Asociación de divulgación social y ambiental con el valor de mercado: un estudio con juegos vectoriales
XXV Jornadas ASEPUMA – XIII Encuentro Internacional
Anales de ASEPUMA nº 25: A407
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Asociación de divulgación social y ambiental con el
valor de mercado: un estudio con juegos vectoriales
Association of social and environmental disclousure
with market value: a study with vector games
Associação da divulgação social e ambiental com o
valor de mercado: um estudo com juegos vetoriais
Cecon, Bianca ([email protected])
Universidade Federal do Paraná - UFPR
Hein, Nelson ([email protected])
Departamento de Matemática (PPGCC)
Universidade Regional de Blumaneu – FURB
Kroenke, Adriana ([email protected])
Departamento de Matemática (PPGCC)
Universidade Regional de Blumaneu – FURB
Chaves Neto, Anselmo ([email protected])
Departamento de Estatística (PPGMNE)
Universidade Federal do Paraná - UFPR
RESUMEN
El objetivo del estudio fue evaluar la asociación de divulgación social y ambiental con
el valor de mercado de las empresas brasileñas de alto impacto ambiental, en la BM&FBovespa.
Bianca Cecon, Nelson Hein, Adriana Kroenke, Anselmo Chaves Neto
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Se realizó un estudio descriptivo, documental y cuantitativo con una muestra de 24 empresas de
alto impacto ambiental. La divulgación social y ambiental se midió por la métrica Rover (2013),
que se divide en cuatro indicadores sociales y nueve indicadores ambientales. El valor de
mercado de la empresa se calcula multiplicando el precio unitario de las acciones por el número
total de acciones de las organizaciones. Para realizar el análisis las clasificaciones se prepararon
rankings por la técnica de los juegos vectoriales para la variable de divulgación social y
ambiental compuesta por dos conjuntos, los indicadores sociales y ambientales. Después de
terminar la construcción de la clasificación, fué verificad el grado de asociación mediante el
análisis de correlación de Kendall. Los resultados del estudio indican una asociación positiva de
la divulgación social y ambiental con el valor de mercado de las empresas brasileñas de alto
impacto ambiental, y, por otra parte, apuntan un aumento en el grado de asociación de
divulgación social y ambiental con el valor de mercado de 2014 para el año 2015.
ABSTRACT
The objective of the study was to evaluate the association of socio-environmental
disclosure with the market value of Brazilian companies with high environmental impact, listed
on BM&FBovespa. A descriptive, documental and quantitative research was carried out with a
sample of 24 companies belonging to the high environmental impact sectors. Socio-
environmental disclosure was measured using the Rover metric (2013), which is divided into
four social indicators and nine environmental indicators. The market value of the companies
was calculated by multiplying the unit price of the shares by the total number of shares of the
organizations. In order to perform the analysis, rankings were elaborated through the technique
of vector games because the socio-environmental disclosure variable consists of two batches of
indicators, social and environmental. After the construction of the rankings, the association
between them was verified through Kendall's correlation analysis. The findings of the study
indicate a positive association of socio-environmental disclosure with the market value of
Brazilian companies with high environmental impact, and, in addition, shows an increase in the
degree of association of socio-environmental disclosure with the market value of 2014 for the
year 2015.
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RESUMO
O estudo teve como objetivo geral avaliar a associação do disclosure socioambiental
com o valor de mercado de empresas brasileiras de alto impacto ambiental, listadas na Bolsa de
Valores de São Paulo. Realizou-se uma pesquisa descritiva, documental e quantitativa, com uma
amostra de 24 empresas pertencentes aos setores de alto impacto ambiental. O disclosure
socioambiental foi mensurado por meio da métrica de Rover (2013), a qual se divide em quatro
indicadores sociais e nove indicadores ambientais. O valor de mercado das empresas foi
calculado multiplicando o preço unitário das ações pela quantidade total de ações das
organizações. Para realizar a análise foram elaborados rankings por meio da técnica de jogos
vetoriais por a variável disclosure socioambiental ser constituída por dois lotes de indicadores, o
social e o ambiental. Depois de realizada a construção dos rankings verificou-se a associação
entre os mesmos por meio da análise de correlação de Kendall. Os achados do estudo indicam
uma associação positiva do disclosure socioambiental com o valor de mercado das empresas
brasileiras de alto impacto ambiental, e, além disto, apresenta um aumento no grau de
associação do disclosure socioambiental com o valor de mercado do ano de 2014 para o ano de
2015.
