El discurso en acción: Foucault y una ontología del presente - Ángel Gabilondo

5/8/2018 El discurso en acción: Foucault y una ontología del presente - Ángel Gabilondo - slidepdf.com

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Este texto es, en primer lugar, una «presentación» (niuna exposic ión Sistemática, ni un resumen, ni unaexpl i cac ión) de «Foucaul t f i l ósofo». En esa medida, seve en la neces idad de cues t ionarse qué cabe entender

por f i losofía. Imposible hacerlo s in atender al propiopensar.Es hora de leer a Foucaul t, una vez abierto el debatesobre s i ha de ser o no cons iderado como un c lás icocontemporáneo. E l tex to ver tebra sus escr i tos , enrespues ta a su mater ia l i dad, por lo que se ve forzadoa prosegui r desde la arqueología de l saber, por unagenealogía de l poder, a una ét i ca y es té t i ca de laex is tenc ia . Pero, en ocas iones , fasc inados por la labord e Las palabras y las cosas, se o lv idan los ver i cuetosque conducen a sus l íneas . Ent re o t ros , aquel losescr i tos de l prop io Foucaul t que a par t i r de 1962 hacendel l enguaje y la l ite ra tura cues t ión p erman ente. Laconformac ión de es te t raba jo p ide un desp lazamientoen esa dirección. El lenguaje y la historia son ya «deot ra manera» ( también desd e los escr i tos de Foucaul t )como presente de lo que hay . Pero e l presente mismoes una cuestión f i losófica. Pensar el presente hace que,con Foucaul t , pensar no sea lo que es tamoshabi tuados a c reer, n i s iqu iera que ya quepa pensarigua l . Se t ra ta de poner manos (curs ivas , d i scurs ivasy ex t rad iscurs ivas) a la obra de l prop io d iscurso. Es tee jerc ic io y exper ienc ia de l i berac ión rees tab lece suadecuada mater ia l i dad y prop ic ia su func ionamientoy e fec tos . La onto logía s iempre lo es de nosot rosm i s mos .

Ángel Gabi londo, natura l de San Sebas t ián, se doc toróen F i losof ía por la Univers idad Autónoma de Madr id ,donde ac tua lmente es pro fesor t i tu lar de Metaf ís i ca. Apart i r de una lec tura ab ier ta de Hegel , ha pub l i cadodiversos t raba jos sobre e l prob lema de l l enguaje y lahistoria, y la experiencia de sus l ími tes. Entre sus textosmás rec ientes cabe señalar Dilthey: vida, expresión e

historia (1988).

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EL DISCURSOEN ACCIÓNFOUCAULT Y UNA ONTOLOGÍADEL PRESENTE

Ángel Gabilondo

»IIIIUHIAl DEL HOMBRE Ediciones de la Universidad Autónoma de Madrid

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E L DISC UR SO E N AC C IÓN



AUTORES. TEXTOS Y T EMAS

F I L O S O F Í AC o l e c c i ó n d i r i g i d a p o r J a u m e M a s c a r é

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Ángel Gabilondo

EL DISCURSOEN ACCIÓN

F o u c a u l ty u n a o n t o l o g í a d el p r e s e n t e

E D I T O R I A L D E L H O M B R E

Ediciones de la Universidad Autónoma de Madrid



El discurso en acción : Foucault y una ontología delpresente / Ángel Gabilondo. — Barcelona : Anlhropos ;Cantoblanco : Universidad Autónoma de Madrid, 1990. —20 6 p. ; 2 0 cm. — (Autores, Textos y Temas / Filosofía ; 33)Bibl iografía p. 189-203ISBN 84-7658-239-0

1. Tí tulo II . Colección 1. Fou caul t , Michel — Fi losofía2. Anál isis del discurso1 Fouc a u l t , Mi c he l130.2

Primera edición: noviembre 1990

© Ángel Gabilondo, 1990© Editorial Anlhropos, 1990Edita: Editorial Anthropos. Promat, S. Coop. Ltda.

Vía Augusta, 64. 08006 BarcelonaEn coedición con Ediciones de la Univers idad

Autónoma de MadridISBN 84-7658-239-0Depósito legal: B. 39.168-1990Fotocomposición: Seted, Sant Cugat del VallèsImpresión: Indugraf. Badajoz, 147. Barcelona

I m p r e s o e n E s p a ñ a - Printed in Spain

Todos los derechos reservados. Esta publicación no puede ser reproducida, ni entodo ni en parte, ni registrada en, o transmitida por, un sistema de recuperaciónde información, en ninguna forma ni por ningún medio, sea mecánico, fotoquími-co, electrónico, magnético, electroóptico, por fotocopia, o cualquier otro, sin e)permiso previo por escrito de la editorial.

P R E S E N T A C I Ó N

Má s que t om a r l a pa l a b ra , hub i e ra p re fe -r i do ve rm e e nvue l t o po r e l l a y t r a nspor t a domás a l lá de todo posible inic io. Me hubieragus t a do da rm e c ue n t a de que e n e l m om e nt ode pone rm e a ha b l a r ya m e p re c e d í a una vozs i n nom bre de sde ha c í a m uc ho t i e m po: m eha br í a ba s t a do e n t onc e s c on e nc a de na r , p ro -se gu i r l a f r a se , i n t roduc i rm e s i n se r a dve r t i -do en sus interst ic ios, como si e l la me hubie-r a he c ho se ña s que dá ndose , un m om e nt o , i n -t e r rum pi da . No ha br í a ha b i do , po r t a n t o , i n i -c io y en lugar de ser aquel de quien procede

e l d i sc u r so , yo se r í a m á s b i e n una pe que ñalaguna en e l azar de su desarrol lo, e l puntode su de sa pa r i c i ón pos i b l e .

L'ordre du discours, pp. 7-8

Pret en d er s a b er lo q u e s o m o s e s lo q u e n o s in s t a ap e n s a r y a d e o t r a m a n e r a . M á s e x a c t a m e n t e , l o e s e l n os er ca p a ces d e h a cer lo o , l o q u e e s t a l v ez lo m is m o , e ln o s e r c a p a c e s d e s o p o r t a r l o . Y n o s ó l o p o r q u e e n s a n c h a rl o s l í m i t e s d e l o d e c i b l e s e r á a m p l i a r l o s m á r g e n e s e n q u el o d e n o m i n a d o r e a l s e a t o l e r a b l e , n i s i q u i e r a p o r q u e u n am o d i f i c a c i ó n d e l o q u e l l a m a m o s p r e s e n t e e s y a u n a m o -d i f i ca c ió n d e la l ey d e l p res en t e , s in o p o rq u e e s en s ud i a g n ó s t i c o d o n d e s e n o s e x i g e h a c e r y a u n a n u e v a e x p e -r i e n c i a d e n o s o t r o s m i s m o s q u e n o s e d e j e r e c o g e r s i nm á s e n l o d i c h o .

E n e s t e s en t id o la l ec t u ra d e Fo u ca u l t , s i ca b e s iq u ierap e n s a r a l g o a s í , m u e s t r a u n a v o l u n t a d e n p r i m e r a i n s t a n -c ia ra d ica l d e dejar hablar al lenguaje, y d e crea r la s co n d i -c i o n e s d e p o s i b i l i d a d p a r a q u e s e a n f a c t i b l e s n u e v o s p r o -n u n c i a m i e n t o s , p a r a q u e a c c e d a n o s ó l o l a p a l a b r a a l av o z s in o in c lu s o la v o z a la p a la b ra . E s t e dar al decir, e n

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vez de hablar en lugar de, replantea no sólo la tarea delinte lectual s ino la del pensar mismo. Pero l levar a l l ímitel a s pos ibi l idades de e s t e pensa r impl i ca un autént i co to -mar la palabra, en e l que e l anál is is es t r ic to del decircomo di scur so r e sul t a insuf i c i ente . La t a r ea s e encaminaya a lo que condiciona, l imita e ins t i tucional iza e l decir

m i s m o . L os p r oc e d i m i e n t o s , a ho r a , no s on ún i c a m e n t edi scur s ivos . El e s tudio lo s e rá , por t anto , t ambién de todauna se r i e de prác t i ca s .

No cabe por e l lo s ino de f in i r l a s condic iones en l a sque e l hombre problema t i za lo que e s y lo que hace , y e lmundo en e l que vive . En def ini t iva , no se t ra ta de legi t i -mar lo que ya se s abe y s ac ia r se con lo supues tamentepe ns a do , i gno r a ndo e l a u t é n t i c o s e n t i do que pa r a Fou -caul t t iene la ac t ividad f i losóf ica: «el t rabajo cr í t ico delpe ns a m i e n t o s ob r e s í m i s m o» . 1 Pero subraya r los l ími t e sde aque l dec i r no pre tende un modo de procede r i l imi t a -

do, s ino más bien l l eva r r adica lmente has ta l a s ú l t imasconsecuencias ta l decir , es to es , hacerse cargo de sus l ími-t e s . Queda c l a ro que no cabe ident i f i ca r lo d icho con e ldec i r mismo, que no se t r a t a t ampoco s in más de obses io-na r se pre t endiendo dec i r l o no dicho s ino de c rea r e l e s -pac io y subraya r l a s condic iones pa ra que de hecho sea—siquie ra como no dicho— legible y sopor t able . «¿Cómohace r que e l hombre piense lo que no piensa , habi t eaque l lo que se l e e scapa en e l modo de una ocupac iónmuda . . . ?» 2

Dec i r sopor t able e s r econoce r que , s i b i en l a ve rdaddisloca, ta l dis- locación acontece en ese tenerse en los l í -mi te s , l os de l propio cue rpo como suje to de enfe rmedad yde muer te , su je to de deseo, los de los juegos de ve rdad enlos que e l hombre se da a pensa r su s e r propio; t ene r seen los l ími t e s como cuida r y ocupa r se de l gobie rno de s í yde los otros (del t ipo de re lación que se t iene con e l los) ,t ene r se en los l ími t e s como hace r se ca rgo de una época . . . ,e s una r e s t i tuc ión de l dec i r en su ca rác te r de acontec i -miento , una r ecupe rac ión de l dec i r como luga r de emer -genc ia de una ve rdad posible. Es te dec i r ve rdade ro , ame-nazado por e l d i s cur so qüe se s a t i s f ace en lo d icho, e s un

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decir ac t ivo, un discurso en acción. «Antes aún de prescr i -b i r , de e sboza r un fu turo , de dec i r l o que hay que hace r ,ante s aún de exhor t a r o sólo de da r a l e r t a , e l pensamien-to, a l ras de su exis tencia , de su forma más matinal , es ens í mismo una acc ión, un ac to pe l igroso.» 3 El di scur so a s íl e ído no impone l a unidad de l a gramá t i ca gene ra l , s ino

que se despa r r ama de l a mano de l hombre que , de s -pren-dido, s e mues t r a ocupado en e l gobie rno de s í y de losot ros .

