Revolución Francesa-Morales Moya

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Capítulo dedicado a la Revolución Francesa por Antonio Morales Moya

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  • Captulo 4

    LA REVOLUCION FRANCESA

    por Antonio Morales M oya Catedrtico de Historia Contempornea,

    Universidad de Salamanca

    1. Estados Generales (mayo-junio 1789)

    1.1. Crisis financiera e institucional

    Dada la complejidad del fenmeno, el carcter mltiple de la Revolucin, el que en su origen se acumularan tres revoluciones, est fuera de lugar pensar en una causa, incluso en una causa principal o determinante. La^ atencin debe enfocarse, ms bien, hacia un_complejo de motivaciones, algunas de muy remoto origen, otras de gnesis ms reciente, que en conjunto determinaron una situacin particularmente crtica que afect a la sociedad, la economa, las instituciones, las ideas, las mentalidades y prcticamente a todos los rdenes de la realidad francesa.

    La dcada de 1780 conocera toda una eclosin de problemas. La buena marcha econmica sostenida durante el siglo se torci y las complicaciones se dejaron sentir en todos los sectores, enmarcados por uamroceso inflaciojiista general. Simultnea- mente, muchos nobles desempolvaban derechos y privilegios de seoro, cados en de- suso, pero que servan ahora para completar sus ingresos, de modo que la poblacin rural tuvo que afrontar una situacin cada vez ms desfavorable: propietarios y arrendatarios con ingresos menores y gastos superiores; los campesinos sin tierra, con salarios escasos o con dificultades para emplearse; unos y otros sometidos frecuentemente a servidumbres en monopolios y derechos exclusivos que, a su peso econmico a veces insignificante, aadan un penoso elemento de vejacin.

    La industria y la manufactura representada ms que por grandes establecimientos, por pequeos talleres artesanales sometidos a meticulosas reglamentaciones gremitesi. conoci, tambin dificultades propias, ep buena medida agravadas por el.tra- Pidc- comercial que, suscrito cpn* hgrterra en 1786, facilitaSa el acceso al mercado franciic-o* pi'oductos del ..otro lado del canal.

    Por otra parte, cI^.spdo,,tena que hacer .frente a un inmenso problema^haccn- dsiico. c'-iva cDrcpleia resolucin-fue uno de los ms evidentes detonantes de la Re-

    . voEcin -al dar paso a una honda crisis institucional. Sumndose a una tendencia al. ,_aum-so de. easto cue llegara a triplicarlo entre 1740 y 1788, la intervencin en la

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    guerra de la Independencia de los Estados. Unidos exigi-al Tesoro iranes desembol- 'ds euSmiSs^ue niTfipIcaron el dficitj' el endeudamiento de forma imparable. Tan grave era la situacin que la estructura tributaria vigente resultaba por completo incapaz para su resolucin, habida cuenta de que los priyilggips estamentales eximan

    . de obligaciones fiscales a las categoras sociales de maj/pr poder econmico y de la enorme complejidad del sistema en s, plagado de excepciones, diferencias locales y figuras impositivas diversas.

    En. ITM,-sl^GQntCQla.d^OT_generabde_ fnam banquero de origen gine-brino, present un .presupuesto equilibra_dQ y eso le vali una gran popularidad personal, p.erq_hi^zo^que la_a.ten^ ^ genqral.se centrara de forma particular sobre el. captulo de gastos de ,1a corte, considerados escandalosos. La enemistad que por ello le prFsala ja iaa v las dificultades-surgidas al querer poner en. ejecucin algunos.de sus proyectos., le. obligaron am.bandx3nai:..el4?.usap.

    Hubo que esperar a 1786.para que.volvieran a plantearse.proyectos de reforma.. El nuevo responsable de las finanzas reales, Chaiies-Alexandre de Calonne ^era un cortesano que hubo de pensar en ellos cuando la situacin le convenci de que no era posible otra cosa. Entre, las medidas que propona figuraba el establecimiento de una subvencin territorial que deberan pagar todos los sbditos del reino, incluidos los exentos.

    Las dificultades para sacar adelante el plan eran muchas, y la primera de ellas era hacerla aceptar por los privilegiados. Calonne pens.legitimarlq mediante su aprobac in por una asamblea. de notables convocada al efecto, evitndose as. el trmite mucho ms arriesgado de someterlo,a los Estados-Generales, la institucin representativa del reino en la que los tres rdenes deban admitir toda nueva imposicin fiscal, y que no se convocaban desde haca ms de ciento setenta aos.

    ..Calonne, fracasado, hubo de ceder su puesto al arzobispo de Tpulouse, Lamnie de .Brienne, quien retom el proyecto de su predecesoj y tropez con el mismo obstculo. Tras ^rcejear vanamente con los-notables pidi al rey la disolucin de la asamblea y decidi presentar la reforma al Pai-lamento de Pars. Ante la propuesta formulada por Brienne, el. Parlamento mantuvo la misma posicin que los privilegiados: slo los Estados Generales, debidamente convocados, podan admitir el nuevo impuesto. El arzobispo lleg a forzar una reunin del Parlamento presidida por el rey,-.quien tras larga y tensa sesin consigui imponer su voluntad y que se registrase el edicto. Pero, apenas el monarca abandon la reunin, el Parlamento declar nulo lo acordado.

    La crisis institucional haba estallado, pero an haba de agravarse. Paca.salvar.la autoridad real se dictaron destierros contra los parlamentarios e incluso el Parlamen

    t o de Pars en pleno fue desterrado a Troyes durante algunos meses. En mayo de 1788 sq.conocera un proyecto para la supresin de los Parlamentos y su sustitucin por un tribunal de nueva creacin. En los, dos aos de pugna entre monarqua y parlam-en- tos la simpata general y el apoyo ms o menos espontneo haba sido para stos, y se manifest tanto por una abundante produccin editorial como mediante manifestaciones callejeras, homenajes y celebraciones en honor de los parlamentarios, a los que se llamaba padres de la patria, ejemplos de patriotismo, de patriticas virtudes o de civismo, de defensores de la causa del pueblo, etc. Es decir, con ocasin de estos sucesos se puso en circulacin un lxico hasta entonces poco o nada conocido y que en pocos meses habra de estar a la orden del da.

  • l . :

    H I S T O R I A U N I V E R S A L C O N T E M P O R N E A

    T : ; d o e s t o o c u r r a c u a n d o a l c a n z a b a n s u m x i m a d i f u s i n l o s p r i n c i p i o s d e f i l o -

    s : : . : : a s o c i a l } p o l t i c a g e s t a d o s d u r a n t e t o d o e l s i g l o y q u e s e i d e n t i f i c a b a n c o n l a l i -

    : : i e : - r a d p o l t i c a y l a i g u a l d a d p e r s o n a l v i g e n t e s e n I n g l a t e r r a y e n l a n a c i e n t e R e p b l i -

    c a n o r t e a m e r i c a n a ~ H o m b r e s d e l e t r a s , m i e m b r o s d e l a s a c a d e m i a s y c o r p o r a c i o n e s

    e r u d i t a s , p a n f l e t i s t a s y p e r i o d i s t a s , q u e e s c r i b a n p a r a u n p b l i c o i n t e r e s a d o y s u f i -

    c i e n t e m e n t e a m p l i o c o m o p a r a p e r m i t i r l e s v i v i r l i b r e m e n t e d e s u t r a b a j o y n o d e d -

    d i - r n s y m e c e n a z g o s , d i s c u t a n e i n t e r c a m b i a b a n e s t a s i d e a s s o b r e l o s p r i n c i p i o s i d e a -

    l e s d e l a o r g a n i z a c i n p o l t i c a y l a s i t u a c i n d e l a t e s o r e r a y l a v i d a p b l i c a e n F r a n -

    c i a . M u c h o s , p o r n o d e c i r t o d o s , l e a n l o s m i s m o s a u t o r e s y d o s m u y e s p e c i a l m e n t e :

    V o l t a i r e y R o u s s e a u .

    1 . 2 . L A C O N V O C A T O R I A D E L O S E S T A D O S G E N E R A L E S

    . B r i e n n e , y c o n l l a m o n a r q u a , t u v o q u e c l a u d i c a r : . / R e c o m e n d a ! - , u i _ s X Y I q u e

    c o n v o c a r a l o s E s t a d o s G e n e r a l e s y p r e s e n t s u d i m . i . s i n e n a g o s t o d e 1 7 8 8 : S e f o r -

    m a l i z l a c o n v o c a t o r i a p a r a e l 1 d e m a y o s i g u i e n t e y a N e c k e r s e l e c o n f i n u e v a m e n t e

    l a d i r e c c i n d e l a s f i n a n z a s . E n s e p t i e m b r e l o s p a r l a m e n t o s r e a s u m i e r o n s u s f u n c i o -

    ~ e s . I n m e d i a t a m e n t e s e a p r e s u r a r o n a p r o n u n c i a r s e s o b r e c i e r t a s c u e s t i o n e s d e p r o -

    . c e d i m i e n t o q u e p a r a l a c o n v o c a t o r i a y d e s a r r o l l o d e l o s E s t a d o s G e n e r a l e s s e d i s c u -

    t a n y a c o n p a s i n y d a b a n p i e a m o v i m i e n t o s p o l t i c o s i m p o r t a n t e s .

    D u r . a . J l t e e l p r i m e r c u a t r i m e s t r e d e 1 7 8 9 s e l l e v a c a b o l a c a m p a a e l e c t o r a l , . d e

    a c u e i d ~ c o n u n r e g l a m e n t o p r o m u l g a d o e l 2 4 d e e n e r o . L a s e l e c ; : c i o n e s n o t u v i e r o n l u -

    g a r s i m u l t n e a m e n t e e n t o d a s p a r t e s , r e g i s t r n d o s e d i f e r e n c i a s d e t i e m p o e n t r e u n o s

    l u g a r e s y o t r o s . L a c i r c u n s c r i p c i n e l e c t o r a l v i n o a c o i n c i d i r c o n l a s d e c a r c t e r p o l -

    t i c o - a d m i n i s t r a t i v o e x i s t e n t e s , l a b a i l a y l a s e n e s c a l f a . L o s d o s p r i m e r o s r d e n e s t u -

    v i e r o n c o l e g i o s p r o p i o s y r e g l a m e n t o s p a r t i c u l a r e s . E n e l t e r c e r e s t a d o e r a n e l e c t o r e s

    t o d o s l o s m a y o r e s d e 2 5 a o s , c o n v e c i n d a d r e c o n o c i d a e i n s c r i t o s e n l o s r e g i s t r o s f i s -

    c a l e s . L a m e c n i c a e l e c t o r a l f u e i n d i r e c t a , e s d e c i r , s e e _ l _ e _ g a n r e p r e s e n t a n t e s - u n o o

    d o s , s e g n e l h b i t a t f u e s e r u r a l o u r b a n o - p o r c a d a i e n e l e c t o r e s , y e s o s r e p r e s e n -

    t , m t e s c o n g r e g a d o s e n l a c a b e c e r a d e l d i s t r i t o e l e g a n a s u v e z a q u i e n e s a c u d i r a n a

    o s E s t a d o s G e n e r a l e s . L a m o v i l i z a c i n d e l o s g r u p o s r e f o r m i s t a s p a r a e n c a u z a r e l

    p r o c e s o , e s p e c i a l m e n t e e n s u l t i m a f a s e , n o o f r e c e d u d a s . D e a c u e r d o c o n u n e s t i l o

    y u n a s c o n c e p c i o n e s q u e e n s u d a a n a l i z A g u s t n C o c h i n , l o s j u r i s t a s e i n t e l e c t u a l e s ,

    y e n g e n e r a l l o s m i e m b r o s d e l a s s o c i e d a d e s d e p e n s a m i e n t o , m a n e j a r o n e n m u c h o s

    l u g a r e s l o s c o m i c i o s s i n q u e e l l o r e s p o n d i e r a n e c e s a r i a m e n t e a u n p l a n u n i t a r i o y g e -

    n e r a l p e r o s a u n p r o p s i t o c o m n d e p r o m o c i o n a r a p a r t i d a r i o s d e c i d i d o s e n l a s r e -

    f o r m a s . S o c i o l g i c a m e n t e , h : i . . r e p r e s e n t a c i n d e l t e . n : : _ . e _ : c _ ~ s t a d o f u e c o p a d a p o r u n a

    a : : r : . t : n a d o r a m a y o r a d e j u r i s t ~ ~ s ; l o s r e s t a ~ t e s e l e g i d o s e r a n f u n c : i o p a r i o s , p r o f e s i o n a -

    l e s r i : u l a d o s , p r o p i e t a r i o s n r r a l e s , c o m e r c i a n t e s , a l g n h o m b r e d e l e t r a s o c i e n t f i -

    c o . e : c . . . _ ; J e r a p r i c a m e n l e n a d i e q u e p r o c e d i e r a d e l o s e s t r a t o s m s b a j o s d e l e s t a -

    m e n : : c . A : g : . : . : : ' . : : > s m i e m b r o s d e l o s o t r o s d o s r d e n e s , c o m o e l c l r i g o S i e y e ~ . o . . e l c o n -

    d e d e _ . \ l : : a ~ e a " . 1 , f o r m a r o n p a r t e d e l a r e p r e s e n t a c i n .