Palabras claves:
Divulgación social y ambiental; Valor de mercado; Juegos vectores.
Área temática: A4 -Aspectos Cuantitativos de Problemas Económicos y Empresariales
con incertidumbre.
Bianca Cecon, Nelson Hein, Adriana Kroenke, Anselmo Chaves Neto
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1. INTRODUÇÃO
O debate referente à associação da divulgação voluntária e do valor de mercado
das empresas é atualmente dividido em duas vertentes (OLAYINKA;
OLUWAMAYOWA, 2014). Uma destas argumenta que a divulgação voluntária
representa somente aumento de custos para a organização e, por consequência, resulta
em um valor de mercado inferior para a empresa. Logo para tal vertente, a associação
entre a divulgação voluntária e o valor de mercado deverá ser negativa (HASSEL;
NILSSON; NYQUIST, 2005).
Por outro lado, a outra vertente aborda que a divulgação de informações
voluntárias cria valor para a empresa, uma vez que aumenta a vantagem competitiva da
organização, levando a empresa a um valor de mercado superior em relação às
concorrentes que não evidenciam. Logo, sob esta perspectiva, a associação esperada
entre a divulgação voluntária e o valor de mercado da empresa deverá ser positiva
(KONAR; COHEN, 2001).
Estudos como os realizados por Eccles et al. (2001) e Cruz e Lima (2010)
apoiam a segunda vertente, uma vez que sugerem que a divulgação de informações de
caráter voluntário traz benefícios para as organizações. Tais benefícios podem incluir,
de acordo com Eccles et al. (2001), a maior credibilidade dos gestores, aumento na
quantidade de investidores de longo prazo, menor custo de capital, valorização das
ações e resultados superiores no valor de mercado da organização.
Frente a tais benefícios gerados por meio da evidenciação voluntária, destaca-se
na literatura o aumento do valor de mercado das empresas, ocorrido por consequência
da evidenciação de informações voluntárias socioambientais. Estudos como os
realizados por Iatridis (2013), Morais (2014), Olayinka e Oluwamayowa (2014), Qiu,
Shaukat e Tharyan (2014), Sousa et al. (2014), Klerk, Villiers e Staden (2015), Santana
et al. (2015), Bowerman e Sharma (2016), Fazzini e Dal Maso (2016), Santos, Araújo e
Leite Filho (2016) e Verbeeten, Gamerschlag e Moller (2016) sugerem existir uma
associação positiva entre o disclosure socioambiental e o valor de mercado de empresas.
Porém, os resultados encontrados empiricamente nos estudos localizados na literatura
que verificaram a associação entre o disclosure socioambiental e o valor de mercado de
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empresas não permitem confirmar a existência de tal associação, uma vez que nem
todas as pesquisas evidenciaram uma associação positiva entre tais variáveis.
Referente à associação entre o disclosure social e o valor de mercado das
organizações, Qiu, Shaukat e Tharyan (2014) e Verbeeten, Gamerschlag e Moller
(2016) encontraram uma associação positiva entre as variáveis. Entretanto, segundo os
achados de Santos, Araújo e Leite Filho (2016), a associação entre tais variáveis é
negativa.Frente à associação entre o disclosure ambiental e o valor de mercado, Iatridis
(2013), Olayinka e Oluwamayowa (2014), Fazzini e Dal Maso (2016) e Santos, Araújo
e Leite Filho (2016) encontraram uma associação positiva. No entanto, Sousa et al.
(2014) verificaram uma associação negativa do disclosure ambiental e o valor de
mercado das organizações. Já em relação a associação do disclosure socioambiental
com o valor de mercado Qiu, Shaukat e Tharyan (2014), Klerk, Villiers e Tharyan
(2014), Santana et al. (2015), Bowerman e Sharma (2016) e Verbeeten, Gamerschlag e
Moller (2016) evidenciaram uma associação positiva.
Além destes estudos, que corroboram com as vertentes de pesquisas, evidenciou-
se na literatura pesquisas que não corroboram com ambas as vertentes, uma vez que não
encontraram associação entre tais variáveis, ou verificaram alguma associação, porém
tão fraca que não se torna viável concluir a respeito da existência de uma associação
entre as mesmas. Nesta perspectiva, Sousa et al. (2014) não evidenciou associação entre
o disclosure social e valor de mercado das empresas. Já Verbeeten, Gamerschlag e
Moller (2016) não encontraram associação entre o disclosure ambiental e o valor de
mercado de organizações. Por sua vez, Rover e Murcia (2010), Murcia e Santos (2012)
e Morais (2014) não evidenciaram associação entre o disclosure socioambiental e o
valor de mercado das organizações.