Acercarse desde es ta perspect iva a los textos es reco-noce r en todo momento que e l los no son t enidos , s inomás bien mos t r a r que a lgo de e se dec i r s i empre f r acasadoqueda en e l los r e t enido. No cabe duda de que Foucaul tnos ha dado pie pa ra «re -copia r» , «f r agmenta r» , «repe t i r» ,« imi ta r» . . . , i nc luso pa ra «desdobla r» y «hace r de sapa re -ce r» sus t r aba jos . 4 Pero, en cua lquie r ca so , cons ide ramosque no c u i da r í a m os s u f i c i e n t e m e n t e de nos o t r o s m i s m osy de nues t r a época «ut i l i z ándolos» s in más . Si Foucaul tha de cons ide ra r se a lgún día como un c l á s i co —siquie raen e l modo de l a ausenc ia— es aún momento , t a l vez enla dirección antes señalada, de a tender a lo que en é l sedice y de insc r ib i r se en e se dec i r . En e s t e s ent ido hemose ludido l a t r ampa de los grandes adje t ivos , c l a s i f i cac ionesy va l o r a ci one s , no e n t r a ndo e n r e f u t a ci one s , a r gu m e n t os( lo que dice , l o que dicen que dice ) n i comparac iones , n ibúsquedas de un or igen ( e s to ya lo d i jo . . . ) .5 Ni un únicosent ido due rme e spe rando se r l i be rado por nues t r a genia -l idad, ni la a tención a l decir es tan des-pistada que no l ealo d icho. Cie r t amente l a l abor de e s t e ca r tógra fo de nuevo

cuño ( en expre s ión de De leuze ) no e s r e f l e j a r e l t e r r eno,pe ro nos of r ece p lanos des t inados a or i enta r se en e s t e porahora inc ipiente pensa r .

No hemos t emido por e l lo s egui r sus propia s suge ren-c ia s . El t r aba jo que of r ecemos se a r t i cula s egún los t r e se je s o ámbi tos de genea logía que Foucaul t s eña la comoposibles : e l e je saber-verdad, la praxis del poder y la re la-c ión é t ica ; 6 e je s que , a sumiendo e l t i po de conf rontac iónque los t extos f i rmados por Foucaul t t i enen cons igo mis -inos , pos ibi l i t an e l a lumbramiento de aque l lo que a su vez

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« b r i ll a p o r s u a u s e n c i a » . E n e s a m e d i d a s e f u n d a n u e s t r o

p r e s e n t e e n l a s r e g i o n e s q u e e s t a a c t i v i d a d p o t e n c i a .

«Contar» a F o u c a u l t e n e s e e s q u e m a e s n o s ó l o contar c o n

é l, s i n o a s i m i s m o dar cuenta d e l o d i c h o p a r a q u e r e t o r n e

e l d e c i r . E n e s t e n u e s t r o j u e g o , n a d a i n o c e n t e p o r c i e r t o ,

e s e n e l q u e s e e s t a b l e c e n u n a s e r i e d e e s t r a t e g i a s d e r e l a -

c i o n e s q u e f u n c i o n a n t a m b i é n c o m o u n d i s p o s i ti v o . P r e c i -s a m e n t e e s c o m o « c o n t a r » d ó n d e , e n e l c u i d a r d e n o s o -

t r o s m i s m o s , d i c h a s r e l a c i o n e s s e o f r e c e n e n s u a p e r t u r a .

L a e x i s t e n c i a c o m o a r t e y c o m o e s t il o q u e d a a ú n p o r h a -

c e r . . . p e r o s e a b r e c o n e l l o e l e s p a c i o e n e l q u e c a b e

h a c e r s e ; el e s p a c i o p a r a l o i m p e n s a d o .

NOTAS

1. «L'usage des pla isi rs», Histoire de la sexualité, vol. 2, Paris, Galli-mard, 1984, p. 14 ( t rad, cast . : México, Siglo XXI, 1986, p. 12).

2. Les mots et les choses, Paris, Gal l imard, 1966, p. 334 ( t rad, cast . :9. a éd. , Mexico, Siglo XXI, 1978, p. 314).

3. Ibid., p. 339 ( t rad. , p . 319).4. Cfr . Histoire, de la folie à l'âge classique, Parts, Pion, 1961, p. 10

(trad, cast.: t. I, 2.a éd. , México, FCE, 1976, p. 8) .5. En real idad, expl icar a lgo por su origen en otro, en lugar de contar

con ello, no pasa de ser un «contar cuentos» (Pla tón, Soph., 242c ) .6 . L os t r e s á m bi t os de ge ne a l og í a «e s t a ba n p re se n t e s de un m odo

c onfuso e n m i l i b ro Historia de la locura en la época clásica. He e s t ud i a -do e l e je de la verdad en El nacimiento de la clínica: una arqueología dela mirada clínica y en El orden del discurso. He e s t ud i a do l a p ra x i s de lpode r e n Vigilar y castigar y la relación ética en la Historia de la sexuali-

da d» (M. Foucaul t , «On the Genealogy of Ethics: An Overview of work inProgre ss» , e n Dre yfuss , H. y Ra b i now, P . , Michel Foucau lt: Beyond Struc-turalism and Hermeneutics, 2. a e d„ Ch i c a go , T he Uni ve r s i t y o f Ch i c a goPress, 1983, p. 237 ( t rad. cast , en parte en: Saber y verdad, Ma dr i d , E d i -c iones de la Piqueta , 1985, p. 185).

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L O S L Í M I T E S D E L L E N G U A J E

L a p a l a b r a y s u t r a n s g r e s i ó n

Cua ndo c om e nz a m os a e sc r i b i r , o no c o -m e nz a m os o no e sc r i b i m os: e sc r i b i r no vaj un t o c on c om i e nz o .1

E n l a p a r á f r a s i s d e u n t e x t o d e M a u r i c e B l a n c h o t

i r r u m p e el p r o p i o d e c i r d e M i c h e l F o u c a u l t c o m o d i s c u r s o :

A l l í d o n d e l a s p a l a b r a s p a r e c e n h a b e r h u i d o d e l a s c o -s a s y s e n o s p r e s e n t a n c o m o a l g o « n o r m a l » , « n a t u r a l » ,« i n m e d i a t o » . . . e x p r e s a n la f i c c i ó n d e l « m u n d o h u m a n o » ,

d e s p r e n d i d o d e l s e r ; n o s o f r e c e n m á s u n a a u s e n c i a q u eu n a p r e s e n c i a .L a s p a l a b r a s y a n o d e s i g n a n a l g o , n o e x p r e s a n a n a d i e ,

t i e n e n s u f i n e n s í m i s m a s . Y a n o e s u n « y o » q u i e n h a b l a ,e s e l l e n g u a j e q u i e n s e h a b l a , e l l e n g u a j e c o m o o b r a , yc o m o o b r a d e l l e n g u a j e . S i g n o d e r r u i d o c o m o s i g n o . H u e -l l a s d e h u e l l a s . . . s i n p r e s e n c i a . H u e l l a s q u e i n s t a u r a n— s i n o r i g e n — e l j u e g o d e l a s d i f e r e n c i a s y d e l a d i f e r e n -c i a . E s e l t i e m p o d e l a d e s p o s e s i ó n . Y d e e m p e z a r u n ae s c r i t u r a q u e , s i n e m b a r g o , y a v i e n e e s c r i b i é n d o s e .

N o p e n s a m o s , s o m o s p e n s a d o s p o r e l p e n s a m i e n t o . S o -m o s p e n s a m i e n t o s s i n n a d i e q u e l o s p i e n s e : s o m o s s i g n o s .

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No hay comienzo ni f ina l , no hay ninguna manera de ga-nar o perder.

¿Cómo dar con la presencia de un sent ido? ¿En quélugar? ¿Es la desconstrucc ión de l sent ido , la desconstruc-ción del sistema?.. .

La irrupción es del «yo hablo» que deja surgir su em-plazamiento vacío. Lejos así del yo pienso.. .

¿Cómo leer la ausencia del libro?

En e s t e c l ima y e s t e contexto ha de encuadra r se e secamino que en Foucaul t ha s ido acotado por a lgunoscomo una empresa «de l a l i t e r a tura a l a l i t e r a tura», en unp r oc e s o de f i n i do y c r uz a do po r unos nom br e s ( C l a udeOl l i e r , Roge r Lapor te , Ju le s Ve rne , Raymond Rousse l , Ro-l and Ba r thes , Maur ice Blanchot , Gus tave Flaube r t , Émi leArtaud, Georges Bata i l le , Pierre Klossovski , Franz Kafka,e l Marqués de Sade , Robbe -Gr i l l e t , S téphane Ma l l a rmé ,

Jorge Luis Borges , Fr iedr ich Hölder l in. . . ) , en una l is ta s in«orden» ni «pr ior idades», s in «autores» ni «obras».Todo e l lo marcado por l a pé rdida , a pa r t i r de l s ig lo

xvri , del ser del lenguaje en su enigmatic idad, en su uni-formidad con l a s cosas . Sólo e l abandono de su evoluc ión«signif ica t iva», a f in de re integrar lo en su puesto en e lmundo pa ra que logre s e r una ent idad ent r e o t r a s , podrárecupe ra r e l e spac io pe rdido. La expec ta t iva s e abre cone l umbra l de exi s t enc ia de lo que r igurosamente puededenominarse «l i tera tura». Foucaul t lo s i túa a f inales dels iglo XVIl i , «c ua ndo a pa r e c e un l e ngua j e que c ons um e e n

su r e l ámpago todo ot ro l engua je , hac iendo nace r una f i -gura oscura pe ro dom inad ora en la que jueg an l a mu e r t e ,e l espejo, la imagen, e l cabr i l leo a l inf ini to de las pala-bra s» .2 Dicha expec ta t iva coinc ide , aproximadamente , cone l momento en e l que «e l l engua je ha l l egado a s e r lo quees ahora pa ra nosot ros , e s dec i r , l i t e r a tura». 3

El lo no expre sa s ino l a gr i e t a en l a que se suspendenpreocupac iones que pos ibi l i t an l a confecc ión de l i s t a s he -t e rogéneas acogedora s de d ive r sos campos . Nos s i tuamossenc i l l amente ante una c i e r t a incapac idad y desprotecc iónde l l engua je pa ra mantene r c i e r to t ipo de f igura s y pe r -

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manece r en e l l a s , con l a cons iguiente s educc ión de «cede rl a pa labra» a sus formas ext r emas , encuadradas en e lm a r c o s e ña l a do po r l o s nom br e s da dos .

Ante e s t a impotenc ia , t a l vez no queda s ino «reconoce run día l a sobe ranía de e sa s expe r i enc ia s , y t r a t a r de aco-ge r l a s : no se t r a t a r í a de l ibe ra r su ve rdad —pre tens ión

i r r i sor i a , a propós i to de e sa s pa labra s que son pa ra noso-tros l ímites—, s ino de , a l f in, l iberar a par t i r de e l lasnues t ro l engua je . Se r í a suf i c i ente hoy con pregunta rnoscuá l e s e se l engua je no di scur s ivo que se obs t ina y s erompe desde hace dos s ig los 4 en nues t r a cul tura , de dón-de proviene e se l engua je que no e s acabado, n i s in luga r adudas dueño de s í» .5

El f i lósofo queda envue l to por e l hecho de no habi t a rl a to t a l idad de su l engua je como un dios s ec re to y todo-pa r l ante . Descubre que hay, a su l ado, un l engua je quehabla y de l que no e s dueño. . . y sobre todo que inc luso é l

en e l momento de hace r lo no se ha l l a s i empre en e l i n t e -r ior de su l engua je de l a misma mane ra —expres ión de suesc i s ión—.

