Revista Nativos - A revista dos peruanos no Brasil Número 14 Edição Abril / Maio 2015
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NativosRevista Virtual
Editorial
A equipe Nativos está dando destaque nesta oportunidade a empreendedores que trabalham com indumentária e viram tendência e ditam moda entre os brasileiros com personalidade e estilo.
E é com grande otimismo e esperança que queremos apostar neste maravilhoso país e vemos os peruanos com grandes expectativas.
E este já é um grande ponto de partida.
Arnold ZárateDiretor
EQUIPE NATIVOS
A revista Nativos é uma publicação virtual dirigida para a comunidade peruana no Brasil e a todos os brasileiros com a finalidade de difundir informação sobre as questões inerentes ao Peru. Abordando temas de interesse público. A revista virtual têm uma publicação bimestral, totalizando seis edições ao ano.
Revista Nativos - A revista dos peruanos no Brasil.
Direção e Coordenação editorial:
Arnold Zárate
Projeto Gráfico:
Arnold Zárate
Apoio:
Consulado Peruano de Rio de Janeiro
CONTEÚDO
Pág. 6/Marinera em Rio
Carmen Escudero San Martín, dará aulas de Marinera no Instituto Cervantes.
Pág. 10/Retropy
Uma marca com personalidade
Pág. 15/Katherym Berrios Arte inovadora - Entrevista
Pág. 21/Ricardo Chancafe
Retrospectiva 25 anos
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MARINERA EM RIO DE JANEIRO
Carmen Escudero San Martín, nascida em Sullana província
de Piura - Peru. Como uma boa representante nortenha
apaixonada pela dança com ritmos que tem identidade e
mostrem cultura, história ou sentimento.
Começou a dançar marinera quando tinha 10 anos, desde
pequena frequentava concursos com sua mãe e apesar de
estar ausente em algumas competições sempre teve vontade
de dançar. Quando decidiu dançar novamente teve como
professor o Sr. Luis Mori, quem assessorou em cada
momento das praticas e nos concursos.
CARMEN ESCUDERO
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A realidade no Peru e no mundo é que tem muitos bons dançarinos de marinera, mas
a admiração de Carmen é para - Milagros Lopez -, “ela tem tudo o que uma excelente
dançarina precisa, mas ela tem algo mais que poucos têm, transmitir o sentimento de
amor do casal, elegância, paquera, compressão e muito mais”, disse Carmen.
Foi campeã à nível nacional no Seletivo do “Clube Libertad Filial Piura-2014”, além
disso também ganhou reconhecimento em Lima UIGV-2014, numa segunda colocação
em Talara 2014.
Faz quanto tempo mora no Rio de Janeiro e porque escolheu morar/trabalhar aqui?
Eu adoro Rio de Janeiro! Ainda tenho 4 meses e espero ficar por muito mais tempo...
Eu nunca achei que fosse morar no Rio, até conhecer o meu noivo, Felipe Guimarães,
um carioca que conheci em Machu-Picchu. Depois de um ano e meio morando longe,
decidimos já ficar juntos no Rio.
Porque ensinar marinera? Qual é seu público?
Eu me considero uma embaixadora da minha pátria, sou orgulhosa de ser peruana
de divulgar e ensinar a dançar maneira, porquê é uma dança de exportação e merece
ser reconhecida no mundo.
E assim posso mostrar um pouco de minha cultura, fico feliz de fazer isso.
Peru e Brasil são países próximos mas ao mesmo tempo distantes porque divisam a
Amazônia mas não se conhecem um com o outro.
Meu público alvo são todos aqueles que tem vontade e curiosidade de aprender y
conhecer um pouco de Peru.
Quais são os projetos para 2015?
Vou coordenar um curso de Marinera para todos os apaixonados da dança este 09
de abril às 9h no Instituto Cervantes - Rua Visconde Ouro Preto, 62, Botafogo. Infor-
mações: (21) 35545913
Santiago, peruano, nascido na cidade de Lima, cresceu assistindo
“gatos samurai” e “Discovery Channel”, a idéia era de poder manifestar
algo diferente, essa necessidade irresistível de poder refletir cores , formas
, inquietudes , inseguranças, em peças de vestir, foi dando-se pouco
a pouco em uma grande aventura que decidiu começar faz 8 anos,
entediado da mesmice do seu bairro “Higuereta”, optou buscar
inspirações novas, MOCHILEANDO por latino America,! sempre com
a fiel amiga single (máquina de costura).
