Teórica 2 - 2015

111

Transcript of Teórica 2 - 2015

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 1/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 2/111

O isolamento de bactérias a partir de um peixe comsintomas de doença é tomado como evidência de infecção;

Esquecendo-se frequentemente da necessidade de secumprirem os Postulados de Koch.

 Actualmente considera-se que o cumprimento dos postulados de Koch é

suficiente mais não necessário para o estabelecimento de uma relaçãocausal entre microrganismo e doença.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 3/111

Robert Koch (1843-1910)

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 4/111

Robert Koch (1843-1910) utilizou os critérios desenvolvidospelo seu professor Jacob Henle (1809-1895) para

demonstrar a relação entre o Bacillus anthracis e o antraz;

 Actualmente estes critérios são conhecidos comoPostulados de Koch:

Continuam a ser utilizados para demonstrar a ligaçãocausal entre um microrganismo e a doença por elecausada.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 5/111

1.O microrganismo tem que estar presente em todos osanimais doentes e ausente em todos os animais saudáveis;

2.O microrganismo tem que ser isolado a partir de umanimal doente e cultivado em cultura pura;

3.O microrganismo deve ser capaz de causar doença quando

introduzido num animal saudável;4.O microrganismo tem que ser re-isolado do animal

infectado experimentalmente e identificado como idênticoao que provocou a infecção inicial.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 6/111

Bactérias patogénicas para peixes:

Lista extensa:

Estão descritas cerca de 93 espécies bacterianas patogénicas para peixes, das quais algumas:

São reconhecidamente patogénicas (Ex: Vibrio sp.);

Têm validade taxonómica duvidosa (Ex: Myxobacterium);

São duvidosas como patogénios de peixes (Ex: S. epidermidis

)

Não são consideradas patogénios “

bona fide

”.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 7/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 8/111

Métodos de identificação bacteriana:

Identificação bioquímica:

Identificação bioquímica tradicional;

Testes miniaturizados multiprova.

Identificação serológica;

Identificação molecular.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 9/111

Sintomatologia de

infecções bacterianas

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 10/111

 Adaptado de Austin & Austin, 1999

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 11/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 12/111

© Miguel Ramos, 2005

© Miguel Ramos, 2005 © Miguel Ramos, 2005

© Miguel Ramos, 2005

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 13/111

© Miguel Ramos, 2005 © Miguel Ramos, 2005

© Miguel Ramos, 2005 © Miguel Ramos, 2005

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 14/111

© Miguel Ramos, 2005

© Miguel Ramos, 2005 © Miguel Ramos, 2005

© Miguel Ramos, 2005

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 15/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 16/111

© Miguel Ramos, 2005 © Miguel Ramos, 2005

© Miguel Ramos, 2005 © Miguel Ramos, 2005

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 17/111

© Schlotfeldt & Alderman, 1995 © Schlotfeldt & Alderman, 1995

© Schlotfeldt & Alderman, 1995 © Schlotfeldt & Alderman, 1995 © Schlotfeldt & Alderman, 1995

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 18/111

© Schlotfeldt & Alderman, 1995 © Schlotfeldt & Alderman, 1995 © Schlotfeldt & Alderman, 1995

© Schlotfeldt & Alderman, 1995

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 19/111

 As amostras devem ser retiradas de animais moribundos oumortos recentemente;

Na presença de lesões externas, estas devem ser amostradas

antes de se proceder à necropsia do animal;

 A forma de se amostrar as lesões depende do tipo de agente etiológico que sepresume estar a infectar o animal.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 20/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 21/111

Por rotina, os órgãos internos a analisar são:

Rim, Baço e Fígado;

Podem analisar-se outros órgãos como o cérebro, olhos, coração, intestino,

 brânquias e tecido muscular.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 22/111

Órgãos internos a analisar:

 A escolha dos órgãos a analisar pode estar relacionada com:

 A sintomatologia externa e interna apresentada pelo animal;

O histórico da piscicultura.