    E s : c : s : e ; : : e s e : - . : s n t e s , l o s q u e a c u d i r a n a l a r e u n i n d e l o s E s t a d o s G e n e r a l e s ,

    e r a n d e : ; : : : : : s : : : . . : : : s : : e i . . : n a r e p r e s e n t a c i n d e n a t u r a l e z a m u y d i s t i n t a a l a p r o p i a d e l o r -

    d e n p o } : : c : ; : : : : - e : - , , : : - : - . : : : : : e r n o . P r e c i s a m e n t e u n o d e l o s g r a n d e s l o g r o s d e l a R e v o l u -

    c i n f u e t r . r : . s ~ : : . : - : - : - : : . : e : c : , : C : . c ~ e r d e l a r e p r e s e n t a c i n p o l t i c a . E n e l A n t i g u o R g i m e n ,

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  • LA REVOLUCIN FRANCESA 63

    y por tanto en las elecciones de 1789, los representantes eran simples mandatarios, casi portavoces, ds.las pretensiones y deseos de los grupos sociales o territoriales a los que representaban, y su mandato estaba imperativamente sujeto a lo que los representados hubieran decidido previamente sobre las distintas cuestiones que hubieran de tratarse y sin tener tampoco ninguna capacidad propia para comprometerse en materias sobre las que no hubieran sido expresamente instruidos por sus comitentes. stos tomaban sus decisiones en las correspondientes asambleas y se anotaban, as como las argumentaciones del caso, en unos documentos especficos, los cahiers de dolances, o relaciones de quejas. Cada estamento tena las suyas, y por tanto la disparidad de contenidos es evidente, aparte de las circunstancias locales que determinaban tambin diferencias. En general, el tono de los cahiers de 1789 no era radical, y las cuestiones ms reiteradas y abordadas con mayor vehemencia fueron las relativas a la reforma Jisca!, los derechos-Jeudales y las desigualdades civiles.

    La primera sesin de los Estados Generales tuvo lugar el 5 de mayo de 17.89,-La reunin de apertura se centr en un discurso del rey con el que quiso dejar clara su autoridad y supremaca, afirmando que convocaba a los Estados para que le asesorasen en la cuestin de Hacienda, y previniendo contra el riesgo de innovaciones. A la alocucin real sigui un largo parlamento de Necker, en el que expuso los trminos tcnicos de la cuestin financiera. No hubp, por tanto, ninguna aclaracin sobre la cuestin capital: el voto corporativo o individual. Cuando al da siguiente deba iniciarse la sesin para que los diputados acreditaran sus actas, el_ tercer estado, cjuyos representantes comenzaron a hacerse llamar los comunes, propuso que el examen se hicierajie forma conjunta por los tres rdenes, lo que hubiera determinado, de hecho, la constitucin h na' nica cmara. La nobleza se neg rotundamente, mientras el clero mostraba una posicin, ms ambigua.

    Durante semanas se mantuvo una situacin que no evolucionaba en ningn sentido, mientras se negociaba entre los tres rdenes. Los nobles seguan irreductibles,

    . aduciendo que sus electores haban sido sus iguales y no podan someter sus mandatos al examen de quienes no lo eran. Dentro de los comunes y el clero las posiciones iban decantndose mientras tanto, y los partidarios de la unin en la misma cmara y del voto por cabeza iban organizndose y actuando conjuntamente. Finalmente, el 10 de j-uaQ,,.ehtercer estado plante un ultimtum a los otros dos, y el 12 comenz slo el examen d pderesrArda siguiente, tres curas de Poitrs fpfesHFaTs'dl clero s''smaron a la reunin; al otro da seis ms encabezados por el abate Gregoi- re. El 16 de junio, a los parlamentarios del tercer estado se haban agregado ya casi una veintena del clero; la importancia de estas defecciones no es numrica, pues supona un porcentaje mnimo de la representacin de su estamento, sino poltica, por cuanto revelan la progresiva aceptacin de las posiciones del tercer estado. ste se halla, as, fortalecido y en condiciones para dar pasos ms audaces, tal como ocurri durante la segunda quincena del mes.

    El da 17, a propuesta de Siyes, se decidi sustituir la expresin Estados Generales por Asamblea,Nacional, y ello porque el primer ttulo haca referencia a ese carcter de rdenes segregadas que se rechazaban, adems de que los comunes representaban al 96 % del pas. El da 19 todo el clero decidi por mayora sumarse al tercer estado, cuyo triunfo pareca ya inevitable. Cuando al da siguiente los dipf- dos acudieron a la sala de reuniones la encontraron cerrada bajo un burdo pretexto. A falta de otro local se reunieron en uno dedicado al juego de pelota, y all, bajo la

  • HISTORIA UNIVERSAL CONTEMPORANEA

    rresidencia del astrnomo Bailly, en un acto exaltado hasta el extremo por la mitologa rei'olucionaria, juraron todos no separarse nunca y reunirse dondequiera que las circunstancias lo exigiesen hasta que la constitucin del reino estuviera establecida y asentada sobre fundamentos slidos.

    En un intento de cortar una dinmica cada vez ms firme, el da 23 se celebr una sesin bajo la presidencia del rey. ste proclam solemnemente que quera que los tres estados se separaran y que deliberasen independientemente, declar nulos los acuerdos tomados y concluy ordenando que nada ms concluir la sesin se disolvieran. No fue as. Todos los diputados del tercer estado y algunos de los otros unidos a su causa permanecieron en sus puestos, y cuando el maestro de ceremonias les intim a obedecer lo mandado por el rey las respuestas oportunas y enrgicas de hombres como Bailly o el marqus de Mirabeau salvaron la confusin y la incertidumbre creada. Al tiempo, las gentes del pueblo de Versalles se agruparon vitoreando al tercer estado.

    Si el rey quera imponer su voluntad no quedaba ms que recurrir a la fuerza. Sea por falta de confianza en las tropas, por irresolucin o por no querer causar males mayores, no se hizo. Con ello la monarqua absoluta recibi un desafo que era, para esa forma poltica, el principio del fir/ En los dos das siguientes, eclesisticos y nobles se fueron agregando a la reunin del tercer estado. El da/27 el mismo rey orden a quienes todava no lo hubieran hecho unirse a la Asamblea Ncional|sta, tras nombrar el 8 de julio una comisin encargada de redactar una constitucin, adopt al da siguiente el ttulo de Asamblea Nacional Constituyente y se dispuso a acometer las reformas y, al tiempo, a hacer frente a las resistencias que, empezando por la corte, habran de oponerse a lo ya hecho y a lo que eso significaba.

    es:

    2. La Asamblea Constituyente (julio 1789 - septiembre 1791)

    2.1. L a s t r e s r e v o l u c io n e s

    Las profundas tensiones de la sociedad francesa darn lugar, en el verano de 1789, a tres reyQlucQnes-4ifeFeBes. aunque mutuamente relacionadas, con protagonistas y motivaciones diferentes: la de los diputados de los Estados Generales, la insurreccin urbana protagonizada por los que, ms adelante, sern denominados sans-culottes y la revuelta campesina (F. Furet).

    La primera, realizada por las lites', ilustradas de los tres estamentos, respetando el inmenso prestigio de la realeza, se orientar al establecimiento de una monarqua constitucional, que sustituya su fundamentacin en el Derecho divino por una nueva legitimidad basada en la nacin. La hostilidad del rey y la corte hizo difcil caminar por la 'ra que ms se ajustaba a las aspiraciones del pas.

    La segunda revolucin ser la de las'ciudads. Ante todo, Pars. Lina gran urbe (700.000 haoitantes), con una amplia poblacin flotante de trabajadores inmigrados, fuente de mendicidad y delincuencia, y un men peuple de artesanos y tenderos, de vida eccncm.ica precaria y en permanente inestabilidad social, propicio a las sbitas retateltas c; lee:;-, as. Un pueblo inquieto por una oleada de rumores, acrecentados por el movirrnemto ce trooas y la destitucin d Necker, exasperado por el alza continua del prec;; ele. :r:g: que alcanzar su mximum precisamente el 14 de julio, y mo-

  • LA REVOLUCION FRANCESA 65

    vilizado por la inflamada oratoria de agitadores, como Camille Desmoulins, Estall entonces,. sim eLJxen,o de-,-Una ,autoridad dbil y dubitativa, la revuelta populai; constituyndose en el Ayuntamiento de Pars por electores que haban intervenido en la designacin de diputados a los Estados Generales un comit permanente, a la vez que se acordaba la creacin de una milicia ciudadana. Fue la necesidad de dotar a sta de armas lo que llev a la muchedumbre el 14 de julio al asalto a la Bastilla, smbolo de la arbitrariedad absolutista (pero donde slo haba siete prisioneros), obteniendo 30.000 fusiles.

    El rey cede; llama a Necker, se dirige por vez primera a la Asamblea Nacional, reconoce el comit permanente del Ayuntamiento, transformado ya en la Comuna de Pars, y La Fayette, que goza del inmenso prestigio de hroe de la Independencia americana, es nombrado jefe de la milicia, convertida en Guardia Nacional. El movimiento se extiende a las provincias, donde los diputados del tercer estado, gentes de leyes sobre todo, adems de mdicos y comerciantes..., ocupan la mayor parte de las alcaldas de Francia. Es la revolucin municipal.

    Y en cuanto a la tercera revolucin, el campo, finalmente, se vio recorrido por la Grande Peur (El Gran Miedo) en la segunda mitad de julio. El temor a un quimrico complot aristocrtico y a las bandas de forajidos frecuentemente imaginarias se extiende por buena parte del pas. Los campesino^se armaron, orientndose \a jacquerie contra un rgimemseorial, cuya agravacin, por entonces, no se ha demostrado, pero cuyo peso es duramente sentido por un campesinado, deseoso de acceder a la plena propiedad. La revuelta, enraizada en una vieja tradicin contestataria, fue de una enorme intensidad; destruccirL.de.mhivos,. quema de castillos, muertes violentas... El caos se generaliza ante la impotencia de la autoridad.