Neste contexto, frente às duas vertentes de pesquisa apresentadas na literatura e
os resultados controversos obtidos nos estudos anteriores, este estudo busca responder a
seguinte questão de pesquisa: Qual a associação do disclosure socioambiental com o
valor de mercado de empresas brasileiras de alto impacto ambiental? Para responder a
esta questão de pesquisa o estudo possui como objetivo avaliar a associação do
disclosure socioambiental com o valor de mercado de empresas brasileiras de alto
impacto ambiental.
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No contexto internacional, o campo de pesquisa que envolve questões referentes
à divulgação de informações de caráter voluntário das empresas é relativamente bem
desenvolvido (HEALY; PALUPE, 2001), sendo possível verificar várias pesquisas
sobre esta temática em diversos países, tais como Balgadesh, França, Hong Kong,
Japão, Malásia, México, República Tcheca, Suécia e Suíça (MURCIA, 2009). No
entanto, de acordo com Lanzana (2004), no contexto brasileiro tal campo de pesquisa
ainda permanecia escasso até o início do século XXI.
Nascimento et al. (2009) salientam que, frente as atuais demandas referentes as
preocupações sociais e ambientais das organizações, evidenciou-se um aumento na
quantidade de estudos envolvendo questões relacionadas ao disclosure socioambiental
das empresas. Porém, de acordo com Bauer e Naime (2012), os estudos referentes a tal
questão ainda permanecem escassos no cenário brasileiro, o que incentiva a realização
de novas pesquisas para o melhor entendimento sobre a temática e o preenchimento
desta lacuna de pesquisa.
Quanto à originalidade, destaca-se a escolha da amostra da pesquisa, uma vez
que se optou em realizar o estudo com empresas da indústria considerada com
atividades de alto impacto ambiental. Tal escolha foi realizada, pois de acordo com
KPMG (2011), são nestas empresas que ocorrem as maiores pressões dos investidores
pela divulgação de informações de caráter socioambiental. Logo, subentende-se que
será nas organizações pertencentes a este tipo de indústria que será evidenciada a
associação mais clara entre o disclosure socioambiental e o valor de mercado, uma vez
que os investidores destas tendem a ter um olhar mais rigoroso para esta questão.
2. TEORIA DOS JOGOS
A Teoria dos Jogos teve sua origem no século XVII com o trabalho
desenvolvido pelos franceses Blaise Pascal e Pierre de Fermat (SPENGLER;
SPENGLER NETO, 2009). Porém, a mesma ganhou destaque no século XX, por meio
dos estudos realizadas pelo matemático John von Neumann, sendo o conflito sua
finalidade de pesquisa (DEUTSCH, 1973). De acordo com Kroenke (2014), o conflito
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diz respeito a situação na qual duas partes precisam desenvolver estratégias para
maximizar seus ganhos frente a regras pré-estabelecidas.
No contexto atual a Teoria dos Jogos vem sendo aplicada em diversas áreas do
conhecimento, tais como administração, biologia, ciências políticas, direito e economia
(FIANI, 2004), sendo que a mesma passou a se desenvolver dentro da área de Pesquisa
Operacional (DIMAND; DIMAND, 1996). Segundo Brandt et al. (2009), Kreuzberg
(2013) e Kroenke (2014) a mesma pode ser utilizada na atualidade como técnica de
ranqueamento,
Dentre as técnicas de ranqueamento por meio da Teoria dos Jogos destaca-se o
ranqueamento por meio de jogos escalares e jogos vetoriais. Nesta pesquisa para
ranquear as empresas conforme o nível de disclosure socioambiental foi utilizada a
técnica de jogos vetoriais.
Conforme Kroenke (2014), a técnica de ranqueamento por meio de jogos
escalares é utilizada quando existe apenas um lote de indicadores. Isto se deve, pois
cada lote forma um único jogo, ou seja, uma única matriz de pagamentos. De acordo
com Kreuzberg (2013), para encontrar a solução de jogos escalares e assim elaborar os
rankings por meio de tal técnica, se faz necessário primeiramente construir a matriz de
pagamentos, na qual as estratégias do Jogador A estarão distribuídas nas linhas e as
estratégias do Jogador B estarão distribuídas nas colunas.
