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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE ESTUDOS TRAJETÓRIAS, TRABALHO E EDUCAÇÃO
(NETTE)CENTRO DE ESTUDOS E DE DOCUMENTAÇÃO EM EDUCAÇÃO
(CEDE)
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II Seminário Nacional Educação e Pluralidade Sócio-Cultural (2011: Feira de Santana, a!ia,ra"il#II Seminário Nacional Educação e Pluralidade Sócio-Cultural: Sociedade e Cultura" -tem$o", e"$aço" e "u%eito" da educação, 1& - 20 de outu'ro de 2011 )irela Fi*ueiredoSanto" Iriart, coordenadora+ Feira de Santana: nier"idade E"tadual de Feira de Santana,
2011+./ $+ il+
ISSN 1/&-/
1+ Pluralidade cultural+ 2+ Sociedade+ + Cultura+ I+ Iriart, )irela Fi*ueiredo Santo"+ II+nier"idade E"tadual de Feira de Santana+ III 34tulo
C5:
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
J!"# C$%&!" B$%%'! ' S$*$*$
6eitor
G'*+$& C%%'$ ' S!./$7ice-6eitor
M$%&.' M$%+$ A%$1! A""+"Pró-6eitora de Pe"8ui"a e Pó"-9raduação
M$%+$ H'&'*$ $ R!3$ B'"*!"+4 Pró-6eitora de Eten"ão
R.5'*" E"!* A&'" P'%'+%$Pró-6eitor de En"ino de 9raduação
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
M$%! A*!*+! L'$*%! B$%/$*!
5iretor do 5e$artamento de EducaçãoL.6+&$ H!&$*$ C$$&$*'
7ice-5iretora do 5e$artamento de Educação
D'*+"' H'&'*$ P'%'+%$ L$%$*'+%$Coordenadora do )e"trado em Educação
A7!+! I*"+.+!*$&
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ORGANI8AÇÃO
C!!%'*$9:! G'%$&
Pro;+ 5ra+ )irela Fi*ueiredo S+ Iriart
S'%';%+!
Pro;+ 5r+ )arco eandro ar?ano
C!!%'*$9:! $ C!6+"":! C+'*udmila @lieira Aolanda Caalcante
C!6+"":! O%>$*+/$!%$
Pro;+ 5ra+
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COMIT? CIENT@FICO
Pro;+ 5ra+eomarcia Ca;; de @lieira ?da
Pro;+ 5ra+>4*ia )aria Portela da Sila (ES#
Pro;+ 5ra+>udmila @lieira Aolanda Caalcante
Pro;+ 5r+)arco eandro ar?ano
Pro;+ 5ra+)aria Cleonice ra*a
Pro;+ 5ra+)aria Cri"tina 5anta" Pina (ES#
Pro;+ )"+)aria de >ourde" A+ S+ ourde" S$a??iani (NESP#
Pro;+ )"+ )arilda Carneiro
Pro;+ 5ra+)arinala >o$e" 6i'eiroPro;+ 5r+)i*uel ima de
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SECRETARIA DO EVENTO
Naiara 9ome"
APOIO TCNICO
9eor*ia @lieira Co"ta >in">iia ""ica )e""ia" de
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APRESENTAÇÃO
@ II Seminário Nacional Educação e Pluralidade Sociocultural, S!+'$' '
C.&.%$" '67!", '"7$9!" ' ".'+!" $ '.$9:!, acontecerá entre o" dia" 1& e 20 de
outu'ro de 2011, na nier"idade E"tadual de Feira de Santana, a!ia+
@ "eminário $retende mo'ili?ar di;erente" atore" da área de educação em torno da
temática KSociedade e cultura": tem$o", e"$aço" e "u%eito" da educaçãoL+ 3al $ro$o"ta um
conite M re;leão acerca do" di"$o"itio" e em'ate" enolido" na" "ociedade" e cultura"
atuai" "o're di;erente" tem$o" e e"$aço" educatio" e o" "u%eito" 8ue nele" e"tão in"erido"+
@ $ro$ó"ito do eento ia'ili?ar uma re;leão em mão du$la entre e"tudante",
$e"8ui"adore", $ro;e""ore" da educação 'á"ica, *e"tore" e educadore" "ociai", entrelaçando
"a'ere" e $rática" de di"tinto" atore"+ 5e""a me"cla de e$erincia" e $ro%eto", o de"e%o de
mel!or com$reender o" "u%eito", conteto" e $roce""o" educacionai" e"colare" e não
e"colare", !i"tórica e culturalmente con"tru4do", 8ue con;i*uram di;erente" $ercur"o",
memória" eou tra%etória" de ida+
Partici$ante" $oderão "u'meter tra'al!o" de nature?a teórica ou teórica-em$4rica,
incluindo relato" de $e"8ui"a, relato" de e$erincia" educatia" ou teto" teórico" na"
modalidade" de C!6.*+$9:! O%$& ou P"'% , de acordo com o" "e*uinte" eio" temático":
• E+! C.%%
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CONFER?NCIA E MESAS REDONDAS
Con;erncia de + de
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SESSES
E+! -A - C.%%@9@S EN36E C>36< E E5C
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02 )aria Edina Saturnino Porto ISE 5< P6@5Q@ 3ER3 N@ ] E .]
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Fá'io
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E+! -A - P!&V3IC< 5< @69@S N< E5C
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E+! - H+"%+$, M'6%+$ ' S!+'$'
A.!%('") TK01 6onB Aenri8ue Sou?a E5C6I5ER\ES 36< E >IN9
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0J Eduardo @lieira )irandaAellen )a'el Santana Sila
9E@96
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A PEDAGOGIA GRI E A VALORI8AÇÃO DOS SABERES POPULARES(RE)CONHECENDO AS POSSIBILIDADES
5imaura Fátima Caral!o1nier"idade Federal da a!ia - F<
R'".6!ençói", re*ião da c!a$ada diamantina, a!ia+
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Pro'lema" como ea"ão, de"intere""e, 'aio" 4ndice" de a$rendi?a*em, entre outro",
"ão uma con"tante no" e"$aço" educacionai" 'ra"ileiro", em e"$ecial, 8uando oltamo" M"
atençe" $ara a" $rática" da educação ;ormal+ Im$ortante e"$aço "ociali?ador, de con"trução
de identidade" e ;ormação de alore", a in"tituição e"colar ;ormada na "ociedade ca$itali"ta
em re$rodu?indo, !á tem$o", o" alore" e $adre" de uma elite dominante 'a"eada num
modelo e"ttico eurocntrico, ecluindo, $ortanto, outra" i"e" de mundo, re;erncia"
culturai" e !i"tórica"+
5e""a maneira, a ela'oração do" conteDdo" do" $ro*rama" e"colare", 'em como a
;orma como ele" em "endo colocado" em $rática mo"tram-"e dema"iadamente a;a"tado" da"
realidade" e $articularidade" do" educando", ou "e%a, a educação ;ormal em a;a"tando-"e, não
de !o%e, do 8ue Freire (1/&J# c!amou de teoria dialó*ica da educação+
No""o $a$el não ;alar ao $oo "o're a no""a i"ão de mundo, ou tentar im$=-la aele, ma" dialo*ar com ele "o're a "ua e a no""a+ 3emo" de e"tar conencido" de 8ue a"ua i"ão do mundo, 8ue "e mani;e"ta na" ária" ;orma" de "ua ação, re;lete a "ua"ituação no mundo, em 8ue "e con"titu4+ < ação educatia e $ol4tica não $ode $re"cindir do con!ecimento cr4tico de"ta "ituação, "o' $ena de "e ;a?er K'ancáriaL oude $re*ar no de"erto ($+&J#+
Se*undo )orae" (200J#, ei"tem doi" a"$ecto" !i"toricamente di;erente" "o're o 8ue
"e dee en"inar na e"cola: um, di? re"$eito M" cultura" !e*em=nica", dita" clá""ica", 8ue "ãoeiculada" $ela m4dia em *eral o outro re;ere-"e M e"$eci;icidade re*ional, tnica, e "ua
$re"ença na" mani;e"taçe" da cultura $o$ular+ Entretanto, o" conteDdo" relacionado" M"
mani;e"taçe" culturai" locai" não "e a$re"entam como uma $rática inte*rante da educação
e"colar, do cotidiano e"colar+
Para
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ma noção atuali?ada de cultura $o$ular tem 8ue a'andonar a i"ão e""enciali"ta 8ueoutrora a caracteri?aa, 'em como com$reender a" dinHmica" de con"trução da"identidade", 8ue em'ora "e%am caracteri?ada" $or um de"centramento, como diriaAall, ou de"locamento, não deiam de a'rir noa" e outra" $o""i'ilidade" dearticulação em torno de intere""e" culturai" e"$ec4;ico", a $artir, $or eem$lo, dacon"tituição de *ru$o" im'u4do" em 'u"car, recu$erar ou me"mo recon"truir "ua"ra4?e" culturai", num $roce""o de recon"tituição de "eu $a""ado e de "ua" tradiçe"($+.0#+
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(3rec!o do cordel Griô de todo canto, de )árcio Ca4re", 200.#
< a""ociação 9rão" de >u? e 9ri= iniciou "ua tra%etória em 1//, no munic4$io de
>ençói", a!ia, 8uando liderança" ;eminina" locai" %untamente com al*uma" mãe" da
comunidade mo'ili?aram-"e $ara a di"tri'uição de uma "o$a comunitária $ara criança" de
'aia renda de um 'airro $eri;rico da cidade c!amado
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@ $ro%eto 9ri= o'%etiou mo'ili?ar e ca$acitar $ro;e""ore" da" e"cola" $D'lica" de
>ençói"+ Contou com a $artici$ação de a$roimadamente mil criança" e on?e e"cola" da
comunidade, num moimento de ;ortalecimento da identidade e do 4nculo a;etio entre o"
$artici$ante"+
Foi %u"tamente ne""e $er4odo 8ue o $ro%eto 9ri=, 'em como a" o;icina" 9rão" de >u?,
$erderam o e"$aço ;4"ico onde reali?aam "ua" atiidade"+ ei 9ri=+ m $ro%eto de lei, de
iniciatia $o$ular, 8ue $ro$e in"tituir Kuma $ol4tica nacional de tran"mi""ão do" "a'ere" e;a?ere" da tradição oral em diálo*o com a educação ;ormal, $ara o ;ortalecimento da
identidade e ance"tralidade do $oo 'ra"ileiro, atra" do recon!ecimento $ol4tico, econ=mico
e "ócio cultural do" (a"# *ri=", me"tre" e me"tra" da tradição oral do ra"il+L
(fff+*rao"delu?e*rio+or*+'r#
5E"ta
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Em 2010, a >ei 9ri= a$roada como uma da" 2 $ro$o"ta" $rioritária" do *oerno
durante a II Con;erncia Nacional de Cultura, 8ue aconteceu entre o" dia" 11 e 1 de março,
no centro de Conençe" ra"il 21, em ra"4lia, eento onde ;oram encamin!ada" J
$ro$o"ta" nacionai" enolendo 2000 re$re"entante" em todo o $a4"+
!>+$ G%+
Foi $e"8ui"ando, re$en"ando e, $rinci$almente, reinentando mtodo" educacionai",in"$irada $ela educação 'iocntrica de 6olando 3oro., $ela $"icolo*ia comunitária de C?ar
7a*ner 9ói"J, $ela educação $ara relaçe" tico-raciai" $o"itia de 7anda )ac!ado& e $ela
educação dialó*ica de Paulo Feire/, 8ue >4llian Pac!eco ideali?ou a Peda*o*ia 9ri=+
Se*unda a $ró$ria ideali?adora trata-"e de
uma $eda*o*ia da incia a;etia e cultural 8ue ;acilita o diálo*o entre a" idade",entre a e"cola e a comunidade, entre *ru$o" tnico-raciai" intera*indo "a'ere"ance"trai" de tradição oral e a" cincia" ;ormai" $ara a ela'oração do con!ecimento deum $ro%eto de ida 8ue tem com ;oco o ;ortalecimento da identidade e a cele'ração daida (Pac!eco 200J, $+&.#+
m do" $ilare" centrai" na con"trução da Peda*o*ia 9ri= ;oi a educação 'iocntrica+
Formulado $elo educador 6olando 3oro em 1/J0, o $rinc4$io 'iocntrico "e ;unda no
$en"amento de 8ue o unier"o e"tá or*ani?ado em ;unção da ida+
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$receito de 8ue educar não "i*ni;ica a$ena" cultiar o intelecto, ma" e""encialmente cultiar a
a;etiidade+
< análi"e de al*un" materiai" mo"tra 8ue a" ideia" di;undida" $ela Peda*o*ia 9ri=
tra?em "ria" cr4tica" a atual e"trutura curricular da educação e"colar ;ormal+ Na tentatia de
rom$er com o" modelo" con"eradore" de""a educação, e re""altando a im$ortHncia da
a'orda*em do diálo*o no" $roce""o" educacionai", "ua $ro$o"ta Kinten"i;icar o" canai" de
$erce$ção da realidade, rituali?ando o diálo*o e o $ró$rio $roce""o de en"ino e a$rendi?a*em
entre a" idade" na e"cola e na comunidadeL (Pac!eco 200J, $+ &.#+
< intenção 8ue, a $artir da alori?ação do" "a'ere" e ;a?ere" da tradição oral e da cultura
$o$ular local de"enolam-"e 4nculo" 8ue $o""i'ilitem a emer*ncia do "entimento de
$ertencimento, i"to , 8ue a" $e""oa" 'u"8uem $ertencer ao" am'iente" e ao" lu*are", e 8uee"ta'eleçam relaçe" com a comunidade em 8ue "e encontram+
Se*undo Pac!eco (200J# a e"trat*ia de ação da Peda*o*ia 9ri=, "i"temati?ada,$a""aria
$or 8uatro momento" inte*rado", "ão ele":
1# < 6oda da" @;icina" e Coo$eratia" 9rão" de >u?
