repollo hasta que esté blando y se r e-serva; f inalmente hacemos una Bechamel . En una bandeja p o-nemos el brócol i rociado de trocitos de mantequ il la; se pasa el repollo por una tr ituradora y se añade; las castañas por en-cima deben cubrir lo; se le adi-ciona la bechamel y f inalmente, se le agregan varios t ipos de quesos en trocitos: queso gr u-yere, queso pecorino, y parme-sano en polvo; se agregan unos trocitos de mantequil la y a l horno hasta que grat ine.

“Figúrate que mi padre se puso a hablar de mo-

ral en la sobremesa. Yo le dije que tenía ya sufi-

ciente edad para hablar de algo más interesante”.

- Ó S C A R W I L D E

C A N A P É S D E P E P I N O A L A O S C A R

Estos son del ic io-sos , para los af-ternoon teas o reuniones donde

se ponen canapés. Me los enseñó a confeccionar Berthe Clayr ige, la doncella de Natal ie Cli fford Ba rney, esa norteamericana abiertamente homosexual tan importante en los c írculos l iterarios de París , examante y mejor am iga de la esposa de Bosie , que af irmaba

haber estado cerca de casarse con él . Pero bueno, vayamos a los canapés y dejemos de cot i-l lear…

F O T O : Nata l i e C l i f fo rd Ba rn ey .

F O T O : Casa de Nat a l i e C l i f fo rd Ba r ney en l a Rue J a cob Nº 2 0 .

F O T O : Be r th e C l ay r i g e . Para los canapés se necesita un pan de molde muy fresco s in

corteza y de una cal idad sup e-rior . Se pelan y se corta un pepino muy grande en rodajas f inís i-mas como hoja de papel . Se l es agrega sal , pimienta y algo de l imón y se dejan escurrir por una hora en un colador. Una vez escurridos se secan con un trapo y se r eservan. Tomamos dos cucharaditas de mostaza de Dijon, dos cucharadas soperas de nata, y una taza pequeña de mantequil la , primero se bate bien la mantequil la con las dos cucharadas de nata y luego, se agregan las dos cucharaditas de mostaza. S i se quiere más nata se puede agregar otra cuchar a-dita más. Se toma la rebanada de pan y se cubre con abundante crema preparada; se agregan los pepi-nos en rod ajas f inas , y se unta el otro pan que servirá de tapa con la mezcla . Se corta y se tapa el pan por la mitad. Es necesario apr etar bien el pan y cortar; poner en un plato y cubrir con un paño húmedo por la parte de arriba para evitar que se seque el pan hasta el momento de servir . ¡Voilá! Están del ic iosos, yo los he merendado muchas veces con mi Té de Da rjeeling, o el Earl Grey tea, muchas veces los tomé en la Rue Jacob nº 20 con Natal ie y Berthe mientras me contaban de aquel París deci-monónico. Desde luego hoy en día suelo pr epararlo en c iertas ocasiones especiales .

F O T O : Anton io Nas c imento .

{ p á g i n a | n u e v e }


M I S A Ñ O S E N P A R Í S . E L R E C U E R D O D E L H O T E L

L ´ A L S A C E E N L A R U E B E A U X

A R T S N ° 1 3

F O T O : Hote l L ’A l s a c e , Pa r í s .

En aquellos años de estudio en París , fu i no una, s ino varias veces al HOTEL L´ALSACE en el nº 13 de la Rue de Beaux Arts; al l í conocí a su dueño -os hablo de los años 1967 al 71 - . Era un hombre muy s impát ico, sol ía estar de pie en la rece p-ción de madera, elegante pero decadente; hablé mucho con él…

“Ya no se puede ser original, ni siquiera en el pecado. Entre Hugo y Shakespeare han agotado todos los temas. No nos quedan emociones genuinas, solo adje-tivos extraordina-rios”.

- Ó S C A R W I L D E

Este pequeño hotel , hoy tota l-mente transformado en un ho-tel de lujo que poco o nada t ie-

ne de semejante, estaba muy deteriorado, pero conservaba un c ierto charm, un no sé qué… Él decía mant enerlo casi igual como Oscar Wilde lo conoció . L A H A B I T A C I Ó N D E O S C A R

W I L D E La primera vez que fui sent í una gran emoción y más cuando subimos a la habitac ión donde Wilde había pas ado sus últ imos días. El dueño me di jo que e s-taba tal cual , que enseñaba la habitación 16 (que nadie oc u-paba jamás) por la módica s u-ma de 3 francos. Sobre la cama había una foto del mismo día en que Wilde murió, era impresionante y m a-cabra, en el la se veía el mismo horrible papel tapiz que desde luego ahora estaba muy amar i-l lento, desco nchado y con algo de moho. Se cuenta que Wilde escribió sobre el papel poco antes de morir: “Eres tú o yo, pero uno de los t iene que i r-se”… El cuarto era espartano: constaba de una pequeña cama, y un escritorio con dos si l las , frente un amplio ventanal con unas cort inas muy vie jas.

F O T O : Wi lde e l d í a q ue mu r ió . Hab i t a -c ión 1 6 , Ho t e l L ’A l s a c e .

Yo vis ité la habitac ión varias veces , y tomé algunos cafés con el propietario del hotel . Un día l levé un poema que escribí a Wilde en un pergamino y lo d e-jé sobre el escr itorio con un ramo de l ir ios blancos como homenaje, después el dueño tomó mi poema y lo enmarcó para ponerlo sobre la pared donde estaba el escritorio.

Cuando marché de París -hacía el 71 ‟ , creo - fue remodelada, y ya, cuando volví varios años después, el hotel que no negaba su pasado de pensión menest e-rosa, era un hotel de gran lujo que nada tenía que ver con aquel lugar entrañable, nostá l-gico y decadente. Hoy, incluso, hay una habitación l lamada Os-car Wilde en el mismo número 16, pero que es de un lujo fa s-tuoso -desde luego la habit a-ción que yo conocí d ista much í-simo de esta -. Wilde decía “s iempre he vivido por encima de mis posibil id a-des” y así murió , e l 30 de n o-viembre de 1900 en este hotel (entonces pe nsión) en París , preso de meningit is , l leno de deudas y en medio de un olor fatal . En su etapa parisina Wilde p a-recía un mendigo, la ropa sucia , con remiendos y hasta rota , el padre del estet ic ismo, defensor del arte por el arte , sofoc ado por el papel tapiz . A veces se le veía ebrio y dando tumbos. La gente lo insultaba y él se e s-condía a sol lozar en silencio l leno de dolor. Sol ía sacar las fotos de sus hi jos, Cyril y Vyvyen según el test imonio de la madre de Isabelle; sus ojos se l lenaban de lágrimas mie n-tras las apretaba contra su p e-cho. Wilde podía verse en cualquier café y además era as iduo a los cabarets , en el Moul in Rouge Toulousse Lautrec real izó un retrato de Oscar Wilde, cuando estaba en pl ena decadencia . Toulouse Lautrec realizó esta pintura cuando Oscar aparecía por el Moulin Rouge y al l í p o-saba para él , siempre que La u-trec le invitara a unas copas de ajenjo , a lgo de champagne o absenta.

§

{ p á g i n a | d i e z }


HELMUT NEWTON:

WORLD WITHOUT MEN / ARCHIVES DE NUIT FRANÇOIS-MARIE BANIER: PORTRAITS

B Y M A T T H I A S H A R D E R

H E L M U T N E W T O N . F R E N C H V O G U E . M O N T E C A R L O 1 9 8 0 © H E L M U T N E W T O N E S T A T E .

a s h i o n p h o t o g r a p h y w a s a l w a y s

t h e m o s t i m p o r t a n t a s p e c t o f

H e l m u t N e w t o n ‟ s w o r k . L o n g

b e f o r e h e f i l l e d h i s o w n f i r s t

b o o k s b y i n t e r n a t i o n a l p u b l i s h -

i n g h o u s e s w i t h h i s f a s h i o n

i m a g e s , h e w o r k e d o n c o m m i s -

s i o n f o r t o p m a g a z i n e s a n d

f a s h i o n h o u s e s . N e w t o n p u b -

l i s h e d s o m e o f t h e s e p h o t o -

g r a p h s i n h i s f o u r t h b o o k –

i r o n i c a l l y a n d d e s c r i p t i v e l y

t i t l e d W o r l d w i t h o u t M e n . T h e p u b l i c a t i o n

f i r s t a p p e a r e d i n 1 9 8 4 i n t h e U n i t e d S t a t e s

a n d i n t h e s a m e y e a r i n G e r m a n y ; i t w i l l n o w

b e r e p r i n t e d o n t h e o c c a s i o n o f t h i s n e w e s t

e x h i b i t i o n i n B e r l i n . T h e b o o k c o n t a i n s

s t a t e m e n t s a n d c o m m e n t a r i e s b y N e w t o n

a l o n g s i d e m a n y o f t h e i c o n i c p h o t o g r a p h s

t h a t h e t o o k i n P a r i s , S a i n t - T r o p e z , L o s A n g e -

l e s , M i l a n , B e r l i n , a n d L o n d o n f r o m t h e 1 9 6 0 s

t h r o u g h t h e 1 9 8 0 s . T h i s i s t h e f i r s t t i m e t h a t

t h e l e g e n d a r y p h o t o b o o k w i l l b e t r a n s f o r m e d

i n t o a n e x h i b i t i o n a n d p r e s e n t e d i n i t s e n -

t i r e t y , s i m i l a r t o t h e m o s t r e c e n t e x h i b i t i o n

o n N e w t o n ‟ s f i r s t t h r e e p h o t o b o o k s .

Exh i b i t ion :

P lace: He lmu t New ton Fou nd a-

t ion - Be r l in , Ge rm any .

Da te : Unt i l O c tober 13 th , 2 013 .

M o v i n g b e y o n d t r a d i t i o n a l f o r m s o f n a r r a t i o n ,

N e w t o n ‟ s f a s h i o n p h o t o g r a p h y i s i m b u e d w i t h

l u x u r i o u s e l e g a n c e a n d s u b t l e s e d u c t i o n ,

c u l t u r a l c i t a t i o n s , a n d a s u r p r i s i n g s e n s e o f

h u m o r . I t w a s w h i l e h e l i v e d i n P a r i s i n t h e

1 9 7 0 s a n d 1 9 8 0 s t h a t t h e p h o t o g r a p h e r d e -

v e l o p e d h i s i n i m i t a b l e s t y l e , i n c l u d i n g t h e

p l a y w i t h o r t o t a l d i s r e g a r d f o r t a b o o s . O n l y

s i n c e t h e n h a s t h e g e n e r a l a c c e p t a n c e o f

f a s h i o n p h o t o g r a p h y g r o w n t o a l l o w f o r t h e

p o p u l a r i t y o f f a s h i o n p h o t o g r a p h y b o o k s a n d

e x h i b i t i o n s – m a d e a l l t h e m o r e d e s i r a b l e s o

w h e n f i g u r e s s u c h a s R i c h a r d A v e d o n , I r v i n g

P e n n , W i l l i a m K l e i n , o r H e l m u t N e w t o n w e r e

i n v o l v e d a n d p r e s e n t e d t h e i r f r e s h i n t e r p r e t a -

t i o n s o f t h e g e n r e .

F

EXHIB ICIÓN

{ p á g i n a | o n c e }


n t h i s e x h i b i t i o n w e e x p e r i e n c e t h e f a s h -

i o n o f Y v e s S a i n t L a u r e n t a n d M a r y Q u a n t ,

U n g a r o , a n d L a g e r f e l d , w h o s e c o n t e m p o -

r a n e i t y N e w t o n c a p t u r e d s o t i m e l e s s l y

w i t h t h e u t t e r l y r e m o t e o r i n t r o s p e c t i v e g a z e s

o f t h e i r m o d e l s . O f c o u r s e t h e r e a r e a l s o t h e

m a l e - f e m a l e d y n a m i c s s o t y p i c a l f o r N e w t o n ,

a n d o c c a s i o n a l l y w i t h a t w i s t , a s w o m e n

c o n s p i c u o u s l y s l i p i n t o m a l e r o l e s . M e n o n l y

a p p e a r a s p r o p s i n N e w t o n ‟ s p r e s e n t a t i o n s o f

f e m a l e b e a u t y a n d p o w e r . A t t i m e s w e f i n d

t w o m e n a c c o m p a n y i n g a s e l f - a s s u r e d w o m a n ,

r e m i n i s c e n t o f F r a n ç o i s T r u f f a u t ‟ s 1 9 6 2 f i l m

J u l e s e t J i m . A n e v e n s t r o n g e r f i l m i c c i t a t i o n

m a y b e f o u n d i n a n e d i t o r i a l f o r B r i t i s h V o g u e

f r o m t h e m i d - s i x t i e s , w h e n H e l m u t N e w t o n

t r a n s p o s e d a s c e n e f r o m A l f r e d H i t c h c o c k ‟ s

1 9 5 9 f i l m N o r t h b y N o r t h w e s t i n t o f a s h i o n

p h o t o g r a p h y : a w o m a n d o n n e d i n f u r ( w h i c h

i s b e i n g a d v e r t i s e d i n t h e i m a g e ) c o w e r i n g

b e f o r e a n a p p r o a c h i n g a i r p l a n e .

P H O T O : H e l m u t N e w t o n .

B r i t i s h V o g u e . L o n d o n 1 9 6 7 © H e l m u t N e w t o n E s t a t e .

“Th e pr o jec t br in gs togeth er

diver se b l ack & whi te phot o-

gr aphs by New ton f rom the late

1980s an d ear l y 1990 s: po r -

t r a i t s , nudes , lan dscapes , an d

st i l l l i f es” .

A r o u n d t h e s a m e t i m e , N e w t o n q u o t e d i n a

p i e c e f o r I t a l i a n V o g u e t h e e s t e e m e d p h o t o g -

r a p h e r M a r t i n M u n k á c s i , w h o h a d s i m i l a r l y

c a p t u r e d a d y n a m i c p r o f i l e i m a g e o f a w o m a n

d r e s s e d i n b l a c k m o v i n g a c r o s s a b e a c h –

t h i r t y y e a r s e a r l i e r . T h e m a i n d i f f e r e n c e l i e s

i n t h e f a s h i o n : b y 1 9 6 6 , t h e h e m o f t h e c o c k -

t a i l d r e s s h a d r i s e n a b o v e k n e e l e v e l , w h i c h

w o u l d h a v e b e e n u n h e a r d o f i n M u n k á c s i ‟ s

t i m e – t h e l a t t e r w a s p h o t o g r a p h i n g

b e a c h w e a r .

T h e c o n t r a s t s p o s e d b y i n t e n t i o n a l t h e a t r i c a l -

i t y s u r r o u n d e d b y “ n o r m a l l i f e ” i n N e w t o n ‟ s

i m a g e s n e v e r c e a s e t o s u r p r i s e . I n 1 9 7 8 i n

S a i n t T r o p e z f o r S t e r n , f o r e x a m p l e , t h e p h o -

t o g r a p h e r h a d a m o d e l c l a d i n a n e l e g a n t ,

h i g h - c o l l a r e d e v e n i n g g o w n b y T h i e r r y M u g l e r

s i t o n a b e n c h s u r r o u n d e d b y b a r e l y c l o t h e d

s u n b a t h e r s . N o t o n l y w a s h e a b l e t o i n t e g r a t e

t h e l o c a l c o l o r , h e a l s o i n s t i l l e d a n a t u r a l

s e n s e o f n u d i t y i n h i s f a s h i o n p h o t o g r a p h y –

a n i n t e r e s t i n g v a r i a n c e f o r a p h o t o g r a p h e r

w h o w o u l d a d d r e s s b a r e s k i n a c r o s s g e n r e s .

H e r e w e a l r e a d y s e e t h e b e g i n n i n g s o f h i s

“ N a k e d a n d D r e s s e d ” s e r i e s , w h i c h h e s o o n

t h e r e a f t e r a r t i c u l a t e d i n t h e f a m o u s d i p t y c h s

o f h i s “ B i g N u d e s ” p r o j e c t .

“Th ese ar e in dependent w orks,

whose unconvent i on al pe r ip h -

era l v iew s are con tr asted in

the pu bl i cat ion an d in the Be r -

l in exh ib i t ion wi th nude phot o-

gr aphs , som e o f wh ich wer e

commi ssi oned by P l ayboy” .

WORL D WIT HOUT MEN & AR CHI VES D E N U I T

“ W o r l d w i t h o u t M e n ” w i l l b e c o m p l e m e n t e d

b y “ A r c h i v e s d e N u i t , ” a n e x h i b i t i o n p r o j e c t

a n d a c c o m p a n y i n g p u b l i c a t i o n b y H e l m u t

N e w t o n , w h i c h p r e m i e r e d i n P a r i s i n 1 9 9 2

a n d t o u r e d t h r o u g h o u t E u r o p e . T h e p r o j e c t

b r i n g s t o g e t h e r d i v e r s e b l a c k & w h i t e p h o t o -

g r a p h s b y N e w t o n f r o m t h e l a t e 1 9 8 0 s a n d

e a r l y 1 9 9 0 s : p o r t r a i t s , n u d e s , l a n d s c a p e s ,

a n d s t i l l l i f e s . F a s h i o n i m a g e s a r e n o t p r e -

s e n t h e r e – a s w e c a n s e e , N e w t o n w a s a l s o

i n t e r e s t e d i n o t h e r t h e m e s a n d m o t i f s , s u c h

a s t h e l a n d i n g h y d r o p l a n e s h e o b s e r v e d f r o m

t h e b a l c o n y o f h i s a p a r t m e n t i n M o n t e C a r l o ,

a b a n d o n e d c a r s o n t h e s t r e e t s o f B e r l i n ,

h u m a n d e f o r m i t i e s s h o w c a s e d a t t h e M u s e u m

f o r N a t u r a l H i s t o r y i n V i e n n a , a n d t h e s t u n -

n i n g i n t e r i o r o f t h e B o l o g n a c a t h e d r a l . T h e s e

a r e i n d e p e n d e n t w o r k s , w h o s e u n c o n v e n t i o n a l

p e r i p h e r a l v i e w s a r e c o n t r a s t e d i n t h e p u b l i -

c a t i o n a n d i n t h e B e r l i n e x h i b i t i o n w i t h n u d e

p h o t o g r a p h s , s o m e o f w h i c h w e r e c o m m i s -

s i o n e d b y P l a y b o y . T h e c o n c e p t e c h o e s t h a t

o f h i s o w n m a g a z i n e H e l m u t N e w t o n I l l u s t r a t -

e d , w h i c h w a s i r r e g u l a r l y p u b l i s h e d f o u r

t i m e s b e t w e e n 1 9 8 7 a n d 1 9 9 5 a n d w h i c h w a s

e x h i b i t e d i n 2 0 0 7 i n B e r l i n . N e w t o n ‟ s “ A r -

c h i v e s d e N u i t ” u n i t e s d a r k , e n i g m a t i c , a n d

e v e n u n c a n n y i m a g e s t h a t a b o u n d w i t h v a n i -

t a s m o t i f s r e c a l l i n g d e t e c t i v e o r c r i m e s t o -

r i e s m o r e t h a n h i s u s u a l w o r k .

H e l m u t N e w t o n . P a n o r a m i c N u d e . V i l l a d ´ E s t e , L a k e

C o m o 1 9 8 9 © H e l m u t N e w t o n E s t a t e .

I

{ p á g i n a | d o c e }


“Som e o f th e ph o togr aphs

shown f r om these pr o jec ts ar e

be in g pr esen ted fo r th e f i r st

t ime at the Helmu t Newton

Foundat ion ” .

S o m e o f t h e p h o t o g r a p h s s h o w n f r o m t h e s e

p r o j e c t s a r e b e i n g p r e s e n t e d f o r t h e f i r s t

t i m e a t t h e H e l m u t N e w t o n F o u n d a t i o n . A s

N e w t o n e x p r e s s l y w i s h e d , t h e e x h i b i t i o n

s p a c e o f t h e f o u n d a t i o n w i l l a l s o b e u s e d t o

p r o v i d e a f o r u m f o r t h e w o r k o f o t h e r p h o t o g -

r a p h e r s . T h i s t i m e , F r e n c h a r t i s t a n d w r i t e r

F r a n ç o i s - M a r i e B a n i e r w a s i n v i t e d b y J u n e

N e w t o n t o p r e s e n t m o r e t h a n 3 0 o f h i s p h o t o -

g r a p h i c p o r t r a i t s i n “ J u n e ‟ s R o o m ” . H e r e w e

e n c o u n t e r a v e r i t a b l e W h o ‟ s W h o o f i n t e r n a -

t i o n a l f i l m , m u s i c , l i t e r a t u r e , a r t , a s w e l l a s

p o l i t i c s , i n c l u d i n g J o h n n y D e p p , W o o d y A l l e n ,

R a y C h a r l e s , S a m u e l B e c k e t t , A n d y W a r h o l ,

L o u i s e B o u r g e o i s , a n d C a r o l i n e o f M o n a c o .

B a n i e r i s v e r y c l o s e t o t h e c e l e b r i t i e s -

w h i c h i s h a r d l y s u r p r i s i n g , c o n s i d e r i n g h e

h i m s e l f i s n o w c o u n t e d a m o n g t h e m . A g a t h -

e r i n g o f f r i e n d s s e e m s t o m a n i f e s t i t s e l f

a m o n g t h e p h o t o g r a p h s . F r a n ç o i s - M a r i e B a -

n i e r h a s e x h i b i t e d w o r l d w i d e a n d h i s m u l t i -

f a c e t e d m u l t i m e d i a w o r k h a s b e e n p r e s e n t e d

i n n u m e r o u s p u b l i c a t i o n s .

F r a n ç o i s - M a r i e B a n i e r

I s a b e l l e A d j a n i

1 9 9 1

© F r a n ç o i s - M a r i e B a n i e r

Helmut Newton: Mundo sin ho m-

bres / Arch ivos de Nui t .

François -Mar ie Banier : Retr atos.

POR MATTHIAS HARDER

“Por p r imer a vez e l l egen dar io

l i br o de fo tos tomar á a cabal i -

dad fo rm a en un a ex posi c ión ,

de fo rm a sem e jan te a com o se

ha dado en l a ú l t im a ex pos i -

c ión a par t i r de los t res pr im e-

ros l i br os de fo tos de Ne w-

ton” .

L a f o t o g r a f í a d e m o d a f u e s i e m p r e e l a s p e c t o m á s

i m p o r t a n t e d e l a o b r a d e H e l m u t N e w t o n . M u c h o

a n t e s d e q u e é l l l e n a r a s u s p r i m e r o s l i b r o s e n c a s a s

e d i t o r i a l e s i n t e r n a c i o n a l e s c o n s u s i m á g e n e s d e

m o d a , t r a b a j ó e n l a c o m i s i ó n d e l a s p r i n c i p a l e s

r e v i s t a s y t i e n d a s d e m o d a . N e w t o n p u b l i c ó a l g u n a s

d e e s t a s f o t o g r a f í a s e n s u c u a r t o l i b r o - i r ó n i c a y

d e s c r i p t i v a m e n t e t i t u l a d o “ M u n d o s i n H o m b r e s ” . L a

p u b l i c a c i ó n a p a r e c i ó p o r v e z p r i m e r a e n 1 9 8 4 e n l o s

E s t a d o s U n i d o s y e n e l m i s m o a ñ o e n A l e m a n i a ,

p a s a r á a s e r r e i m p r e s o c o n m o t i v o d e e s t a n u e v a

e x p o s i c i ó n e n B e r l í n . E l l i b r o c o n t i e n e l a s d e c l a r a -

c i o n e s y c o m e n t a r i o s d e N e w t o n , j u n t o c o n m u c h a s d e

l a s f o t o g r a f í a s i c ó n i c a s q u e t o m ó e n P a r í s , S a i n t -

T r o p e z , L o s Á n g e l e s , M i l á n , B e r l í n y L o n d r e s , d e s d e

l a d é c a d a d e 1 9 6 0 h a s t a 1 9 8 0 . P o r p r i m e r a v e z e l

l e g e n d a r i o l i b r o d e f o t o s t o m a r á a c a b a l i d a d f o r m a e n

u n a e x p o s i c i ó n , d e f o r m a s e m e j a n t e a c o m o s e h a

d a d o e n l a ú l t i m a e x p o s i c i ó n a p a r t i r d e l o s t r e s

p r i m e r o s l i b r o s d e f o t o s d e N e w t o n .

“Th i s t im e, F ren ch ar t i st and

wri ter F r ançoi s -Mar ie Ban ier w as

inv i ted by June Newton to present

more th an 30 o f h i s pho togr aph ic

por t r a i ts in “June ’s Room” .

M á s a l l á d e l a s f o r m a s t r a d i c i o n a l e s d e l a n a r r a c i ó n ,

l a f o t o g r a f í a d e m o d a d e N e w t o n e s t á i m p r e g n a d a d e

e l e g a n c i a , l u j o y s u t i l s e d u c c i ó n , c i t a s c u l t u r a l e s , y

u n s o r p r e n d e n t e s e n t i d o d e l h u m o r . F u e m i e n t r a s

v i v í a e n P a r í s , e n l o s a ñ o s 1 9 7 0 y 1 9 8 0 , q u e e l

f o t ó g r a f o d e s a r r o l l ó s u i n i m i t a b l e e s t i l o , d e s a r r o -

l l a n d o u n a o b r a c o n a b s o l u t o d e s p r e c i o p o r l o s

t a b ú e s . F u e s ó l o a p a r t i r d e l a a c e p t a c i ó n g e n e r a l e n

l a f o t o g r a f í a d e m o d a g r a c i a s a l a p o p u l a r i d a d d e

f o t o g r a f í a s d e l a m o d a e n l i b r o s y e x p o s i c i o n e s , q u e

s e h i z o i n c l u s o d e s e a b l e q u e f i g u r a s c o m o R i c h a r d

A v e d o n , I r v i n g P e n n , W i l l i a m K l e i n o H e l m u t N e w t o n

p a r t i c i p a r a n y p r e s e n t a r a n s u n u e v a s i n t e r p r e t a c i o -

n e s d e e s t e g é n e r o . E n e s t a e x p o s i c i ó n q u e e x p e r i -

m e n t a m o s l a m o d a d e Y v e s S a i n t L a u r e n t y M a r y

Q u a n t , U n g a r o y L a g e r f e l d , e n c u y a c o n t e m p o r a n e i d a d

N e w t o n c a p t u r ó l o i n t e m p o r a l , c o n l a s m i r a d a s

t o t a l m e n t e p e r d i d a s , o e n l a i n t r o s p e c c i ó n d e s u s

m o d e l o s .

H e l m u t N e w t o n

P a n o r a m i c N u d e

V i l l a d ´ E s t e , L a k e C o m o 1 9 8 9

© H e l m u t N e w t o n E s t a t e

P o r s u p u e s t o h a y t a m b i é n l a d i n á m i c a e n t r e h o m b r e s

y m u j e r e s - t a n t í p i c o s d e N e w t o n - , y e n o c a s i o n e s

c o n u n t o q u e t a n s u y o , d o n d e l a s m u j e r e s s e m u e v e n

v i s i b l e m e n t e e n l o s p a p e l e s m a s c u l i n o s . L o s h o m b r e s

s ó l o a p a r e c e n c o m o a c c e s o r i o s e n l a s p r e s e n t a c i o n e s

d e l a b e l l e z a f e m e n i n a y e l p o d e r d e N e w t o n . A v e c e s

n o s e n c o n t r a m o s c o n d o s h o m b r e s q u e a c o m p a ñ a n a

u n a m u j e r s e g u r a d e s í m i s m a , q u e r e c u e r d a l a

p e l í c u l a d e F r a n ç o i s T r u f f a u t “ J u l e s e t J i m ” ( 1 9 6 2 ) .

U n a c i t a f í l m i c a a ú n m á s f u e r t e s e p u e d e e n c o n t r a r

e n u n e d i t o r i a l d e l a r e v i s t a b r i t á n i c a V o g u e d e s d e

m e d i a d o s d e l o s s e s e n t a , c u a n d o H e l m u t N e w t o n

t r a n s p u s o u n a e s c e n a c i n e m a t o g r á f i c a d e A l f r e d

H i t c h c o c k ( 1 9 5 9 ) , e n l o s a l b o r e s d e l a f o t o g r a f í a d e

m o d a :

{ p á g i n a | t r e c e }


H E L M U T N E W T O N . S T E R N S A I N T T R O P E Z 1 9 7 8 © H E L M U T NE W T O N .

.E S T A T E .

u n a m u j e r s e p u s o u n a p i e l ( l o q u e s e e s t á a n u n c i a n -

d o e n l a i m a g e n ) m i e n t r a s u n a v i ó n l a a c e c h a b a . P o r

l a m i s m a é p o c a , N e w t o n c i t ó e n u n a r t í c u l o p a r a l a

r e v i s t a i t a l i a n a V o g u e a l r e c o n o c i d o f o t ó g r a f o M a r t i n

M u n k á c s i , q u e h a b í a c a p t u r a d o d e m a n e r a s i m i l a r u n a

i m a g e n d e p e r f i l d i n á m i c o d e u n a m u j e r v e s t i d a d e

n e g r o e n m o v i m i e n t o a t r a v é s d e u n a p l a y a - t r e i n t a

a ñ o s a n t e s . L a p r i n c i p a l d i f e r e n c i a r a d i c a e n l a

f o r m a : e n 1 9 6 6 , e l d o b l a d i l l o d e l v e s t i d o d e c o c t e l s e

h a b í a e l e v a d o p o r e n c i m a d e l a r o d i l l a , l o q u e h a b r í a

s i d o i n a u d i t o e n l a é p o c a d e M u n k á c s i - e s t e ú l t i m o

e s t a b a f o t o g r a f i a n d o r o p a d e p l a y a .

L o s c o n t r a s t e s p r o p u e s t o s , l a t e a t r a l i d a d i n t e n c i o n a l

r o d e a d o d e l a " v i d a c o t i d i a n a " e n l a s i m á g e n e s d e

N e w t o n , n u n c a d e j a n d e s o r p r e n d e r . E n 1 9 7 8 , e n

S a i n t T r o p e z p a r a S t e r n , p o r e j e m p l o , e l f o t ó g r a f o

t e n í a u n a m o d e l o v e s t i d a c o n u n e l e g a n t e t r a j e d e

n o c h e d e c u e l l o a l t o d e T h i e r r y M u g l e r , s e s i e n t a n e n

u n b a n c o r o d e a d o d e b a ñ i s t a s a p e n a s v e s t i d o s . N o

s ó l o f u e c a p a z d e i n t e g r a r e l c o l o r l o c a l , s i n o q u e

t a m b i é n i n c u l c ó u n s e n t i d o n a t u r a l d e l a d e s n u d e z e n

s u f o t o g r a f í a d e m o d a - u n a v a r i a c i ó n i n t e r e s a n t e d e

u n f o t ó g r a f o e n e l a b o r d a j e d e l a p i e l d e s n u d a a

t r a v é s d e d i v e r s o s g é n e r o s . A q u í y a v e m o s l o s c o -

m i e n z o s d e s u s e r i e “ D e s n u d a s y V e s t i d a s ” , q u e p o c o

d e s p u é s s e a r t i c u l a e n l o s f a m o s o s d í p t i c o s d e s u

p r o y e c t o “ G r a n d e s D e s n u d o s ” .

MUN D O S IN HOM BR ES Y AR CHI VOS D E N U I T

“ W o r l d W i t h o u t M e n ” ( “ M u n d o s i n H o m b r e s ” ) s e

c o m p l e t a r á c o n “ A r c h i v o s d e N u i t ” , u n p r o y e c t o d e

e x p o s i c i ó n y l a p u b l i c a c i ó n d e H e l m u t N e w t o n e s t r e -

n a d a e n P a r í s e n 1 9 9 2 q u e t u v o u n a g i r a p o r t o d a

E u r o p a . E l p r o y e c t o r e ú n e d i v e r s a s f o t o g r a f í a s e n

b l a n c o y n e g r o d e N e w t o n d e l a d é c a d a d e 1 9 8 0 y

p r i n c i p i o s d e 1 9 9 0 : r e t r a t o s , d e s n u d o s , p a i s a j e s y

b o d e g o n e s .