Nos topamos de e s t e modo con e l l ími t e de d icho l en-gua je que des igna su « l ínea de e spuma», dada l a impos i -bi l idad de añadi r l e impunemente l a pa labra que sobrepa -sa ra todas l a s pa labra s colocándose en l a s f ronte ra s detodo lo dec ible . Se d ibuja a s í una expe r i enc ia s ingula r : l ade l a t r ansgre s ión, como ges to que conc ie rne a e se l ími t e .

No quedan, por t anto , l a s pue r t a s ce r r adas a todo l en-gua je . De ahí que ante e l i n t e r rogante de s i s e r í a una gran

ayuda seña la r , por ana logía , que habr í a de encont r a r sepa ra lo nega t ivo un l engua je que se r í a lo que l a d i a l éc t i caha s ido pa ra l a cont r adicc ión, Foucaul t e s t ima que «esme jor , s in duda , in t enta r habla r de e s t a expe r i enc ia y ha -ce r l a habla r en e l vac ío mismo de l de s fa l l ec imiento de sulengua je , a l l í donde prec i samente l a s pa labra s l e f a l t an ,donde e l su je to que habla v iene a de svanece r se». 6 De estemodo no sólo no se muere y s e p ie rde e l l engua je s inoque, por e l con trar io , se intr od uce la exp er iencia f ilosóf icaen é l y a t ravés de es te movimiento se dice lo que nopuede ser dicho: as í se da la exper iencia del l ímite . «Qui-



zás la fi losofía contemporánea ha inaugurado, descu-br i endo l a pos ib i l i dad de una a f i rmación no pos i t i va , unad i s locac ión cuyo ún i co equ iva l en t e se encont ra r í a en l adist inción hecha por Kant del "nihi l negat ivum" y del "ni -hi l prívat ivum", dist inción que como se sabe abre el cami-no del pensamiento crí t ico. Esta fi losofía de la afi rmaciónno posi t iva, es deci r , de experiencia del límite, es, en míop in ión , l a que B lanchot ha def in ido median t e e l p r i nc i -pio de contestación. No se t rata al l í de una negación ge-nera l i zada s i no de una a f i rmación que no a f i rma nada : enp l ena rup tura de t rans i t i v idad . La con testación no es eles fuerzo de l pensamien to para negar ex i s t enc i as o va lo -res, sino el gesto que reconduce a cada una de el las a susl ími tes, y mediante el lo al l ími te en que "se cumple" ladecisión ontológica; contestar es i r hasta el corazón vacíodonde el ser alcanza su l ími te y donde el l ími te define alser.» 7

Es es t a perspec t i va p rec i samente en l a que Foucau l tl l ega a hab l a r , a par t i r de l os fenómenos de au topresen t a -ción del lenguaje, de una « ontolog ía de la literatura» , dadala presencia repet ida de la palabra en la escri tura, lo queconf i e re a una obra un es t a tu to on to lóg i co . 8 Se t ra t a delograr, en concreto, una perspect iva inédi ta de lo real me-d i an t e un nuevo e j e rc i c io de descr ipc ión , ahora minuc io-sa, objet iva y «cosista»,9 «La "descripción" aquí no es re-p roducc ión s i no más b i en desc i f ramien to : empresa me-t i cu losa para desenmascarar esa maraña de l engua j es d i -versos que son l as cosas , para reponer cada una en sulugar na tu ra l y hacer de l l i b ro e l emplazamien to b l ancodonde t odas , t ras descr ipc ión , puedan reencont ra r un es -pacio un iversal de inscripción. Y está sin dud a ahí el serdel l ibro, el objeto y lugar de la l i teratura.» 10

Es en el espacio donde el lenguaje se desplega y desl i -za sobre s í m i smo, donde de t e rmina sus e l ecc iones y d i -buja sus figuras y t raslaciones, aquel lo en lo que nos esdado y v i ene has t a noso t ros , l o que hace que hab l e . Ya noes , como para B lanchot , «escr i b i r para no mor i r» . Es e l«hab l a r para no mor i r» . S igue hab i endo , con t odo , unainstancia, no sólo al espacio, sino asimismo al lugar.

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«Hoy el espacio del lenguaje no es definido por la Retóri -ca, sino por la Bibl ioteca, mediante el parapeto al infini tode l os l engua j es f ragmentar i os .»" Se recobra as í , i nespe-rada y mater i a lmente , e l pun to c i ego de l que nos v i enenl as cosas y l as pa l abras en e l momento en e l que van a su

lugar de reencuen t ro .El lenguaje queda, de este modo, «cosi ficado», mien-t ras las cosas son, de nuevo, texto. «Se t rata, por t rasmu-t ac ión (y no só lo por t ransformación) , de hacer aparecerun nuevo estado fi losofal de la materia del lenguaje; estees t ado i nsó l i t o , es t e meta l i ncandescen t e fuera de l o r i geny de l a comunicac ión es en tonces "par t e de l " l engua j e yno "un" l engua j e , aunque fuese excén t r i co , dob l ado , i ron i -zado.» 12 Lejos, pues, de toda míst ica del texto. «Por elcon t ra r i o , t odo e l esfuerzo consiste en mater i a l i za r e l p l a -cer del texto; en hacer de él un objeto de placer comocualqu i e r o t ro .» 13

La experiencia del l ími te y el permanecer en él sin de-f raudar n i abandonar e l l engua j e —la t ransgres ión— noes, por tanto, un proceso de «espi ri tual ización inte-riorizante» que conduzca a un éxtasis si lencioso ante loinexpresab l e . «De hecho , e l acon t ec imien to que hace na-cer l o que en sen t i do es t r i c t o se en t i ende por " l i t e ra tu ra"no es de l o rden de l a i n t e r i o r i zac ión más que para unamirada superficial ; se t rata más bien de un paso al "exte-rior": el lenguaje escapa. . . a la dinast ía de la repre-sen t ac ión .»14

El acceso a l a ep idermi s supone l a pos i c ión en e l ám-

bi to en el que lo que se dice queda como d i cho , con unacontundenc i a y pers i s t enc i a t a l es que i nc luso l o no d i chose hace pa t en t e en ese dec i r . Se t ra t a de l o que B ar thes hacal i ficado como «el paraíso de las palabras»: todos los sig-ni fic ante s está n al l í pe ro nin gu no alcanza su finalidad(una suer t e de f ranc i scan i smo convoca a t odas l as pa l a -bras a hacerse pa t en t es , darse p r i sa y vo lver a i r se i nme-d i a t amente) . 1 5

Ser í a e r róneo , con t odo , cons iderar que se t ra t a de i n -teriorizar lo exterior, de reconducirlo al interior. No escues t i ón de buscar una conf i rmación , s i no una ex t remi -



fo rmac iones a ese mismo n ive l y en ese momento latransgresión será más bien una f idelidad. En este sentido,camina hac ia lo impensado , que es l a aper tu ra misma de lpensamien to , un camino «s in té rmino n i p romesa» . Set ra ta rá de un pensar no «verdadero» , s ino « jus to» (pensarjus tamente lo que ha de pensarse , lo que «puede» pensar -

se ) : mantener e l pensamien to a una d i s tanc ia adecuadarespec to a lo impensado . Hacer lo ven i r median te un p ro-ceso regular y posibil i tar su emergencia. «No puede pen-sa rse , r econocerse y p res ta r le pa labras s ino una vez queha ven ido e l d ía p lenamente y la noche ha re to rnado a suincer t idumbre . De manera que no podemos pensar másque es ta d i spos ic ión —pas ión de nues t ra es tup idez—: nopensamos todav ía .» 23

F o u c a u l t y l a s o s p e c h a

La decisión de Foucault es ahora clara. Se trata dellevar al l ímite las posibil idades del pensamiento, de resol-ver los problemas desde el interior .2 4 No es suficiente, portanto, con analizar las condiciones de posibil idad de nues-tro pensamiento. No es suficiente con aceptar lo dado,lo inmedia to , como a lgo «na tu ra l» . Concre tamente , no essuficiente siquiera con «pensar». «Foucault considera quela pregunta tradicional "¿Qué es pensar?" ha sido sust i tui-da por la pregunta "¿Qué es hablar?".» 2 5 Se trata de mos-trar , más que de decir . 2 6 El objet ivo no será que surja loque pensamos , s ino que se c reen las cond ic iones para quesea posible pensar otra cosa. Ello obliga a producir efec-tos y , como veremos , és tos se p roducen p rec i samente enla superficie . El objet ivo queda así bien perf i lado: «a labúsqueda de lo super f ic ia l : en un espac io de p royecc ións in p rofund idad» . 2 7 Sólo de este modo es posible percibir .

Será preciso ver en qué medida una opción por la lo-ca l izac ión e l imina toda p rofund idad y todo desa r ro l lo . Di -rigirse a esa región en la que las «cosas» y las «palabras»no es tán aún separadas , a l l í donde todav ía se pe r tenecen ,a n ive l de l l engua je , manera de ver y manera de dec i r .

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Será necesario cuestionar la distr ibución originaria de lovisible, en la medida en que está l igada a la división delo que enuncia y de lo que calla; entonces aparecerán en unafigura única las ar t iculaciones de los lenguajes y de susobjetos. Hará fal ta dar con este espacio l leno, en el huecodel cual el lenguaje toma su volumen y su medida. 2 8

Foucau l t busca de es te modo « in t roduc i r e l l engua jeen es ta penumbra en la que la mi rada no t i ene pa labras .Descubr i r no se rá l ee r ba jo un desorden una coherenc iaesencial , s ino l levar algo más lejos la l ínea de la espumade l l engua je , hacer le morder esa reg ión de a rena que es táaún abierta a la clar idad de la percepción, pero que no loestá ya a la palabra familiar». 29 Las d i s tanc ias ab ie r tasan te r io rmente pa ra mantenernos en e l f i lo de la g r ie ta de llengua je nos conducen a un «más a l lá» p resen te en susuperficie . Ya no es suficiente siquiera con verlo, ni s i-quiera con escucharlo. Cobra con el lo vigencia aquello enlo que se convierte la f i losofía hegeliana, «en la fórmulade la general obligación de no ser ingenuo». 3 0

La atención es, así , una suerte de tensión que insta ahacer la experiencia y a no dejarse prender por la insis-tencia de las hipótesis , di luyendo toda obstinación e im-perm eab il idad que nos instalaría en la f icción.31

De este modo, Foucault ha sido encuadrado en la hete-rogénea l is ta heredera de la era del recelo, con una sim-bó l ica re fe renc ia de l imi tada por e l t r i ángu lo Marx-Nie tz -sche-Freud , y que han ven ido a denominarse «a r t i s tas dela susp icac ia» y «maes t ros de la sospecha» , conf igurado-res de la de ten tac ión de fuerzas (b ien sea soc ioeconómi-cas , b ioqu ímicas o ax io lóg icas ) que p roducen e fec tos desuperficie . Si bien a lo largo del texto emergerán, s iquierapun tua lmente , l a s conex iones y las d i s tanc ias de Foucau l trespec to a es tos au to res , conv iene des tacar , desde unpr inc ip io , lo espec ia l de es tas re lac iones aparen tementesub te r ráneas . Bas te con seña la r , a modo i lus t ra t ivo , e lfunc ionamien to de e l los en su t raba jo .