    2.2. Abolicin de los derechos feudales

    - -El teman engendrado por estos acontecimientos que atentaban contra la propiedad, noble o no, lleg a Versalles. La respuesta fue la abolicin de los derechos feudales, acordada eiTlanoche 4 de agosto y consagrada mediante el decreto del 11 del mismo mes, en un clima de entusiasmo y generosidad, que hizo posible avanzar en una direccin no prevista claramente en los cuadernos de quejas ni en los propsitos primeros del tercer estado. Fue el resultado no de una clara voluntad inicial, sino de una respuesta improvisada a la rebelin campesina (W. Doyle).

    Se declararon abolidos pura y simplemente la servidumbre, el derecho de caza y las justicias seoriales, y los dems derechos se consideraron redimibles, segn el pre^ ci y modo de rescate fijados por la Asamblea. Fueron tambin suprimidos sin indemnizacin los diezmos de la Iglesia y la venta de~oficios ptfSIicosTadmitindosp, la totalidad de ciudadanos, sin distincin, a todos los empleos y dignidades eclesisticas, civiles y militares, y se estableci que ninguna profesin til implicara envilecimiento. El problema no qued solucionado (el precio de redencin era alto) y la agitacin campesina se redujo, pero no se extingui. Sin embargo, el Antiguo Rgimen quedaba irremisiblemente condenado, emergiendo, al romperse el monopolio de los privilegiados, una nueva sociedad.

  • HISTORIA UNIVERSAL CONTEMPORANEA

    -- 2.3. Declaracin de Derechos del Hombre y del Ciudadano

    La Asamblea Nacional tena como misin dar una Constitucin al reinoi La idea de que Tpt^ prec^ida por una Declaracin de Derechos, sugerida por La Fayette, se impuso, tras la intervencin del conde de Montmorency.

    Stephane Riis y Marcel Gauchet han descrito detalladamente los debates que desde comienzos de julio hasta el 26 de agosto condujeron, a travs de ms de cien proyectos presentados, a la aprobacin del texto definitivo.,, La Declaracin de Derechos (se rechaz la idea de acompaarla de una declara

    cin d ' deberes, como pretendieron especialmente los representantes del clero; el obispo de Chartres, M. de Lubersac, o labb Gregoire) proclamaba: Los hombres nacen y permanecen_libres e iguales en derechos: las distinciones sociales no pueden estar fundadas ms que en la utilidad comn (art. l.); recoga los derechos naturales e imprescriptibles del hombre, cuya conservacin es el fin de toda asociacin poltica; la libertad, la propiedad, la seguridad y la resistencia a la opresin (art. 2.); estableca una serie de garantas: ante la detencin arbitraria (art. 7.), respecto de la racionalidad y legalidad de las penas (art. 8.) y del proceso (art. 9.); afirmaba la li- bertad de opinin, incluso en el mbito religioso, siempre que su manifestacin no alterara el orden pblico (art. 10.); fijaba las condiciones del uso de la fuerza (art. 12.), el deber de contribuir a los gastos pblicos y sus garantas (arts. 13. y 14.) y la responsabilidad de los funcionarios (art. 15.), la inviolabilidad de la propiedad (art. 17.), etctera. .....

    Junto a las afirmaciones, los silencios. El de los derechos sociales, en primer trmino, pese al esfuerzo de Siyes, quien quiso incluir los de los ciudadanos, a los que una suerte desgraciada condena a la imposibilidad de hacer frente a sus necesidades [y que] tienen derecho al socorro de sus conciudadanos; el lugar del ejrcito en la nacin; la igualdad: la esclavitud no ser abolida, hasta la Convencin (4 febrero 1794) y se restablecer dos aos despus. El silencio de los diputados sobre estos puntos parece haberse fundado en evitar la divisin, elaborando un texto que refleje un con- sensus ampliamente mayoritario.

    El texto de la Declaracin de los Derechos del Hombre y del Ciudadano, con sus formulaciones cortas y nobles, expresadas concisa y luminosamente (Alphonse Aulard), no carece, sin embargo, de una ambigedad cierta. Recientemente, Gauchet ha puesto de relieve cmo la Declaracin afirmando lauii-visin-de-podere.s-.jao- niendo lmhes,j,X^inte del Estado, se inspira ciertamente en un pensamiento liberal; pero por condicionamientos polfticos, es decir, por la necesidad de contrabalancear la autoridad real, el texto afirma las ideas de un poder soberano, el de la nacin, que no conoce lmites (art. 3.), y la de la participacin de todos en la formacin de la ley (art. 6.), haciendo difcil el establecimiento de una autntica democracia representativa. Y es que, si el rgimen representativo supone la existencia independiente del cuerpo social respecto del poder encargado de expresarlo, la confusin de esas dos instancias llevar a la alternativa entre confiscacin gubernamental (es el caso de Thermidor) y movilizacin unanimista (es el caso de los jacobinos) (Gauchet).

  • LA REVOLUCION FRANCESA 67

    2.4. Las jornadas de 5 y 6 de octubre de 1789

    Luis XVI se opuso pasivamente a la Constituyente abstenindose de sancionar las decisiones LleL4"de agosto y la Declaracin de Derechos. La actitud real se vio sostenida por un sector de aqulla situado a la derecha del presidente (los monarchiens: Malouet, Mounier, los condes de Clermont-Tonnerre, Virieu y Lally Tolendal, el obispo de Laugres), partidarios de la creacin de una Cmara alta, a semejanza de Inglaterra y de la concesin al rey de un derecho de veto absoluto respecto de las decisiones de la Asamblea. A la izquierda se sentaban los patriotas (Duport, Barnave, Ale- xandre y Charles de Lameth), apoyados por la opinin pblica parisina, que consiguen imponer sus criterios en los debates acerca de la redaccin de la Constitucin; rechazo del principio de las dos cmai'as y veto solamente suspensivo para el rey. A la vez eliminan a sus adversarios del comit constitucional.CUna nueva prctica poltica, la divisin derecha-izquierda, iniciaba una trayectoria que llega hasta nosotros.

    Las dificultades econmicas de un Pars mal abastecido, en el que suben los precios y crece el paro, agudizan el descontento popular atizado por la prensa. En estas circunstancias, la actitud del soberano haciendo llamar al regimiento de Flandes, recibido con un banquete por los Guardias de Corps (1 de octubre), en un clima de imprudente entusiasmo monrquico (exaltacin del rey, ataques a la Asamblea, ultrajes a la escarapela tricolor) propicia la invasin popular mujeres en su gran mayora del Ayuntamiento. Desde all, inspirada quiz por agentes del duque de Orlens, el futuro Philippe Egalit, y dirigida por Maillard, uno de los asaltantes de la Bastilla, se organiza la marcha sobre Versalles, com a pretensin explcita de per,_pan al rey.

    Consecuencia inmediata es la sancin por el monarca, el da 5, de todas las disposiciones aprobadas por la Asamblea, negndose, sin embargo, a ir a Pars. La situacin pareca controlada por La Fayette y sus guardias nacionales. Pero mientras el general dorma, la multitud invadi el palacio en ,1a madrugada del da 6, forzando a l,a real familia amaFeTiar a la-capital El alcalde Bailly recibi al rey, quien, con Mara Antonieta, madame Elisabeth, el delfn, su hermana, madame Royale y la gobernanta de los nios, madame de Tourzel, se instal en las TuUeras. La situacin poltica cambia entonces fundamentalmente. Se impone el partido patritico. Luis XVI acepta la Declaracin de los Derechos del Hombre v el veto-suspensivo. La Asamblea se declara inseparable del rey, lo que supone el traslado a Pars y la sumisin a los riesgos de la presin popular. El partido monrquico quedar definitivamente abatido; Mounier seguir el camino del exilio.

    2.5. Hacia una nueva Francia

    La Asamblea inicia su tarea de reconstruir el pas. Instalada en la sala de Mne- ge, en las^TulIeras, se reuna en sesiones diarias, abiertas a un pblico turbulento. Diversos grupos, con distintas orientaciones polticas, la dividieron. Los aristcratas o negros, defensores del viejo orden (Czales, Mirabeau-Tonnerre, hermano ste del gran tribuno, labb Maury); los monrquicos, nobles abiertos a nuevas ideas, pero sin posibilidad de accin, desde los sucesos de octubre; los constitucionales, el partido de La Fayette, la tendencia ms numerosa, continuadora del grupo patritico, partidario de una monarqua templada por la democracia (hombres de leyes; Camus,

  • T~;ure:, Tarei, Lanjuinais, Durand de Maillane, Le Chapelier, Merlin de Douai; clri- g :S: Les arzobispos Champion de Cic y de Boisgelin, el abate Siyes; y nobles liberales: Montmonreney, Talleyrand, La Rochefoucauld Liancourt); a la izquierda, el triun- . iraio (Barnave, Duport, Lameth); finalmente, los radicales, partidarios del sufragio universal (Buzot, Petion, Robespierre). Y al margen de los partidos, Mirabeau, aristcrata desclasado, orador genial, fe seul qui fut granch (Michelet), defensor de la reconciliacin del rey de Francia con la revolucin.

    El nexo entre la Asamblea y los ciudadanos fueron los clubs, donde se reunan diputados y ciudadanos, centros de informacin y debate, de educacin poltica, en suma. El Saln Francs ser el club de los aristcratas. Los monrquicos tendrn el Club de Amigos de la Constitucin monrquica. Los patriotas, la Sociedad de Amigos de la Constitucin, convertido desde que toma como sede una antigua iglesia de dominicos en club de los jacobinos (nombre popular de aqullos), cuya influencia Desmoulins lo definir como centro de una nueva religin, el patriotismo, la filantropa, que va a conquistar el universo se extiende rpidamente por provincias. El ]den-ms4mpertant-de4ovS-iacQbm-Qs..fue Robespierre. Del club de los jacobinos surge, por escisin (julio de 1791), el club de los fuldenses o club de los feui- llants (cistercienses, por reunirse en un convento que haba pertenecido a la orden del Cster), ms moderado, ya que no proponen la cada de la monarqua. Por ltimo, y a la izquierda de los jacobinos, se sita el club de los cordeliers o cordeleros (en referencia al cordn del hbito franciscano, por reunirse en el convento de la orden de san Francisco), un grupo popular y demaggico, entre cuyos lderes hay que mencionar a Danton, Desmoulins y Flbert.

    ----- El problema ms urgente era el financiero. Arruinada la economa, con un pueblo que vea en la Revolucin precisamenret'tm de ls impuestos, los intentos de obtener recursos mediante emprstitos fracasan. Se recurri entonces a una medida, revolucionaria, la nacionalizacin de las propiedades del clero, propuesta por Talleyrand, obispo de Autun. La Asamblea decidi (2 de noviembre de 1789) que los bienes de la Iglesia pasaran a di.sposidn de la nacin, que se responsabilizaba del sostenimiento del culto; y ms tarde (20 de diciembre) autoriza su venta, sirviendo de garanta para la emisin de asignados, bonos del Tesoro, que tenan un inters del 5 % y preferencia para las compras de aqullos, originndose una importante transferencia de tierras, bosques y edificios en favor de la burguesa.