“El proyecto reúne d iver sas fo t o -

gr a f ías en b l an co y negro de Ne w-

ton de l a década de 1980 y pr inc i -

p ios de 1990 : re t r atos, desn u dos,

paisaj es y bodegon es” .

L a s i m á g e n e s d e m o d a n o e s t á n p r e s e n t e s a q u í -

c o m o p o d e m o s v e r . N e w t o n t a m b i é n e s t a b a i n t e r e s a d o

e n o t r o s t e m a s y m o t i v o s , c o m o l o s h i d r o a v i o n e s d e

a t e r r i z a j e q u e o b s e r v a b a d e s d e e l b a l c ó n d e s u

a p a r t a m e n t o e n M o n t e C a r l o , v e h í c u l o s a b a n d o n a d o s

e n l a s c a l l e s d e B e r l í n , d e s p r o p o r c i o n e s h u m a n a s

e x h i b i d a s e n e l M u s e o d e H i s t o r i a N a t u r a l d e V i e n a , y

e l i m p r e s i o n a n t e i n t e r i o r d e l a c a t e d r a l d e B o l o n i a .

S e t r a t a d e o b r a s i n d e p e n d i e n t e s , c u y o s p u n t o s d e

v i s t a n o c o n v e n c i o n a l e s p e r i f é r i c o s s e c o n t r a s t a n e n

l a p u b l i c a c i ó n y e n l a e x p o s i c i ó n d e B e r l í n , c o n

f o t o g r a f í a s d e d e s n u d o s , a l g u n o s d e l o s c u a l e s

f u e r o n c o m i s i o n a d o s p o r P l a y b o y . E l c o n c e p t o h a c e

e c o d e s u p r o p i a r e v i s t a , l a “ H e l m u t N e w t o n I l l u s t r a -

t e d ” , p u b l i c a d a i r r e g u l a r m e n t e e n c u a t r o o c a s i o n e s

e n t r e 1 9 8 7 y 1 9 9 5 y q u e s e e x h i b i ó e n 2 0 0 7 e n

B e r l í n . L o s “ A r c h i v o s d e N u i t ” d e N e w t o n , f u s i o n a n

o s c u r i d a d , e n i g m a , e i n c l u s o b i z a r r a s i m á g e n e s q u e

a b u n d a n c o n m o t i v o s v a n i t a s , r e c o r d a n d o h i s t o r i a s d e

d e t e c t i v e s o h i s t o r i a s c r i m i n a l e s , m á s q u e s u t r a b a j o

h a b i t u a l .

A l g u n a s d e l a s f o t o g r a f í a s m o s t r a d a s e n e s t o s p r o -

y e c t o s , s e h a n p r e s e n t a d o p o r p r i m e r a v e z e n l a

F u n d a c i ó n H e l m u t N e w t o n . C o m o N e w t o n d e s e a b a

e x p r e s a m e n t e , e l e s p a c i o d e e x p o s i c i o n e s d e l a

f u n d a c i ó n t a m b i é n s e p u e d e u t i l i z a r p a r a p r o p o r c i o -

n a r u n f o r o p a r a e l t r a b a j o d e o t r o s f o t ó g r a f o s . E n

e s t a o c a s i ó n , e l a r t i s t a y e s c r i t o r f r a n c é s F r a n ç o i s -

M a r i e B a n i e r f u e i n v i t a d o p o r J u n e N e w t o n p a r a

p r e s e n t a r m á s d e 3 0 d e s u s r e t r a t o s f o t o g r á f i c o s e n

" L a h a b i t a c i ó n d e j u n i o " . A q u í n o s e n c o n t r a m o s c o n

u n a u t é n t i c o „ Q u i é n e s Q u i é n ‟ d e l c i n e i n t e r n a c i o n a l ,

l a m ú s i c a , l a l i t e r a t u r a , e l a r t e , a s í c o m o l a p o l í t i c a ;

e n t r e e l l o s J o h n n y D e p p , W o o d y A l l e n , R a y C h a r l e s ,

S a m u e l B e c k e t t , A n d y W a r h o l , L o u i s e B o u r g e o i s , y

C a r o l i n a d e M ó n a c o . B a n i e r e s t á m u y c e r c a d e l o s

f a m o s o s - q u e e s d e e x t r a ñ a r , t e n i e n d o e n c u e n t a q u e

a h o r a m i s m o s e c u e n t a e n t r e e l l o s . U n a r e u n i ó n d e

a m i g o s p a r e c e t e n e r l u g a r e n t r e l a s f o t o g r a f í a s .

F r a n ç o i s - M a r i e B a n i e r h a e x p u e s t o e n t o d o e l m u n d o

y s u p o l i f a c é t i c o t r a b a j o m u l t i m e d i a s e h a p r e s e n t a d o

e n n u m e r o s a s p u b l i c a c i o n e s .

H E L M U T N E W T O N : W O R L D W I T H O U T M E N / A R C H I V E S D E N U I T • F R A N Ç O I S - M A R I E B A N I E R : P O R T R A I T S

{ p á g i n a | c a t o r c e }


F I L Ó S O F O S

lguna vez se han

deten ido a ver los

ros tros de John

Locke, Emmanuel

Kant , o Jean Paul

Sartre? Si me pr e-

guntan, los or íg e-

nes de la f i los of ía

no es tán tanto en Sa mos, c omo en

el hecho de que los f i l ósofos sean

universalmente feos . Kierkegaard

tenía una joroba espantosa ; Sa rtre ,

un ojo ex traviado -y más feo que

Pic io- ; Descar tes no tenía nar iz ,

s ino monumento a l moco. . . y as í

por lo consiguiente . Las excepci o-

nes como Sigmund Freud, que mis

amigas coinciden en que era un

"vie jo majo" , ten ían hogares di s-

funcionales o no goz a ban ni e l los

ni sus fami l ias - como en este caso,

por ser judíos - de aceptación so-

cia l . La f i losof ía t iene s iempre un

ego desvenci jado de fondo. Por

eso Pa ul Brunton di jo que “ todos

los f i lósofos son mentir osos” .

Cornel ius Castor iadis -otro f i lós o-

fo feo- , de f inía a l ser humano c o-

mo “ un animal loco por su exces o

de representa ción ” . El existencia -

l ismo -que empieza con Kierk e-

gaard- , es un pensamiento esp e-

cia lmente psicóti co (una expresión

de la dopamina, de la angust ia

permanente , de las ideas suic i -

das) , teniendo su máxima expr e-

s ión en el lugar y en la etapa más

psicót ica de la humanidad: Al e-

mania y Francia en las dos guerras

mundiales .

“Si me pregunta n, los or í -genes de la f i losofía no e s-tán t anto en S amos, c omo en el h echo de qu e los f i l ó-sofos sean unive rsalm ente feos.”

Supongo que la f i losof ía es e l ac to

psicót ico necesar io del pensamie n-

to (pensamiento como error de la

naturaleza) , para r econci l iarse con

la vida , consigo y con sus seme-

jantes . Pero no s iempre ha funci o-

nado<Althusser que se declaró un

marxista comprometido con la

humanidad, ma tó a su mujer , a l

parecer , debido a un comple j o

edípico s in resolver ; Einstein , que

se opuso a la bomba atómica por

amor a la humanidad, golpea b a a

su mujer ; Heidegger , exi stencia l i s -

ta que proclamó el indiv idual ismo

sobre las decis iones colec tivas , se

obsesionó con el poder debido a

su fa l ta de control sobre m uchas

s i tuaciones de su infa ncia , co n-

forme a Robin Norwood, y cr eyó

que podría hacer una revolución

ontológica mundial desde el rég i -

men nazi con el cual se compr o-

metió; Jean Paul Sar tre , exis te n-

cia l is ta francés autor de “La N{u-

sea” , se dedicó a enseñar su f i l o-

sof ía para poder fol lar . Se r i faba

sus es tudian tes -hombres y muje-

res- , junto a Simone de Beauvoir

como cons ta en su corresponde n-

cia (véase "Car tas de Amor Salv a -

je" de una psiquia tra e spañola) .

Siguiendo su f i losof ía , podría d e-

cirse que Sar tre encarna ba su idea

de la máxima l iber tad en las l imi-

taciones cuando conquis taba a

alguien< debe se r por su éxi to

sexual que fue e l más a daptado y

menos psicótico de la corr ien te

existencia l . Así hal la mos mil lones

de e jemplos .

Y es que, a los f i lósofos no se les

puede entender desde su es truct u-

ra de pensamiento, s ino desde

esos comple jos de su vida qu e los

l levan a cons truir ese mecanism o

de defensa que l la mamos f i losof ía .

Octavio Paz lo di jo insupera bl e -

mente en su "Epi taf io pa ra un Po e-

ta" -debe ser por eso que a los

f i lósofos l es gus ta la poesía - :

‚Quiso can tar , c antar

para o lv idar

su v ida v erd adera d e ment iras

y recordar

su ment i rosa v ida d e verdades ‛ .

OLIVER LIS

¿A

“ L a i n t e l i g e n c i a d e l f i l ó s o f o e s d i r e c t a m e n t e p r o p o r c i a o n a l a s u f e a l d a d ” .

L OC KE KAN T K I E RK EGA ARD SART R E

BARCO DE PAPEL

{ p á g i n a | q u i n c e }


GENIALIDAD

E N L A L O C U R A

uana de Arco oía en su

jardín las v oces de San

Miguel , Virg inia Woolf ,

suic ida , escr ibió “Las

Horas” , John Forbes

Nash “Una Mente Br i -

l lante” ganó el nobel

de economía; Van

Gogh, cor tó su ore ja

para poder p intar la y

dos años después se

suic idó; Abraha m Li n-

coln sufr ía de depresiones pr o-

fundas y ta mbién in te ntó qui tarse

la vida .

Parece que la úl t ima pa labra solo

la pudiera tener a lguien que h u-

biera probado las dos caras de la

moneda: la l iber tad y la opresión,

la locura y la cordura , pensamos

en las muy oport unas palabras de l

poeta Leopoldo María Panero

Blanc, quien públ i camente di j o

para e l l ibro de Federico de Utr e -

ra , desde su ata laya lúcida e n el

manicomio de la Gran Canaria :

‚No hay r econoc imiento hegel ian o

s ino l o que e l arg ot de la barb ari e

l lama fú tbo l , que emp ezó como en l a

pel ícula de John Houston ‘El hombre

que pudo se r rey ’ , en que se ju ega a l

fútbol c on una cabeza hum ana, que es

la única p e lo ta : La locura s i túa a l

hombre a l ot ro l ado de l campo d e

fútbol , d onde e l neurót ico o ps icó t ic o

no qui er e en trar . El hombre o lv ida a l

s igni f i c ante , pero e l s ign i f i cante no

lo o lv ida a é l -c omo d i j era Lacán - y

e l neurót ico o ps icót ico acaba perd id o

en una red más nazi de l a que huy ó:

y e l lo a p esar d e que é l h aya barr id o

con la e sc i s i ón ent re e l s igni f i cante y

e l s igni f i cad o, l l ev a a l ps icót ic o a

proc l amar l a verdad fuera de l t e rr eno

de l campo d e fútbol‛ .

“Juana de Arco oía en su jardín las voces de San Mi-guel , Virginia Woolf , su i -cida, escribió “Las Ho -ras”, John Forbes Nash “Una Me nte Bri l lant e” g a-nó el nobel de economía; Van Gogh, cortó su oreja para poder pint arla ”.

Henrich Heine nos presenta ba un

pensamiento semejante , más ce r-

cano a una concepción esté ti ca de

la locura : “La verdadera locura

quizá no sea otra cosa que la sab i -

duría misma que, cansada de de s-

cubrir las ver güenzas del mundo,

ha tomado la intel igente resol u-

ción de volverse loca” .

"No es sa luda ble es tar adaptado a

una sociedad profunda mente en-

ferma". -Kri shnamurti

Y Thomas Szas pareciera agregar

a esto: “La locura es la única rea c-

ción sana para una sociedad e n-

ferma” .

Car los Bol ívar Boni l la Baquero,

Ph.D. , profesor de psicolog ía de la

Universidad Surcolombiana , co-

mentó: “A la l is ta de estas geni a-

l idades ha bría que agregar a los

profe tas bíb l icos , a Holder l in , a

Yukio Mishima, a l creador de l

Barco Ebrio, a Beeth oven, a San

Juan de la Cruz, a Eins tein . . . Por

todo eso, la pregunta no es por

qué enloquece la gente , s i no, ¿por

qué no lo hemos hecho todos ? [ . . . ]

Paul Wa tzlawick, advierte que la

locura es un problema de estar en

minoría . Si la mayoría nos cons i -

deráramos seres ex traterres tres

que escuchamos voces provenie n-

tes de l espa cio, ser ía mos comple -

tamente norma l es” .

O.L .

J

V IRG IN IA WOL F M . HE ID EGGE R ABRA HAM L IN COL N J . F OR BE S N A SH V IN CEN T VAN G OGH JUAN A D E AR CO

CABALLO LOCO

{ p á g i n a | d i e c i s é i s }


E S C R I T O R E S T R A S L A S R E J A S

POR ÓLIVER LIS

r a n ç o i s V i l l o n , l o g r ó e s c a p a r d e l a c o n d e -

n a a m u e r t e c o n s u " B a l a d a d e l o s A h o r -

c a d o s " . A n n a F u n d e r e s c r i b i ó e n p r i s i ó n ,

" A l l T h a t I A m " , c u a t r o a c t o s y u n l i b r o d e

p o e m a s . J a n e S u l l i v a n e n s u s “ S o l i t a r y

R e f l e c t i o n s ” l o d i c e m u y b i e n : “ D e s d e C e r -

v a n t e s , p a s a n d o p o r E . E . C u m m i n g s , l o s e s c r i -

t o r e s p r o d u j e r o n l o m e j o r e n l a c á r c e l : J e a n

G e n e t , V o l t a i r e , J o h n B u n y a n , o S i r T h o m a s

M o r e , f u e r o n p r e s o s r e l i g i o s o s o p o l í t i c o s .

B o e t h i u s q u i e n f u e r a t r a t a d o a c r e m e n t e e n

e l l a , e s c r i b i ó s u “ C o n s o l a t i o n o f P h i l o s o p h y ” ,

m a g n í f i c a o b r a m e d i e v a l . F i ó d o r D o s t o y e v s k i

t a m b i é n f u e e n c a r c e l a d o y t o r t u r a d o e n S i b e -

r i a , s i n l o q u e n o h u b i e r a p o d i d o e s c r i b i r

“ C r i m e n y C a s t i g o ” . A l e x a n d r S o l z h e n i t s y n

e s c r i b i ó a s u v e z “ U n d í a e n l a v i d a d e I v á n

D e n í s o v i c h ” , b a s a d o e n l a l a b o r d e l o s p r i -

s i o n e r o s d e K a z a k h s t a n ” . Y f i n a l m e n t e , O s c a r

W i l d e e s c r i b e e n s u t e r r i b l e c a s t i g o “ D e

P r o f u n d i s ” , y “ T h e B a l l a d o f R e a d i n g G a o l ”

p a r a B o s i e . N o n o s o l v i d e m o s d e l p o e t a M i -

g u e l H e r n á n d e z , c o n d e n a d o p o r u n t r i b u n a l d e

g u e r r a e n e l r é g i m e n f r a n q u i s t a , l o q u e m o t i -

v a e l “ C a n t o G e n e r a l ” d e P a b l o N e r u d a , y l a

r e s p u e s t a d e L e o p o l d o P a n e r o T o r b a d o ( t a m -

b i é n r e c l u s o d o s v e c e s ) , s u “ C a n t o P e r s o -

n a l ” ; e n e s o d e l o s c a n t o s , J i m M o r r i s o n t u v o

q u e t r i n a r ; Á l v a r o M ú t i s ; y Á n g e l S i e r r a B a s -

t o , s u c o n t e m p o r á n e o , t a m b i é n e s t u v i e r o n

p r e s o s u n p a r d e v e c e s , e l p r i m e r o , a l i g u a l

q u e e l b e a t W i l l i a m B u r r o u g h s , e n M é x i c o , y

e l s e g u n d o e n e l H u i l a , e n e l t i e m p o d e l a

v i o l e n c i a b i p a r t i d i s t a : e l p r i m e r o , p o r a s u n t o

d e s u p u e s t o s e s t u p e f a c i e n t e s ; y e l s e g u n d o

p o r q u e l o s a l c a l d e s n o s a b í a n l e e r [ ¡ ! ] .

P a r a o t r o s , c o l g a r s e d e l o s c a b l e s d e a l t a

t e n s i ó n d e l o s n e r v i o s e n l o s e x c e s o s d o p a -

m i n é r g i c o s ( p s i c o s i s y e s q u i z o f r e n i a ) , c u m p l e

c o n e s t e p r o p ó s i t o c r e a t i v o , p u e s e l t a l e n t o

n o p a r e c e m á s q u e u n a m e z c l a e n t r e a n g u s t i a

y d i s c i p l i n a .

F

F RAN Ç OIS V I L L ON MIGUEL D E C ERV AN T E S VOL T A IR E E . E . C UMIN GS JE AN G EN ET AN N A FUN D E R

JOHN BUN Y AN S IR T HOM AS MOR E BOET HIU S D OST OY E VS K I AL EX AN D R S OL Z HEN I T SYN OSC AR WI L D E

MIGUEL H ERN ÁN D EZ L EOP OL D O PAN ERO ÁL VARO MÚT I S ÁN GEL S I ERR A B AST O W. BUR ROUG HS J IM M ORRI SON

PALABRA MUERTA

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CARTAS INÉDITAS DE GONZALO ARANGO

a s c a r t a s d e l p r o f e t a d e l n a d a í s m o , G o n z a l o A r a n g o , e n v i a d a s a l p o e t a p a p e l í p o l a L u i s E r n e s t o L u n a , n o a l c a n z a r o n a i n c l u i r s e e n “ G o n -

z a l o A r a n g o , C o r r e s p o n d e n c i a V i o l a d a ” d e E d u a r d o E s c o b a r , y f u e r o n t r a í d a s a l d i r e c t o r d e R E V I S T A L E T E O p o r e l v a t e h u i l e n s e d e l a

m a n o d e s u n i e t a , M a r í a J o s é U r i b e , u n a ñ o a n t e s d e q u e a c a e c i e r a e l d e c e s o d e l b a r d o . L a s c i n c o c a r t a s , d a n c u e n t a d e l c a r á c t e r

m o d e r n o d e a m b o s g r u p o s c o l o m b i a n o s ( c o n t e m p o r á n e o s c o n T h e B e a t G e n e r a t i o n , T h e H u n g r y G e n e r a t i o n , l a G e n e r a c i ó n d e l 6 0 n i c a r a -

g ü e n s e , y c a s i l o s n u e v e n o v í s i m o s e s p a ñ o l e s , q u e s e l l a m ó g e n e r a c i ó n p o r C a s t e l l e t d e s d e 1 9 6 8 ) , l a d i m e n s i ó n p o é t i c a d e l a v i d a d e

A r a n g o , y e l F e s t i v a l d e A r t e J o v e n , a c o n t e c i m i e n t o u n i v e r s a l v i v i d o e n N e i v a f i n a l i z a n d o l a d é c a d a d e l o s 5 0 ‟ s , o r g a n i z a d o p o r n a d a í s -

t a s , p a p e l í p o l a s y G e n t i l F a j a r d o . P u e d e v e r s e e l c o n t e x t o d e e s t a s c a r t a s e n l a o b r a “ L o s P a p e l í p o l a s , E n s a y o S o b r e U n a G e n e r a c i ó n

P o é t i c a ” [ 1 9 9 5 ] d e D e l i m i r o M o r e n o . R E V I S T A L E T E O p r e s e n t a a s u s l e c t o r e s u n a c a r t a ( d e l a s c i n c o ) e n c a d a n ú m e r o :

L { p á g i n a | d e c i s i o c h o }


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ENTREVISTA CON JAVIER CHINCHILLA

UN NUEVO CONCEPTO

DE COLOR Y DE ESCULTURA

POR OLIVER L IS FO T O S : D I E G O TO B A R SO L A R T E

“El blanco es la

suprema sensibil idad”.

Javier Chinchi l la, un laboyano

de 42 años, maestro en artes

plásticas de la Universidad del

Cauca, cuya obra escultórica ha

viajado por México, Venezuela,

y Colombia. Próximamente en

España.

REVISTALETEO: Shel l ing dice

que hay cuatro principios para

el ar te: la creación, la genial i -

dad, la perennidad y el mist e-

rio .

J .CH.: Yo le anexo el aso mbro.

REVISTALETEO: Hallo mucho

valor en usted como artista p a-

ra darle preponderancia al

blanco en su obra. Es algo a lo

que los arti s tas le t ienen pavor.

El uso apropiado del blanco

requiere de una gran m adurez

y técnica. El blanco es auster i -

dad, invita al alma. Recuerdo a l

padre del esteticismo cuando

decía “los sen t idos para curar

el alma, y el alma para curar

los sentidos”. ¿Qué hay de cie r-

to en eso?

J .CH.: Por teoría del color, el

blanco es color, pero el negro

no. Para los psicólogos, el ne-

gro es color porque produce

sensaciones. Pero para mí , el

blanco son todas las sensaci o-

nes, todos los colores [ ¡ ! ] .

Los mejores o jos del alma, se

hal lan en la sensibi l idad. El

blanco, al captar todas las se n-

saciones, es la suprema sensib i-

l idad. Probablemente por eso a

muchos artistas les produce

esquizofrenia. Indudablemente ,

aunque está demostrado que el

ar te cura.

REVISTALETEO: Dice que el

ar te cura. ¿De qué manera?

SCULPTURE

{ p á g i n a | v e i n t i c u a t r o }


J .CH.: No se trata de aniquilar

al otro “yo”, como en el ps i -

coan{l isis, sino de “exorciza r-

lo” a través del goce e sté tico<

REVISTALETEO: Háblenos de

su nueva teoría del color.

J .CH.: Tradicionalmente nos

han enseñado que la mezcla

primaria aditiva, está compue s-

ta por los colores prim arios luz

o colores aditivos: verde, ro jo y

azul . En mi investigación de s-

cubrí que el nombre que le co-

rresponde a estos co lores luz

no son los anteriormente des-

cri tos, a excepción del verde;

sino que son además de este, el

naranja y el violeta [colores

aditivos luz] . La trascende ncia

de este hal lazgo es que tendrá

que reconocerse esta nueva se-

mántica para el color en los

textos de teoría del co lor.

REVISTALETEO: ¿Cómo l legó a

esas conclusiones?

J .CH.: He investigado tanto los

l ibros de f ísica, como de neur o-

logía y de psicología en materia

de percepción. Cuando obse r-

vamos algo que abstraemos

como rojo o naranja, los vasos

sanguíneos del cerebro se di l a-

tan; cuando son verdes, azules

y violetas, se contraen. Esto

demuestra que el nombre que

se le dio a los colores prim arios

luz no corresponde a lo que se

percibe.

“ P o r t e o r í a d e l c o l o r , e l b l a n c o e s c o -

l o r , p e r o e l n e g r o n o . P a r a l o s p s i c ó l o -

g o s , e l n e g r o e s c o l o r p o r q u e p r o d u c e

s e n s a c i o n e s . P e r o p a r a m í , e l b l a n c o

s o n t o d a s l a s s e n s a c i o n e s ” .

REVISTALETEO: Wittgenstein

dice que: “el ro jo es el color

que se me ocurre al oír la pal a-

bra rojo. Sería una defin ición,

no una expl icación de la ese n-

cia del designar por medio de

una pa labra”. ¿Es un problema

meramente semántico?

J .CH.: Efectivamente. Niega la

percepción de lo que se ve. Pr e-

cisamente Wittgenstein también

dice que el lenguaje es el l ímite

de nuestra vida.

{ p á g i n a | v e i n t i c i n c o }


REVISTALETEO: ¿Cuáles son

sus artistas de cabecera [escr i -

tores, pintores, escultores,

dramaturgos, etc .]?

J .CH.: Desde el hombre l í t ico,

hasta Giotto; Leonardo d’Vinci ,

Miguel Ángel Buonaroti , Fran-

cisco de Goya, Decotex, Luis

Cabal lero, Juan Antonio Roda,

Edgar Negret, Eduardo Ramírez

Vil lamizar, Mozart, Andrés de

Segovia, Tchaivskoski , Genti l

Montaña, Si lvio Rodríguez,

Chardin, Kant, Sócr ates, Platón,

Krishnamurti , entre m uchos

más.

LETEO.: ¿El referente de los

espejos presente en s u obra, es

borgeano? Háblenos un poco al

respecto.

J .CH.: No, no es borgeano. Es la

experiencia que he tenido con

el asombro. Es la verdad –

lacónico enfatiza- .

REVISTALETEO: Imaginamos

que tiene algunos tesoros l i t e-

rarios, pic tóricos, en su casa.

J .CH.: Conservo con grati tud

un l ibro, obsequio del maestro

Juan Antonio Roda, autografi a-

do en Bogotá un año antes de

acaecer su deceso. Otra obra

que conservo con car iño es un

l ibro de dibujos de Eugene D e-

lacroix, recibido de manos de

mi maestro de colegio Teóf i lo

Carvajal al ias “Tecapo” –risas- .

De otra parte, los maestros D a-

vid Lozano Moreno y Benhur

Sánchez han elaborado apreci a-

ciones signif icativas sobre mi

obra, que me han formado. Son

todas estas, obras que conservo

con mucha grati tud; referentes

que fueron escalones y me alen-

taron en el ascenso hacia la

plástica.

REVISTALETEO: Hablemos de

la escultura. Abordemos su d e-

venir plástico tridimensional .

J .CH.: Al abordar la escultura

me exige mayor atención y e s-

fuerzo mental para facturar mi

acontecer conceptual referente

a temas que parten desde lo

ontológico, l legando incluso a

lo ecológico. Son dos preocup a-

ciones, dos grandes brechas,

que he tratado de reconc i l iar a

través de mi gesto plástico, p a-

ra verlas como una sola -

últimamente me he estado cue s-

tionando por el sentido de mi

existencia en este plano -.

REVISTALETEO: ¿Cómo se ex-

presan en su obra esas dos

preocupaciones?

J .CH.: Tengo de un lado, un

tótem representando la exp e-

riencia individual -que no des-

deña la colectividad, muy i m-

portante en mi obra- ; y de otro

lado, me conecto con la natur a-

leza a través de la escultura

[véase Cachimbo en Estadio,

obra que i lustra un referente

cercano dentro del paisaje del

val le de Laboyos] . Ambas ti e-

nen su punto de encuentro a

través del proceso ref lexivo de

lo bidimensional hacia la tr i -

dimensional idad [<] Obras de

mi autoría como “Al Galope de

las Dudas”, “Diario Asombro”,

“Imprevista Percepción”, “ I n-

vierno Existencial”, “Ser Bifu r-

cado”, son concepciones y pi e-

zas que hacen parte de esta e x-

posición que intenta despojar la

enajenación que sucumbe en el

diario acontecer de nuestro

bric-a-brac o barati l lo existe n-

cial .

* * *

Alejandro Jodorowsky, en su

obra “El Maestro y las Magas”

relataba algo del acontecer di a-

rio del escultor en su trabajo de

intelectual izar lo f ís ico y lo

metafísico, y en plasmarlo a

través de una obra que perd u-

re: “Los artistas toman un bl o-

que de materia y crean su e s-

cultura desde la superficie h a-

cia el interior. Los dioses par-

ten de un centro, la fuente de

origen, donde se co ncentran, y

desde al l í hacen crecer la obra,

el cuerpo, del interior al ext e-

rior< Las vísceras que hoy te

han hablado se l laman así po r-

que moran en el inter ior de tu

cuerpo. Si estuvieran en la s u-

perficie de él , se l lamarían ó r-

ganos”.

{ p á g i n a | v e i n t i s e i s }


JOSÉ GUSTAVO HERNÁNDEZ EN 3D

FOT OS : D I EG O T O BAR .

F O T O : El a r t i s t a en su t a l l e r j un to a “E l Aguado r de S ev i l l a ” . Homen a j e a Ve l á z -que z .

osé Gustavo Hernández,

cult ivador del punti l l i smo,

disc ípulo del maestro Luis

Alberto Acuña -p ince lado en

Paris- , heredero de George

Seurat , expos itor co lombiano

en varias de las ga ler ías de arte

contemporáneas de Estados Un i-

dos, París , y Colombia, entre

otros países, nos h abla de su arte

y de lo que será su pr imera nov e-

la , con i lustrac iones en 3D, pr o-

logado por María de la Cruz . In-

vitamos a los l ectores a usar sus

gafas anagli fas.

REVISTALETEO: Gustavo, ha-

blemos de los recodos de la

infancia, de las pinceladas de

tiempos virreinales, republica-

nos, de sus extravíos en el c a-

bal lo de Timothy Leary como

caminante y del descanso de

Neptuno sobre las praderas de

Jove. Cuéntenos, ¿cuál es el

tema nucleador de su obra?

Jo s é Gus t avo He rnánde z • Reg re so de l Ol v ido , S e r i e I t i ne ra r io s . “Com ienzo s ” .

“A todos los pintores co-lombianos los marca un l u-gar natal: A Rayo lo marcó

Roldanillo; […] a Botero, Medellín; […] En mi caso,

la ciudad que me marca es Piendamó.”.

J.G.H.: A todos los pintores

colombianos los marca un lugar

natal : A Rayo lo marcó Rolda-

ni l lo ; a Augusto Rivera, Bol ívar

[Cauca]; a Negret y Martínez,

la Ciudad Blanca [Popayán]; a

Vi l lamizar, Pamplona; a Botero,

Medel l ín; y a Luis Alberto

Acuña, mi mentor, Vi l ladele y-

va; por mencionar sólo algunos.

En mi caso, la ciudad que me

marca es Piendamó. Mi infa n-

cia, transcurrió entre la arqu i-

tectura de esta aldea de p aso,

fundada para el comercio -por

la “vía Guanacas” que cone cta

al Huila con Buenaventura- ,

donde experimenté el hondo

deslumbramiento del paisaje, el

sonido del tren, y los primeros

viajes a Cal i y Pop ayán.

Por t ada de l a nove l a “Soñan d o l o s Amore s de S imón y Ma nu e l i t a ” de l p i n to r .

J

PALETA UNIVERSAL

{ p á g i n a | v e i t i s i e t e }


J O S É G U S T A V O H E R N Á N D E Z • E N S O Ñ A C I Ó N E N S A N M A T E O • Ó L E O S O B R E L I E N Z O , 1 , 8 0 X 1 , 3 0 M T S . • C A . 2 0 0 5 .

REVISTALETEO: Al ver su vi-

da y su obra, vienen a nuestra

mente “Los Buddenbrook” de

Tomas Mann. ¿Será acaso por

eso de que los comerciantes

procrean lo que menos esperan:

un arti sta?

J.G.H.: Tal vez -risas- , le jos de

ser tan civi l izado o exquisi to,

pero muy acorde a lo que dice,

Piendamó [tienda de come r-

ciantes] ha sido una cuna de

artistas. Donde hay sed se bu s-

ca más el agua. Mi padre, cam-

pesino, tenía como oficio e x-

pender carne, y mi madre, de

origen antioqueño tenía gran

faci l idad de palabra, era una

fabuladora innata, descendie nte

de arrieros y fundadores de

pueblos. Ese fue su legado.

Mamá sol ía decirme de pequ e-

ño que estuve a punto de ser

raptado por una bruja [ ¡ ! ] .

REVISTALETEO: Y eso, ¿por-

que< eras muy “br u jeriego”? -

risas- .