P =
Conforme exposto na matriz de pagamentos, o Jogador A faz suas escolhas
frente as estratégias dispostas nas linhas. Por outro lado, o Jogador B realiza suas
escolhas com base nos ganhos apresentados nas colunas.
A verificação das estratégias ótimas no jogo escalar para o Jogador A são
obtidas pela resolução do Problema de Programação Linear (PPL) (MAGRO et al.,
2015):
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𝑣
Sujeito a:
+ + + ≥ 𝑣
+ + + ≥ 𝑣
⁞ ⁞ + ... + ⁞ ≥ ⁞
+ + + ≥ 𝑣
+ + + = 1
, , , ≥ 0
Em relação a construção dos rankings das empresas de acordo com os níveis de
disclosure socioambientais houve a necessidade de se utilizar a técnica de jogos
vetoriais, visto que a variável disclosure socioambiental é constituída por dois lotes, o
social e o ambiental. A utilização de jogos vetoriais ocorre, pois conforme Kroenke
(2014), se existir mais de um lote de indicadores para a construção da variável é
necessária a utilização da técnica de jogos vetoriais ao invés de jogos escalares, visto
que tais lotes formaram um único jogo, ou seja, uma única matriz de pagamentos.
A matriz apresentada a seguir refere-se a matriz de pagamentos por meio da
técnica de jogos vetoriais para uma variável com n lotes.
P =
De forma similar ao jogo escalar, na matriz apresentada referente ao jogo
vetorial o Jogador A realiza suas escolhas frente as estratégias apresentadas nas linhas,
enquanto o Jogador B faz suas escolhas frente as estratégias distribuídas nas colunas.
Cabe-se destacar que a presente pesquisa possui apenas um jogador, o qual se refere ao
setor de atuação das empresas da amostra (Jogador A), sendo o seu oponente a natureza
(Jogador B).
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Por apresentar mais de um lote de indicadores, o Problema de Programação
Linear utilizado para verificar as estratégias ótimas é ajustado conforme mencionado
por Kroenke, Hein e Wilhelm (2015).
𝑣1,…,𝑣𝑘
𝑠.𝑎: 𝑥𝑡𝐴(𝑠) ≥ (𝑣1,…,𝑣𝑘) 𝑠 = 1,…,𝑘;𝑘 = 1,…,n (lotes de indicadores)
= 1;
Diferentemente da pesquisa de Kroenke, Hein e Wilhelm (2015), a qual adaptou
tal PPL para fazer a utilização do valor da informação encontrado por meio da variância
dos dados normalizados de cada lote de indicadores para a construção da função
objetivo, nesta pesquisa optou-se em utilizar a técnica de otimização multiobjetivo por
meio do critério global com os dados normalizados. O problema de otimização
multiobjetivo refere-se a um problema no qual existem dois ou mais objetivos a serem
otimizados (maximizados ou minimizados) de forma simultânea (AZUMA, 2011).
Segundo Antunes e Alves (2012), este problema de otimização é geralmente utilizado
visto que em problemas reais geralmente existem múltiplas óticas para avaliar o mérito
das soluções admissíveis.
Contudo, cabe mencionar que os objetivos a serem otimizados nos problemas de
otimização multiobjetivo geralmente são conflitantes, visto que normalmente não há
uma única solução ótima que atenda simultaneamente todos os objetivos (AMORIM;
ROMERO; MANTOVANI, 2009). Frente a este tipo de problema Rao (1996) descreveu
o Método do Critério Global, no qual a solução ótima é evidenciada por meio da
minimização de um critério pré-estabelecido. Conforme Carmelossi (2014) por meio de
tal método é possível obter a solução mais próxima possível da solução ideal.
Logo, frente a decisão de utilizar a otimização multiobjetivo, foi utilizado o
modelo de Shimizu (2010) para construir a função objetivo por meio do critério global.
O Problema de Programação Linear multiobjetivo conforme Shimizu (2010) é dado por:
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𝑠.𝑎: 𝑥𝑡𝐴(𝑠) ≥ (𝑣1,…,𝑣𝑘) 𝑠 = 1,…,𝑘;𝑘 = 1,…,n (lotes de indicadores)
= 1;
Enfatiza-se que por o objetivo do estudo ser de verificar o ranking de forma a
, a função foi multiplicada por -1.
