7/18/2019 Relatorio TFG
1/87
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: TRABALHO FINAL DE GRADUAO
Coordenador: Giovana Paiva
CENTRO EDUCACIONAL ALFA
Autor : Alexandre Pereir a Vieira
Orientador: Ronald De Ges
Natal RN
Junho/2001
7/18/2019 Relatorio TFG
2/87
SUMRIO
INTRODUO 1
REFERENCIAL TERICO CONCEITUAL 3
HISTRIA DA EDUCAO NO BRASIL 4
Do perodo Jesutico aos dias atuais 4
ESTUDO DE CASOS 20
Consideraes iniciais 20
Colgio 7 de Setembro Fortaleza 22
Acadmia Fortaleza Fortaleza 23
Escola Tcnica Federal do Rio Grande do Norte Mossor 25
METODOLOGIA 31
MEMORIAL JUSTIFICATIVO 34
Justificativa para escolha do tema 35
Localizao e delimitao da rea de estudo 35
MEMORIAL DESCRITIVO 39
PROPOSTA 40Programao 40
Funcionalidade e habitabilidade 40
Flexibilidade 40
Simplicidade construtiva 40
CLIENTELA 41
ESTRUTURA FUNCIONAL DO PRDIO ESCOLAR 43
Consideraes gerais sobre os diversos agrupamentos 43
Direo/administrao 43
Apoio pedaggico 44
Vivncia 44
Servios gerais 45
7/18/2019 Relatorio TFG
3/87
PROGRAMA DE NECESSIDADES 47
HISTOGRAMAS E MATRIZ 51
Histograma geral 51
Fluxograma geral 52
Diagrama de distribuiio e fluxos 53
Histograma Administrao e Apoio ao estudante 54
Histograma Apoio Pedaggico 55
Histograma Apoio Tcnico e Vivncia 56
Matriz de inter-relaes 57
IMPLANTAO 58
PARTIDO ARQUITETNICO 62
SISTEMA ESTRUTURAL 66
MOBILIRIO ESCOLAR 68ESPECIFICAES DE MATERIAIS 71
NORMAS DO CORPO DE BOMBEIROS 73
CLCULO DO VOLUME DAS CAIXAS DAGUA 73
ILUSTRAES 74
PERSPECTIVA GERAL DO PROJETO 75
PLANTA-BAIXA E IMPLANTAO 76
COBERTURA E IMPLANTAO 77
CRDITO DAS FOTOS E ILUSTRAES 78
BIBLIOGRAFIA 79
ANEXOS 80
7/18/2019 Relatorio TFG
4/87
APRESENTAO
O presente trabalho trata-se de um relatrio para o anteprojeto de uma Escola de
ensino infantil, fundamental e mdio, na cidade de Mossor RN desenvolvido durante o
ano de 2001 na disciplina Trabalho Final de Graduao do curso de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, tendo como autor, o aluno
graduando Alexandre Pereira Vieira e orientador, o professor e arquiteto, Ronald de Ges.
7/18/2019 Relatorio TFG
5/87
AGRADECIMENTOS
Agradeo a Deus;
A meus pas pelo carinho, formao, incentivo moral e material sem a qual este
trabalho no teria sido realizado;
Ao amigo e orientador, professor e arquiteto Ronald de Ges, pela competncia,
profissionalismo, incentivo e amizade;
A toda minha famlia que acreditam neste sonho em especial a meu tio Pedro,
antes de tudo um amigo;
Aos amigos que caminharam juntos esta jornada, em especial, Roberto,
Lindeberg, Elierton, Geov, Jacira, Antnio Helder e Rodrigo;
A ken e Loriana Stucky, por acreditarem e incentivarem a realizao desse
trabalho;
Meu agradecimento especial vai para Zilma, Zuleide, Irm Zelndia e Irm Dulcina,
educadoras to importantes na minha vida;
E a todas as pessoas que de alguma forma contriburam com minha formao
pessoal.
A gratido a memria do corao
Antistenes
7/18/2019 Relatorio TFG
6/87
7/18/2019 Relatorio TFG
7/87
1
INTRODUO
O Centro Educacional Alfa uma entidade sem fins lucrativos e de direito privado,
fundada em Mossor no ano 2000. Uma empresa interessada na educao e no
desenvolvimento significativo do homem e conseqentemente da sociedade. Isso,
atravs do ensino e construo de conhecimentos cientficos e dos valores sociais e
espirituais.
Com objetivos e metas bem estabelecidos, o Alfa caminha rumo concretizao
dos seus alvos, no ousado desejo de ser um dia, um dos maiores e melhores centros de
Educao na cidade de Mossor. Como pessoa jurdica, se encontra em processo de
reconhecimento junto aos rgos competentes da educao do Estado do Rio Grande do
Norte. Est situado, provisoriamente, rua Martins Jnior, 288 no Planalto 13 de maio
na referida cidade, mas com projeo futurstica para a construo de um campus
avanado e moderno. Funcionando, inicialmente, em um expediente matutino,
oferecendo educao infantil, e conta at o momento com o pr-escolar e as duas
primeiras sries do ensino fundamental. Atua, hoje, com sete funcionrios remunerados e
vrios voluntrios. Pessoas que acreditam e investem no futuro deste sonho.
Sua proposta pedaggica chama a ateno pela nfase dada pessoa e
sociedade. Considerando o homem como ser ativo no meio. Capaz de recriar e criar,
numa constante troca. Isso, sem ignorar a importncia dos conhecimentos cientficos,
sem reduzir contedos e nem deixar de apresentar suas novidades. O Alfa acredita na
educao do homem como um todo, ou seja, fsico, intelectual e espiritual, entendendo
desta forma que, assim se pode tocar a sociedade, para o melhor. Trabalhando com
qualidade, e apostando em reas como: O ensino religioso (essencialmente bblico), a
msica, lngua estrangeira e artes.
Com seus valores bem definidos e a coragem para enfrentar o amanh, o Alfa
trabalha. Aprimorando cada vez mais sua metodologia, considerando os valores e
observando sua filosofia. Ele avana, passo a passo, confiando que, com dignidade,
seriedade e compromisso, o Centro Educacional Alfa figurar, num futuro breve, como
um referencial na educao mossoroense.
7/18/2019 Relatorio TFG
8/87
2
Nossa contribuio como profissional neste processo, consiste na elaborao de um
anteprojeto para as futuras instalaes do Centro Educacional Alfa.
Nosso primeiro passo neste procedimento foi a elaborao de um referencial terico
conceitual, destacando visitas a instituies educacionais na cidade de Mossor e
Fortaleza. Nosso objetivo nesta primeira etapa foi a aquisio de conhecimentos tericoprincipalmente no que diz respeito as solues arquitetnicas adotadas por estas diversas
instituies. Destacamos ainda a elaborao de um referencial bibliogrfico indispensvel
a elaborao deste tema e a consulta e anlise de projetos em literaturas especficas.
Numa etapa posterior definimos o programa de necessidades matriz de relacionamento e
diagramas correspondentes ao nosso tema
Por ltimo, partimos para elaborao de estudos preliminares e finalmente para
elaborao de anteprojeto e sua memria descritiva relacionando as diversas
caractersticas e solues adotadas nesta proposta.
7/18/2019 Relatorio TFG
9/87
3
REFERENCIAL TERICO CONCEITUAL
7/18/2019 Relatorio TFG
10/87
4
HISTRIA DA EDUCAO NO BRASIL
PERODO JESUTICO (1549 - 1759)
A Companhia de Jesus foi fundada por Incio de Loiola e um pequeno grupo de
discpulos, na Capela de Montmartre, em Paris, em 1534, com objetivos catequticos, em
funo da Reforma Protestante e a expanso do luteranismo na Europa.
Os primeiros jesutas chegaram ao territrio brasileiro em maro de 1549
juntamente com o primeiro governador-geral, Tome de Souza. Comandados pelo Padre
Manoel de Nbrega, quinze dias aps a chegada edificaram a primeira escola elementar
brasileira, em Salvador, tendo como mestre o Irmo Vicente Rodrigues, contando apenas
21 anos. Irmo Vicente tornou-se o primeiro professor nos moldes europeus e durante
mais de 50 anos dedicou-se ao ensino e a propagao da f religiosa.
No Brasil os jesutas se dedicaram a pregao da f catlica e ao trabalho
educativo. Perceberam que no seria possvel converter os ndios f catlica sem que
soubessem ler e escrever. De Salvador a obra jesutica estendeu-se para o sul e em
1570, vinte e um anos aps a chegada, j era composta por cinco escolas de instruo
elementar (Porto Seguro, Ilhus, So Vicente, Esprito Santo e So Paulo de Piratininga)
e trs colgios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia).
Todas as escolas jesutas eram regulamentadas por um documento, escrito por
Incio de Loiola, o Ratio atque Instituto Studiorum, chamado abreviadamente de Ratio
Studiorum. Os jesutas no se limitaram ao ensino das primeiras letras; alm do curso
elementar eles mantinham os cursos de Letras e Filosofia, considerados secundrios, e o
curso de Teologia e Cincias Sagradas, de nvel superior, para formao de sacerdotes.
No curso de Letras estudava-se Gramtica Latina, Humanidades e Retrica; e no curso
de Filosofia estudava-se Lgica, Metafsica, Moral, Matemtica e Cincias Fsicas e
Naturais. Os que pretendiam seguir as profisses liberais iam estudar na Europa, na
Universidade de Coimbra, em Portugal, a mais famosa no campo das cincias jurdicas e
teolgicas, e na Universidade de Montpellier, na Frana, a mais procurada na rea da
medicina.Com a descoberta os ndios ficaram merc dos interesses aliengenas: as
cidades desejavam integr-los ao processo colonizador; os jesutas desejavam convert-
los ao cristianismo e aos valores europeus; os colonos estavam interessados em us-los
como escravos. Os jesutas ento pensaram em afastar os ndios dos interesses dos
colonizadores e criaram as redues ou misses, no interior do territrio. Nestas Misses,
7/18/2019 Relatorio TFG
11/87
5
os ndios, alm de passarem pelo processo de catequizao, tambm so orientados ao
trabalho agrcola, que garantiam aos jesutas uma de suas fontes de renda.
As Misses acabaram por transformar os ndios nmades em sedentrios, o que
contribuiu decisivamente para facilitar a captura deles pelos colonos, que conseguem, s
vezes, capturar tribos inteiras nestas Misses.Os jesutas permaneceram como mentores da educao brasileira durante
duzentos e dez anos, at 1759, quando foram expulsos de todas as colnias portuguesas
por deciso de Sebastio Jos de Carvalho, o marqus de Pombal, primeiro-ministro de
Portugal de 1750 a 1777. No momento da expulso os jesutas tinham 25 residncias, 36
misses e 17 colgios e seminrios, alm de seminrios menores e escolas de primeiras
letras instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus. A
educao brasileira, com isso, vivenciou uma grande ruptura histrica num processo j
implantado e consolidado como modelo educacional.
PERODO POMBALINO (1760 - 1807)
Com a expulso saram do Brasil 124 jesutas da Bahia, 53 de Pernambuco, 199
do Rio de Janeiro e 133 do Par. Com eles levaram tambm a organizao monoltica
baseada no Ratio Studiorum.
Pouca coisa restou de prtica educativa no Brasil. Continuaram a funcionar o
Seminrio episcospal, no Par, e os Seminrios de So Jos e So Pedro, que no se
encontravam sob a jurisdio jesutica; a Escola de Artes e Edificaes Militares, naBahia; e a Escola de Artilharia, no Rio de Janeiro.