{ p á g i n a | v e i t i o c h o }


Jo s é Gus t avo He rnánde z • E l In somne Soñado r • Técn i c a : Ól eo s ob re Te l a , 1 ,5 0 x 1 ,2 0 mt s . • Ca . 20 1 1 .

J.G.H.: Sí . Mi pintura alucina-

tiva en la primera etapa estuvo

preñada de todo tipo de arque-

t ipos: el Duende, “La Madre

Monte”, “La Llorona”, “El

Guando”, “La Patadetarro”, “el

Moh{n”. . . La infancia de mi

madre transcurrió en f incas

entre Antioquia y Caldas donde

nutrió su voz de todas estas

leyendas y mi tos.

Jo s é Gus t avo He rnánde z • Hé roe Arque t í -p ico . “Y su F ami l i a e r a l a Gr a n C o lomb ia ” • Ól eo s ob re t e l a • 2 ,0 0 x 1 ,70 mt s . • Ca . 2 0 0 5 .

REVISTALETEO: ¿Colegimos

que estos mitos no son exclus i -

vamente hui lenses sino arque-

tipos de carácter universal r e-

creados de múltiples maneras?

¿O tienen acaso más que ver ,

con la influencia cul tural que

trajo la vía de Guanacas -al co-

nectarse el Huila con Piend a-

mó-?

Jo s é Gus t avo He rná nde z • La Mág ic a Aymar i t a • Técn i c a : Ól eo s ob re L i enzo , 1 ,0 0 x 0 ,7 0 mt s . • Ca . 20 0 0 .

“Existe una corriente cós-mica indo-americana que

pasa por la consciencia de los artistas latinoameric a-nos determinando una bús-

queda de identidad.”.

-ARMA NDO VI L LE G AS

J.G.H.: Considero que son el

resultado de una fusión en un

crisol cultural , que amalgama

los pueblos. Los mitos -como el

inconsciente- , t ienen una reso-

nancia universal .

REVISTALETEO: ¿Entonces ha-

blamos de que hay un lenguaje

universal como un r ío subte-

rráneo por descubrir en nuestro

inconsciente a través del arte?

J.G.H.: Desde luego. Esa, la

labor de zahorí , es la del arti s-

ta.

REVISTALETEO: Aparte de

Piendamó, ¿qué lugares, qué

inquietudes o búsquedas, han

influenciado el ar te más madu-

ro de esta asombrosa trayect o-

ria?

J.G.H.: Me he identi f icado, i n-

conscientemente, con las cult u-

ras de Oriente . La gente dice

que en mi pintura hal la remi-

niscencias bizantinas, hindúes

y hasta egipcias; tanto así , que

cuando el maestro Armando

V i l legas participó por el 82’ en

una exposición en la gal ería

Gaceta de Cal i , me di jo haber

encontrado una “semejanza

saludable” de mis cuadros co n

su obra mágica-indigenista, y

textualmente comentó : “Existe

una corriente cósmica indo -

americana que pasa por la

consciencia de los art istas lat i -

noamericanos determinando

una búsqueda de identidad.

Hay un artista en Lima hacie n-

do algo muy semejante a noso-

tros y en varios países están

haciendo cosas por el esti lo sin

habernos conocido: Los artistas

son como antenas que sintoni-

zan corrientes universales del

pensamiento” y -acorde a lo

que hablábamos- las canal iza-

mos a través del arte.

Jo s é Gus t avo He rnánde z • D e sdob l amie n-t o • Técn i c a : Ól eo s ob re L i enzo , 1 ,6 0 x 1 ,4 0 mts . • Ca . 2 0 04 .

REVISTALETEO: Los verdade-

ros arti stas hacen un mundo

más espiri tual o con sciente a

{ p á g i n a | v e i n t i n u e v e }


través del arte . ¿Qué busca a lo

largo de tantas fatigosas tras-

migraciones plásticas el arti s-

ta?, ¿cuál es la bú squeda que se

refle ja en esta amalg ama?

J.G.H.: A través del neo-

punti l l ismo tridimensional , que

es lo que sal ió del esfuerzo ed i-

torial de mi novela, logro de-

codificar una búsqueda inte-

rior. Tanatología, búsqueda de

sentido, y héroes, como Bol í -

var, el sabio Caldas o Diego de

Velázquez son en mí y mi arte

como señales en un camino h a-

cia un “epílogo imprevisible” -

uno nunca sabe adó nde va a

l legar , Óliver- .

Jo s é Gus t avo He r nán de z • La Diá spo r a de l Vis ion a r io • Ól eo s ob re L i e nzo , 1 ,50 mts . de Diáme t ro • Ca . 2 0 0 5 .

Eso se corresponde con la se n-

sación de no haber logrado

plasmar aún la mejor obra de

mis ensueños. Alucinado de

bel leza te digo, que creo que lo

mejor en la vida y en el arte

está apenas por comenzar.

REVISTALETEO: Alguien di jo

que las traducciones l i terarias

son el eco de los l ibros. ¿Pasa

lo mismo con las ideas al po-

nerlas en una obra?¿Podemos

renegar del concepto de una

original idad pretendida?

J.G.H.: Absolutamente . El acer-

vo l i terario, los contenidos

plásticos o musicales se decod i-

f ican en mi l ienzo como una

sinfonía de colores, o como

ecos de la resonancia onírica -

pero también de óperas trági-

cas- . La búsqueda común y par-

ticular del espíri tu, la muerte

de mis padres y algunos her-

manos, amigos, los fenómenos

sociales que no logramos e n-

tender : todos estos también son

óleos desgarrados de la pal eta

del corazón del ar tista.

“Yo no he venido a creer en

mundos creados, sino a crear mundos creíbles, ha s-

ta llegar a lo increíble .”.

Jo s é Gus t avo He rnánde z • Ev ange l i z a c ión • Ól eo s ob re t e l a • 1 ,4 0 x 0 ,95 mt s . • Ca . 2 0 0 5 .

REVISTALETEO: Viendo todo

esto, asumo que su visi ta no es

de tipo casual . Su arte viene

ahora a conectar Guanacas y el

Huila en un nivel inconsciente .

En una frase, cómo describiría

su periplo y en perspectiva, su

labor como artista.

Jo s é Gus t avo He rná nde z • P ro s c r i t a e n Pa i t a • Ó l eo s ob re l i enzo , 1 ,5 0 mt s . x 1 ,5 0 • c a . 2 0 05 .

J .G.H.: Yo no he venido a creer

en mundos creados, sino a

crear mundos creíbles, hasta

l legar a lo increíble. Exponer

para mí no es un acto de ego-

centrismo, sino pura catarsi s.

Jo s é Gus t avo He rná nde z • A moro s a Ens o -ñac ión • Óleo s ob re L i enzo , 1 ,8 0 x 1 ,4 0 mts . • Ca . 2 0 05 .

Deta l l e de F i rma de Jo s é G us t avo He r -nánde z .

{ p á g i n a | t r e i n t a }


E L T R Í P T I C O D E

S A N T A M A R Í A

LAS ARTES LAS LETRAS LAS CIENCIAS

n d r é s d e S a n t a m a r í a ( B o g o t á ,

1 8 6 0 - B r u s e l a s , 1 9 4 5 ) f u e e l

p r i m e r p i n t o r m o d e r n o c o l o m -

b i a n o ; s e f o r m ó e n E u r o p a , d o n d e

a s i m i l ó l a s t e n d e n c i a s i m p r e s i o -

n i s t a s y p o s t - i m p r e s i o n i s t a s q u e

m a r c a b a n é p o c a , m i e n t r a s l a

p i n t u r a d e l i n t e r i o r d e l p a í s

h a c í a c u l t o t r a d i c i o n a l a l a a c a d e m i a c l á s i c a .

L a U n i v e r s i d a d d e l C a u c a t i e n e , e n P o p a y á n ,

e l p r i v i l e g i o d e i l u m i n a r c o n s u p r e s e n c i a e l

m u r o p o s t e r i o r d e l P a r a n i n f o d e C a l d a s : t r e s

g r a n d e s c u a d r o s , L a s A r t e s , L a s L e t r a s y L a s

C i e n c i a s , c o n s u s s í m b o l o s , m u e s t r a n q u e

S a n t a m a r í a h a c u m p l i d o a l l í c o n e l m e j o r d e

l o s o f i c i o s : a c e p t a r e l e n c a r g o d e l a s m u s a s

p a r a a l l e g a r n o s a l o s o j o s y a l a e m o c i ó n

s o l i t a r i a t r e s m a g n í f i c o s r e c i n t o s d e p o e s í a

v i s u a l : s i m b o l i s m o p e n e t r a n t e p a r a l o s s e n t i -

d o s , e l i n t e l e c t o y l a i n t u i c i ó n ; f o r m u l a c i o n e s

c l á s i c a s p o r l a f o r m a e n q u e l a c o m p o s i c i ó n ,

l o s a m b i e n t e s , e l e q u i l i b r i o y l a d i s p o s i c i ó n

d e l a s f i g u r a s d e f i n e n e l e s p a c i o p o é t i c o ;

m i t o y r e f l e x i ó n , s e n s u a l i d a d a r m ó n i c a , i m á -

g e n e s p a r a t r a s c e n d e r e l t i e m p o y l o s l u g a r e s

c o m u n e s ; e s t a n c i a s c o n á r b o l e s f r o n d o s o s ,

b o s q u e s a u d i b l e s , v o c e s q u i z á d e u n b a n q u e -

t e p l a t ó n i c o ; m u j e r e s a r q u e t í p i c a s d i a l o g a n

c o n e l p i n t o r e n j a r d i n e s d e a l g ú n t e m p l o

p a r a f i g u r a c i o n e s i d e a l e s , e n t r e m ú s i c a

d e b u s s y a n a , r e c u e r d o s g r i e g o s y l a t i n o s q u e ,

y a m u y l e j a n o s e n e l t i e m p o , p e r d u r a n a ú n e n

n u e s t r a a l m a d e s e o s a d e a r m o n í a s ; c o l o r e s

f r a g m e n t a d o s a l a m a n e r a i m p r e s i o n i s t a ,

a s u n t o s d e u n a p a l e t a g a u g u i n i a n a d o n d e e l

d i b u j o , y a i m p r e c i s o y l i b r e , h e c h o c o n l a s

n e c e s a r i a s y c o n v i n c e n t e s d e s f i g u r a c i o n e s

c o n q u e l a a t e m p o r a l i d a d d e v i e n e e n e l a r t e ,

o b l i g a n a l o j o d e l o b s e r v a d o r i n t e l i g e n t e a

s u p e r a r l a s p o s i b l e s d u d a s q u e t o d o c o n c e p t o

e s t é t i c o m o d e r n o , c u l t o , p u e d a s u s c i t a r e n e l

e n t e n d i m i e n t o .

L a s t r e s e s c e n a s d e A n d r é s d e S a n t a m a r í a

r e s p i r a n , c o m u n i c a n , e n s i m i s m a n y p r e s e r v a n

l o s c a r i s m a s d e u n a b e l l e z a q u e q u i e r e i n s -

t a u r a r s e , a ú n e n s u c o n t r a , e n t r e l o s p i l a r e s

d e e s t e m u n d o a t u r d i d o p o r l a t e m p o r a l i d a d y

l o s a f a n e s c o t i d i a n o s . E l r e c i n t o d e l P a r a n i n -

f o d e C a l d a s a l b e r g a e s t e s u g e s t i v o y h e r m o -

s o t r í p t i c o , s i g n a d o c o n e l p o d e r e s p e c i a l d e

u n h o m b r e q u e t a l v e z l o g r ó e n t r a r m á s a l l á

d e l t i e m p o d e e s t e t i e m p o c o n s u i n t u i c i ó n

i n s p i r a d a . C u a l q u i e r c e r e m o n i a l a c a d é m i c o

a l l í e n s u c e s o , s e v e c u s t o d i a d o p o r l a m i r a -

d a s i e m p r e p r e s e n t e d e e s t e m u r a l s u s u r r a n -

t e , l u m i n o s o , s i b i l i n o .

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PALETA LITERARIA

{ p á g i n a | t r e i n t a i u n o }


CASA MUSEO

L U I S C A R L O S

V A L E N C I A POR RODRIGO VALENCIA QUIJANO

LUIS CARLOS VALENCIA GUEVARA

Y SU CASA MUSEO

El pintor Valencia, como lo

l lamaban los amigos y

al legados al círculo

social de su casa,

nació en Popayán

en 1906, del ma-

trimonio de Don

Higinio Valen-

cia, abogado, y

de Doña Cle-

mentina Gue-

vara. Desde

muy niño

mostró in-

quietudes y

talento para

el arte; mode-

laba f iguras

en arci l la y

real izaba di-

bujos a l ápiz;

eran cosas que

hacía por inicia-

tiva propia, in-

dagando despre-

venidamente en

sus propias capaci-

dades, dando curso

en sí mismo a un talen-

to natural , a una expre-

sión de capacidades inna-

tas y a su obl igación personal

de satisfacer sus propias necesi -

dades. Su famil ia encauzó y estimuló

sus incl inaciones matriculándolo en la pr imera

Escuela de Bel las Artes de

Popayán, donde fue

alumno de los Maestros

Coriolano Leudo de

Bogotá, y Efraín Mar-

tínez de Popayán, en

el año de 1923.

Después, en 1927

gana beca por

concurso, para

estudiar en la

Escuela de Bel las

Artes de Bogotá

bajo la dirección

del Maestro

Francisco A.

Cano. Y en 1929

es becado por el

gobierno depar-

tamental para

estudiar un año

en España, donde

permanece por

seis años más; al lá

tomó clases particu-

lares con el famoso

pintor Eduardo Chi-

charro.

De su época en la e scuela

de Coriolano Leudo hemos

conocido un cuadro, “El Regre-

so del Paseo” , desafortunadamente

demasiado averiado ya; y cuyo pigme n-

to se ha despre ndido en gran parte ; con

HISTORIA DEL ARTE

{ p á g i n a | t r e i n t a i d ó s }


F O T O : E l mae s t ro Rodr igo V a l enc i a , h i j o de l mae s t ro Lu i s Car l o s Va l e n c i a .

deterioro general izado, oca sio-

nado tal vez por el terremoto

del 83. Es un genuino ejercicio

de academia bien elaborado, en

donde se nota la incidencia y

ayuda de la mano del Maestro

Leudo: inquietud por contar

una anécdota, preocupación por

el real ismo del detal le, interés

por transmitir la escena en l a-

bios del recuerdo, con la máxi-

ma aproximación y verosimil i -

tud. La escena es de carácter

romántico, evocador, sentime n-

tal , bucól ico ; representa a una

madre ataviada con pañolón

campesino; una mano apoya su

cabeza, y a su lado su pequeña

hi ja la acompaña en acti tud de

espera; la presencia de unos

árboles, en segundo plano, s e-

paran la escena de la portada

de una f inca o hacienda, al

fondo. Los diversos planos se

acogían a las soluciones justas

del oficio y la pintura se notaba

plena y de magnífico color. He

apelado a la memoria para de s-

cribir este cuadro temprano de

mi padre , de modo que es pos i-

ble que no sea del todo preciso;

pero da una idea clara del c a-

rácter que generalmente tenían

estas pinturas de género ac a-

démico. Indudablemente, la

factura era de excelente cal i -

dad, elaborada con pigmento

de buen grosor y de carácter ya

profesional , di ferenciándose a

toda luz de cualquier e jercicio

elaborado por aficionados o

aprendices. Si éste, como él

mismo nos lo expresó varias

veces, era su primer cuadro al

óleo, al l í ya se muestra un t a-

lento bien dotado, capacitado y

de muy buenos alcances para el

futuro desenvolvimiento del

joven pintor.

Andrés de Santamaría, Autorretrato, 1910.

“Andrés de Santama-ría, primer pintor mo-derno colombiano, vi-vía en Europa desde 1911, y Alejandro Obregón haría irrup-ción con su nueva es-tética en los años 50 del siglo XX”.

Obviamente, por razones socia-

les y de índole cultural , las p o-

cas escuelas de bel las ar tes que

había en Colombia en aquel la

época eran academias donde se

enseñaba el oficio como tal ;

eran obl igatorias las asignat u-

ras de dibujo, perspectiva, an a-

tomía, color y composición, y

todo lo relacionado con el

aprendizaje de un oficio rigu-

roso, con todas las herramie n-

tas que un pintor formado d e-

bía conocer y dominar. Se p o-

dría decir que, a diferencia de

hoy, el pintor era determinado

por las buenas musas, atraído a

contraer nupcias con la capaci-

dad de ser testigo de la bel la

real idad, de las anécdotas hi s-

tóricas o simbólicas que afectan

la cotidianidad, de la directa

relación sensible y po ética que

el ser humano ejerce con su

alma y el entorno. La pintura

era un testigo lo más f iel del

mundo cotidiano, y algunas

veces, también, de arrobamie n-

tos poéticos y simbólicos test i -

moniales; no era un lenguaje

para círculos especiales ni para

iniciados en metalenguajes de

estética capciosa o extravaga n-

te, como sucedió después, a

pesar de que a esa hora de la

historia el arte moderno ya t e-

nía derecho de legitimidad

desde la aparición del impr e-

sionismo en Europa, en los

años 80 del siglo XIX. El suelo

colombiano aún permanecía

intocado por los nuevos vientos

del arte y por las innovaciones

que pronto iban a ser especula-

ción apasionada de todas las

vanguardias ulteriores. Andrés

de Santamaría, primer pintor

moderno colombiano, vivía en

Europa desde 1911, y Alejandro

Obregón haría irrupción con su

nueva estética en los años 50

del siglo XX, bajo el aval de l a

crí t ica Marta Traba y de las

nuevas épocas desmiti f icado-

ras. De modo que las escuelas

de arte i nsistían en la implíci ta

ar tesanía que el pintor prof e-

sional debía obl igat oriamente

manejar y depurar .

{ p á g i n a | t r e i n t a i t r é s }


Así por e jemplo, mi padre nos

contaba que una vez, en l a cla-

se de perspectiva que el Mae s-

tro Cano les enseñaba a través

del estudio del natural en a l -

guna cal le bogotana, él le di jo ,

ante los bocetos que estaba

desarro l lando: “Usted es el amo

de la perspectiva” ; lo cual

quiere decir que él estaba des a-

rrol lando un loable y convi n-

cente trabajo académico, con

riguroso anál isis y co mprensión

de reglas sin las cuales es i m-

posible l levar acabo un dibujo

justo, acorde a las verosímiles

leyes de la representación, s e-

gún la óptica, atmósfera, geo-

metría y apariencia natural de

las cosas.

Entonces, una obra como la re a-

l izada por Luis Carlos Valencia

no se debe anal izar y evaluar

sino bajo el contexto ideológico

de los principios académicos

expuestos: el respeto a la no r-

matividad y rigores del oficio,

con sus pocos márgenes l iberta-

rios que el lo imponía como di s-

cipl ina. La pintura es un esp a-

cio para contemplaciones sol a-

zadas, para extasiar e l espíri tu

en forma moderada, para catar-

sis ante la bel leza y e l respla n-

dor anímico de valoraciones en

concordancia con la real idad.

El real ismo de la pintura del

maestro Luis Carlos Valencia es

f iel ref le jo de esa normativ i-

dad. Se necesi ta una sensibi l i -

dad f ina, además de senci l lez y

de un carácter honesto, para no

pretender otras razones dif e-

rentes en el cultivo personal

del ar te de la p intura; le fue

preciso, incluso, el verse rele-

gado por circunstancias y co s-

tumbres de modas, aspavientos

y reconocimientos que a él

nunca le interesaron, y que por

códigos de comportamiento

actuales son como fuerzas que

atraen y arroban indiscutibl e-

mente a las personal idades y

aspirantes del día.

L U I S C A R L O S V A L E N C I A

“Ciudadano de Po-payán y del mundo, vivió con modestia”.

Ciudadano de Popayán y del

mundo, vivió con modestia, y

en si lencio nos legó buenos r e-

cuerdos y oficios, tanto en el

campo del ar te como en el de la

ar tesanía. En pintura, con esti lo

sobrio, su paleta rindió home-

naje a temas senci l los y de tr a-

dición escolástica: el retrato, el

bodegón y el paisaje ; cuadros

donde la mirada no se extravía

por atajos aledaños ni extrav a-

gancias simbólicas; la experien-

cia de los entes es testimonio

de un mundo que ha quedado

en si lencio, guardando, para la

eternidad, el gusto por lo bel lo

y el ordenamiento c lásico, el

registro de momentos íntimos y

sensibi l idad para el asombro

ante los eventos senci l los de la

vida. Su visión está entre el

t iempo real y el simbólico, e n-

tre el espacio concreto y el del

soñador, entre la soledad que

otorga eternidad y la real idad

que nos arraiga f irmemente a

este mundo con todas sus vic i -

si tudes.

De acuerdo a el lo , un bo degón

suyo es un asomarse a la disp o-

sición serena de objetos que su

gusto atesoraba en modesta

colección: cobres, cristales ,

elementos de historia cotidiana,

frutas y algún cortinaje a la

espera de la luz sobre sus pl i e-

gues. Los conjuntos arr iman

entes que el igen su lugar exacto

dentro de la composición, ge-

neralmente agrupados con o r-

denada bel leza, con equil ibrio

en dinámica pasividad y el e-

gancia. Un botel lón con agua

puede consti tuirse en elemento

protagónico con sus bri l los,

ref le jos y transparencias de

real ismo clásico, junto a ingr e-

dientes casi barrocos, en e s-

tructuras de peso mesurado y

longevidad atemporal . Las fr u-

tas y diversos objetos nos h a-

blan con texturas reales, con

colores que contrastan tonos de

diversidad apasionada y vigor

fresco y natural . L as f lores

permanecen en si tuación equi-

l ibrada, exudan fragancia, r e-

parten sus cuerpos de manera

natural en el espacio constru i-

do. “Sin bel leza no hay arte”,

decía, haciéndose eco de sueños

{ p á g i n a | t r e i n t a i c u a t r o }


O B R A : Luis Car lo s Val enc i a . Popayán, 1936. Fundac ión Caucana de Pat r imonio.

y predisposiciones platónicas

que el ser humano no puede

desconocer si quiere reenco n-

trarse con el orden y la armonía

que exige la vida ante el cultivo

de la fel icidad.

“La pintura es un espacio para con-templaciones sola-zadas, para extasiar el espíritu en forma moderada, para la catarsis ante la be-lleza y el resplandor anímico de valora-ciones en concor-dancia con la reali-dad”.

El paisaje suyo es cualquier

evocación de topografías en la

distancia, con col inas, cielos en

conformidad con el momento ,

la luz, los árboles y algún c a-

mino que se pierde en le janía.

Algún casti l lo puede recordar

su época de permanencia en

España, donde la paleta de su

maestro Eduardo Chicharro fue

algo de sus modelos preferidos.

A veces, en las mejores imág e-

nes (aquel las de los años 30) ,

un recuerdo de Corot puede

dar constancia de inquie tudes

pre-impresionistas, agasajo a la

atmósfera y al t iempo imprec i-

so que permanece para sie m-

pre. Casualmente aparecen en

escena personajes muy dista n-

tes ; pero su presencia es más

bien un elemento decorativo

dentro del conjunto, un rastro

en pequeño ante la ampli tud de

los espacios naturales.

EL PODER EVOCADOR DE SU OBRA

Hay dos óleos que tienen poder

evocador: uno, el estudio que

hizo del natural , desde la col i -

na de Los Tanques, antiguo

acueducto, en donde la peque-

ña Popayán de la época distr i -

buía cal les con recti tud aso m-

brosa y bel leza especial ; un

estudio preciosista en donde su

vena de “amo de la perspect i -

va” hace gala de sus m{s prec i -

sas observaciones y soluciones

a la estructura del dibujo y la

pintura con sus implicaciones

académicas. Los techos y orde-

nadas cal les de Popayán apar e-

cen en esta vista casi aérea, en

sorprendente imagen e hidal-

guía; t ienen poder para interi o-

rizar la serenidad y acentuar la

mirada contemplativa. Pudimos

ver este cuadro en la sala del

Hotel Lindberg, hasta que el

terremoto de 1983 nos robó d e-

f ini tivamente su dest ino. Otro

es un paisaje de campo abierto

con sus le janas col inas y ca m-

pos i luminados por e l “sol de

los venados”, con sus cadenas

de árboles le janos y l lanuras

espléndidas, apacible y hermo-

sa pintura de carácter bucól ico,

escena que se conserva aún i n-

tacta en la casa de Don Jesús

Ante, en Popayán. Estas pintu-

ras demuestran vigor anal í t ico,

espíri tu contemplativo, alma

concentrada en el e jercicio de

los pormenores del of i cio.

L U I S C A R L O S V A L E N C I A .

A U T O R R E T R A T O .

{ p á g i n a | t r e i n t a i c i n c o }


Y cualquier retrato suyo es la

constancia del sujeto que

irrumpe generalmente de e ntre

la penumbra del fondo, co n

pose reposada, en vigi l ia cot i -

diana para revelar su particular

f isonomía ante el mundo de los

otros. Los rasgos, como los de

su autorretrato, singularizan

un oficio sobrio, con e mpastes

de escuela española. En este

campo, el retrato de su esposa,

Doña Ceci l ia Qui jano , fechado

en 1937, es su mejor logro; per-

fecto e jemplo de observación

meticulosa y precisa, de ord e-

namiento razonado del espacio,

de reflexión acordada de los

tonos, de sensibi l idad depur a-

da y vi rtuosismo técnico al se r -

vicio de la imagen. La estructu-

ra clásica de esta pi ntura, la

interacción de la f igura con el

paisaje de fondo, el dominio

exacto del dibujo, de la anat o-

mía y de las d iversas circuns-

tancias que componen la obra,

hacen de el la un logro de valor

singular dentro del campo del

retrato; todos sus méritos l l e-

nan nuestro campo visual con

la sol idez de una experiencia

afirmativa de la plenitud de la

vida, resonancia de una armo-

nía que se apoya en lo apacible

de las circunstancias.

Por otro lado, el óleo pequeño

de su madre, intimista, de s e-

renidad atemporal , evoca un

retazo del t iempo ido . Una b e-

l la armonía cromática ha sido

patinada por los años, y al l í

podemos asomarnos para inda-

gar posibles intuiciones reve-

rentes que él tenía respecto al

evento asombroso de sentirse

hi jo de esa hermosa dama. De

análoga manera, el dibujo a

lápices de colores que real izó

de el la consti tuye una pieza

maestra; fue con ese cuadro que

ganó una de sus becas. De fac-

tura sorprendente, impecable,

deslumbra por su técnica vi r-

tuosística.

O B R A : Lu i s Car l o s Va l enc i a . La madre de l p in to r [h e ch o con l áp i c e s de c o l o r ] .

“Es su madre la mejor obra de Luis Carlos, co-mo Luis Carlos la mejor obra de su madre”.

– G U I L L E R M O V A L E N C I A

O B R A : Lu i s Car l o s Va l enc i a . Re t r a t o a l na tur a l de doñ a Cec i l i a Q ui j ano de V a -l enc i a .

Cada detal le es constancia de

entrega total al oficio ; las mi-

nucias resal tan una labor de

paciencia y madurez en la o b-

servación.

El bri l lo de las uñas nos hace

contemplarlas con la máxima

atención, recordándonos, en

este sentido, el cri terio del f i l ó-

sofo alemán Martin Heidegger

en el sentido de que “el arte

nos transmite la verdad del

ente”; esas uñas así dibujadas

nos hacen sentir y presenc iar ,

con especial acento experie n-

cial , la real idad de la real idad.

Lo mismo esa mirada de sosl a-

yo, el r ic tus sereno de los l a-

bios, la disposición y f irmeza

de las manos, el dibujo del e s-

paldar del escaño donde se

sienta doña Clementina, su m a-

dre. Un tinte sobrio, algo so m-

brío, completa esta escena, este

retrato académico. Espíri tu

análogo podemos observar en

todos sus carbonci l los; atmó s-

feras de los rostro s y fondos

nos si túan frente a lúdicas pre-

sencias. Grises y luces, toques

de la l ínea, son marcas de lu z

difusa en diálogos con exp e-

riencias que se sustraen, en

algo, de la plena luz de los

afueras.

“Cualquier retrato suyo es la constan-cia del sujeto que irrumpe general-mente de entre la penumbra del fondo, con pose reposada, en vigilia cotidiana para revelar su par-ticular fisonomía ante el mundo de los otros.”.

{ p á g i n a | t r e i n t a i s e i s }


En cuanto a la serie de cu a-

dros que real izó en Dublín,

Georgia, Estados Unidos, en

1975, debemos anotar que su

paleta se ha transformado

un poco, adquiriendo un

toque más moderno y suelto.

Los colores vibran con más

viveza, hay un ímpetu más

joven a pesar de los años

recorridos; quizás más fre s-

cura en la factura, menos

caso ocasional a la perfe c-

ción de los detal les y mucha

más l ibertad interpretativa

de los temas abordados. S e-

guramente otro cl ima, una

mirada más intui tiva y per-

sonal f rente al cabal lete y el

oficio han pasado por su

cri terio en esos mome ntos,

al lado de una parte de la

famil ia que no veía desde

hacía años.

El pintor Valencia demostró

también su paciencia y habi l i -

dad en f inos trabajo s en plata

repujada, como los del trono

del Ecce Homo del templo de

Belén de Popayán, y la cruz del

Cristo de la iglesia de San

Agustín; o en infinidad de mo-

tivos en cuero tal lado, al tares

de iglesia, recurrencias de un

esti lo que es propio, por e je m-

plo, del mueble antiguo esp a-

ñol . Tuvimos el privi legio de

verlo personalmente real izando

estas faenas artesanales, inve n-

tando él mismo, incluso, los

procedimientos técnicos para

poderlas l levar a cabo ; como el

preparar cubetas con arena,

donde colocaba las láminas de

plata para repujarlas a marti l lo

según diseños preconcebidos.

De su cerebro y manos sal ían

innumerables dibujos decorat i -

vos, intrincada f lora en barr o-

cos ri tmos, volutas, volúmenes

y l íneas en continuo movimien-

to y desarrol lo , motivos suge s-

tivos que adornaban muebles,

escudos de armas y preocup a-

ciones varias . Así , sus manos

oficiaron por igual las implica-

ciones creativas del pincel y los

colores, o las labores artesan a-

les que solazan objetos de uso

doméstico y razón uti l i taria.

REGRESO DE ESPALA A COLOMBIA

Después de siete años de pe r-

manencia en España, Valencia

Guevara regresó a Colombia en

1936, para casar con Ceci l ia

Qui jano en Popayán un año

más tarde, con quien preservó

una pequeña parcela de inqui e-

tudes que su casa museo aún

guarda, como esti lo de un mo-

do de vida al iado a la memoria

y tonos de otros t iempos. El

ar te fue su misión, la paz el

distintivo de su alma. Buscó

únicamente la vigencia de un

espíri tu claro, y expresó de esa

forma sus mejores vínculos con

los sentimientos, con la natur a-

leza, con los seres hum anos y la

total idad de la vida.

F O T O : Cec i l i a Qui j ano de V a l enc i a , 3 0 ’ s .

LA CASA MUSEO

F O T O : Lo s e spo so s Va l enc i a Qu i j ano , e n l o s año s 4 0 ’ s .

En 1946 compraron la casa

donde vivieron con sus ocho

hi jos, hasta l legado su deceso.

Se trata de una casa con z a-

guán, patio central , corredores

laterales y aleros sostenidos

por pi lares de madera.

“Así, sus manos ofi-ciaron por igual las implicaciones crea-tivas del pincel y los colores, o las labo-res artesanales que solazan objetos de uso doméstico y ra-zón utilitaria”.

F O T O : E l p in to r Va l enc i a , rode ado de su s h i j o s .