UMA MARCA COM PERSONALIDADERETROPY
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Chegando no Rio de Janeiro/ Santa Teresa, conheceu a Rafael (sócio), “garoto cool
e super hype, estudante de arquitetura e com sentido de moda”. ....disse Santiago.
Ali os dois cansados do mesmo e sem opções para vestir, decidiram resgatar deta-
lhes de camisas usadas nos anos 70 e modificá-las com muita personalidade.
E assim surgiu com grande paixão e garra a RETROPY !!.....
“Em meus 3 anos no Brasil fui retroalimentado por um grande repertório musical, no
qual Caetano Veloso e outros artistas da década dos 70 foi peça clave para inspira-
ções nas criações e produções de roupas com muito amor, influências amazônicas
peruanas são também peça importante para minha visão ao futuro”.
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Como em qualquer marca, qualificar um público específico para a roupa é neces-
sário, mas ele acredita que é um detalhe muito tosco “classificar”, é por isso que a
retropy não tem um estereotipo ideal, sem dúvida quem vestir uma peça retropy
tem que ter muita personalidade.
Em breve, estaremos divulgando a coleção inverno com alto toque étnico para
homes, e para mulheres. “Decidimos lançar a linha retropy para mulheres devido a
grande demanda, esperamos ser fieis a nossa paixão por criar e poder chegar até o
último canto do planeta e óbvio a nosso querido Peru”, complementa - Santiago.
ENTREVISTA
KATHERYN BERRIOS
ARTE INOVADORA
Quem é Katheryn Berríos e como começou como estilista?
Katheryn Berríos, sou estilista & artista visual, venho de Lima-Peru, e dentro de tudo
me considero uma criativa, meu trabalho está baseado na expressão, em desenvolver
caminhos novos nos diferentes ramos que escolhi para a criação, e é por isso pelo
que denominei “Arte ao andar”, minha proposta é vanguardista, inovadora, utilizando
e inventando técnicas na elaboração de meus desenhos.
No desenho do roupas experimentei a criação de peças únicas, utilizando o
upcycling, reciclagem, para minha linha urbana e obras, com uma série de materiais e
texturas: tecido, plástico, borracha, pintura têxtil, o pintando sobre tecido; por outro
lado, também trabalho em minha linha Étnico-Vanguarda na qual para começar, te-
nho utilizado mantos andinos da Serra e Selva do Peru, sendo que esta linha nasce
a partir da admiração pela cultura e o artesanato dos povos nativos em general,
espero poder ampliá-lo, e seguir misturando minha visão de criação com as raízes
étnicas da cada povo.
Eu comecei como estilista faz vários anos em Lima, fiz um curso de traço de desenho
no museu de arte de Lima MALI, mas sou autodidata, crio peças para mim, para meus
amigos, tenho experimentando com o que me sugere criar, coloco prendas em lojas
de estilistas independentes, e é assim como posso ir desenvolvendo minha carreira,
criando um produto autêntico, único através do tempo, não tem sido fácil mais me
faz muito feliz, tem sido uma experiência enriquecedora, já que ao apresentar uma
visão nova na criação sempre soube que seria complicado mas não impossível, sim-
plesmente me apaixono com o que faço, e adoro os desafios.
Ao longo do caminho eu participei em alguns eventos, desfiles, exposições, tenho
tido algumas entrevistas, e assim me dá oportunidade para poder expor minha cria-
ção. O que realmente tem movido meu trajeto é a paixão pelo que faço, criar é parte
do que sou, minhas emoções são as que levam minha mão a cada peça que realizo,
porque em realidade, o que expressa meu trabalho é a minha filoso-
fia: mudar, é romper regras, é se expressar com atitude
e personalidade na vida, é se arriscar a ser e
assumir o que somos sem afetar
de nenhuma forma
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a suscetibilidade da gente por não seguir as linhas convencionais de andar por isso
não há dúvida que com todo o tipo de expressão gera mudanças importantes e po-
sitivos. No meu site tenho um blog, vou criando artigos que têm que ver com minha
filosofia, “A filosofia” do que tenho querido dizer com meu trabalho, e a profundidade
disso; por outro lado,o upcycling, reciclagem, também foi parte de meu começo, a
meu redor pude descobrir um atelier imenso, utilizando o que se denomina “lixo”,
como um material importante em minhas criações, foi num momento no que não
era muito comum realizar prendas com detalhes de upcycling (realização com des-
perdícios, reconstrução, realçar um objeto que “pereceu”), e baseando-me em na
transgressão, posso criar minhas roupas como se realiza uma escultura, jogando
com assimetrias, as desestruturas cortes e traços com originalidade, com o qual se
caracteriza minha criação.