< idia inicial 8ue a" criança", o" adole"cente" e "ua" ;am4lia", $a""em a ienciar a"
$ro$o"ta" $eda*ó*ica" do $ro%eto+ @" encontro" acontecem "emanalmente e de"enolem-"e
o;icina" de identidade, arte, e cur"o" e"$ec4;ico" 8ue enolem o" me"tre" e 9ri=" locai"+< $ro$o"ta da coo$eratia con"i"te na enda do" tra'al!o" $rodu?ido" $ela" di;erente"
o;icina" (arte"anato em retal!o", mD"ica e tradição oral, etc+# com o o'%etio de *erar renda
$ara o" %oen" do $ro%eto+
2# < 6oda da Camin!ada do 7el!o 9ri=+
Fi*ura criada $elo educador (tam'm ideali?ador do $ro%eto# )árcio Ca4re", o 7el!o
9ri=, atra" de "ua" camin!ada" (cantante"# reali?ada" $ela" e"cola" e $ela" comunidade",
$o""i'ilitaalm de uma rede de comunicação, uma conincia a;etia e cultural com e""a" $e""oa"+
@ 7el!o 9ri= c!e*a camin!ando ao" locai" e enole toda comunidade, criança",
adulto", educadore" e diretore", num diálo*o dançante "o're mito", !erói", !i"tória" de ida,
entre outro" tema"+
# < 6oda do" Educadore"6e*ulamentado $or um termo de $arceria com a Secretaria de Educação, o"
educadore" da rede munici$al da cidade de lençói" 8ue e$erimentaram, e "e encantaram com
a c!e*ada do 7el!o 9ri= M" e"cola", $artici$am de um Kencontro de ca$acitação de
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educadore" 9ri="L, onde ienciam o" $ro%eto" da" o;icina" 9rão de >u?+ < intenção
inte*rar a tradição oral ao "i"tema munici$al de en"ino+
# < 6oda da 7ida e da" Idade"
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ainda, como a mandioca se trans'orma em 'arinha e em goma de tapioca, bases da culin!ria
local / um resgate saboroso da própria identidade cultural- ova %scola=.
K A $7%!+6$9:! !6 $ '.$9:! =!%6$&
“%u costumo di2er que eu tenho mais nome do que tamanho. %u não passei nauniversidade. 0 minha universidade é a da vida, eu não tenho uma linguagemelaborada, uma linguagem cheia de 8esses9, cheia de 8érres9, mas eu tenhoaquela que a crian)a me escuta, aquela que eu 'alo e eles não esquecem,entendeu?-
*ona @icí A &estra Griô do Ponto de @ultura Pierre ;erger
Na tentatia de a;a"tar-"e do modelo de educação atualmente i*ente, onde o"
educando", "entado" de co"ta" um $ara o" outro", e"cutam K$a""iamenteL o" in;inito"
monólo*o" er"ado" $elo $ro;e""ore" "o're tema" a'"trato" e di"tante", e "ão ainda
*eralmente e"ti*mati?ado" entre Kinteli*ente"L e K'urro"L, Ko'ediente"L e K$ro'lemático"L,
etc+, @ 9rão de >u? e 9ri= a$roima-"eda Secretaria de Educação de >encói" na con"trução
de um $ro%eto de ;ormação de educadore" munici$ai", 'a"eado no modelo de ação $eda*ó*ica
da Peda*o*ia 9ri=+ m do" $rimeiro" 8ue"tionamento" de uma ;uncionária da Secretaria ;oi
"o're como "e daria a rotina do $lane%amento do" $ro;e""ore"+
Se*undo Pac!eco (200J, $+J KNão ;ácil coner"ar "o're metodolo*ia de educação
e "a'ere" da tradição oral+ T $reci"o "e autori?ar jarti"ta do ini"4elkL, e"$ecialmente 8uando
a cincia ener*a com mai" im$ortHncia o 8ue $rodu?ido no c!amado $rimeiro mundo+
< "olução encontrada ;oi, atra" do diálo*o e de uma con"trução coletia, $e"8ui"ar e
reinentar mtodo" de educação+ Encontrar na comunidade onde e"taam o" $er"ona*en" 8ue
tra?iam a cultura ia em "ua" memória", e $or meio de""e" $er"ona*en" $roocar a
$artici$ação "ocial, a alori?ação da $alara e da tradição oral, a ;im de 8ue comunidade,
educadore" e educando" $ude""em "e encontrar, num $roce""o onde $a""ado e $re"ente
%unto", (re#con"tru4""em um noo KmodeloL de a$rendi?a*em+
Entendo 8ue Kao entrar numa "ala de aula, o aluno não deia "ua" re;erncia"
indiiduai" e "ocioculturai" no" "eu" na"cedouro" ou no" corredore" da e"cola, ele tra?
con"i*o "ua 'a*a*em de alore" e crença", com o" 8uai" ai "e de"enolendo, "e
modi;icando, "e a$er;eiçoandoL ()acedo 200/, $+122#, $erce'e-"e 8ue, a Peda*o*ia 9ri=
'u"cou aliar o curr4culo o;icial da" e"cola" ao" "a'ere" da cultura $o$ular da" comunidade",
a$roimando, de""a ;orma, o" conteDdo" da realidade local+
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u? e
9ri= e o "i"tema munici$al de en"ino na cidade de >ençói", Pac!eco a;irma 8ue
@ 9rão" de >u? ainda não c!e*ou a um $roce""o con"ciente de !i"tória deida 8ue $ode c!e*ar, ma" i""o um $roce""o tam'm+ @" menino", !o%e, ele" ol!ama !i"tória de ida com ar8uti$o, com mito, ma" ele" ainda não %untam com a !i"tória"ocial do mundo, a !i"tória "ocial e $ol4tica+ I""o ainda ;alta+ Xue $reci"a+ < $eda*o*ia 9ri= ainda e"tá "e e"truturando $ara $oder ter uma $rática 8ue moimentetudo i""o, 8ue %unte mai" tudo i""o+ )a" $or8ue e"tá em con"trução me"mo (u? e
9ri=, ainda 8ue en!a, e irá, a $a""ar $or momento" de re;leão, de"con"trução e
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recon"trução, $o""a "er i"to como um $o""4el camin!o na con8ui"ta de uma educação 8ue
"e $retenda emanci$adora e tran";ormadora da realidade+
R'='%*+$" B+5&+!>%;=+$"
7+ E #perimenta)ão em cultura, educa)ão e cidadania caso da
0ssocia)ão Grãos de Bu2 e Griô. 200/+ 1.;+ 5i""ertação ()e"trado Pro;i""ional em en"
Culturai" e Pro%eto" Sociai"# Faculdade 9etDlio 7ar*a", 6io de aneiro+
9rão" de >u? e 9ri=+ 5i"$on4el em: fff+*rao"delu?e*rio+or*+'r+
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LIDERANÇAS NEGRAS EM FEIRA DE SANTANA RELATO DE UMA
EQPERI?NCIA DE CONSTRUÇÃO DE REFERENCIAIS POSITIVOS NO ENSINO
MDIO
5ulcinea Cer8ueira Coutin!o arro"10
RESUMO: 3rata-"e de um relato de e$erincia $eda*ó*ica reali?ada com aluno" do 1
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Como ;orma de iniciar e am$liar o de'ate em torno da inclu"ão da Ai"tória da U;rica e da"
cultura" iderança" Ne*ra" em Feira de SantanaL e"tee li*ada como um "u'-$ro%eto+ @$tei em
tra'al!ar com a temática liderança" ne*ra" locai", $ro$o"itadamente, $rimeiro, $or8ue 8ueria
con!ecer o" re;erenciai" de ne*ritude 8ue meu aluno con!ecia, "e*undo, $or8ue 8ueria
de"enoler um tra'al!o de $e"8ui"a em 8ue ele" $ude""em "entir-"e $rodutore" de
con!ecimento e, terceiro, $or8ue não ei"tia nen!um documento ou material didático no
no""o )unic4$io 8ue re"*ata""e e""a" tra%etória" indiiduai" de luta $ela inclu"ão do ne*ro na
"ociedade+
E""e "u'-$ro%eto ;oi de"enolido ao lon*o de tr" unidade" letia" do calendário e"colar de
2010 com aluno" da" oito turma" de 1]
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Promoer a inclu"ão da Ai"tória e Cultura ei" 10+./0 e 11+.0&+
Pe"8ui"ar e inter$retar indicadore" "ociai" "o're a $o$ulação ne*ra 'ra"ileira
En;ocar a" luta" e con8ui"ta" de l4dere" ne*ro" no ra"il e no mundo
Ela'orar 'io*ra;ia" da" liderança" ne*ra" locai" $e"8ui"ada"
Con;ecção de material im$re""o $ara diul*ação na comunidade e"colar e eterna+
FN5iro" didático" e materiai" $eda*ó*ico"
$er$etuaram e ainda a%udam a re;orçar o etnocentri"mo do" euro$eu"+
Para Na$olitano (200, $+1.# a maior $arte do" curr4culo" ;ormai" ainda e"tá ;ormatada (na"
emenda" e no" $ro*rama"# "o' a ;orma 8uadri$artite da dii"ão !i"torio*rá;ica e com$leta
a;irmando 8ue a e"truturação do curr4culo e"colar de Ai"tória do ra"il, em "ua ori*em, no
"culo RIR, reca4a "o're a Ai"tória nier"al, rele*ando o en"ino de Ai"tória do ra"il a um
"e*undo $lano, at o" ano" 0 do "culo RR+ Fernande" (200# ao $ro$or uma análi"e mai"
acurada de no""o" curr4culo", $ro*rama" de en"ino e liro" didático" tam'm con"tata a
$re$onderHncia da cultura dita "u$erior e ciili?ada, de matri? euro$ia+
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< e"cola 'ra"ileira, de uma maneira *eral, tornou-"e re;m de""e modelo de or*ani?ação
im$lantado $elo" $ortu*ue"e" atra" do Col*io Pedro II e do In"tituto Ai"tórico e
9eo*rá;ico ra"ileiro- IA9, o $rimeiro, criado $ara ;ormar o" ;il!o" da no're?a, in"talado"
no 6io de aneiro e, o "e*undo, im'u4do da tare;a de con"truir a *enealo*ia da recm criada
Nação 'ra"ileira+ Ne""e $ro%eto de Nação, a matri? 'ranca euro$ia a 'a"e da ciili?ação, em
detrimento de 4ndio" e ne*ro" 8ue a$arecem e"tereoti$ado" como o 'om "ela*em, o
$rimitio, o "em alma+
Ima*en" ne*atiada" do amer4ndio ou do ne*ro $ooaram o" liro" didático" no ra"il e
a%udaram a tecer a" rede" de $reconceito 8ue ainda $er"i"te entre nó"+ Por "er o $rinci$al
in"trumento utili?ado na" "ala" de aula 'ra"ileira", muita" e?e", o liro didático reco're-"e de
Kerdade" a'"oluta"L e K"a'ere" in8ue"tionáei"L tanto $ara $ro;e""ore" 8uanto $ara aluno"+
Sila (200# ma$eia e"tudo" "o're o liro didático no ra"il e a$onta o" ano" 1/0 como
marco inicial da" $reocu$açe"+ Para ela, o liro didático, de modo *eral, omite o $roce""o
!i"tórico e cultural, o cotidiano e a" e$erincia" do" "e*mento" "u'alterno" da "ociedade,
como o 4ndio, o ne*ro, a mul!er, entre outro"+ Em relação ao "e*mento ne*ro, "ua 8ua"e total
au"ncia no" liro" e a "ua rara $re"ença de ;orma e"tereoti$ada concorrem, em *rande $arte,
$ara o recal8ue da "ua identidade e auto-e"timaL (SI>7
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noo" *ru$o" "ociai", $ode "er o $onto de $artida $ara a con"trução de noa" re$re"entaçe",
noo" conteDdo" $ara a "ala de aula+
Somado a e""a" mudança" teórico-metodoló*ica", a" luta" e reiindicaçe" traada" $or
moimento" cii" or*ani?ado", ao lon*o de dcada" do "culo RR, i"ando re"*atar
!i"toricamente a contri'uição do" ne*ro" na con"trução e ;ormação da "ociedade 'ra"ileira
o'tee *an!o" e$re""io" atra" da re*ulamentação da" >ei" 10+./0 e 11+.0&+ Ne""e
arca'ouço le*al, o ne*ro eidenciado como um elo ;ormador da identidade nacional+ Porm,
$ara alm de""e re"$aldo tra?ido $ela le*i"lação, noo" de"a;io" "ão lançado", $rinci$almente,
$ara nó" educadore"+ ei" 10+./0 e 11+.0& não *arantem,
in"tantaneamente, a mudança de mentalidade+ E""e um tra'al!o lento e coletio+ @ E"tado $reci"a ine"tir na dier"idade cultural, racial, "ocial e econ=mica da Nação 'ra"ileira+
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com e""e" $ro;e""ore", ;ornecendo material 'i'lio*rá;ico, acom$an!ando o" tra'al!o"