{ p á g i n a | t r e i n t a i s i e t e }


H I S T O R I A D E L A C A S A M U S E O

F O T O : Salón principal con cuadro de un compañe-

ro de Velásquez no determinado por el Museo del Prado.

a vivienda habría sido

erigida en 1756, con mu-

ros gruesos de adobe y

habitaciones amplias , de e s-

tructura colonial . En 1964 le

construyeron un segundo piso

en la parte posterior, un esp a-

cio grande que se destinó para

el estudio del pintor; y en 1967

se remodeló el diseño del patio,

reemplazando los pi lares de

madera por arcos de concr eto

con el consiguiente embaldos a-

do de los corredores, adqui-

riendo de esta manera una

semblanza andaluz.

F O T O : A rco s de l a c a s a mus eo Lu i s Ca r -

l o s Va l enc i a .

En el patio, recién comprada la

casa, el pintor Valencia había

hecho levantar una pi la de pi e-

dra diseñada por él , que remata

con una granada en su parte

superior, amén de su gusto par-

ticular por lo decorativo y la

elegancia de las formas.

F O T O : P i l a de p i ed ra , p a t io c en t r a l de l a c a s a

Y hay que agregar que, por

causa del terremoto de 1983 ,

hubo de acometérsele obra con

refuerzos y estructuras de co n-

creto, para reparar el daño oc a-

sionado por el sismo.

F O T O : La Cas a Museo Lu i s Car l o s Va l e n -c i a s emide s t ru i da , t r a s e l t e r r e moto de l 8 3 ’ .

All í , en este entorno, se puede

contemplar aún la colección de

cuadros antiguos, propios y de

otros autores, lo mismo que

panoplias con armas de las más

variadas épocas, clase y esti lo ,

y otros objetos varios, que le

merecieron el cal i f icativo de

“La Casa del Pintor”, en el s e-

ñalamiento que le hacían las

guías turísticas hasta antes del

terremoto. Con el sismo del 83’

y los consiguientes acuerdos de

la famil ia para preservar la i n-

timidad, la casa fue ret irada de

las guías turísticas, tal como

acontece hasta el pr esente.

F O T O : P a t ena de a rmas y mueb l e s co l o -n i a l e s .

En esta casa colonial es posible

distanciarse un poco del t iempo

presente , co ntemplar algunos

visos de la bel leza atemporal , y

recordar que, en la medida en

que los hombres tengamos una

predisposición suf iciente para

la sensibi l idad y la interioriz a-

ción, los muros, los espacios y

rincones, los objetos y el buen

evento del arte, así sea en mo-

desta proporción, guardan un

refle jo del alma eterna que se

esconde de las miradas prosa i-

cas.

F O T O : A r t e r e l i g io so co l on i a l .

El museo actualmente en venta

con el f in de garantizar la pr e-

servación de su memoria que

tiende a desaparecer.

L

{ p á g i n a | t r e i n t a i o c h o }


OBRAS DE ARTE EN VENTA

ARTWORKS FOR SALE

1. THE HOLLY FAMILY / LA SAGRADA FAMILIA

AUTHOR / AUTOR: Gregorio Vázquez de Arce &

Ceballos.

Oil on wood / Óleo sobre madera.

Ca. SXVII or XVIII

37 x 27 c.m. without frame / sin marco

Price / Precio: 70000 euros

2. WORSHIP / ADORACIÓN

AUTHOR / AUTOR: Not identificated | Peruan

School |Escuela Peruana, no identificado.

Oil on wood / Óleo sobre madera

Ca. aprox. SXVII



3. SANT GREGORY / SAN GREGORIO

AUTHOR / AUTOR: Italian School /

Escuela Italiana


Ca. aprox. SXVII-XVIII



GARAJE

4. SANT DOMINGO / SANTO DOMINGO

AUTHOR / AUTOR: Zurbaran Spanish School /

Escuela

Española de Zurbarán


Ca. aprox. SXVIII

18,5 x 14 c.m. without frame / sin marco


5. SANT FRANCISCO / SAN FRANCISCO

AUTHOR / AUTOR: Zurbaran Spanish School /

Escuela

Española de Zurbarán


Ca. aprox. SXVIII

20,5 x 15,5 c.m. without frame / sin marco


6. SANT IGNACIO / SAN IGNACIO

AUTHOR / AUTOR: School of Quito / Escuela

Quiteña | Oil on canvas / Óleo sobre lienzo

|Ca. aprox. SXVIII



{ p á g i n a | t r e i n t a i n u e v e }


7. CHRIST / CRISTO

AUTHOR / AUTOR: Italian School /

Escuela del Renacimiento Italiano

|Oil on copper / Óleo sobre cobre

|Ca. aprox. SXVI – SXVII |22 x 15

c.m. without frame / sin marco


8. THE ENGAGEMENT OF THE VIRGIN / LOS DESPOSO-

RIOS DE LA VIRGEN |AUTHOR / AUTOR: Not identifi-

cated / No identificado. |Oil on wood / Óleo sobre

madera |Ca. aprox. SXVII |32 x 46 c.m. without

frame / sin marco |Price / Precio: 25000 euros.

9. THE INMACULATE / LA INMACULADA

AUTHOR / AUTOR: Bartolomé Esteban

Murillo - School of Murillo, Sevilla /

Escuela de Murillo, Sevilla |Oil on wood

/ Óleo sobre madera |Ca. aprox. SXVIII



10. TRÍPTICO / TRIPLE | AUTHOR / AUTOR: Gregorio Vázquez de

Arce & Ceballos |Oil on wood / Óleo sobre madera | Ca. SXVII

o XVIII |Central: 29 x 21 c.m.; lat: 48,5 x 15 c.m;.|Central:

Mary Virgin / Virgen María|Right side: Sant Cristobel; and down

Sant Jhon of the Crown |Lado derecho: San Cristobal; y down:

San Juan de la Cruz |Left side: Sant Joseph and down Sant

Jerome |37 x 27 c.m. without frame / sin marco |Price /

Precio: 75000 euros34 x 26 c.m. without frame / sin marco


11. SANT JOAQUIM, SANT ANA AND THE VIRGIN /

SAN JOAQUÍN, SANTA ANA Y LA VIRGEN

AUTHOR / AUTOR: Not identificated / No identifi-

cado.|Oil on canvas / Óleo sobre lienzo |Ca.

SXVIII |57 x 46 c.m. without frame / sin marco

|Price / Precio: 3500 euros34 x 26 c.m. without

frame / sin marco


12. MAGACIAN‟S WORSHIP / LA ADO-

RACIÓN DE LOS MAGOS |AUTHOR /

AUTOR: Manuel de Samaniego [pro-

bably /atribuido a]. |Oil on canvas / Óleo

sobre lienzo |Ca. aprox. SXVIII



13. THE INMACULATE / LA INMACULADA

AUTHOR / AUTOR: Manuel Chili [Caspica-

ra]

Sculpture / Escultura

Ca. SXVIII


14. JESUS IN THE CHAIR / JESÚS EN LA

SILLA

AUTHOR / AUTOR: Escuela de Legarda /

Legarda‟s School

Sculpture / Escultura

Ca. SXVIII


CASA MUSEO

LUIS CARLOS VALENCIA

{ p á g i n a | c u a r e n t a }


15. SANT CHRISTOBAL / SAN CRISTÓBAL

AUTHOR / AUTOR: Gregorio Vázquez de

Arce & Ceballos


Ca. SXVII or XVIII



16. CHRIST TIED TO A COLUMN / CRISTO

ATADO A UNA COLUMNA

AUTHOR / AUTOR: Desconocido [Unknown]

Oil on canvas / Óleo sobre lienzo

Ca. aprox. SXVII

1,83 x 1,10 mts. without frame / sin marco

Price / Precio: 1‟.500.000 euros

17. SAN JOSÉ / SANT JOSEPH

AUTHOR / AUTOR: Gregorio Vázquez de

Arce & Ceballos


Ca. SXVII or XVIII

_ x _ c.m. without frame / sin marco


18. HOLLY HEART OF JESUS /

SAGRADO CORA-

ZÓN DE JESÚS

AUTHOR / AUTOR: School of

Quito / Escuela Quiteña

Oil on canvas / Óleo sobre

lienzo

Ca. aprox. SXVIII

37 x 30 c.m. without frame /

sin marco


19. CARMEN‟S VIRGIN / LA

VIRGEN DEL

CARMEN

AUTHOR / AUTOR: School of

Quito / Escuela Quiteña

Oil on canvas / Óleo sobre

lienzo

Ca. aprox. SXVII

43 x 32 c.m. without frame /

sin marco


ÓLIVER LIS

ART D EAL ER

R E P R E S E N T A N T E E X C L U S I V O A U T O R I Z A D O P A R A E L C O M E R -

C I O D E O B R A S D E J O S É G U S T A V O H E R N Á N D E Z , R O D R I G O

V A L E N C I A Q U I J A N O , A N A S T A S I A Z I E L I N S K I Y J A V I E R C H I N -

C H I L L A .

W W W . E D I T O R I A L P O P A Y A N . C O M

CASA MUSEO

LUIS CARLOS VALENCIA

{ p á g i n a | c u a r e n t a i u n o }


Oferta de Libros

BOOKS FOR SALE

1. ÓLIVER LIS - ENTRONQUES ENTRE FAMILIAS

FUNDADORAS DE POPAYÁN Y NEIVA. Descendien-

tes de D. Íñigo López de Mendoza, I marqués de

Santillana (Ducado del Infantado) y D. Pedro

Suárez de Figueroa en Colombia (Ducado de

Feria). Incluye ilustraciones, informe del proyecto

genográfico traducido al castellano y biografías

de los generales José H. López, Manuel Antonio

López, apuntes sobre el cardenal de Colombia

Rubén Salazar Gómez, entre otros. 440 páginas.

E-book: 20 € ó $42000 pesos col.

2. ÓLIVER LIS - VILLORIA LÓPEZ, VILLORIA ROJAS.

GENEALOGÍAS CAUCANAS Y HUILENSES. Genealogías

caucanas, tolimenses y huilenses. Descendientes

del Dr. José Ramón Villoria Calderón y Da. María

Felisa López Borrero. Entronques entre familias

fundadoras de Popayán y Neiva. 700 años de histo-

ria. Academia Alternativa de la Historia. 300 pági-

nas.

E-book:

$17 €

$39000 pesos col.

3. ÓLIVER LIS - Vida & Obra del Poeta Papelípola Ángel

Sierra Basto. Antología poética del poeta beatnik

Ángel Sierra Basto [seudónimo de Víctor Manuel

Cortés Vargas], con su biografía ilustrada. Cuatro

libros en uno, ilustrados por Arran Stephens, Michael

Schulbaum, Rodrigo Valencia Quijano, Javier Chinchi-

lla Nieto, y Nelly Salazar. 260 páginas.

E-book:

$10 €

$21000 pesos col.

E-BOOKS

4. ÓLIVER LIS - VIDA & OBRA DEL POETA PAPELÍPO-

LA ARMANDO CERÓN CASTILLO. Compendio reali-

zado por Óliver Lis. Incluye biografía ilustrada.

136 páginas. Derechos de Armando Cerón y Óliver

Lis.

E-book: $10 € ó $21000 pesos col.

5. ÓLIVER LIS - LOS PAPELÍPOLAS, PRIMER

MOVIMIENTO CULTURAL Y LITERARIO DEL

HUILA. ANTOLOGÍA POÉTICA. Antología de Los

Papelípolas. Incluye material fotográfico y

reseñas de los poetas D. Silva, Ángel Sierra,

Julián Polanía, Gustavo Andrade, Luis E. Luna y

Rubén Morales Buendía. 200 páginas.

E-book: $11 € ó $22000 pesos col.

6. ÓLIVER LIS - VIDA & OBRA DEL POETA

PAPELÍPOLA LUIS ERNESTO LUNA. Antología

de Luis Ernesto Luna. Incluye biografía

ilustrada y cartas inéditas de Gonzalo

Arango, profeta del nadaísmo. 177 páginas.

E-book:

$7 €

$14000 pesos col.

{ p á g i n a | c u a r e n t a }

CÓMPRALOS A TRAVÉS DE WWW.REVISTALETEO.COM


LL AA SS RR UU II NN AA SS DD EE EE II FF FF EE LL

E N T R E V I S T A C O N Q U I S C O L Ó P E Z

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ÑA

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20

13

.

LENTE ESPAÑOL


QUISCO LÓPEZ

a c i d o e n C ó r d o b a e n e l 1 9 6 5 .

A u t o d i d a c t a . S i n d u d a e s u n

f o t ó g r a f o m i n u c i o s o , a t e n t o , y

c o n l a c u a l i d a d i m p r e s c i n d i b l e

d e l a c o m u n i c a c i ó n e n s u p r o -

p i a e s e n c i a . Q u i s c o c o m u n i c a

c o n l a s o n r i s a , c o n l a m i r a d a ,

c o n s u g e s t o s e n c i l l o y a m a b l e ,

c o n s u a d e m á n q u e i n v i t a a l a

c o n f i d e n c i a y s u g e s t o s i e m p r e c o m p r e n s i v o .

I m a g i n o q u e l e d e b e s e r f á c i l d i s p a r a r s u

c á m a r a p o r q u e d e s d e q u e l o c o n o z c o ( d e s d e

s i e m p r e ) , s a b e v e r m á s a l l á y d e s n u d a l a s

s i t u a c i o n e s , l o s e n c u e n t r o s , d e t a l m a n e r a

q u e a c a b a i n v i t a n d o a u n a c o n f i d e n c i a .

C o m i e n z a e n e l m u n d o d e l a f o t o g r a f í a a l o s 7

a ñ o s d e e d a d c o n u n a k o d a k I n s t a m a t i c ( c á -

m a r a q u e , c o m o t o d a s l a s d e m á s , a ú n c o n s e r -

v a ) y d e s d e e s t e m o m e n t o n o h a d e j a d o d e

s o r p r e n d e r s e , a p a s i o n a r s e y e s t u d i a r l a l u z a

t r a v é s d e l o b j e t i v o d e s u c á m a r a .

F o t o g r a f í a s u e n t o r n o , s u c i u d a d , a m i g o s ,

v i a j e s … d e s d e e l 2 0 0 3 s e d e d i c a p r o f e s i o -

n a l m e n t e a l m u n d o d e l a f o t o g r a f í a . E n u n

p r i n c i p i o c o n t r a b a j o s d i r i g i d o s a l a f o t o g r a -

f í a d e e s t u d i o , p e r o q u e , c o n e l t i e m p o h a n

e v o l u c i o n a d o h a c i a o t r a s t e m á t i c a s y c a m p o s

c r e a t i v o s c o m o l a f o t o g r a f í a d e p u b l i c i d a d , l a

f o t o g r a f í a s o c i a l y d o c u m e n t a l , d e n a t u r a l e z a ,

d e a r q u i t e c t u r a , e l r e t r a t o , e l d e s n u d o , l a

f o t o g r a f í a a r t í s t i c a …

S u e x p e r i e n c i a c o m o f o t ó g r a f o l e h a l l e v a d o a

s e r p a r t e d e l j u r a d o d e v a r i o s c o n c u r s o s d e

f o t o g r a f í a , c o m o T r a s s f o t o .

T a m b i é n h a h e c h o a l g u n a i n c u r s i ó n e n e l

m u n d o d e l v i d e o c l i p , c o l a b o r a n d o e n l a f o t o

f i j a d e l a m a n o d e M i g u e l G a r c í a R e v i l l o . S u

t r a b a j o h a s i d o p u b l i c a d o e n “ A r t e f o t o g r á f i -

c o ” , r e v i s t a e s p e c i a l i z a d a d e l s e c t o r . E n l a

a c t u a l i d a d e s t á t r a b a j a n d o e n v a r i o s p r o y e c -

t o s q u e p r o n t o v e r á n l a l u z .

Su pr imer a man i fes tación de ar te

qu i z á fu er a l a m úsi ca , ¿cu án do se

man i f ies ta e l amor por l a fo togr a f í a?

F u e r o n d e l a m a n o , a m u y t e m p r a n a e d a d ,

p e r o p a s ó a t o m a r p a r t e d e m i v i d a d e f o r m a

c o n t i n u a e i n c o n d i c i o n a l a p a r t i r d e l o s 1 5

a ñ o s d e e d a d , d e s d e e n t o n c e s n u n c a m e h e

s e p a r a d o d e m i c á m a r a y é s t a h a i d o h a c i e n -

d o u n a p e l í c u l a d e m i v i d a y d e l o q u e l a

r o d e a .

Lo que m ás l e gu s ta fo tog r a f i ar…

C a s i t o d o m e i n q u i e t a y m e p r o d u c e c u r i o s i -

d a d , h e t o c a d o m u y d i v e r s o s c a m p o s y e n

t o d o s m e h e s e n t i d o m u y c ó m o d o , a u n q u e

s i e m p r e s u e l o d i s f r u t a r m á s e l t i p o d e t r a b a -

j o p e r s o n a l q u e n o e s t á s u j e t o a h o r a r i o s

e s t a b l e c i d o s y q u e p u e d e s d e s a r r o l l a r d e

f o r m a m á s l i b r e , p o r e j e m p l o e l d e s n u d o o

a l g ú n p r o y e c t o p e r s o n a l p a r a a l g u n a e x p o s i -

c i ó n .

En l as i mágenes que pub l icam os h oy

sobr e Peñar roya (Có rdoba) me par e-

cen un hom en aje ar qu i tec tón i co y , a

un t iempo , un a herm osa t r ansmisi ón

de sen t imi entos en los que la dec a-

den ci a en cuen tr a un lu gar jun to a l a

be l l ez a , ¿cu ál e r a su idea mien tr as

mi raba a l o t r o l ado de l obj e t i vo? ,

¿qu é que r í a t r an sm i t i r?

L a b e l l e z a d e e s t e e n t o r n o , c o m o b i e n d i c e s

d e c a d e n t e y a l a v e z m á g i c o , q u e m u e s t r a l a

h u e l l a q u e e l t i e m p o h a d e j a d o y c o m o l a

n a t u r a l e z a v a g a n a n d o t e r r e n o a l o q u e u n d í a

f u e u n a i n d u s t r i a f l o r e c i e n t e .

Nos muestra e l espí r i tu que l a obr a

de E i f fe l de j ó en es ta z ona . ¿V ino

bu scan do l a obr a de este a rqu i te cto?

N o , t o d o f u e c a s u a l i d a d , a l g u i e n m e l l e v o a l l í

p a r a m o s t r a r m e e l l u g a r . D e s d e e l p r i m e r

m o m e n t o m e e n a m o r ó . E s t u d i a n d o e l t e m a

d e s c u b r í q u e a l g u n a s d e e s a s m a r a v i l l a s

s e m i d e r r u i d a s p e r t e n e c í a n a E i f f e l , p e r o

s o b r e t o d o m e l l a m ó l a a t e n c i ó n e l c o n j u n t o .

N

Quisco ha fotografiado a diferentes músicos y actores para

promoción de sus trabajos como: Pancho Brañas, Susana Raya,

Selina del Rio, Pepe Navarrete, Javier Montijano, Susana Córdoba,

La Petite band, Taylan Polat, y Susana Sucena entre otros. En el

2007 fue seleccionado como finalista del tema Córdoba en la

edición del Premio Mezquita. En el 2008 participó con muy buena

aceptación en la XI Bienal de Fotografía de Córdoba, con la

exposición “La huella del tiempo”. En el 2009 documentó gráfica-

mente el libro “Paredes hablan” sobre mayo del 68, comisariado

por Javier Flores y organizado por el Ayuntamiento de Córdoba.

{ p á g i n a | c u a r e n t a i d ó s }


F O T O : I n v i t a d o s p o r A s t o r P i a z z o l l a p a r a t o c a r e n s u h o m e n a j e c u a n d o f u e n o m b r a d o " C i u d a d a n o i l u s t r e d e l a

C i u d a d d e B u e n o s A i r e s " y e s t r e n a r l a o b r a q u e n o s r e g a l ó : " 5 0 0 M o t i v a c i o n e s " . E l g r u p o " N u e v o s a i r e s " ( d e

i z q u i e r d a a d e r e c h a ) C l a u d i o M é n d e z , Q u i q u e C o n d o m í , P a b l o S á n c h e z , J u l i á n V a t , F e r n a n d o E g o z c u e y A n d y

A e g e r t e r j u n t o a A s t o r P i a z z o l l a e n e l T e a t r o S a n M a r t í n d e B u e n o s A i r e s e n 1 9 8 5 .

ASTOR

PIAZZOLLA

ME REGALÓ

UNA PARTITURA

FERNANDO EGOZCUE FOLGUERAS

F er na nd o , c om p os i to r d e l a m ús ic a d e

l as p e l í cu l as d e A lm od óva r , de va r i o s

tem a s d e l os j u eg os O l ím p ic os y d e l m á s

im pr es i o nan t e r ep e r t o r i o e n v i v o , cu en ta

pa r a L et e o es ta h i s to r i a nunc a an t e s

r ev e la da s ob r e s us com i e nz o s y l a g en e-

r os id ad c on qu e l o ca tap u l tó e l g r an

com p os i t o r A s t or P ia z z o l l a .

L a h i s t o r i a m á s i n c r e í b l e d e m i v i d a y q u e

c a m b i ó m i v i d a c o m o u n a r e v e l a c i ó n , e n u n

s e n t i d o e s p i r i t u a l . E n 1 9 8 3 h i c e m i p r i m e r

d i s c o . U n a ñ o m á s t a r d e , t e n g o u n s u e ñ o d e

d a r l e u n d i s c o a A s t o r P i a z z o l l a . M e v o y a u n

c o n c i e r t o d e v e r a n o a l a i r e l i b r e e n B e l g r a n o ,

c o n a l m e n o s 1 0 m i l p e r s o n a s , d o n d e t o c a r í a

t a m b i é n P i a z z o l l a c o n s u q u i n t e t o . T e r m i n a e l

c o n c i e r t o y y o v o y a l a s a l i d a . H a y u n m o n t ó n

d e g e n e y u n c o c h e e s p e r a n d o a P i a z z o l l a . Y o

l o v e o e n t r a r a s u v e h í c u l o . Y o m e t o l a c a b e -

z a e n e l c o c h e p o r l a v e n t a n i l l a d e d e l a n t e

c o n u n c a s s e t t e e n l a m a n o q u e e s t i r é h a s t a

e l p e c h o d e A s t o r q u e i b a e n e l a s i e n t o d e

a t r á s . L o a c o m p a ñ a b a n t r e s p e r s o n a s . L e

d i j e : “ E s c ú c h e l o m a e s t r o ” . P i a z z o l l a s e a s u s -

t a , l o a g a r r a y p r e g u n t a s o r p r e n d i d o : “ ¿ Q u é

p a s a ? ” . L o t o m a , l o m i r a d e r e o j o , y d e s a h o -

g a d o m e d i c e : “ V a l e , g r a c i a s ” . Y o m e v o y

c o n t e n t o p o r q u e s e l o d o y , y p a s a r á u n a ñ o

d e s d e e s a f e c h a , s i n s a b e r q u é p a s ó …

H a s t a u n a l l a m a d a d e A t i l i o T a l i m , m á n a g e r

d e P i a z z o l l a a l n ú m e r o d e l p i a n i s t a q u e d e j a -

m o s e n e l c a s s e t t e - C l a u d i o , q u e e r a e l q u e

m e j o r e s t a b a e c o n ó m i c a m e n t e , y c u y o p a d r e

t u v o e l g e s t o a m o r o s o d e p a g a r l a g r a b a c i ó n - .

C l a u d i o m e t e l e f o n e a y m e d i c e : “ m e a c a b a

d e l l a m a r e l m á n a g e r d e P i a z z o l l a , m a n d a a

d e c i r q u e e s t á e n c a n t a d o c o n e l c a s s e t t e ” .

Y o p e n s é q u e e r a u n t o m a p e l i s t a , n o l o p o d í a

n i c r e e r .

“Cuando alguien hace algo

sin especular nos habla de

una generosidad superior

a toda esta puta mentira, a

este ajedrez de locos, de

conveniencias, en el que

estamos metidos todos”.

E l m a n a g e r s e d e d i c a b a a v e n d e r c o c h e s d e

l u j o s y t e n í a s u o f i c i n a e n u n a c o n c e s i o n a r i a

d e c o c h e s . S o l o l e f a l t a b a e l p u r o . V a m o s a

l a o f i c i n a d e e s t e h o m b r e , q u e n o s r e c i b e

e f u s i v a m e n t e . N o s r e p i t e l o m i s m o d e l a

l l a m a d a y n o s p r e g u n t a s i q u e r e m o s u n a c i t a

c o n e l m a e s t r o , q u e n o s e h i z o e s p e r a r . A g a -

r r a e l t e l é f o n o y l e d i c e : “ A s t o r , ¿ r e c o r d á s e l

c a s s e t t e q u e t e g u s t ó ? , e s t o y c o n l o s p i b e s

a q u í , e t c . ” .

V a m o s t o d o s a l a c a s a d e P i a z z o l l a , q u i e n

p a r a d ó j i c a m e n t e v i v í a a l a v u e l t a d e d o n d e y o

h a b í a i d o a p a r a r e n B e l g r a n o . E r a c o n t r a r i o a

l a o p i n i ó n g e n e r a l , m u y c o r d i a l , m u y a m o r o -

s o . S e f u e y v o l v i ó c o n u n a p a r t i t u r a q u e m e

r e g a l a y q u e a ú n c o n s e r v o . E s l a “ 5 0 0 M o t i -

v a c i o n e s ” . P u s o m i “ V i e j o s A i r e s ” , y o e s t a b a

m u d o ; l o e l o g i ó d i c i e n d o : “ E s t o s e p a r e c e a

l o q u e h a g o y o , p e r o t i e n e i n n o v a c i ó n ” . L u e g o

n o s h i z o l l a m a r a t r a v é s d e u n t e r c e r o p a r a

p r e g u n t a r n o s s i q u e r í a m o s t o c a r e n s u n o m -

b r a m i e n t o c o m o c i u d a d a n o i l u s t r e d e B u e n o s

A i r e s .

Q u e r í a m o s g r a b a r c o n é l , q u e t o c a r a s u b a n -

d o n e ó n , p e r o n o s e x p l i c ó q u e y a t e n í a u n

c o n t r a t o c o n u n a e m p r e s a q u e n o p o d r í a

r o m p e r . D e s d e a q u e l m o m e n t o p a s a m o s d e s e r

u n g r u p o t o t a l m e n t e d e s c o n o c i d o , a f o r j a r u n

c a m i n o p o s i b l e .

E s e f u e e l g e s t o d e P i a z z o l l a , l a s o r p r e s a

p ú b l i c a d e q u e s e f i j a r a e n n o s o t r o s . Q u e n o

l o h i z o p o r “ a n o t a r s e u n g o l ” , r e g a l á n d o n o s

u n t e m a , p o r q u e n o t e n í a n a d a q u e g a n a r , y

q u e a d e m á s , j a m á s h i z o c o n n i n g ú n o t r o

m ú s i c o . V i t t o V i t a l e e r a m u y c o n o c i d o p o r s u

m ú s i c a e n e s e m o m e n t o , m á s i m p o r t a n t e y

c e r c a n o a l a r t i s t a q u e n o s o t r o s , t a n t o q u e s u

m á n a g e r m e p a r ó e n m e d i o d e l a c a l l e s o r -

p r e n d i d o p r e g u n t a n d o : ¿ C ó m o q u e P i a z z o l l a

l e s r e g a l ó u n t e m a ? ( e r a c o m o u n “ ¿ Q u i é n

c a r a j o s s o s v o s p a r a q u e A s t o r t e r e g a l e u n

t e m a ? ” ) …

L o q u e a m í m e p a r e c e e m o c i o n a n t e , a p a r t e

d e q u e h a y a m o s s i d o c o n E n s a m b l e N u e v o

T a n g o l o s d e s t i n a t a r i o s d e e s t o , e s q u e n o

h a b í a i n t e r é s a l g u n o . C u a n d o a l g u i e n h a c e

a l g o s i n e s p e c u l a r n o s h a b l a d e u n a g e n e r o -

s i d a d s u p e r i o r a t o d a e s t a p u t a m e n t i r a , a

e s t e a j e d r e z d e l o c o s , d e c o n v e n i e n c i a s , e n

e l q u e e s t a m o s m e t i d o s t o d o s , p o n i e n d o p o r

d e l a n t e l o q u e r e a l m e n t e n o s m u e v e .

PÁGINAS VIBRANTES

{ p á g i n a | c u a r e n t a i t r é s }


JAZZ ESPAÑOL A BLANCO Y NEGRO ENTREVISTA CON MOISÉS SÁNCHEZ

“ Me g us ta qu e l a m ús ica c ue nt e h i s t o -

r i a s , y m e s i en to m uy c erc an o a l c i n e .

Me gu s ta e l c onc e p t o c i r cu l a r a l a ho r a

de c om p on e r . E l co nc ep t o de l t em a

“ A m anec e r” e s po rq u e r ea lm en te c uan d o

l e das p la y a l d i sc o v i s ua l m en t e t i en e s

un e f ec t o qu e r ec u e r da l a sa l i da d e l

so l … A s í em p i ez a tu d í a , com o e n e l

v i a j e q ue c o no cem os . A ho ra em p i ez o

hac er l a m ús ica p a r a una pe l í cu l a c o -

lom b o- es pañ o l a… ”

Hábl anos de qué in spi ró es tas co m-

posi c ion es :

Dan ger in Tan ger : E n p a r t i c u l a r e s u n a

h i s t o r i a q u e m e p a s ó e n T a n g e r . F u i a t o c a r

c o n u n g r u p o d e f l a m e n c o , m e v i s o l o e n e l

Z o c o , m e v i r o d e a d o d e g e n t e q u e m e p e r s e -

g u í a , s u b í a u n t a x i , y m e s o b r e p a s ó a q u e l l o .

M e s e n t í c o m o e n u n a p e l í c u l a d e z o m b i s …

A s í l o h u b i e r a l l a m a d o Z a p p a .

Lun a: T i e n e m u c h o q u e v e r e l l i b r o d e l H u r a -

c a m i n 1 8 4 . L a h i s t o r i a m e t e n í a m u y c a u t i v a -

d o . D e h e c h o l a m e l o d í a e s b a s t a n t e j a p o n e -

s a , b a s t a n t e o r i e n t a l .

A m í m e i n t e r e s a t o d o t i p o d e m ú s i c a . C o m p r o

c d ‟ s e n t o d o e l m u n d o . N o t e n g o p r o b l e m a e n

m e z c l a r j a z z c l á s i c o c o n u n a m e l o d í a r u m a n a

y p o n e r l e u n r i t m o e l e c t r ó n i c o . L o s a r t i s t a s

t e n e m o s l a o b l i g a c i ó n d e v e r t o d o l o q u e

p a s a e n e l m u n d o , y m e z c l a r l o ; n o a i s l a r l a s

c o s a s , s i n o , j u n t a r l a s .

D e t r á s d e l E s p e j o : E s t á i n s p i r a d o e n e l l i b r o

d e L e w i s C a r r o l , “ A l i c i a e n e l P a í s d e l a s

M a r a v i l l a s ” , c u a n d o A l i c i a p a s a e l e s p e j o y

v a a o t r o m u n d o . V e r á s q u e h a y u n c o r t e m u y

p r o f u n d o e n l a m i t a d d e l t e m a , e n l a q u e

p a s a s a o t r o s i t i o ( a l c o m i e n z o d e l t e m a ) . E l

t e m a t e r m i n a c o m o s i s a l i e r a s d e l e s p e j o c o n

l o s p e l o s q u e m a d o s d i c i e n d o “ n o m e v u e l v o a

m e t e r a h í ” .

T a n t o " R i t u a l " c o m o " D e d i c a t i o n " f u e r o n s e l e c c i o n a -

d o s e n t r e l o s m e j o r e s d i s c o s d e j a z z d e l a ú l t i m a

d é c a d a .