    La conversin de los asignados;bonos que habran de desaparecer con la com pra de los bienes del clero en papel-moneda y sus sucesivas emisiones iniciaron una espiral inflacionista, que se tradujo, desde 1791, en la depreciacin de aqullos, haciendo descender el nivel de vida del pueblo. Se mantiene as una contestacin rural, tanto ms cuanto que el nuevo sistema impositivo, racionalizado al suprimirse muchos impuestos indirectos, no parece, en su conjunto, haber disminuido la carga fiscal. .\dase la difcil compra de los derechos seorialesihEn consecuencia, para muchos campesinos la Revolucin actuaba en contra de sus intereses. Mientras tanto, la insubcrdir.acin frente a una oficialidad aristocrtica crece en un ejrcito que parece

    desintegrarse. Pero la actividad de la Asamblea.se centr entonces en 1a eiab-crac-- el te.xto constitucional. Tres problemas principales se debatieron: el

    :ho ce sufragio, el poder deTrey y el nmero de las cnTrasY

    2 ^su.,:;;;

    N t' L.f

    g ier.

    tr.crmer.tal era el de la soberana nacional, pero se acept la distin- tr.tre ciudadanos pasivos, ls que slo se les reconocan derechos

  • LA REVOLUCION FRANCESA 69

    naturales y civiles, y ciudadanos activos, los verdaderos accionistas de la empresa social, que gozaban adems de derechos polticos. - ______ _

    La sepaia^i^^ poderes era dogma intangible. En cuanto al pockr legislativo] fue rechazado el sislema bicameral ingls, optndose por una mca-cmSL6^ or dos aos, cuya funcin era la de .discutipy votar las leyes, admitindose el veto suspensivo^jdeLsoberano por dos legislaturas. El ejecutivo corresponda al rey,; cuya persona era sagrada e inviolable, concebido como primer mandatario de la nacin. Nombraba y revocaba a los ministros, designaba a los embajadores y jefes militares. Le corresponda tambin proponer y sancionar la declaracin de guerra, que deba ser decidida por la Asamblea.

    Lina de las creaciones ms slidas de la Constituyente fue la divisin de Francia en 83 departamentos (22 de diciembre de 1789). Cada departamento^stab dividido

    distritos V cada distrito en cantones, siendo el municipio o ayuntamiento la unidad administrativa elemental. La antigua ordenacin teirTtorial de Francia se rehaca desde un criterio de orden y racionalidad. La idea esencial era ejtablecer_circurisprip- ciones en las que se pudiese_llegar a la .capital del departamento en una sola jornada de camino, desde el punto ms lejano. Fundada en el principio electivo, esta organizacin supone un giro frente a la obra centralizadora llevada a cabo por la monarqua en Francia. Intendentes, subdelegados y otros agentes del poder real desaparecan. Los nuevos administradores de los departamentos se encontraban por su le^ n 'en tera mente independientes del poder central, que no poda reconvocarlos (Tulard).

    Momento culminante de esta nueva poca ser la fiesta de la Federacin, el 14 de julio de 1790. En el Campo de Marte, en torno a un altar, donde Talleyrand oficia una especie de ceremonia religiosa, se renen miles de guardias nacionales enviados por las federaciones que se han ido constituyendo en toda Francia como forma de integracin, cada vez ms amplia, de fraternizacin espontnea de las nuevas municipalidades surgidas de la cada del Antiguo Rgimen.

    2.6.^ L a Constitucin Civil del Clero y el fin de la Constituyente

    La Constituyente intent reformar_la Iglesia^ con la supresin de todas las rdenes y congregaciones religiosas, excepto las dedicadas a obras de caridad (13 de febrero de 1790), y mediajate la. Constitucin civil del clero, discutida y votada entre el 29 de mayo y el 12 de julio de 1790, se trataba de instaurar una Iglesia nacional, ajustando las-dicesis^ los departamentos, y estableciendo que obispos y pprqcos fueran elegidos coiPO-Jos,dems funciojn.arigs locales, prestaran juramento de fidelidad a la nacin, al rey y a la Constitucin. Condenada formalmente por el papa Po VI (breves de 10 de marzo y 13 de abril de 1791), origin el cisma en la Iglesia de Francia, dividida entre quienes haban prestado el juramento y los refractarios.' " La Constitucin civil dpi clero fue un error decisivo. Era un atentado contra la conciencia de buena parte del pas.i Una fuente de desrdenes, que enfrentaba abiertamente a numerosas regiones y grupos sociales con los revolucionarios, llevando al pas al borde de la guerra civil (W. Sewell).

    ' En esta situacin, tom cuerpo el proyecto de fuga de la familia real (20 de junio de 1791). Mal ejecutada, la detencin tuvo lugar en Varennes. producindose el retor- no a Paps, entre la hostilidad de las muchedumbres. Crece el sentimiento repblica-

  • rerri~do el 17 de julio por la Guardia Nacional en el Campo de Marte. senienibre de 1791, con ligeras modificaciones sobre el texto expuesto, se aprueba la Ccnsntudn^sancionndola el rey el da 13. Antes de disolverse, eO''dFieptlembre, festaurado el rey en sus funciones, el ltimo presidente de la Constituyente, Thouret, dijo en su discurso de clausura: La Asamblea Nacional ha dado al Estado una Constitucin que garantiza igualmente la Monarqua y la Libertad. No era as; Francia estaba irremisiblemente dividida. Tambin Europa, en la que se inicia el enfrentamiento entre Revolucin y contrarrevolucin/

    ~ 0 HISTORIA UNIVERSAL CONTEMPORANEA

    3. La Asamblea legislativa (octubre 1791 - septiembre 1792)

    3.1. Los GRUPOS POLTICOS

    Los nuevos diputados la Constituyente, a propuesta de Robespierre, haba acordado que sus miembros no podan ser elegidos para la Asamblea legislativa iniciaron sus tareas el 1 de octubre de 1791.

    En la nueva cmara se distinguan diversos grupos, esbozos de partidos polticos. A la derecha, los feuillants (fuldenses) unos 260, dirigidos, desde fuera, por el llamado triunvirato de la Constituyente (Barnave, Duport, Lameth). Entre los fuldenses, que se encontraban divididos, cabe mencionar al grupo influido por la personalidad de La Fayette. Partidarios de la monarqua constitucional, consideraban que la Revolucin haba concluido con las reformas de los aos anteriores.

    A la izquierda, unos 136 diputados, pertenecientes casi todos al club de los jacobinos, partidarios de la Repblica. Por sentarse en los escaos ms elevados, son conocidos como la Montaa. No formaron grupo homogneo, y los distintos sectores, con el discurrir de los acontecimientos, acabaron por enfrentarse. As pues, adems de los jacobinos ms caracterizados, en la Montaa se pueden distinguir tambin otros grupos. Uno de estos grupos estuvo encabezado por Brissot, de quien les vino el nombre de brissotinos (el trmino girondinos se ir lentamente imponiendo, consagrndose con la publicacin de la Historia de los girondinos de Lamartine, en 1846), seguido por una plyade de brillantes oradores: Vergniaud, Gensonn, Guadet...; Condorcet, genio cientfico, el ltimo de los p h ilo sop h esejerca su autoridad intelectual sobre ellos. La ninfa Egeria del grupo fue madame Roland, entusiasta de los hroes de la Antigedad y de las ideas de Rousseau, carcter exaltado, personalidad seductora. Y tambin en la Montaa exista una extrema izquierda, partidaria del sufragio universal, que integraba a algunos miembros del club de los cordeliers: Basire, Chabot, Merlin de Thionville, y a elementos aislados, como Carnot, Lindet o Couthon.

    En el centro, el Marais o la Llanura, unos 345 diputados, vinculados inequvo- tair.er.te a la Revolucin, pero sin una orientacin poltica precisa. Pastoret, quien sera presidente de la Asamblea, apoyado por los feuillants, o Beugnot, destacan en un ccr.'un;: de hombres de no excesivo relieve.

    La .Asarr.blea no agota una actividad poltica que se vive intensamente en los sa- -tr.es; el oe madame Stal, la hija de Necker, centro de reunin de los amigos de La Fayette: : l:s ae ntadame Dodun y la ya citada madame Roland, concurridos, res- peotivam.er.ie por Its seguidores de Vergniaud y de Brissot. Pero recordemos que la vida pc'.maa >e .rea.izaba, sobre todo, en los clubs, y en especial en los clubs que an-

  • - : : e ,

    H : S T O R I A U N I V E R S A L C O N T E M P O R N E A

    : : : _ : : : : : : ; : : - : : : : - . : : : . : ; , e l 1 7 d e j u l i o p o r l a G u a r d i a N a c i o n a l e n e l C a m p o d e M a r t e . ~ ~

    5 - c ~ : ~ e : : : : : - : : i : : : e d e 1 7 9 1 , . _ c o n l i g e r a s m o d i f i c a c i o n e s s o b r e e l t e x t Q e x p 1 : 1 e s t o , s e a p r u e b a l a

    C . J : 1 5 - : : r - . 1 c i _ r L s a n c i o n n d o l a e l r e y e l d a 1 3 . A n t e s d e d i s o l v e r s e , - e l 3 0 d e s e p t i e m o r e ,

    : = e - 5 r a u r a d ; e l r e y e n s u s f u n c i o n e s , e l l t i m o p r e s i d e n t e d e l a C o n s t i t u y e n t e , T h o u r e t ,

    = . i j o e n s u d i s c u r s o d e c l a u s u r a : L a A s a m b l e a N a c i o n a l h a d a d o a l E s t a d o u n a C o n s -

    u c i n q u e g a r a n t i z a i g u a l m e n t e l a M o n a r q u a y l a L i b e r t a d . N o e r a a s : F r a n c i a e s -

    t a b a i r r e m i s i b l e m e n t e d i v i d i d a . T a m b i n E u r o p a , e n l a q u e s e i n i c i a e l e n f r e n t a m i e n -

    t o e n t r e R e v o l u c i n y c o n t r a r r e v o l u c i n /

    3 . L a A s a m b l e a l e g i s l a t i v a ( o c t u b r e 1 7 9 1 - s e p t i e m b r e 1 7 9 2 )

    3 . 1 . L o s G R U P O S P O L T I C O S

    L o s n u e v o s d i p u t a d o s - l a C o n s t i t u y e n t e , a p r o p u e s t a d e R o b e s p i e r r e , h a b a a c o r -

    d a d o q u e s u s m i e m b r o s n o p o d a n s e r e l e g i d o s p a r a l a A s a m b l e a l e g i s l a t i v a - i n i c i a -

    r o n s u s t a r e a s e l 1 d e o c t u b r e d e 1 7 9 1 .

    E n l a n u e v a c m a r a s e d i s t i n g u a n d i v e r s o s g r u p o s , e s b o z o s d e p a r t i d o s p o l t i c o s .

    A l a d e r e c h a , l o s f e u i l l a n t s ( f u l d e n s e s ) - u n o s 2 6 0 - , d i r i g i d o s , d e s d e f u e r a , p o r e l l l a -

    m a d o t r i u n v i r a t o d e l a C o n s t i t u y e n t e ( B a r n a v e , D u p o r t , L a m e t h ) . E n t r e l o s f u l d e n s e s ,

    q u e s e e n c o n t r a b a n d i v i d i d o s , c a b e m e n c i o n a r a l g r u p o i n f l u i d o p o r l a p e r s o n a l i d a d

    d e L a F a y e t t e . P a r t i d a r i o s d e l a m o n a r q u a c o n s t i t u c i o n a l , c o n s i d e r a b a n q u e l a R e v o -

    l u c i n h a b a c o n c l u i d o c o n l a s r e f o r m a s d e l o s a o s a n t e r i o r e s .