La s ingu la r p resenc ia de Marx : «Hay también por mipar te una espec ie de juego . A me nud o c i to concep tos , f ra -ses , t ex tos de Marx , pe ro s in sen t i rme ob l igado a ad jun ta r

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l a pequeña pieza autent i f i c adora que cons i s t e en hace runa c i t a de Marx, pone r cuidadosamente l a r e f e renc ia apie de página y acompaña r l a c i t a con una r e f l exión e lo-giosa . Por medio de e s to , uno e s cons ide rado como a l -guien que conoce a Marx, que r e spe ta a Marx y que seve rá honrado por l a s r evi s t a s "marxi s t a s " . Ci to a Marx s indec i r lo , s in pone r comi l l a s , y , como no son capaces dereconoce r los t extos de Marx, pa so por aque l que no c i t aa Marx. ¿Acaso un f í s i co , cuando hace f í s i ca , expe r imentala necesidad de c i tar a Newton o a Einste in? Los ut i l iza ,pe ro no t i ene neces idad de comi l l a s , nota s a p i e de páginao aprobac ión e logiosa que mues t r e ha s t a qué punto e s f i e la l pensamiento de l Maes t ro». 3 2

La decidida ut i l ización de Nietzsche: «Yo, a la genteque quie ro , l a u t i l i zo . La única s eña l de agradec imientoque s e pue de t e s t i m on i a r a un pe ns a m i e n t o c om o e l deNie tz sche e s prec i samente u t i l i z a r lo , de formar lo , hace r lochi r r i a r , gr i t a r . Que los comentadore s d igan que uno e s ono f i e l no t i ene n ingún in te ré s» . 3 3

Y e l dec i s ivo pape l de Freud en e l t ema que nos ocupa :«C om pr e nd i ó m e j o r que na d i e que l a f a n t a s m a gor í a de lsueño e scondía aún más que lo que mos t r aba y no e ras i no un c om pr om i s o pob l a do po r c om pl e t o de c on t r a d i c -c iones».3 4

Cie r t amente , « l a s i tuac ión que se ha c r eado hoy a l l en-guaje implica es t 'a doble posibi l idad, es ta doble sol ic i ta-c ión, e s t a doble urgenc ia : por un l ado, pur i f i ca r e l d i s cur -so de sus excrecencias , l iquidar los ídolos , i r de la ebr iedada l a sobr i edad, hace r de una vez e l ba lance de nues t r a

pobreza ; por o t ro , usa r e l movimiento más nihi l i s t a , másdes t ruc tor , más i conoc la s t a , pa ra de ja r habla r lo que unavez , lo que cada vez se d i jo cuando e l s ent ido apa rec ió denuevo, cuando e l s ent ido e ra p leno; l a he rmenéut i ca mepa rece movida por e s t a doble mot ivac ión: voluntad desospe cha y voluntad de e scu cha». 3 5

El lo nos conduce , en una pr imera ins t anc ia , a l a «de -cons t rucc ión» de l a forma conc re ta de l a ins t i tuc iona l i za -c ión de los va lore s , «decons t ru i r» l a s moda l idades de co-noc i m i e n t o dom i na n t e s m e d i a n t e — c om o m á s a de l a n t e

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seña la remos— la pues ta ent r e pa rénte s i s me tódica de losp r e s upue s t o s y ve r da de s c om únm e n t e a c e p t a dos y s u s u s -t i tuc ión por una inves t igac ión de l a h i s tor i a e f ec t iva dela s condic iones de su emergenc ia . Sospecha r pa ra c r ea rcondic iones que pos ibi l i t en e l a cceso a l a pa labra de ins -tancias s i lenciosas y s i lenciadas . «"Deconstruir" la f i loso-

f í a s e r í a a s í pensa r l a genea logía e s t ruc turada de sus con-ceptos de l a mane ra más f i e l , más in t e r ior , pe ro a l mismotiempo, desde un c ier to exter ior incal i f icable por e l la , in-nombrable , de te rmina r lo que e s t a h i s tor i a ha podido di -s imula r o prohibi r , hac iéndose h i s tor i a por e s t a r epre s ióninte re sada en a lguna pa r t e .» 3 6 (Con la salv ed ad de qu e 1(5« i nnom br a b l e » — a qu í — pue de e nc on t r a r l a s c ond i c i one spa ra su pre senc ia en e l l engua je y hace r que e sa «a lgunapa r t e» se evidenc iae , como e spac io de un di scur so . )

Sospecha r e s , por t anto , «decons t ru i r» l a r epre senta -c ión, l a s a s tuc ia s de lo Mismo, buscando mediante una

labor cont rolada «i r no sólo cont r a e l pre sente , s ino con-tra la ley del presente», 3 7 no sólo cont r a lo que se mani -f ies ta como «todo y lo autént ico» que hay, s ino contra loque impos ibi l i t a que emer ja « lo r ea l» .

La «decons t rucc ión» se pre senta a s í como pensamien-to d i f e renc ia l i s t a . Prec i samente —como ve remos más ade -l ante— la a rqueología en Foucaul t «no t i ene como pro-yec to sobrepasa r l a s d i f e r enc ia s , s ino ana l i za r l a s , dec i r enqué cons i s t en exac tamente , d i f e r enc ia r l a s» . 38 De nuevo l adesc r ipc ión e s de sc i f r amiento , e l a r t e de i lumina r l a s su-pe r f i c i e s . Pos ibi l i t a r l a d i f e r enc ia e s , en e s t a misma medi -da , l a c r eac ión- rec reac ión de l a s condic iones pa ra con-t empla r l a en su d i f e renc ia r . El obje t ivo no e s cent r a r l a n is i s t ema t i za r l a , s ino desplega r una di spe r s ión. No hay t a ls i s t ema único de d i f e renc ia s n i unos e j e s absolutos de r e -f e renc ia , s ino un mero despa r r amamiento . Se t r a t a de ha -cer l a s d i f e r enc ia s , cons t i tu i r l a s como obje tos , ana l i za r l a sy de f in i r su concepto . Se produce a s í en Foucaul t e l c rucede los temas tópicos de la f i losof ía de su t iempo con losprocedimientos que l a l i t e r a tura descubre en su seno. 3 9

Con e l lo , no damos , por f in , con l a de f in i t iva r e spues ta—queda por ve r en qué medida no l a hay— que nos s i túa

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en l a t i e r ra p romet ida de l as pa l abras . Es p rec i so i nc lusosospechar de l a sospecha mi sma. «El vac ío de l a ev iden-cia, la ficción de lo verdadero, la dupl icidad de lo único,el alejamiento de la presencia, la carencia del ser. . . esto espoco , es necesar io sospechar de l a sospecha» 4 0 a fin de nocaer en l a fe segunda de l hermeneut a , « fe razonab l e ,

pues to que i n t e rpre t a , pero fe , porque busca , por l a i n t e r -p re t ac ión , una segunda i ngenuidad» . 41

Resul t a p rob l emát i ca , con t odo , l a l ec tu ra de l os e fec-t os de l a «decons t rucc ión» desde una perspec t i va no cons-t ruc t i va . Concre t amente , parece c l a ro que se t ra t a de ad-ver t i r e l p roceso de recons t rucc ión que e l l o supone . «De-cons t ru i r» l a f i l osof í a nos conduce —como ya hemosseña l ado con an t e r i o r i dad— a pensar l a genea log í a es -t ruc tu rada de sus concep tos . Se t ra t a r í a de ver en quémedida esa «decons t rucc ión» es una des t ruc tu rac ión . 4 2

No cabe s i no i nscr i b i r es t a sospecha en l a perspec t i va

de un p royec to on to lóg i co , cuyo a l cance puede se r d i scu-t i do pero cuya d imens ión resu l t a i nnegab l e . En def in i t i va ,se t ra t a de ensanchar ese marco den t ro de l o que l o rea les t o l e rab l e , como expres ión de pos ib i l i dad e fec t i va . Hayuna i ns t anc i a a hacer emerger —no, aparecer— lo rea l .

No fa l t an qu i enes han l e ído es t a d imens ión i ns i s t i endoen que la act i tud «ontológica» de «la fi losofía de la sospe-cha» resu l t a pa t en t e por cuan to «e l s i gn i f i cado de l a con-c i enc i a se conf igura como un mero "produc to" de l ameta-conc i enc i a , o sea , como ideo log í a» . 43 Desde su pun-to de v i s t a , fuerzas i nconsc i en t es en rec íp roca d i a l éc t i cacon l a conc i enc i a l a conf iguran como ins t rumento para

ocu l t a r e l pensamien to . La rea l i dad no es t á por e l l o dada ,s i no cons t ru ida , p roduc ida ; has t a e l pun to de que l a rea l i -dad exper imenta l es t an to dada como produc ida y e l s i g -n i f i cado de l se r dado es t á en e l se r p roduc ido . E l fenóme-no es conceb ido como un produc to on to lóg i co de o t ra«real idad», por lo que no cabe la neutral idad. Así , el pen-samiento no se l imi ta a «revelar» el ser, sino que «vela» else r . Por cons igu i en t e , no es su f i c i en t e con p l an t ear e l p ro-b l ema en t é rminos de se r -pensamien to , s i no que ha dehab l a rse de i nconsc i en t e -consc i en t e , desconoc ido-most ra -

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do . De ah í que a l a concepc ión de l saber como «reve l a -c ión» ha de oponerse e l saber como « ideo log í a» , con l oque l a t eor í a de l a verdad se t ransforma en t eor í a de l ai deo log i zac ión .4 4

H a y , s i n e m b a r g o , o t r a s p r e o c u p a c i o n e s n o m e n o s«onto lóg i cas» y que responder í an más a l as p rop i as c l aves

de Foucau l t . «E l pun to de rup tura sobrev ino e l d í a en queLévi -S t rauss , en cuan to a t añe a l a soc i edad , y Lacan , porcuan to conc i e rne a l i nconsc i en t e , most ra ron que e l "sen t i -do" no e ra p robab l emente s i no una espec i e de e fec to desuperf i c i e , una cen t e l l a , una espuma; pero l o que a t rave-saba p rofundamente , l o que ex i s t í a p r imar i amente , l o quese sostenía en el t iempo y en el espacio, era el "siste-ma" .» 45 Queda as í per f i l ada t oda fo rma de saber comoproduc to de una es t ruc tu ra i nconsc i en t e y he t e rogénea .Se t ra t a rá de ver en qué medida l a i ns t anc i a de l s i s t emajuega as imi smo como espuma, en un e fec to superf i c i a l , yaque t a l vez l a sospecha nos i nduzca p rec i samente a hacerde l s i s t ema espuma, a i ncorporar su l engua j e a l a superf i -c i e median t e l a hab i l i t ac ión de l marco adecuado def in idopor e l hecho de pos ib i l i t a r su enunc i ac ión .

La e l aborac ión por Freud de l a ca t egor í a hermenéut i -ca de «s ín toma» («no es e l sueño soñado l o que puede se rinterpretado, sino el texto del relato del sueño [. . . ] de nin-gún modo es el deseo como tal lo que se hal la en el cen-t ro de l aná l i s i s , s i no su l engua j e») 46 nos s i t úa cuan to me-nos an t e una re fe renc i a «c l ás i ca» para encuandrar e lasun to , ya que nos remi t e a l p rob l ema de l a i n t e rpre t a -c ión .47 Ello reabre la grieta de la distancia ent re el texto ylo que acon t ece y nos ob l i ga a s i t uarnos en e l l ím i t e cuyae x p e r i e n c i a v e n d r á a s u m i d a p o r u n d i s c u r s o . E l p r o b l e m aya no es t an to s i d i cho d i scurso p rec i sa se r i n t e rpre t ados ino s i puede se r l o . Quizás su mater i a l i dad nos impongas implemente hab l a r y escr i b i r de é l . Pero , an t e e l p ro t a -gon i smo de l t ex to , ¿por qué no i n t e rpre t a r? y , además ,¿cómo hab l a r s i n hacer lo?