Quantos mais órgãos analisarmos, maior é a probabilidade de se isolar oagente etiológico.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 23/111

 A exposição dos órgãosinternos efectua-se com base em 3 incisões distintase sequenciais:

De a para b, tendo o cuidado denão perfurar o intestino;

De a para c ao longo da coluna vertebral;

De b para c.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 24/111

Isolamento Primário:

 As amostras dos diferentes órgãos devem ser inoculadas em diferentes meios

de cultura de modo a maximizar o isolamento do agente etiológico:

Meios de cultura gerais:

TSA (Trypticase Soy Agar);

BHIA (Brain Hearth Infusian Agar);

NA (Nutrient Agar);

MA (Marine Agar).

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 25/111

Isolamento Primário:

Meios Selectivos/Diferenciais:

Para o isolamento de Vibrio sp. utiliza-se TCBS (Thiosulfate Citrate Bile Salts Sucrose Agar);

Para o isolamento de bactérias Gram-positivas utiliza-se Agar Sangue;

Para o isolamento de Yersinia ruckeri utiliza-se SW (Shotts-Waltman) ou ROD (agar Ribose-Ornitina Desoxicolato);

Para o isolamento de Aeromonas hydrophila utiliza-se Rimler-Shotts (1973) (Novobiocina, azulde bromotimol, desoxicolato, citrato e tiosulfato).

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 26/111

Isolamento Primário:

Meios especiais:

Para o isolamento de Flexibacter/Tenacibaculum e Flavobacterium utiliza-se Agar Cytophaga (AO - Anacker & Ordal, 1959), Agar de Song (1988) ou Agar FMM (Pazos et al ., 1995);

 Agar FLP (Cepeda et al ., 2004) para o isolamento de Flavobacterium psychrophilum.

Para o isolamento de Renibacterium salmoninarum utiliza-se KDM-2 (Evelyn, 1977).

No caso de bactérias de água salgada, os meios deverão ser suplementadoscom NaCl (concentração final 1 a 2% p/v).

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 27/111

Sub-culturas

Cultura pura

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 28/111

Principais bactérias Gram negativas patogénicas para peixes:

Vibrio anguillarum;

 Photobacterium damselae subsp. piscicida;

Tenacibaculum maritimum;

 Aeromonas salmonicida.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 29/111

Principais bactérias Gram negativas patogénicas para peixes:

 Aeromonas hydrophilla;

Yersinia ruckeri;

 Flavobacterium columnare;

 Flavobacterium psychrophilum.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 30/111

Principais bactérias Gram positivas patogénicas para peixes: 

 Mycobaterium marinum;

 Streptococcus parauberis;

 Lactococcus garvieae.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 31/111

Principais pontos:

Descrição da doença;

Características do agente etiológico;

Espécies afectadas;

Isolamento;

Epidemiologia;

Factores de patogenicidade;

Controlo.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 32/111

Principais bactérias patogénicas para peixes

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 33/111

Bactéria Gram -;

Bacilo curto e fino;

Móvel;

Oxidase +;

Catalase +;

Fermentativo;

Cresce em TCBS:

Colónias amarelas;

Sensível ao O129;

 Arginina dihidrolase +;

Lisina descaboxilase -;

Ornitina descarboxilase -;

Gelatinase +;

Indol +;

Manitol +;

Cresce entre 10-35 ºC, óptima 22 ºC.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 34/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 35/111

Gram -;

Bacilo curto e grosso;

Imóvel;

Oxidase +;

Catalase +;

Fermentativo;

Crescimento em TCBS -;

Sensível ao O129 (150 µg);

 Arginina dihidrolase +;

Lisina descaboxilase -;

Ornitina descarboxilase -;

Gelatinase -;

Indol -;

Manitol -;

Cresce entre 10-32 ºC, óptima 25 ºC.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 36/111

Gram -;

Bacilo;

Imóvel;

Oxidase -;

Catalase +;

ß-Galactosidase -;

Fermentativo;

 Arginina dihidrolase -;

Lisina descaboxilase +;

Ornitina descarboxilase +;

Gelatinase -;

Indol +;

H2S +;

 Arabinose, Lactose, Manitol,Sacarose -;

Frutose, galactose, glicerol, maltose,manose +.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 37/111

Gram -;

Cocobacilo;

Mobilidade V:

Móvel a 22 ºC e imóvel a 37 ºC.