Os jesutas foram expulsos das colnias por Sebastio Jos de Carvalho e Melo, o
Marqus de Pombal, primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777, em funo de radicais
diferenas de objetivos. Enquanto os jesutas preocupavam-se com o proselitismo e o
noviciado, Pombal pensava em reerguer Portugal da decadncia que se encontrava
diante de outras potncias europias da poca. A educao jesutica no convinha aos
interesses comerciais emanados por Pombal. Ou seja, se as escolas da Companhia de
Jesus tinham por objetivo servir aos interesses da f, Pombal pensou em organizar aescola para servir aos interesses do Estado.
De todo esse perodo sobressaram-se a criao, no Rio de Janeiro, de um curso
de estudos literrios e teolgicos, em julho de 1776, e do Seminrio de Olinda, em 1798,
por Dom Azeredo Coutinho, governador interino e bispo de Pernambuco. O Seminrio de
Olinda
7/18/2019 Relatorio TFG
12/87
6
O resultado da deciso de Pombal foi que, no princpio do sculo XIX (anos
1800...), a educao brasileira estava reduzida a praticamente nada. O sistema jesutico
foi desmantelado e nada que pudesse chegar prximo deles foi organizado para dar
continuidade a um trabalho de educao.
Esta situao somente sofreu uma mudana com a chegada da famlia real aoBrasil em 1808.
PERODO JOANINO (1808 - 1821)
Em 1808 fundado uma escola de educao, onde se ensinavam as lnguas
portuguesa e francesa, Retrica, Aritmtica, Desenho e Pintura. O Imperador D. Joo VI
funda a nossa primeira biblioteca, desfazendo-se de seus prprios livros (60.000
volumes). criada neste mesmo ano a Academia Militar.
Depois de alguns anos A biblioteca real franqueada a populao, torna-se ento,nossa primeira biblioteca pblica. Em 1816 criada a Escola Real de Cincias, Artes e
Ofcios. Em 1818 surge um curso de desenho com o objetivo de "beneficiar muitos
ramos da indstria". criado tambm o Museu Nacional no Rio de Janeiro.
A Escola Real de Cincias, Artes e Ofcios muda para Real Academia de Pintura,
Escultura e Arquitetura Civil e depois para Academia de Artes no ano de 1820.
PERODO IMPERIAL (1821 - 1889)
Em 1820 o povo portugus mostra-se descontente com a demora do retorno daFamlia Real e inicia a Revoluo Constitucionalista, na cidade do Porto. Isto apressa a
volta de D. Joo VI a Portugal em 1821. Em 1822, a 7 de setembro, seu filho D. Pedro I
declara a Independncia do Brasil e, inspirada na Constituio francesa, de cunho liberal,
em 1824 outorgada a primeira Constituio brasileira. O Art. 179 desta Lei Magna dizia
que a "instruo primria e gratuita para todos os cidados".
Em 1823, na tentativa de se suprir a falta de professores institui-se o Mtodo
Lancaster, ou do "ensino mtuo", onde um aluno treinado (decurio) ensina um grupo de
dez alunos (decria) sob a rgida vigilncia de um inspetor.Em 1826 um Decreto institui quatro graus de instruo: Pedagogias (escolas
primrias), Liceus, Ginsios e Academias. E, em 1827 um projeto de lei prope a criao
de pedagogias em todas as cidades e vilas, alm de prever o exame na seleo de
professores, para nomeao. Propunha ainda a abertura de escolas para meninas.
7/18/2019 Relatorio TFG
13/87
7
Em 1834 o Ato Adicional Constituio dispe que as provncias passariam a ser
responsveis pela administrao do ensino primrio e secundrio. Graas a isso, em
1835, surge a primeira escola normal do pas em Niteri. Se houve inteno de bons
resultados no foi o que aconteceu, j que, pelas dimenses do pas, a educao
brasileira se perdeu mais uma vez, obtendo resultados insatisfatrios. Em 1880 o MinistroPaulino de Souza lamenta o abandono da educao no Brasil, em seu relatrio Cmara.
Em 1882 Ruy Barbosa sugere a liberdade do ensino, o ensino laico e a obrigatoriedade
de instruo, obedecendo as normas emanadas pela Maonaria Internacional.
Em 1837, onde funcionava o Seminrio de So Joaquim, na cidade do Rio de
Janeiro, criado o Colgio Pedro II, com o objetivo de se tornar um modelo pedaggico
para o curso secundrio. Efetivamente O Colgio Pedro II no conseguiu se organizar at
o fim do Imprio para atingir tal objetivo.
At a Proclamao da Repblica, em 1889 praticamente nada se fez de concretopela educao brasileira.
PERODO DA PRIMEIRA REPBLICA 1889 1930
A Repblica proclamada adota o modelo poltico americano baseado no sistema
presidencialista. Na organizao escolar percebe-se influncia da filosofia positivista.
A Reforma de Benjamin Constanttinha como princpios orientadores a liberdade
e laicidade do ensino, como tambm a gratuidade da escola primria. Estes princpios
seguiam a orientao do que estava estipulado na Constituio brasileira.Uma das intenes desta Reforma era transformar o ensino em formador de
alunos para os cursos superiores e no apenas preparador. Outra inteno era substituir
a predominncia literria pela cientfica.
Esta Reforma foi bastante criticada: pelos positivistas, j que no respeitava os
princpios pedaggicos de Comte; pelos que defendiam a predominncia literria, j que o
que ocorreu foi o acrscimo de matrias cientficas s tradicionais, tornando o ensino
enciclopdico.
importante saber que o percentual de analfabetos no ano de 1900, segundo oAnurio Estatstico do Brasi l, do Instituto Nacional de Estatstica, era de 75%.
O Cdigo Epitcio Pessoa, de 1901, inclui a lgica entre as matrias e retira a
biologia, a sociologia e a moral, acentuando, assim, a parte literria em detrimento da
cientfica.
7/18/2019 Relatorio TFG
14/87
8
A Reforma Rivadvia Correa, de 1911, pretendeu que o curso secundrio se
tornasse formador do cidado e no como simples promotor a um nvel seguinte.
Retomando a orientao positivista, prega a liberdade de ensino, entendendo-se como a
possibilidade de oferta de ensino que no seja por escolas oficiais, e de freqncia. Alm
disso prega ainda a abolio do diploma em troca de um certificado de assistncia eaproveitamento e transfere os exames de admisso ao ensino superior para as
faculdades. Os resultados desta Reforma foram desastrosos para a educao brasileira.
A Reforma de Carlos Maximiliano, em 1915, surge em funo de se concluir que
a Reforma de Rivadvia Correano poderia continuar. Esta reforma reoficializa o ensino
no Brasil.
Num perodo complexo da Histria do Brasil surge a Reforma Joo Luiz Alves
que introduz a cadeira de Moral; e Cvica com a inteno de tentar combater os protestos
estudantis contra o governo do presidente Arthur Bernardes.A dcada de vinte foi marcada por diversos fatos relevantes no processo de
mudana das caractersticas polticas brasileiras. Foi nesta dcada que ocorreu o
Movimento dos 18 do Forte (1922), a Semana de Arte Moderna (1922), a fundao do
Partido Comunista (1922), a Revolta Tenentista (1924) e a Coluna Prestes (1924 a 1927).
Alm disso, no que se refere educao, forma realizadas diversas reformas de
abrangncia estadual, como a de Loureno Filho, no Cear, em 1923, a de Ansio
Teixeira, na Bahia, em 1925, a de Francisco Campos e Mrio Casassanta, em Minas, em
1927, a de Fernando de Azevedo, no Distrito Federal (atual Rio de Janeiro), em 1928 e ade Carneiro Leo, em Pernambuco, em 1928.
O clima desta dcada propiciou a tomada do poder por Getlio Vargas, candidato
derrotado nas eleies por Julio Prestes, em 1930.
A caracterstica tipicamente agrria do pas e as correlaes de foras polticas
vo sofrer mudanas nos anos seguintes o que trar repercusses na organizao
escolar brasileira. A nfase literria e clssica de nossa educao tem seus dias
contados.
PERODO DA SEGUNDA REPBLICA (1930 - 1937)
A dcada de 1920, marcada pelo confronto de idias entre correntes divergentes,
influenciadas pelos movimentos europeus, culminou com a crise econmica mundial de
1929. Esta crise repercutiu diretamente sobre as foras produtoras rurais que perderam
do governo os subsdios que garantiam a produo. A Revoluo de 30 foi o marco
7/18/2019 Relatorio TFG
15/87
9
referencial para a entrada do Brasil no mundo capitalista de produo. A acumulao de
capital, do perodo anterior, permitiu com que o Brasil pudesse investir no mercado interno
e na produo industrial.
A nova realidade brasileira passou a exigir uma mo-de-obra especializada e para
tal era preciso investir na educao. Sendo assim, em 1930, foi criado o Ministrio daEducao e Sade Pblica e, em 1931, o governo provisrio sanciona decretos
organizando o ensino secundrio e as universidades brasileiras ainda inexistentes. Estes
Decretos ficaram conhecidos como "Reforma Francisco Campos":
O Decreto 19.850, de 11 de abril, cria o Conselho Nacional de Educao e os
Conselhos Estaduais de Educao(que s vo comear a funcionar em 1934).
O Decreto 19.851, de 11 de abril, institui o Estatuto das Universidades Brasileirasque
dispe sobre a organizao do ensino superior no Brasil e adota o regime universitrio.
O Decreto 19.852, de 11 de abril, dispe sobre a organizao da Universidade do Rio deJaneiro.
O Decreto 19.890, de 18 de abril, dispe sobre a organizao do ensino secundrio.
O Decreto 20.158, de 30 de julho, organiza o ensino comercial, regulamenta a profisso
de contador e d outras providncias.
O Decreto 21.241, de 14 de abril, consolida as disposies sobre o ensino secundrio.
Em 1932 um grupo de educadores lana nao o Manifesto dos Pioneiros da
Educao Nova, redigido por Fernando de Azevedo e assinado por outros conceituados
educadores da poca.O Governo Provisrio foi marcado por uma srie de instabilidades, principalmente
para exigir uma nova Constituio para o pas. Em 1932 eclode a Revoluo
Constitucionalista de So Paulo.
Em 1934 a nova Constituio (a segunda da Repblica) dispe, pela primeira vez,
que a educao direito de todos, devendo ser ministrada pela famlia e pelos Poderes
Pblicos.
Ainda em 1934, por iniciativa do governador Armando Salles Oliveira, foi criada a
Universidade de So Paulo. A primeira a ser criada e organizada segundo as normas doEstatuto das Universidades Brasileiras de 1931.
Em funo da instabilidade poltica deste perodo, Getlio Vargas, num golpe de
estado, instala o Estado Novo e proclama uma nova Constituio, tambm conhecida
como "Polaca".
7/18/2019 Relatorio TFG
16/87
10
PERODO DO ESTADO NOVO (1937 1945)
Refletindo tendncias fascistas outorgada uma nova Constituio em 10 de
novembro de 1937. A orientao poltico-educacional para o mundo capitalista fica bem
explcita em seu texto sugerindo a preparao de um maior contigente de mo-de-obra
para as novas atividades abertas pelo mercado. Neste sentido a nova Constituioenfatiza o ensino pr-vocacional e profissional.