Faz quanto tempo mora no Rio de Janeiro e porque escolheu morar/trabalhar aqui?
Eu moro faz um ano e nove meses no Rio de Janeiro, escolhi essa cidade porque o
lugar é maravilhoso, encontro inspiração, a paisagem, a natureza, o clima tropical,
apesar de problemas que afetam a cidade, ao ser uma metrópole igual a Lima, há
muitas soluções que encontrar para uma melhora, promover os valores para en-
contrar uma harmonia para a convivência em sociedade. É uma cidade com ares de
progresso apesar do duro de sua história, sempre caracterizou a Rio de Janeiro sua
alegria, também por seu carnaval, entre outras razões ...é por isso que elegi Rio de
Janeiro para viver. Quanto ao trabalho minha idéia é atingir o mundo em general,
que se conheça minha obra tanto aqui, como em outros lados, já que agora por
meio da Internet se pode chegar a muitos lugares.
Qual é seu público alvo e qual é sua proposta?
Meu público-alvo são todos os que como eu mencionei na filosofia da marca, tenham
atitude, personalidade, seja corajoso, ousado, seja em qualquer dos gêneros feminino
ou masculino, que gostem de
prendas exclusivas, transgres-
soras, originais com as quais
podem ser únicos e impres-
sionantes a seu modo.
A minha proposta é baseada
na vanguarda, o cortes úni-
cos, imponentes, transgres-
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sores, sexy mas não vulgar, com exclusividade, em qualquer das minhas linhas, seja
na linha urbana (noite / cocktail / ocasional), seja na linha étnica - vanguarda (noite /
cocktail / ocasional), ou seja na linhas-obra (eventos / exposições / artistas) e menciono
esta última, o que é mais focado no projeto experimental, desenvolveram projetos para
artistas de vanguarda, detalhes bastante originais e de passarela. Sempre até mes-
mo as peças mais simples têm um toque original para a essência do que é usar uma
peça de Katheryn Berrios.
Como faz para conseguir a matéria prima para criar as peças?
Bem, como eu mencionei eu trabalho com diferentes tipos de tecidos e materiais,
aqui no Rio de Janeiro eu tinha que descobrir onde conseguir tecidos e materiais
de costura, tintas têxteis, etc. Eu ainda estou descobrindo lugares para conseguir
os meus materiais é sempre assim num lugar novo, e aqui eu encontre alguns dos
meus materiais no centro da cidade (Uruguaiana) e um pouco em outras lojas,
por outro lado, também os meus materiais são garrafas de plástico, embalagens
de iogurte, borracha, entre outros, a reconstrução e mutação roupas em uma das
minhas linhas.
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Algum projeto para 2015?
Bem, um projeto não poderia dizer, vários, na verdade, sempre à espera de ir muito
mais longe, e mostrar novas criações, eu continuo a expandir minha expressão em
vários ramos da arte. Citando projetos mais próximos, eu estou criando uma nova
coleção com base na minha visão das flores, eu gosto transgredir através de um
tema, não gosto inteiramente do convencional, sempre digo “Nós sabemos que a
roupa foi criada por uma necessidade, seja para cobrir a nossa modéstia, pelo físico,
frio, etc.; o que fazem os criativos na indumentária, é te dar novas opções, expres-
são alternativa para o show da vida “, eu não sigo muito as tendências, e considerar
as minhas peças atemporais, em minhas viagens e através de meus clientes eu
percebi a surpresa que a novidade pode causar, apesar da passagem do tempo da
criação. Também tenho pensado em criar a minha linha étnica -vanguarda, criações
inspiradas pelas raízes nativas do Brasil, é claro continuar a criar fluentemente em
linha e obras urbanas, upcycling e reciclagem, apoiar o progresso por meio da sus-
tentabilidade, consumo consciente, comércio justo, artesanato que promove um saldo
positivo em nossa sociedade.