La pregunta nos remi t e ahora a l a emergenc i a : ¿Dequé modo v i ene l a pa l abra a l d i scurso? ¿Cómo l l ega e ldeseo? «¿Cómo f rus t ra e l deseo a l a pa l abra y a su vez



f racasa é l m i smo en su i n t en to de hab l a r?» 4 8 Hay en t odoe l l o un se r i o es fuerzo por « recuperar l a l óg i ca de l re inoi l óg i co» , por l i bera r l a conc i enc i a median t e una adecuadatoma de conc i enc i a , por es t ab l ecer una nueva re l ac ión en-t re lo patente y lo latente. . . con lo que el problema noss i t úa an t e una exéges i s de l sen t i do , un desc i f ramien to y ,

de nuevo , una i n t epre t ac ión ; requer ida , en def in i t i va , poruna expres ión l i ngü í s t i ca «de dob l e sen t i do» 4 9 que nos co-loca en un espac io s imból i co .

No es , s i n embargo , e l ob j e t i vo p r imar io de Foucau l tuna l abor hermenéut i ca de desc i f ramien to (por o t ra par -t e , a t odas l uces necesar i a ) , n i s i qu i e ra l a emergenc i a desen t i do : « . . . l o que para mí e ra impor t an t e y quer í a ana l i -zar e ra , más que l a apar i c ión de l sen t i do en e l l engua j e ,l os modos de func ionamien to de l os razonamien tos en e li n t e r i o r de una cu l t u ra de t e rminada : ¿Cómo es pos ib l eq u e u n r a z o n a m i e n t o p u e d a f u n c i o n a r e n d e t e r m i n a d oper íodo como pa to lóg i co y en o t ro como l i t e ra r i o? Lo quem e i n t e r e s a b a e r a e l f u n c i o n a m i e n t o d e l r a z o n a m i e n t o ,no su s i gn i f i cac ión» .5 0 La vo lun t ad de sospecha y l a vo-lun t ad de escucha son ahora desc i f ramien to y d i agnós-t ico.

Hay , en e l p royec to de Foucau l t , por cons igu i en t e , unaopc ión por una suer t e de e tno log í a , ana l i zando l as condi -c iones fo rmales , y e l func ionamien to de l os razonamien-tos en l a cu l t u ra . No l e es su f i c i en t e con encont ra rse an t ee l l os y acep t a r su p repo t en t e p resenc i a . La c r í t i ca es aho-ra una p regunt a por su surg imien to , una cues t i ón acercade l a p rofundidad de l os s i gnos , «s i empre que no en t en-

d i é ramos por es to i n t e r i o r i dad , s i no , por e l con t ra r i o , ex-t e r i o r i dad , secre to abso lu t amente superf i c i a l» . 5 ' Su sospe-cha t i ene , por t an to , l a «profundidad» de l os p rob l emassuperf i c i a l es y a fec t a con una rad i ca l i dad que h i e re d i rec-t amente a l o rea l . Es una sospecha acerca de l a regu l a r i -dad y su func ionamien to , que i nduce a hab l a r .

F.—Además, al analizar las condiciones de nuestra ra-cionalidad juzgo nuestro lenguaje, mi lenguaje, analizan-do la manera cómo ha podido surg ir .

24

C.—En una palabra, usted hace una etnología de nues-tra cultura.

F.—O, al menos, de nuestra racionalidad, de nuestro«razonar».52

NOTAS

1. Blanchot, Maurice, «L'absence du livre» , L'Ephémère, 10 ( trad .cast. : Buenos Aires, Caldén, 1973, 67 pp., p . 30) .

2 . Foucault, Michel, «Le langage à l ' inf in i» . Tel Quel, 1 5 , o to ñ o(1963) , 52 .

3. Ibid., 48 .4 . Fo u cau l t co n s id er a q u e « es ta imp o s ib i l id ad n o s v ien e d e la ap er tu -

r a p r ac t icad a p o r K an t en la f i lo so f ía o cc id en ta l , e l d ía en e l q u e a r t icu -ló , de modo aú n b ien enigmá tico , el d isc urso me tañ 's ico y la reflexiónso b r e lo s l ími tes d e n u es t r a r azó n . Ta l ap er tu r a h a te r min ad o K an t p o ren cer r a r la en la cu es t ió n an t r o p o ló g ica a la q u e , a f in d e cu en tas , h a

refer ido toda cuestió n cr ítica» , ibíd., 7 5 7 . ( En e l mo men to d e h acer es taco n s id er ac ió n Fo u cau l t t r ab a jab a en la t r ad u cc ió n d e K an t , I . , Anthropo-logie du point de vue pragmatique, Paris , J . Vrin , 1964, 176 pp.)

5 . Fo u cau l t , M . , « P r éf ace à la t r an sg r es s io n » ( en H o m ma g e à G eo r -ges Bataille) , Critique, 1 9 5 -1 9 6 , ag o s to - sep t iemb r e ( 1 9 6 3 ) , 7 5 8 .

6. Ibíd. ,759.7. Ibíd., 7 5 6 .8 . Cfr . Foucault, M., «Le langage à l ' inf in i» , a.c. , 46 . Se ha trabajado,

s in emb ar g o , más en u n a p er sp ec t iv a d e g en ea lo g ía q u e o lv id a , p o r mo -men to s , e l a lcan ce d e es te p r o y ec to . C f r . P r e te , A n to n io , « Per u n a g en ea-logía della letteratura» , Aut Aut, 167-168, 245 pp., 175-187.

9 . La p r o p u es ta co in c id e co n la d e R o b b e- G r i l le t , Pour un NouveauRoman, Par ís , G a l l imar d , 1 9 6 3 . A l l í s e s eñ a lan co mo su p er ad o s e l Per so -naje (cf r . p . 36) , la Histor ia (cf r . p . 37) , el Compromiso (cfr . p . 46) y la

Fo r ma y C o n ten id o ( c f r . p . 5 1 ) ; su p er ac ió n cu y a in f lu en c ia en M ich e lFo u cau l t e s ev id en temen te d ec is iv a . Fo u cau l t man i f es ta d ich a in f lu en c iaen « D is tan ce , asp ec t , o r ig in e» ( d ed icad o a R o b b e- G r i l le t ) , Critique, 198,n o v iemb r e ( 1 9 6 3 ) , 9 3 1 - 9 4 6 .

10. Foucault, M., «Le langage de l 'espace», Critique, 203, abr il (1964) ,382.

11. Foucault, M., «Le langage à l ' inf in i» , a.c. , 44 .1 2 . B ar th es , R o lan d , Le plaisir du texte, Paris , Seuil, 1973 ( trad . cast. :

Madrid , Sig lo XXI, 1974, 85 pp., p . 43) .13. Ibíd., p. 75 .1 4. Fo u cau l t , M . , « La p en sée d u d eh o r s» , en « À M au r ice B lan ch o t» ,

Critique, 229, junio (1966) , 524.15. Bar thes, R., El placer del texto, o.c. , cf r . pp . 15-16.

2.S



16. Foucaul t , M. , «La pensée du dehors», a .c . , 528.17 . Fouc a u l t , M. , «L a m é t a m orphose e t l e l a byr i n t he » , La Nouvelle

Revue Française, 124, 1 de abri l (1963), 638.18. Es interesante a l respecto recordar e l excelente estudio de Hegel

sobre «lo interior» en la Fenome nología del espíritu, 2. a r e i m p . , Mé x i c o ,FCE, 1973, 484 pp. , cfr . pp. 88 ss.

19. Foucaul t , M. , Raymond Roussel, Paris, Gal l imard, 1963, p. 19(t rad, cast . : Buenos Aires! Siglo XXI, 1973, p. 20).

20. Foucaul t , M. , «La métamorphose e t le labyrinthe», a .c . , 638.21 . Fouc a u l t , M. , Les m ois et le.s choses, Paris, Gal l imard, 1966,

p. 317 ( t rad, cast . : 9 ." éd. , México, Siglo XXI, 1978, 375 pp. , pp. 297-298).

22 . Ibid., p. 59 ( t rad. , p . 52).23. Fouca ul t , M. , «Guet ter le jour qui vient», La Nouvelle Revue Fran-

çaise, 130, 1 de octu bre (1963), 711.24. Proyecto que, cuanto menos como ta l , se si túa en l ínea con e l

m é t odo i n t e rno he ge l i a no .25 . Ca ngu i l he m , Ge orge s , «Mor t de l ' hom m e ou é pu i se m e n t du c og i -

to?», Critique, 242, jul io (1967) ( t rad. cast , en: Análisis de Michel Fou-cault, Bue no s Ai res , T i e m po Con t e m porá ne o , 1970, p . 125) .

26 . Fouc a u l t m a rc a a s í sus d i s t a nc i a s r e spe c t o a l a c onf i gu ra c i ón del os p l a n t e a m i e n t os de De l e uz e , r e a l i z a da m á s de sde l a pe r spe c t i va de l

pensar: «Pensar ni consuela ni hace fe l iz». Foucaul t , M. , «Théatrum ph i -l osoph i c um », Critique, 282, noviembre (1970), 904 ( t rad, cast . : Barcelo-na, Ana gram a, 1972, 41). Sin emb argo , «hablar es hace r a lgo, a lgod i s t i n t o a e xpre sa r l o que se p i e nsa » . Fouc a u l t , M. , L'arquéologie du sa-voir, Paris, Ga l l imard, 1969, p. 272 ( t rad, cast . : 5 ." éd. , México, S igloXXI, 1978, 355 pp. , p. 351).

27. Foucaul t , M. , Naissance de la clinique. Une archéologie d u regardmédical, Paris, PUF, 1963, p. 4 ( t rad, cast . : 4 ." éd. , México, Siglo XXI,1978, 293 pp. , p. 20).

28 . Ibid., p. VII ( t rad. , p . 4) .29 . Ibid., pp. 240-241 ( t rad. , p . 173).30 . Adorno , T . W . , Tres estudios sobre Hegel, 2 ." é d . , Ma dr i d , T a urus ,

1974, 195 pp. , pp. 89-90.31. Aristóte les, Metafísica, 1, 1082 b3.32. Foucaul t , M. , «Entre t ien sur la prison: le l ivre e t sa méthode», Le

Magazine Littéraire, 101, junio (1975), 58 pp. , 27-33 ( t rad. cast , en: Micro-física del poder, Ma dr i d , L a s E d i c i one s de L a P i que t a , 1978 , 189 pp . ,pp. 100-101).

33 . Ibid., 27-33 ( t rad. , pp. 100-101).34 . Fouc a u l t , M. , In t roduc c i ón y no t a s , e n B i nswa ge r , L udwi g , Le

rêve et l'existence, Brujas, Desclée de Brouwer, 1945, 193 pp. , p. 123.35. Ricoeur, Paul , De l'interprétation. Essai sur Freud, Paris, Seui l ,

1965 ( t rad. cast , en: Freud: una interpreta ción de la cultura, 4. a éd. , Méxi-co, Siglo XXI, 1978, 483 pp. , p. 28).