de"enolido", trocando "a'ere"+ )uito e"tá $or ;a?er, di""o nin*um tem dDida+ Iniciatia"
da8ui e dali começam a a$arecer: re;orma" curriculare" no" cur"o" de licenciatura, incluindo a
di"cu""ão da 8ue"tão racial na ;ormação de $ro;e""ore" am$liação do" cur"o" de $ó"-
*raduação e de $e"8ui"a" acadmica" ne""a área editora" e autore" de materiai" didático" %á
começam a re"$onder a e""a" noa" demanda" "ociai" $ro;e""ore" 'u"cam de"enoler
e$erincia" de educação $ara a" relaçe" tnico-raciai" e criança", %oen" adulto" da" no""a"
e"cola" $D'lica" tem "eu intere""e re;orçado $elo $roce""o educatio+
)E3@5@>@9I<
@ "u'-Pro%eto ;oi de"enolido $elo" aluno" do 1] ano do En"ino )dio, turma" 01 a 0& do
turno matutino, "o' a orientação con%unta da" $ro;e""ora" de Ai"tória e 9eo*ra;ia, em aula"
da" re;erida" di"ci$lina", durante o" me"e" de maio, %un!o, %ul!o, a*o"to, "etem'ro, outu'ro e
noem'ro de 2010, ;a?endo u"o de aula" da 2, e unidade" letia"+ E""a diluição tem$oral
do Pro%eto e Su'-$ro%eto em ária" unidade" letia" ;oi uma o$ção di"cutida e decidida $elo"
$ro;e""ore" da Urea de Cincia" Aumana" e "ua" 3ecnolo*ia" i"ando o não
com$rometimento do" outro" conteDdo" curriculare" da" di"ci$lina" e $ara 8ue a inclu"ão da
Ai"tória e Cultura
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2] momento: Seminário reali?ado $ela" $ro;e""ora" e$ondo dado" e"tat4"tico" e indicadore"
"ociai" "o're a $o$ulação a;ro de"cendente no ra"il Conceito e de;inição de >iderança
Ne*ra >4dere" ne*ro", luta" e con8ui"ta" no ra"il e no )undo+
] momento: Formação de *ru$o" utili?ando o critrio jlocal de moradiak: a $artir de "eu"
'airro" ou di"trito" o" aluno" leantaram $o""4ei" nome" de liderança" ne*ra" e reali?aram
entrei"ta" E"crita de 'io*ra;ia"+
] momento: Correção da" $roduçe" de teto, di*itação, im$re""ão na *rá;ica e diul*ação
na comunidade e"colar e eterna+
@ tra'al!o reali?ado $elo" aluno" ;oi $ontuado $ela" di"ci$lina" Ai"tória e 9eo*ra;ia com o
alor total de ,0 $onto" diidido" entre a e unidade+
5ISCSSQ@
3anto 6ei" e Ferreira (200 8uanto Canen e @lieira (2002# ;a?em um alerta da nece""idade
de "e di"tin*uir a" dier"a" a'orda*en" $or meio da" 8uai" a" relaçe" tnico-raciai" $ode "er
in"erida na $rática $eda*ó*ica, 8ue en*lo'a da" a'orda*en" ;olclórica" ou eótica" M" do
multiculturali"mo cr4tico+ Se*undo e"te" e"tudo", na $rimeira a'orda*em, o multiculturali"mo
$reconi?a a alori?ação da dier"idade cultural "em 8ue"tionar a con"trução da" di;erença" ee"tereóti$o", redu?ido a um adendo ao curr4culo re*ular, não i"a a tran";ormação da
"ociedade de"i*ual e $reconceituo"a+ iderança" ne*ra" em Feira de Santana ;oi ;ruto da" $rimeira"
leitura" e di"cu""e" de "ua" ideali?adora" "o're a nece""idade de inclu"ão da Ai"tória da
U;rica e da" cultura"
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alori?ação da dier"idade cultural "em 8ue"tionar a con"trução !i"tórica, "ocial e $ol4tica
de""a" di;erença" e e"tereóti$o"+ E"tamo" certa" de 8ue a ;ormação de $ro;e""ore" e""encial
$ara 8ue noo" ol!are" e ;a?ere" ultra$a""em o" muro" de no""a" e"cola" e a%udem a con"truir
uma "ociedade meno" de"i*ual, ma", não meno", $lural+
6ES>3iderança" Ne*ra" em Feira de SantanaL atendeu a
intencionalidade da >ei 10+./0 e M" 5iretri?e" Curriculare" Nacionai" $ara a Educação da"
6elaçe" Ttnica"-6aciai" e $ara o En"ino de Ai"tória e Cultura
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com a" tra%etória" de ida e luta da" liderança" $e"8ui"ada", or*ul!ando-"e da" contri'uiçe"
do" a;ricano" e do" a;rode"cendente" $ara a con"trução da no""a nacionalidade e
munici$alidade+ 5emon"traram intere""e "i"temático $elo tema do Pro%eto e, em e"$ec4;ico,
do Su'-Pro%eto, "olicitando, inclu"ie, indicaçe" de teto", ;ilme" e mD"ica" 8ue trata""em da
identidade e re"i"tncia ne*ra+ @ contato direto do" aluno" e $ro;e""ore" com a" liderança"
ne*ra" locai", atra" de coner"a" e entrei"ta", *erou noo" con!ecimento" e e$erincia"+
E""e contato e"timulou o re"$eito e a alori?ação da identidade ne*ra, $ro$orcionou a
o$ortunidade 8ue ;altaa a muito" dele" $ara a""umir-"e ne*ro+
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"cri$t"ciparttet$idS112J&20020000000.ln*$tnrmi"os+ ace""o" em 1 "et+2011+
Cui?a 3ucci+ @ 6aci"mo na Ai"tória do ra"il: mito e realidade+ Srie
Ai"tória em )oimento, Utica, 200J+ NI37
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DILOGOS ENTRE CULTURA E EDUCAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE AEQPERI?NCIA DO PROJETO TOCANDO EM FRENTE EM RIACHÃO DO
JACU@PE-BA
A*$ L+"' C!"$ ' O&+'+%$P'%! P$.&! S$*!"
RESUMO E"te tra'al!o 'u"ca di"cutir a" relaçe" entre educação contem$orHnea e a"8ue"te" inculada" M cultura e a educação mu"ical, con"iderando a" $rática" educatia"decorrente de""a interação+ Pretende-"e a8ui relatar a e$erincia de um $ro%eto intituladoK3ocando em Frente, 8ue e"tá "endo reali?ado no munic4$io de 6iac!ão do acu4$e, no"emiárido 'aiano+ @ re;erido $ro%eto ;oi ideali?ado na oca"ião da con8ui"ta do SeloNICEFpna Edição 200&, onde o no""o munic4$io rece'eu como $rmio a im$ortHncia de 2
mil reai" $ara ine"tir em açe" "ócio-educatia" $ara "ua" criança" e "eu" adole"cente"+5e"de então o $ro%eto 3ocando em Frente atua como uma e"cola de mD"ica, e em atendo aum $D'lico in;anto-%uenil com$o"to de e"tudante" de e"cola" $D'lica" e oriundo" em "uamaioria de 'airro" carente" da cidade, o 8ue %u"ti;ica a "ituação de ulnera'ilidade "ocialda8uele"+ < e"cola de mD"ica, conta atualmente com tr" $ro;e""ore" 8ue "e di"tri'uem noen"ino do" "e*uinte" in"trumento": iolão, "a, ;lauta, 'ateria e teclado+ Per;a?endo num totalde 100 aluno" matriculado", a re;erida e"cola 8ue ;unciona de "e*unda a "eta-;eira, em "ede"tacando em "eu" "ei" $rimeiro" me"e" de ;uncionamento, uma e? 8ue tem $romoido ore"*ate da cultura mu"ical, 8ue tradicionalmente "em$re ;oi um do" atratio" da cidade+ Ne""e
"entido, o $ro%eto tem como mi""ão alm de in"tituir no munic4$io, uma e"cola de mD"icaoltada $ara criança" e adole"cente", 'u"car $or meio de"ta a *arantia do" direito" !umano" e"ua $lena e;etiação no 8ue tan*e ao eerc4cio da cidadania e ao ace""o a cultura atra" damD"ica+ No tocante M metodolo*ia, o $ro%eto da e"cola de mD"ica e"tá "endo mantido $ela
$re;eitura munici$al, atra" de "ua" "ecretaria" de Educação e Cultura, 'em como a"ecretaria de
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medeia a con"trução do con!ecimento, atra" da con"cienti?ação e autonomia do" "u%eito"
8ue intera*em e con"troem o a$rendi?ado, tendo a cultura e a dialo*icidade como elemento"
e""enciai" M ;ormação do" "u%eito" "ócio-culturai"+ Em "4nte"e, o relato do" "u%eito" 8ue "e
"e*uem tem como de"a;io a $romoção de uma $rática $eda*ó*ica, oltada $ara a educação
mu"ical, 8ue ai $ara alm da mera re$rodução de conteDdo" e $a""a a "er uma ação $ol4tica
de troca de concretude" e de tran";ormação+
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direito" !umano" e "ua $lena e;etiação, no 8ue tan*e ao eerc4cio da cidadania e ao ace""o a
cultura atra" da mD"ica+
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Ne""e 4nterim, a dinHmica $eda*ó*ica do $ro%eto, ainda e"tá na "ua $rimeira ;a"e na 8ual e"tá
ocorrendo a ;ormação mu"ical de criança" e adole"cente", atendendo uma da" meta" $rinci$ai"
8ue "e $retende atin*ir+ < $rática educatia e"tá or*ani?ada $or aula" teórico-$rática", onde
aluno" rece'em o con!ecimento da teoria mu"ical e tam'm 8ua"e 8ue "imultaneamente
eercitam o 8ue a$renderam no contato direto com o" in"trumento" e"$ec4;ico"+
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a;a"tar criança" e adole"cente" da" "ituaçe" de ulnera'ilidade "ocial+ @" docente" "alientam
tam'm 8ue lidar com o re$ertório e a dier"idade mu"ical do" aluno", não tare;a ;ácil, ma"
$ara tanto lançam mão de a$render %unto com o" aluno", e"cutá-lo" em "ua" "u*e"te", e
orientá-lo" a e"col!er um 'om re$ertório mu"ical durante o" eerc4cio" da" aula", o 8ue inclui
a introdução da e"cuta do" clá""ico" e do 8ue !á de contem$orHneo $ro$orcionalmente+
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;uturo da in;Hncia e da %uentude, $rinci$almente no 8ue tan*e a mel!oria na 8ualidade de
ida de""e" "u%eito" 8ue um dia "erão adulto" e com o 8ue a$renderam de 'om ão in;luenciar
o" "eu" de"cendente" e 8uem "a'e mudar a !i"tória da mD"ica $o$ular no munic4$io, e"tado e
$a4"+
CONSIDERAÇES FINAIS
5ado o e$o"to "a'ido 8ue o ra"il mu"icalmente um $a4" muito rico, $o""ui uma
dier"idade incalculáel de ritmo", "on" e ca'e a nó" de";rutarmo" de""e traço marcante 8ue
no" ;a? "entir or*ul!o de "er 'ra"ileiro e $re"erar o temo" de $atrim=nio cultural+ So'retudo
entende-"e i""o não como $re"eração de al*o 8ue $a""ou, ma" como recon!ecimento de um
alor io 8ue "e ;a? $re"ente em todo e 8ual8uer momento+ m eem$lo di""o o "am'a, o
no""o "am'a de roda, o ote, o aado, o ra$, o c!oro, ele" e"tão a4, io" e "endo tocado"+ T
$reci"o $re"erar i""o no "entido de $artici$ar atiamente, dar $ro""e*uimento, e inoar o
re$ertório $ara a" *eraçe" ;utura"+
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KPen"o 8ue cum$rir a ida "e%a "im$le"menteCom$reender a marc!a e ir tocando em frente
Como um el!o 'oiadeiro leando a 'oiadaEu ou tocando dia" $ela lon*a e"trada eu ou
E"trada eu "ou+L
+$" ' $ E.$9:! M."+$&K 5i"$on4el em:
!tt$:"ite"+uol+com+'rcdc!ae"educamu"ical+!tm+
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A>, S+ A +'*+$' .&.%$& *$ 7"-6!'%*+$'K 3radução 3omá" 3adeu da Sila,
9uaracira >o$e" >ouro+ 11+ ed+ 6io de aneiro: 5P
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NA INTERFACE ENTRE O MULTICULTURALISMO E A TICA UM OLHAR
PARA O DESAFIO AO BULLING NA ESCOLA
Gilliam de 9oe" 6i'eiro11