“Los art istas tenemos la

obl igación de ver todo lo que

pasa en el mundo , y mezcla r-

lo ; no aislar las cosas, s ino ,

juntar las.”.

V a m o s a h a c e r u n p o c o d e a s o c i a c i ó n l i b r e .

Nota: C o r a z ó n .

Col or : B ú s q u e d a .

Canc ión : E x p r e s i ó n .

Un ar t i s ta : A d m i r a c i ó n .

Pin tu r a: L i e n z o e n b l a n c o .

Pel í cu l a : I n s p i r a c i ó n .

Madr i d : C a s a .

L i bro : U n a a v e n t u r a .

Cor az ón : P r u e b a .

Miedo: U n a l u c h a .

Un a pasión : U n a e n t r e g a .

Un a mujer : D e s c o n o c i d o … - r i s a s - .

Un recuer do fe l i z : U n a n c l a .

Un recuer do par a o l v i dar : A p r e n d i z a j e .

Un paí s por conocer : J a p ó n .

Un l i br o que apr ecies mu ch í s imo: “ E l

R e t r a t o d e D o r i a n G r a y ” .

Un di rector de c in e : K u r o s a w a .

Un a o br a mu sical : C o n c i e r t o p a r a o r q u e s -

t a d e B e l a B a r t ó k .

Que nunca me fa l te : A m o r .

“Que n unca ven ga a m i c asa…” : L a

e n e r g í a n e g a t i v a .

Un a beb ida: L a h o r c h a t a .

Un de fecto tu yo : M u y o b s e s i v o .

Un a v i r tud : M u y o b s e s i v o .

Un a obr a po r com poner : - M e d i t a b u n d o -

… N o p i e n s o p a r a r .

Dicen que l os mú sicos no bai l an . . . E n

m í s e c u m p l e t o t a l m e n t e .

Un a can ción in to l er able : T o d o e l r e g g a e -

t ó n .

Un lugar par a tocar : E l V i l l a g e V a n g u a r d .

Un mús ico de j az z : J o h n C o l t r a i n e .

Un lugar par a v i v i r : N e w Y o r k .

Un lugar par a m or i r : M a d r i d .

Un er r or par a repe t i r : S e r m ú s i c o .

L a s o b r a s d e l a s q u e m á s h e a p r e n d i d o s o n

G é n e s i s , c u a n d o e s t a b a P e t e r G a b r i e l , m e

m o s t r ó q u e s e p u e d e c o m p o n e r s i n f r o n t e r a s ,

m e z c l a r t o d o t i p o d e e s t r u c t u r a s s i n f ó n i c a s .

P a t M e t h e n y - h a c e r u n c u r s o c o n é l f u e u n a

d e l a s c o s a s m á s i m p o r t a n t e s d e m i v i d a ,

H i l a r y M e i s s , h a n s i d o v i t a l e s e n m i m a n e r a

d e e n t e n d e r l a m ú s i c a . P o r s u p u e s t o V e l a

B a r t o v , S t r a v i n s k y , B e e t h o v e n , l o s c l á s i c o s ,

B i l l s E v a n s , M i l e s D a v i e s , J o h n C o l t r a i n e ,

s e g u r o q u e h a y m u c h í s m o s m á s . P a r a m í l a

m ú s i c a e s a l g o q u e i n t e n t a r d e f i n i r l o e s u n a

t o n t e r í a . E s u n a r t e q u e n o s h u m a n i z a .

Con ci er to : M o i s é s S á n c h e z e n

M a d r i d e n e l C a f é C e n t r a l d e M a -

d r i d d e l 1 0 a l 1 6 d e j u n i o ( s o l i s -

t a ) .

{ p á g i n a | c u a r e n t a i c u a t r o }


THE BEATLES EXPERIANCE

o g o t á e s h o y p o r h o y , e s c e n a r i o

d e g r a n d e s e v e n t o s c u l t u r a l e s

q u e o b e d e c e n a l c a d a v e z m á s

c r e c i e n t e i n t e r é s d e l o s c i u d a -

d a n o s p o r d e s c u b r i r y v i v i r n u e -

v a s e x p e r i e n c i a s e n t o r n o a l a

m ú s i c a , e l a r t e , l a g a s t r o n o m í a y

l a m a g i a d e o t r o s m u n d o s .

E s p o r e s t o q u e l o s a m a n t e s d e l a m ú s i c a y

s e g u i d o r e s d e T h e B e a t l e s p u d i e r o n d i s f r u t a r

d e u n a v i v e n c i a e x c e p c i o n a l d e l a m a n o d e l a

m u l t i n a c i o n a l M c C a n n W o r l d G r o u p q u i e n t r a j o

a l p a í s y p o r p r i m e r a v e z a L a t i n o a m é r i c a , l a s

d o s e x h i b i c i o n e s f o t o g r á f i c a s i t i n e r a n t e s m á s

g r a n d e s d e l m u n d o s o b r e T H E B E A T L E S :

• T h e B e a t l e s ! B a c k s t a g e a n d B e h i n d t h e

S c e n e s d e l o s a r c h i v o s d e C B S T e l e v i s i ó n y

d e l f o t ó g r a f o B i l l E p p r i d g e d e l a r e v i s t a L I F E

y • G I V E P E A C E A C H A N C E “ J o h n L e n n o n & Y o k o

O n o ' s B e d - i n f o r P e a c e ” d e l o s a r c h i v o s

f o t o g r á f i c o s d e l a f a m a d o G a r r y D a i t e r .

E s t a s d o s e x h i b i c i o n e s j u n t o a u n a s e r i e d e

a c t i v i d a d e s p a r a l e l a s , l e s p e r m i t i e r o n a l o s

v i s i t a n t e s v i v i r y s e n t i r u n a e x p e r i e n c i a ú n i c a

e i n o l v i d a b l e r e c o r d a n d o i m p o r t a n t e s m o m e n -

t o s d e l a b a n d a y s u s i n t e g r a n t e s . V i s t a s p o r

m á s d e 5 m i l l o n e s d e p e r s o n a s y d e s p u é s d e

h a b e r e s t a d o d e g i r a p o r l o s p r i n c i p a l e s

m u s e o s d e E E U U , C a n a d á y E u r o p a , l l e g a r o n

p o r p r i m e r a y ú n i c a v e z a C o l o m b i a d u r a n t e

d o s m e s e s c o n s e c u t i v o s , d e l 1 6 a g o s t o a l 1 4

d e o c t u b r e d e 2 0 1 2 , e n e l S E M I N A R I O M A Y O R

D E U S A Q U É N V A L M A R I A d e l a c i u d a d d e B o g o -

t á ( c a l l e 1 1 9 N o . 4 - 9 0 ) . U n e s c e n a r i o q u e

a d e m á s e v o c a b a e l m í t i c o l u g a r e n d o n d e l a

b a n d a s e r e u n í a e n s u s o r í g e n e s a e n s a y a r y

t o c a r p a r a s u s p r i m e r o s s e g u i d o r e s e n l a

c i u d a d i n g l e s a d e L i v e r P o o l : T H E C A V E R N .

“ T h e B e a t l e s ! B a c k s t a g e a n d B e h i n d t h e

S c e n e s ” e s u n a e x h i b i c i ó n d e 8 4 f o t o g r a f í a s

h i s t ó r i c a s a b l a n c o y n e g r o n u n c a a n t e s

v i s t a s n i p u b l i c a d a s , q u e l e p e r m i t i e r o n a l

p ú b l i c o c o n o c e r t o d a l a h i s t o r i a d e l a p r i m e -

r a y m á g i c a v i s i t a d e l a b a n d a a l o s E E U U e n

1 9 6 4 p a r a p r o m o c i o n a r s u s i n g l e “ I W a n t t o

h o l d y o u r h a n d ” y q u e f u e r e g i s t r a d a d e f o r m a

e x c l u s i v a p o r e l f o t ó g r a f o d e l a r e v i s t a L I F E ,

B i l l E p p r i d g e y p o r e l s h o w d e E d S u l l i v a n d e

l a C B S T V .

“ G I V E P E A C E A C H A N C E ” e s u n a e x p o s i c i ó n d e

m á s d e 5 0 p i e z a s e n t r e f o t o g r a f í a s , s í m b o l o s ,

d i b u j o s , f i r m a s y m u r a l e s q u e l o g r a r o n t r a s -

l a d a r a c a d a v i s i t a n t e a l a S u i t e 1 7 4 2 d e l

H o t e l “ Q u e e n E l i z a b e t h ” e n M o n t r e a l , C a n a d á

y h a c e r p a r t e d e l a p r o t e s t a e n c o n t r a d e l a

g u e r r a q u e r e a l i z a r o n J o h n L e n n o n y s u e s p o s a

Y o k o O n o d e l 2 6 d e M a y o a l 2 d e J u n i o d e

1 . 9 6 9 d e s d e s u c a m a . G e r r y D e i t e r ( r e v i s t a

L I F E ) , f u e e l ú n i c o f o t ó g r a f o a u t o r i z a d o p a r a

d e j a r u n r e g i s t r o e n i m á g e n e s d e l c o m p r o m i -

s o c o n l a p a z m u n d i a l p o r p a r t e d e l o s r e c i é n

c a s a d o s . L a e x h i b i c i ó n d e G P C c o n t ó c o n

e l e m e n t o s q u e a d e m á s l e p e r m i t i e r o n a l

p ú b l i c o i n t e r a c t u a r c o n e l m u n d o d e J o h n y

Y o k o , c o m o u n “ Á r b o l d e l a p a z ” p a r a c o l g a r

s u s p r o p i o s d e s e o s d e p a z , l a r e c r e a c i ó n

c o m p l e t a d e l a S u i t e 1 7 4 2 y e l i n g r e s o a u n a

s u b a s t a e x c l u s i v a p a r a a c c e d e r a 3 4 i m á g e -

n e s ú n i c a s .

C o m o p r o d u c t o r a y c r e a d o r a d e l c o n c e p t o

c r e a t i v o d e t o d o e l e v e n t o , c o m p a r t o c o n

u s t e d e s l a s s a t i s f a c c i ó n d e h a b e r c u m p l i d o a

c a b a l i d a d c o n e l o b j e t i v o f i j a d o : p e r m i t i r

v i v i r u n a e x p e r i e n c i a c u l t u r a l r e a l y t a n g i b l e

e n t o r n o a l m u n d o d e T h e B e a t l e s a t r a v é s d e

u n c o n j u n t o d e a c t i v i d a d e s q u e l o g r a r o n

t r a s l a d a r a n u e s t r o s m á s d e 1 5 . 0 0 0 v i s i t a n t e s

a d o s d e l a s m e j o r e s é p o c a s d e u n a d e l a s

b a n d a s m á s f a m o s a s d e l R o c k e n e l m u n d o .

T a m b i é n a p r o v e c h o e s t a o p o r t u n i d a d p a r a

a g r a d e c e r l e a l a c u r a d o r a d e l a s e x h i b i c i o n e s

T h e B e a t l e s ! B a c k s t a g e a n d B e h i n d t h e S c e -

n e s y G I V E P E A C E A C H A N C E , l a s e ñ o r a y a m i -

g a i n o l v i d a b l e J O A N A T H E Y y a l a p r e s i d e n t a

d e l a c o m p a ñ í a N A T I O N A L E X H I B I T I O N S &

A R C H I V E S , V I C K I E R E H B E R G p o r e l g r a n e n t u -

s i a s m o e i n t e r é s q u e s i e m p r e m a n i f e s t a r o n

p o r v i s i t a r c o n e s t a s m a g n i f i c a s i m á g e n e s a

C o l o m b i a . S u a y u d a y p r e s e n c i a e n n u e s t r o

p a í s f u e u n a p o y o i n v a l u a b l e .

S i a l g u n o d e u s t e d e s d e s e a a m p l i a r i n f o r m a -

c i ó n s o b r e l o q u e f u e e s t e m a g n í f i c o e v e n t o ,

p u e d e n v i s i t a r s u p á g i n a w e b q u e p o r p e t i -

c i ó n d e l p ú b l i c o s i g u e f u n c i o n a n d o :

w w w . t h e b e a t l e s b o g o t a . c o m

C L A U D I A S O F I A M O S Q U E R A B .

B

En “La Vida oculta de Jack Kerouac” de Ellis Amburn,

se dice que el nombre de The Beatles surgió en una

conversación telefónica entre John Lenon y el

escritor de la generación Beat, Jack Kerouac, quien

le dio el nombre a la banda.

{ p á g i n a | c u a r e n t a i c i n c o }

http://www.thebeatlesbogota.com/


CONVOCATORIA AUDIOVISUAL

LENTE SOCIAL MUESTRA DE CINE ESPAÑOL 2015

CONSEJERÍA CULTURAL DE LA EMBAJADA DE ESPAÑA, CENTRO ÁTICO

DE LA PONTIFICIA UNIVERSIDAD JAV ERIANA Y FUNDACIÓN TELEFÓNICA

SIGUE LAS BASES PARA PARTICIPAR

26 DE JULIO AL 9 DE Bogotá • Medel l ín • Cal i

AGOSTO DE 2015 Cartagena • Barranqui l la

ANTECEDENTES

a r a p r o p i c i a r e l d i á l o g o y p r o m o v e r l a

f o r m a c i ó n , e l e n c u e n t r o y e l i n t e r -

c a m b i o d e l s e c t o r a u d i o v i s u a l ; l a

C o n s e j e r í a C u l t u r a l d e l a E m b a j a d a

d e E s p a ñ a , e l C e n t r o Á t i c o d e l a

P o n t i f i c i a U n i v e r s i d a d J a v e r i a n a y l a

F u n d a c i ó n T e l e f ó n i c a o r g a n i z a n l a c o n v o c a t o -

r i a a u d i o v i s u a l L E N T E S O C I A L p e r m i t i e n d o q u e

l o s c o l o m b i a n o s y p e r s o n a s r e s i d e n t e s e n

C o l o m b i a p u e d a n d a r a c o n o c e r S U S T R A B A J O S

r e a l i z a d o s a p a r t i r d e e n e r o d e 2 0 1 2 q u e

V I S I B I L I C E N Y C O M B A T A N L A P R O B L E M Á T I C A

D E L T R A B A J O I N F A N T I L , v a l i é n d o s e d e l a s

n u e v a s t e c n o l o g í a s p a r a l a r e a l i z a c i ó n c i n e -

m a t o g r á f i c a .

L a O r g a n i z a c i ó n I n t e r n a c i o n a l d e l T r a b a j o

( O I T ) d e f i n e c o m o “ t r a b a j o i n f a n t i l ” t o d a

a c t i v i d a d q u e p r i v a a l o s n i ñ o s d e s u n i ñ e z ,

p o t e n c i a l y d i g n i d a d , y q u e e s p e r j u d i c i a l

p a r a s u d e s a r r o l l o f í s i c o y p s i c o l ó g i c o . H o y

e n d í a , 2 1 5 m i l l o n e s d e n i ñ o s y n i ñ a s t r a b a -

j a n e n e l m u n d o , d e l o s c u a l e s 1 1 5 m i l l o n e s

l o h a c e n e x p u e s t o s a t r a b a j o s d e a l t o r i e s g o .

L e n t e S o c i a l , q u i e r e p r o m o v e r c o n l a s p r o -

d u c c i o n e s a u d i o v i s u a l e s , c o n c i e n c i a s o b r e l a

p r o b l e m á t i c a y a d e m á s a n i m a r e l e s p í r i t u d e

r e s p o n s a b i l i d a d e n l a s p e r s o n a s d e m a n e r a

q u e d e s d e s u s p r o f e s i o n e s , g u s t o s y r o l e s e n

l a s o c i e d a d , a c o m e t a n a c c i o n e s c í v i c a s e n -

c a m i n a d a s a l a e r r a d i c a c i ó n d e l t r a b a j o

i n f a n t i l .

L a C o n s e j e r í a C u l t u r a l d e l a E m b a j a d a d e

E s p a ñ a o r g a n i z a y p r o m u e v e l a M u e s t r a d e

C i n e E s p a ñ o l e n C o l o m b i a , d e n t r o d e l a c u a l

s e e n m a r c a e s t e C O N C U R S O . E s t e 2 0 1 5 s e

r e a l i z a r á l a s e g u n d a e d i c i ó n d e l 2 6 d e j u l i o

a l 9 d e a g o s t o . B o g o t á , M e d e l l í n , C a l i , C a r t a -

g e n a y B a r r a n q u i l l a s e r á n l o s e s c e n a r i o s

d o n d e s e p r o y e c t a r á n u n a s e l e c c i ó n d e p e l í -

c u l a s d e d i s t i n t o s g é n e r o s q u e p e r m i t e n

r a s t r e a r l a c i n e m a t o g r a f í a e s p a ñ o l a .

L a P o n t i f i c i a U n i v e r s i d a d J a v e r i a n a a t r a v é s

d e s u C e n t r o Á t i c o p o n e a d i s p o s i c i ó n s u s a l a

d e c i n e p a r a q u e s e a u n o d e l o s e s c e n a r i o s

d e e s t a s e g u n d a v e r s i ó n d e l a M u e s t r a d e

C i n e E s p a ñ o l . A d i c i o n a l m e n t e , p o n e a d i s p o -

s i c i ó n s u i n f r a e s t r u c t u r a t e c n o l ó g i c a o t o r -

g a n d o d i f e r e n t e s p r e m i o s e n e l m a r c o d e e s t e

c o n c u r s o , p a r a f o r t a l e c e r l o s p r o y e c t o s q u e

m e j o r t r a s m i t a n e l m e n s a j e d e l a e r r a d i c a -

c i ó n d e l t r a b a j o i n f a n t i l .

L a F u n d a c i ó n T e l e f ó n i c a p r o m u e v e l a c a u s a

“ A q u í E s t o y ” , a n t e c e d e n t e d i r e c t o d e e s t e

c o n c u r s o , q u e m o v i l i z a r a e s t u d i a n t e s , r e a l i -

z a d o r e s , a f i c i o n a d o s y p r o f e s i o n a l e s d e l

m u n d o a u d i o v i s u a l a v i s i b i l i z a r l a p r o b l e m á -

t i c a d e l t r a b a j o i n f a n t i l a t r a v é s d e l a c r e a -

c i ó n d e c o r t o m e t r a j e s y o t r a s a c c i o n e s .

L a c o n v o c a t o r i a c u e n t a c o n e l a p o y o d e l a

M a r a t ó n d e R e a l i z a c i ó n A u d i o v i s u a l I M A G I N A -

T O N , B o g o t á S h o r t F i l m F e s t i v a l / F e s t i v a l d e

C o r t o s d e B o g o t á – B O G O S H O R T S y l a e m p r e s a

e s p e c i a l i z a d a e n d o c u m e n t a l P a r a l l e l - 4 0

C o l o m b i a y s u f e s t i v a l D o c s B a r c e l o n a . L a

i n f o r m a c i ó n c o m p l e t a r e f e r e n t e a e s t e c o n -

c u r s o p u e d e e n c o n t r a r s e e n :

w w w . l e n t e s o c i a l . c o

P

I V M U E S T R A

CINEMATOGRAFÍA

{ p á g i n a | c u a r e n t a i s e i s }


TÉRMINOS GENERALES

Q u i é n e s p u e d e n p a r t i c i p a r : C u a l q u i e r p e r s o n a

n a t u r a l o j u r í d i c a , e m p r e s a , a s o c i a c i ó n o

g r u p o n o f o r m a l , m a y o r d e e d a d y r e s i d e n t e

e n C o l o m b i a ( y a s e a c o l o m b i a n o o d e n a c i o -

n a l i d a d e x t r a n j e r a ) .

G é n e r o : P u e d e s e r d e c u a l q u i e r g é n e r o , d o -

c u m e n t a l , f i c c i ó n , e x p e r i m e n t a l , a n i m a c i ó n ,

m u s i c a l , e t c .

T e m á t i c a : P r o b l e m á t i c a d e l t r a b a j o i n f a n t i l

F e c h a d e r e a l i z a c i ó n d e l o s t r a b a j o s : S e

r e c i b i r á n t r a b a j o s q u e h a y a n s i d o r e a l i z a d o s

a p a r t i r d e e n e r o d e 2 0 1 2 .

P r o p i e d a d I n t e l e c t u a l : L o s r e a l i z a d o r e s s o n

l o s r e s p o n s a b l e s d e l o s u s o s r e s t r i n g i d o s o

d e r e c h o s d e a u t o r , L o s o r g a n i z a d o r e s n o s e

h a c e n r e s p o n s a b l e s d e c u a l q u i e r m a t e r i a l d e

d e r e c h o s d e a u t o r u t i l i z a d o i l e g a l m e n t e .

L o s m o n t a j e s n o d e b e n c o n t e n e r i m á g e n e s o

m ú s i c a s p r o t e g i d a s , o q u e c o m p r e n d a n p a g o s

d e d e r e c h o s d e a u t o r a t e r c e r o s . E n c a s o

c o n t r a r i o , e l c o n c u r s a n t e a s u m i r á e s t o s

c o s t o s . L o s o r g a n i z a d o r e s d e l a c o n v o c a t o r i a

p o d r á n s o l i c i t a r d o c u m e n t o s q u e g a r a n t i c e n

l a p r o p i e d a d d e l a s p i e z a s u s a d a s e n e l d e s a -

r r o l l o d e l t r a b a j o . E n c a s o d e e n c o n t r a r q u e

e l p a r t i c i p a n t e i n c u m p l e c o n l a r e g l a m e n t a -

c i ó n s o b r e p r o p i e d a d i n t e l e c t u a l , n o p o d r á

s e r a c e p t a d o a c o n c u r s o .

L o s p a r t i c i p a n t e s m a n t e n d r á n l o s d e r e c h o s

p a t r i m o n i a l e s d e s u s c r e a c i o n e s y c e d e r á n

d e r e c h o s d e e x h i b i c i ó n a l o s o r g a n i z a d o r e s

d e e s t a c o n v o c a t o r i a .

I n s c r i p c i ó n :

L o s p a r t i c i p a n t e s d e b e r á n c o m p l e t a r e l f o r -

m u l a r i o o n - L i n e d i s p o n i b l e e n

w w w . l e n t e s o c i a l . c o s i g u i e n d o l a s i n s t r u c c i o -

n e s q u e s e i n d i c a n e n e l s i t e y a d i c i o n a l m e n -

t e e n v i a r l o s t r a b a j o s p o r c o r r e o p o s t a l a n t e s

d e l 2 1 d e j u n i o a l a E m b a j a d a d e E s p a ñ a y

d e b e n d i r i g i r s e a :

T e r e s a M o r á n - C o n v o c a t o r i a A u d i o v i s u a l .

C o n s e j e r í a C u l t u r a l E m b a j a d a d e E s p a ñ a .

C a l l e 9 2 , n º 1 2 - 6 8 . B o g o t á D . C .

C a t e g o r í a s d e l a c o n v o c a t o r i a

• C o r t o m e t r a j e

• F i l m m i n u t o ( s e s u g i e r e s u r e a l i z a c i ó n m e -

d i a n t e d i s p o s i t i v o m ó v i l * N o e s o b l i g a t o r i o ) .

• S t o r y b o a r d p a r a c o r t o m e t r a j e

• D o c u m e n t a l

* C a d a c o n c u r s a n t e s o l o p o d r á p r e s e n t a r u n a

p r o p u e s t a p o r c a t e g o r í a .

CORTOMETRAJE

E s t a c a t e g o r í a e s t á d i r i g i d a a

r e a l i z a d o r e s o a r t i s t a s q u e p r e -

s e n t e n u n c o r t o m e t r a j e e n e l q u e d e m a n e r a

c r e a t i v a a b o r d e n l a p r o b l e m á t i c a d e l t r a b a j o

i n f a n t i l .

D u r a c i ó n : E l c o r t o m e t r a j e n o p o d r á t e n e r u n a

d u r a c i ó n m e n o r a 7 m i n u t o s o m a y o r a 1 5

m i n u t o s .

F o r m a t o : L a s o b r a s p o d r á n e s t a r r e a l i z a d a s

e n c u a l q u i e r f o r m a t o : c i n e , v í d e o - d i g i t a l ,

c e l u l a r e s , i p a d s , v í d e o , e t c .

F o r m a t o d e e n t r e g a : L o s p a r t i c i p a n t e s d e b e -

r á n : +

• S u b i r e l p r o y e c t o a V i m e o

• c o m p l e t a r e l f o r m u l a r i o o n - L i n e d i s p o n i b l e

e n w w w . l e n t e s o c i a l . c o s i g u i e n d o l a s i n s t r u c -

c i o n e s q u e s e i n d i c a n e n e l s i t e ( i n c l u y e n d o

l a U R L d e s u v i d e o e n v i m e o )

• e n v i a r p o r c o r r e o p o s t a l :

d e b i d a m e n t e d i l i g e n c i a d a q u e e n c o n t r a r á e n

w w w . l e n t e s o c i a l . c o .

E n u n s o b r e d i r i g i d o a l a E m b a j a d a d e E s p a -

ñ a : T e r e s a M o r á n - C o n v o c a t o r i a A u d i o v i s u a l .



FILMMINUTO

E s t a c a t e g o r í a e s t á d i r i g i d a a r e a l i z a d o r e s o

a r t i s t a s q u e p r e s e n t e n u n v i d e o d e u n m i n u t o

d e d u r a c i ó n , e n q u e s e a b o r d e l a p r o b l e m á t i -

c a d e l t r a b a j o i n f a n t i l , s e v a l o r a r á p o s i t i v a -

m e n t e e l u s o d e d i s p o s i t i v o s m ó v i l e s c o m o o

l a v i d e o c á m a r a d e t e l é f o n o s c e l u l a r e s .

D u r a c i ó n : D u r a c i ó n m á x i m a d e 1 m i n u t o 1 5

s e g u n d o s y m í n i m a d e 5 0 s e g u n d o s

F o r m a t o : V i d e o c o n d i s p o s i t i v o m ó v i l


r á n : +

• S u b i r e l p r o y e c t o a V i m e o

• c o m p l e t a r e l f o r m u l a r i o o n - L i n e d i s p o n i b l e


c i o n e s q u e s e i n d i c a n e n e l s i t e ( i n c l u y e n d o

l a U R L d e s u v i d e o e n v i m e o )

• e n v i a r p o r c o r r e o p o s t a l :

p c i ó n w e b







STORYBOARD

PARA CORTOMETRAJE

E s t a c a t e g o r í a e s t á d i r i g i d a a r e a l i z a d o r e s o

a r t i s t a s q u e p r e s e n t e n u n s t o r y b o a r d e n q u e

s e a b o r d e l a p r o b l e m á t i c a d e l t r a b a j o i n f a n -

t i l .

D u r a c i ó n : E l S t o r y h a r á r e f e r e n c i a a u n p r o -

y e c t o q u e n o p o d r á t e n e r u n a d u r a c i ó n m e n o r

a 7 m i n u t o s o m a y o r a 1 5 m i n u t o s .

F o r m a t o : P d f


r á n :

• C o m p l e t a r e l f o r m u l a r i o o n - l i n e d i s p o n i b l e


c i o n e s q u e s e i n d i c a n e n e l s i t e . E n v i a r p o r

c o r r e o p o s t a l :

• D V D c o n e l s t o r y b o a r d p r o y e c t o e n f o r m a t o

• P D F

I m p r e s i ó n d e l a f i c h a d e i n s c r i p c i ó n w e b






Cal le 92 , n º 12 -68 . Bogo tá D .C .

DOCUMENTAL

C a t e g o r í a d i r i g i d a a r e a l i z a d o r e s q u e c u e n t e n

c o n u n p r o y e c t o d o c u m e n t a l e n f a s e d e d e s a -

r r o l l o e n q u e t r a b a j e n l a p r o b l e m á t i c a d e l

t r a b a j o i n f a n t i l .

D u r a c i ó n : L i b r e

F o r m a t o : D o c u m e n t a l


r á n :

• C o m p l e t a r e l f o r m u l a r i o o n - L i n e d i s p o n i b l e


c i o n e s q u e s e i n d i c a n e n e l s i t e

• i n c l u i r l a U R L d e s u v i d e o , d e s p u é s d e

s u b i r l o a V i m e o , j u n t o c o n d o s p á g i n a s e n

P D F e n l a s q u e s e r e s u m a : s t o r y l i n e , s i n o p -

s i s , t r a t a m i e n t o d e p e r s o n a j e s , e s t a d o d e l a

i n v e s t i g a c i ó n , h o j a d e v i d a d e l d i r e c t o r ,

p r o d u c t o r y e m p r e s a

• y e n v i a r p o r c o r r e o p o s t a l :

{ p á g i n a | c u a r e n t a i s i e t e }

CATEGORÍAS


c t o

u -

m a : s t o r y l i n e , s i n o p s i s , t r a t a m i e n t o d e p e r -

s o n a j e s , e s t a d o d e l a i n v e s t i g a c i ó n , h o j a d e

v i d a d e l d i r e c t o r , p r o d u c t o r y e m p r e s a .







EXHIBICIÓN

DE LOS TRABAJOS

E l c o n c u r s a n t e a c e p t a l a l i b r e

c i r c u l a c i ó n d e s u t r a b a j o , p a r a

l o c u a l e l p a r t i c i p a n t e c e d e r á

l o s d e r e c h o s d e e x h i b i c i ó n d e

s u t r a b a j o a u d i o v i s u a l a l o s o r g a n i z a d o r e s d e

e s t e c o n c u r s o .

U n a s e l e c c i ó n d e l a s o b r a s p r e s e n t a d a s a l

c o n c u r s o p o d r á n s e r p u b l i c a d a s e n l o s s i t i o s

w e b d e :

• T e l e f ó n i c a C o l o m b i a

• M u e s t r a d e C i n e E s p a ñ o l – C o n s e j e r í a

C u l t u r a l d e E s p a ñ a e n C o l o m b i a

• C e n t r o Á t i c o – P o n t i f i c i a U n i v e r s i d a d

J a v e r i a n a .

E s t a s o b r a s s e r á n l a s q u e o p t e n a l o s p r e -

m i o s d e l c o n c u r s o . E s t a s e l e c c i ó n s e n o t i f i -

c a r á p o r c o r r e o e l e c t r ó n i c o a t o d o s l o s p a r t i -

c i p a n t e s , t a n t o l o s q u e h a y a n s i d o s e l e c c i o -

n a d o s c o m o l o s q u e n o .

E s t o s t r a b a j o s p o d r á n s e r e x h i b i d o s e n l o s

d i f e r e n t e s C e n t r o s C u l t u r a l e s d e l a C o o p e r a -

c i ó n E s p a ñ o l a d e d i f e r e n t e s p a í s e s . A d i c i o -

n a l m e n t e s e r á n e x h i b i d o s e n l a s a l a d e C i n e

d e l C e n t r o Á t i c o y o t r a s s a l a s d u r a n t e l a

M u e s t r a d e C i n e E s p a ñ o l . L o s c r é d i t o s d e l o s

r e a l i z a d o r e s y e q u i p o c r e a t i v o p a r t i c i p a n t e

e n e l d e s a r r o l l o d e l o s t r a b a j o s a u d i o v i s u a -

l e s , s e r á r e c o n o c i d o e n l o s d i f e r e n t e s e s c e -

n a r i o s . L o s c o r t o m e t r a j e s p a r t i c i p a n t e s n o s e

d e v o l v e r á n y p a s a r á n a f o r m a r p a r t e d e l a

v i d e o t e c a d e l c o n c u r s o .

L a o r g a n i z a c i ó n d e l c o n c u r s o s e r e s e r v a

t a m b i é n l a p o s i b i l i d a d d e h a c e r p r o y e c c i o n e s

e n o t r o s f e s t i v a l e s , o m u e s t r a s c o n l a s q u e

s e e s t a b l e z c a n c o l a b o r a c i o n e s . E n e s t o s

c a s o s s e i n f o r m a r á q u e s o n o b r a s p r e s e n t a -

d a s e n e l C o n c u r s o A u d i o v i s u a l d e l a M u e s t r a

d e C i n e E s p a ñ o l , 2 0 1 5 .