36 . De r r i da , J . , « Im pl i c a t i ons» ( e n t r e v i s t a c on He nr i Ronse ) , Les Let-tres Françaises, 1.211, 6-12 de dic iembre (1976); y en Positions, Pa r i s ,

10 0

Minui t , 1972, p. 15 ( t rad. cast . en: Posiciones, Valencia , Pre-Textos, 1977,p. 12).

37. Foucaul t , M. , «Au delà du bien e t du mal» (declaraciones recogi-da s po r M. A. Burn i e r y Ph i l i ppe Gra i ne ) , Actuel, 14, noviembre (1971)(t rad. cast . en: Conversac iones con los radicales, Ba rc e l ona , Ka i rós , 1975 ,173 pp., p. 44; y en Microfïsica del poder, o.c . , p . 44).

38. Foucaul t , M. , L'archéologie du savoir, o.c . , p . 223 ( t rad. , p . 287).Cf r . a s i m i sm o Fou c a u l t , Mi c ha e l, «T hé a t rum Ph i l osoph i c um », a . c . , 889 :

cómo no reconocer en Hegel e l f i lósofo de las di ferencias más gran-de s f r e n t e a L e i bn i z , pe nsa dor de l a s m á s pe que ña s d i f e re nc i a s» .

39 . Ibíd., p. 268 ( t rad. , p . 345).40 . B l a nc ho t , M. , Nietzsche y la escritura fragmentaria, Bue nos Ai re s ,

Caldén, 1973, pp. 41-66.41. Ricoeur, P. , De Vinterprétation. Essai sur Freud, o.c . , I rad. , p . 29.42. El lo nos remite a l problema de la si tuación de Foucaul t respecto

a l E s t ruc t u ra l i sm o , ob j e t o de una r e f l e x i ón pos t e r i o r .43 . Cor ra d i , E nr i c o , Filosofía délia «morte dett'uomo». Saggio sul pen-

siero di M. Foucault, Milán, Vi ta e Pensiero, Publ icazioni dél ia Universi táCatól ica , 1977 (Col lana Fi losofía e Scienze Umane, 14), 288 pp. , p. 23.

44. Cfr . ibíd., pp . 21 -28 . E nc on t ra m os e xc e s i va s l a guna s e n e s t a p l a n -t e a m i e n t o , pe ro s i rva c om o e xpre s i ón —si qu i e ra no de l t odo p roc e de n-te— de un intento de leer en c lave ontológica e l proyecto.

45. Foucaul t , M. , «Entre t ien avec M. Chapsal», IM Quinzaine Littérai-re, 15 de mayo (1966), 14.

46 . R i c oe ur , P . , De l'interprétation. Essai sur Freud, o.c . , t rad. , p . 9.47 . E l l o se rá ob j e t o de un a pa r t a do pos t e r i o r , po r l o que a qu í e s

s i m pl e m e n t e a l ud i do .48. Ricoeur, P. , o .c . , t rad. , p . 9.49 . Ibíd., t rad. , p . 9.50 . C ons i de ra c i one s e n t o rno a Ra ym ond R ousse l y e n c uya pe r spe c -

t i va s i t ua re m os n ue s t ro pos t e r i o r a n á l i s i s sob re e l l e ngua j e y l a l oc u ra .Ca ruso , Pa o l o , Conversazion i con Lévi-Strauss, F oucault y Lacan, Mi l á n ,U. Murs i a & C„ 1969 (t r a d . c a s t . : Ba rc e l ona , A na gra m a , 1969 , p . 73 ) .

51. Foucaul t , M. , Nietzsche, Freud, Marx, Paris, Minui t , 1965, Cahiersde Roya um ont . Ph i l osoph i e , 7 ( t r a d . c a s t . : Ba rc e l ona , Ana gra m a , 1970 ,

57 pp. , pp. 29-31).52. Caruso, P. , Conversazio ni co n Lévi-Strauss, Fouca ult y Lacan, o.c . ,t rad. , p . 73.

13



1

UNA «ESCUELA» PARA FOUCAULT

« C o ns tr u i r l a r a z ó n . » De B a c h e l a r d a C a ngu i l h e m

La aritmética no está fundada en la ra-z ón . Es la doctrina de la razón la que estáf u n d a d a e n l a aritmética elemental . Antes des a b e r c o n t a r a p e n a s s a b í a m o s qué era la ra-z ón . 1

Hay a f i rmac iones que pos ib i l i t an ta l can t idad de re fu -tac iones , ab ren tan tas v ías de d i s tanc iamien to y merecenta les pun tua l izac iones que habr ían de se r fe l i c i t adas porsu imprecisión. Tal es el caso de la que sigue: «MichelFoucau l t , un h i s to r iador de l pensamien to c ien t í f i co , se ha

conver t ido en p rofe ta» . 2 El tono poco convenc iona l que acontinuación se atr ibuye a lo dicho «just if ica» la conside-rac ión , pe ro no por e l lo de ja d i sue l to e l p rob lema que nosin te resa .

«.. . Qué son esos discursos que [Foucault] . . . se obstinaen proseguir . . . : ¿historia o f i losofía?.. . mi discurso, lejosde de te rminar e l lugar de donde hab la , e squ iva e l suelo ene l que podr ía apoyarse . Es un d i scurso sobre unos discur-sos.»3 Hay en e l lo , como veremos , una ins tanc ia a la ma-t e r ia l idad . Se nos remi te as í más a un saber — cuya de -

114 28

l imitación será objeto de posterior análisis— que a laciencia.

No nos parece ingenua la distinción. A través de ellaaccedem os al trabajo de Foucault y —ahora sí— abrim os lapuerta a una consideración más atractiva de la afirmacióncon la que dialogamos. «Si... consiste en hacer sensible —e

inteligible a la vez— la edificación difícil, contrariada, reto-mada y rectificada del saber»,4 entonces sí cabe hablar dehistoria de las ciencias. Y esta perspectiva que GeorgesCanguilhem encuentra en la epistemología de Gastón Ba-chelard, será decisiva en los planteamientos de Foucault.

Y es en tal «historia de las ciencias», «siempre enacto», en la que cabe comprometer asimismo su proyecto.

Con el trasfondo de cierto método 5 que de modo s imi-lar desea aplicar a «discursos distintos de los relatos le-gendarios o míticos», reconoce la f i l iación de su idea res-pecto de los historiadores de las ciencias «y sobre todoCanguilhem; a él le debo haber comprendido que la histo-ria de la ciencia no está prendida forzosamente en la al-ternativa: crónica de los descubrimientos, o descripcionesde las ideas y opiniones que bordean la ciencia por ellado de su génesis indecisa o por el lado de sus caídasexteriores; sino que se podía, se debía, hacer la historia dela ciencia como un conjunto a la vez coherente y transfor-mable de modelos teóricos e instrumentos conceptuales». 6

De este modo, Gastón Bachelard y Georges Cangui-lhem —quien le sucedió en la dirección del Instituto deHistoria de las Ciencias de la Sorbona— configuran unaperspectiva que consideramos clave para encuadrar con-venientemente la labor de Michel Foucault respecto altema que nos ocupa.

Ciertamente Bachelard fue «maestro» de Canguilhemy éste lo fue de Foucault, pero sería inexacto hablar deuna «escuela epistemológica» en la que dif íci lmente se si-tuaría un «arqueólogo del saber». Se ha subrayado, sinembargo, el denominador común que configura este nue-vo triedro, insistiendo en su «"no-positivismo" radical ydeliberado», 7 como expresión de su común «posición» enfilosofía.



Y no e s t amos con e l lo t an a l e j ados de l c é l ebre t r i ángu-lo Marx-Freud-Nie tz sche que aglut inaba l a e r a de l r ece lo .El propio Bache la rd se s i túa como pe r spec t iva de un hor i -zonte a sediado por s imi la re s inquie tudes . No f a l t an quie -nes opina n que, en c ier ta medid a, es as im ism o un f ilósofode l a sospecha por cuanto , pa ra é l , « toda forma de t eor í a

de pe nde de m odo de t e r m i n í s t i c o de f a c t o r e s i n f r a f e nom é -nicos de natura leza práct ica , bien sea c ient í f ica o no-cien-t í f i c a ( t a l e s , por e j emplo, como l a opc ión inmot ivada , l adec i s ión in jus t i f i c ada , e t c . )» , con lo que «toda forma t eo-r é t i ca e s t á de te rminada por una r ea l idad " inconsc iente "que t iene la cual idad de ser "Otro" y la de per tenecer a lorden de la "Praxis"». 8

N o pode m os ha b l a r , po r c ons i gu i e n t e , t a m poc o a qu íde la c iencia como algo cerrado y def ini t ivo. Se conoce encont r a de un conoc imiento ante r ior , de s t ruyendo conoc i -mientos ma l adqui r idos . Se pre senta a s í l a l abor como unproceso de cons t rucc ión, de r econs t rucc ión, en una sue r t ede «rec t i f i c ac ión» de l pensamiento , con cont inuos r ea jus -t e s hac ia l a supe rac ión. 9 «Nada va de suyo. Nada e s t ádado. Todo e s cons t ru ido.» 1 0

De este modo, la obje t ividad no es posible de entrada.El lo jus t i f ica la «clara oposic ión a es ta f i losof ía fáci l quese apoya sobre e l s ensua l i smo más o menos nove le sco, yque pre tende recibir sus lecciones de un "dato" c laro, l im-pio , s eguro , cons tante , s i empre of r ec iéndose a un e spí r i tus i empre abie r to».11 Se t r a t a más b ien de cons ide ra r que l ahi s tor i a de l obje to de te rmina l a h i s tor i c idad de l s abe r ,con lo que las verdades producidas por las c iencias se es-

tablecen a lo largo de un proceso.Le jos , pues , de toda «Razón na tura l» cuyo f i losofa r

«produce, en e l mejor de los casos , una re tór ica de verda-des t r ivia les»,12 l a l l amada hege l i ana a sumida por Bache -l a rd toma cue rpo a s imismo en Foucaul t y adopta e l t i n t e ,en c i e r to modo pre suntamente « ingra to», de l a ac t iv idad«ser ia». El esfuerzo es ahora por la «regular idad». «Sé loque puede t ene r de un poco á spe ro e l t r a t a r los d i scur sosno a pa r t i r de l a dulce , muda e ín t ima conc ienc ia que ene l los s e expre sa , s ino de un oscuro conjunto de r egla s

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anónimas . Lo que hay de desagradable en hace r apa rece rlos l ímites y las necesidades de una práct ica , a l l í donde set enía l a cos tumbre de ve r de splega r se , en una pura t r ans -parencia , los juegos del genio y de la l iber tad.» 13

Esta opción por e l r igor es , por su par te , en Bachelarduna opc ión por l a v í a c i ent í f i c a que pasa fundamenta l -

mente por la exposic ión •—discurs iva y deta l lada— de unmé todo de obje t ivac ión. De e s t e modo, e l obje to de l ac ienc ia cobra e l t ono de «ma te r i a» produc ida por l a t é cni -ca . Se sus t i tuye a s í t oda una f enomenología —que se l imi -t a r a a de sc r ib i r e l f enómeno— por l a f enomenotécnica—que t r a t a de cons t ru i r lo—. «En toda c i r cuns tanc ia , l oinmedia to debe cede r e l pa so a lo cons t ru ido.» 1 4