    A l a i z q u i e r d a , u n o s 1 3 6 d i p u t a d o s , p e r t e n e c i e n t e s c a s i t o d o s a l c l u b d e l o s j a c o -

    b i n o s , p a r t i d a r i o s d e l a R e p b l i c a . P o r s e n t a r s e e n l o s e s c a o s m s e l e v a d o s , s o n c o -

    n o c i d o s c o m o l a M o n t a a . N o f o r m a r o n g r u p o h o m o g n e o , y l o s d i s t i n t o s s e c t o r e s ,

    c o n e l d i s c u r r i r d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s , a c a b a r o n p o r e n f r e n t a r s e . A s p u e s , a d e m s

    d e l o s j a c o b i n o s m s c a r a c t e r i z a d o s , e n l a M o n t a a s e p u e d e n d i s t i n g u i r t a m b i n

    o t r o s g r u p o s . U n o d e e s t o s g r u p o s e s t u v o e n c a b e z a d o p o r B r i s s o t , d e q u i e n l e s v i n o e l

    n o m b r e d e b r i s s o t i n o s ( e l t r m i n o g i r o n d i n o s s e i r l e n t a m e n t e i m p o n i e n d o , c o n -

    s a g r n d o s e c o n l a p u b l i c a c i n d e l a H i s t o r i a d e l o s g i r o n d i n o s d e L a m a r t i n e , e n 1 8 4 6 ) ,

    s e g u i d o p o r u n a p l y a d e d e b r i l l a n t e s o r a d o r e s : V e r g n i a u d , G e n s o n n , G u a d e t . . . ; C o n -

    d o r c e t , g e n i o c i e n t f i c o , e l l t i m o d e l o s p h i l o s o p h e s , e j e r c a s u a u t o r i d a d i n t e l e c t u a l

    s o b r e e l l o s . L a n i n f a E g e r i a d e l g r u p o f u e m a d a m e R o l a n d , e n t u s i a s t a d e l o s h r o e s

    d e l a A n t i g e d a d y d e l a s i d e a s d e R o u s s e a u , c a r c t e r e x a l t a d o , p e r s o n a l i d a d s e d u c -

    t o r a . Y t a m b i n e n l a M o n t a a e x i s t a u n a e x t r e m a i z q u i e r d a , p a r t i d a r i a d e l s u f r a g i o

    u n i v e r s a l , q u e i n t e g r a b a a a l g u n o s m i e m b r o s d e l c l u b d e l o s c o r d e l i e r s : B a s i r e , C h a -

    b o t , M e r l n d e T h i o n v i l l e , y a e l e m e n t o s a i s l a d o s , c o m o C a r n o t , L i n d e t o C o u t h o n .

    E n e l c e n t r o , e l M a r a i s o l a L l a n u r a , u n o s 3 4 5 d i p u t a d o s , v i n c u l a d o s i n e q u v o -

    c a m e n t e a l a R e v o l u c i n , p e r o s i n u n a o r i e n t a c i n p o l t i c a p r e c i s a . P a s t o r e t , q u i e n

    s e r p r e s i d e n t e d e l a A s a m b l e a , a p o y a d o p o r l o s f e u i l l a n t s , o B e u g n o t , d e s t a c a n e n u n

    c o n j u n t o d e h o m b r e s d e n o e x c e s i v o r e l i e v e .

    L a A s a m b l e a n o a g o t a u n a a c t i v i d a d p o l t i c a q u e s e v i v e i n t e n s a m e n t e e n l o s s a -

    l o n e s : e l d e m a d a m e S t a e l , l a h i j a d e N e c k e r , c e n t r o d e r e u n i n d e l o s a m i g o s d e L a

    F a y e t t e ; o l o s d e m a d a m e D o d u n y - l a y a c i t a d a - m a d a m e R o l a n d , c o n c u r r i d o s , r e s -

    p e c t i \ - a m e r . t e , p o r l o s s e g u i d o r e s d e V e r g n i a u d y d e B r i s s o t . P e r o r e c o r d e m o s q u e l a

    v i d a p o l t i c a s e l o c a l i z a b a , s o b r e t o d o , e n l o s c l u b s , y e n e s p e c i a l e n l o s c l u b s q u e a n -

  • LA REVOLUCIN FRANCESA 71

    teriormente se mencionaron: el de los feuillants, el de los cordeliers y el de los jacobinos. Este ltimo, a travs de sus filiales (152, en 1790; 406 en 1791), extiende su influencia por toda Francia. Continuadora de las sociedades de pensamiento, la red de clubs jacobinos se configura como un autntico partido, un aparato cuya mquina manipular a las masas, a fin de obtener su aquiescencia, ms o menos voluntaria a sus propuestas.

    Las secciones de Pars, por ltimo. Eran distritos electorales, creados por la ley de 21 de mayo de 1790, en los que se agrupaban los ciudadanos activos, que a travs de sus asambleas pblicas fueron influyendo progresivamente en la vida poltica. Se radicalizaron desde que, a partir de julio de 1792, integraron masivamente a los ciudadanos pasivos. En ellas se pusieron a punto modernas tcnicas de subversin; discusiones prolongadas hasta que slo quedaba un pequeo grupo que aprueba resoluciones que no hubieran sido aceptadas por la mayora, invasin de secciones moderadas por grupos extremistas que expulsan a los elementos reacios a sus criterios, etctera.

    3.2. La guerra con Europa

    Los acontecimientos que tenan lugar en Franciaj repercutieron en_ Europa, propagndose el movimiento revolucionario a diversos pases: Gran Bretaa, Irlanda, Pases Bajos, Provincias Unidas, Suiza...

    Inicialmente, la Revolucin francesa declar la paz al mundo. Pero la afirmacin de la voluntad popular, ccm principio fundamentador de la poltica, amenazaba profundamente el sistema internacional de la poca.

    La huida y detencin del rey en Varennes fue vista con escndalo en las cortes europeas. El emperador Leopoldo II sucesor de Jos I se vea presionado por su her- mana^jUara Antonieta/que depositaba sus esperanzas en una intervencin exterior. Leopoldo II se entrevista en Pillnitz (27 de agosto de 1791) con Federico Guillermo II de Prusia, y ambos dirigen una primera advertencia a Francia:

    El emperador y el rey de Prusia contemplan la situacin en la que se encuentra actualmente el rey de Francia como un objeto de inters comn a todos los soberanos de Europa. Esperan que stos no se negarn a emplear, conjuntamente con ellos mismos, los medios ms eficaces, de acuerdo con sus fuerzas, para poner al rey de Francia en estado de afirmar, en la ms perfecta libertad, las bases de un gobierno monrquico igualmente conveniente a los derechos de los soberanos y al bienestar de la nacin francesa. Entonces, y en ese caso, el emperador y el rey de Prusia estn resueltos a actuar prontamente, en un mutuo acuerdo, para obtener el fin propuesto en comn.

    Por otra parte, en Francia se desarrolla con fuerza una corriente favorable a la guerra, en la que confluyen, por razones radicalmente opuestas, la corte. La Fayette y los girondinos. Luis XVI y su entorno esperaban, con la victoria de las monarquas absolutas, la restauracin del antiguo orden. La Fayette soaba con la jefatura de un ejrcito que, junto con la Guardia Nacional, le hara rbitro de los destinos de un pas cuya forma poltica sera la monarqua constitucional. Los girondinos, presionados por los revolucionarios europeos que queran establecer nuevos regmenes en sus pases, vieron en la guerra la oportunidad de consolidar internamente desenmasca-

  • do al enemigo y expandir ms all de las fronteras francesas los ideales de la Revolucin.

    Por el contrario, los feuillants eran hostiles a una guerra que, a su juicio, hara imposible la consolidacin de la monarqua constitucional. Desodos por el rey, incapaces de contrarrestar la propaganda blica de los girondinos, ven decaer su influencia, abandonando sus dirigentes la vida poltica de Pars: Barnave se retira al Delfi- nado y los Lameth se incorporan al ejrcito. Son entonces los jacobinos quienes se opondrn a un conflicto en el que puede naufragar la Revolucin. Contra la guerra se declaran Billaud-Varenne, Couthon, Desmoulins, Danton, y, sobre todo, Robespierre.

    El conflicto armado se precipit en los primeros meses de 1792, con un ministerio, dominado por los girondinos, en el que Dupont de Nemours, responsable de asuntos exteriores, era junto con Brissot aunque ste no formase parte del gabinete el autntico jefe del gobierno. La Asamblea acord el 20 de abril declarar la guerra a Austria. Merlin de Thionville lanz all su consigna; Hay que declarar la guerra a los reyes y la paz a las naciones. Slo siete diputados se opusieron.

    Los temores de los feuillants y los jacobinos se confirmaron: Francia no estaba preparada. En una coyuntura econmica desfavorable, un ejrcito privado de buena parte de sus mandos, carente de material, fracasar en la ofensiva lanzada contra Blgica el 28 de abril, siendo el general Dillon muerto por sus propias tropas. En la Conferencia de Sans-Souci (12 de mayo) se acord que Austria (el ms belicoso Francisco II haba sucedido al emperador Leopoldo) y Prusia invadieran Francia y marcharan sobre Pars, designndose al duque de Brunswick como general en jefe del ejrcito conjunto.

    3.3. La monarqua derrocada y el primer Terror

    La catstrofe militar conmocion al pas. La Asamblea legislativa, reunida en sesin permanente, dict diversos decretos encaminados a evitar un posible golpe de Estado monrquico y a fortalecer la defensa; deportacin de los clrigos refractarios (27 de mayo), disolucin de la guardFi constitucional del rey (29 de mayo) y estable- cimientq_.de~uxL..caniparaento .de 20..0D0 federados (voluntarios pertenecientes a la Guardia Nacional) que vendran a Pars a festejar la fiesta del 14 de julio, aniversario de la Federacin de 1790, Luis XVI acept poner fin a su guardia, pero puso veto a los otros decretos. Destituy por consejo de Dumouriez quien dimitir para ponerse al frente del ejrcito a los girondinos y los sustituye por ministros feuillants.

    Girondinos y jacobinos se unen ..en tonces y resuelven, de acuerdo con la munici- palidacPde PnsTuna accin comn para presionar al monarca: marchar sobre las Tu- lleras eL2Q de junio, invocando el cuarto aniversario del Juego de Pelota. Los clubs y la prensa democrtica excitan a un pueblo exasperado por las dificultades econmicas y movido por agitadores, como el cervecero Santerre, que dirige el batalln nacional de ia seccin de Inclusa, o el carnicero Legendre. Los manifestantes invaden la Asamblea, aerzan ms tarde las puertas del Palacio Real. El rey, que mostr el valor que 5c.:a resem.ar para las grandes ocasiones, fue injuriado, zarandeado y obligado a brindar con el pueblo, tocado con el gorro frigio. Se le presion para que llamara a los ministres gmenninrs para que sancionara las resoluciones de la Asamblea. No cedi. Los mantestantes term.inaron retirndose. Era el ensayo del 10 de agosto.

  • LA REVOLUCIN FRANCESA 73

    La izquierda se recupera e inicia el ataque contra la autoridad real. La situacin militar se agrava. Brunswick, seguido del ejrcito de emigrantes, invade Francia. El 11 de julio, la legislativa excita el sentimiento patritico; Tropas numerosas avanzan hacia nuestras fronteras; todos los que sienten horror por la libertad se arman contra nuestra Constitucin... Ciudadanos, la patria est en peligro! El 29 de iulio, Robespierre exige en eljduKuie los jacobinos la.-suspensin del rey y una Convencin Nacional. Los guardias nacionales federados van llegando a Pars (hay ms de 5.000 en aquellos momentos). El da 30, seiscientos marselleses entran en la capital, cantando el himno, compuesto en Strasburgo unos meses antes por Claude Joseph Rouget de Lisie, un joven capitn; es el Himno de los Marselleses, la Marsellesa, el canto de la Revolucin.