PUBLICACIÓN DE

LOS GANADORES

L o s p r o y e c t o s g a n a d o r e s s e r á n

a n u n c i a d o s e n e l m a r c o d e l a M u e s t r a d e

C i n e E s p a ñ o l 2 0 1 5 . S i l a s o b r a s r e c i b i d a s n o

p r e s e n t a n l a s u f i c i e n t e c a l i d a d , e l j u r a d o s e

r e s e r v a e l d e r e c h o d e d e c l a r a r d e s i e r t o e l

c o n c u r s o .

PREMIOS

C a d a c a t e g o r í a c o n t a r á c o n u n p r e m i o

d e l a s i g u i e n t e m a n e r a :

• C o r t o m e t r a j e :

F e s t i v a l I n t e r n a c i o n a l d e C i n e e n

A l c a l á d e H e n a r e s p a r a e l d i r e c t o r o e l p r o -

d u c t o r d e l c o r t o m e t r a j e g a n a d o r . E s t e p r e m i o

c u b r e l o s c o s t o s d e t r a s l a d o , m a n u t e n c i ó n , y

l o s c o s t o s d e i n s c r i p c i ó n e n e l F e s t i v a l .

l o r d e l

p r o y e c t o , l a s c u a l e s s e e j e c u t a r á n e n E l

C e n t r o Á t i c o d e l a P o n t i f i c i a U n i v e r s i d a d

J a v e r i a n a ( e n f e c h a s p r o g r a m a d a s d e a c u e r d o

a l a d i s p o n i b i l i d a d d e p e r s o n a l y e q u i p o s e n

e l C e n t r o Á t i c o ) .

o r a s d e t r a b a j o

e n s u l a b o r a t o r i o d e F i l m m i x i n g p a r a l l e v a r a

c a b o l a m e z c l a 5 . 1 d e l p r o y e c t o e n e l C e n t r o

Á t i c o d e l a P o n t i f i c i a U n i v e r s i d a d J a v e r i a n a

d a r á 4 0 ( e n f e c h a s p r o g r a m a d a s d e a c u e r d o a

l a d i s p o n i b i l i d a d d e p e r s o n a l y e q u i p o s e n e l

C e n t r o Á t i c o ) .

• F i l m m i n u t o r e a l i z a d o c o n d i s p o s i t i v o s

m ó v i l e s :

D i s p o s i t i v o m ó v i l S a m s u n g G a l a x y S I I I

• S t o r y b o a r d :

J a v e r i a n a o t o r g a r á u n p r e m i o e n e s p e c i e e n

p r o d u c c i ó n y p o s t p r o d u c c i ó n p a r a l a r e a l i z a -

c i ó n d e l p r o y e c t o e l c u a l c o n s t a :

i p o t é c n i -

c o y h u m a n o p a r a l a p r o d u c c i ó n d e l p r o y e c -

t o * .

m o n t a j e d e l p r o y e c t o e n u n a s a l a d e e d i c i ó n

d e l C e n t r o ( p o d r á h a c e r s e e n f i n a l C u t , P r e -

m i e r o s m o k e ) * * .

d e c o l o r d e l p r o y e c t o .

a b o r a t o r i o d e

F i l m m i x i n g p a r a l l e v a r a c a b o l a m e z c l a 5 . 1

d e l p r o y e c t o .

* L o s e q u i p o s c o n l o s q u e n o c u e n t e e l c e n t r o

Á t i c o y q u e s e a n r e q u e r i d o s p o r e l p r o y e c t o

g a n a d o r d e b e r á n s e r a s u m i d o s p o r e l p r o y e c -

t o . A s i m i s m o e l p r o y e c t o d e b e r á c u b r i r l o s

c o s t o s d e u t i l e r í a , h o n o r a r i o s d e a c t o r e s y

e q u i p o h u m a n o ( c o n q u e n o c u e n t e e l C e n t r o

Á t i c o ) , m a q u i l l a j e , c a t e r i n g , e n t r e o t r o s q u e

n o p u e d a n s e r p r o v i s t o s p o r e l C e n t r o Á t i c o .

* * E l p r o g r a m a d e e d i c i ó n s e r á c o n c e r t a d o d e

m a n e r a c o n j u n t a e n t r e l o s g a n a d o r e s y e l

C e n t r o Á t i c o

• D o c u m e n t a l :

p r o y e c t o s d o c u m e n t a l e s i m p a r t i d o p o r P a r a l l e l

4 0 . C o l o m b i a e n e l C e n t r o Á t i c o d e l a U n i v e r -

s i d a d J a v e r i a n a , c o n u n a d u r a c i ó n d e 1 6

h o r a s . ( e s t e p r e m i o n o i n c l u y e l o s g a s t o s d e

v i a j e n i m a n u t e n c i ó n ) .

OTROS PUNTO S IMPORTANTES

L a p a r t i c i p a c i ó n e n e s t a c o n v o c a t o r i a s u p o n e l a

p l e n a a c e p t a c i ó n d e l a s b a s e s y d e l a s d e c i s i o -

n e s d e l o s o r g a n i z a d o r e s .

L o s p a r t i c i p a n t e s s e r e s p o n s a b i l i z a r á n p o r l o s

c o s t o s d e r i v a d o s d e l d e r e c h o d e p r o p i e d a d i n t e -

l e c t u a l d e l o s p r o y e c t o s p r e s e n t a d o s , y e x o n e r a -

r á n a l a E m b a j a d a d e E s p a ñ a y d e m á s i n s t i t u c i o -

n e s v i n c u l a d a s e n e s t a c o n v o c a t o r i a .

L o s p a r t i c i p a n t e s a u t o r i z a n e x p r e s a m e n t e c o n s u

i n s c r i p c i ó n y p a r t i c i p a c i ó n e n e l c o n c u r s o l o s

o r g a n i z a d o r e s p a r a l a e x h i b i c i ó n d e l o s t r a b a j o s

e n : s i t i o s w e b t a n t o d e l o s e n t e s o r g a n i z a d o r e s ,

a s í c o m o d e e n t i d a d e s a l i a d a s ; c e n t r o s c u l t u r a -

l e s d e l a s E m b a j a d a s d e E s p a ñ a e n d i f e r e n t e s

c i u d a d e s y p a í s e s , s a l a d e C i n e d e l C e n t r o Á t i c o

y o t r o s q u e d i s p o n g a n l o s o r g a n i z a d o r e s .

R e c u e r d e :

• L o s t a m a ñ o s a p r o p i a d o s d e l r e c u a d r o s o n 1 6 : 9

y 4 : 3 .

• L o s m o n t a j e s n o d e b e n c o n t e n e r i m á g e n e s o

m ú s i c a s p r o t e g i d a s , o q u e c o m p r e n d a n p a g o s d e

d e r e c h o s d e a u t o r a t e r c e r o s . E n c a s o c o n t r a r i o ,

e l c o n c u r s a n t e a s u m i r á e s t o s c o s t o s .

• L o s f i l m i n u t o s d e b e n i n c l u i r c r é d i t o s . E s t o s

d e b e n l e e r s e d e f o r m a c l a r a .

• L o s p r o y e c t o s d e b e n r e f e r i r s e í n t e g r a m e n t e a

l a t e m á t i c a d e s c r i t a e n e s t a c o n v o c a t o r i a .

• L o s g a n a d o r e s d e b e r á n d i s p o n e r d e l t i e m p o

n e c e s a r i o p a r a a s i s t i r a l e v e n t o d e p r e m i a c i ó n .

CRITER IOS DE EVALU ACIÓ N

E l j u r a d o t e n d r á e n c u e n t a :

• E l c o n t e n i d o y c o n c e p t o v i s u a l c o n r e s p e c t o a

l a t e m á t i c a d e é s t a c o n v o c a t o r i a . P a r a m a y o r

c o n o c i m i e n t o d e l a p r o b l e m á t i c a d i r í j a s e a :

w w w . y o d i g o a q u i e s t o y . c o m

• N i v e l t é c n i c o y c o n c e p t u a l q u e p r e s e n t e e n s u

c o n j u n t o e l p r o y e c t o

• C r e a t i v i d a d y o r i g i n a l i d a d d e l a p r o p u e s t a

v i s u a l y l a i d e a e n e l c a s o d e l s t o r y b o a r d y

d o c u m e n t a l .

• C r i t e r i o a d i c i o n a l a t e n e r e n c u e n t a e n l a

e v a l u a c i ó n : l a n a r r a t i v a v i s u a l d e l a o b r a y l a

d i r e c c i ó n d e a r t e d e l a m i s m a .

{ p á g i n a | c u a r e n t a i o c h o }


L A T A R D E B E L L A

POR PEDRO GONZÁLEZ

i e m p r e e s d o l o r o s o v o l v e r . E s r e s c a -

t a r . E s a c a t a r d e n u e v o . E s r a t i f i c a r

q u e e l p a s o d e l t i e m p o e s i n e x o r a b l e

y d e j a h u e l l a s i n d e l e b l e s . V o l v e r a

C á d i z e s v o l v e r a m i c a s a , a l l u g a r

d o n d e m e h i c e y m e d e s h i c e t a n t a s

v e c e s . E s v o l v e r a l o a d h e r i d o , a l

c a n s a n c i o í m p r o b o q u e e n t r a m a

r e t o m a r l o s r e c u e r d o s y a s e n t i r a l a h o r a .

V u e l v o m e n o s a u n e s t a n d o t a n c e r c a . V o l v e r

m e i n q u i e t a . C r u z a r l a b a h í a e n e l a u t o b ú s ,

e n f i l a r l a a v e n i d a , b a j a r m e e n l a p a r a d a d e l

h o s p i t a l d e l m a r , c a m i n a r h a s t a l a c a s a r e c o -

n o c i e n d o l u g a r e s y c a r a s . . . M e a s u s t a l l a m a r

a l t e l e f o n i l l o d e l a p u e r t a y n o e s c u c h a r l a

v o z q u e e s p e r o , l a v o z d e l v i e n t r e , d e l a

c u n a , d e l a s c o p l a s . M e a g o t a e l m i e d o i n v i c -

t o d e l a p o s i b l e a u s e n c i a , l a e v i d e n c i a d e

q u e c e s a r e s l a v o l u n t a d p r e d e c i b l e d e l a

v i d a .

E n t r o . A p a r c o b o l s a y d o l o r . B u s c o . H u e l o .

O i g o . M e e n c a m i n o . E n t r o e n l a t e r r a z a y s e

m e l l e n a d e l u z l a v i d a . M e d e s a l o j a e l d o l o r

y s e i n s t a l a l a g r a t i t u d q u e n a c e d e l a c e r t e -

z a d e l a t r e g u a . T o d o e s t á b i e n . N o s b u s c a -

m o s . Y a e s t á a q u í m i n i ñ o . L e b e s o l a m e j i l l a

t e m p l a d a . L e t o c o l a s m a n o s . N o h a y p a l a -

b r a s . T o d o e s t á d i c h o e n e l b e s o s o n o r o ,

c e r t e r o y h o n d o . S e f r o t a n n u e s t r a s p i e l e s

l i m p i a s , s i n v e l a d u r a s . S u p i e l a j a d a e s u n a

o r a c i ó n d e b o n h o m í a . S i n d e n u e d o v u e l v o a l a

e n t r a ñ a .

H a y “ s e s i ó n d e b e l l e z a ” e n l a t e r r a z a . S e

e s m a l t a n l a s u ñ a s d e c o l o r g e r a n i o . S e e n c e -

r a n l o s b i g o t e s . S e c o g e n l o s r u l o s . H a y

t e m p l a n z a e n l o s g e s t o s . L a c a l m a s e i n s t a l a

e n t r e n o s o t r o s .

“La indol encia perrun a en el sofá, el olor a caf é por l a mañ a-

na, la plúm be a jac ula toria de los dolores no cturnos, el r osario de pasti l las […] el no quer er at est i -guar ese día a día qu e n os grita

obsceno tocá ndonos el hombro lo ef ímero de todo lo que s omos y

vivimos.”.

A b r a z o a M i g u e l v e s t i d o d e f u t b o l i s t a . A h e -

r r o j a m i c u e l l o c o n s u s b r a z o s . M e e n v u e l v e

c o n s u c a m i s e t a o v e r s i d e d e M e s s i , m e m u e s -

t r a s u s p r o g r e s o s c o n e l b a l ó n g o l p e a n d o s i n

t r e g u a e l m u r o m e d i a n e r o . L e d a c o n e l b a l ó n

a u n r o s a l . E l n i ñ o s e p a r a . T o m a u n a r o s a , l a

a c a r i c i a y l e p i d e p e r d ó n . É l s a b e q u e l a v i d a

e s h e r m o s a . Q u e e s t á e n t o d a s p a r t e s . Q u e

d e b e s e r c u i d a d a . H a y v i d a a h o r a . H a y v i d a

t o d a v í a . L a t a r d e s e e n v e r e d a . S e r e i t e r a u n

m a n t r a e n m i c a b e z a . G r a c i a s p o r u n a t a r d e

m á s . V o y a l a h a b i t a c i ó n d o n d e d u e r m o . E s

d o n d e d u e r m e m i m a d r e c u a n d o n o e s t o y .

T o d o e s t á e n s u s i t i o . E l a p a r a t o d e l a a p n e a

d e l s u e ñ o , l a c o l c h a d e p a n a c o l o r n a t i l l a , e l

r o s a r i o d e p i e d r a s t u r q u e s a s q u e l e t r a j e d e

L i s b o a . L o s m u ñ e c o s n e g r o s a r r o p a d o s p a c e n

e n e l s u e l o . E l l a d i c e q u e p a s a n f r í o d e n o -

c h e .

M e c a m b i o d e r o p a . M i e n t r a s , l a l a x i t u d m e

r e c o r r e i n t r a v e n o s a , u n a s e n s a c i ó n d e n e c e -

s i d a d e s p r i m a r i a s q u e n a c e d e l a s o l e r a d e l

s o s i e g o . V u e l v o a s e r b e b é . S i e n t o s u h á l i t o a

t a l c o . C o m e r . D o r m i r . V u e l v e l a g a l b a n a e n -

v o l v i é n d o m e d e l a n a . D e p i q u é . E l r a s o d e l

l a z o m e l l e n a d e c o s q u i l l a s l a m e j i l l a r o s a .

M e v i s t o d e m i m a d r e . N o s v e s t i m o s t o d o s

c u a n d o v o l v e m o s . L a t a l l a X X L n o s e n v u e l v e .

L a s t e l a s , l o s o l o r e s , l o s c o l o r e s d e s u a r m a -

r i o n o s a m p a r a n . T o d o e s g r a n d e c u a n d o

v u e l v o .

L a i n d o l e n c i a p e r r u n a e n e l s o f á , e l o l o r a

c a f é p o r l a m a ñ a n a , l a p l ú m b e a j a c u l a t o r i a d e

l o s d o l o r e s n o c t u r n o s , e l r o s a r i o d e p a s t i -

l l a s , l a m e s a l l e n a d e c o m i d a , l a a n o m i a d e

l a a l a c e n a , e l s o n i d o d e l a t e l e v i s i ó n b u r l á n -

d o s e d e l a m e s u r a , l a s t a z a s l l e n a s d e i n f u -

s i ó n , l o s c u e n c o s d e f r u t a s y v e r d u r a s , e l

p l á s t i c o d e l p a n , e l d o l o r q u e g e n e r a l a

c e r t e z a i m p ú d i c a d e q u e t o d o l o g r a n d e s e r á

p e q u e ñ o u n d í a s i n r e m i s i ó n , m i d e s e o d e

i r m e , e l n o q u e r e r a t e s t i g u a r e s e d í a a d í a

q u e n o s g r i t a o b s c e n o t o c á n d o n o s e l h o m b r o

l o e f í m e r o d e t o d o l o q u e s o m o s y v i v i m o s .

E l l a m e d i c e c o n v o z q u e d a : “ Q u é d a t e u n

p o q u i t o m á s ” . S e h a c e t a r d e . T e n g o t r a b a j o

e n c a s a . L e m i e n t o . M e l a a p r e n d o e n t r e m i s

b r a z o s . T o d o v u e l v e a s e r d e “ g r a n d e ” e n t o n -

c e s . E l b e s o . E l “ y a t e l l a m o m a m á ” . E l s o n i d o d e l a p u e r t a a l c e r r a r s e t r a s d e m í .

L a o r a c i ó n m i e n t r a s b a j o l a e s c a l e r a i m p l o -

r a n d o a q u i e n s e a , d é j a m e a l g u n a t a r d e b e l l a

m á s . E n c a m i n o m i p a s o d e s n o r t a d o h a c i e n d o

l a r g a l a d i s t a n c i a e n t r e s u v i e n t r e y m i o m -

b l i g o . M a r i n e o y v u e l v o . M e a c u r r u c o e n e l

s i l l ó n d e l a u t o b ú s . O i g o s u v o z . L a r e c o n o z c o

e n t r e e l t r á f a g o d e l í q u i d o a m n i ó t i c o d e s u

ú t e r o . “ V u e l v e ” , m e d i c e . O j a l á m a d r e .

S

“R ememora r e s o í r v o c e s i da s , t en e r c on c i e n c i a d e p e r f ume s

que ha much o s año s a s p i r amo s ; s en t i r e l r i tm o d e l a l l uv i a ; m i ra r l a n o ch e en l a s v en tana s . Rem e -

mora r e s una an gu s t i a c on amar g ura y p la c i d ez d e i n t r o s p e c t i v a c e l e b ra c i ón ” .

- Á N G E L S I E R R A B A S T O

O S O B R E “ L ' O R I G I N E D U M O N D E ” D E C O U B E R T

{ p á g i n a | c i n c u e n t a i u n o }


DE PAPEL Y POLAS UNA GENERACIÓN BEAT COLOMBIANA, PRONTO EN EL CINE

rmando Vil le-

gas di jo que

los artistas son

como antenas

que sintonizan

ondas de pen-

samiento uni-

versal . Así

encontramos a f inales de la d é-

cada del 50 y comienzos de los

60’s varios fenómenos cultur a-

les a lo largo del mundo, carac-

terizados por el intento contr a-

cultural de desestructurar el

pensamiento mediante la cre a-

ción de neologismos, la bú s-

queda de nuevos horizontes

espiri tuales en el budismo zen,

y la exploración de la concie n-

cia con plantas y bebidas psico-

trópicas. En ese marco, surge

en 1958 en Estados Unidos con

Burroughs, Ginsberg y Ke-

rouac, «La Generación Beat» ; en

India, «La Generación Ha m-

brienta»; en el Caribe «La Ge-

neración de Nicargua del 60’»;

y en Colombia -corriendo el

año de 1958 - , surgieron dos

grupos: «Los Nadaístas» en A n-

tioquia con el profeta de la N a-

da Gonzalo Arango, y «Los P a-

pel ípolas» , en el Huila, con el

dramaturgo Gustavo Andrade.

El documental cuenta la histo-

ria de este último grupo desde

los cementerios de Colombia y

París, recogiendo sus influe n-

cias en un panteón audiovisual

de la Provincia de Neiva y el

Huila, con la participación del

exministro de Justicia Guil le r-

mo Plazas Alcid, el historiador

Del imiro Moreno, y e l testimo-

nio de los famil iares de estos

poetas muertos. En España,

esta generación En España una

generación cercana es la Gene-

ración del 68’ –siguiendo a Cas-

tel let- , con poetas como Leo-

poldo María Panero, Pere Gim-

ferrer , José María Álvarez, A n-

tonio Colinas, Vicente Molina

Foix, Luis Alberto de Cuenca,

Guil lermo Carnero, Jenaro T a-

lens, Jaime Si les, entre otros.

A T RAV ÉS D E W WW .R EV I ST AL E T EO . COM L OS

PART I CUL A RE S T AMBI ÉN PUED EN D ON A R A

L A P EL ÍCUL A L O S PA P EL ÍPOL A S D E SD E 2 , 5

EURO S ( $ 5 MIL P ESO S COL . ) . T AMBI ÉN PU E -

D E PA UT AR CON R EV I ST AL ET E O , MAG AZ IN E

F ÍS IC O Y V IRT UAL , P ROD U CID O CON EL APO -

Y O D E L A EM BA JAD A D E ES PAÑ A EN COL O M -

BIA , CON AMPL I A D I FU S IÓN EN AMBO S PA Í -

SE S .

Fotos : Cemente r io Pè re Lac h a i s e , P a r í s . Mar t a Pa t i ño .

A

{ p á g i n a | c i n c u e n t a i d ó s }


LLAMADO A LA FINANCIACIÓN

A l gu i en d i jo “ e l c in e e s u n a i n du s t r i a qu e

se n u t r e de u n a r te y u n a r te qu e s e n u t re

de u n a in du s t r i a” . Un p a í s s i n c in e , es u n

pa í s qu e n o c om p i te c on su o f e r t a cu l t u r a l

f r en te a l mu n d o . Ah ora , l o s p r o du c to s d e

esa in du s t r i a n o pu ed en s os la y a r l a mem o-

r ia , s in o v a le r se d e e l l a , y p re s e r v a r l a y

d i f u n d i r l a . S i de sap a r ec e n u e s t ra me m o r i a

y e l m ism o ac to d e h ac er m e mor ia , d e s a -

pa r ec e n u es t ra c i v i l i z a c ión . E l ám b i t o de

ac c i ón d e la s pe r son a s qu e t rab a jan y s e

ocu p an de la m em or ia y l a r e f le x ión n o es

u n camp o e f ím er o o l im i ta do a l os C o l e -

g i os , l as Ac ad em ia s y Un i v e rs ida de s , s in o

u n ámb i t o d in ám i co , d e p re se r v a c ión a c t i -

v a en la d i f u s ión qu e t o ca ta mb ién e l

c in e . H ag o u n l l am ad o a l as em pr e sa s

pú b l i ca s y p r i v a da s de Co lo m b ia y E spañ a ,

co mo a l a c iu dadan ía en g e n era l , a qu e

pon g an e s fu e r z os man c omu n ado s , pa r a

impu l sa r es te p r oy e c t o au d i ov i su a l , im po r -

tan te p o r qu e a y u d a a l a u n i v e rs a l i z a c ión

de n u es t ra s l e t ras .

más sincera invi tación para seguir la pel ícula a

través de redes soci ales, y hacer parte de esta

obra de arte masiva.

Fotografías de Preproducción del Rodaje Los Papelípolas, Una Historia Poética Contada Desde los Cementerios

Fotos : Cement e r io Cent ra l de Ne iva .

Di r e c c ió n Fo tog rá f i c a : Ól i v e r L i s | Ós ca r Aug us to To r re s . P roducc ión : Ól i v e r L i s | B l an ca Ro s a de Agu i l a r . “Voy rompiendo cristales y domando ilus iones hacia el puerto en que pueda no pensar , no creer . Ya mi tráns ito acaba donde empieza el v iv ir ”.

-Ángel S ierra Basto

DONA 5 EUROS O 10 MIL PESOS COL. Y HAZ PARTE DE LOS CRÉDITOS DE LA PELÍCULA

{ p á g i n a | c i n c u e n t a i c i n c o }


CÓRDOBA

EN MAYO


S i s e t i e n e l a f o r t u n a d e p a s e a r p o r

C ó r d o b a d u r a n t e e l m e s d e m a y o s e

h a c e i n e v i t a b l e e l r e s u r g i r d e t o d o s l o s

s e n t i d o s . L a v i s t a s e e m b o r r a c h a d e

v i v o s c o l o r e s y s e r e c r e a e n l a a r q u i -

t e c t u r a q u e e s t e m e s c e d e s u e s p a c i o

p a r a s e r e n g a l a n a d a p o r l a n a t u r a l e z a

c o n c o l o r e s i n t e n s o s , e l o l f a t o n o s a b e

a d ó n d e d e t e n e r s e , s i e n e s e o l o r a f r u -

t a d o , e n e l c r e m o s o d e l o s j a z m i n e s o

e n e l d u l z o r i n t e n s o d e l a d a m a d e

n o c h e ; e l t a c t o a c a r i c i a l o s s u a v e s

p é t a l o s , e n o c a s i o n e s a t e r c i o p e l a d o s ,

d e c l a v e l e s , g i t a n i l l a s , a z a h a r y e l

r e s t o d e l a s f l o r e s q u e n o s e n v u e l v e n ,

e l o í d o s e r e c r e a e n e l s o n i d o d e l a g u a

q u e n o s l l e g a a t r a v é s d e l a s f u e n t e s y

l o s p o z o s , e l g u s t o s e e m b r i a g a p o r e s e

a i r e q u e n o s e n v u e l v e c o n u n c u e r p o

d u l c e y d e n s o y q u e n o s t r a e r e c u e r d o s

y s a b o r e s d e o t r a s é p o c a s , o t r a s c u l t u -

r a s y u n b a g a j e c u l t u r a l ú n i c o .

D u r a n t e e s t e m e s , C ó r d o b a s e e n g a -

l a n a c o m o u n a n o v i a . L a b e l l e z a q u e

p o s e e d u r a n t e t o d o e l a ñ o s e a d o r n a

c o n u n c o l o r i d o r i c o e n m a t i c e s y e n

a r o m a s y c a d a e s q u i n a d e l a c i u d a d e s

d e c o r a d a p o r l o s c o r d o b e s e s c o n e l

o r g u l l o d e m o s t r a r a l a n o v i a m á s b e l l a

y p e r m i t i r q u e l o s v i s i t a n t e s p a s e e n p o r

s u s r i n c o n e s m á s p r i v a d o s .

D e n t r o d e e s t e m e s p o d e m o s v e r u n

“ C o n c u r s o d e R e j a s y B a l c o n e s ” e n e l

q u e l o s m i s m o s p a r e c e n d e s p l e g a r

m a n t o s d e p u r a f l o r p a r a s u m a r s e a

e s t e f e s t i v a l ú n i c o . S o n R e j a s y b a l c o -

n e s d e c a s a s p a r t i c u l a r e s , a l g u n a s

c e l o s a m e n t e g u a r d a d a s , p e r o q u e a s o -

m a n s u b e l l e z a h a c i e n d o d e l a s c a l l e s

c a t a r a t a s d e c o l o r e s q u e a t r a p a n a l

p a s e a n t e .

T a m b i é n c o n c u r r e n d u r a n t e e s t e m e s

“ L a s C r u c e s d e m a y o ” , o c a s i ó n ú n i c a

p a r a l e v a n t a r u n a c r u z d e f l o r e s e n

c u a l q u i e r p l a z a , e s q u i n a o p a t i o d e u n a

c a s a . E s t a s f l o r e s s e a d o r n a n c o n e l e -

m e n t o s t í p i c o s c o m o l o s m a n t o n e s d e

m a n i l a , p o e m a s a C ó r d o b a , t i e s t o s d e

b a r r o c o c i d o , p e i n e t a s , e t c .

A f i n a l e s d e m e s t e n e m o s l a “ F e r i a

d e m a y o c o r d o b e s a ” , o “ F e r i a d e l a

s a l u d ” e n s u s o r í g e n e s d e l a q u e e s p e -

r o t e n e r o p o r t u n i d a d d e n a r r a r o s e n

o t r o m o m e n t o s u h i s t o r i a y s u e v o l u c i ó n

h a s t a s e r l o q u e e s h o y , u n a f e r i a p a r a

l a d i v e r s i ó n y e n t r e t e n i m i e n t o . P e r o h e

p a s a d o d e p u n t i l l a s s o b r e b a l c o n e s ,

r e j a s , c r u c e s , f e r i a … y n e c e s i t o u n a

p a r a d a o b l i g a d a , m e r e c i d a y r e c o n o c i d a

e n l a m e j o r f l o r q u e s e a b r e e n m a y o

p a r a C ó r d o b a : “ L o s P a t i o s ” .

“ L o s P a t i o s d e C ó r d o b a ” f u e r o n d e c l a -

r a d o s e n 1 9 8 0 c o m o F i e s t a d e I n t e r é s

T u r í s t i c o N a c i o n a l y e n e l a ñ o 2 0 1 2 , l a

U N E S C O l o s n o m b r ó P a t r i m o n i o C u l t u r a l

I n m a t e r i a l d e l a H u m a n i d a d .

E s t a f i e s t a c o n c u r r e t a m b i é n d u r a n t e

e l m e s d e m a y o , c u a n d o t o d a l a c i u d a d

e s u n e s t a l l i d o d e f l o r e s y e s t á a v a l a d a

c o n u n a h i s t o r i a c a s i c e n t e n a r i a . L a s

p r i m e r a s n o t i c i a s q u e t e n e m o s d e l

p r i m e r c o n c u r s o d e P a t i o s s o n d e l a ñ o

1 9 2 1 p e r o h a s t a e l a ñ o 1 9 3 9 e s t e c o n -

c u r s o n o p a s ó a s e r u n a c t o m á s d e l a

F e r i a d e C ó r d o b a y a s í c o n t i n u ó h a s t a

q u e l a p r e n s a l o c a l s e f u e h a c i e n d o e c o

d e l s e n t i r p o p u l a r y d e a l g u n o s c o m o e l

p o e t a R i c a r d o M o l i n a ( G r u p o C á n t i c o ) ,

c o n s o l i d á n d o s e e l t r a d i c i o n a l C o n c u r s o

d e P a t i o s e n 1 9 4 4 .

R i c a r d o M o l i n a ( E l e g í a I X )

E l p a t i o o y e e l s u s p i r o d e o t r o s d í a s e n

s u s a r c o s .

E n l a s p a r e d e s h ú m e d a s s e e s t r e m e c e n

l a s y e d r a s .

L i l a s , j a z m i n e s y c e I i n d a s

t i e m b l a n g o z o s o s e n e l a i r e t i b i o

b a j o e l b e s o f u g a z d e l a s a b e j a s ,

p e r o c e l i n d a s , l i l a s y j a z m i n e s ,

y e d r a s d e o r o y a r c o s r u i n o s o s

n o s a b e n c ó m o u n d í a n o s a m a m o s .


L l e n a l a f u e n t e e s t á d e c l a r a s o n d a s ,

d e a g u a c l a r a y a z u l i g u a l q u e e l c i e l o , l a f u e n t e p u r a y f r í a

a l a s o m b r a d e l g a d a d e l a s d a m a s d e

n o c h e

q u e d e j a n s u p e r f u m e f l o t a r p o r l a

n e g r u r a . . .

Q u i e n c o n o z c a C ó r d o b a s a b r á q u e e l

p a t i o e s u n a f o r m a d e v i d a , c a d a u n o

t i e n e s u p r o p i o c a r á c t e r y s e a d o r n a d e

u n a s c u a l i d a d e s q u e l e s o n c e d i d a s p o r

l a s p e r s o n a s q u e v i v e n s u d i a r i o a l r e -

d e d o r d e l m i s m o , y a q u e e s l a p r o p i a

c u l t u r a y l a h i s t o r i a d e l a c i u d a d l a s

q u e l e d a n f o r m a , c o m o r e g u l a c i ó n

t é r m i c a p a r a a d a p t a r s e m e j o r a l c a l o r ,

c o m o l u g a r d e e n c u e n t r o a l s e r z o n a

c o m ú n , e s t é n h a b i t a d o s p o r u n a o v a -

r i a s f a m i l i a s y c o m o n ú c l e o a l r e d e d o r

d e l c u a l h a n i d o e v o l u c i o n a n d o a l o

l a r g o d e l o s s i g l o s l a s c a s a s c o r d o b e -

s a s . L o s p a t i o s s o n p u r a e s t é t i c a , e l

p e r v i v i r d e u n a h e r e n c i a q u e t i e n e s u s

r a í c e s e n l o s g r i e g o s , d e s a r r o l l a d o e n

e d i f i c a c i o n e s e t r u s c a s v a r i o s s i g l o s

a n t e s d e C r i s t o , c u a n d o s e a b r e e n e l

c e n t r o d e l a v i v i e n d a u n e s p a c i o q u e

r e c o g e e l a g u a q u e c a e d e l a t e c h u m b r e

i n c l i n a d a h a c i a a d e n t r o y h a c i e n d o q u e

e n t r e m á s l u z d e l e x t e r i o r l o q u e d a

m á s p r i v a c i d a d a l n o t e n e r q u e a b r i r

v e n t a n a s e n l o s m u r o s e x t e r i o r e s p e r m i -

t i e n d o e l d i s e ñ o d e n u e v a s u r b e s a l

p o d e r u n i r l o s e d i f i c i o s u n o s j u n t o a

o t r o s s i n p e r d e r l a l u z s o l a r .