Por outro lado prope que a arte, a cincia e o ensino sejam livres iniciativa
individual e associao ou pessoas coletivas pblicas e particulares, tirando do Estado o
dever da educao. Mantm ainda a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primrio
Tambm dispe como obrigatrio o ensino de trabalhos manuais em todas as escolas
normais, primrias e secundrias.
No contexto poltico o estabelecimento do Estado Novo, segundo Otaza
Romanelli, faz com que as discusses sobre as questes da educao, profundamenterica no perodo anterior, entre "numa espcie de hibernao"(1993: 153). As conquistas
do movimento renovador, influenciando a Constituio de 1934, foram enfraquecidas
nesta nova Constituio de 1937. Marca uma distino entre o trabalho intelectual, para
as classes mais favorecidas, e o trabalho manual, enfatizando o ensino profissional para
as classes mais desfavorecidas. Ainda assim criada a Unio Nacional dos Estudantes
- UNEe o Instituto Nacional de Estudos Pedaggicos - INEP.
Em 1942, por iniciativa do Ministro Gustavo Capanema, so reformados alguns
ramos do ensino. Estas Reformas receberam o nome de Leis Orgnicas do Ensino, eso compostas pelas seguintes Decretos-lei, durante o Estado Novo:
O Decreto-lei 4.048, de 22 de janeiro, cria o Servio Nacional de Aprendizagem
Industrial - SENAI.
O Decreto-lei 4.073, de 30 de janeiro, regulamenta o ensino industrial.
O Decreto-lei 4.244, de 9 de abril, regulamenta o ensino secundrio.
O Decreto-lei 4.481, de 16 de julho, dispe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos
industriais empregarem um total de 8% correspondente ao nmero de operrios e
matricul-los nas escolas do SENAI.O Decreto-lei 4.436, de 7 de novembro, amplia o mbito do SENAI, atingindo tambm o
setor de transportes, das comunicaes e da pesca.
O Decreto-lei 4.984, de 21 de novembro, compele que as empresas oficiais com mais de
cem empregados a manter, por conta prpria, uma escola de aprendizagem destinada
formao profissional de seus aprendizes.
7/18/2019 Relatorio TFG
17/87
11
O ensino ficou composto, neste perodo, por cinco anos de curso primrio, quatro
de curso ginasial e trs de colegial, podendo ser na modalidade clssico ou cientfico. O
ensino colegial perdeu o seu carter propedutico, de preparatrio para o ensino superior,
e passou a preocupar-se mais com a formao geral. Apesar desta diviso do ensino
secundrio, entre clssico e cientfico, a predominncia recaiu sobre o cientfico, reunindocerca de 90% dos alunos do colegial (Piletti, 1996: 90).
Ainda no esprito da Reforma Capanema baixado o Decreto-lei 6.141, de 28 de
dezembro de 1943, regulamentando o ensino comercial (observao: o Servio
Nacional de Aprendizagem Comercial - SENACs criado em 1946, aps, portanto o
Perodo do Estado Novo).
Em 1944 comea a ser publicada a Revista Brasileira de Estudos Pedaggicos,
rgo de divulgao do Instituto Nacional de Estudos Pedaggicos - INEP.
PERODO DA NOVA REPBLICA (1946 - 1963)
Em 1946, a nova Constituio determina a obrigatoriedade de se cumprir o ensino
primrio e d competncia Unio para legislar sobre diretrizes e bases da educao
nacional. Volta a figurar na Constituio que "a educao direito de todos". Tendo
como Ministro da Educao Raul Leito da Cunha, so baixados os seguintes Decretos-
lei:
Decreto-lei 8.529, de 2 de janeiro, regulamenta o ensino primrio.
Decreto-lei 8.530, de 2 de janeiro, regulamenta o ensino normal.Decretos-lei 8.621e 8.622, de 10 de janeiro, criam o Servio Nacional de Aprendizagem
Comercial - SENAC.
Decreto-lei 9.613, de 20 de agosto, regulamenta o ensino agrcola.
Em 1948 o governo, atravs do Ministro Clemente Mariani, encaminha ao
Congresso Nacional o projeto de Lei de Diretrizes e Bases para a educao nacional.
Algumas
Em 1953, com a criao do Ministrio da Sade, o Ministrio da Educao e
Sade Pblica passa a se chamar Ministrio da Educao e Cultura. tambm, nestemesmo ano, criado o Comit Brasileiro da Organizao Mundial de Educao Pr-Escolar
- OMEP. So criadas, em 1954, as Inspetorias Seccionais do Ministrio da Educao.
Em 1955, o Deputado Carlos Lacerda apresenta seu primeiro substitutivo ao projeto de
Lei para Diretrizes e Bases da educao nacional. Em 1957, o ministro Clvis Salgado
7/18/2019 Relatorio TFG
18/87
12
altera o projeto original da Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional e envia para o
Congresso Nacional o Substitutivo no 2.222.
A Emenda Carlos Lacerda (seu terceiro substitutivo) prevalece sobre o texto das
Diretrizes e Bases da Educao Nacional, alterando substancialmente a pujana do
projeto original. Cento e oitenta educadores lanam um manifesto nao, solicitando aogoverno que o projeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional fosse rejeitado.
Em 1961, Depois de treze anos de discusses promulgada a Lei 4.024, que
regulamenta as Diretrizes e Bases da Educao Nacional. O presidente Joo Goulart
ainda vetou 25 artigos que posteriormente receberam aprovao pelo Congresso.
criado o Conselho Federal de Educao em 1962, cumprindo o artigo 9 da Lei de
Diretrizes e Bases. Este substitui o Conselho Nacional de Educao. So criados tambm
os Conselhos Estaduais de Educao. Neste mesmo ano, criado o Plano Nacional de
Educao e o Programa Nacional de Alfabetizao, pelo Ministrio da Educao eCultura, inspirado no Mtodo Paulo Freire.
PERODO DO REGIME MILITAR (1964 - 1985)
O perodo do Regime militar inicia-se em 1964 com o golpe de 64, segundo a
Secretaria de Educao e Cultura, do Ministrio de Educao e Cultura, de cada mil
(1000) alunos que entraram na 1 srie no ano de 1963, quatrocentos e quarenta e nove
(449) passam para a 2 srie do 1 grau. Ainda no governo do Presidente Joo Goulart,
criado o Plano Nacional de Alfabetizao - PNA, e extinto quatro meses depois, aps ogolpe militar. A ditadura militar coloca na ilegalidade a Unio Nacional dos Estudantes -
UNE e cria os Diretrios Acadmicos - DAs, restrito a cada curso, e o Diretrio Central
dos Estudantes - DCE, no mbito da universidade. Assim eliminada a representao a
nvel nacional bem como qualquer tentativa de ao poltica. O lema da ditadura
"estudante para estudar; trabalhador para trabalhar". O Servio de Assistncia ao
Menor - SAM extinto e criado em seu lugar a Fundao Nacional do Bem-Estar do
Menor - FUNABEM, vinculada diretamente Presidncia da Repblica, com o objetivo de
atender aos ditos menores carentes. Acordo Ministrio da Educao e Cultura -MEC/United States Agency International for Development - USAID para
Aperfeioamento do Ensino Primrio. Visava a contratao de 6 assessores americanos
por dois anos. A Lei 4.440 institui o salrio-educao, provenientes de recursos das
empresas.
7/18/2019 Relatorio TFG
19/87
13
Em 1965, segundo a Secretaria de Educao e Cultura, do Ministrio de Educao
e Cultura, de cada mil (1000) alunos que entram na 1 srie no ano de 1963, trezentos e
treze (313) passam para a 3a srie do 1 grau. Acordo Ministrio de Educao e Cultura -
MEC/Conselho de Cooperao Tcnica da Aliana para o Progresso - CONTAP/United
States Agency International for Development - USAID para melhoria do ensino mdio.Previa assessoria tcnica americana para o planejamento do ensino e treinamento de
tcnicos brasileiros nos Estados Unidos. Acordo Ministrio de Educao e Cultura -
MEC/United States Agency International for Development - USAID para dar
continuidade e suplementar com recursos e pessoal o primeiro acordo para o ensino
primrio. O decreto-lei 55.551 estende o salrio-educao a todos os empregados
pblicos e privados. No ano de 1965 ainda, o educador Paulo Freire escreve o livro
"Educao como Prtica da Liberdade".
Em 1966, segundo a Secretaria de Educao e Cultura, do Ministrio de Educaoe Cultura, de cada mil (1000) alunos que entraram na 1 srie no ano de 1963, duzentos e
quarenta e cinco (245) passam para a 4 srie do 1 grau. promulgado o decreto-lei n.
53 objetivando a reforma universitria, caracterizando-a como instituio de ensino e
pesquisa. Determina ainda que sejam feitas na universidade mudanas de organizao, a
fim de se evitar desperdcios de recursos. organizado o Projeto Rondon a partir do I
Seminrio de Educao e Segurana Nacional, promovido conjuntamente pela
Universidade do Estado da Guanabara e a Escola de Comando e Estado Maior do
Exrcito. Neste ano ainda so firmado uma srie de acordos:Ministrio da Agricultura/Conselho de Cooperao Tcnica da Aliana para o Progresso -
CONTAP/United States Agency International for Development - USAID para treinamento
de tcnicos rurais.
MEC/CONTAP/USAID de Assessoria para a expanso e aperfeioamento do quadro de
professores de ensino mdio no Brasil.
MEC/USAID de assessoria para modernizao administrativa universitria.
MEC/INEP/CONTAP/USAID sob a forma de termo aditivo aos acordos anteriores para
aperfeioamento do ensino primrio.MEC/SUDENE/CONTAP/USAID para criao de um Centro de Treinamento Educacional
em Pernambuco.
Os estudantes, ento, realizam um protesto geral contra os acordos MEC/USAID.
O Programa de Ps-Graduao em Educao da Pontifcia Universidade Catlica do Rio
de Janeiro o primeiro curso de ps-graduao em educao do Brasil.
7/18/2019 Relatorio TFG
20/87
14
Seguem as estatsticas, em 1967, segundo a Secretaria de Educao e Cultura,
do Ministrio de Educao e Cultura, de cada mil (1000) alunos que entram na 1 srie no
ano de 1963, cento e sessenta e cinco (165) passam para a 5 srie do 1 grau.
Novamente uma srie de acordos firmado pelo MEC
MEC/Sindicato Nacional dos Editores de Livros - SNEL/CONTAP/USAID de cooperaopara publicaes tcnicas, cientficas e educacionais.
MEC/USAID de reformulao do primeiro acordo de assessoria modernizao das
universidades, sendo substitudo por assessoria do Planejamento do Ensino Superior.
MEC/CONTAP/USAID de cooperao para a continuidade do primeiro acordo relativo
orientao vocacional e treinamento de tcnicos rurais.
Sai a primeira expedio do Projeto Rondon Regio Norte do pas. constituda uma
comisso, conhecida como "Comisso Meira Mattos", para analisar a crise estudantil e
sugerir mudanas no sistema de ensino, notadamente nas universidades. promulgadoo decreto-lei 252, objetivando a reforma universitria e criando a estrutura de
departamentos. A lei 5.370 cria o Movimento Brasileiro de Alfabetizao - MOBRAL, com
objetivo de erradicar o analfabetismo do Brasil em dez anos. O ndice de analfabetismo
no Brasil em 1967 de 32,05%.