    En este ambiente electrizado, Pars conoce el 1 de agosto el ManifletQ_deljiuque de Bmnswick..(25 de julio), por el que se conmina a la Asamblea y al pueblo a cssar en sus ataques al-trono-y-al altar y axiejar, que el monarca ejerza su autoridad, amenazando con arrasar el pas a sangre y fuego y entregar Pars a la ejecucin militar y a la subversin total. Estalla entonces la sublevacin. El 9 de agosto, a las 11.45, Danton, por medio de la gran campana de los cordeliers, da la seal, a la que responden las de otras iglesias. Lassecciones designamc&misaros- que constituyen la Co- muna insurreccional, creada en la madrugada del 10 de agosto, imponindosela la Comuna legalde.Ears. Mandat, el comandante de la Guardia Nacional, es asesinado y sustituido por Santerre. Los insurgentes asaltan las Tuberas. La familia real se refugia en la Asamblea.

    La Coniuna insurreccional obliga a la Asamblea a suspender al rey hasta que una Convencin Nacional se pronuncie y a internarlo el da 12 en la Torre del Temple. La Comuna, dirigida por Huguenin, tiene.288 miembros, y ser pronto controlada por los jacobinos, Robespierre, Marat, Billaud-Varenne, Pache... Pero el hombre del momento es Danton, ministro de Justicia del Consejo Ejecutivo que sustituye al Consejo de Ministros, y en el que se sientan Monge, un matemtico, Lebrun, y los girondinos Roland, Servan y Clavire.

    El peligro exterior crece. Austracos y prusianos avanzan. Verdn se rinde y el camino de Pars queda abierto para el invasor. La idea de traicin se extiende. La Comuna-crea el 17 de agosto un Tribunal revolucionario, que inicia en seguida su funcionamiento. Desde el 25 cunde la especie de que se prepara un complot en las prisiones de Pars. En ellas se concentraban unos 3.000 detenidos, entre los que figuraban unos mil sospechosos (clrigos, aristcratas...), siendo el resto delincuentes de Derecho comn. Se trata de un rumor provocado. Las matanzas comienzan el 2 de septiembre en las prisiones de Pars y se prolongan hasta el da 6. En total, entre 1.100 y 1.400 personas fueron asesinadas, de las que tres cuartas partes eran presos de Derecho comn. La responsabilidad de estas matanzas inducidas recae directarnente sobre la Comuna de Pars y su Comit de Vigilancia, queTa's'j'stificaba, y de una justicia que no intervino. Pero nadie entre los lderes revolucionarios se opuso. Y es que, aunque su eco se extendi con horror por Europa, seguramente consiguieron su probable objetivo; aterrorizar a los adversarios de la Revolucin e intimidar a los moderados. Los girondinos, que haban pensado sostener la monarqua, renunciaron a ella. Se impuso la Repblica (Tulard).

    Las elecciones Ti'M Convencin se hicieron por sufragio universal de dos grados. Se elegan unas asambleas primarias, que a su vez eleganla Iqs^diputados. Muy po-

  • 74 HISTORIA UNIVERSAL CONTEMPORANEA

    eos participaron, sin embargo, por cuanto todos los adversarios del 10 de agosto, desde la aristocracia a los fuldenses, no tomaron parte. Hubo ms de un 85 % de abstenciones: as fue cmo una minora polticamente comprometida design a los miembros del Parlamento ms audaz de la historia de Francia (Furet). Un da antes de que la Convencin se reuniera, la gran noticia lleg a Pars: el triunfo de Valmy (20 de septiembre) alcanzado al grito de Viva la nacin!. Surga el patriotismo moderno; la adhesin a la nacin sustitua a la vieja lealtad dinstica. Un ejrcito de ciu- dadanos animados por aquel sentimiento derrotaba a un poderoso ejrcito profesio-^ nal. Pars se salvaba.

    4 . La Convencin (septiembre 1792 - octubre 1795)

    4 . 1. L a SITUACIN POLTICA

    En esta fase, caracterizada por una continua pugna ms precisamente, lucha a muerte por el poder, la Revolucin parece renegar de algunos de sus principios inspiradores bsicos: la razn se ve arrollada por el fanatismo, la fraternidad por el sectarismo, los derechos individuales a la vida o a la seguridad jurdica ignorados por la razn de Estado en su ms sectaria concepcin; en fin, las libertades civiles y polticas holladas o impracticables, porque hasta un comentario hecho a la ligera puede llevar al cadalso.

    No es, por tanto, ociosa la cuestin que plantean quienes piensan que la Revolucin de 1789 cobra en 1793 un sesgo desnaturalizador, una quiebra que rompe su sentido originario. Ni, al contrario, quienes entienden que 1793 est in nuce en 1789 o que la Revolucin es un bloque, un todo, que slo artificialmente se puede fraccionar.

    El 21 de septiembre de 1792 se rene por vez primera la Convencin. La nueva cmara constaba de unos 750 diputados, la mayora de ellos noveles, pero haba una nada despreciable minora de hombres ya avezados y con experiencia: 75 haban formado parte de la Asamblea Nacional, y oros 120 de la legislativa. Socialmente, la mayora de los convencionales procedfajxdeJas.clases medias, pero no faltaban dando una nota ms pintoresca que significativa individuos de otro origen social. Haba alguno perteneciente a la vieja nobleza, como el duque de Orlens, que se hizo llamar Felipe Igualdad y result elegido en Pars. Y tambin hubo un par de individuos de las clases trabajadoras, como los dos nicos obreros manuales: un tejqdqr de Reirns.y un armero de Saint-tienne. La homogeneidad social de la cmara era, pues, notable.

    Polticamente, la disparidad era ms amplia. Los moderados partidarios de la monarqua constitucional los feuillans desaparecieron de la escena parlamentaria, mientras sus rivales, la antigua izquierda de la legislativa, se escindi. Una faccin se agrup en romo a Jaeques-Pierre Brissot, por lo que se les llama brissotinos, o ms coirienremente girondinos, ya que algunas de sus figuras relevantes procedan de Burdeos y el ceparramento de la Gironda. Aunque es comn hablar de un partido girondino . no parece que existiera como tal, y ha sido ms bien la aceptacin por los hisroriaderes de -cs supuestos de la propaganda poltica de sus rivales lo que ha determinado la diras: ;n del equvoco. Ya Lamartine, en su Historia de los girondinos, conclua que estes carecieron de ideas comunes, unidad interna y poltica definida

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    propia. Y hace un cuarto de siglo una cuidadosa monografa de Michael J. Sydenham conclua taxativamente, y con argumentos convincentes, que los girondinos fueron ms que nada un elenco de individualidades que en todo momento mantuvieron su independencia, sin contar con direccin ni organizacin poltica concretas. Con todo, hubo unos cuantos centros en los que los girondinos se relacionaban e intercambiaban ideas, aunque sin exclusivismo ni afn de militancia: el peridico de Brissot, Le Patriote Franais, el crculo del diputado Valaz y, sobre todo y como ya se dijo, el saln de madame Roland, la cultivada esposa del ministro. En la cmara eran unos 160 diputados, todos elegidos en provincias, contndose entre ellos algunas de las ms brillantes individualidades de la Convencin.

    La otra .facclQa,,QCupaba...en. la-cmara- los escaos, ms altos de la parte izquier- da,, p_or Jo. que se les denomin la Montaa, como ya se coment. Al margen de esta identificacin topogrfica, les una el haber sido elegidos a muchos de sus componentes, y sobre todo a sus portavoces Robespierre, Danton y Marat, en Paris, y su jrexin con el club de los jacobinos. Sumabm eiTotal unos 200 diputados, y tampoco haba entre ellos inicialmente una organizacin partidaria explcita. No era fcil que se sometieran a una disciplina de grupo estricta personalidades tan marcadas como las que haba en el grupo, en primer trmino los tres ya citados, u otros tan destacados como Hrault de Schelles, el obispo Grgoire, el paraltico Couthon o el jo ven Saint-Just, benjamn de los convencionales, con no ms de veinticinco aos. Los montaeses, sin embargo, llegaron a aproximarse ms a lo que puede ser un partido con cierta disciplina parlamentaria y poltica comn definida. Su ligazn vendra, adems del ascendiente de sus portavoces y en especial de Robespierre, de su relacin con los jacobinos, que inspiraron gran parte de su poltica y sus posiciones, de forma que hasta cierto punto se pueden identificar Montaa y jacobinos.

    Entre estos ltimos y los girondinos se encontraban la mayor parte de los con- Yencionales, unos cuatrocientos, a los que se denominaba, con un punto de desdn, la Llanura o el Pantano (MuraY), donde el equvoco jugaba en torno a su localizacin fsica en la zona baja de la cmara y lo ambiguo y comedido de sus posiciones polticas. No faltaban en la Llanura algunas personalidades brillantes, como Siyes, pero en conjunto era una masa gris e influenciable, cuyo apoyo se disputaban los girondinos y la Montaa, y el modo en que stos supieron ganrselo resultara definitivo para su triunfo.

    La relacin de fuerzas fue inestable durante meses. Los girondinos consiguieron desactivar en parte los organismos extraordinarios creados a raz del 10 de agosto, como el comit de vigilancia de la municipalidad de Pars o el Tribunal extraordinario para juzgar a los defensores de las Tulleras. Los jacobinos, mientras tanto, ganaban terreno en la lucha propagandstica haciendo crecer la imagen de los girondinos como facciosos. Se atrajeron a algunos destacados componentes de la Llanura, como Barre, Cambon o Carnot; consiguieron paralizar la creacin de una guardia departamental para proteger a la Convencin de la presin de la muchedumbre de Pars, y lograron promover a la alcalda de la capital a Cambon, asistido por Chaumet- t y Hbert, de conocidas posiciones radicales. LqjnejorJte:^ que podan exhibir los girondinos era la evolucin bastante favorable de la guerra, manteniendo la tnica de Valmy. Entre finales de septiembre y principios d vimbre, las fuerzas francesas ocuparon .Saboyn^y Niza, y .en el norte Francfort y Maguncia. Finalmente, Dumouriez derrot a los austracos en Jemmapes, dominando Blgica.

  • 76 HISTORIA UNIVERSAL CONTEMPORANEA

    4.2. Proceso y muerte de Luis XVI

    La situacin del rnonarca cautivx) y bajo la vigilancia del municipio de Pars se re covirtndo en una cuestin embarazosa que daba lugar a una doble presin. Por una parte, numerosas sociedades y clubs exigan un juicio para que respondiera de su traicin. Incluso algunos convencionales fomentaban el ms primario sentir antimonrquico. En sentido contrario se manifestaba una corriente de simpata hacia la familia real, estimulada por una produccin de panfletos que resaltaban la dureza de las condiciones de su encierro y las vejaciones sufridas. Quedaban otras consideraciones, entre las que no era la menos importante la posible reaccin internacional.

    Los rgndinqs dilataban tomar una resolucin ante .el caso, apoyndose, entre otras cosas, en el carcter inviolable del soberano segn la Constitucin de L791. El descubrimiento el 20 de noviembre de 1792 del famoso

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    ta entonces tan favorable abandon a los ejrcitos franceses. El 18 de marzo, Du- mouriez result vencido en,Meewinder_y despus de fracasar en su intento de dirigir su ejrcito contra Pars, se pas al enemigo con el hijo de Felipe Igualdad, el duque de Chartres. En los dems frentes los coaligados se impusieron tambin durante los primeros meses del ao.