R'".6!: o a""unto di"cutido "e in"ere num con%unto mai" am$lo de re;lee" atinente" M"8ue"te" 8ue tra?em o multiculturali"mo e a tica em educação+ < $artir do modelo dePerelman, tomamo" KticaL e KmoralL como intercam'iáei", uma e? 8ue "eu" "i*ni;icado"em termo" $rático" "ão o" me"mo"+ @ Kmulticulturali"moL "e con;i*ura $ara nó" como umcon%unto de re"$o"ta" M condição $lural de no""a "ociedade, a $artir do 8ual o conceito deidentidade central+ Prática" de ullNing tm rece'ido *rande atenção $or $arte de dier"o"meio" de comunicação+ I""o $roocou o no""o intere""e %á 8ue tai" $rática" "ociai" "erelacionam a a"$ecto" educacionai" "o're o" 8uai" con"tru4mo" no""o" ol!are"+ @ 8ue
$rocuramo" de'ater, em e"$ecial, o de"enolimento de um $ro*rama 8ue 'u"cou inter;erirne""e $roce""o+ 3rata-"e de açe" 8ue tin!am como e"co$o redu?ir o com$ortamentoa*re""io entre e"tudante" de al*uma" e"cola" do 6io de aneiro+ @ no""o o'%etio ;oi anali"arem 8ue medida um $ro*rama anti'ullBin* "e con"tituiu, leando em con"ideração o cam$o deonde ;alamo": um e"$aço de inter;ace entre a tica e o multiculturali"mo+ @ $re"ente e"tudo um recorte dentro do conteto mai" am$lo da $e"8ui"a a $artir do 8ual ;a?emo" u"o dametodolo*ia da análi"e retórica $ara 'u"car a com$reen"ão da" di;erente" açe" e re"$o"ta"do" "u%eito"+ @" re"ultado" at o momento encontrado" "u*erem 8ue $odem "er $o"itio" o"camin!o" $ercorrido" $ara "e com'ater o 'ullBin*: moimentam noo" acordo", con"truindouma "olidariedade contra ato" de iolncia no e"$aço e"colar re$ercutem um climain"titucional multicultural mai" atento M iolncia con;i*uram uma tica intercultural na 8ual
o ar*umento de direção ;undamental (uma e? nomeando o $ro'lema, $a""amo" a ;a"e dorecon!ecimento, c!e*amo" M inter;erncia#+ Porm, o $rinci$al de"a;io $erce'ido e"tá na"demanda" *erada" a $artir da re$ercu""ão do conceito+
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8ue corre"$onde ao $ró$rio cont4nuo da !umani?ação+ T ne""e camin!ar 8ue e"'arramo" em
di;erenciaçe" e !ierar8ui?açe" culturai" 8ue antecedem a no""a ei"tncia e ao me"mo
tem$o "e ;a? com a no""a $re"ença+
< cada dia, temo" ace""o" a mDlti$lo" conceito"+
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momento atual do $re"ente e"tudo+ @ o'%etio da atual $e"8ui"a ;oi anali"ar o" e;eito" de um
$ro*rama anti-'ullBin* na e"cola, con"iderando um cam$o de inter;ace entre o
multiculturali"mo e a tica+
F.*$6'*$9:! T'%+$
< dier"idade cultural tem "ido eidenciada em muita" $e"8ui"a" no" Dltimo" ano"+
Em ária" $arte" do mundo, a" $ro;u"a" entrada" na di"cu""ão concernente" M temática
reelam uma $reocu$ação cre"cente $or $arte da8uele" 8ue de"e%am con"truir uma "ociedade
democrática e cidadã+
Ne""e !ori?onte de in8uietaçe", multiculturali"mo $ode "er com$reendido como a
nature?a da" re"$o"ta" 8ue "e dá ao caráter $lural de no""a" "ociedade", em tem$o" de inten"areor*ani?ação intercultural $or $arte da" mudança" *eo*rá;ica" e tecnoló*ica", em um noo
cenário recente da *lo'ali?ação (C
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Podemo" e$licitar, $or eem$lo, a" tr" tendncia" mencionada" com a" 8uai" temo"
tra'al!ado+ ma $er"$ectia multicultural ;olclórica a8uela 8ue "e limita ao" rito", ;e"ta",
co"tume", rou$a", comida" t4$ica" e outro" $roduto" de uma determinada cultura+ á uma
ertente cr4tica "e concentra na" $o""i'ilidade" de emanci$ação do" *ru$o" o$rimido",
di"cutindo a" relaçe" a""imtrica" de $oder 8ue o" atin*e+ 3al a'orda*em tem incor$orado a
cr4tica $ó"-moderna 8ue tra? uma conce$ção !4'rida da realidade na 8ual o" di"cur"o" "ão
con"titutio" da me"ma (C
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"i"tema de;inido a priori+ u"ca-"e determinar o" "eu" $rinc4$io" $rimeiro" (o "er, o
con!ecimento ou a ação# atra" do" 8uai" "e em$en!a em "olidi;icar o'%eto" de $roa+
ma Filo"o;ia 6e*re""ia, tal como "u"tentada $or Perelman, rom$e com e"te
$ercur"o 8uando não decreta a "u"$en"ão do %u4?o+ Contamo", a $artir dele, com um
in"trumental $ara $en"armo" na ten"ão entre o" $rinc4$io" e o" %u4?o" de alor na" di"$uta"
$or le*itimação+ Poder-"e-ia, de"ta ;orma, "u"tentar uma tica entre o" *ru$o", indi4duo" e
in"tituiçe" de maneira não $re"critia atra" da 8ual $o""am ne*ociar "ua" di;erença" e não
mai" im$or erdade" tida" como a'"oluta"+
I""o "i*ni;ica a "u$eração di"cur"ia da dicotomia unier"ali"mo e relatii"mo,
"u"tentada $or Perelman atra" de um unier"ali"mo a posteriori 8ue lea em con"ideração
o" %u4?o" de alor (não con;inada" $ara "em$re como antialor# entre $e""oa" e conteto" 8ueiem a" "ua" e$erincia" com 'a"e em deci"e" (muita" e?e" ur*ente"#, o$inie", e"col!a"
e $re;erncia"+
@lieira (2010'# di"cute a o$ortunidade de adentrarmo" na di"cu""ão "o're tica
moral e o" "eu" de"do'ramento" na e";era e"colar, re;letindo a $rática do $ro;e""or, c=n"cio
de 8ue a m4"tica 8ue *ira em torno de""e cam$o na e"cola (e ;ora dela# 'em *rande+ Cun!a-
"e M tica, tal como no" re""alta @lieira (1//., 2010a, 2010'#, um o'%etio K"alacioni"taL
8ue re"$onda ao" con;lito" dier"o", tai" como: nacionali"ta", reli*io"o", tnico-raciai" eoutro"+
Em concordHncia com o mencionado autor, com$reendemo" 8ue o de'ate em torno do
re;erido cam$o ai muito alm da" $re"criçe" entre o 8ue "e de;ine como KcertoL e KerradoL+
5e"te modo, a citada o'ra no" "itua numa com$lea di"cu""ão de intere""e contem$orHneo
uma e? atenta M com$lea relação entre tica e cultura ("#+
M'!!&!>+$< $artir da ar*umentação, tra'al!amo" com a" "e*uinte" cate*oria": orador , discurso e
auditório (PE6E>)6ECA3S-3W3ECI7EI6
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ar*umento" "u"tentam o conencimento com relação M ne*ação ao 'ullBin*Y Seria e"ta uma
$rática entendida como Ka*re""ãoL $elo auditórioY
< taionomia de Perelman e @l'rec!t"-3Bteca (200# con;i*ura-"e como com$onente
de no""a metodolo*ia+ 3omando tal o'ra como 'a"e, cum$re realçar 8ue a cla""i;icação do"
ar*umento" não in;le4el+ I"to , o" ar*umento" $odem "er caracteri?ado" e a$ro$riado",
ma" não tomado" com a ri*ide? 8ue contra$e a $ró$ria con"tituição !ermenutica de onde "e
ori*ina a inter$retação1+
@" ar*umento" encontram-"e a $artir da "e*uinte di"tinção: a# Xua"e-ló*ico" '#
, 200#+
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Com relação ao "u%eito da $e"8ui"a, o$tamo" $or entrei"tar uma coordenadora
$eda*ó*ica 8ue $artici$ou de um $ro*rama anti'ullBin* de"enolido $ela
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Cum$re re""altarmo" 8ue, ante" me"mo da entrei"ta começar, 6e*ina1J demon"trou
$reocu$ação com o" $o""4ei" de"do'ramento" do conceito 8ue e"tá "endo 'anali?ado+ Para
ela, 'ullBin* um $roce""o re$etitio 8ue cau"a dano" $"icoló*ico" ao" enolido", re"trito a
relação eclu"iamente entre alunos+ Ne""a direção, "ua re"$o"ta taatia+ 5i"tancia-"e de
no""o re;erencial uma e? 8ue, $ara nó", o" di"cur"o" não iniciam e terminam numa cate*oria
!omo*nea e incomunicáel+
Xuando anali"a a $re"ença do 'ullBin* na e"cola, a entrei"tada en;ati?a a nece""idade
de toda uma or*ani?ação "i"temática e de um tra'al!o con%unto 8ue $oderá $ro$orcionar
re"ultado" ;aoráei", como: $lane%amento e $arceria" com o" ;amiliare" e com a
nier"idade+ Porm, não o 8ue ela em acom$an!ando+ Pro$o"içe" anti-'ullBin* e ou
$ro*rama" com e""a intencionalidade tm im$ul"ionado re açe" de"cont4nua" e $ermanente"+
@utro a"$ecto a de"tacar di? re"$eito M" demanda" *erada" $elo olume de
in;ormaçe" dentro da e"cola+ Con;orme no" "alienta Perelman (1//.#, noo" acordo" $odem
"er *erado", uma e? %u"ti;icáei"+ No ca"o da e"cola em 8ue"tão, a" $rática" do 'ullBin*
;oram notada", identi;icada"+ )a", i""o *erou um nDmero de denDncia" 8ue co'raram do"
$ro;i""ionai" da educação uma reação 8ue ele" tale? não e"$eraam e ou e"tie""em
$re$arado"+)ai" dua" noçe" e"tão "ituada" no" 8ua"e-ló*ico": Ke"colaL e Kaluno" da" camada"
$o$ulare"L+ < e"cola i"ta $ela de$oente como um e"$aço de ten"e"+ E""a i"ão coaduna
com a $er"$ectia de Candau na medida em 8ue a autora "alienta o e"$aço e"colar mai" do
8ue um arco 4ri" de cultura", tam'm o e"$aço de con;lito" (C)
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culminar, con;orme %á $ontuamo", na de"e"ta'ilidade do" $ro;i""ionai" da educação em não
"a'er lidar com a demanda *erada+
Salientamo" a $re"ença do 4nculo cau"al im'ricado no itinerário "u$ramencionado:
não con"e*uir lidar com o" $ro'lema" con"e8ncia de um *rande olume de reclamaçe" e
de"$re$aro do" $ro;i""ionai" da e"cola+ Se*undo a coordenadora $eda*ó*ica, aluno" com
di;iculdade em a$rendi?ado oltam a "ua atenção ao" "eu" cole*a", $raticando 'ullBin*+ Fa?-
"e mi"ter con"iderar e""e rumo tomado na inter$retação do "u%eito+ No entanto, i"to de ;orma
a'"oluta, e""a in;ormação no" $arece a""a? reducioni"ta+
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@" ar*umento" de di""ociação não ;oram marcante" na retórica e$o"ta+ .6$" +*='%*+$"
@ o'%etio do atual e"tudo ;oi ine"ti*ar at 8ue $onto o" di"cur"o" $ro;erido" $or uma
coordenadora 8ue $artici$ou de um $ro*rama de com'ate ao 'ullBin* na e"cola $oderiam"u*erir camin!o" $ara o cam$o do multiculturali"mo e da tica+ E"táamo" intere""ado" na"
re"$o"ta" e ou reaçe" do" "u%eito" M $ro$o"ta anti-'ullBin*+
No""a $e"8ui"a tem "u*erido 8ue a re"$o"ta a tra'al!o" como o" reali?ado" $ela
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tra'al!ar na e"cola+ E"$aço em 8ue di;erente" "u%eito", em "ua $luralidade, "e con"troem entre
"i, a $artir da relação, atri'uindo "i*ni;icado", dentre o" 8uai", o" inde"e%áei"+
@" con;lito" e ten"e" da4 re"ultante" no" conidam M" re"$o"ta", ainda 8ue "e%am
$roi"ória"+ ullBin* uma da" ;orma" $ela" 8uai" a" iolncia" "e mani;e"tam, cau"ando
$re%u4?o" 8ue e"'arram na nece""idade de "e con"truir uma tica multicultural a $artir da
identidade cultural da" in"tituiçe"+ Não "e muda nin*um $ela ;orça, ma" $elo
conencimento $er"ua"ão+ Não "e trata de uma $anacia, ma" de uma $o""i'ilidade de
re;leão e de interenção+
R'='%*+$"
E ' '"%'"7'+!: como aca'ar com e""a cultura nae"cola+ 3rad+ Sandra 6e*ina Net?+ Porto I7EI6