Em 1968 , segundo a Secretaria de Educao e Cultura, do Ministrio de
Educao e Cultura, de cada mil (1000) alunos que entram na 1 srie no ano de 1963,
cento e trinta e trs (133) passam para a 6 srie do 1 grau. Este um ano de violncia
ao movimento estudantil entre as aes realizadas pelos militares esto a invaso deentidades estudantis, priso e assassinato de lderes destes movimentos.
tambm constitudo o Grupo de Trabalho da Reforma Universitria - GTRU, cujo projeto
foi transformado na Lei 5540 e depois novamente regulamentado atravs do Decreto-lei
464. Foram fundados os primeiros Centros de Atendimento ao Pr-Escolar - CAPEs, pelo
Comit Nacional Brasileiro da Organizao Mundial de Educao Pr-Escolar - OMEP-
Brasil. A Lei 5.537, de 21 de novembro, cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educao - FNDE. sancionada a Lei 5.540, de 28 de novembro, que fixa normas de
organizao e funcionamento do ensino superior e sua articulao com a escola mdia.Acordo MEC/USAID para dar continuidade e complementar o primeiro acordo para
desenvolvimento do ensino mdio. O deputado Mrcio Moreira Alves publica o livro "O
Beab do MEC/USAID", tornando pblico o andamento dos acordos entre o Ministrio da
Educao e Cultura e a United States Agency International for Development - USAID.
7/18/2019 Relatorio TFG
21/87
15
No ano de 1969, segundo a Secretaria de Educao e Cultura, do Ministrio de
Educao e Cultura, de cada mil (1000) alunos que entraram na 1 srie no ano de 1963,
cento e quinze (115) passam para a 7 srie do 1 grau. Entra em vigor o decreto-lei 477,
aplicado aos professores, alunos e funcionrios das escolas, proibindo qualquer
manifestao de carter poltico, com o objetivo de banir o protesto estudantil. O decreto-lei 574 probe as instituies educacionais de promoverem reduo de suas vagas
iniciais.
No ano de 1970, segundo a Secretaria de Educao e Cultura, do Ministrio de
Educao e Cultura, de cada 1000 alunos que entram na 1 srie no ano de 1963, cento e
um (101) passam para a 8 srie do 1 grau. Comea a funcionar neste ano de fato no
Brasil o Movimento Brasileiro de Alfabetizao - MOBRAL, criado para acabar com o
analfabetismo. Seu projeto mostra uma forte influncia das idias de Paulo Freire,
perseguido pela ditadura militar. O Decreto 68.908 resolve a crise dos chamados"excedentes" com a criao do vestibular classificatrio. O educador brasileiro Paulo
Freire funda em Genebra, onde se encontrava exilado, juntamente com outros exilados
brasileiros, o Instituto de Ao Cultural IDAC. O educador Paulo Freire publica
"Pedagogia do Oprimido".
1971, segundo a Secretaria de Educao e Cultura, do Ministrio de Educao e
Cultura, de cada mil (1000) alunos que entram na 1 srie do 1 grau no ano de 1963,
cem (100) passam para a 1 srie do 2 grau. promulgada a lei 5692 que regulamenta
o ensino de primeiro e segundo graus. Entre outras determinaes amplia aobrigatoriedade escolar de quatro para oito anos, aglutina o antigo primrio com o
ginasial, suprimindo o exame de admisso e criando a escola nica profissionalizante. A
Resoluo n. 8 do Conselho Federal de Educao fixa o ncleo comum para os
currculos do ensino de 1 e 2 graus, definindo seus objetivos e a amplitude. O Parecer
853 do Conselho Federal de Educao define a doutrina de currculo, indica os contedos
de ncleo comum, apresenta o conceito de matria, orienta suas formas de tratamento e
integrao, indica os objetivos das reas de estudo e os do processo educativo,
remetendo-os ao objetivo geral do ensino de 1 e 2 graus e aos fins da educaobrasileira. O Decreto 68.908 dispe sobre o concurso vestibular, fixando as condies
para o ingresso na Universidade.
1972, Segundo a Secretaria de Educao e Cultura, do Ministrio de Educao e
Cultura, de cada mil (1000) alunos que entram na 1 srie do 1 grau no ano de 1963,
oitenta e cinco (85) passam para a 2 srie do 2 grau. O Parecer n. 45 do Conselho
7/18/2019 Relatorio TFG
22/87
16
Federal de Educao fixa o currculo mnimo a ser exigido em cada habilitao
profissional ou conjunto de habilitaes afins, no ensino de 2 grau. O Parecer 339
recomenda a formao especial para o 1 grau. O Parecer 871 do Conselho Federal de
Educao refora e esclarece os conceitos e a organizao curricular, na forma
estabelecida pelo Parecer 853/71. Segundo a Secretaria de Educao e Cultura, doMinistrio de Educao e Cultura, de cada mil (1000) alunos que entram na 1 srie do 1
grau no ano de 1963, setenta e cinco (75) passam para a 3 srie do 2 grau.
1974, Segundo a Secretaria de Educao e Cultura, do Ministrio de Educao e
Cultura, de cada mil (1000) alunos que entram na 1 srie do 1 grau no ano de 1963,
setenta (70) entram numa faculdade. criado o Projeto Casulo da Legio Brasileira de
Assistncia - LBA, com o objetivo de dar apoio financeiro e tcnico s creches em todo o
Brasil. A Legio Brasileira de Assistncia - LBA e a Fundao Nacional do Bem-Estar do
Menor - FUNABEM so vinculadas ao Ministrio de Assistncia e Previdncia Social. OParecer n. 2018 do Conselho Federal de Educao prope a elaborao de legislao
contendo normas e procedimentos que regulamentem a implantao de programas
dirigidos s populaes em idade pr-escolar, alm de recomendar que sejam buscadas
novas fontes de recursos financeiros para subvencionar a educao pr-escolar.
Em 1975, criada a Coordenao de Educao Pr-Escolar, primeiramente
chamada de CODEPRE e hoje COEPRE vinculada ao Ministrio de Educao e Cultura.
O Parecer n. 76 do Conselho Federal de Educao prope habilitaes bsicas referente
a determinadas reas profissionais, dando nfase entre a educao geral e a formaoespecial. O Parecer n. 1600 do Conselho Federal de Educao recomenda a habilitao
a nvel de 2 grau para o magistrio pr-escolar. O Parecer n. 4833 do Conselho Federal
de Educao refora e esclarece os conceitos e a organizao curricular, na forma
estabelecida pelo Parecer 853/71.
Em 1976, a Resoluo no 58 do Conselho Federal de Educao determina a
incluso obrigatria da Lngua Estrangeira Moderna no currculo de 2 grau.
Em 1977 a polcia bloqueia o "campus" da Universidade de So Paulo para que no se
realize uma reunio de estudantes. A reunio transferida secretamente para o"campus" da Pontifcia Universidade Catlica que invadida pela polcia, comandada
pelo coronel Erasmo Dias, tendo sido presos vrios estudantes e sendo duas estudantes
gravemente feridas bomba. O Parecer n. 540 do Conselho Federal de Educao
explica o tratamento dos componentes determinados pelo Artigo 7 da Lei 5692/71,
descaracterizando-os como disciplinas e enfatizando-os como elementos educativos.
7/18/2019 Relatorio TFG
23/87
17
lanado o Programa Alfa Um, visando alfabetizar pessoas atravs do Mtodo da Fonao
Condicionada e Repetida.
No ano de 1978 a Portaria n. 505 do Ministrio da Educao aprova diretrizes bsicas
para o ensino de Moral e Cvica nos cursos de 1 e 2 graus e de Estudos de Problemas
Brasileiros nos cursos superiores.Em 1978, a Resoluo n. 7 do Conselho Federal de Educao permite o
desdobramento dos Estudos Sociais em Histria e Geografia nas ltimas sries do 1
grau e altera a nomenclatura dos contedos Integrao Social e Iniciao s Cincias
para, respectivamente, Estudos Sociais e Cincias. As antigas nomenclaturas passam a
indicar no mais contedos, mas forma de tratamento das matrias, dando nova redao
ao Artigo 5 da Resoluo n. 8/71.
No ano de1980, segundo Censo de 1980 a populao brasileira em idade escolar de
22.968.515, da qual 7.540.451 no freqentam a escola (cerca de um tero). Na rearural a populao brasileira em idade escolar de 9.229.511 para 4.816.806 que
freqentam (quase a metade).
-Neste ano o ndice de analfabetismo no Brasil de 25,5%.
1981, a Coordenao de Educao Pr-Escolar - COEPRE lana o Programa
Nacional de Educao Pr-Escolar.
Em 1982, a educadora Esther de Figueiredo Ferraz assume o Ministrio da
Educao e Cultura, tornando-se a primeira mulher a assumir um cargo de Ministro, no
Brasil. sancionada a lei n. 7.044 dispensando as escolas da obrigatoriedade daprofissionalizao, voltando a nfase formao geral. No Parecer n. 342 do Conselho
Federal de Educao ressurge a Filosofia como disciplina optativa. So criados os
Centros Integrados de Educao Pblica - CIEPs, no Estado do Rio de Janeiro, por
iniciativa do educador e antroplogo Darcy Ribeiro, com objetivo de atender at mil
crianas em dois turnos de atividades. A Lei n. 7044/82 altera dispositivos da Lei
5692/71, referentes profissionalizao do ensino de 2 grau, implicando em algumas
mudanas na proposta curricular. O Parecer no 618 do Conselho Federal de Educao
explica as alteraes introduzidas pela Lei 7044/82.No ano de 1985, o Movimento Brasileiro de Alfabetizao - MOBRAL extinto e
criado o Projeto Educar.
7/18/2019 Relatorio TFG
24/87
18
PERODO DA ABERTURA POLTICA (1986 - 1998)
Em 1986 o ano da abertura poltica, realiza-se a Conferncia Brasileira de
Educao em Goinia, Estado de Gois. O Parecer n. 785 do Conselho Federal de
Educao reformula o ncleo comum para o ensino de 1 e 2 graus. A Resoluo n 6
do Conselho Federal de Educao reformula o ncleo comum para os currculos doensino de 1 e 2 graus, revogando a Resoluo n. 8/71 do prprio CFE, dando novas
diretrizes. Em 1987, apenas 13,1% do total dos gastos da Unio foram destinados
Educao. extinta a Coordenao de Educao Pr-Escolar - COEPRE e o Programa
Pr-Escolar passa a ser coordenado pela Secretaria de Ensino Bsico do Ministrio da
Educao e Cultura. Em 1988, a Secretaria de Educao do Estado de So Paulo
implanta em todo o Estado diversos Centros Especficos de Formao e Aperfeioamento
do Magistrio - CEFAMs. Depois de sete meses de greve os professores da rede pblica
estadual do Rio de Janeiro voltam ao trabalho sem que nenhuma das exigncias sejamatendidas. Segundo dados do INEP 22,8% dos alunos repetiram a 1 srie do 1 grau e
22,5% repetiram a 5a srie; as taxas de evaso foram de 15,2% na 1 srie e 18,9% na
5a srie. Apenas 32,21% dos alunos completam o 1 grau. encaminhado Cmara
Federal pelo Deputado Octvio Elisio um Projeto de Lei, que prope fixar as diretrizes e
bases para a educao nacional. Apenas 10,6% do total dos gastos da Unio foram
destinados Educao.