El proyecto afecta a la propia razón, ya que es te mate-r ia lismo técnico se t rad uc e en «racion al ism o apl icad o», esdec i r , l os obje tos de l a c i enc ia , l os «fenomenotécnicos»,no son produc tos organizados sólo de modo ma te r i a l ,s ino que además son cons t ruc tos de f in idos de modo t eór i -co . Aquí t ambién l a sospecha conduce a Bache la rd a hui rde toda ingenuidad. Una de sus f ina l idades s e rá prec i sa -mente «de ja r de l ado e sa s gene ra l idades epi s t emológica s yl lamar a ref lexión f i losóf ica sobre e l espír i tu c ient í f ico». 1 5

Se t ra ta de superar e l «impasse» no sólo de la «oposic ión»abstracto-concreto, s ino también de la pensado-real , razón-exper iencia , suje to-obje to, deducción- inducción, e tc . , y Ba-che la rd propone hace r lo s i tuando e l fundamento de l a t eo-r ía en la praxis c ient í f ica . «La razón debe obedecer por tan-to a la ciencia, a la ciencia más evolucionada, a la cienciaevoluc ionante .»1 6

Queda por ve r en qué medida cabr í a en Bache la rdident i f i ca r prec i samente r azón y c i enc ia . Cangui lhem con-s ide ra que di s t ingui r , como se ha hecho has ta aqué l ,r azón y c i enc ia e s admi t i r que l a r azón e s potenc ia depr inc ipios independientemente de su apl i cac ión. Por e lcont r a r io , i dent i f i ca r c i enc ia y r azón 1 7 es esperar de laapl i cac ión que sumini s t r e un di seño de los pr inc ipios . Elpr incipio viene a l f in.18 Pero l a c i enc ia no ha conc luido. . .l a r azón queda some t ida a sus ava ta re s pe ro inc idiendoen que sean ta les .



Se pe r f i l a a s í e l t e r r eno desde e l que pode r p lantea r e lproblema que nos ocupa . No e s cues t ión s implemente de«decons t ru i r» l a r azón s ino de r econs t ru i r l a , 1 9 de formar-l a ; de l mismo modo que hay que formar l a expe r i enc ia 2 0 eint roduc i r una j e r a rquía en e l l a .21 La prueba c i ent í f i c aprec i samente —s i lo e s t a l— reorganiza y cons t ruye . Denue vo , nos e nc on t r a m os a n t e una vo l un t a d de e s c uc ha :

«la mente debe plega r se a l a s condic iones de l s abe r» 2 2 yde sospecha —«e l e spí r i tu c i ent í f i co e s e senc ia lmente unarec t i f i c ac ión de l s abe r»—, 2 3

Resul t a más c l a r a ahora l a incons i s t enc ia de una va lo-r ac ión de Foucaul t como «hi s tor i ador de l a s ideas». Nadamás l e jos de su cent ro de in t e ré s que «ese juego de r epre -sentac iones», «e s tos t ipos de menta l idad», «aque l l a s opi -niones», . . . «Nada más di s t ante de su punto de mi ra queda r con l a expe r i enc ia inmedia ta que e l d i s cur so t r ansc r i -be» o con «recons t ru i r l os de sa r rol los en forma l inea l» oinc luso con «desc r ib i r t odo e l j uego de los cambios». No

es su perspect iva la de un notar io que ref le je e l «paso dela no-cient i f ic idad a la c iencia». Hay en Foucaul t un evi-dente desmarque de « los grandes t emas de l a h i s tor i a delas ideas»: «génesis , cont inuidad, tota l ización». «Precisa-mente , l o que l a a rqueología t r a t a r á de desc r ib i r no se rál a c i enc ia en su e s t ruc tura e spec í f i ca , s ino e l dominio ,muy di f e rente , de l s abe r .» 2 4

Marcada c l a r amente l a d i s t anc ia , e l d i s cur so de Ba -che la rd cont inúa of r ec iéndonos r e f e renc ia s -c l ave en e laná l i s i s . Pa ra un e l aborador de «diagnós t i cos» no e s suf i -c i ente con conc re ta r e l marco en e l que inc idi r . Neces i t a

un ins t rumento pa ra hace r lo . Y ahora , de nuevo, marco ei n s t r um e n t o no s on «dos m undos » .

L e j o s ya , pue s , B a c he l a r d de t odo r e a l i s m o a bs o l u t o ,a s imismo ins i s t e ahora en l a inexi s t enc ia de un r ac iona -l i s m o a bs o l u t o . 2 5 Con e l lo , una f i losof í a adecuada a lpe ns a m i e n t o c i e n t í f i c o e n c ons t a n t e e vo l uc i ón nos s i t úa ,no f r e n t e a una r a z ón «a r qu i t e c t ón i c a » , s i no a n t e unarazón «polémica». «La c i enc ia s impl i f i ca lo r ea l y com-pl i ca l a r azón. El t r ayec to queda entonces r educ ido, yen-do de l a r e a l i da d e xp l i c a da a l pe ns a m i e n t o a p l i c a do . » 2 6

100 14

Y es ta r azó n polém ica debe plega r se a l a s con dic ion esde l s abe r .

Pe ro r e sul t a dec i s ivo subraya r aquí un a sunto sobre e lque volve remos más ade lante . En Foucaul t no cabe iden-t i f i c a r , s in más , s abe r y c i enc ia ; y menos aún aque l l a encuya perspect iva se s i túa Bachelard. Antes bien, «las c ien-c ia s apa recen en e l e l emento de una formac ión di scur s ivay sobre e l fondo de l s abe r» , 27 lo que deja abier ta la cues-t ión del lugar y e l papel de una región de c ient i f ic idad ene l t e r r i tor io a rqueológico en que é s t a s e pe r f i l a .

No cabe , con todo, pa ra Bache la rd , e l r eposo —segur i -dad- s imiente— dogmát ica . La r azón queda de f in i t ivamentesometida a l proceso dia léct ico de las c iencias . El doble mo-vimiento va de la razón const i tuida a la razón const i tuyen-te . Se implica as í la rea l idad. «Se t ra ta de . . . un real ismo enreacción contra e l rea l ismo usual , en polémica contra loinmedia to , de un r ea l i smo hecho de r azón r ea l i zada , de r a -zón expe r imentada .» 2 8 La razón debe ser , por tanto, apl ica-

da has ta e l punto de que l a obje t iv idad de l pensamientodebe medirse por su posibi l idad de apl icación. «Es precisolograr un racional ismo concreto, sol idar io de exper ienciass i empre prec i sa s y pa r t i cula re s . También e s necesa r io queese r ac iona l i smo sea suf i c i entemente abie r to pa ra r ec ibi rde la exper iencia determinaciones nuevas .» 29

Es to impl i ca que hay que proyec ta r se en e l pensa -miento c i ent í f i co pa ra conf igura r l a r azón, pe ro t ambién,como consecuenc ia de l a evoluc ión c i ent í f i c a , a cepta r quela misma r azón modi f i ca sus pr inc ipios pr imeros y r eor -ganiza sus leyes en función del desarrol lo de la c iencia .

Es ta r azón e s inquie ta , d i a l éc t i ca , e spontáneamente d i s -pues ta , más ac t iva que a fec t iva , i nsa t i s f echa con lo quees , «porque e s en su misma apl i cac ión donde l a t eor í adescubre la necesidad de su rect i f icación: ante las dif icul-t ades que encuent r a que r i endo apl i ca r se , ve r i f i ca r se y am-pl i a r sus expl i cac iones , encuent r a sus l ími t e s , hechos nointegrable s sobre l a ba se de sus conceptos de pa r t ida , y e sentonces cuando " r eacc iona" sobre d icha base». 30 P o rel lo, «s i la ac t ividad c ient í f ica exper imenta , hay que razo-na r ; s i r azona , hay que expe r imenta r» . 3 1 H a y que a p r e n -



de r a ac tua l i za r l a r azón 3 2 m e di a n t e un a p r e nd i z a j e queinf lu i r á en su propia conf igurac ión.

La obje t ividad es as í a lgo a lo que ha de accederse , loque obl iga a expone r de una mane ra d i scur s iva e l obje to ,de m os t r a ndo , m á s que m os t r a ndo , l o r e a l . «N o s e t r a t at a n t o de e s t ud i a r e l de t e r m i n i s m o de l o s f e nóm e nos s i nomás bien de de te rmina r los . Es te r ac iona l i smo mi l i t ante e s

un r ac iona l i smo di scur s ivo, un r ac iona l i smo de l de ta l l e ,de l a invenc ión de cada ca so pa r t i cula r .» 3 3

Ha s ido preciso es te rápido recorr ido a f in de posibi l i -t a r e l e spac io desde e l que pode r va lora r en su autént i cadimens ión dos cons ide rac iones l l aves en M. Foucaul t ,con impl i cac iones dec i s iva s en e l problema de l a r azón, yque cobran e spec ia l r e l evanc ia prec i samente a l a luz de lplanteamiento de Bache la rd —en e l que por o t r a pa r t e yba jo múl t ip l e s a spec tos s e insc r iben.

1. No exis te una suer te de discurso ideal , a la vez úl t i -m o e i n t e m por a l . 3 4

2. El hor i zonte a l que se d i r ige l a a rqueología noes «una» c i enc ia , «una» r ac iona l idad, «una» menta l idad,«una» cul tura ; e s un ent r ec ruzamiento de in t e rpos i t iv ida -des . . . La comparac ión a rqueológica no t i ene un e fec touni f i cador , s ino mul t ip l i cador . 3 5

Se s i entan a s í l a s ba se s , como seña la e l propio Fou-caul t , pa ra l a de sca l i f i c ac ión de una r ac iona l idad di scur s i -va 36 que fue ra de hecho independiente de l a s «e s t r a t e -

gias», preexis tente a e l las y en torno a la cual se conf igu-r a r a n c om o e l e m e n t os s e c unda r i o s . L a r e f e r e nc i a ve nd r ádada por e l «apr ior i h i s tór i co» en e l contexto de l «a rchi -vo», lo que cons t i tu i r á en cada época y en cada s i tuac iónuna «epi s t eme» de te rminada . El hor i zonte s e rá , por t anto ,e l del saber .

De ahí l a impor tanc ia de l a s dos c l a r a s consecuenc ia sque s e de s p r e nde n de l o s p l a n t e a m i e n t o s de B a c he l a r d .Por una pa r t e , l a s egmentac ión: r ac iona l i smo r egiona l . 3 7

Por otra , la socia l ización: racional ismo colect ivo. 38 En este

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contexto se comprende que , s i s e pre t ende habla r de r a -c iona l i zac ión de l a expe r i enc ia , s i s e busca que una expe -r i enc ia s ea ve rdade ramente r ac iona l i zada , debe inse r t a r seen un juego de r azones múl t ip l e s .

Cabe habla r , por t anto , en Bache la rd , de una f i losof í ade l a s c i enc ia s d i spe r sada y de un r econoc imiento de d i -ve r s idad de r ac iona l i smos , a t r avés de l a cons t i tuc ión derac iona l i smos r egiona le s , e s dec i r , por l a s de te rminac io-nes de los fundamentos de un sec tor pa r t i cula r de l s abe r .Queda rá por ve r en qué medida Foucaul t puede l ee r se enuna pe r spec t iva s imi la r . Bas te ahora con r ecorda r unac lave de sus r e sul t ados : l a d i scont inuidad.