𝑠.𝑎: 𝑥𝑡𝐴(𝑠) ≥ (𝑣1,…,𝑣𝑘) 𝑠 = 1,…,𝑘;𝑘 = 1,…,n (lotes de indicadores)
= 1;
Destaca-se que nesta pesquisa o Problema de Programação Linear foi resolvido
por meio do software PLM 3.0 (Programação Linear e Mista v. 3.0) e que depois de
verificada a estratégia ou as estratégias ótimas do Jogador A na primeira rodada, a
empresa ou as empresas as quais se apresentaram como estratégias ótimas foram
retiradas do problema rodando o PPL novamente até a formação completa do ranking.
3. METODOLOGIA
Frente à caracterização da pesquisa a mesma caracteriza-se como descritiva,
documental e predominantemente quantitativa. A população corresponde as empresas
dos setores alto impacto ambiental, segundo a Lei nº 10.165, de 27 de dezembro de
2000. Destaca-se que dentre as 48 empresas verificadas nos setores de alto impacto
ambiental 4 delas foram excluídas da amostra por serem controladas por outras
empresas da amostra, outras 5 foram eliminadas da pesquisa por estarem em
recuperação judicial e, ainda, 15 foram excluídas por não apresentarem todas as
informações necessárias para o cálculo do índice de disclosure socioambiental e valor
de mercado. Salienta-se que a amostra final do estudo ficou composta por 24 empresas.
Para mensurar o nível de disclosure social e ambiental das empresas foi utilizada
a métrica de Rover (2013), a qual foi elaborada a partir de 20 pesquisas anteriores
nacionais e internacionais. Optou-se em utilizar tal métrica uma vez que a mesma
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apresenta quantidade de categorias semelhantes do disclosure social e o disclosure
ambiental, o que se faz necessário devido a técnica utilizada para o ranqueamento das
empresas. Além disto, tal escolha se deve por a autora ser uma das principais
pesquisadoras sobre o tema disclosure socioambiental no Brasil. A métrica elaborada
por Rover (2013) é composta por 80 subcategorias, sendo 40 sociais e 40 ambientais.
Para mensurar cada uma das subcategorias adaptadas, optou-se em utilizar a
ponderação linear. A Tabela 1 traz em síntese os valores aplicados a cada tipo de
informação.
Tabela 1 – Critérios da ponderação linear
Critérios Linear
Não há divulgação 0
Divulgações qualitativas 1
Divulgações quantitativas não monetárias 2
Divulgações quantitativas monetárias 3
Fonte: Adaptado de Rover (2013).
Por meio dos critérios apresentados na Tabela 1 buscou-se quantificar as
subcategorias sociais e ambientais nos seguintes documentos: Demonstrações
Financeiras Padronizadas (Balanço Patrimonial, Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Resultado
do Exercício e Demonstração do Valor Adicionado), Notas Explicativas, Parecer do
Auditor Independente, Parecer do Conselho Fiscal, Relatório do Comitê de Auditoria,
Relatório de Sustentabilidade, Relatório Anual e Formulário de Referência (item 7.8).
Tais documentos são os mesmos utilizados por Rover (2013) em sua pesquisa,
com exceção do Relatório Anual e do item 7.8 do Formulário de Referência. Estes
documentos foram inclusos na análise, uma vez que conforme as próprias empresas
analisadas, os mesmos também podem evidenciar informações referentes a questões
sociais e ambientais das empresas. Cabe destacar ainda que para fazer a busca das
informações das categorias de Rover (2013), utilizou-se o auxílio do software NVivo, o
qual realiza buscas por meio de palavras semânticas.
Em relação a variável utilizada nesta pesquisa para mensurar o valor de mercado
das empresas a mesma foi o preço da ação multiplicado pela quantidade de ações no dia
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31 de dezembro. Destaca-se que tais informações foram coletadas por meio da base de
dados Economática®.
A técnica utilizada para ranquear as organizações de acordo o nível de disclosure
socioambiental foi os jogos vetorias, enquanto o valor de mercado foi ranqueado de
forma decrescente, conforme o valor encontrado pela variável. Destaca-se que o período
de análise que compreendeu os níveis de disclosure das empresas foram os anos de
2013 e 2014, enquanto que para a variável valor de mercado o período investigado
foram os anos de 2014 e 2015, devido a necessidade de defasagem temporal. Por fim,
enfatiza-se que a associação entre tais rankings socioambientais e de valor de mercado
foi verificada por meio do método de correlação de Kendall.