1989, O Tribunal Superior Eleitoral - TSE, divulga uma pesquisa em que 68% dos
eleitores so analfabetos, semi-analfabetos ou no completaram o 1 grau. Apenas 4,6%do total dos gastos da Unio foram destinados Educao. O Deputado Jorge Hage
envia a Cmara um substitutivo ao Projeto que prope fixar as diretrizes e bases para a
educao nacional.
No ano de1990 criado o Programa Nacional de Alfabetizao e Cidadania com o
objetivo de reduzir em at 70% o nmero de analfabetos at 1995. lanado o projeto de
construo de Centros Integrados de Apoio Criana - CIACs, em todo o Brasil,
inspirados no modelo dos Centros Integrados de Educao Pblica - CIEPs, do Rio de
Janeiro. Apenas 2,4% do total dos gastos da Unio foram destinados Educao.1991, Apenas 4,2% do total dos gastos da Unio foram destinados Educao. O
eixo Rio de Janeiro, So Paulo e Minas Gerais concentram 55% do total de estudantes
universitrios. O ndice de analfabetismo no Brasil de 18%. O poltico e ex-deputado
federal Carlos Chiarelli, ainda como Ministro da Educao, declara que no Brasil "os
professores fingem que ensinam, os alunos fingem que aprendem e o governo
7/18/2019 Relatorio TFG
25/87
19
finge que controla". As disciplinas de Organizao Social e Poltica do Brasil - OSPB e
Estudos de Problemas Brasileiros - EPB deixam de ser obrigatrias, no ensino de 2 grau
e superior. Em 92, Os Centros Integrados de Apoio Criana - CIACs passam a se
chamar Centros de Ateno Integral Criana e aos Adolescentes - CAICs. Alguns
educadores criticam esse tipo de projeto (CIEPs e CAICs) dizendo que seria mais eficazgastar-se recursos no modelo de rede escolar j existente, atendendo-se um maior
nmero de crianas. O Senador Darcy Ribeiro apresenta na Cmara um novo Projeto
que prope fixar as Diretrizes e Bases para a Educao Nacional. A populao
analfabeta com dez anos ou mais de 16,5%.
1993, Segundo o Relatrio do Sistema Nacional de Avaliao da Educao Bsica
cerca de 59% dos professores no prestaram concurso pblico, foram indicados por
polticos ou tcnicos. O Senador Darcy Ribeiro retira seu Projeto que prope fixar as
Diretrizes e Bases para a Educao Nacional. As mulheres com idade mdia de 33,6anos constituem 83,3% do contigente de professores do 1 grau. criado o Projeto de
Educao Bsica para o Nordeste com apoio do Banco Interamericano de
Desenvolvimento - BIRD. Nas regies Norte e Nordeste do Brasil ainda muito freqente
a figura do professor leigo, algumas vezes sem o 1 grau completo. A Medida Provisria
de 18 de outubro de 1994 extingue o Conselho Federal de Educao e cria o Conselho
Nacional de Educao, vinculado ao Ministrio da Educao e Cultura. Esta mudana
torna o Conselho menos burocrtico e mais poltico.
Em 1995, a Universidade de Braslia cria o Programa de Avaliao Seriada (PAS),para ingresso na universidade, que acaba com o exame vestibular. A avaliao do aluno
feita durante a realizao do 2 grau. Entra no ar, neste ano, a TV Escola, um canal
exclusivo, via satlite, para promover a atualizao dos professores, que podero gravar
os programas e apresent-los aos seus alunos, patrocinado pelo MEC. O Governo
Federal envia ao Congresso uma emenda constitucional que prope a criao do Fundo
de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizao do Professor. O Ministro
Paulo Renato de Souza cria um sistema de avaliao de alunos formados nos cursos
superiores. O objetivo avaliar a eficcia das faculdades. Inicia com os cursos deMedicina, Engenharia e Direito.
Em 1996, o Presidente sanciona a Lei de Diretrizes e Bases da Educao (LDB) que ficou
oito anos em discusso no Congresso. - A populao analfabeta com dez anos ou mais
de 13,8%.
7/18/2019 Relatorio TFG
26/87
20
ESTUDO DE CASOS - CONSIDERAES INICIAIS
A cidade de Mossor, no conta com escolas de grande porte, mesmo assim, as
que podem se enquadrar neste perfil so escolas religiosas antigas que no enfrentaram
mudanas ao longo do tempo, estas escolas, a exemplo do Colgio Diocesano Santa
Luzia (instituio de ensino centenria em Mossor) atravessam dificuldades no perodo
atual com um nmero reduzido de alunos em seus quadros. Acreditamos que esse
fenmeno se d principalmente pela falta de acompanhamento dinmica educacional,
ou seja, escolas mais modernas, no que diz respeito principalmente a forma de ensino,
esto tomando espao das ditas escolas tradicionais no pas em sua maioria administrada
por instituies catlicas, onde o mtodo educacional ainda no se adaptou as novas
formas de educar.
Estas divagaes introdutria nos auxilia em relao a nossa proposta, melhorias
fsicas nunca mudaram a educao no pas, temos exemplos de escolas bem projetadas
que se encontram a margem do descaso da educao, somente uma poltica
educacional sria poderia de fato mudar este quadro. Nossa inteno neste trabalho ,
antes de tudo, projetar e vir a construir, uma escola, que funcione adequadamente para
sua funo, proporcione conforto, segurana e condies de aprendizado compatveis
com o mtodo de ensino adotado.
A proposta educacional desta escola baseia-se no mtodo Construtivista
Construtivismo uma das correntes tericas empenhadas em explicar como a
inteligncia humana se desenvolve partindo do princpio de que o desenvolvimento
da inteligncia determinado pelas aes mtuas entre o indivduo e o meio.
"Construir seu prprio conhecimento. Esta a essncia desta filosofia. Portanto
praticar o Construtivismo significa proporcionar criana um ambiente totalmente
favorvel aos objetivos que se prope, sendo que o professor deve manter uma
postura de mediador das diversas situaes que se apresentam.
Se a criana convive em um ambiente estimulador , onde ela possa observar,
pesquisar, manusear, brincar, questionar, resolver todo momento novos desafios,
ter oportunidade de se colocar espontaneamente sem precisar confrontar com o erro
e acerto.
Enfatizamos aqui o mtodo educacional para mostrar que o ambiente construdo
tambm auxilia o desenvolvimento da criana na escola. Muitas escolas adotam o
7/18/2019 Relatorio TFG
27/87
21
mtodo construtivista sem o praticarem de fato, ou seja, adotam como ttulo ou
propaganda, ou talvez inabilidade dos diversos personagem que compem que mas
exercendo uma educao tradicional, aquela em que o aluno compelido a decorar o
contedo da aprendizagem.
7/18/2019 Relatorio TFG
28/87
22
ESTUDO DE CASOS
COLGIO 7 DE SETEMBRO FORTALEZA
Inicialmente, para nosso estudo, fizemos uma pesquisa na estrutura fsica de uma
escola em Fortaleza, o Colgio 7 de Setembro, uma escola com uma estrutura fsica de
grande porte, o colgio abriga uma clientela de 6500 alunos em dois turnos e atende a
todas as faixas etrias. Apesar da escola possuir uma estrutura fsica completa, foram
verificadas diversas falhas em relao a adequao dos ambientes construdos a sua
clientela. Verificamos por exemplo, que, apesar desta grande estrutura fsica, o prdio
escolar utiliza o lote em praticamente sua totalidade (ver foto 01 e 02) se desenvolvendo
inclusive por cinco pavimentos, ou seja, a escola verificada no possui praticamente reas
livres, o local destinado as prticas de educao artstica, que pretendemos enfatizar na
nossa escola como proposta pedaggica, se encontrava no ltimo andar, aproveitando
uma espcie de mezanino que quase toca o a cobertura da escola com um p-direito
muito baixo onde uma criana quase podia alcanar o teto com os braos estendidos,
criando um espao muito confinado dificultando a aprendizagem de atividades to
importantes como o ensino das artes. As salas de aula possuam espao exguo ao
nmero de alunos (em torno de 50 m2 para abrigar um nmero de 50 crianas), alm
deste aspecto, a iluminao e ventilao so artificiais, inclusive com os vidros das
janelas pintados de preto que criavam uma espcie de confinamento aos alunos.
importante ressaltar sobre este aspecto, a crise energtica que o pas atravessa
atualmente. O ptio de entrada da escola, tambm era um destes pontos negativos,
pouco iluminado, totalmente fechado criando uma sensao subsolo.
FOTO 01 VISTA EXTERNA DO COLGIO 7 DESETEMBRO
FOTO 02 VISTA EXTERNA DO COLGIO 7 DESETEMBRO
7/18/2019 Relatorio TFG
29/87
23
Em geral, os pontos negativos da escola se resumem ao confinamento do aluno
nos espaos fsicos exguos. Como j foi dito o prdio da escola utiliza quase a totalidade
do lote. Porm, o ponto positivo por ns verificado, foram as salas do jardim de infncia.
Cada sala do jardim de infncia possui um ptio interno com areia onde as crianas
podem brincar, possuindo banheiro e chuveiro individuais, este espao se torna maisadequado pois se encontra no limite do terreno da escola, aproveitando a iluminao
natural. Apesar disto, o ptio central do pr escolar bastante pequeno em relao ao
nmero de crianas que este comporta.
ACADEMIA FORTALEZA - FORTALEZA
A Academia Fortaleza uma escola localizada na cidade de Fortaleza e tem como
objetivo suprir a educao de filhos de missionrios estrangeiros da regio. Alm desse
papel ela tambm atua em outras reas tais como sede administrativa da Misso BatistaRegular na regio, escola de lngua portuguesa para missionrios recm chegados e
alojamento para os mesmos, entre outras atividades. Apesar do grande espao fsico,
sua clientela pequena, j que o seu pblico alvo limitado, a escola conta com um
nmero de menos de 200 alunos, incluindo filhos de missionrios e algumas crianas
carentes.
No dispomos de material suficiente para uma anlise precisa do projeto
arquitetnico, portanto nos limitamos apenas a descrio de alguns ambientes por ns
visitados. A escola possui, como pode ser visto, nas fotos em seguida, bastante realivre, porm acreditamos, segundo relato de usurios, que a escola possui problemas de
ventilao natural, devido a m orientao, controle de sada e entrada de ar dos diversos
ambientes. Podemos notar isso facilmente na foto 04. As aberturas no so abundantes
o que causa uma m circulao de ar dentro dos ambientes. Podemos perceber ainda
que o tratamento esttico dada as vrias edificaes de boa qualidade, bem como o uso
de materiais de acabamento, porm no se deu importncia a questes de adequao
climticas tais como o uso de cobogs, fenestraes abundantes e beirais largos na
cobertura. Uma soluo bastante criticada j que, a cidade de Fortaleza possuicaractersticas climticas semelhantes as de Mossor. Outro ponto em questo diz
respeito a insolao provocada pela soluo dada a quadra poliesportiva, como pode-se
perceber atravs da foto 08. O ptio coberto segundo usurios o local mais agradvel
da escola, por este motivo o local tambm de reunio e realizao de eventos em geral.
7/18/2019 Relatorio TFG
30/87
24
Gostaramos de ressaltar por ltimo a utilizao de uma praa centralizadora das
edificaes soluo que ser adotada em nosso projeto. Concluindo essa pequena
anlise o que constatamos neste projeto que apesar de uma preocupao esttica
patente, os ambientes no foram pensados favorecer o conforto ambiental tirando
partido de solues arquitetnicas adequadas ao clima nordestino.