P o s t e r i o r m e n t e , l a i n f l u e n c i a d e R o m a y

A l - A n d a l u s . L a g r a n c a n t i d a d d e a r r o y o s

q u e r o d e a n C ó r d o b a y q u e f u e r o n a c e r -

c a d o s a l a c i u d a d m e d i a n t e a c u e d u c t o s

h a c e q u e c u a n d o l o s á r a b e s l l e g a n a

n u e s t r a c i u d a d s e e n c u e n t r e n c o n u n a

u r b e d e g r a n d e s d i m e n s i o n e s y c o n u n a

f u e r t e c u l t u r a d e l a g u a q u e c o i n c i d e

c o n l a s u y a p r o p i a y d e l a q u e c o n s e r -

v a m o s e s t a b e l l í s i m a f o r m a d e e x p r e s a r

n u e s t r a i d e n t i d a d a t r a v é s d e l a b e l l e -

z a , d e l c o l o r , d e l s i l e n c i o y d e r e c o r -

d a r , e n v u e l t o s e n s u a r o m a , l a s a b i d u -

r í a q u e n o s d e j a r o n a l g u n o s d e n u e s -

t r o s m e j o r e s c i u d a d a n o s c o m o S é n e c a ,

L u c a n o , A v e r r o e s , M a i m ó n i d e s o A l -

H a k a m I I I .

L a s c a s a s c o r d o b e s a s t i e n e n u n

c o r a z ó n : e l p a t i o , d e o b l i g a d o p a s o c a s i

s i e m p r e y t a m b i é n d e o b l i g a d a c o n v i -

v e n c i a e n o c a s i o n e s y a q u e e n l a s

c a s a s d e v e c i n o s s e c o m p a r t í a n c o c i -

n a s , c u a r t o s d e a s e o , p o z o s , e t c . P e r o

l o q u e h a c e l a t i r e s t e c o r a z ó n e s e l

p r o p i o e s p í r i t u c o r d o b é s , t a n “ h a c i a

a d e n t r o ” , t a n c e l o s o d e s u i n t i m i d a d

q u e a u n t i e m p o l a r e g a l a y a o t r o l a

r e p l i e g a y e s a h e r e n c i a c u l t u r a l q u e

n o s h a c e e m b e l l e c e r n u e s t r o s p a t i o s y

n e c e s i t a r r o d e a r n o s d e l a b e l l e z a q u e

n o s r e g a l a n l a s f l o r e s , e l a r o m a s i n

i g u a l d e l a c i u d a d e n m a y o y e l c o l o r i -

d o , c u i d a d o y p a c i e n c i a q u e e l c o r d o -

b é s p o n e e n s u s m u r o s d e c a l b l a n c a d e

l o s q u e c u e l g a n m a c e t a s d e b a r r o t e ñ i -

d a s d e c o l o r e s d e l a s q u e c a e n r a c i m o s

q u e e s t a l l a n e n f l o r e s d e m i l c o l o r e s . Y

e l p o z o a l o s p i e s , c o n s u b r o c a l y s u

c u e r d a , l o s m a c e t o n e s b o r d e a n d o e l

p a t i o , l a s b e l l a s r e j a s d e h e r r e r í a

f o r j a d a s a f u e g o v i v o , e l t a ñ i d o d e u n a

c a m p a n a c e r c a n a y e l t a c o n e o d e u n a

c o r d o b e s a a l e j á n d o s e .

E s t a f i e s t a d e l o s P a t i o s q u e s e c e l e b r a

e n e l m e s d e m a y o e s a h o r a P a t r i m o n i o

I n m a t e r i a l d e l a H u m a n i d a d . E l p a s a d o

d í a 6 d e d i c i e m b r e l a U n e s c o d e c i d i ó e n

P a r í s c o n c e d e r s u m á x i m o r e c o n o c i -

m i e n t o a u n b i e n i n t a n g i b l e q u e r e p r e -

s e n t a , a d e m á s , l a m e j o r e s t é t i c a d e l a s

c i u d a d e s a n d a l u z a s .

FO

TO

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ÁL

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RO

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AS

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CÓ

RD

OB

A,

E

SP

AÑ

A,

2

01

3.


“ P a r a p e n s a r , t e j e r h i s t o r i a s , t r a n s m i t i r e l c o n o c i m i e n t o ,

l o s i n d i o s t u v i e r o n l a M a l o k a ; l o s a f r i c a n o s e l á r b o l b r u j o

d e l c o n o c i m i e n t o ( e n l a f i l o s o f í a M u n t ú ) ; y l o s c o r d o b e -

s e s , e l p a t i o . N o p u d o s e r e n o t r o l u g a r d o n d e A v e r r o e s

c o r t ó l a f l o r d e s u „ n o u s p a t h e t i k ó s ‟ ( i n t e l e c t o r e c e p t i -

v o ) ” .

- R E V I S T A L E T E O

{ p á g i n a | c i n c u e n t a i o c h o }


DESTINO TURÍSTICO

SANTANDER (ESPAÑA)

a n t a n d e r e s l a c a p i t a l d e C a n t a b r i a ( C o m u n i d a d a u t ó -

n o m a d e E s p a ñ a ) y e s t á s i t u a d a e n l a c o s t a n o r t e d e l a

P e n í n s u l a I b é r i c a y b a ñ a d a p o r e l m a r c a n t á b r i c o .

E n c l a v a d a e s t r a t é g i c a m e n t e e n t r e e l m a r y l a m o n t a ñ a ,

S a n t a n d e r o f r e c e n u m e r o s a s p o s i b i l i d a d e s p a r a s a t i s -

f a c e r a l v i s i t a n t e .

C i u d a d c o s t e r a , a c o g e d o r a , q u e i n v i t a a l p a s e o y c o n

u n a b a h í a c o n s i d e r a d a d e l a s m á s b e l l a s d e l m u n d o .

H o y d í a e s u n a c i u d a d r e l a t i v a m e n t e m o d e r n a d e b i d o a l

i n c e n d i o q u e a c o n t e c i ó e n 1 9 6 4 1 y q u e h i z o q u e s u

c a s c o a n t i g u o t u v i e r a q u e s e r r e c o n s t r u í d o c a s i t o t a l m e n t e .

ARQUITECTURA Y PATR IMONIO

S u o f e r t a c u l t u r a l y t u r í s t i c a e s m u y a m p l i a y e n s u r e c i n t o p o d e m o s

e n c o n t r a r n u m e r o s o s m o n u m e n t o s d e a r q u i t e c t u r a r e l i g i o s a y m u c h o s

d e e l l o s d e c l a r a d o s c o m o “ b i e n d e i n t e r é s c u l t u r a l ” , e n t r e e l l o s

p o d e m o s d e s t a c a r l a g ó t i c a C a t e d r a l d e N u e s t r a S e ñ o r a d e l a A s u n -

c i ó n , c o n s t r u í d a d e s d e f i n a l e s d e l s . X I I a l X I V , l a I g l e s i a d e S a n t a

L u c í a , l a P a r r o q u i a d e l a A n u n c i a c i ó n , l a I g l e s i a d e S a n F r a n c i s c o

( p a t r i m o n i o a r t í s t i c o - r e l i g i o s o ) , l a b a r r o c a I g l e s i a d e N u e s t r a S e ñ o r a

d e l a C o n s o l a c i ó n , c o n s t r u í d a e n e l s . X V I I I , l a I g l e s i a a l t a , l e v a n t a -

d a e n t r e l o s s . X I I I y X I V y r e s t a u r a d a t r a s u n i n c e n d i o e n 1 9 4 1 , e l

C o n v e n t o d e l a s M a d r e s C l a r i s a s o l a m i s m a C a t e d r a l d e S a n t a n d e r

q u e f u e e r i g i d a e n e l a ñ o 1 2 0 0 s o b r e r e s t o s d e e d i f i c a c i o n e s r o m a -

n a s .

S a l i e n d o d e l c a r á c t e r r e l i g i o s o , S a n t a n d e r t a m b i é n n o s o f r e c e u n

a m p l í s i m o p a t r i m o n i o q u e v i s i t a r e n t r e l o s q u e m e r e c e n e s p e c i a l

m e n c i ó n e l M u s e o R e g i o n a l d e P r e h i s t o r i a y A r q u e o l o g í a , M u s e o m u -

n i c i p a l d e B e l l a s A r t e s , P a l a c i o d e R i v a - H e r r e r a ( d e c l a r a d o B i e n d e

i n t e r é s c u l t u r a l , e s l a c o n s t r u c c i ó n c i v i l m á s a n t i g u a d e l a c i u d a d y

e l c o m i e n z o d e u n S a n t a n d e r r e n a c e n t i s t a a m e d i a d o s d e l s . X V I , e l

M e r c a d o d e l E s t e , e l d i q u e d e G a m a z o , e l P a s e o d e P e r e d a q u e c u e n t a

c o n l a c a t e g o r í a d e c o n j u n t o h i s t ó r i c o , e t c .

PLAYAS

E n c u a n t o a p l a y a s , S a n t a n d e r p o s e e u n a d e l a s j o y a s e s p a ñ o l a s , l a s

p l a y a s d e E l S a r d i n e r o . E l S a r d i n e r o e s u n b a r r i o t u r í s t i c o d e l a c i u -

d a d c o n o c i d o e s p e c i a l m e n t e p o r s u s e x t e n s a s p l a y a s . E s t a p l a y a

c o m e n z ó a s e r z o n a t u r í s t i c a e n 1 8 5 0 , f e c h a e n l a q u e s e c r e a n l a s

p r i m e r a s f o n d a s y c a s e t a s p a r a b a ñ o y u n o s a ñ o s m á s t a r d e , e n 1 8 6 1

r e c i b e e n s u b e l l í s i m o p a i s a j e a l a r e i n a I s a b e l I I y A m a d e o d e S a b o -

y a q u e e l i g i e r o n e s t a l o c a l i d a d p a r a s u s v a c a c i o n e s d e v e r a n o . E s t e

h e c h o o c a s i o n a q u e s e p r o p a g u e n l a s m a r a v i l l a s d e e s t a s p l a y a s , l a

g a s t r o n o m í a d e l a z o n a y l a a m a b i l i d a d d e s u s h a b i t a n t e s h a c i e n d o

q u e l a z o n a c o m e n z a r a a a d q u i r i r p a r t e d e l a f a m a q u e h o y l a a c o m p a -

ñ a y d i e r a l u g a r a l a c r e a c i ó n d e t o d a u n a e s t r u c t u r a a l r e d e d o r d e

e s o s t u r i s t a s q u e i b a n l l e g a n d o e n n ú m e r o c a d a v e z m a y o r . E s e n t o n -

c e s c u a n d o s e c o m i e n z a n a c o n s t r u i r h o t e l e s , b a r e s , r e s t a u r a n t e s e

i n f r a e s t r u c t u r a s c o m o t r e n e s o t r a n v í a s q u e d e s p l a z a b a n a d i c h o s

t u r i s t a s h a s t a l a s p l a y a s d e E l S a r d i n e r o .

E n e s t a z o n a p o d e m o s e n c o n t r a r a ú n e l P a l a c i o d e l a M a g d a l e n a , d e

e s t i l o e c l é t i c o y q u e f u e c o n s t r u i d o c o m o r e g a l o d e l p u e b l o p a r a l a

F a m i l i a R e a l e s p a ñ o l a , e l H o t e l R e a l d e s d e e l q u e s e d o m i n a l a b a h í a

y q u e s e i n a u g u r ó e n 1 9 1 7 d e e s t i l o m o d e r n i s t a , e l G r a n C a s i n o d e l

S a r d i n e r o q u e e s u n o d e l o s s í m b o l o s d e l a c i u d a d d e s d e 1 9 1 6 , f e c h a

d e s u i n a u g u r a c i ó n .

P r o t e g i e n d o l a b a h í a d e S a n t a n d e r n o s e n c o n t r a m o s a l F a r o d e C a b o

M a y o r c o n t e m p l a n d o e l a c c i d e n t a d o r e l i e v e d e l o s a c a n t i l a d o s y l a

b e l l e z a d e s u s p l a y a s .

CULTURA

N o e s l a c u l t u r a u n e s p a c i o v a c í o e n S a n t a n d e r s i n o t o d o l o c o n t r a r i o

y a q u e l a c i u d a d c u e n t a c o n u n a g r a n t r a d i c i ó n c u l t u r a l d e l a q u e

p o d e m o s e m p a p a r n o s e n s u s M u s e o s o C e n t r o s C u l t u r a l e s c o m o e l

M u s e o M a r í t i m o , e l d e B e l l a s A r t e s , e l d e P r e h i s t o r i a y A r q u e o l o g í a ,

e l T a u r i n o o e n e l P a l a c i o d e F e s t i v a l e s , e l d e E x p o s i c i o n e s y C o n g r e -

s o s , e l c e n t r o C u l t u r a l M o d e s t o T a p i a , l a F i l m o t e c a R e g i o n a l , e t c .

T a m b i é n p o s e e u n a i m p o r t a n t e U n i v e r s i d a d I n t e r n a c i o n a l d e v e r a n o , l a

q u e o r g a n i z a f e s t i v a l e s i m p o r t a n t e s d e m ú s i c a y d a n z a e n t r e l o s q u e

d e s t a c a n e l F e s t i v a l I n t e r n a c i o n a l d e S a n t a n d e r y e l F e s t i v a l I n t e r n a -

c i o n a l d e M ú s i c a d e Ó r g a n o .

E n t r e l o v a r i a d o d e s u o f e r t a c u l t u r a l p o d e m o s e n c o n t r a r d i v e r s a s

f i e s t a s y r o m e r í a s , a l g u n a s c e n t r a d a s e n b a r r i o s t í p i c o s d e l a c i u d a d .

GASTRO NOMÍA

D a d a s u l o c a l i z a c i ó n c o s t e r a , s o n l o s p r o d u c t o s d e l m a r l o s q u e p r e -

d o m i n a n e n s u g a s t r o n o m í a q u e s e b a s a , f u n d a m e n t a l m e n t e , e n s u s

p e s c a d o s y m a r i s c o s y e n t r e l o s q u e p o d e m o s d e s t a c a r l o s s a l m o n e -

t e s , l u b i n a s , s a r d i n a s , c a l a m a r e s , y u n a m p l i o e t c . N a d a c o m o u n

p a s e o p o r e l B a r r i o P e s q u e r o , e l P u e r t o c h i c o o l a z o n a d e l S a r d i n e r o

c o m o p a r a p o d e r d i s f r u t a r d e e s t o s e x q u i s i t o s p e s c a d o s y d e s u s

m ú l t i p l e s p r e p a r a c i o n e s .

S

F O T O S : I V Á N G U E R R E R O

{ p á g i n a | c i n c u e n t a i n u e v e }


A R T U R O C O V A

E - M A I L : D E A R G E L O S @ O P E R A M A I L . C O M

ienso en “Recordar, Repet ir y Reelaborar” de Freud… todos he-mos repet ido s in da r-nos cuenta.

“…La vieja sangre que no le había sido dado elegir por sí misma, que le había sido legada sin contar con su voluntad, que tanto había corrido, cualquiera sabe por dónde y latiendo por qué afrentas, por qué fer o-cidades, por qué ca rnales apetitos, hasta llegar a sus venas” .

- W I L L I A M F A U L K N E R

“Y eso somos […] rastro v i-sible y ebullición de la sa n-gre oculta”.

- M A N U E L Z A P A T A O L I V E L L A

La frase de los duques del I n-fantado, "Dar es señorío y rec i-bir servidumbre" es c iertamen-te espantosa, y es la frase que parece haber servido como cau-ce a nuestra sangre, y nuestra cultura: para casi tod a Colom-bia, especialmente en la „Bog o-tá cachaca‟ , el Cauca y el Huila , pueblos desc endientes de ese personaje medieval , medio campesino, medio un iversal , medio poeta y medio mili tar . Y es lo que repet imos todo el t iempo, s in darnos cuenta. Esto es lo que encarna lo que los antropó logos l laman “el s istema sudanés de parentesco” que no conoce de relac iones de igual-dad; aquel que solo sabe dar y rec ibir órdenes.

P

G E N E A L O G Í A S

C O L O M B I A N A S

HERENCIA HISPANA

{ p á g i n a | s e s e n t a }


F O T O : B ande ra de l a N ueva Grana da .

F O T O : D . Pedro Hu r t ado de Mendoza , ade l an t ado de Cazo r l a . Déc i mo h i j o de l I marqué s de S a n t i l l an a , y a nce s t ro pa ra l a s f ami l i a s más t r ad i c ion a l e s de Cauca , H u i -l a , To l ima y Bogo t á . Fo to , co r t e s í a de Jo s é Lu i s Ga rc í a de Paz , Ph . D. , UAM.

“Dar es Señorío, y re-cibir es servidumbre”.

- D . Í Ñ I G O L Ó P E Z D E M E N D O Z A

Bajo el espír itu republ icano, heredado de la revolución fra n-cesa y de la secesió n americana -pese a s er muchos de estos próceres colombianos descen-dientes de los constructores del Imperio Español- decidieron quitarse una larga l ista de ape-l l idos al f i rmar.

EN SU S CART AS EL G EN E RAL JOS É

H I L AR I O L ÓP EZ VAL D ÉZ Y F ERN Á N D EZ

D E CÓ RD OB A F I RM ABA : “ JO S É H .

L ÓPE Z” .

© AR C H I V O C E N T R A L D E L CA U C A .

E L G EN E RAL M AN U EL AN T ON I O L Ó -

PE Z BO RR ERO HU RT AD O , F IR MABA

“ MAN UEL A . L ÓP EZ” .


E L G EN E RAL JO SÉ D E D IOS U CR ÓS Y P AR E -

D ES , F IRM AB A “ J . D E D . U CRÓ S ” .


E L G EN E RAL T O MÁS C IPR I AN O MOSQ UE RA Y

F IGUER OA , F IRM AB A “ T OMÁS C . MOS QU E -

RA” .


F IRMAS REPUBL ICAN AS

{ p á g i n a | s e s e n t a i u n o }


Los próceres buscaron romper con la desigualdad del sistema medieval , dando ejemplo (todos eran iguales ante la ley, o al menos tal fue su republ icano empeño). Pese a el lo , volvimos a una era ampulosa donde todo el mundo quiere ser “real” , pero no por el valor que haya en esas ideas –como lo hay en todas- , sino por aparentar clase. La “clase”, el “charm” , que parece haberse creado para dividir la humanidad en castas , en nepo-tismo. Basta con solo ver los escudos de nuestras c iudades que eran simples , para ser adornados hace unas décadas con coronas ducales , y recientemente impe-riales; y que como observa Hernán Torres , Ph. D. en uno de sus trabajos , los s it ios de vivienda se empiezan a apell i -dar “Real” : “Condominio Real , Campo Real, Casa Real, Edificio Real , Tienda, Cigarrería , Ferre-tería Real . . .” . Tuvimos una marquesa en Colombia, que fue la marquesa de Yolombó; y otro conde que fu e el de Casa Valen-cia , quien se volvió republ i-cano; y de los cerca de 100 c a-pitanes conquistadores que l l e-garon, solo seis , según Miguel Wenceslao Quintero perten e-cían a famil ias de alcurnia real . Creo que al igual que la nobl e-za, la repúbl ica tampoco nos garantizó un progreso en nues-tra manera de relac ionarnos . Donde no hay psicoterapia , no hay valores de igualdad, n i se puede cul t ivar la fratern idad, y esto apl ica tanto para el cuartel como para el hogar. Podemos declararnos l ibres, a francesa-dos, masónicos, santanderistas , federal istas y cambiar de Cons-titución cada tanto , ya lo po-demos leer en Kohlberg: somos una una sociedad preconve n-cional .

1 . E SC UDO DE P O P A YÁ N O R IG I NA L D E H A C E

MED IO S IG LO . F U N DA C IÓ N C A UC A NA D E

P A TR IMO N IO I NT E LEC TUA L .

2 . ESC UDO DE P O P A YÁ N C O N C O RO NA

DUC A L . A DO P TA DO P O R LA A LC A L D ÍA D E

P O P A YÁ N.

3 . ESC UDO D E P O P A YÁ N C O N LA C O R O N A

IMP E R IA L , TA M B I ÉN M URA L D EL R E I NO D E

C A ST I LLA .

Nosotros, en lugar de entender el abuso de autoridad -de re-cordarlo- , lo repet imos, y lo que es peor: lo profesional iz a-mos en el confl icto armado. Semejante a don Íñigo López de Mendoza, I marqués de Sant i-l lana, parece que entre más t e-nemos de mili tares , menos te-nemos de po etas…! Y es que la verdadera clase parece ser una condic ión espir itual , que no es f i logenét ica ni ontogenét ica, es , como di jera cierto poeta , luz interna y nada más… o quizá sea asunto de resolver taras de la infancia con psicoterapia… Lo c ierto es no depende de s i se es republ icano o reali s ta.

“Como dice Freud en “Reco r-dar, Repetir y Reel ab or ar”, lo que no po demos o qu eremos recordar, lo repetimos. Nos o-tros, en lugar de e nte nder el abuso de autorida d -de reco r-darlo -, lo re petimos, y lo que es peor: lo profesionaliz a-mos” .

Jo rge Tadeo Lozano , au to r de l a p r ime ra cons t i t uc ión s e c e s i o n i s t a - aun que r e a l i s t a -no pagó l o s “de re ch o s de l anza y med i a ana t a ” q ue l e e x i g í a l a Rea l Aud ienc i a como de re ch o a l t í t u l o de marqué s que l e co nced ió e l r e y , po r que de c í a “no l o h ab í a s o l i c i t ado n i compr ado l a m e rc ed q ue l e h ab í a conced ido e l V i r r e y Ze r da a nomb re de l monarc a e spaño l , po r l o s b ueno s s e r -v i c io s p r e s t ado s " . La Au d ie nc i a r e so l v ió de s conoce r l e e l t í t u l o en mayo de 1 77 7 , y p roh ib i r l e s u u so a l i gua l qu e e l e s cudo . Lozano s i g u ió o s t en t ándo lo s s in pe rmi so .

{ p á g i n a | s e s e n t a i d ó s }


BIBL IOT EC A V I RT UAL ( FUN D ACI ÓN C AU CAN A D E PAT R IMON IO I N T EL E CT UAL )

C O L E C C I Ó N D E D O C U M E N T O S H I S T Ó R I C O S S O B R E L A R E V O L U C I Ó N D E I N D E P E N D E N C I A

D E L A N U E V A G R A N A D A E N P O P A Y Á N ( 1 8 0 8 - 1 8 3 0 )

ronto la Fundación Caucana de Patr imonio Intelectual presentará la primera gran cole c-ción virtual de documentos históricos sobre la revolución de indepe ndencia de la Nueva Granada en la provincia de Popayán (1808-1830), reuniendo por primera vez las vers i o-nes de real istas e independent istas , de manera gratu ita a través de su página web, en construcción. Como una labor complementaria a la Bibl ioteca de la Revol ución Hispanoamericana de la

Bibl ioteca Nacional de España , D. Ricardo Quintero Rivera, d irector de la Fundación y los creadores de Revistaleteo, presentan este abrebocas, para ser tenido en cuenta, no como una exaltación rep u-bl icana, s ino como un espacio para ref lexionar sobre las decis iones más importantes toma das en doscientos años en el cont inente americano a nivel constituci onal .

L I B R O S Q U E O F R E C E L A F U N D A C I Ó N C A U C A N A D E P A T R I M O N I O I N T E L E C T U A L . T O D O S E S T O S A R C H I V O S Y M Á S , P U E D E N S E R C O N S U L T A D O S Y A D Q U I R I D O S G R A T U I T A M E N T E .

F U N D A C I Ó N C A U C A N A D E P A T R I M O N I O I N T E L E C T U A L . S E D E P O P A Y Á N [ C O L O M B I A ] . C A L L E 1 N Ú M E R O 1 E - 2 6 U R B A N I Z A C I Ó N C A L D A S - T E L É F O N O : [ 5 7 ] ( 2 ) 8 3 1 9 1 8 2 .

P

{ p á g i n a | s e s e n t a i t r é s }


RAFAEL AGUILAR

X I M A R Q U É S D E L A V E G A D E A R M I J O

POR BLANCA ROSA DE AGUILAR

o s r e c u e r d o s d e s u i n f a n c i a e s t á n c e n t r a d o s

e n s u m a d r e . C u a n d o l e p r e g u n t o p o r s u n i ñ e z

a n d o l e p r e g u n t o p o r s u n i ñ e z c i e r r a l o s o j o s

c o m o b u s c a n d o e n s u i n t e r i o r l o s r e c u e r d o s

m á s a m a b l e s y y o , a p r o v e c h o p a r a e s c u d r i ñ a r

s u r o s t r o y s e g u i r a t e n t a s u s e x p r e s i o n e s .

I n t e n t o a i s l a r m e d e m í m i s m a , d e m i p r o p i o

p a p e l e n l a h i s t o r i a q u e é l r e p r e s e n t a , d e l a m o r q u e

s i e n t o p o r e s e h o m b r e q u e e s t á s e n t a d o f r e n t e a m í

c o n e l c e ñ o f r u n c i d o y l a p i e l a r r u g a d a e n u n o s

p l i e g u e s e n l o s q u e l a r e f l e x i ó n h a l o g r a d o d e j a r m á s

h u e l l a q u e e l s u f r i m i e n t o y q u e r e v e l a n e l e s p í r i t u

j o v i a l , i n t r o s p e c t i v o y c u r i o s o , q u e t a n b i e n c o n o z c o .

S u v o z v a n a r r a n d o :

R . A . : M i m a d r e m u r i ó c u a n d o y o t o d a v í a n o

h a b í a c u m p l i d o l o s 9 a ñ o s , h a c e t a n t o t i e m -

p o … q u e y a l o s r e c u e r d o s s e v a n b o r r a n d o .

E r a m u y c a r i ñ o s a c o n e l p r ó j i m o , d a d i v o s a ,

q u e r í a m u c h o a s u s p a d r e s e h i j o s . D e v o t a d e

S a n A n t o n i o , d e l a V i r g e n d e F á t i m a y d e l

N i ñ o J e s ú s d e P r a g a . T e n í a u n a c ó m o d a c o n

u n a l t a r y s i e m p r e h a b í a f l o r e s . Y l a i l u s i ó n

q u e t e n í a d e q u e y o f u e r a j e s u i t a , a u n q u e d e

o t r o l a d o , m i a b u e l o , s u p a d r e , q u e r í a q u e

f u e r a d i p l o m á t i c o . P e r o n o p a s ó n i u n a c o s a

n i o t r a , p o r q u e m i m a d r e m u r i ó c o n t a n s o l o

3 3 a ñ o s . D e j ó 4 h i j o s , s i e n d o y o e l m a y o r c o n

8 a ñ o s y m e p u s i e r o n i n t e r n o c u a n d o m i

p a d r e s e c a s ó a l o s s e i s m e s e s d e f a l l e c e r m i

m a d r e .

B . R . A . : H á b l a n o s d e t u p a d r e . .

R . A . : D e m i m a d r e t e n g o m á s r e c u e r d o s , d e s u

g u s t o p o r l a l e c h e c o n d e n s a d a y e l c h o c o l a -

t e . Y o e s t a b a m u y e n m a d r a d o . D e m i p a d r e …

c l a r o q u e r e c u e r d o c o s a s ; l e g u s t a b a l a

c a c e r í a , y t e n í a h u r o n e s p a r a c a z a r c o n e j o s .

A f i c i o n e s q u e y o n o h e h e r e d a d o : l a p r i m e r a

v e z q u e f u i a u n a m o n t e r í a , f u e c o n t u m a d r e ,

y s a l i ó u n e n o r m e c i e r v o q u e s e m e d e t u v o a

u n o s m e t r o s , y n o d i s p a r é p o r q u e m e d i o

p e n a . T a m p o c o t e n g o a f i c i ó n p o r l a s c o r r i d a s

d e t o r o s , n o m e g u s t a n y c r e o q u e s o n u n

h o r r o r . Y e l f ú t b o l u n a t o n t e r í a .

“Tampoco tengo afición por las corridas de toros, no me gustan y creo que

son un horror. Y el fútbol una tontería”.

B . R . A . : ¿ Q u é c r e e s q u e h a s h e r e d a d o d e

e l l o s ?

R . A . : D e m i m a d r e , o j a l á h u b i e r a h e r e d a d o

t o d o l o q u e e l l a e r a , q u i z á e l n o h a b e r h e c h o

d a ñ o n u n c a a n a d i e . D e m i p a d r e m e n o s c o -

s a s , e r a u n h o m b r e d e t e r t u l i a y y o n o s o y

h o m b r e d e a m i g o s p o r q u e m e a b u r r o , p e r o

q u i z á e l s e n t i d o d e l h u m o r y s u g u s t o p o r e l

j a r d í n y l a s p l a n t a s .

E l s o n i d o d e s u t e l é f o n o m ó v i l q u e n o c e s a

n u n c a d e s o n a r n o s s a c a d e l m o m e n t o d e

e n s o ñ a c i ó n . Y o r e c o r d a b a j u n t o a m i p a d r e l a

p e r s o n a l i d a d d e m i a b u e l o y m e e m o c i o n a b a

c o n l o s t e s t i m o n i o s q u e m e a c e r c a b a n a u n

a b u e l a a l a q u e n o c o n o c í p e r o q u e h a e s t a d o

s i e m p r e p r e s e n t e e n l a f a m i l i a a t r a v é s d e s u

m e m o r i a . D u r a n t e e s t a b r e v e p a u s a p a r e c e

q u e a l g o n o s h a s a c u d i d o y c o n t i n ú o p r e g u n -

t a n d o c o n u n l e v e t e m b l o r e n l a v o z , q u e b r a -

d a p o r e l s e n t i m i e n t o q u e n o s h a u n i d o d u -

r a n t e e s t e r a t o y p o r e l q u e s i e n t o h a c i a m i

p a d r e .

L { p á g i n a | s e s e n t a i c u a t r o }


B . R . A . : C u a n d o n a c i s t e , t u s p a d r e s y a e r a n

m a r q u e s e s d e l a V e g a d e A r m i j o y c o n d e s d e

B o b a d i l l a , p e r o , ¿ c u á n d o t o m a s t e c o n c i e n c i a

d e q u e l o s o s t e n t a r í a s t ú ?

R . A . : N o r e c u e r d o e x a c t a m e n t e c u á n d o s u p e

q u e l o s t í t u l o s l o s l l e v a r í a y o . L o s r e c u e r d o s

v a n p a s a n d o l e n t a m e n t e , c o m o l a s h o j a s d e

u n a l m a n a q u e . S í , m u c h o s a ñ o s h a n p a s a d o .

A n t e s d e m i n a c i m i e n t o , m i s p a d r e s y a t e n í a n

l o s t í t u l o s . Q u i z á y o n o t o m a r a c o n c i e n c i a d e

e s o i n m e d i a t a m e n t e , s i n o h a s t a c u a n d o t u v e

u n o s 2 0 ó 2 2 a ñ o s , c u a n d o c o m e n c é a p e n s a r

l o q u e s e m e a v e c i n a r í a a l g ú n d í a .