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@>I7EI6aureano Pele*rin+ auru, São Paulo: E5SC,1///+
6IEI6@, G+ 9+ ullBin* e educação: um ol!ar multicultural $ara a" di""ertaçe" e te"e"+ In:I Seminário do Col*io )unici$al, 200/, 6io onito+ Col*io )unici$al 0 ano", 200/+
SE A CANA PRECISA ESTAR DOCE, POR YUE DILUIR O CALDOZ
A CIRCULARIDADE ENTRE SABERES COTIDIANOS E CIENT@FICOS
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NA ABORDAGEM ESCOLAR DA PRODUÇÃO DE CACHAÇA
6o"ilia @lieira de
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em di"tinto" $atamare", %á 8ue entre ela" acontecem $roce""o" ;re8uente" de !i'ridaçe",
enolendo mi"tura", re$ul"e", atrito" e "4nte"e"+
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Coerente com e"ta $er"$ectia,
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Entre o" $rodutore" a $rática de diluição do caldo, em'ora não "e%a muito aceita,
con!ecida $or todo", "endo 8ue a a""ociam com a o'tenção de cac!aça mai" ;raca+ @ e"tudo
"ocioantro$oló*ico eidenciou 8ue não o ar*umento ló*ico deriado da ideia de 8ue a cana
dee "er mo4da 8uando e"tá 'em madura 8ue lea muito" $rodutore" a não dilu4rem o caldo,
ma", "im, ra?e" $rática", 8ue tam'm inter;erem em "ua" di"$o"içe" co*nitia" $ara
a$rend-la+
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Pouco" $rodutore" recon!ecem a $o""i'ilidade de $rodu?ir a cac!aça com um *rau
alcoólico de;inido como outra ra?ão 8ue %u"ti;ica a diluição do caldo, o 8ue re8uer o u"o do
"acar4metro (Fi*ura 1# no cálculo da 8uantidade de á*ua de diluição 8ue "erá nece""ária $ara a
$adroni?ação do caldo, de acordo com o teor de açDcare" da cana mo4da+ Ele" recon!ecem
8ue não em$re*am a tcnica com o controle recomendado, eidenciando o" limite" da
racionalidade tcnica diante da com$leidade do cotidiano+
A Se voc: 'osse 'a2er uma cacha)a baseado nesse resultado imediato aqui, voc: ia bagun)ar tudo, voc: nãoia coloc! bastante !gua pra 'erment!, não ia padroni2ar o caldo direito e ele não ia 'erment! no tempo. 0gora no caso da gente, no dia/a/dia, se é uma cana de uma !rea que voc: sabe como é, voc: não precisa 'icar 'a2endo todo dia as medidas, pode 'a2er O ve2es por semana, ve2es... não vai mudar muito, peloterreno d! pra saber mais ou menos. ideal é medir todos os dias, mas a gente 'a2 isso e acaba dandocerto. (Produtor Gilian#
Entre o" $ro;e""ore" $ouco" mani;e"taram ter ideia da im$ortHncia da $rática de
diluição do caldo na $adroni?ação do *rau alcoólico da cac!aça:
Pro;e""ora )aria do Carmo: (enho uma curiosidade... *e acordo com a quantidade do caldo da cana que p3e na dorna... é dorna que 'ala?... aí sabe a quantidade de cacha)a que sai?Pro;e""or 6omil"on: 0í que v:m as duas 'ormas de 'abricar... pelo menos pelo pouco contato que eu tenho.Se voc: t! 'a2endo a cacha)a padroni2ada, pra engarra'amento, aí normalmente vai dar sempre a mesmaquantidade, porque h! todo um controle do doce... eu não sei como voc:s chamam... do a)6car da cana. Set! doce demais, mistura !gua pra 'icar num padrão, aí d! mais ou menos a mesma quantidade. 4! a nossa popular cacha)a, aí depende do doce. Euanto mais a cana t! doce ela produ2 mais por alambique. Fquando di2em “a cacha)a t! rendendo-. (! dando TH, JH B, depende da cana, do terreno, do doce... F
interessante... quanto mais a cana é do alto, de onde não tem muita !gua, d! cacha)a melhor
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A Pra saber se precisa colocar !gua ou não é o sacarímetro ou "! é outro aparelho? (Pro;e""or Eanil"on#
A (em umas 'órmulas para saber a propor)ão de !gua e de caldo e, em certos casos, também d! pra aplicarregra de tr:s pra tamanhos di'erentes de dornas se o teor de a)6cares do caldo estiver igual. (Pro;e""orAenri8ue#
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7C 7 (5 c#7A2@ 7 - (7C x 7F#
Xuando a$licaram o cálculo
matemático na análi"e da
alidade do $rimeiro racioc4nio, o"
$ro;e""ore" con"tataram 8ue o
acr"cimo de 2 > de á*ua de
diluição e"taa correto+ 3ieram 8ue adotar um outro $rocedimento mental, $oi", ao in" de
$artir do olume Dtil, o racioc4nio em$re*ado
$elo ;uncionário da
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cienti;ici"mo a $artir de uma $rática 8ue alori?a o $lurali"mo e$i"temoló*ico (C@E6N
>@7IN9, 2001#, 'u"cando decidir o con!ecimento 8ue ale diante de uma "ituação 8ue
re8uer tomada de deci"ão+
< im$ortHncia da recomendação tcnica de 8ue na re*ião o" $rodutore" $a""em a
utili?ar um taman!o $adroni?ado de dorna" com 00 > de olume Dtil ;oi $erce'ida $elo"
$ro;e""ore" ao tomarem con!ecimento de 8ue o u"o da" ;órmula" torna-"e di"$en"áel, "endo
"u'"titu4do $ela con"ulta a um 8uadro, o 8ue ;acilita o tra'al!o do $rodutor (Xuadro 1#+ Para
o" $ro;e""ore" o" o'"táculo" M adoção $elo" $rodutore" da tcnica de diluição do caldo não
"eriam de nature?a co*nitia, ma" "im "ocioecon=mica+
A produtor tem condi)ão de aprender. 0gora tem um problema... %u penso assim... Cgual *. 5osa... ela 'a2nessa qualidade aí... quanto mais tem espuma, mais caro)o, ela consegue atingir o mercado. 0gora se eladiluir, colocar !gua e chegar nessa qualidade aí, ela vai ter que atingir o mercado direto, quer di2er queatravessador não vai comprar porque o cara visa lucro grande s produtores 'icam dominados e eles sóvão diluir quando eles en#ergarem o lucro. (Pro;e""or Aenri8ue#
A Se o produtor não sabe disso, como é?%le 'a2 uma base? 0quele produtor que a gente visitou, o Sr. %dimar, ele disse que 'a2 tudo na e#peri:ncia. &as ele 'alou que não dilui, porque a cacha)a 'ica 'raca, perde o gosto, o sabor. &as é porque quem compra na mão dele quer a cacha)a 'orte provavelmente pradesdobrar e ter mais lucro. Por mais que voc: 'ale e comprove que t! errado ele não vai aceitar porque aclientela dele t! acostumada com aquele padrão (Pro;e""ora Cleide#
Xuadro 1+ e u"o de 0 > de $-de-coc!o#
3eor de
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A &eu pai tem esse equipamento... o sacarímetroIW. (em hora que ele usa, mas tem hora que ele t! moendouma cana e t! muito doce, demora de parar, aí ele pega e "oga !gua dentro, só que aí ele "! não mede porque acha que não precisa. (Pro;e""or Eanil"on#
Com 'a"e na e$licação de 8ue, na $rodução da cac!aça de 8ualidade, com *raualcoólico de 2]9+>+, nece""ário $adroni?ar o teor de açDcare" do caldo em 1] , ma" 8ue
muito" $rodutore" da cac!aça comum "ó acre"centam á*ua ao coc!o 8uando $erce'em 8ue a
;ermentação e"tá demorando muito tem$o, Selma concluiu 8ue a e$erincia do" "eu" aluno"
li*ada $rinci$almente M $rodução da cac!aça comum+
A ;!rios alunos escreveram que a 'ermenta)ão demora dois ou tr:s dias e não vinte e quatro horas, como seria dese"!vel. % agora eu entendi que demora mais tempo assim porque o pé/de/cocho 'ica 'raco... o caldodoce demais provoca a morte das leveduras+ (Pro;e""ora Selma#
5iante do comentário de 8ue a" e"cola" $oderiam a%udar o" e"tudante" a $erce'er 8ue a
cincia $ode "er aliada do" $rodutore", a%udando a dar "entido e a mel!orar o 8ue ele" ;a?em,
$ro;e""or Eanil"on com$letou:
A 0s aulas 'icam muito mais interessantes assim do que quando os alunos 'icam só lendo no livro e 'a2endoe#ercícios. (Pro;e""or Eanil"on#+
Como $arte de no""a di"$o"ição $or criar di"$o"içe" oltada" $ara a alori?ação do
conteto "ociocultural no curr4culo e"colar, en;ati?amo" a nece""idade de "e mudar a ima*em
"ocial da e"cola, de um local onde o" aluno" Ka""i"tem aula"L, $ara um e"$aço de re;ernciana comunidade, onde di;erente" "a'ere" "e%am $o"to" em relação+
5urante a" atiidade" com o" aluno", 8ue enoleram uma i"ita a um en*en!o local,
ele" ela'oraram uma $roáel e$licação $ara a nece""idade de diluição do caldo, a$licando o
con!ecimento a$rendido "o're o *rau alcoólico máimo da cac!aça:
Pe"8ui"adora-$ro;e""ora: Por 8ue oc" ac!am 8ue a diluição do caldo im$ortanteY7almor: Por8ue tá muito doceyPe"8ui"adora-$ro;e""ora: I""o+ @ caldo tá doce demai"+++Cel"o: Por8ue a cac!aça não $ode ;icar doce+Pe"8ui"adora-$ro;e""ora: )a" "erá 8ue tem como a cac!aça ;icar doceY5iana: < cac!aça não ;ica doce $or8ue o açDcar ira álcool 8uando ;ermenta no coc!o+7almor: Por8ue a cac!aça não $ode ter muito álcool+Pe"8ui"adora-$ro;e""ora: I""o+
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tili?ando uma miniatura de dorna (Fi*ura 2# e a" ;órmula", o" aluno" con"tataram 8ue,
$ara uma dorna de 00 >, o olume Dtil "eria 00 >, $oi", con;orme ""ica concluiu, K se 'ica
cheio pode derramar... por causa das bolhasL, "endo e""e olume Dtil $reenc!ido com 0 >
de ;ermento, 2&,J > de caldo de cana e J, > de á*ua, ca"o o $rodutor de"e%a""e redu?ir o
teor de açDcare" de 21] $ara 1] + )ani;e"tando com$reen"ão de 8ue a )atemática dee
ter ;uncionalidade na ida cotidiana, o $ro;e""or 6omil"on de"tacou: “'órmula é igual
n6mero de tele'one, não precisa decorar. &as tem que estar anotadinha na agenda-+
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aumenta o rendimento, $oi" "e o caldo e"tier com 2] "ão nece""ário" a$ena" 20 > de
caldo $or dorna, en8uanto 8ue "e o caldo e"tier com 1.] $reci"a-"e de .0 >+ @ $ro;e""or
6omil"on comentou:
A 0qui tem muitos que não t:m certo conhecimento, que acreditam que é pre"uí2o... porque quando a cana t!doce, a garapa t! doce, eles acham que rende mais. @olocando !gua vai render menos por alambique, masaumenta a quantidade de cacha)a, ou se"a, se voc: destilava um alambique, voc: vai destilar dois, se eramdois, vai pra tr:s. Bógico que por alambique não, por alambique não Porque por alambique se voc: nãomisturar !gua ele vai render mais. &as, quando voc: dilui, voc: aumenta o caldo e, assim, voc: vai ter maisalambique pra destilar e, com certe2a, quando voc: 'or calcular, de modo geral, a cacha)a, que é o ob"etode dese"o, voc: vai produ2ir mais se voc: misturar !gua. ;ai render e vai ser de qualidade, porque não vai ser 'orte demais e vai estar num padrão.