    La emergencia nacional que supuso la guerra dio lugar a decisiones trascendentales. EL2^-de-fehrere de 1793 se orden una leva de 300.000 hombres, cuyo rechazo en reas como la Vende desencadenara una sublevacin de gran envergadura. Al tiempo se agrav la situacin econmica, con un incremento de la caresta que motiv tumultos en Eajs-4uEane-4os-^lltitais-das,ide-eheropiroducindose .saqueos de tiendas. Pero, sobre todo, indujo a establecer organismos de represin que son autnticos pilares de la posterior poltica terrorista. As, el 9 de abril el comit de defensa general, creado el 1 de enero anterior, se transform en Comit de Salvacin Pblica. Un mes antes, el 10 de marzo, se instal en Pars el Tribunal Revolucionario, una jurisdiccin extraordinaria que impondra pena capital a los emigrados, los sacerdotes refractarios o a los enemigos de la Revolucin en general. Antes de terminar el mes se crearon en cada municipio comits de vigilancia para el control de los extranjeros, establecer relaciones de sospechosos y dispensar certificados de civismo, cuya consecucin o denegacin supona dividir de hecho a la poblacin en adictos o adversarios. Por otra parte, se decret la muerte civil de los emigrados y la ocupacin de sus bienes.

    4.3. Los GIRONDINOS, DERROTADOS

    Todas estas disposiciones no detuvieron la lucha.-entre,.iacabinos y girondinos, sino que ms bien la exasperaron, toda vez que los segundos se mostraran, por lo general, reacios a la adopcin de las medidas finalmente aprobadas gracias al influjo que sus rivales iban adquiriendo sobre la Llanura. Los girondinos no desconocan que buena parte del poder poltico de la faccin rival descansaba en la municipalidad de Pars y en la cobertura que daba al movimiento radical, y contra ella quisieron actuar. Para ello lograron la creacin de una comisin especial (la Comisin de los doce), encargada de investigar los abusos de poder cometidos desde el lfde'agosto anterior. Al mismo tiempo consiguieron el encausamiento de Hbertpor un artculo de su peridico, el provocativo Pre Duchesne, en el que imputaba a los distintos crculos genricamente denominados girondinos complicidad con Dumouriez y propsitos de restauracionismo monrquico.

    Sin embargo, Hbert no, llegara, a s_er juzgadQ- Mostrando que el poder radicaba de hecho fuera de las instituciones, el 25 de mayo una comisin de la municipalidad se present en la Convencin exigiendo la puesta en libertad del detenido. Se perfilaba en ello uno de los aspectos en que cristaliz el enfrentamiento entre montaeses y girondinos, como conflicto entre el extremismo poltico de un sector de la poblacin de Pars que coaccionando a los representantes impone sus deseos al resto del pas, y unas provincias deseosas de salidas menos extremistas al proceso revolucionario y, a la par, de mayor margen de accin poltica autnoma, lo que se llamar federalismo.

    -Durante los ltimos das de mayo se produjeron reiterados ataques de^los sans- culottes y el pueblo bajo de Pars, agitado por la caresta, contra la Convencin. El 31,

  • .a municipalidad se declara abiertamente en estado de insurreccin y pone en marcha imLj2lan.bien_organizad^ para eliminar toda oposicin poltica a la Montaa. El primer paso es nombrar jefe de la iGuardia Nacional de la capital a Hanriot, un antiguo empleado de consumos. l es quien al frente de unos 80.000 hombres y abundante artillera rode el edificio en el que se reuna la Convencin el 2 de junio. ELpropsito era claro: intimidar a la Llanura y obtener el arresto de los principales jefes girondinos, lo que requiere, para salvaguardar una sombra de legalidad, que previamente se les despoje de su condicin de representantes y de su inviolabilidad como tales. Con este propsito compareci ante la asamblea una delegacin, dando lugar a un confuso debate. El presidente, Hrault de Schelles, intent salvar la situacin y la dignidad de la cmara haciendo salir a los diputados en masa, pero la firmeza de Hanriot al ordenar a los artilleros prevenir las piezas desbarat toda resistencia. Bajo tan descarnada coaccin los convencionales votaron la exclusin de veintinueve diputados girondinos, ms los ministros Clavire y Lebrun, que fueron arrestados en sus domicilios; slo unos pocos consiguieron huir y de ellos una nfima parte logr escapar a la suerte que aguardaba a los que quedaron en Pars.

    En diferentes ciudades de^ Francia-meridional se..desencaden una abierta resistencia a la nueva orientacin poltica y a quienes la marcaban en Pars. En Burdeos, Lyon, Marsella o Caen los girondinos locales se" hiclefn con el poder sin omitir violencias contra los jacobinos. Se inici as una insurreccin fraccionada y dispersa a la que se denomin federalista y que ms que responder a un proyecto de federacin poltica para Francia en sentido estricto, fue reflejo del descontento hacia Pars. La amplitud de esta insurreccin, aunque desigual en las distintas reas, lleg a afectar a mms_6f)-denartamentos. es decir, casi tres cuartas partes del territorio de la Repblica.

    Simultneamente, en la Vende se extenda la insurreccin contrarrevolucionaria iniciada el mes de marzo. Los insurgentes se haban organizado en un ejrcito cat- lico y real, al que los problemas de mando y organizacin no haban impedido dominar todo el departamento, y muy especialmente sus mayoritarias zonas rurales, y ocupar Saumur el 9 de junio. Finalmente, a este doble frente interior se aada el exterior, donde las fuerzas movilizadas por la coalicin europea amenazaban las fronteras u ocupaban algunas plazas estratgicas, mientras la marina inglesa bloqueaba las costas, auxiliada por los holandeses.

    ^ HISTORIA UNIVERSAL CONTEMPORANEA

    4.4. La C o n s t it u c i n d e 1793

    Una veztedos los girondinos, los trmites se aceleraron al mximo. El anteproyecto del 15 de febrero de 1793 qued olvidado y Hrault de Schelles, Saint Just y Cambon,prepaxa.rou-otro a-toda prisa, que tras una discusin de diez das qued apro- bacri.el 24 de junio. Al mes siguiente se someti a referndum, siendo aprobado por algo ms de un milln ochocientos mil votos frente a unos once mil, y con una abstencin cei 70 -c.

    Ite_Ccn:s:jucin del 24 de junio de 1793, Constitucin del ao I, se inspira en gran pane en e. anteproyecto girondino. Las diferencias fundamentales, adems de la mayor brmedan constaba de slo 124 concisos artculos, incluida la Declaracin de Derechos pre-im:nar estn en la forma en que reduce el alcance de los poderes locales

  • LA REVOLUCIN FRANCESA 79

    a la par que refuerza los del legislativo. I..a Asamblea, en efecto, nombra al ejecutivo (veinticuatro miembros elegidos entre candidatos propuestos por los electores a razn de uno por departamento), que le est, adems, estrechamente subordinado. Estahle-

    ,.c& el,sulnag-io-universaL directo; los electores, agrupados en asambleas primarias, tienen por su parte un cierto control sobre la Asamblea, pues las leyes votadas no entran en vigor ms que al cabo de cuarenta das de no haberse producido reclamacin o impugnacin por parte de una mayora calificada de las asambleas primarias; en caso contrario todas ellas deben pronunciarse en referndum sobre la ley en cuestin. Eso no obstante, la Asamblea puede promulgar decretos de ejecucin inmediata.

    La influencia del pensamiento jacobino es, en todo caso, apreciable. En primer trmino, el principio de. soberana nacional se transforma en el de soberana popular, es decir, se parte del principio de que cada individuo es titular de una fraccin de soberana, y esto fundamenta la inclusin en el articulado del sufragio universal y del referndum. Incluye, por otra parte, una detenida relacin de libertades y derechos individuales y sociales, tales como el derecho al trabajo o a la asistencia, que el Estado debe garantizar, y el derecho a la insurreccin en caso de que el gobierno viole esos derechos, lo que es, en buena medida, una legitimacin a posteriori de las insurrecciones ya conocidas.

    En cualquier caso, laCQnstitucin -del ao I no se aplic nunca. Concebida en gran parte como instrumento de propaganda revolucionaria, cabe dudar sobre su viabilidad, pero su entrada en vigor qued aplazada para cuando estuvieran conjurados los muchos problemas a que entonces haba que hacer frente.

    Al diferir la entrada en vigor de la Constitucin, siguieron actuando los mismos organismos constitucionales que se fueron creando desde la proclamacin de la Repblica, es decir, el Consejo ejecutivo controlado por la Asamblea y, sobre todo,.el Comit de Salvacin Pblica establecido en abril. Habra de ser, precisamente, este organismo apenas experimentado el que ms activamente fuera acaparando el control efectivo del poder. Dotado desde el primer momento de amplias atribuciones, hasta el punto de que el Consejo ejecutivo qued totalmente supeditado a su autoridad, sus nueve componentes entendieron en todos los asuntos excepto los de finanzas. Sin embargo, su eficacia fue escasa, sin resolver ninguno de los problemas urgentes desencadenados durante aquella primavera. Por ello fue fcil justificar su renovacin, que se llev a cabo en julio, depurando a los partidarios de los girondinos que en l haba y al mismo Danton.

    El nuevo Comit de Salvacin Pblica qued integrado por doce miembros que en principio habran de renovarse mensualmente por la Asamblea, pero, de hecho, resultaron ser permanentes al recibir mes tras mes sucesivas renovaciones de sus mandatos. No tena una presidencia o direccin concreta; todos los miembros eran solidarios de todas las decisiones, si bien bastaban las firmas de tres de ellos para que fueran vlidas, y mantenan una celosa reserva sobre el contenido de sus deliberaciones. Dieron muestras de gran entrega y capacidad de trabajo, que permiti que el comit despachara docenas de asuntos diarios.

    El comit se hizo con todos los resortes del poder. Controlaba los ministerios y la municipalidad de Pars, los ejrcitos, los suministros, los restantes comits de la Convencin e indirectamente la polica y los tribunales. No descuid la propaganda; dispuso pronto de un boletn que se distribua ampliamente en los pueblos y en el ejrcito y reparta fondos para sostener peridicos afectos. Pero en una sociedad tan

  • escasamente alfabetizada, tan importantes como los peridicos eran las fiestas y conmemoraciones mediante las cuales se familiarizaba a la multitud con los nuevos principios polticos, y que por eso fueron objeto de especial atencin.

    Aunque tericamente todos los, miembros del comit eran iguales, fue cobrando paulatinamente autoridad en su seno Robespierre, de manera que al igual que el comit fue acaparando poder que se sustraa a la Asamblea, tambin Robespierre fue acaparando personalmente autoridad que se sustraa al comit. Al margen de sus dotes personales, lo que explica esta jefatura de hecho es el control que Robespierre ejerca sobre el club de los jacobinos y sobre la municipalidad y su Guardia Nacional.

    El gobierno revolucionario sigui una lnea netamente centralizadora, no slo recortando las atribuciones de los departamentos, sino controlando estrechamente su marcha poltica. Para ello se vali de agentes secretos y de emisarios oficiales, los representantes en misin, en teora enviados por la Convencin pero que de hecho respondan ante el comit, que era tambin quien determinaba sus misiones y les daba instrucciones. Disponan de poderes ilimitados, de suerte que el exceso de celo o lo expeditivo de sus mtodos hicieron que su actuacin fuera frecuentemente polmica y a veces brutal, pero siempre eficaz para la poltica del comit. Finalmente, por la Ley de 14 de primario (4 de diciembre de 1793) todas las autoridades y funcionarios locales quedaron directamente subordinados al Comit de Salvacin Pblica. Los agentes enviados a las diferentes localidades tenan que informar a este comit y al de Seguridad Pblica, para las cuestiones de polica, cada diez das como mximo.