FOTO 03 PTIO COBERTO, LOCAL AGRADVEL,SEGUNDO SEUS USURIOS
FOTO 04 - SETOR DE SALAS DE AULAS
FOTO 05 PRAA CENTRAL EM PRIMEIRO PLANO FOTO 06 MORADIA DO ADMINISTRADOR DA ESCOLA
FOTO 07 ALOJAMENTO PARA MISSIONRIOS FOTO 08 QUADRA POLIESPORTIVA
7/18/2019 Relatorio TFG
31/87
25
ESCOLA TCNICA FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (CEFET)
CAMPUS DE MOSSOR
Projeto: Escola de 2 grau na rea de petroqumica e construo civil.
Autor: Arquiteto Ronald de Ges
rea: 7.000m ;
Setor administrativo;
Biblioteca;
Auditrio;
10 salas de aulas;
02 laboratrios;
02 ateliers de desenho;
Setor de apoio ao estudante;
Setor esportivo.
Projeto objeto de concurso pblico nacional organizado pelo Ministrio da Educao
em 1987. O autor obteve o 1 lugar para as escolas de Mossor, Currais Novos e Caic,
todas no Rio Grande do Norte. De um total de 200 escolas projetadas, apenas 03,
Imperatriz(MA), Sombril (SC) e Mossor foram executadas.
Como j citado, Mossor no possui escolas adequadas a dinmica educacional,
no que diz respeito ao seu espao fsico. Nosso projeto tenta se basear em prescries
e caractersticas semelhantes a da Escola Tcnica Federal de Mossor (CEFET). Nossa
opo por esta escolha, encontra-se no fato da CEFET Mossor, oferecer tcnicas,
partido arquitetnico e estrutural e adequao climtica em conformidade com nossa
proposta adiante mostrada.
7/18/2019 Relatorio TFG
32/87
26
ZONEAMENTO
O Zoneamento da ETFRN, foi determinado em funo dos ventos dominantes da regio,
neste caso leste/nordeste. Principalmente o setor de salas de aula, que ficaram
localizadas neste setor do terreno. As salas esto dispostas em duas linha entre um
ptio, possuindo ambas a mesma orientao. A adoo desta disposio tambm evita a
existncia de circulaes extensas. Os laboratrios foram localizados no setor oeste, por
possuir atividades de menor perodo de uso. O setor administrativo e , coordenao e
pedaggico, foram agrupados num s bloco, ficando estrategicamente prximos as salas
de aulas. O setor de vivncia constitui um bloco a parte no encontro dos setores de aula
e laboratrios. (ver ilustrao 01)
COBERTURA
A soluo adotada o uso de telha cermica colonial aplicada diretamente sobre a laje
com inclinao de 25 %, foram ainda criadas algumas reas de exausto
ESTRUTURA
A estrutura adotada em concreto armado com laje inclinada. Modulao de 1,20 m
variando sempre em funo deste mdulo.
PARTIDO ARQUITETN ICO
Adoo de ptios internos, elementos arquitetnicos que possibilitem a circulao de ar,
como peitoril ventilados, cobogs e um controle sobre o dimensionamento das aberturas
de entrada e sada de ar.
7/18/2019 Relatorio TFG
33/87
PTIO
DESCOBERTO
PTIO
DESCOBERTO
ADMINISTRAO
AUDITRIO
BIBLIO-
TECA
REFEITRIO
ECOZINHA
LABORATRIOS
LABORATRIOS
LABORATRIOS
SALASDEAULA
SALASDEAULA
WC
WC
WC
WC
HALLDE
ENTRAD
A
PTIO
COBERTO
ILUSTRAO 01 - ESQUEMA GERAL DA CEFET - MOSSOR
7/18/2019 Relatorio TFG
34/87
28
LEVANTAMENTO FOTOGRFICO
FOTO 09 VISTA GERAL DA CEFET MOSSOR FOTO 10 ENTRADA PRINCIPAL
FOTO 11 ACESSO PRINCIPAL
O partido arquitetnico da CEFET Mossor, como j foi descrito, privilegias
solues adequadas ao clima nordestino
como a utilizao de ptios internos que
favorece a criao de microclima.
Tambm importante ressaltar a adoo
de grandes beirais, cobogs, peitoril
ventilado e controle das entradas e
sadas de ar
FOTO 12 VISTA DO PRIMEIRO PTIO INTERNO FOTO 13 VISTA DO SEGUNDO PTIO INTERNO
7/18/2019 Relatorio TFG
35/87
29
LEVANTAMENTO FOTOGRFICO (continuao)
FOTO 14 CIRCULAO DAS SALAS DE AULAS FOTO 15 DETALHE PASSARELA COBERTA DE
ACESSO AS SALAS DE AULA
!!!!FOTO 16 CIRCULAO DAS SALAS DE AULAS, DETALHE DAESTRUTURA E COBOGS
Como descrito, estas fotos ilustram o uso do cobog e
utilizao dos grandes beirais. Observe tambm a
utilizao de reas verdes entre os blocos que esto
ligados por passarelas cobertas.
Ao ptio coberto, criou-se um ambiente agradvel de
convivncia entre os alunos.
FOTO 17 PTIO COBERTO VISTA EXTERNA FOTO 18 PTIO COBERTO E REFEITRIO
7/18/2019 Relatorio TFG
36/87
30
LEVANTAMENTO FOTOGRFICO (continuao)
FOTO 19 DETALHE ESTRUTURAL, MALHA DE VIGAS
NO HALL PRINCIPAL
FOTO 20 DETALHE PEITORIL VENTILADO
FOTO 21 VISTA DA VIVNCIA DETALHE CAIXAS
DGUA
FOTO 22 VISTA DO PTIO INTERNO
FOTO 23 PASSARELA DE LIGAO ENTRE BLOCOS
DE LABORATRIOS
FOTO 24 DETALHE ESTRUTURA DO BLOCO DE
VIVNCIA
7/18/2019 Relatorio TFG
37/87
31
METODOLOGIA
7/18/2019 Relatorio TFG
38/87
32
METODOLOGIA UTILIZADA
Vria teorias e modelos de metodologia foram desenvolvidas a partir da dcada de
60, sua funo rever a caracterstica linear tpica da maioria dos processos de design.
A metodologia utilizada neste trabalho constitui uns dos mtodos mais conhecidos,
desenvolvida pelo arquiteto austraco, naturalizado ingls, Cristopher Alexander, o Design
Methods.
Seu mtodo assim decomposto:
Meta-projeto
Projeto
Aparentemente linear, Cristopher Alexander, prope, na concepo do autor, um mtodo
de criao essencialmente dialtico. Por principio, deixa implicito um agente coletivo no
processo criativo, j ao listar as atividades a serem desenvolvidas na composio do
Conceitodo objeto estudado.
Estabelecido o Conceitoo mtodo passa para a Gerao de Requisitosque nortearo
as prioridades do programa e a hierarquizao destas prioridades, seja no aspecto
funcional, tcnico ou esttico do problema.
A Matriz de Requisitos pressupe a descoberta e o estabelecimento das relaes e
exigncias entre as partes do programa objetivando definir a estrutura do problema a ser
equacionado.
A fase seguinte, j dentro da Meta-Linguagem (a lnguagem ser os desenhos
arquitetnicos propriamente dito), Alexander prope os Diagramas de Grupo ou das
partes do problema e o Diagrama Composto ou Completo que permitir a leitura
prvia do problema a ser resolvido pela proposta arquitetnica, ou seja o Projeto.
(ver ilustrao 02)
7/18/2019 Relatorio TFG
39/87
CONCEITUAO
GERAR
REQUISITOS
MATRIZREQUISITOS
DIA
GRAMAESPECIAL
SOLU
O
ARQUITTONICA
BRAINSTORMING
DISCUSS
ESOBJETIVAS
PESQUISABIBLIOGR
FICA
DADOSDO
PROBLEMA
EXPERINCIASACUMULADAS
AN
LISE
DEOUTROS
PROJETOS
LISTADEREQUISITOS
NUMERA
O
DE
REQUISITOS
VISUALIZAR
RELA
ES
GERATRIZDE
REQ
.
AN
LISE
ESTRUTURADO
PROBLEMA
DIAGRAMA/GRUPO
DIAGRAMA
COMPOSTO
ESTUDO
PRELIMINAR
ANTEPROJETO
PROJETO
DETALHES
META
PROJETO
META
PROGRAMA
M
ETA
LINGUAGEM
PROJETO
CONCEITO
ILUSTRAO 02 - DESIGN METHODS
7/18/2019 Relatorio TFG
40/87
33
7/18/2019 Relatorio TFG
41/87
34
MEMORIAL JUSTIFICATIVO
7/18/2019 Relatorio TFG
42/87
35
DELIM ITAO DA REA DE ESTUDOS
JUSTIFICATIVA PARA A ESCOLHA DO TEMA
A escolha deste tema parte de duas caractersticas que julgamos principais.Fomos recentemente contactados pela direo do Centro Educacional Alfa, para elaborar
uma proposta arquitetnica das futuras instalaes deste empreendimento educacional, a
proposta consiste ainda, em etapa futura, na elaborao de plano urbanstico e
arquitetnico para um centro residncial e comercial nas imediaes desta escola que
contar com alguns vetores viabilizadores, como a base da PETROBRAS nas
imediaes. Desta forma, nossa identificao e desejo de desenvolver o tema proposto,
nos impulsionou, a desenvolver o desafio deste trabalho. Para tanto, entramos em
contato mais prximo com a diretoria do C. E. Alfa, e desenvolvemos um debate sobre osanseios desta instituio e tambm desenvolvemos junto a membros desta diretoria
pesquisas a algumas intituies de ensino na cidade de Fortaleza, descrita anteriormente
neste relatrio.
LOCALIZAO E DELIMITAO DA REA DE ESTUDO
A primeira tarefa de nosso trabalho foi a escolha do terreno. Localizado noPlanalto 13 de Maio, na cidade de Mossor RN, o terreno escolhido conta com infra-
estrutura adequada para o objetivo de nossa proposta de trabalho. O terreno em questo,
est localizado numa rea de expanso da cidade de Mossor, proximidade com a base
da Petrobrs, um dos vetores para viabilizar o empreendimento, que contar em uma
proposta futura com rea residencial e comercial, que atender este mesmo pblico. O
terreno escolhido conta com acesso direto a base da Petrobrs que ser mantido (ver foto
25 e ilustrao 03).
No que diz respeito as caractersticas da rea escolhida, foram verificados fatores tais
como:
Servios bsicos de infra-estrutura, ou seja a rea adequadamente abastecida por
gua e energia eltrica, a iluminao pblica e pavimentao no acarretar nus
excessivo ao poder pblico pois o terreno no se encontra afastado de rea residencial
7/18/2019 Relatorio TFG
43/87
36
Entorno, a rea escolhida basicamente residencial, no possui agentes poluidores em
suas proximidades a viabilidade deste empreendimento completo esta relacionado a
proximidade com a base da Petrobrs, como j foi descrito
Acessos , so facilmente identificveis no possuindo dificuldades em relao ao restante
da rea nem da cidade em geral. Neste caso ainda ressaltamos a existncia de uma via
que d acesso a Petrobrs, que apesar de invadir a parte da rea do empreendimento,
ser mantida para viabilidade da proposta e facilitar o trfego nesta rea.