E""e comentário ;aoreceu a com$reen"ão de outra anta*em da diluição do caldo: ela
$ermite $adroni?ar a 8uantidade de açDcar no caldo, cu%a" im$licaçe" ;oram $erce'ida" $or
3aiane: “e assim a cacha)a vai sair sempre com quantidade de !lcool igual e mais bai#o-
E""a conclu"ão ;oi relacionada com a cac!aça K
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p3e !gua, um ou dois baldes, mas não é de acordo com a técnica, é de acordo com achar que
precisa-+ @ $ro;e""or 6omil"on eidenciou e"tar "ur$re"o, $oi" ele $ró$rio am$liou a "ua
i"ão "o're a" ei*ncia" co*nitia" enolida" na ;a'ricação da cac!aça, a;irmando: “se a
gente 'or parar pra analisar, ho"e, até para reali2ar um trabalho grosseiro como a
'abrica)ão da cacha)a tem que ter certa instru)ãoL+
CONCLUSES
Con"iderando-"e 8ue a 'a"e do tra'al!o intercultural cr4tico o diálo*o, e não o
monólo*o 8ue a$ri"iona o" "u%eito" eclu"iamente em "eu" modo" de er o mundo (C
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C@E6N, G+ G+ >@7IN9, C+ C+ 5e;inin* K"cienceL in a multicultural forld: im$lication";or "cience education+ S+'*' E.$+!*, Nef Worb, + &, n+ 1, $+ 0-.J, 2001+
5E)@, P+ D'"$=+!" 6!'%*!" $ '.$9:!+ Petró$oli": 7o?e", 1//+
9INO69, C+ O .'+! ' !" '%6'": o cotidiano e a" idia" de um moleiro $er"e*uido $elain8ui"ição+ São Paulo: Com$an!ia da" >etra", 1/&J+
)
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EDUCAÇÃO CONTEQTUALI8ADA CAMINHOS PARA CONSTRUÇÃO DE UMAESCOLA YUE COMTEMPLE A PLURALIDADE SOCIOCULTURAL DE UMA
COMUNIDADE AFROCAMPESINA
J'$* C$%&!" B$%5!"$ !" S$*!"F%$*+"$ $" V+%>'*" F!*"'$V$%+$ M$%$ R+5'+%! S!$%'"
R'".6! E"te tra'al!o um e"tudo acerca da Educação Contetuali?ada $ro$o"ta acomunidade a;ro-cam$e"ina de Praiano", munic4$io de Ic!D, no "emiárido 'aiano, utili?ando arealidade do educando" como $onto de $artida do $roce""o de con"trução do con!ecimentonuma atitude de alori?ação da $luralidade "ociocultural, $autada no" ideai" de alori?açãoda" identidade" etnicorraciai" e cam$e"ina, da maioria a'"oluta, do" aluno" 8ue $ooam aDnica "ala de aula da E"cola 5r]+ I$ Cana ra"il+
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_ atendido" $ela e"cola _ em relação M e"cola a educação $or ela $reconi?ada+ Numa atitude
de en;rentamento a" !i"tórica" $rática" da" $ol4tica" educacionai" 'ra"ileira" 8ue rele*ada ao
e"8uecimento e ao modelo de educação ur'anocntrica+
Ele*emo" como lócu" de""a ine"ti*ação a comunidade de Praiano", i"to 8ue e"ta
comunidade $or "ua e?, trata-"e de e"$aço rural, com uma $o$ulação ma%oritariamente de
etnia ne*ra, no munic4$io de Ic!D, no "emiárido 'aiano+
5urante o de"enolimento do teto no" $reocu$amo" em con;rontar o de"ca"o com a"
e"cola" a;ro-cam$e"ina", $or $arte da" $ol4tica" $D'lica" educacionai", no no""o ca"o, e a
atitude de en;rentamento de uma comunidade, a e"te de"ca"o $romoendo uma $ro$o"ta de
educação 8ue não "e "ilencia diante do" de"a;io" colocado", !i"toricamente, $ela cultura
dominante relatio" M" 8ue"te" raciai" e a ;ormação de uma identidade a;rode"cendente auto-a;irmada em "eu" aluno"+ Con"truindo uma $ro$o"ta de educação 8ue re"$eita e, alori?a a
realidade "ociocultural de "eu" "u%eito" da educação+
Pro$omo", tam'm, um 'ree relato acerca da !i"tória do" 8uilom'o", "ua
conceituação contem$orHnea, na tentatia de coo$erar na com$reen"ão a $ro$o"ta de
educação con"tru4da" ne"te" e"$aço" e "ua $er"$ectia em relação M ;ormação do indiiduo+
No "e*undo momento, a$re"entamo" a e$erincia inoadora de educação contetuali?ada
ienciada $ela E"cola 5r]+ I$ Cana ra"il3ai" o'"eraçe" tieram como ;oco a" $rática" $eda*ó*ica" da educadora e o"
re;leo" de"ta atuação na con"trução de uma auto-e"tima $o"itia no educando a;ro-
cam$e"ino+ Como "u'"idio $ara anali"e de""a ação $eda*ó*ica no" de'ruçamo" "o're e"tudo"
em$reendido" acerca da temática educação $ara a" relaçe" tnicorraciai", dentre ele":
Caalleiro" (2000#, 6omão (2001# e Nune" (200.#+
No 8ue concerne M educação contetuali?ada en8uanto en;rentamento a" $rática"
$ol4tica" 8ue aca'am $or coo$erar com a de"caracteri?ação identitária, com a con"trução decon!ecimento" de"contetuali?ado" a realidade do educando recorremo" ao" con"truto"
teórico" de )oura (200#, e a$ti"ta e 6oc!a (200#, 8ue $erce'em a e"cola como um
in"trumento de em'ate" na" "ociedade" e na" cultura" de"ta contem$oraneidade marcada $or
con;lito" e incerte?a"+
No decorrer da ine"ti*ação utili?amo" de in"trumento" metodoló*ico" dier"o", como
a o'"eração em "ala de aula, entrei"ta "emi-e"truturada com a $ro;e""ora, coordenadora e o
diretor da E"cola, alm da análi"e da" literatura" "u$racitada" 8ue no" ;acilitaram a re;leão
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"o're e"te momento de troca de e$erincia" 8ue ;oi a $artici$ação em "ala de aula numa
turma multi""eriada20 com aluno" do ] e ] ano do En"ino Fundamental I+
Para o de"enolimento do $re"ente tra'al!o, nece""ário contetuali?ar o c!ão
$ol4tico, $eda*ó*ico e e$i"temoló*ico da $e"8ui"a+ Para a con"trução metodoló*ica, tiemo"
como re;erencia o" tra'al!o" de autore" )inaBo (200# e Sarmento (2000#, 8ue
;undamentaram o" $rocedimento" adotado" no e"tudo e$loratório, na anali"e documental e
no e"tudo de ca"o de cun!o etno*rá;ico, in"trumento" 8ue no" $o""i'ilitaram uma
a$roimação e$i"temoló*ica e metodoló*ica com o o'%eto de e"tudo+
Com o o'%etio de com$reender como a" $rática" $eda*ó*ica" contetuali?ada"
contri'uem $ara a con"trução de auto-e"tima $o"itia no educando a;rocam$e"ino e
in;luenciam no "entimento de $ertencimento do" aluno" em relação M e"cola e a comunidade+6ecorremo" ao a$orte teórico do $aradi*ma critico de ine"ti*ação "ocial - no 8ual
toda teoria do con!ecimento "e a$óia, im$l4cita ou e$licitamente, "o're uma determinada
teoria da realidade e $re""u$e uma determinada conce$ção da me"ma realidade - 8ue $or
meio de "eu" ;undamento" e$i"temoló*ico" acreditam $oder articular a" inter$retaçe"
em$4rica" do" dado" "ociai" com o" conteto" $ol4tico" e ideoló*ico" em 8ue "e *eram a"
condiçe" da acção "ocial (S
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8uilom'o" e, ao me"mo tem$o, a" ;u*a" 8ue ;a?iam $arte da" e"trat*ia" montada" $elo"
e"crai?ado", 8ue inclu4am at e"conder e"crao" em ;a?enda" i?in!a", o 8ue "i*ni;icaa
!aer um circuito de comunicação entre e"crao" na" ;a?enda" e 8uilom'ola" (>o$e" apud
9ome", 200J, $+2J#+
Ne"te" e"$aço" não encontramo" re*i"tro" de educação e"colari?ada, ou de um e"$aço
de"tinado a e"te ;im, o" con!ecimento" e o" "a'ere" eram tran"mitido" no cotidiano, no dia-a-
dia do 8uilom'o, lo*o a" criança" 8ue ali !a'ita""e "a'eria "e de;ender de um ata8ue, ;u*ir,
re"i"tir $ara não "erem ca$turada e encontrar "ua $ró$ria ;orma de "u'"i"tncia+
Por não $o""uir da Fundação Palmare"21 a certidão de recon!ecimento de"ta
comunidade en8uanto remane"cente 8uilom'ola a$e"ar auto-identi;icação de "eu" !a'itante",
o$tamo" ao no" re$ortar a Comunidade de Praiano" utili?ar a" nomenclatura" _ Comunidadea;ro-cam$e"ina e Comunidade Ne*ra e 6ural _ uma alu"ão a "ua ance"tralidade a;ricana e o
;ato de "er um e"$aço rural+ No""o intuito con;rontar e"ta" dua" e"$eci;icidade" _
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in"trumento i*oro"o no $roce""o de recon!ecimento da identidade ne*ra 'ra"ileira $ara uma
maior auto-a;irmação tnica e cam$e"ina+ ma $ro$o"ta de educação e"colari?ada ne"ta"
comunidade" dee encontra-"e ancorada ne"te" $ilare", e "er con"tru4da coletiamente com
e"te $oo, $autada em "eu" "a'ere" tradicionai" como $onto de $artida $ara o" noo"
con!ecimento"+
@utro $onto a "er con"iderado em relação M identidade 8uilom'ola $en"ar 8ue "e
tratam, "im, de"cendente" de a;ricano" e"crai?ado", 8ue mantm laço" de $arente"co" e, 8ue
iem em "ua maioria da cultura de "u'"i"tncia, em terra" doada", com$rada" ou ocu$ada"
"ecularmente $elo *ru$o, e 8ue !o%e, alori?am a" tradiçe" culturai" do" "eu" ante$a""ado",
reli*io"a" ou não, recriando-a" no $re"ente, $o""uem uma !i"tória comum e tm norma" de
$ertencimento e$licita" e im$l4cita" no "eu cotidiano, com con"cincia de "ua" identidade"+< Comunidade, a;ro-cam$e"ina, de Praiano", não ;o*e a e""a con"ideração, con"titu4da
$or ;am4lia" de"cendente" de (e# e"crao" 8ue con"e*uiram re"i"tir e dar continuidade M"
"ua" tradiçe", recriando-a" em "eu cotidiano, e$re""a" $or meio da" rede" de $arente"co,
a""im aconteceu na culinária, reli*io"idade, mani;e"taçe" art4"tica" e ;orma" de or*ani?ação
do tra'al!o etremamente li*ado ao cam$e"inato, ainda como atiidade de "u'"i"tncia",
me"mo 8ue a $rodução "e%a de"tinada mai" com ;in" comerciai" do 8ue $ara o $ró$rio u"o da
comunidade+@ 8ue %u"ti;ica a im$ortHncia do tra'al!o inten"o de recon!ecimento, $re"eração,
$roteção e alori?ação da identidade tnica de""a comunidade (6ei", 2010, $+J#, 8ue i"e
contri'uir $ara a ;ormulação e eecução de $ol4tica" $D'lica" educacionai" de alori?ação do"
traço" "ocioculturai" de""e $oo a;ro-cam$e"ino, cola'orando $ara mel!oria da 8ualidade
educacional, atendendo a""im M" nece""idade" e an"eio" do" aluno" e da" ;am4lia",
cola'orando, $ortanto, $ara um de"enolimento inte*ral e inte*rado na comunidade+
u"tamente, ne"te $onto 8ue entra o Pro%eto C
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2K2 E.$9:! C!*'.$&+/$$ ' $ !*"%.9:! $ $.!-'"+6$ 7!"++$ *! '.$*!