Oxidase -;

Catalase +;

Fermentativo; Arginina dehidrolase -;

Lisina descarboxilase -;

Ornitina descaboxilase +;

 Vermelho de metilo +;

 Voges-Proskauer - a 37ºC;

Citrato + a 22 ºC;

Sulfureto de hidrogénio (H2S) -;

Gelatinase +;

Ureia -.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 38/111

Gram -;

Cocobacilo;

Imóvel;

Oxidase +;

Catalase +;

Fermentativo;

 Arginina dehidrolase +;

Lisina descarboxilase (+);

Ornitina descarboxilase -;

Gelatinase +;

 Vermelho de metilo +;

 Voges-Proskauer +;

Citrato -;

Sulfureto de hidrogénio (H2S) -;

Urease -;

Produz um pigmento castanho.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 39/111

Gram -;

Bacilo;

Móvel;

Oxidase +;

Catalase +;

Fermentativo;

 Arginina dehidrolase +;Lisina descarboxilase V;

Ornitina descarboxilase -;

Gelatinase +;

 Vermelho de metilo -;

 Voges-Proskauer +;

Citrato V;

Sulfureto de hidrogénio (H2S) -;

Urease -;

ONPG +;Crescimento entre 5-37 ºC.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 40/111

Gram +;

Cocos aos pares ou pequenascadeias;

Imóvel;Oxidase -;

Catalase -;

Fermentativo;

 Arginina dehidrolase -;

Lisina descarboxilase -;

Ornitina descarboxilase -;

Gelatina +;

Sulfureto de Hidrogénio (H2S) -;

Indol -;

Lactose, Manitol e Sorbitol +;

MR -;

 VP +;

Crescimento entre 10 - 37º C; 

emolítico.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 41/111

Gram +;

Cocos aos pares ou pequenascadeias;

Imóvel;

Oxidase -;

Catalase -;

Fermentativo;

 Arginina dehidrolase +;

Lisina descarboxilase -;

Ornitina descarboxilase -;

Gelatina -;

Sulfureto de Hidrogénio (H2S) -;

Indol -;

Galactose, Manitol e Maltose +;

MR +;

 VP +; 

Crescimento entre 10-45ºC.

emolítico

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 42/111

Gram -;

Bacilo;

Móvel;

Oxidase +;

Catalase +;

Oxidativo ou sem reacção;

 Arginina dehidrolase -;

Lisina descarboxilase -;

Ornitina descarboxilase -;

Gelatina +;

Sulfureto de Hidrogénio (H2S) -;

Indol -;

ONPG -;

Ureia -.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 43/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 44/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 45/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 46/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 47/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 48/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 49/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 50/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 51/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 52/111

Isolamento:

Facilmente isolado a partir de meios de cultura específicos como:

TCBS (Tiosulfato, Citrato, Bílis, Sacarose agar), no qual as estirpes sacarose positivas originampequenas colónias amarelas (Bolinches et al ., 1988);

 VAM (sais biliareres, elevada concentração de NaCl, ampicilina, sorbitol e pH elevado), é um meio

onde as colónias amarelo brilhantes, com um halo amarelo (Alcina et al ., 1994):

No entanto, origina falsos positivos (Alcina et al ., 1994); 4 % de outros Vibrio foramidentificados como V. anguillarum.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 53/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 54/111

Características do agente etiológico:

Em meios líquidos originam dois tipos de células:

Os típicos bacilos curtos, móveis;

Células muito pequenas, extremamente móveis e capazes de atravessaremos poros dos filtros de 0,22 µm:

 A importância destas células não é conhecida, mas podem representaruma fase do ciclo de vida, um artefacto de laboratório ou ummecanismo de sobrevivência.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 55/111

Características do agente etiológico:

Grande diversidade antigénica (O1! O23):

O serótipo O1 é o que tem sido mais isolado e o que tem maior importância do ponto de vista

patogénico:

 Apresenta homogeneidade bioquímica e, variabilidade por PFGE (35 pulsotipos distintos) eperfil plasmático (15 perfís distintos).

O serótipo O2 parece ser mais agressivo que o O1 (Austin & Austin, 2012):

Encontra-se subdividido em O2a e O2b;

 Variabilidade nos perfís de LPS, “western blotting” e aglutinação:

Permitiu a definição de 9 grupos distintos (Tiainen et al ., 1997).

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 56/111

Características do agente etiológico:

Grande diversidade antigénica (O1! O23):

O serótipo O3 é pouco comum, mas parece estar a expandir-se:

O serótipo O3 encontra-se subdividido em O3A e O3B:

O serótipo O3B só tem sido observado em estirpes ambientais.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 57/111

Epidemiologia:

Inicialmente isolada a partir da enguia europeia ( Anguilla anguilla):

Pensa-se que inicialmente estava limitada às águas europeias;

O primeiro registo na América do Norte data de 1953;

O primeiro registo no Japão data de 1975 e pensa-se que deveu-se àimportação de enguias infectadas provenientes de França;

Existem cada vez mais evidências que pode surgir em água doce (Muroga,1975; Ghittino & Andruetto, 1977):

Continua a necessitar de sais para o seu isolamento.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 58/111

Epidemiologia:

 Actualmente é um dos factores limitantes na produção de salmonídeos.

Pensa-se que todas as espécies marinhas são susceptíveis a este agenteetiológico;

Um estudo de revisão dá conta da sua presença em mais de 14 países distintos,

atingindo cerca de 48 espécies de peixes cultivados (Austin & Austin, 2012):

No norte de Portugal, tem sido isolado de robalo, dourada, pregado, linguado,solha e goraz.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 59/111

Epidemiologia:

Tem vindo a ganhar notoriedade em aquacultura de água salgada;

Pode provocar mortalidades da ordem dos 80%;

Faz parte da microbiota do meio aquático;

Todas estas observações sugerem que esta doença constitui um problema

generalizado a nível mundial;

 As epizootias ocorrem durante o Verão, quando a temperatura da águaexcede os 10 ºC, a concentração de oxigénio dissolvido é muito baixa e ospeixes estão stressados devido ao sobre-povoamento e à baixa higiene.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 60/111

Epidemiologia:

 Várias experiências têm sugerido que esta bactéria sobrevive longos períodos detempo em água do mar (> 50 meses) (Hoff, 1989);

Faz parte da microbiota normal de peixes de água salgada (Mattheis, 1964;

Oppenheimer, 1962);

 A origem precisa de um isolado tem importância epizoótica.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 61/111

Epidemiologia:

O modo de infecção ainda não é completamente compreendido:

Envolve a colonização do hospedeiro e subsequente penetração nos tecidos:

Tem sido postulado que a infecção inicia-se no recto e tratogastrointestinal posterior (Ranson, 1978);

O tegumento é colonizado 12 h após imersão numa cultura virulenta(Kanno et al ., 1990), seguindo-se a infecção do fígado, baço, músculo,

 brânquias e intestino (Muroga & De La Cruz, 1987).

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 62/111

Epidemiologia:

 A presença de metais pesados, em particular o cobre e o ferro, contribuem paraque haja uma exacerbar da infecção:

Devido à coagulação da camada de muco nas brânquias com a consequenteinibição do transporte de oxigénio e ao stress respiratório (Westfall, 1945);

Concentrações sub-letais de cloro não parecem promover o desenvolvimento deinfecções (Hetrick et al ., 1984).