    HISTORIA UNIVERSAL CONTEMPORANEA

    4.5. U n g o b ie r n o r e v o l u c io n a r io

    Ante la grave crisis a que tena que enfrentarse en el verano de 1793, con tres frentes militares abiertos simultneamente, el gobierno revolucionario rechaz toda idea de transaccin, optando por la guerra hasta el final, declarndose el 10 de octubre revolucionario, esto es, extraordinario y expeditivo hasta la paz. En consecuencia con ello, ya el 23 de agosto se promulg un decreto de movilizacin general que inclua el reclutamiento masivo de los jvenes solteros, la movilizacin de los varones en el transporte y la produccin de guerra y de las mujeres para actividades auxiliares que tambin se asignaron a los nios y hasta a los ancianos, requeridos para inflamar el ardor de los combatientes con sus arengas.

    Gracias al voluntariado y al reclutamiento se llegaron a crear nueve ejrcitos con un total de 750.000 hombres en armas, y aunque no sin tener que vencer resistencias y deserciones, a aquellos combatientes y a sus jefes se les inspir un particular espritu de entusiasmo patritico y de identificacin con los principios revolucionarios y la poltica jacobina que hara del ejrcito uno de los ms slidos bastiones del radicalismo republicano y del patriotismo. E_Lp_eculiaii_espMtu--de_.ese ejrcitomacional, el gran esfuerzo productivo y organizativo de la retaguardia, las innovaciones tcticas, los juicios sumarsimos y la pena de muerte que se aplicaba a los generales vencidos, la iniciativa eIria]ento de los nuevos.jefes ascendidos en metericas carreras desde los ms humildes rangos, todo contribuy a que durante la segunda mitad del ao las victorias se sucedieran en los distintos frentes.

    Las ciudades rebeldes fueron ocupadas y sus poblaciones sometidas a brutales represalias que querian seor de escarmiento; por eso a las masacres se uni la des

  • LA REVOLUCIN FRANCESA 81

    truccin parcial o el cambio de nombre. En las fronteras los invasores se vieron rechazados, y ya en 1794 las tropas francesas invadieron territorio enemigo en Blgica, Holanda, los Estados alemanes y Espaa, El ejrcito defensivo de la Repblica pas a ser de conquista y propagacin revolucionaria.

    En la Vende el ejrcito catlico y monrquico j^sult aniquilado en Savenay el 23 de diciembre de 1793, y desde entonces la guerra qued reducida lTf una cruenta serie de acciones de guerrilla y contraguerrilla a cargo de chuanes y columnas infernales mandadas por Turreau. Las atrocidades, de Nantes, de Lyon o de Burdeos se superaron con mucho en la Vende. El 1 de octubre, Barre clam en la Convencin: destruid la Vende!, y no parece que pretendieran otra cosa quienes all actuaron de modo tal que ha permitido hablar de genocidio en la regin.

    La poltica econmica del gobierno revolucionr'fu tambin centralizadora e intervencionista, corriendo su ejecucin a cargo de una omnicomprensiva comisin de subsistencias. Los jacobinos, a diferencia de los girondinos, no dudaron en limitar las libertades econmicas, y de all procede la ley del mximo, cuya finalidad era fa- s_ar. el precio de los artculos de consumo popular para controlar su subida. Mediante una serie de decretos promulgados en septiembre, la Convencin autoriz y ampli iniciativas que en este sentido, y a fin de contener la irritacin popular, haban ido tomando algunas municipalidades durante el verano. Esas disposiciones precipitadas y poco efectivas, tras adecuada discusin poltica y examen tcnico por la comisin de subsistencias, se reformaron por la Ley de 21 de febrero de 1794, la llamada ley del mximo. Prohiba la venta de un conjunto de veinticuatro artculos por encima del precio mximo fijado, establecido sobre la base del que tuvieran en 1790 con un incremento de un tercio, e, igualmente, determinaba cuantas mximas y mnimas para los salarios. sta y otras medidas complementarias tambin adoptadas por entonces, en lo que constituy el terror econmico, fueron consecuencia de la presin de la sans-culotterie parisina agitada por enrags o radicales como lean Roux, un antiguo sacerdote que dominaba en la seccin de Gravilliers, y movilizada por el alza del coste de la vida, la inflacin y depreciacin de los asignados y la escasez a la que contribuan las exigencias de la intendencia militar.

    4.6. E l T e r r o r

    Al igual que los mecanismos bsicos del gobierno, los del Terror se fueron disponiendo durante la primavera de 1793. La creacin de su pieza institucional bsica, el Tribunal reyoiiicipnan^ data en efecto de marzo de aquel ao, pero su actividad fue lenta y reducida hasta septiembre: conoci 260 casos, pronunciando 66 penas capitales. Constaba de cuatro secciones, con jueces nombrados, por el Comit de Salvacin PbXica.y el de Seguridad General que eligieron a magistrados de carrera hasta entonces mediocre, un acusador pblico, el celoso Fouquier-Tinville, y un cuerpo de jurados elegido entre individuos de probado entusiasmo revolucionario y fidelidad a la Convencin, es decir, de acreditada parcialidad. Las sentencias eran inapelables y de ejecucin automtica.

    Junto al tribunal figuraba el Comit de Seguridad General, encargado de la polica. Lo formaban doce diputados y su cometido era defender la seguridad del Estado, descubriendo conspiraciones y conjuras sin reparar en medios. En cada ciudad hubo

  • lambin comits de vigilancia y tribunales revolucionarios encargados del control de la poblacin y la represin de sospechosos y contrarrevolucionarios declarados. Los ejrcitos revolucionarios, finalmente, aunque con un perodo de actuacin ms breve, llevaron la represin all donde no hubiera organismos concretos encargados de aplicarla.

    La poltica del Terror supuso la negacin u olvido de algunos de los principios bsicos de la Revolucin, como la fraternidad, la seguridad jurdica y la proteccin frente a la arbitrariedad. Su aplicacin supuso establecer un dualismo tajante y cmo! entre afectos y desafectos, los unos conciudadanos, los otros extraos a la comunidad y enemigos de ella; para aqullos, como dijo Robespierre en la Convencin, la razn; para stos, la muerte.

    Bajo esos principios se denunci, se registraron casas y se encarcel a millares. Se manejan cifras entre 300.000 y 800.000 incriminados como sospechosos, es decir, un 4 % de la poblacin total que de una forma u otra se vio incluida en esa elstica y temible categora. Las ejecuciones por sentencias del tribunal de Pars y los tribunales departamentales y comisiones extraordinarias alcanzaron un mnimo de 17.000, con marcadas diferencias regionales, pero el nmero real bien pudo triplicar esa cantidad, teniendo en cuenta los asesinados sin proceso o bajo otras condiciones. Caso especial fue la Vende, donde el nmero de vctimas de la represin republicana, imposible de conocer con certeza y por tanto inevitablemente envuelto en la polmica, sum varios cientos de miles.

    En la aplicacin del Terror y al margen del pequeo porcentaje de vctimas registrado hasta septiembre de 1793, cabe distinguir dos fases. Lina, que transcurre entre octubre de 1793 y mayo de 1794, y que se abre con la ejecuciiTlTMana-Anto- nieta_y,los. cabecillas girondinos; durante aquellos meses sucumben tres cuartas partes de las vctimas totales, concentrndose entre noviembre, diciembre y enero casi la mitad de todas las ejecuciones. La otra fase cubre slo junio y julio de 1794. Tras la reforma del 22 de pradial (10 de junio) que simplific el procedimiento penal y concentr todos los procesos en el tribunal de Pars, en casi dos meses, junio y julio, fueron ejecutadas unas 5.000 personas. Laoual es particularmente significativo, porque para entonces las circunstancias de inseguridad interna y exterior, que tradicionalmente han justificado las matanzas, haban variado sustancialmente con un claro alejamiento del peligro por las victorias militares y la propia represin en el interior. Fue, as, el propio Terror lo que cre las circunstancias que lo alimentaban.

    HISTORIA UNIVERSAL CONTEMPORANEA

    4.7. C a e n l o s j a c o b in o s . R o b e s p ie r r e , a l a g u il l o t in a

    La disipacin del peligro acentu una dinmica de luchas internas que desde iT.ayc } abril fue poniendo los resortes de poder y de la represin judicial en manos ce R jbspierre, hasta el punto de que el gobierno revolucionario y el Terror llegaron a :cer.::::carse con su persona, y el fin de uno y otro con su eliminacin. La Montaa caoia zercco su principal fuerza de unin en la oposicin a la gironda y, despus, en jC emergencia interna y exterior del verano de 1793. Pero cuando todo eso pareci haberse alejado, la falta de homogeneidad real se manifestara de mltiples maneras y se increm.entara desde principios de 1794 al dejarse ver de forma activa orientaciones polticas opuestas a la del Comit de Salvacin Pblica.

  • LA REVOLUCION FRANCESA 83

    Las dos lneas crticas con la orientacin del comit tenan signo opuesto entre s. Se trataba, por una parte, de la llamada radical o ultrarrevolucionaria que se agrupaba en torno a Hbert y tena su apoyo en la municipalidad de Pars y en el control de las secciones. De forma ms o menos explcita este grupo haba venido cuestionando la efectividad de la poltica de intervencionismo econmico y exigiendo medidas ms radicales en este campo. Pero la manifestacin de su distanciamiento respecto al comit y Robespierre se dejara ver con ocasin de las celebraciones descris- tianizadoras que, xin la fiesta de la Razn y la Libertad celebrada en Notre Dame como momento lgido, se desarrollaron especialmente durante el otoo de 1793._Rm bespierre critic abiertamente lo que otros montaeses llamaron mascaradas y l consideraba exaltaciones del atesmo. Frente a las profanaciones que tanto satisfacan a Hbert, impuls un culto desta, al Ser Supremo del que l. sera definidor y celebrante unos meses ms tarde, ya despus de haber acabado con Hbert.

    Aunque nada irrelevantes, estos desacuerdos religiosos no eran ms que parte de discrepancias ms hondas y, en ltimo extremo, de rivalidad por el poder. Vindolo as, el Comit de Salvacin Pblica, junto con el de Seguridad, prepar las acusaciones oportunas contra Hbert y sus seguidores inmediatos, dando pbulo a algunas denuncias anteriores. As, se les imput fraguar un complejo complot contrarrevolucionario del que formaran parte los excesos que fomentaban para desacreditar a la Repblica. Asimismo se les acus de connivencia con agentes y especuladores extranjeros en asuntos econmicos y turbios. En la noche del 23 de ventoso (13 de marzo), Hbert y sus pincipales seguidores fueron detenidos, con algunos extranjeros como el austraco Proli y el alemn Cloots, jacobino que se haba distinguido por un extremismo afectado. Un simulacro de proceso los envi al cadalso al cabo de diez das en medio del desconcertado estupor de los sans-culottes.

    Slo unas semanas ms tarde se abri el proceso contra los representantes de la segunda posicin crtica, los llamados indulgentes, cuya cabeza visible era Danton. ste., tras estar algn tiempo retirado a la vida privada, haba vuelto a la poltica preconizando de forma cada vez ms explcita la necesidad de poner fin al rgimen extraordinario y acabar con el Terror, lo mismo en su vertiente represiva que econmica. Esa posicin la sostena su compaero Desmoulins mediante su peridico Vieux Cordelier, en cuyas pginas censuraba los rasgos policac