TOPOGRAFIA DO TERRENO
O terreno escolhido possui rea de aproximadamente 44000 m (262x168) e inclinao
total de 3 metros, ou seja, em relao as suas dimenses, o terreno apresenta-se
praticamente plano. As dimenses e inclinao deste terreno so bastante favorveis
devido ao tamanho que a proposta deseja atingir, uma escola de grande porte para um
pblico de 2500 crianas dividido em dois turnos, nos dar liberdade de trabalhar com
grandes espaos e inserir uma estrutura compatvel com esse nmero de usurio, a
questo da inclinao tambm excelente pois evitar grandes deslocamentos de terra
(ver desenho do terreno com topografia e dimenses). O terreno inicialmente no possui
arruamento definido, o ponto de ligao de nossa proposta a rua projetada que liga o
Planalto 13 de Maio com a BR que d acesso a Petrobrs. Sua orientao nordeste-sudoeste em relao a maior dimenso do terreno e noroeste-sudeste em relao a
menor dimenso. A face mais plana orientada na parte nordeste do terreno.
7/18/2019 Relatorio TFG
44/87
37
FOTO 25 VISTA AREA DO TERRENO COM INDICAES PERTINENTES AO ESTUDO D REA.
7/18/2019 Relatorio TFG
45/87
0
125m
250m
500m
1000m
ESCALAGRFICA
N
RUA
GEN
SIO
XAVIER
REB
OUAS
RUA
VICEN
TELEITE
RUAMARTIN
SJUNIOR
RUA
ADOLF
ORO
DRIG
UES
E
SCOLA
E
VERTON
CORTEZ
TERRENO
PLANALTO13DEMAIO
LOTEAMENTOBRAZIL
NDIA
AV.DOCONTORNO
BASEDAPETROBRS
BAIRROALTO
DOSUMAR
BOMJESUS
DNER
RUA
GAL
ELEI
BR304
AV.P
RESID
ENTE
DUTR
A
RIOMOSSOR
LINH
AF
RREA
APAD
AREADEESTUDO
E:ELABORA
OPRPRIAPARTIRDEMAPADEMOSSORELABORADOPELOARQUITETORONALDDEGES
7/18/2019 Relatorio TFG
46/87
39
MEMORIAL DESCRITIVO
7/18/2019 Relatorio TFG
47/87
40
PROPOSTA
O prdio escolar deve ser adequado s exigncias funcionais e operacionais ,
bem como s caractersticas socioculturais da comunidade e s bio-psiquicas dos seus
usurios, assegurando ao mesmo tempo, nveis timos de higiene e conforto ambiental,
que possibilitem, o desenvolvimento pleno das atividades pedaggicas.1
de acordo com esse pressuposto fundamentamos nossa proposta no que diz
respeito a adequao do projeto em relao a dinmica de ensino.
O projeto deve atender fatores de:
Programao
Depois de atendidas as exigncias quanto a escolha do local e caractersticas do terreno,
o passo seguinte a determinao do programa de necessidadesseu dimensionamento,
s condies ambientais, prevista para cada funo e a adequao a dinmica
educacional.
Funcionalidade e Habitabilidade
A preocupao de adequar o projeto as necessidades funcionais e operacionais da
escola.
Flexibilidade
Adequao do usurio em funo dos diversos espaos e dispor este usurio segundo as
atividades que se desenvolva.
Simplicidade construtiva
Utilizao de tcnicas construtivas e partido que permita a mxima facilidade, rapidez de
execuo e mnima exigncia de conservao, sem prejuzo de qualidade para o projeto.
1Manual de diretrizes gerais para projetos de construes escolares de 1 grau,
7/18/2019 Relatorio TFG
48/87
41
Para tanto necessrio seguir as seguintes consideraes:
Racionalizao
Adoo de elementos construtivos tipificados e produo em srie
Padronizao e unificao de tipos
Utilizao de Materiais e tipos regionais
CLIENTELA
A Escola atender as faixa escolares de ensino infantil, ensino fundamental e ensino
mdio (antigo pr-escolar, primrio, ginsio e ensino secundrio).
As faixas etrias so divididas em:
3 a 6 anos ensino infantil
7 a 14 anos ensino fundamental
15 a 17 anos ensino mdio
As crianas de idade entre 3 e 6 anos (ensino infantil) por possuir caractersticas
especiais, sociabilidade e caractersticas bio-fisico-motor, ser destinada rea separada
das demais.
As caractersticas das crianas de acordo com suas faixas etrias so descritas abaixo
Pr adolescentes (7 10 anos)
Menos dramtica que a fase anterior (infantil) e a posterior(adolescente).
Desenvolvimento fsico mais lento, porm constante, coordenaomotora bem desenvolvida.
Menos suscetvel a acidentes que a fase infantil.
Capaz de executar sozinho tarefas tais como: comer, vestir, ir ao
7/18/2019 Relatorio TFG
49/87
42
banheiro, etc., j possui algumas responsabilidades.
No se rebela muito contra autoridade, aceitando razoavelmentebem.
Admira seus pais e professores.
Gosta de crianas menores.
Identifica-se com a famlia e com grupos de crianas do mesmosexo.
Dedica-se a atividades de longa durao.
Adolescentes (11 14 anos)
Fase mais dramtica, onde surgem maiores problemas e complexos
Fase acelerada de desenvolvimento biolgico, psicolgico e social
Maior preocupao com a aparncia fsica, surge a inibio doprprio corpo
Mais independente, porm no aceita facilmente a autoridade deseus superiores, tanto familiar ou institucional, identifica-se melhorcom outras crianas de mesma idade e sexo
necessrio, de acordo com essas caractersticas prever espaosadequados a vigilncia sem que as crianas desta idade sintam-sepresas e que sintam-se mais a vontade
No se identifica com crianas menores o que exige a espaos nocompartilhado com os grupos de crianas menores.
Fase agitada e muito dinmica, no se interessa por atividades degrande durao.
7/18/2019 Relatorio TFG
50/87
43
ESTRUTURA FUNCIONAL DO PRDIO ESCOLAR
A identificao das atividades bsicas constitui o ponto fundamental paracaracterizar os ambientes, surgindo da anlise minuciosa dos objetivos gerais da unidade
escolar considerada institucionalmente, e dos objetivos especficos proposto no contedo
curricular do modelo pedaggico.2
CONSIDERAES GERAIS SOBRE OS DIVERSOS AGRUPAMENTOS
Direo/Administrao :
Controle e coordenao de todas as atividades da escola;
Relacionamento da escola com a comunidade;
Administrao da escola.
As relaes mais freqentes so
Direo Comunidade;
Direo Pais de alunos;
Direo Secretrios;
Direo Tcnicos educacionais (orientador pedaggico eeducacional);
Alunos Pais Secretrios.
Devem estar adequadamente localizados de maneira a permitirrpida localizao e fcil acesso pelos usurios.
2Manual de diretrizes gerais para projetos de construes escolares de 1 grau
7/18/2019 Relatorio TFG
51/87
44
Apoio Pedaggico
Ambientes comuns (salas de aulas);
Ambientes especiais (laboratrios e aulas prticas);
Ambientes que permitam uso variado, desde aulas comuns eespeciais, at palestras e reunies com a comunidade e/ou pais dealunos;
As relaes mais freqentes so:
Aluno X aluno
Aluno X professor
Os ambientes deste conjunto devem proporcionar condies timas
para o desenvolvimento das atividades pedaggicasAs recomendaes para o projeto arquitetnico so:
Dimenses adequadas dos ambientes de modo a assegurarcondies corretas de visibilidade e acstica e aproveitamento dailuminao e ventilao natural;
Dimenses dos equipamentos e mobilirio devem ser adequadas sfaixas etrias dos diversos usurios;
A forma do ambiente deve possibilitar variados arranjos, inclusiveadequao a atividades individuais ou em grupo.
Vivncia
Conjunto destinado a:
Atividades Recreativas
Esportivas
Alimentao
Atividades extracurriculares
Atendimento de sade
O relacionamento mais freqente desse agrupamento :
Aluno Aluno
7/18/2019 Relatorio TFG
52/87
45
Servios Gerais
Destina-se a complementao das atividades desenvolvidas naescola, tais como:
Limpeza e conservao do prdio e das reas externas
Guarda de materiais
Locais adequados de estar e de trabalho de funcionrios, comozelador e serventes.
Obs.: Os ambientes desse conjunto no configuram entre siqualquer relacionamento especial, so constitudos isoladamenteservios de infra-estrutura e manuteno escolar so agrupados porquesto organizacional.
7/18/2019 Relatorio TFG
53/87
46
Desta maneira, as atividades escolares podem ser agrupadas de duas maneiras, segundo
seus conjuntos funcionaise segundo ambientes, que so assim descrito:
CONJUNTOS FUNCIONAIS AMBIENTES
Direo/administrao Direo/administraoControle e administrao da escola. Diretor Planejamento e coordenao das atividadespedaggicas.
Assistente de diretor
Atendimento aos pais e alunos e membrosda comunidade local
Secretaria
Os ambientes desse conjunto devem estaradequadamente localizados de maneira apermitir rpida localizao e fcil acessoaos diversos usurios
Almoxarifado
Coordenador/orientador
ProfessoresApoio Pedaggico Apoio PedaggicoAtividades pedaggicas Aulas comunsUso variado desde aulas comuns,especiais, palestras e reunies com acomunidade e/ou pais.
Aulas prtica
Vivncia VivnciaPtiorea de distribuio de merenda e refeies
Atividades esportivas e de recreao,podem ser exercidas inclusive pelacomunidade Cozinha (nutrio e diettica)e despensaDistribuio de merenda escolar e refeies Cantina escolar
Depsito de material esportivoAtividades mdico e odontolgico aos
alunos Vestirio de alunosQuadras esportivasPiscinasConsultrio mdicoConsultrio odontolgico
Servios Gerais Servios GeraisSanitrios da administraoHigiene pessoal dos alunos, funcionrios e
pessoal administrativo Sanitrios de alunosSanitrios de funcionriosAtividades relacionadas com a manuteno
escolar Depsito de material de limpezaZeladoria
7/18/2019 Relatorio TFG
54/87
47
De acordo com esta tabela, o programa de necessidades ficou assim definido
AMBIENTE CARACTERSTICA REA
Direo/administraoSaguo Deve possuir iluminao e ventilao natural;
Localizado prximo a administrao;Localizado prximo a entrada de modo a oferecerfcil acesso ao pblico em geral.
176,40 m
Recepo/informaes Local destinado ao primeiro atendimento einformaes ao pblico em geral, encontra-se nosaguo de entrada.
5,80 m
Direo Localizado prximo a secretaria, coordenao esuperviso, acesso direto a sala de reunies, almde fcil acesso ao saguo de entrada.
17,60 m
Coordenao o ambiente mais prximo a direo da escola
possuindo ligao direta, alm de possuir acessodireto a sala de reunies.
12,40 m
Superviso Proximidade com a direo e com a secretaria.17,60 m
Secretaria Proximidade com a direo, superviso ecoordenao. 17,60 m
Orientao pedaggica Alm da proximidade com os ambientes descritosacima, prximo tambm aos consultrios daescola.
17,60 m
Reprografia Sala destinada a reproduo de documentosreferente a administrao escolar.
14,40 m
Arquivo Sala destinada ao arquivamento e guarda dedocumentos especficos da escola.
17,95 m
Sala de reunies Sala destinada a reunies administrativas. 36,50 m
Sala de professores Ambiente especifico para reunio dos professores.52,40 m
Copa Local onde o pessoal administrativo preparamcafs e pequenos lanches. 4,75 m
WC masculino e feminino Ambiente destinados a todo o pessoaladministrativo e professores possui iluminao eventilao natural.