Como eu mencionei que eu tenho um site, que tem uma loja virtual onde é possível
adquirir minha criações, o blog que lancei recentemente, e pelo qual espero que o
público possa seguir conhecendo um pouco mais da profundidade do que realizo.
Neste momento também estou vendendo para um site alemão, e espero trabalhar
com mais lojas a nível mundial.
E sempre estou aberta a novos projetos que vão surgindo no caminho, a raiz da exposição
do meu trabalho. De poder me expressar.
Agradeço a entrevista à Revista Nativos, e a difusão do trabalho de uma série de es-
trangeiros, que como eu, saímos de nossos lugares de origem, cada qual por razões
diferentes, mais sempre com a vontade de seguir crescendo e evoluindo, explodindo
nossas capacidades, contribuindo com o lugar onde nos encontramos. Acredito que
todos os seres humanos podem alcançar tudo o que batalham na vida. Muito sucesso
ao longo do caminho!
Contatos: Pagina Web: www.katherynberrios.com Webstore Alemana: http://www.nelou.com/designer/katheryn-berrios
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RETROSPECTIVA 25 ANOS
RICARDO CHANCAFE
Artista plástico peruano, residente no Brasil na cidade do Rio de janeiro
desde 1990.Em 1985, inicia seus estudos de Desenho e Pintura na
“ENSABAP” (Escuela Nacional Superior de bellas Artes Del Perú).
Em 1989 com propósitos artísticos viaja para o Chile (Santiago, Vinã del
mar, Valparaiso ) , Argentina (Buenos Aires, Mendoza , Córdoba, Mar
Del plata), Uruguai (Montevideo, Punta del este ) Em 1990 chega ao
Brasil onde participa em diversos salões de artes plásticas em Rio de janeiro
e São Paulo . Realizando três exposições individuais no Rio de janeiro. Conta
entre suas diversas premiações: Medalhas de Bronze, Prata, Ouro e dos
Prêmios Viagem: 1996 Havana – Cuba e em 2001 Florença - Itália.
Há vinte e cinco anos que Ricardo Chancafe vive e trabalha no Rio de Janeiro, dedicado à pintura, meio de expressão artística que cultiva desde sempre e no qual se especializou profissionalmente na Escola Nacional Superior de Belas Artes, em Lima. Hoje, ele nos oferece uma retrospectiva da sua obra ao longo desse tempo, organizada em séries, reconhecíveis pela temática, materiais e técnicas.
Como professor de pintura, Ricardo Chancafe, entusias-ticamente, desenvolve no seu ateliê essa outra ativida-de, presente também nesta exposição. Sua destreza e cuidado para dar forma a pessoas, muros, objetos, atmosferas, abstrações, revelam-nos nessa sucessão de imagens, que exerce o seu oficio sem tréguas, o cultiva e o predica. A mostra é também um reencontro com o seu período formativo, com aqueles que compartilharam as aulas em Belas Artes, e que aqui o acompanham com dez trabalhos, proporcionando um singular contexto generacional e de amizade.
O Consulado Geral de Peru no Rio de Janeiro se associa com muita satisfação a esta retrospectiva que, no Cen-tro Cultural do Tribunal Regional de Trabalho, reúne o olhar sereno de um compatriota que fez da cidade ma-ravilhosa o seu lar. Comemoramos com esta amostra estes primeiros 25 anos da pintura, do ensino e da resi-dência no Rio de Janeiro deste querido artista peruano. Parabéns Ricardo!
Rolando Ruiz Rosas C.Cônsul Geral do Peru no Rio de Janeiro
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Exposición de Ricardo Chancafe
Retrospectiva 1990 – 2015
Abierta al público del 07 al 28 de mayo
Inauguración: Día jueves 07/05 de 18h a 20h
Centro Cultural del TRTTribunal Regional do Trabalho – RJ
Avenida Presidente Antônio Carlos, 251 – Castelo
Teléfono: (21) 2380-6150
Exposición de Ricardo Chancafe
Retrospectiva 1990 – 2015
Abierta al público del 07 al 28 de mayo
Inauguración: Día jueves 07/05 de 18h a 20h
Centro Cultural del TRTTribunal Regional do Trabalho – RJ
Avenida Presidente Antônio Carlos, 251 – Castelo
Teléfono: (21) 2380-6150
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