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 63/111

Epidemiologia:

Esta bactéria causa a vibriose:

Esta doença pode ser causada por um grupo significativo de diferentes espécies de Vibrio, das quaisas mais importantes são:

V. anguillarum (= Listonella anguillarum);

V. ordalii  (anteriormente classificado como V. anguillarum biótipo 2)

V. salmonicida;

V. vulnificus biótipo 2.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 64/111

Patogenecidade:

O modo de infecção não é conhecido:

Pensa-se que se inicia com a colonização do tegumento (Spanggaard et al .,2000) e sub-sequente penetração dos tecidos;

 A mobilidade quimiotáxica é necessária para a virulência (O’Toole et al ,1999, Larsen et al ., 2004):

O patogénico é atraído pelos aminoácidos de hidratos de carbonopresentes no intestino e no muco (O’Toole et al ., 1999);

 A quimiotaxia em relação à serina é maior a 25 ºC do que a 5 ou 15 ºC.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 65/111

Patogenecidade:

 A produção de proteína A, envolvida na construção do flagelo, é essencial para

a virulência (Milton et al ., 1996):

Estirpes em que se promoveu a perda do flagelo têm uma virulência atenuada em cerca de 500 vezes(O’Toole et al ., 1996):

 A produção do flagelo e consequentemente a capacidade de virulência está relacionada com o

gene RpoN (O’Toole et al ., 1997), quando a infecção foi por banho, mas não quando foi por ip.

Produtos extra-celulares, como as hemolisinas e diferentes proteases, estãoenvolvidas na patogenecidade desta bactéria.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 66/111

Patogenecidade:

Só os serótipos O1, O2 e O3 (em menor grau) é que provocam mortalidades:

O serótipo O1, mas não o O2 tem a capacidade de aderirem ao muco de salmão do

 Atlântico;

Os isolados do serótipo O1 possuem um plasmídeo de virulência (pJM1) com 67 Kb erelacionado com o sistema de absorção de ferro que é expresso em situações de limitaçãodeste ião (Crosa et al ., 1977; Crosa, 1980; Wolf & Crosa, 1986; Chen et al., 1996):

Existem estirpes avirulentas que possuem o pJM1 (Pedersen et al ., 1997);

Existem estirpes virulentas isoladas a partir de striped bass ( Morone saxatilis) quenão possuem o pJM1 (Toranzo et al ., 1983):

Parece que o DNA plasmático foi integrado no cromossoma bacteriano.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 67/111

Patogenecidade:

Estirpes do serótipo O1 virulentas:

 Apresentam um plasmídeo de 67kbp (pJM1), que codifica:

Um sideróforo;

Uma proteína da membrana externa - OM2.

O plasmídeo pJM1 não foi detectado em mais nenhum serótipo (Austin et al ,1995):

Os restantes serótipos, em particular o O2, podem ser mais agressivos para os peixes doque o serótipo O1 (Austin & Austin, 2012).

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 68/111

Patogenecidade (resumo):

1. Invasão dos tecidos do hospedeiro;

2. Sequestro do ferro com intervenção de genes presentes no plasmídeo pJM1e no cromossoma;

3. Lesões nos tecidos do peixe devido à presença de hemolisinas e proteases.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 69/111

Controlo:

Têm sido desenvolvidas e utilizadas várias vacinas comerciais com sucesso:

Tem-se verificado que os imunoestimulantes intensificam a protecção dada pela vacinas;

 As vacinas injectáveis são as que têm dado melhores resultados:

Tem-se verificado imunização passiva com as vacinas injectáveis.

Geralmente utilizam-se vacinas bivalentes (Vibrio anguillarum e Vibrio ordalii ).