4. RESULTADOS
Para a construção dos rankings socioambientais de 2013 e 2014 das empresas
que compuseram a amostra da pesquisa, os Problemas de Programação Linear
elaborados foram respectivamente o PPL-1 e o PPL-2.
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PPL-1
PPL-2
Verifica-se por meio do PPL-1 e do PPL-2 que ambos os modelos apresentam 15
restrições, sendo quatro referentes as variáveis sociais, nove as quais se referem as
variáveis ambientais, uma que a soma das estratégias não ultrapasse 100% e uma de não
negatividade. Por meio do cálculo de tais modelos de PPL foram elaborados os rankings
socioambientais de 2013 e 2014, sendo os mesmos evidenciados por meio da Tabela 2.
Tabela 2 – Rankings das empresas em relação ao nível de disclosure socioambiental
Pregão Resultado - 2013 Resultado - 2014
Posição Valor Z* ESTR Posição Valor Z* ESTR
NATURA 1ª = 0,33 1,80 Mista 2ª = 0,22 1,84 Mista
VALE 2ª = 0,29 1,80 Mista 4ª = 0,14 1,84 Mista
CELUL IRANI 3ª = 0,17 1,80 Mista 5ª = 0,87 1,08 Mista
BRASKEM 4ª = 0,12 1,80 Mista 1ª = 0,45 1,84 Mista
COSAN 5ª = 0,08 1,80 Mista 9ª = 0,31 1,21 Mista
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QGEP PART 6ª = 1,00 0,94 Pura 8ª = 0,38 1,21 Mista
ULTRAPAR 7ª = 0,45 0,69 Mista 7ª = 0,02 1,08 Mista
FER HERINGER 8ª = 0,39 0,69 Mista 15ª = 0,14 0,76 Mista
PETROBRAS 9ª = 0,13 0,69 Mista 3ª = 0,20 1,84 Mista
FIBRIA 10ª = 0,02 0,69 Mista 10ª = 0,19 1,21 Mista
KLABIN 11ª = 0,39 0,78 Mista 6ª = 0,11 1,08 Mista
GERDAU 12ª = 0,31 0,78 Mista 11ª = 0,12 1,21 Mista
ELEKEIROZ 13ª = 0,21 0,78 Mista 12ª = 0,40 0,76 Mista
PARANAPANEM
A 14ª = 0,09 0,78 Mista 13ª = 0,29 0,76 Mista
RAIADROGASIL 15ª = 0,62 0,14 Mista 19ª = 0,22 0,12 Mista
UNIPAR 16ª = 0,38 0,14 Mista 14ª = 0,16 0,76 Mista
PROFARMA 17ª = 1,00 0,12 Pura 17ª = 1,00 0,14 Pura
BR PHARMA 18ª = 1,00 0,13 Pura 22ª - - Mista
BRADESPAR 19ª = 0,32 0,10 Mista 21ª = 0,17 0,12 Mista
PETRORIO 20ª = 0,27 0,10 Mista 16ª = 1,00 0,19 Pura
VITALYZE.ME 21ª = 0,27 0,10 Mista 18ª = 0,41 0,12 Mista
CREMER 22ª = 0,14 0,10 Mista 23ª - - Mista
DIMED 23ª = 1,00 0,21 Pura 20ª = 0,20 0,12 Mista
PANATLANTICA 24ª - - Pura 24ª - - Mista
ESTR – Estratégia.
Fonte: Dados da pesquisa.
Em relação aos resultados apresentados na Tabela 2 destaca-se que a
organização Natura, a qual ocupou a 1ª posição no ranking no ano de 2013, caiu, no ano
posterior, para a 2ª posição. Por outro lado a empresa Braskem, a qual ocupou a 4º
posição no ano de 2013, passou a liderar o ranking no ano posterior, passando a ser
considerada em 2014 a empresa de alto impacto ambiental dentre as analisadas, com
maior nível de disclosure socioambiental.
Enfatiza-se também que houve empresas que mantiveram suas posições durante
os anos analisados. Dentre estas estão a Ultrapar, ocupante da 7ª posição, a Fibria, a
qual ocupou a 10ª posição, a organização Profarma, ocupante da 17ª posição no ranking
e a Panatlantica na 24ª posição. Verifica-se ainda que, geralmente as empresas
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posicionadas nas primeiras e últimas posições do ranking de 2013, tenderam a se manter
dentre tais posições no ano posterior.