*'>%!
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camin!o "e*undo 6omão (2001#, ;a?-"e nece""ário rom$er com o" $reconceito" e
e"tereóti$o", re%eitar e"ti*ma" e alori?ar a !i"tória de cada um, ou "e%a uma educação 8ue
"e%a contetuali?ada a "ua !i"tória, a "ua ida em comunidade+
ma $rática $eda*ó*ica 8ue $romoa a auto-e"tima nece""ariamente nece""ita e"tarcom$rometida com a $romoção e com o re"$eito do indi4duo e "ua" relaçe"coletia"+ @ educador 8ue não ;oi $re$arado $ara tra'al!ar com a dier"idade tendea $adroni?ar o com$ortamento de "eu" aluno"+ 3ende adotar uma $o"turaetnocntrica e "in*ular, concluindo 8ue, "e a" criança" ne*ra" Knão acom$an!amL o"conteDdo", $or8ue "ão Kde;a"ada" econ=mica e culturalmenteL, aaliaçe" e"ta"a$oiada" em e"tereóti$o" racial e cultural, ou "ão Krelaada"L e de"intere""ada+(6omão, 2001, $+ 1.#
Em Ic!D o Pro%eto C
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atual na e"cola 8ue am$lia o" !ori?onte" do" aluno", ;ornecendo-l!e" con!ecimento"
erdadeiramente "i*ni;icatio" e com real a$lica'ilidade a "ua $ratica "ocial+ E"te contato
$o""i'ilita um diálo*o com a" tran";ormaçe" 8ue acontecem na comunidade, $oi" muita"
dela" $artem da e"cola+
Aa'itualmente, o" con!ecimento" $reconi?ado" $ela e"cola conencional não
re"$eitam e, não alori?am o" con!ecimento" do meio em 8ue o aluno e"ta in"erido, *erando
a""im um "entimento de in;erioridade, $oi" o" "a'ere" de "ua comunidade não "erem de
nada, ma" "im a8uele" ditado" $ela in"tituição e"colar+ á no dia a dia a "ituação 'em
di;erente, o" con!ecimento" da e"cola e"tão cada e? mai" di"tante" da nece""idade do aluno+
E"te" aluno" $or "ua e? o;erecem re"i"tncia a e"ta im$o"ição da e"cola de con!ecimento"
de"contetuali?ado" a "ua realidade+@ 8ue "e i"lum'ra, numa $ro$o"ta de educação contetuali?ada $ara uma
comunidade remane"cente de 8uilom'o", 8ue o $roce""o educatio ;ormal contem$le a
$er"$ectia de dar "entido ao" conteDdo", M a$rendi?a*em, ao con!ecimento+ E"$era-"e de""e
modo 8ue o" educando" na relação com a nature?a !i"tórica e cultural con"i*am $ortarem-"e,
manter-"e e "ituar-"e _ tr4ade 8ue "i*ni;ica uma con"cincia emer*ente, um autocon!ecimento
da" nece""idade" 8ue "e con"titui no $a""o elementar $ara "on!ar um mundo de meno"
nece""idade e, con"e8uentemente, de mai" li'erdade _ dentro da "ua comunidade, na di"$uta $or um $ro%eto de "ociedade mai" %u"ta, ;raterna e $lural+ (NNES, 200., P+1#+
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Porm, numa "ociedade em 8ue o e"tado "e in"tala de ;orma autoritária como na
"ociedade 'ra"ileira, a e"cola "em$re e"tee en8uanto $rota*oni"ta, di""eminadora e
mantedora da" ideolo*ia" do e"tado+ Para i"to utili?a-"e de "eu" "i"tema" "im'ólico",
e"tudado" $or ourdieu (200J#, no ca"o da e"cola _ a cincia _ 8ue $a""a a "er um do"
alicerce" de "u"tentação e manutenção do "i"tema econ=mico dominante+
Para mudar e"te 8uadro de "culo" com ace""o di;icultado a" in"tituiçe" $D'lica" de
en"ino, oca"ionando com i""o em eclu"ão de""e" "u%eito" e de"caracteri?ação de "ua"
identidade"+ 3rata-"e, $oi", da a$ro$riação do" con!ecimento" cient4;ico" _ de modo
contetuali?ado _ ne*ado" $or "culo" a" $o$ulaçe" a;ro-cam$e"ina", i"to o" mai" de 00
ano" de e"craidão e di;u"ão de idia" de in;erioridade racial, em relação ao !omem euro$eu
_ dominante _ ;a?-"e mi"ter re""i*ni;icar, "e a$ro$riar do in"trumento de dominação _ acincia _ tornando-a uma aliada no en;retamento a" ideolo*ia" dominante"+
K C!*"+'%$9'" F+*$+"
Por crer 8ue a educação "em$re "erá o in"trumento mai" $odero"o contra a dominação
e a" in%u"tiça" "ociai", o meio mai" $rático e "e*uro de "e ;a?er a democracia, de "e $romoer
a i*ualdade "ocial, ne"te" $ilare" 8ue e"ta $e"8ui"a "e %u"ti;ica, encontrando releHncia"ocial no re"$eito ao "a'ere" $rio" do" aluno", i"to 8ue ele não uma t!bula rasa, na
crença de uma noa educação $o""4el, com con!ecimento" cient4;ico" "ocialmente
releante", con"tru4do" a $artir do" "a'ere" $rio" do aluno e da comunidade, e 8ue contri'ua
e;ica?mente com a" di"cu""e" e e;etiaçe" de $ol4tica" educacionai" oltada" $ara a
comunidade em 8ue a e"cola encontra-"e locali?ada+
5iante do e$o"to, eri;icou-"e a nece""idade de meer na ;ilo"o;ia 8ue "edimenta o
$roce""o educacional, 8ue "e%a $autada numa i"ão ;ilo"o;ia em 8ue a e"cola en"ine $artindodo" alore" e crença" de "ue $oo, e não "ó como tran"mi""ora de conteDdo"+
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A>, Stuart SI>7+! ! E"$! R'=&'!" ! N'!&+5'%$&+"6! *! D+".%"! E"!&$%+ 0nais do UColó8uio de E"tudo" >in*4"tico" e >iterário". å!, 200J+ 5i"$on4elem:q!tt$:fff+$le+uem+'rcellipanai"tra'al!o"e"tudo"plin*ui"tico"$;dplin*ui"tico"0//+$d; s+
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A PRTICA EDUCATIVA PAUTADA NA ALTERN[NCIA ESCOLA FAM@LIAAGR@COLA COMO UMA ALTERNATIVA PARA A EDUCAÇÃO DO CAMPO
9eor*ia @lieira Co"ta >in"22
amillB da Sila Corra2
3a4lla Caroline Sou?a )ene?e"2
6ES)@:
E"te tra'al!o i"a di"cutir a $rática educatia da" E"cola" Fam4lia"
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e"$aço" de en"ino (e"colacomunidade# na Peda*o*ia da
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< $rática educatia con;i*ura-"e em um elemento 'a"tante com$leo, e "e e"trutura
em $arHmetro" in"titucionai", or*ani?atio", tradiçe" metodoló*ica", $o""i'ilidade" reai" de
$ro;e""ore" e condiçe" ;4"ica" ei"tente" (O7
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doi" momento" de atiidade" em todo" o" n4ei" _ indiiduai", relacionai",didático" e in"titucionai"+ Não !á $rima?ia de um com$onente "o're o outro+< li*ação $ermanente entre ele" dinHmica e "e e;etua em um moimentocont4nuo de ir e retornar+ Em'ora "e%a a ;orma mai" com$lea da alternHncia,"eu dinami"mo $ermite con"tante eolução+ Em al*un" centro", a inte*ração"e ;a? entre um "i"tema educatio em 8ue o aluno alterna $er4odo" dea$rendi?a*em na ;am4lia, em "eu $ró$rio meio, com $er4odo" na e"cola,e"tando e""e" tem$o" interli*ado" $or meio de in"trumento" $eda*ó*ico"e"$ec4;ico", $ela a""ociação, de ;orma !armonio"a, entre ;am4lia ecomunidade e uma ação $eda*ó*ica 8ue i"a M ;ormação inte*ral com $ro;i""ionali?ação+
5e"tacamo" 8ue a" EF
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;ormação e"$eci;ica $ara o" monitore" 8ue irão atuar na" in"tituiçe", o monitor "e ;orma
atra" do $roce""o, tam'm, de alternHncia e $ara concluir deerá de;ender uma mono*ra;ia
(Caderno de Formação, 200/#+ 7ale re""altar, 8ue e"ta ;ormação não "u'"titui uma *raduação
ou $ó"-*raduação em in"tituiçe" de n4el "u$erior+
@utra e"$eci;icidade de"ta" in"tituiçe" o curr4culo, e"te a'arca a 'a"e comum
e"ta'elecida nacionalmente, 8ue corre"$onde a ;ormação *eral, mantm o" conteDdo"
re*ionai", culturai" e locai" caracter4"tico" da P
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aaliação não lear em con"ideração toda" a" dimen"e" do "u%eito+
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ma da" caracter4"tica" mai" im$ortante" do tra'al!o de entidade",*ru$amento" de $e""oa", de a""ociaçe", de *ru$o" de 'a"e, *ru$o""u"tentáei" o tra'al!o em e8ui$e, $oi" o tra'al!o em e8ui$e $rooca, ou
$ermite 8ue cada uma e todo"a en;rentem "eu" de"a;io" e "e $erce'amcomo atore"$rota*oni"ta" de"te $roce""o+ T em *ru$o 8ue o "er !umano "e;a? *ente, 8ue a "ocia'ilidade acontece, 8ue a$rendemo" a en;rentar de"a;io"+(200&, $+ /#
@" autore" a;irmam tam'm 8ue na or*ani?ação de coletio" 8ue o %oem inicia uma
$reocu$ação $ara *arantir a !i*iene da e"cola, e at a%udar de maneira e;etia na $artici$ação
do $lano de ida da e"cola+
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$e"8ui"a" reali?ada" no" ano" anteriore" culmine na ela'oração do Pro%eto Pro;i""ional do
oem (PP#, em 8ue o %oem e"tudante traçará a" atiidade" $ro;i""ionai" 8ue $retende
de"enoler+
E"ta ló*ica do Plano de Formação ;a? $arte do curr4culo da" EFature2a, &atem!tica e suas (ecnologias, @i:ncias Kumanas e suas (ecnologiasZ
@omponentes @urriculares de 0gropecu!ria e 0tividades Cntegradoras da 0ltern7ncia + <
or*ani?ação curricular, a""im como a $ró$ria dinHmica da EFSQ@:
@ de'ate "o're Educação do Cam$o e noa" $rática" educatia" $ara o rural tem
*an!ado e"$aço no cenário da" reiindicaçe" $or Pol4tica" PD'lica" nacionai"+ @" su"eitos em
movimento "e $ronunciam e demandam não "ó e"cola" no cam$o, $en"ada" $ara o rural ma"
"im e"cola" do cam$o, ou "e%a, e"cola" com o $ro%eto $ol4tico $eda*ó*ico inculado M"
cau"a", ao" de"a;io", ao" "on!o", M !i"tória e M cultura do $oo tra'al!ador do cam$o,
$en"ada" com e"te"+ (
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k
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A EMERG?NCIA DAS MEMÓRIAS DA CULTURA NEGRA NA ESCOLA E OPROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE TNICA
T'%+$*$ V+$& M!.%$
J!+*'+' ' A&6'+$ S$*!"