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 70/111

Controlo:

Peixes vacinados exibem um melhor crescimento e são maissaudáveis;

 A presença de LPS estáveis ao calor no sobrenadante da culturaparecem ser responsáveis pelo desenvolvimento da imunidade;

Duas pequenas proteínas (49 e 51 kDa) da membrana externa são

antigénios fortes:

São sensíveis ao calor, o que pode explicar porque se obtém uma maiorprotecção com vacinas inactivadas pelo formol do que pelo calor (Kusudaet al , 1978; Itami & Kusuda, 1980).

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 71/111

Controlo:

Quimioterapia:

 Vários antibióticos têm sido utilizados com sucesso no controlo de V.

anguillarum;

No entanto, os antibióticos são utilizados como aditivos alimentares:

Os peixes doentes não comem, consequentemente, para aquimioterapia ter sucesso terá que ser aplicada no início da infecção;

Os plasmídeos R podem pôr em causa o tratamento com antibióticos(Aoki, 1988).

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 72/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 73/111

Descrição da doença:

Esta bactéria causa a doença chamada pasteurelose:

Também conhecida como pseudotuberculose, devido à sintomatologia queprovoca.

Tem sido responsável por perdas elevadas em aquacultura(40-50%);

Encontra-se em expansão na zona mediterrânea;

Peixes com um peso superior a 30-50 g são resistentes.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 74/111

Descrição da doença:

É uma septicemia;

Os sinais clínicos são raros e só surgem em casos agudos;

Internamente observam-se nódulos brancos (rim e baço);

Daí que a doença também seja conhecida como pseudotuberculose.

Originam colónias branco acizentadas.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 75/111

Descrição da doença:

Pode observar-se acumulação de material purulento na cavidade abdominal;

Também atinge populações naturais;

 A doença ocorre a temperaturas superiores a 18º C.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 76/111

Descrição da doença:

Inicialmente designada Pasteurella piscicida devido às características

morfológicas e fisiológicas muito semelhantes a este género:

Estudos taxonómicos detalhados, baseados em:

Sequenciação da subunidade pequena do rRNA;

Hibridação de DNA:DNA;

Revelaram que Pasteurella piscicida estava relacionada com o género Photobacterium (homologiade DNA > 80%).

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 77/111

Características do agente etiológico:

Pleomorfismo depende da idade e das condições de cultura;

Não cresce em TCBS;

Sensível ao agente vibriostático e à novobiocina.

Todas as estirpes possuem o mesmo perfíl API 20E - 2005004;

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 78/111

Características do agente etiológico

Fenotipica e antigenicamente é uma espécie muito homogéneno;

Geneticamente heterogénea:

Por ribotipagem e RAPD verificou-se a existência de 2 clones:

Europa;

Japão e EUA.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 79/111

Espécies afectadas:

Na zona mediterrânica - dourada e robalo;

No Japão - yellowtail ( Seriola sp.), ayu ( Plecoglossus altivelis) e mero;

Em Portugal, tem sido isolada de robalo e dourada.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 80/111

Órgãos internos de um

alevim de dourada (0,3 g):

Baço inflamado e com nódulos

Fígado inchado;

Intestino inchado.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 81/111

Órgãos internos de robalo:

Fígado inchado e congestionado;

Baço inflamado e com módulos;

De uma maneira geral a vesículanatatória não se encontra cheia,

de forma que a maior parte dospeixes moribundos ou mortos,afundam-se para o fundo dotanque.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 82/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 83/111

Brânquias de robalo:

Grande área de epitélio branquialnecrótico perto de uma zonacongestionada e inflamada.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 84/111

Isolamento:

Facilmente isolado em meios de cultura gerais como o TSA, BHIA, NA e agarsangue desde que suplementados com 2% de NaCl;

Também tem sido isolado a partir de MA;

É facilmente isolado a partir do rim e do baço;

 A incubação é feita a 22-25 ºC durante 2 a 4 dias.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 85/111