B . R . A . : ¿ T u p a d r e t e t r a t ó o t e i n c u l c ó a l g o

d i f e r e n t e a l o s o t r o s h i j o s p o r e l h e c h o d e

s e r e l h e r e d e r o ?

R . A . : E n a b s o l u t o . A d e m á s , t u v o o t r o s o c h o

h i j o s d e l s e g u n d o m a t r i m o n i o , p o r l o q u e

s i e m p r e e l p e q u e ñ o e r a l a f i g u r a p r i n c i p a l .

N o o b s t a n t e , m i p a d r e t e n í a u n a c o n c e p c i ó n

d i f e r e n t e a l a m í a s o b r e l l e v a r l o s t í t u l o s . L e

d a b a o t r a i m p o r t a n c i a a l h e c h o d e t e n e r l o s ,

q u e n o e r a m a y o r n i m e n o r , s o l o d i s t i n t a . C o n

s e r d i s t i n t o s q u i e r o d e c i r s e r m á s e j e m p l a -

r e s . D e b e m o s d a r l o m e j o r y e s o e s s e n t i r e l

p e s o d e l a r e s p o n s a b i l i d a d .

R e c o n o z c o e s t e l e n g u a j e . P a r e c e q u e e l p e s o

d e e s t a r e s p o n s a b i l i d a d f u e r a f í s i c o , p u e s s u

p o s t u r a s e e n c o r v a e n l a b u t a c a , b a j a l o s

h o m b r o s , a b r e l o s o j o s y s u v o z s e h a c e m á s

f u e r t e m i e n t r a s s i g u e n a r r a n d o :

R . A . : E n 1 9 8 0 h e r e d é l o s t í t u l o s ( e n 2 0 0 5

c e d i ó e l t í t u l o d e C o n d e d e B o b a d i l l a s u h i j o

m e n o r ) , y l o s h e s e n t i d o c o m o u n a c a r g a d e

c i e n t o s d e a ñ o s . H a y t í t u l o s c o n c e d i d o s p o r

u n h e c h o c o n c r e t o o l a h a z a ñ a d e u n p e r s o n a -

j e , p e r o l o s n u e s t r o s v i e n e n r o d a n d o d e

m é r i t o s q u e s e v a n s u c e d i e n d o d e p a d r e s a

h i j o s y a n i e t o s c o n s t a n t e m e n t e . E n n u e s t r o

á r b o l h a y u n a b a n i c o d e p e r s o n a j e s m a g n í f i -

c o s : d e s d e p r e s i d e n t e s d e l G o b i e r n o , e m b a -

j a d o r e s , p r e s i d e n t e s d e l C o n s e j o d e M i n i s -

t r o s , h é r o e s d e g u e r r a y h o m b r e s c o m o R a m ó n

d e A g u i l a r , u n o d e l o s h o m b r e s m á s c u l t o s d e

C ó r d o b a .

B . R . A . : A n a t o l e F r a n c e d i c e q u e s ó l o c o n e l

p a s a d o s e f o r m a e l p o r v e n i r . ¿ S u e l e s m i r a r a l

p a s a d o ?

R . A . : B a s t a n t e , e s l o q u e t e n g o : P a s a d o . E l

p a s a d o m e m o l d e ó , p e r o ¡ s o b r e v i v í ! L o p a s é

m a l e n m i i n f a n c i a , t r a s l a m u e r t e d e m i

m a d r e .

B . R . A . : C u é n t a n o s d e t u s a f i c i o n e s .

R . A . : M i s p á j a r o s y l a l e c t u r a , p o r s u p u e s t o .

D a r c o n f e r e n c i a s e n e l C í r c u l o d e l a A m i s t a d ,

D i p u t a c i ó n , e t c Y e s t u d i a r a u n p e r s o n a j e a

f o n d o … Y t e n g o é x i t o e n e l l o , p o r q u e m e

m e t o t a n t o d e n t r o d e e s e p e r s o n a j e q u e v i v o

c o m o s i f u e r a é l , h a s t a a c a b a r e n t e n d i é n d o l o ,

y l l e g o a l p ú b l i c o c o n s u p a r t e m á s h u m a n a .

B . R . A . : T u a p o r t e a l a c u l t u r a , ¿ h a s i d o p o r

c o n s i d e r a r l o u n a d e t u s o b l i g a c i o n e s c o m o

t í t u l o d e l R e i n o ?

R . A . : N o , p e r o c r e o q u e l e v i e n e b i e n . U n

t í t u l o q u e n o s u e n a b i e n e s c o m o u n a c a m p a -

n a s i n b a d a j o .

“Un título que no suena bien es como una campana

sin badajo” .

F O T O : El marqué s de l a Vega de A rmi jo con su suce so ra , B l anca Ro s a de Agu i l a r .

B . R . A . : ¿ Q u é p e r s o n a j e h i s t ó r i c o t e h u b i e r a

g u s t a d o c o n o c e r ?

R . A . : S o n v a r i o s . E n t r e o t r o s , p i e n s o e n D .

G r e g o r i o M a r a ñ ó n , u n n o t a b l e h u m a n i s t a . M e

h u b i e r a e n c a n t a n d o p a s a r m e l a s t a r d e s e n t e -

r a s h a b l a n d o c o n é l . C r e o q u e n o s e h u b i e r a

a b u r r i d o c o n m i g o n i y o c o n é l , p o r s u p u e s t o .

T e n g o s u s o b r a s c o m p l e t a s y l a s r e l e o d e v e z

e n c u a n d o . P i e n s o t a m b i é n e n l a r e i n a I s a b e l

L a C a t ó l i c a .

B . R . A . : L a m i t a d d e n u e s t r o s l e c t o r e s s o n

s u d a m e r i c a n o s . C o m o d e s c e n d i e n t e d e l v i r r e y

d e l N u e v o R e i n o d e G r a n a d a , P e d r o M e s s í a

d e l a C e r d a , ¿ q u é o p i n i ó n t i e n e s s o b r e l a

c o n q u i s t a d e l N u e v o M u n d o ?

F O T O : El marq ué s con e l u n i fo rme de l Rea l Cue rpo de l a Nob l e za de Madr id .

F O T O : El marqué s ju n to a l v i r r e y P .M. de l a Ce rda .

R . A . : S i e n t o a d m i r a c i ó n p o r é l , e s p e c i a l m e n t e

e n s u é p o c a d e m a r i n o c u a n d o l u c h a b a c o n t r a

l o s i n g l e s e s . N o d e s c e n d e m o s d e é l s i n o d e

u n a h e r m a n a p o r q u e m u r i ó s o l t e r o y s i n h i j o s .

E n c u a n t o a l a C o n q u i s t a h u b o a b u s o s , c o m o

l o s c o m e n t e n t o d o s l o s p u e b l o s c o n q u i s t a d o -

r e s , p e r o t a m b i é n h a y q u e r e c o r d a r q u e E s p a -

ñ a n o t e n í a c o l o n i a s s i n o v i r r e i n a t o s y q u e

I s a b e l L a C a t ó l i c a h i z o u n a l e y p a r a p r o t e g e r

a l o s n a t i v o s a u n q u e l u e g o l o s c o m e n d a d o r e s

h i c i e r a n c a s o o n o d e e s o . N o f u i m o s c o m o

l o s a n g l o s a j o n e s q u e m a t a b a n a l o s b ú f a l o s

{ p á g i n a | s e s e n t a i c i n c o }


s o l o p a r a q u e l o s n a t i v o s p a s a r a n h a m b r e . Y

l o s m e t i e r o n e n r e s e r v a s , c o s a q u e j a m á s

h i z o n i n g ú n e s p a ñ o l q u e , a d e m á s , s e m e z c l a -

r o n c o n l o s a b o r í g e n e s y h a y m u c h a s a n g r e

n o b l e e s p a ñ o l a a ú n , p o r q u e a l N u e v o R e i n o

i b a l o m e j o r y l o m á s f l o r i d o d e E s p a ñ a ; s u s

a p e l l i d o s a ú n s o n e s p a ñ o l e s . D e s e o q u e l a

i n d e p e n d e n c i a l e s h a y a t r a í d o p r o s p e r i d a d .

B . R . A . : U n n o b l e d e b e d e s e r m o n á r q u i c o p o r

c o h e r e n c i a , ¿ E r e s m o n á r q u i c o o t e s i e n t e s

m o n á r q u i c o ?

R . A . : S o y m o n á r q u i c o c o n v e n c i d o . N a c í d u r a n -

t e l a s e g u n d a R e p ú b l i c a y h e v i s t o y r e c u e r d o

m u c h a s c o s a s y h e l e í d o t a n t a s o t r a s . M o n á r -

q u i c o c o n v e n c i d o .

B . R . A . : T u s e n t i m i e n t o p o r C ó r d o b a .

R . A . : M i s e n t i m i e n t o e s t o t a l m e n t e e s p a ñ o l y

C ó r d o b a e s m i c a s a , l a c i u d a d a l a q u e s i e m -

p r e q u i e r o v o l v e r , p u e s n o e s s o l o l a c u n a

d o n d e n a c í s i n o e n l a q u e m e a c u e s t o t o d o s

l o s d í a s . C ó r d o b a p a r a m í e s t o d o .

B . R . A . ¿ H a s t e n i d o u n a v i d a f e l i z , t e c o n s i d e -

r a s u n h o m b r e a f o r t u n a d o ?

R . A . : S í , c r e o q u e s í p e r o m e p a s a l o q u e t ú

m e d i c e s a v e c e s , q u e m e p a s a c o n l a f e l i c i -

d a d c o m o a o t r o s c o n e l s o m b r e r o , q u e l o

l l e v a n p u e s t o y n o s e d a n c u e n t a . Y e s q u e n o

s o m o s c o n s c i e n t e s d e l o q u e t e n e m o s s i n o

q u e n o s p r e o c u p a m o s e n t e n e r y e n s e r m á s .

C u a n d o m e d i t o v e o q u e l e t e n g o q u e d a r

g r a c i a s a D i o s .

B . R . A . : D e l o q u e l a v i d a t e h a r e g a l a d o , ¿ d e

q u é t e s i e n t e s m á s a g r a d e c i d o ?

R . A . : L a c a p a c i d a d d e l l e v a r m e b i e n c o n t o d o

e l m u n d o y n o t e n e r m á s e n e m i g o s q u e q u i e n

m e p u e d a , t o n t a m e n t e , e n v i d i a r . Y e l h a b e r

p o d i d o h a c e r c a s i s i e m p r e l o q u e h e q u e r i d o .

B . R . A . : Y e s o s a d u l a d o r e s q u e t e s a l e n a l r e -

d e d o r , ¿ h u y e s d e e l l o s ?

R . A . : N o , p o r q u e m e g u s t a q u e m e a d u l e n .

B . R . A . : T i e n e s f a m a d e s e n c i l l o , ¿ l o e r e s ?

R . A . : N o s o y s e n c i l l o , s o y b a s t a n t e c o m p l i c a -

d o . C r e o q u e r e a l m e n t e n o m e h a l l e g a d o a

c o n o c e r n a d i e , c o m o n o s e a s t ú , p o r q u e n i

s i q u i e r a y o m e c o n o z c o b i e n .

B . R . A . : ¿ H a y a l g u n a p e r s o n a p o r l a c u a l h a y a s

t e n i d o q u e h a c e r u n g r a n e s f u e r z o p o r p e r d o -

n a r ?

R . A . : N o . E n e l m o m e n t o d e l a o f e n s a y a h e

p e r d o n a d o . E s o s í , m e p o n g o e n g u a r d i a . P e r o

p e r d o n a r , s i e m p r e . N o e s p o r e j e m p l a r i d a d , n i

p o r s e n t i d o m í s t i c o o r e l i g i o s o . S i n o c r e y e r a

e n D i o s , s e r í a l o m i s m o q u e s o y a h o r a . E s p o r

s e n t i d o d e h u m a n i d a d . L a b o n d a d q u e y o

q u i e r o d a r a l o s d e m á s y r e c i b i r a s u v e z , e s

l a q u e m e p e r m i t e p o d e r r e z a r e l P a d r e N u e s -

t r o t r a n q u i l o .

“Mi sentimiento es tota l-mente español y Córdoba es mi casa, la ciudad a la que

siempre quiero volver” .

N u n c a l o h e v i s t o g u a r d a r r e n c o r y t i e n e u n a

n a t u r a l e z a b o n d a d o s a . H a i d o c r e c i e n d o e n

h u m a n i d a d q u e e s e l m e j o r a p r e n d i z a j e q u e

p o d e m o s h a c e r , u n a h u m a n i d a d q u e c a d a v e z

m á s m a n i f i e s t a c o n l o s n i ñ o s y l o s a n i m a l e s

p a r a q u i e n e s s i e m p r e t i e n e u n a c a r i c i a .

R . A . : N o s o y d e n o v e n a s , d e m i s a , n i g o l p e s

d e p e c h o . Y o o r o . H a b l o c o n É l , y s i e n t o q u e

s o y o í d o . S o y c o n s c i e n t e d e q u e t e n g o m u -

c h o s d e f e c t o s : l a i n c o n s t a n c i a , e l d e s á n i m o ,

e l v e n i r m e a b a j o c o n f a c i l i d a d ; e l s e r u n

p o c o d e s o r d e n a d o y t a n t o s o t r o s . . . L o q u e n o

s o y e s e n g r e í d o , n i p e t u l a n t e p o r q u e e s o e s

h o r r o r o s o .

L o r e c o n o z c o e n e s e s e n t i d o r e l i g i o s o e n q u e

e l P a d r e e s l o m á x i m o y n o n e c e s i t a d e i n -

t e r m e d i a r i o s . S u r e l i g i o s i d a d e s í n t i m a ,

c e l o s a , n a d a a m p u l o s a y c r e o q u e o b e d e c e a

s u c a p a c i d a d d e m i r a r s e h a c i a a d e n t r o , d e

b u s c a r e n e l i n t e r i o r d e l o s d e m á s y a s u

c o n s t a n t e b ú s q u e d a d e p a z .

B . R . A . : ¿ Q u é t e d e v u e l v e e l á n i m o o a l m e n o s

m i t i g a l a f a l t a d e e s t e ?

R . A . : S u p e r a r m e . C u a n d o v e o q u e s o y c a p a z

d e h a c e r a l g o d e l o q u e n o m e c r e í a c a p a z .

B . R . A . : ¿ C u á l e s e l m o m e n t o q u e m á s h a s

l l e g a d o a d i s f r u t a r ?

R . A . : E l m o m e n t o q u e m á s p o d r í a d i s f r u t a r n o

h a l l e g a d o t o d a v í a p e r o e l d e c a d a d í a e s

c u a n d o m e s i e n t o e n e l p o r c h e r o d e a d o d e

m a c e t a s c o n f l o r e s y e s t o y t r a n q u i l o , p e n s a n -

d o .

B . R . A . : H e m o s h a b l a d o d e m u c h o s r e c u e r d o s .

C u á l p o d r í a s e r e l m á s a g r a d a b l e d e t o d o s .

H á b l a n o s d e u n d í a p e r f e c t o , s i l o h a y .

R . A . : E l d í a p e r f e c t o e s s i e m p r e h o y , y l o s

r e c u e r d o s a g r a d a b l e s s o n m u c h o s , p o r q u e l a

v i d a s e c o m p o n e d e m u c h o s d í a s .

B . R . A . : ¿ A q u i é n a d m i r a s ?

R . A . : E n e s t o s m o m e n t o s a m i p á r r o c o d e l a

I g l e s i a d e C r i s t o R e y , s i e m p r e p e n d i e n t e d e

s u s o b l i g a c i o n e s y d o t a d o d e u n a b u e n a

o r a t o r i a . N o r m a l m e n t e a d m i r o a l o s q u e s a -

b e n h a b l a r e n p ú b l i c o .

B . R . A . : ¿ H a y a l g o q u e q u i e r a s a ñ a d i r ?

R . A . : Q u e m e g u s t a r í a v i v i r m á s a ñ o s p o r q u e

y a v e o e l f u t u r o , l o v o y v i e n d o c a d a v e z m á s

c e r c a y m e p r e o c u p a e l m á s a l l á , e l m i s t e r i o

d e l a m u e r t e . E l h o m b r e n u n c a h a q u e r i d o

m o r i r o h a t e m i d o q u e n o f u e r a p a r a s i e m p r e .

E l h o m b r e s i e m p r e h a q u e r i d o v i v i r y r e s u c i -

t a r d e s p u é s . Y a v e r e m o s s i r e s u c i t a m o s , y o

n o e s t o y m u y s e g u r o .

B . R . A . : ¿ C ó m o q u i s i e r a s s e r r e c o r d a d o ?

R . A . : C o m o u n b u e n p a d r e .

B . R . A . : P a r a t e r m i n a r , ¿ c u á l d e t u s h i j o s s e

t e p a r e c e m á s ?

R . A . : P u e s t ú , l o s d e m á s n o e s q u e s e p a r e z -

c a n m á s o m e n o s , e s q u e n o n o s p a r e c e m o s .

L o s q u i e r o m u c h o , p e r o n o n o s p a r e c e m o s

B . R . A . : ¿ M e q u i e r e s ?

R . A . : M u c h o .

B . R . A . : Y o t a m b i é n .


TOMÉMONOS ¡…La Risa Más en Serio…!

l profesor Wil l iam

McDougall , de la Univer-

sidad de Harvard, sosti e-

ne en su obra “A New

Theory of Laughter” (Una

Nueva Teoría de la Risa) que la

Risoterapia o Terapia de la Risa

beneficia la buena salud psic o-

lógica y biológica. Como técn i-

ca psicoterapéutica, brinda b e-

neficios mentales y emo-

cionales, logrando s i -

nergias posi tivas

con las terapias

curativas pract i -

cadas. También

mejora la recap-

tación de xero-

tonina y la re-

conexión sinápt i -

ca, como disminu-

ye los niveles de

adrenocorti sol [caus a-

dos por el estrés de la en-

fermedad, sus tratamientos y el

miedo], lo que evita que decl i -

nen las defensas de los pacie n-

tes . El miedo se asocia con l a

muerte y la risa con su supera-

ción.

Históricamente, los taoí stas

creen que la ri sa alarga la vida

y está íntimamente re lacionada

con una buena salud. Los gri e-

gos al arquetipo de Júpiter para

abarcar tanto la salud como el

sentido del humor -es curioso ,

¿no?- . Quiero aclarar que au n-

que lo que hacemos se l lama

risoterapia, la Risoterapia no es

una terapia en sí , po rque no se

ha demostrado que cure por sí

sola, pero sí se evidencia est a-

dísticamente una mejoría not a-

ble en los tratamientos médicos

cuando la estimulación de la

risa es constante y dur adera.

EL PROGRAMA DR. CORAZÓN

El programa "Dr. Corazón" de

la Fundación Huellas se enca r-

ga de l levar la risoterapia al

hospital de Neiva y la UCI Pe-

diátrica de la Cl ínica Mediláser

de esta misma ciudad. Cerca de

treinta y cinco voluntarios ha-

cen un puente, como una sonri -

sa, entre Hygea ( la prevención)

y Esculapio ( la intervención

quirúrgica) . La ri sa actúa como

un al ivio, cuando Esc ulapio [el

cirujano] , ha actuado. Muchas

enfermedades tienen origen

psicosomático , puesto que las

defensas decl inan después de

los niveles de ánimo, especial -

mente cuando los p acientes son

sometidos en tratamientos que

ocasionan dolor o grandes nive-

les de estrés. Todos d eberíamos

reír más.

Convencidos de que l a sensibi-

l idad y el amor son las únicas

curas para los males de la so-

ciedad actual , hoy propone-

mos una investigación a

Patch Adams y su

Gesundheit! Insti tute

para establecer to-

das las bases cien-

tí f icas de la t erapia

de la risa, que ser-

virán para trabajar

más cerca del cora-

zón de Esculapio.

Soñamos con un tr ata-

do de Terapia de la Risa

tan riguroso como la Guyton

o la Medicina Interna de H arri -

son. Doctor no quiere decir c u-

randero, sino acompañante . Por

lo tanto el médico no cura: el

médico acompaña. Después de

todo, nos daremos cuenta que

nuestra capacidad de cur ación

está adentro. Curarse es una

premisa de lo vi vo. Sospecho

que cuando entendamos plen a-

mente el papel de la r isa en las

enfermedades mentales, emo-

cionales y f ísicas, será cuando

la tomaremos más en serio .

Contáctenos:

[email protected]

E

RISOTERAPIA

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E l Cuen t o De Luc í a POR ANA ESPINO CAÑAS

A E S P I N O C A A S @ G M A I L . C O M

e jé de preguntarme

hace tiempo por qué .

Seguir intentando

averiguar, qué me

l levó a escribir El Cuento de

Lucía, me introducía en el t i o-

vivo de los sentimientos, y se

mezclaban tantas emociones,

tantos encuentros casuales, ta n-

tas circunstancias premed i tadas

por el destino, tantos<.. todo y

más, que, l l egué a la conclusión

sin discusión, que me tocó a

mí , ponerle letra a los sent i -

mientos de muchos. Y punto.

Cuando conocí a Lucia, el la

tenía diez años, yo, unos cua n-

tos más, que ahora ni nunca

vendrán al caso. Y el la además,

un neuroblastoma de grado

cuatro, que le estaba jodiendo

la infancia. Su cáncer, le dejó

seguir siendo fol lonera, dive r-

tida, directa, y niña, increíbl e-

mente. Pero cuando pensando

que ya volvía a su rut ina soñ a-

da, recayó con toda la crudeza

de una metástasis de huesos,

Lucía decidió castigar al mu n-

do, dando la cal lada por re s-

puesta.

Tan férrea fue su obst inación

de enseñarnos que e staba muy

harta de todos y de todo, que

sel lar sus labios, fue el único

camino directo que encontró

para chi l larnos su hartazgo. Y

lo consiguió. Vaya si lo cons i-

guió.

“Dejé de preguntarme hace tiempo por qué” .

Todos estábamos asust ados. Así

que un día, ya ingr esada en

UCI, por el empeor amiento de

su estado, le leí un cuento que

le escribí para el la so la, siendo

el la, la protagonista absoluta,

convir tiéndola, en lo que sin

duda era: una princesa de cue n-

to. Milagros el cuento , no hace .

Eso también es seguro. Pero

cuando terminé de leerlo, Lucía

palmoteo y habló un poquito.

Conociéndola, e staría hasta el

moño de su si lencio, y el cue n-

to fue, la excusa perfecta para

romperlo. Y ahí , y porque le

puso empeño, empezó su mej o-

ría.

Casi paralelo, comienzan unas

obras en la planta de oncología

infanti l , que no incluyen la r e-

modelación de unas habitaci o-

nes feas, pequeñas, s in vent a-

nas que se puedan abrir , en f in,

antiguas y acabamos antes!Y en

ese momento, el cuento, emp e-

zó a cobrar vida propia, y dec i -

dió, que si lo imprimíamos, a lo

mejor la gente lo compraba, y

con nuestra ayuda, e l hospital

podría transformar los sueños

de los niños, dándoles color, a

sus tantos días grises. Y vent a-

nas a la cal le.

Y eso hicimos. Porque somos

muchos. Por eso, l levamos ca si

20.000 euros recaudados en

menos de cinco meses. Nos han

regalado canciones. Nos dan

dibujos. Nos reci tan. Nos ba i-

lan. Y todo, partiendo desde el

corazón de la razón más pod e-

rosa: el amor en mayúscula.

Porque ayudar a quien ni s i -

quiera conoces, eso, es mucho

amor. ¡Ah! Y la obra empieza el

15 de Junio. De spués de todo,

va a ser verdad, que lo que so-

bran en la vida son, espectad o-

res.

L A A U T O R A J U N T O A L U C Í A

D

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DESPOETRYCANDO

d e t r e s p o e t a s l a t i n o s

oesía en inglés se escribe „POETRY‟ . Unpoetry podría ser algo como „despoet i -zar‟ . Haciendo l icen-cia de esto, la autora Marta Cecil ia An-drade ha acuñado el término “despo etri-

car” o “despotricar” [ ¡ !] , que en castel lano t iene otro signific a-do, por lo que toma una conno-tación jocosa, para aludir a la paradoja de la poesía . “Despo e-t izar” la poesía en lo que la au-tora l lama el „ant ipoema ‟ , es un ejercic io del humor, a veces orientado hacia e l desplante . Mucho antes de que apareciera la generación beat (1958), José Manuel Marroquín (1827 -1908), expresidente de Colombia, ya desestructuraba el pensamiento jugando con neologismos. H e-

rederos suyos, o quizás no, fu e-ron Ol iverio Girondo (1891 -1967) en Argent ina y León de Greiff (1895-1976) en su misma patr ia , como herederos de estos -o quizás tampoco -, fueron Ginsberg, Burroughs y Kerouac en Estados Unidos, los nadaí s-tas y Papel ípolas en Colombia, como la generación del 60‟ en Nicaragua y la de los nueve n o-vís imos (para Leopoldo María Panero, d iez) en España, y qu i-zá podríamos hablar de la Hungry Generation de la India. Armando Vil legas dice que los art istas son como antenas que recepcionan ondas de pens a-miento universal . Marroquín, de Greiff y Girondo, t ienen tantos rasgos de beat, como en los malditos puede haberlos de surreal ismo.

“Los artistas so n como antenas que recepcio-nan ondas de pensa-miento universal”.

- A R M A N D O V I L L E G A S

LO QUE NO T IENEN DE BEAT

La búsqueda de otros horizo n-tes espir ituales , como el b u-dismo, en respuesta a lo que Leopoldo María Panero l lamó “el corazón de un mundo s in corazón” y “el esp íritu de una situación s in espíritu” , fue una de las característ icas de esta generación, que no const ituyó una preocupación en Girondo o Marroquín, semejante a León de Greiff , cuya única referencia

P

OL IVER I O G I RON D O

PÁGINAS DE ANTIPOESÍA

JOS É MAN U EL M A RRO QUÍN L EÓN D E G RE I F F

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al tema es una metáfora alusiva al amor carnal :

“Tengo una sed de b údicos ni r -vanas -xahar eño no o ír , ca l lada ac i -dia , ojos enceguec idos por el éxt a-sis , espir i tual ar dor , ps íq uica l i -dia -” .

Tampoco hay referencias a la exploración con plantas psic o-trópicas en estos poetas , como sí la tuvieron los beat .

* * * Es en ese siglo XIX, en el que empezamos a tener test imonio del humor fino colombiano en autores payaneses como Rafael y Jorge Pombo o Cordovez Moure, que se empieza a cont a-giar a l cachaqui smo bogotano. Daniel Samper Pizano en su ensayo “La Po esía y e l Humor” dice:

“Era muy frecuente en esos t iempos de los p oeta s del S ig lo de Or o que los vat es escr ibieran por igua l gr andes p oemas de amor y humor íst icos; no había ninguna d if er encia” .

LO QUE S Í T IENEN DE BEAT

Wil l iam Burroughs, propuso romper con los moldes de la lengua para desestructurar el pensamiento y l iberar al ho m-bre de sus oprobiosas cadenas menta les… Ese era el eje de su revolución. Rimbaud ya decía un s iglo atrás de la generación beat , que el pensamiento no podía ser esclavo del leng uaje. PÁGINAS DE ANTIPO ES ÍA

Samper a propósito de este hu-mor ant ipoético comenta: “Chest ert on, p or ejemplo, dice : "Podría formar se e l peor l ibr o de l mundo a par t ir de fragment os s e-lect os de los mejor es escr i t ores del P la neta” .

Humberto Dorado, en el m ismo ensayo de Samper, recuerda en su entrevista unos versos de José Manuel Marroquín, de esta misma época, atravesados por el juego de la metonimia (la suplantación del todo por la parte):

“sar nosa er a, d igo mal , no er a una perra sarnosa, era una sar na p errosa , y en f igura de animal; […] “Y aq uel la perra extenuada, sombra de perra que f ue , de la cual se di j o q ue no er a perr a ni er a nada, aquel la perr i l la , s í , cosa es de volver se loco , no pudo coger tampoco al maldito j abalí ” .

Y otra perrada de Marroqu ín: Ahora q ue los ladr os perran, ahor a q ue los cantos gal lan, ahor a q ue, albando la toca, las a l tas suenas campanas, y que los reb uznos burr an y que los gorjeos páj aran, y que los s i lbos serenan y que los gruños marr anan, y que la aurorada rosa los exte nsos dor os campa, per lando l íquidos viertas cual yo lágr imo derramas, yo, fr iando de t ir ito , s i b ien el abrasa a lmada, vengo a suspirar mis lanzos ventano de tus debaj as . Tú, en tanto , duerma tranqu i-les en tu camada r egala, ingratándote así , b urla , de las amas del q ue te ansia . ¡Oh, ventánate a tu asoma! ¡Oh, per siane un poco la abra, y suspir e los r ec ib os que este pecho exhalo amanta! Ven, endecha las escuchas en que mi ex hala se alma y que un mil ic io de músicas me f lauta con su acompaña. En t in ieb lo d e las medias de esta madr uga oscurada,

ven y haz miradar tus b r i l laas a f in de angustiar mis ca lmas. Estas tus arcas son cej os con que, f lechando disparas , Cupido pecha mi hier o y ante tus postr as me pla nta; tus es tre l los son dos ojas, tus r osos son una s labias, tus per les son como dientas , tu palme como una ta l la; tu c isno es como e l de un cu e-l le , un garganto tu a labastr a, tus tornos hechos a brazo, tu r e inar como e l de una a nda. Y por eso hor o a estas ve ngas a re jar j unto a tus cantas y a suspirar mi s exhalos ventano de tus debaj as . As í cantaba Cal ixto a las ventanas de Carmen, de Car men, que, desdeñosa, ni aun se acuerda de o lv ida r le.

León de Greif f , poeta colo m-biano, s i no fue tan conocido, debió ser porque erró al vo lver asunto serio la obra de M arro-quín y posiblemente de Stépha-ne Mallarmé . También apl icó en la metonimia y el neologismo:

“Brúña e l trágico vésper o con sus hórr idas lumbr es” .

Por esta misma época (f inales del s iglo XIX o comienzos del XX), tras venir de Francia y beber de los poeta s malditos , Oliverio Girondo, poeta argen-tino adelantado en el oficio del neologismo a la generación beat y al surreal is mo de Brèton, au-tor de «Calcomanías» (1925), «Espantapájaros» (1932), «En la Masmédula» (1954) , entre otros l ibros de poesía , escribió:

“Eh vos tatacombo soy yo dí no me oyes tataconco soy yo s in vos sin voz aquí yol lando con mi yo só lo solo que yolla y yolla y yol la ” .

{ p á g i n a | s e s e n t a i n u e v e } [ C O N T I N U A R Á … ]

3

Papi, ¿vamos a recoger

conchitas de mar?

vamos a sacar un galeón hundido, niños

Gabriel García Márquez, su esposa Mercedes y sus hijos Gonzalo y Rodrigo se dirigían a las playas de Acapulco a pasar unas breves vacaciones

Él no lo sabía, pero ese viaje sería el más importante de su vida

Carretera de Acapulco, México, 1965

4

¡Ay, Gabo! No cantes victoria que ya sabemos cómo son las

cosas

Esta carretera parece una

serpiente del Caribe

pero todo sea por las

vacaciones que nos merecemos

No hay nada como conducir... manejar

hace que piense mejor mis historias

niños, Vamos al

mejor sitio del mundo,

el mar

Papi, ¿ya llegamos a la playa?

Así me gusta verte, con el ánimo arriba

Yo quiero nadar

5

Gabo se concentró en la carretera

Se concentró en los murmullos de los niños y pensó en una historia que no lo había dejado

en paz durante los últimos 20 años

Una historia que empezó a escribir cuando tenía 19 años y que tituló “La casa”, pero aún estaba incompleta y no sabía por dónde empezar

DE PRONTO…

es como en los mejores tiempos, cuando íbamos con la familia y paseábamos a la orilla del mar

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Revistaleteo edición # 1 2013 1

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