Destaca-se ainda que as empresas pertencentes as primeiras posições são
organizações que geralmente divulgam Relatórios Anuais ou de Sustentabilidade. Em
contrapartida, as empresas com as piores posições dos rankings foram as que não
evidenciaram Relatórios Anuais ou de Sustentabilidade no período de análise.
Na Tabela 3 são evidenciados os resultados obtidos por meio da variável valor
de mercado para cada uma das empresas da amostra, juntamente com a devida posição
das mesmas frente a tal índice.
Tabela 3 – Rankings das empresas em relação ao valor de mercado
Pregão Valor de Mercado
2013
PA*Q
(2013)
Valor de Mercado
2014
PA*Q
(2014)
PETROBRAS 1ª 125096726,23 1ª 111791339,30
VALE 2ª 107134332,37 2ª 67148476,25
BR PHARMA 3ª 47015104,50 24ª 35941,95
ULTRAPAR 4ª 27232293,97 4ª 32407997,40
FIBRIA 5ª 16453877,25 5ª 28208714,11
KLABIN 6ª 14635202,58 3ª 38622897,04
GERDAU 7ª 13182534,29 10ª 5869625,52
NATURA 8ª 12752406,87 8ª 10000601,71
COSAN 9ª 10807194,45 9ª 9726141,32
RAIADROGASIL 10ª 8172109,41 7ª 11622076,63
BRASKEM 11ª 7536652,72 6ª 11884634,68
UNIPAR 12ª 3925304,75 17ª 455222,02
BRADESPAR 13ª 3708486,79 11ª 1545270,96
QGEP PART 14ª 1756646,65 12ª 1452029,07
DIMED 15ª 967370,40 13ª 1322110,00
PARANAPANEMA 16ª 754744,89 15ª 672242,41
PETRORIO 17ª 687178,80 14ª 807765,00
CELUL IRANI 18ª 519192,78 16ª 494675,44
PROFARMA 19ª 346729,67 19ª 195155,96
CREMER 20ª 318643,14 18ª 412334,45
PANATLANTICA 21ª 271546,53 20ª 187969,37
FER HERINGER 22ª 255442,17 22ª 72706,95
ELEKEIROZ 23ª 220395,00 21ª 173482,35
VITALYZE.ME 24ª 64087,00 23ª 39181,56
Fonte: Dados da pesquisa.
Frente as empresas que apresentaram os maiores índices de valor de mercado,
conforme evidenciado pela Tabela 3, cabe-se destacar a Petrobras, a qual se apresenta
na 1ª posição em ambos os anos e a Vale, a qual encontra-se na 2ª, tanto no ranking
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referente ao ano de 2014, como no ranking referente ao ano de 2015. Além destas,
outras organizações Ultrapar (4ª), Fibria (5ª), Natura (8ª), Cosan (9ª), Fertilizantes
Heringer (22ª) e Profarma (19ª) permaneceram ocupando as mesmas posições durante
ambos os períodos.
Verifica-se ainda, por meio da Tabela 3, que dentre as cinco empresas que
apresentaram os melhores índices de valor de mercado no ano de 2014, quatro
mantiveram-se entre as cinco primeiras posições no ano de 2015. Já em relação as cinco
empresas que apresentaram nas últimas posições no ano de 2014, foram também quatro
a quantidade de empresas que permaneceram em tais posições no ano posterior.
Na Tabela 4 são apresentados os resultados encontrados por meio da correlação
de Kendall em relação aos graus de associação entre os rankings dos níveis de
disclosure socioambiental e os rankings de valor de mercado das organizações
analisadas.
Tabela 23 – Correlação entre os rankings de divulgações socioambientais e os de valor de mercado
Ano Correlação de Kendall Valores
Disclosure Socioambiental de 2013 –
Valor de Mercado de 2014
Coeficiente de correlação 0,341
Sig. 0,020
Disclosure Socioambiental de 2014 –
Valor de Mercado de 2015
Coeficiente de correlação 0,500
Sig. 0,001
Fonte: Dados da pesquisa.
Verifica-se por meio da Tabela 4 que em ambos os períodos analisados houve
uma associação positiva, moderada e significativa entre os rankings de disclosure
socioambiental e os rankings de valor de mercado. Tal resultado indica que empresas
que apresentam maiores níveis de divulgação sobre questões relacionadas com seus
funcionários, a sociedade e o meio ambiente tendem a apresentarem valores de mercado
superiores as suas concorrentes que não divulgam tais informações.