Epidemiologia:

Não se conhecem os factores que levam ao surgimento deepizootias:

Pensa-se que a infecção ocorre em água do mar a temperaturas querondam os 25 ºC;

Sobrevive pouco tempo em água doce ou em condições estuarinas;

Não parece ser capaz de sobreviver fora do organismo dos peixes.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 86/111

Epidemiologia:

Os mecanismos responsáveis pela patogenicidade ainda sãopraticamente desconhecidos;

Pode entrar num estado viável mas não cultivável, dormente oualterado:

Permite a sobrevivência em água do mar durante 6 - 12 dias, com ummetabolismo reduzido em cerca de 80 %;

Mantém a capacidade patogénica;

Pode levar à transmissão horizontal.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 87/111

Epidemiologia:

 A infecção ocorre pela via oral (através do alimento) ou através das brânquias,infectando rapidamente os órgãos internos (coração, rim, fígado, baço e secospilóricos);

 Ainda não foi possível demonstrar a existência de animais portadores.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 88/111

Patogenicidade:

 A presença da cápsula protege a bactéria contra a fagocitose:

Permite a sua acumulação e multiplicação no interior dos macrófagos(Nelson et al ., 1989; Elkamel et al., 2003);

 A produção da cápsula depende da presença de ferro e da cultura estar emfase exponencial.

 A resistência pode estar relacionada com o tamanho do peixe e aeficácia dos linfócitos (Noya et al ., 1995).

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 89/111

Patogenicidade:

Existem isolados virulentos e não virulentos:

 A virulência parece estar relacionada com a presença de uma proteína de56 kDa (AIP56) codificada por um plasmídeo:

É essencial para induzir a apóptose em macrófagos e neutrófilos derobalo (do Vale et al ., 2003; 2005).

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 90/111

Controlo:

Diferentes estirpes apresentam um padrão semelhante de sensibilidade aosantibióticos:

 In vitro são sensíveis à ampicilina e ácido oxolínico e resistentes ao cloranfenicol, oxitetracicilina etetraciclina;

No Japão, devido à utilização intensiva dos antibióticos têm surgido resistências codificadas porplasmídeos (plasmídeos R - cloranfenicol, kanamicina, sulfonamidas, tetraciclina e florfenicol);

Como possuí uma fase intracelular, o tratamento com antibióticos pode não ser efectivo.

Já existem algumas vacinas comerciais.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 91/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 92/111

Descrição da doença:

 A posição taxonómica de Tenacibaculum maritimum variou ao longo dotempo, tendo tido vários nomes:

Cytophaga marina;

 Flexibacter marinus;

 Flexibacter maritimus.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 93/111

Descrição da doença:

É o agente responsável pela flexibacteriose de peixes marinhos;

 A doença por ela causada teve vários nomes ao longo do tempo:

“Gliding bacterial diseases of sea fish”;

“ Eroded mouth syndrome”;

“ Black patch necrosis”.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 94/111

Descrição da doença:

 Actualmente tem uma distribuição mundial, tendo sido isolada na Europa,

Japão, América do norte e Australia;

Tenacibaculum maritimum afecta tanto juvenis como adultos:

Os juvenis são mais susceptíveis.

 A prevalência e a severidade da doença aumenta com a temperatura (acimados 15 ºC);

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 95/111

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 96/111

Erosão da boca causadapor T. maritimum.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 97/111

Descrição da doença:

 As lesões no tegumento vão servir como porta de entrada para outras bactérias e mesmo parasitas;

Por vezes ocorre uma infecção sistémica afectando vários órgãos;

Um sintoma menos frequente é o surgimento de lesões necróticas nas brânquias.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 98/111

Exemplares de salmão doatlântico com infecçãomúltipla de T. maritimum e Aeromonas salmonicida.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 99/111

Descrição da doença:

Em peixes fortemente infectados é frequente observar-se:

Hemorragias petequiais na gordura visceral e intestino;