6,05 m (1)
Coordenao - pr-escolar Ambiente destinado a administrao do pr-escolar, encontra-se localizado prximo a estesetor.
26,30 m
Sala de Reunies - pr-escolar Destinada a reunies da administrao e
professores do pr-escolar 40,70 mWC masculino e feminino pr-escolar
Atende a professores e pessoal administrativo dapr-escola. 2,60 m (1)
Apoio pedaggicoSalas de aulas (28) Capacidade para at 40 alunos (aprox. 1,3 m por
aluno) Oferece bastante iluminao e ventilaonaturalComunicao com o ptio atravs de circulao etambm a todo o setor de apoio pedaggico.
51,45 m
7/18/2019 Relatorio TFG
55/87
48
As salas que encontram-se no pavimento superiortem acesso por escada e rampaEsto distribudas em torno de um ptio
Laboratrio de qumicaLaboratrio de fsicaLaboratrio de biologia
Localiza-se na rea destinado ao apoio pedaggicoSoluo adotada oferece tanto opo de ventilaonatural ou artificial, adequado a iluminao natural
105,85 m
Laboratrio de informtica (2) Localizam-se prximo as salas de aulaAdequado a ventilao natural ou artificial,iluminao natural
105,85 m
Sala de vdeo Localiza-se na rea de apoio pedaggico prximoao auditrio, ventilao natural ou artificial.
70,08 m
Sala de apoio (2) A funo das salas de apoio dar assistncia aoauditrio na realizao, principalmente decongressos externos.
51,45 m
Biblioteca Distribuda em dois pavimentos, tendo acesso tantoao setor de aulas quanto ao restante do apoiopedaggico
176,50 m
Auditrio O auditrio tem ligao direta com o saguo deentrada, de forma a facilitar a realizao decongressos externos, possui banheiros prximos, aventilao e iluminao artificial.
244,70 m
Sala de educao artstica Localiza-se no pavimento superior, prximo assalas de aula e biblioteca. 105,85 m
Sala de msica Sua funo ministrar aulas prticas de disciplinasrelacionada a msica, localiza-se prximo ao apoiopedaggico.
105,85 m
WC masculino e feminino (10) Os Sanitrios foram localizados prximos as salade aula nos dois pavimentos e prximo aoauditrio, todos possuem duto de manuteno
19,84 m14,66 m
Salas de aulas pr-escolar (10) Configuram-se um bloco parte, destinadoexclusivamente a pr-escola, este bloco, possuiainda apoio pedaggico prprio as atividades pr-escolares, privilegia iluminao e ventilaonatural.
46,90 m
Laboratrio de informtica pr-escolar 105,85 m
Sala de vdeo pr-escolar51,45 m
Atelier artstico pr-escolar105,85 m
Sala de msica pr-escolar
Localizado no bloco pr-escolar, possuiproximidade com as salas de aulas deste bloco.
105,85 m
WC masculino e feminino (10) Agrupados um a cada duas salas de aula divididospor sexo, ventilao e iluminao voltada para ocorredor de circulao
4,54 m
Banheiro e vestirio pr-escolar(4)
Foram ainda destinados dois banheiros, divididospor sexo, alm dos sanitrios, com chuveiro paraatividades de higiene das crianas
14,80 m
VivnciaPtio coberto Ambiente centralizador e de convivncia dos
alunos, localiza-se prximo ao refeitrio da escola,d acesso a rampa e circulao vertical (escadas)
327,60 m
Ptio coberto pr-escolar Ambiente de convivncia das crianas do pr-escolar, localiza-se no centro do edifcio e possuiformato hexagonal
323,30 m
7/18/2019 Relatorio TFG
56/87
49
Playground pr-escolar Desenvolve-se ao redor do ptio coberto possuiainda caixas de areia para as crianas brincarem
-
Cozinha (nutrio e diettica) A cozinha (rea de nutrio e diettica)compreende em torno de 70 % da rea do refeitrio 71,00 m
Despensa, material de limpeza,rea de servio e lixo
Estes ambientes compreendem o apoio a cozinhada escol, locais destinados a guarda de alimentos,
material de limpeza e lixo, tambm um ptio deservio de entrada.
52,40 m
Refeitrio O refeitrio tem capacidade para 108 comensais105,85 m
Cantina Localiza-se prxima ao refeitrio, no ptio cobertoda escola 21,50 m
Ginsio poliesportivo Capacidade para 800 pessoas sentadas, o ginsioconta com quadra poliesportiva dimenses de40X20, arquibancada em apenas um lado,iluminao e ventilao natural, vestirio masculinoe feminino depsito de material esportivo e salasde apoio. Localiza-se a aproximadamente 100metros da escola e prximo ao pavilho com as
piscinas.
1587,00 m
Campo de society (2) A escola conta com duas quadras de futebolsociety, dimenses de 45X22.5, as Quadras bemcomo o campo de futebol descrito abaixo,atendero tambm a comunidade em geral
1012,50 m
Campo de futebol O campo de futebol possui dimenses mnimas de90X64, possui ainda arquibancada com capacidadepara aproximadamente 800 espectadores, localiza-se na parte sul do terreno lateral a escola.
5760,00 m
Quadra infantil Apesar da quadra infantil possuir dimensesregulares de uma quadra de basquete (26X14) seuobjetivo iniciar as crianas do pr-escolar naprtica esportiva e atividades de lazer em grupo.
364,00 m
Piscina semi-olmpica Possui dimenses de 25X12.5, sua parte de apoioalm de arquibancada conta ainda com vestiriomasculino e feminino e depsito de materialesportivo.
312,50 m
Piscina infantil A piscina infantil possui formato circular, o queproporciona maior dinmica nas atividades infantise diminui riscos de acidentes, tem funo de lazerpara as crianas, possui ainda depsito de materialesportivo infantil.
172,70 m
Depsito de material esportivo(4)
Esto distribudos pelos diversos locais de prticaesportiva da escola, campo de futebol, ginsio episcinas, possuem dimenses variveis
Varivel
Salas de apoio ginsio (3) Tem funo de auxiliar prticas esportivasdiversas.
23,60 m
Salas de apoio campo (5) As salas de apoio da rea esportiva tem porobjetivo auxiliar as prticas esportivas no que dizrespeito a parte terica das diversas prticas, podeservir ainda como escolinhas de esporte,possuem ventilao e iluminao naturalprivilegiadas
33,66 m
Vestirio de alunos masculino efeminino (6)
Os vestirios, localizados nos diversos locaisesportivos, tem funo de fornecer higienenecessria aos usurios antes e depois de
Varivel
7/18/2019 Relatorio TFG
57/87
50
qualquer prtica esportiva.Consultrio mdico Localiza-se no mesmo setor onde encontra-se a
parte administrativa, sua funo o atendimentomdico de alunos, funcionrios e professores emcaso de acidentes ou doenas.
16,90 m
Consultrio odontolgico Localiza-se no mesmo setor que o consultrio
mdico, funo semelhante, porm da parteodontolgica, principalmente causada poracidentes muito comum a crianas.
16,90 m
Orientao psicolgica Localiza-se no mesmo setor que o consultriomdico, sua funo auxiliar crianas comproblemas psicolgicos, tais como, por exemplo,problemas de relacionamento.
16,90 m
Enfermaria pr-escolar A enfermaria tem objetivo de prestar socorromdico as crianas do pr-escolar, muitosuscetveis a acidentes, localiza-se no pavilho dopr-escolar.
20,35 m
Servios GeraisZeladoria A Zeladoria o ambiente onde abriga o zelador da
escola, profissional encarregado da infra-estruturae manuteno do prdio escolar, localiza-se entre ocomplexo esportivo e as oficinas de manuteno eguarda de equipamentos
9,83 m
BWC zelador6,40 m
Oficina mecnica e garagem A funo da oficina mecnica o conserto emanuteno de veculos pertencentes a escola
105,85 m
Marcenaria Sua funo o conserto e manuteno domobilirio escolar em geral. 105,85 m
Depsito Geral Depsito para guarda de carteiras escolares bemcomo grandes equipamentos de utilizao daescola
105,85 m
Almoxarifado geral Posicionado prximo ao setor administrativofacilitando a rpida aquisio de expediente. 35,15 m
Depsito de material delimpeza Varivel
Vestirios e demais WC estoespecificados em seusrespectivos agrupamentos
J descrito nos diversos ambientes em que estoinseridos Varivel
OutrosLojinha A loja tem funo de comercializar artigos
escolares aos alunos, tais como, material didticoespecfico, fardamento e material escolar geral.
23,76 m
Grfica Sua funo confeccionar material didtico prpriode apoio a escola.
35,15 m
Estacionamento Capacidade para aproximadamente 175 veculos,incluindo vagas para deficientes fsicos, estolocalizados em dois pontos da escola, na entradaprincipal, se estendendo pelos dois blocosprincipais e uma parte localizado prximo aocomplexo esportivo.
-
7/18/2019 Relatorio TFG
58/87
51
HISTOGRAMA
Definido o programa de necessidades, nosso prximo passo compor os diagramas
pertinentes ao projeto, foram realizados um organograma geral do projeto, histogramageral, um diagrama de fluxos de todo o projeto, incluindo circulao de veculos, trs
histogramas dos agrupamentos mais importantes e matriz de relao.
O primeiro denominado de organograma geral, relaciona os agrupamentos da escola, um
histograma geral relacionando esses agrupamentos com rea proporcionais. O diagrama
de fluxo, de toda a rea, demonstra alm dos agrupamentos, incluindo o complexo
esportivo, os fluxos de pedestre e veculos. Os histogramas por agrupamento, demonstra
como os diversos ambientes dentro destes agrupamentos se articulam. Por fim uma
matriz de relaes, onde demonstra os relacionamentos desejveis entre os diversos
ambientes da escola.
AUDITRIO APOIOPEDAGGICO
SALAS DE AULAS
PTIO INTERNO(DISTRIBUIO)
ESPERA/RECEPO
ADMINISTRAO APOIO TCNICO
ACESSO
APOIO AOESTUDANTE
ILUSTRAO 04 HISTOGRAMA GERAL
7/18/2019 Relatorio TFG
59/87ILUSTRAO 05 - FLUXOGRAMA GERAL
AUDITRIO
ADMINISTRAO
NUTRIO
EDIETTICA
A
POIOPEDAGGICO
HALLDE
DISTRIBUIO
PTIO
DESCOBE
RTO
PTIO
COBERTO
PTIO
DESCOBERTO
CIRCULA
OVERTICAL
CIRCULA
OVERTICAL
ENTRADA
DESERVIO
SALASDEAULA
SALASDEAULA
ENTRADA
7/18/2019 Relatorio TFG
60/87
Administrao
Apoio pedaggico
Auditrio
Saguo de entrada
Circulao vertical
Pr-escola
Patio Coberto
Campo de futebol
Circulao de pedestre
Circulao de veculos
ILUSTRAO 06 - DISTRIBUIOE CIRCULAES GERAIS
LEGENDA
7/18/2019 Relatorio TFG
61/87
7/18/2019 Relatorio TFG
62/87
LABBIOLOGIA
LAB
QUMICA
LABFSICA
LABORAT
RIO
INFORM
TICA
BIBLIOTECA
ATELIERA
RT
STICO
AUDITRIO
SALAD
E
APOIO
SALAD
E
APOIO
WC
M
W