SOU HISTÓRIA
K5e'rucei-me "o're a" memória"Xue muita" e?e" não con"e*uia er Fato" da min!a !i"tóriaXue al*un" tentaram e"conder
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(J!%"+&'*' S$*$*$ !" SK S!./$, Pro;e""ora doSi"tema )unici$al de En"ino de
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a;irmação da identidade ne*ra, 8uando, ao ini"i'ili?ar ou "ilenciar o" re;erenciai"
$o"itio", como a memória, contri'ui $ara 8ue o aluno ne*ro ne*ue a "ua identidade e
cada e? mai" "e%a "edu?ido $ela ideolo*ia do em'ran8uecimento e $elo de"e%o de
tornar-"e 'ranco+ Ne""e "entido, Santo" en;ati?a 8ue:
@ de'ate acerca da identidade ne*ra tem ocu$ado muito e"$aço na"ociedade 'ra"ileira+ No entanto, a con8ui"ta de""e" e"$aço" não tem"ido ;ácil, $oi" o" *ru$o" !e*em=nico" di?em 8ue e""a não uma8ue"tão 8ue mereça de"ta8ue $elo" militante" do moimento ne*ro+Com e;eito, o di"cur"o $oli;=nico articulado em ;unção doemudecimento da" o?e", 8ue di"cutem a identidade ne*ra, tem "uaori*em no tem$o da e"craidão, ainda 8ue "e di*a 8ue e""a umamanc!a do no""o $a""ado !i"tórico+ 3odo e";orço reali?ado $ara $re"erar a no""a a"cendncia euro$ia coincide com a tentatia dee"8uecer, calar e a$a*ar no cenário nacional, não "ó a" memória" dee"craidão do $oo ne*ro, ma" tam'm a "ua $re"ença, en8uanto
"u%eito de direito, mem'ro de uma comunidade $luritnica, !erdeirade uma tradição ance"tral 8ue tran"cende o e"$aço-tem$o e doani8uilamento !i"tórico de "ua $re"ença em terra" 'ra"ileira"+ (2002, $+ #
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$roi'ida e com'atida, $ara o" ;il!o" ne*ro", a Dnica $o""i'ilidade oa$rendi?ado do coloni?ador+ @ra, a maior $arte da" criança" e"tá na"rua"+ E a8uela 8ue tem a o$ortunidade de "er acol!ida não "e "ala: amemória 8ue l!e inculcam não a do "eu $oo a !i"tória 8ue l!e"en"inam outra o" ance"trai" a;ricano" "ão "u'"titu4do" $or *aule"e"e ;ranco" de ca'elo" loiro" e ol!o" a?ui" o" liro" e"tudado" l!e ;alamde um mundo totalmente e"tran!o, da nee e do inerno 8ue nuncaiu, da !i"tória e da *eo*ra;ia da" metró$ole" o me"tre e a e"colare$re"entam um unier"o muito di;erente da8uele 8ue "em$re acircundou+
u? (2000, $+ 0/#
$reci"o "a'er 8ue o "i"tema o;icial 'ra"ileiro $ro;undamentemarcado $or uma rede ideoló*ica $o"itii"ta, $rodutii"ta eim$eriali"ta, ;ruto de alore" an*lo-"a=nico" eou euroamericano"+ <criança e o %oem 8ue con"e*uem entrar no "i"tema o;icial de en"ino"o;rem uma laa*em cere'ral tão iolenta M "ua alteridade $ró$ria,8ue todo o entul!o ideoló*ico 8ue "o'redetermina o cotidianocurricular $a""a a "er a'"orido $ela $o$ulação e"tudantil comoerdade" a'"oluta" 8ue tem como modelo unier"al a ciili?ação do"*reco-romano" e an*lo-"ae", $aradi*ma" ei"tenciai" e"tran!o" Mno""a identidade nacional+
Para com'ater a" relaçe" raci"ta" dentro do am'iente e"colar e $ara 8ue ae"cola "e%a uma in"tituição 8ue contri'ua $ara a con"trução e ;ortalecimento da
identidade tnica, con"idera-"e "er de ital im$ortHncia a de"con"trução de todo um
ima*inário, crença", re$re"entaçe", en;im, a de"con"trução da" di"torçe" co*nitia"
oriunda" da ideolo*ia raci"ta+
5e"tacamo" a8ui a im$ortante luta 8ue em "endo traada $or dcada" $elo"
)oimento" Ne*ro" no cam$o de no""o intere""e e"$ec4;ico, a educação, eidencia-"e
uma $reocu$ação $ara incluir a"$ecto" re;erente" ao le*ado con"titutio da Cultura
Ne*ra no di"cur"o e"colar o;iciali?ado e in"titucionali?ado, dentro da $er"$ectia de
$rodução de um noo ca$ital cultural 8ue $riori?e a $rodução de noo" "i*ni;icado" e
re$re"entaçe" em torno do ne*ro e de "ua cultura+
Em re"$o"ta a e""a" reiindicaçe", ;oi "ancionada em 200 a >ei n]10+./ 8ue
altera a >ei n]///., ao incluir, no curr4culo o;icial da rede de en"ino do ra"il, a
o'ri*atoriedade da temática KAi"tória e Cultura
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e orientaçe" $eda*ó*ica" $ara lidar com a dier"idade tnico-cultural em "ala de aula+
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in"titucionali?ar uma re$re"entação e identidade ne*atia acerca da cultura e $o$ulação
ne*ra e, $rinci$almente $ara camu;lar a" di;erença", "ucum'ido o" con;lito" nece""ário"
a con"trução da identidade tnica ne*ra+
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@ trec!o acima no" ;a? $en"ar como, atra" da in"tituição e"colar, intro%etamo"
e a$rendemo" tai" ;alácia" acerca da memória !i"tórica da cultura ne*ra, uma e? 8ue,
e""a" colocaçe" "ão re$rodu?ida" no liro didático (Sila, 1/&J# e eiculada" na "ala de
aula atra" do $ro;e""or+ Portanto, todo um le*ado !i"tórico-di"cur"io con"tru4do
atra" de uma memória !i"tórica "eletia na 8ual, a $realncia de ima*en", er"e",
monumento" acerca da cultura ne*ra ;oram "ilenciado" $or ditame" de um ideário
etnocntrico de mundo e 8ue, 8uando emer*ido", ;e?-"e de ;orma ;olclórica,
;ra*mentada e e"tereoti$ada", contri'uiu $ara 8ue con"tru4""emo" alore", crença",
conce$çe" di"criminatória", ecludente" e $reconceituo"a" ;rente ao "e*mento tnico
ne*ro e, ainda, $ara 8ue o" a;ro-de"cendente" ne*a""em a "ua identidade, "ua !i"tória,
"ua memória e "ua cultura+Portanto, a con"tituição da identidade ne*ra dentro de uma "ociedade 8ue ne*a e
"ilencia, atra" de "ua" in"tituiçe" "ociali?adora", todo" o" "u$orte" 8ue corro'oram
$ara 8ue o" "u%eito" de cultura" "ilenciada" con"truam a $erce$ção de "i, da "ua
identidade, $reci"a de mecani"mo" 8ue en!am $otenciali?ar a" tentatia" de con"truir
outro ol!ar do ne*ro acerca de "i me"mo, acreditamo" a8ui 8ue a memória en!a "er um
de""e" mecani"mo"+
Partindo do $re""u$o"to 8ue a identidade uma $erce$ção de "i, con"tru4daatra" de um $roce""o de "i*ni;icação com 'a"e em "u$orte" e re;erenciai" de
realidade, a eem$lo a memória, con"ideramo" 8ue, $ '6'%>*+$ $" 6'6%+$" $
.&.%$ *'>%$, dentro de uma $ro$o"ta $eda*ó*ica cr4tica $oderá contri'uir
*randemente $ara "u$erar e""a" t4mida" e camu;lada" tentatia" de "e tra'al!ar a
dier"idade cultural na "ala de aula, introdu?indo no conteto e"colar, outro" re;erencia"
de realidade+
Aenri8ue Cun!a r+ ar*umenta 8ue a au"ncia da di"ci$lina Ai"tória e Cultura
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entendimento ;ra*mentado e de;ormado da !i"tória 'ra"ileira, no 8ual a" reali?açe" do
$oo a;ricano no ra"il ;icam "u'-dimen"ionada" ou não recon!ecida", deido M
*rande i*norHncia no $a4" "o're a" no""a" ori*en" a;ricana"+ Portanto a" memória" da
cultura ne*ra e"tão na condição de "u'terrHnea" no curr4culo e "a'ere" eiculado" $ela
e"cola na medida em 8ue, K{+++| corre"$ondem a er"e" "o're o $a""ado do" *ru$o"
dominado" de uma "ociedade+ E"ta" memória" *eralmente não e"tão *raada" em
"u$orte" concreto" como teto", o'ra" de arte+L (SI)S@N, 2000, $+ 122#
A EMERGENCIA DAS MEMÓRIAS DA CULTURA NEGRA NA SALA DE
AULA E O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE TNICA
NEGRA
< $e"8ui"a eidenciou 8ue a e"cola $romoe a$rendi?a*en" e8uiocada" em "ala
de aula de conceito" e idia" ;alacio"a", "im$li"ta" e de$reciatia" 8ue contri'uem $ara
alimentar o ima*inário raci"ta e 8ue não corro'oram $ara 8ue o aluno ten!a uma
com$reen"ão mai" cr4tica da condição da $o$ulação ne*ra na "ociedade 'ra"ileira, como
no" eidencia a" re"$o"ta" de al*un" aluno":
- @ui o $ro;e""or di?endo 8ue o ne*ro no tem$o da e"craidão era
tratado 8ue nem 'ic!o ;icaa acorrentado $ara não ;u*ir+ E "e ;u*i""ee de$oi" ele" o $e*a""em noamente, ia $ara o tronco a$an!aa ;eitoum condenado+
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- Eu "ei 8ue o" ne*ro" tra'al!aam $ara o" 'ranco" e o" 'ranco"tin!am no%o do" ne*ro"+- Xue o ne*ro era e"crao, 8ue era ca$oeiri"ta, 8ue a$an!aa+- @" ne*ro" ;oram tra?ido" a ;orça $ara o ra"il $ara tra'al!ar na";a?enda" como e"crao"+- @ ne*o ;oi e"crao, ele" "o;riam, ele" eram c!icoteado"+ Eu a$rendina 8uarta "rie+- @" ne*ro" ;oram e"crai?ado" e torturado" $elo" 'ranco" 8ue 'atiamnele" de c!icote" e amarraam o" ne*ro" e ;orçaam ele" a tra'al!ar+- Eu "ei muito $ouco+ >i no" liro" 8ue o" ne*ro" eram muitoe"crai?ado $elo 'ranco+- Eu con!eço 8ue o" ne*ro" "o;riam muito ele a$an!aa 8uando ;a?iaal*uma coi"a errada+ Ele" eram tran"$ortado" como "e ;o""em nada,ele" eram endido" como "e não ;o""e nin*um+- Eu c
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