 Acumulação de líquido hemorrágico na cavidade abdominal;

Esplenomegalia.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 100/111

Características do agente etiológico:

 As colónias apresentam um cor amarelo claro, planas de bordo irregular;

Bacilo Gram negativo, comprido (até 30  !m), móvel por deslizamento;

 Aeróbio estrito.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 101/111

Características do agente etiológico:

Bioquimicamente, T. maritimum é um grupo muito homogéneo;

Geneticamente constitui um grupo homogéneo, já que por RAPD (eatendendo à serotipagem) foi possível distinguir 2 grupos:

Um grupo contendo todos os isolados e solha e dourada;

Segundo grupo contendo os isolados de salmão do atlântico, pregado e yellowtail.

Foram estabelecidos 3 serótipos relacionados com o hospedeiro.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 102/111

Espécies afectadas:

 Afecta peixes de cultura e peixes do meio natural;

De entre os peixes cultivados, infecta:

Pregado, solha, robalo, salmonídeos e várias espécies de dourada.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 103/111

Isolamento :

Para o diagnóstico presumível de Tenacibaculum maritimum,

pode ser utilizado:

 A sintomatologia apresentada pelos peixes;

 A observação ao microscópio de grupos de bacilos compridos, empreparações temporárias efectuadas a partir das lesões.

Este diagnóstico terá sempre que ser suportado pelo isolamento doagente etiológico ou com a identificação molecular em amostras detecido.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 104/111

Isolamento:

 A temperatura de incubação varia entre 15 e 34 ºC:

 A temperatura óptima é de 25 ºC.

Para o seu crescimento é necessário que o meio de cultura contenha sais:

Os melhores resultados obtêm-se em meios de cultura feitos com água do mar, uma vez que esta bactéria tem uma necessidade estrita de sais, bem como de alguns micronutrientes.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 105/111

Isolamento:

É feito em meios de cultura especiais:

 Anacker & Ordal que deverá ser feito com água do mar;

 Flexibacter maritimus Medium (FMM);

Selective Flexibacter Medium (SFM);

Marine Agar.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 106/111

Isolamento:

O meio mais eficaz para o isolamento desta bactéria é o FMM (Pazos et al.,1996);

Depois de se isolar a bactéria, pode utilizar-se o Marine Agar para repicagenssubsequentes.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 107/111

Epidemiologia:

 Até este momento foram detectados 3 serótipos (O1, O2 e O3), que parecemestar relacionados com o hospedeiro:

O serótipo O1 é constituído por isolados de dourada e pela maioria dos isolados de solha;

O serótipo O2 é constituído por isolados de pregado;

O serótipo O3 é constituído por isolados de solha:

Este serótipo foi estabelecido com isolados portugueses em 2005.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 108/111

Epidemiologia:

É capaz de sobreviver por períodos prolongados em água do mar estéril;

O mesmo não se passa com água do mar natural.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 109/111

Patogenecidade:

Produz sideróforos;

 A adesão (auto-aglutinação das células) tem sido implicada napatogenicidade;

Produzem hemolisinas e ECP’s.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 110/111

Controlo:

 Até 1999, o controlo de Tenacibaculum maritimum só podia ser efectuadocom antibióticos:

Nesse ano, o grupo de Santiago de Compostela desenvolveu a única vacinacomercial contra esta bactéria:

Ela foi desenvolvida para proteger rodovalhos.

8/16/2019 Teórica 2 - 2015

http://slidepdf.com/reader/full/teorica-2-2015 111/111

Controlo:

Devido à existência de diferentes serótipos, relacionados com a espécie depeixe de onde foram isolados, terá que ser efectuada uma nova formulaçãopara solha;

Este trabalho já se encontra em curso da Universidade de Santiago e com valores de protecção superiores a 90% (Romalde et al ., 2005).

O controlo pode ser ainda efectuado com base em substâncias anti-microbianas.