Tais achados corroboram com as evidências de Qiu, Shaukat e Tharyan (2014),
em organizações do FTSE 350, Klerk, Villiers e Staden (2015), em organizações do
Reino Unido, Santana et al. (2015), em companhias brasileiras que divulgam Relatórios
de Anuais ou de Sustentabilidade, Bowerman e Sharma (2016), também em empresas
do Reino Unido e Verbeeten, Gamerschlag e Moller (2016) em empresas alemãs.
Contudo, os resultados obtidos nesta pesquisa não corroboram com os achados de Rover
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e Murcia (2010) e Murcia e Santos (2012) no contexto brasileiro e com os resultados de
Morais (2014) em empresas de Portugal, Espanha e Itália.
Verifica-se ainda por meio da Tabela 4 um aumento na força da associação do
primeiro para o segundo período avaliado. Tal achado sustenta a ideia de que o mercado
está cada vez mais interessado e valorizando organizações de alto impacto ambiental
que divulgam informações referentes a seus funcionários, a sociedade e o meio
ambiente. Tal achado incentiva tais organizações a evidenciarem estas questões, no
intuito de melhorarem sua percepção frente aos investidores, acarretando em um valor
de mercado superior em relação as suas concorrentes que não se preocupam com tal
divulgação.
Além disto, tais evidências estimulam a realização de novas pesquisas, com o
objetivo de avaliar a consistência de tal relacionamento em períodos posteriores, visto
que tais estudos contribuiriam com as organizações analisadas, auxiliando-as quanto
suas práticas de divulgação sobre questões sociais e ambientais.
5. CONCLUSÃO
Para alcançar os objetivos deste estudo, realizou-se uma pesquisa descritiva,
documental e predominantemente quantitativa. A população do estudo correspondeu as
48 empresas brasileiras pertencentes aos setores considerados de alto impacto
ambiental, conforme a Lei nº 10.165, de 27 de dezembro de 2000, listadas na
BM&FBovespa. Porém, após terem sido realizadas exclusões por falta de dados, a
amostra do estudo ficou composta por 24 organizações.
Avaliando de forma conjunta o nível de disclosure social e ambiental das
organizações de alto impacto ambiental pertencentes a amostra por meio da técnica de
jogos vetoriais, verificou-se que dentre as empresas com melhores níveis de disclosure
socioambientais estão a Natura, Vale, Celul Irani e a Fibria, sendo que, em
contrapartida, nas posições inferiores encontram-se as empresas Panatlantica, Dimed e
Cremer. Em relação aos rankings das organizações conforme o valor de mercado têm-se
as empresas Petrobrás, Vale, Ultrapar e Fibria ocupantes das melhores colocações,
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enquanto a Vitalyze.me, Elekeiroz, Fer Heringer e a Panatlantica posicionam-se nas
colocações inferiores dos rankings.
Os achados da pesquisa indicaram uma associação positiva e moderada entre o
disclosure socioambiental com o valor de mercado das empresas. Percebe-se por meio
destes achados, que empresas que divulgam informações relacionadas com seus
funcionários, a sociedade em geral, o ambiente no qual estão inseridas, a utilização de
recursos naturais e a forma como buscam proteger o meio ambiente tendem a apresentar
melhores valores no mercado de capitais frente as suas concorrentes que não divulgam
tais informações.
Tal achado corrobora com a vertente de pesquisa que sugere que a divulgação de
informações voluntárias por parte das empresas acarreta em benefícios para as mesmas,
uma vez que os resultados empíricos desta pesquisa revelaram que empresas de alto
impacto ambiental que divulgam informações voluntariamente tendem a apresentar
melhores valores de mercado. Tais evidências contribuem com as empresas de alto
impacto ambiental que buscam melhorar seus valores de mercado frente as suas
concorrentes, uma vez que por meio destas evidências percebe-se a relevância da
divulgação de informações de caráter social e ambiental.
Além disto, cabe destacar os achados obtidos frente aos anos de análise.
Comparando os dois períodos investigados, verificou-se um aumento no grau de
associação do disclosure socioambiental com o valor de mercado do ano de 2014 para o
ano de 2015. Tal resultado corrobora com o indicado na literatura de que o mercado está
cada vez mais exigente quanto a divulgação por parte das empresas de informações
referentes as questões que envolvem o meio ambiente, seus funcionários e a sociedade
em geral. Portanto, divulgar informações socioambientais tende a trazer vantagens
competitivas para as organizações em relação ao valor de mercado.
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