A hor a , s i b i e n B a c he l a r d s e ha de d i c a do a c ons t i t u i run r a c i ona l i s m o de l o e l é c t r i c o , a de m á s un r a c i ona l i s m ode l a m e c á n i c a y f i na l m e n t e un r a c i ona l i s m o de l a dua l i -da d e l e c t r i s m o- m e c a n i s m o , que da a b i e r t a l a p r e gun t a :¿ l a p l u r a l i da d de r a c i ona l i s m os r e g i ona l e s pue de s e rc om pr e nd i da e n l a un i da d de un r a c i ona l i s m o i n t e g r a l ?

«No, s i por gene ra l idad se ent i ende un produc to de r e -ducc ión. Sí , s i s e ent i ende por e l lo una forma de in t egra -c i ón , pue s m á s que de r a c i ona l i s m o ge ne r a l ha y que ha -b l a r de r a c i ona l i s m o i n t e g r a l y , m e j o r a ún , de r a c i ona -l i s m o i n t e g r a n t e . E s t e r a c i ona l i s m o ( i n t e g r a l o i n t e g r a n -t e ) debe r í a s e r ins t i tu ido "a pos te r ior i " , t r a s habe r e s tu-d i a do r a c i ona l i s m os r e g i ona l e s d i ve r s os , t a n o r ga n i z a dosc om o f ue r a pos i b l e , c on t e m por á ne os de l a pue s t a e n r e -l a c i ón de l o s f e nóm e nos obe de c i e ndo a t i pos de e xpe -r i e nc i a b i e n de f i n i dos . » 3 9

D e a h í que , a unque s i n p r e t e nde r t om a r s i n m á s una

condic ión e s t ruc tura l por una condic ión ontológica , que -pa cues t iona r se en qué medida e l consenso que de f ine so-c i a l m e n t e un r a c i ona l i s m o r e g i ona l e s m á s que un he c ho ;e s e l s igno de una e s t ruc tura . Con e l lo e l r ac iona l i smoapa rece r í a como una ac t iv idad de e s t ruc turac ión. En e s t econtexto se insc r iben cons ide rac iones ace rca de una onto-logía de l a s e s t ruc tura s . Y a s í c abe encuadra r e l t exto cone l que in i c i amos e s t e apa r t ado: e l hecho de se r pensadom a t e m á t i c a m e n t e e s e l s i gno de una e s t r uc t u r a o r gá n i c aob j e t i va . V e r e m os e n qué m e d i da Fouc a u l t c om ul ga c on

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t a l cons iderac ión y desde qué perspec t iva cabe hab la r derac iona l izac ión d i scurs iva y comple ja .

« F o r m a r e l c o n c e p t o .» D e C a n g u i l h e m a F o u c a u l t

Tal vez en la ruptura de las distancias marcadas por la

a f i rmac ión : «No es una f i losof ía de la conc ienc ia , s inouna f i losof ía de l concep to la que puede darnos una teor íade la ciencia.. .»;40 quiz ás en el .anális is de sus apor tacio-nes e imprec i s iones , se enc ie r re e fec t ivamente e l au tén t i -co a lcance de l t ema que nos ocupa .

Se tratará de ver en qué m edida el esfu erzo y la lab orde l concep to , 4 ' su camino , «ex ige se r t r azado por .méto-dos espec í f icos , p rop ios a cada campo ep is temológ ico , enlas condiciones part iculares de su historia elect iva». 42

Marcado ya el carácter esencial de la historicidad parae l ob je to que p re tendemos , es e l p rop io Cangui lhem qu ien

sitúa, s iquiera de modo polémico, las claves: «la historiade las ciencias es la historia de un objeto, que t iene unahistoria , mientras que la ciencia es ciencia de un objetoque no es historia , que no t iene historia». 4 3 Se produce dees te modo la fundamentac ión de la represen tac ión de lmovimiento de las ciencias en la historia efectiva de losconcep tos . En la mate r ia l idad h i s tó r ica de l acon tec imien-to se es t ruc tu ra l a p regun ta que de a lguna fo rma se recu-pera en e l concep to .

Y es ahora cuando cobra especial s ignif icación el yaa lud ido reconoc imien to de Foucau l t a Cangui lhem, su

«maestro» en hacer la historia de la ciencia como un con-jun to a l a vez coheren te y t rans formable de mode los t eó-r icos e ins t rumentos concep tua les . 44 De ahí su considera-ción de «lo preconceptual»: «en lugar de dibujar un hori-zonte que viniera del fondo de la historia y se mantuvieraa través de el la , es por el contrario, al nivel más "superfi-cial" (al nivel de los discursos) , el conjunto de las reglasque en é l se encuen t ran e fec t ivamente ap l icadas» 4 5

Es en esta perspectiva en la que cobra su auténticad imens ión e l p lan teamien to in ic ia l de Cangui lhem. Desde

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su punto de vista , la historia de la ciencia va a entendersecomo una h i s to r ia de la cons t rucc ión de la ve rdad . E l lojust if ica el que «si la verdad no está consti tuida por unahistoria de la verdad, s ino por una historia de la ciencia,por la experiencia de la ciencia», 4 6 la lógica del desarrolloc ien t í f i co no puede se r lóg ica pura , e specu la t iva y fo rmalde la razón, a no ser que ésta se entienda desde la pers-pec t iva de l movimien to mismo de lo que hay . Se recono-ce , por t an to , que def in i r un concep to s ign i f ica fo rmula run p rob lema. La a tenc ión se concen t ra as í en las cond i -ciones de aparición de los conceptos, es decir , en defini t i-va , en las cond ic iones que hacen que e l p rob lema resu l teformulable. Éste es, por el lo, el camino viable: la vuelta alos p rob lem as a los que las c ienc ias in ten tan responder . 4 7

Así, hablar del «objeto» de una ciencia signif ica afron-ta r un p rob lema que p r imero debe se r p lan teado y luegoresue l to ; hab la r de la h i s to r ia de una c ienc ia impone mos-t ra r de qué manera —por qué mot ivos teór icos o p rác t i -

cos— una ciencia «se las arregló» para plantear y resolverese problema. La historia de una ciencia adopta así el as-pec to de una lucha o un deba te .4 8

Este nuevo camino impl ica a su vez una concepc ióndiferente de la historia 4 9 y se concreta en la exigencia deir del concepto a la teoría y no a la inversa. Ello nos obli-ga a supera r una se r ie de p re ju ic ios . «Uno conc ie rne atodas las c ienc ias y cons i s te en pensar que un concep tono puede en p r inc ip io aparecer más que en e l con tex to deuna teor ía o por lo menos en una ins t i tuc ión heur í s t i cahomogénea en donde los hechos de observac ión cor res -

pondien tes se rán in te rp re tados .» 5 0

Liberados de es te p re ju ic io , r econocemos que e l nac i -mien to de l concep to es , por lo t an to , un comienzo «abso-luto». Las teorías, que son algo así como su «conciencia»,só lo v ienen después . La ind i fe renc ia de l concep to nac ien-te respecto del contexto teórico de este nacimiento le dasu p r imera de te rminac ión , p romesa de una h i s to r ia am-plia: la de su polivalencia teórica. Con el lo, la historiade la ciencia concebida como «historia de los conceptos»pone de manifiesto f i l iaciones inesperadas, establece nuevas

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per iod i zac iones , hace surg i r nombres o lv idados , desorde-na l a c rono log í a t rad i c iona l y o f i c i a l ; en suma, esbozauna «h i s to r i a para l e l a» de l a c i enc i a .51 L a c o n s t r u c c i ó n d euna ep i s t emolog í a aparece as í como l a re f l ex ión sobre l ahistoria del saber, y su objeto, la intelección racional de laesenc i a de l a h i s t o r i c idad .

Es s i gn i f i ca t i vo seña l a r e l a l cance de es t a «h i s t o r i a delos concep tos» . Bas t e subrayar cómo p l an t ea y examinaCangui lhem, por e j emplo , l a noc ión de medio : « l as e t apash i s tó r i cas de l a fo rmación de l concep to y l as d iversas fo r -mas de su u t i l i zac ión , as í como los g i ros suces ivos de l are l ac ión de l a que es uno de l os t é rminos , en geograf í a , enbiología, en psicología, en tecnología, en historia econó-mica y soc i a l , son , has t a hoy , bas t an t e d i f i cu l t osos de per -cibi r en una unidad sintét ica. Por eso la fi losofía debetomar aqu í l a i n i c i a t i va de una búsqueda s i nóp t i ca de lsen t i do y de l va lo r de l concep to» . 5 2 Se of rece as í un para -d igmá t i co p rog ram a de t raba jo en el que , 'por o t ra p ar t e ,se per f i l a p rác t i camente un p royec to .

En cierto modo, de nuevo la fi losofía se convierte a suviejo dest ino, a la pregunta por el saber y las ciencias. 53

Pero e l l o con l a dec id ida convi cc ión de que d i cho saberno es un da to , s i no e l resu l t ado de un p roceso de t rans-fo rmaciones a t ravés de l cua l se va desp l azando l a f ron t e -ra ep i s t emológ i ca —que qu i zás ya es una p lu ra l i dad demárgenes— de l no saber a l saber , pero s i n que en n ingúnm o m e n t o p o d a m o s d a r n i p o r t e r m i n a d o e l p r o c e s o n ipor def in i t i va l a «verdad» produc ida .

«La t a rea a rea l i za r cons i s t e en romper l a i den t i dad

supues t a de l a rea l i dad , l a verdad y e l se r , y es to comien-za por el reconocimiento de la superioridad fi losófica delp r inc ip io de no-con t rad i cc ión sobre e l p r i nc ip io de i den t i -dad .» 54 Es es t e p r i nc ip io e l que es t ab l ece l a re l ac ión au-tént ica ent re lo verdadero y lo falso, ent re lo real y loaparen t e . Se t ra t a de recuperar , por t an to , e l va lo r ep i s t e -mológ i co de l «er ro r» y su concepc ión de l va lo r rac iona l ,reconoc i endo l a «po t enc i a por t en tosa de l o nega t i vo» . 55

Hay en e l l o un reen cuen t ro co n una vena f il osófi caprofunda . Inmersos en l a ac tua l i nsuf i c i enc i a exp l i ca t i vo-

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cons t ruc t i va de c i e r t os e j es -base —a) l a un iversa l i dad del as ca t egor í as de l a razón occ iden t a l , b) l a concepc ión de lsu j e to como subs t anc i a , y c ) l a h i s t o r i a o r i en t ada hac i aun sen t i do—, se p ropone: a) l a genea log í a y a rqueo log í a 56

de l os concep tos , s i n dar por supues to un con t en ido y a l -cance , n i i nven t a rse un o r igen ; b) conceb i r l a h i s t o r i a de

l a c i enc i a como «h i s to r i a de l os concep tos» —est e t raba jore f l ex ivo sobre l a h i s t o r i a de l os concep tos es l a condi c iónnecesar i a para l a rea l i zac ión de una h i s t o r i a ep i s t emoló-g i ca ; ver l a mater i a l i dad h i s t ó r i ca de l conoc imien to—; yc) l a cons t i t uc ión de una razón h i s t ó r i ca .

La p ropues t a es ahora mantenerse «a l n ive l de l d i scur-so mi smo». «Se renunc i a rá , pues , a ver en é l un fenóme-no de expres ión , l a t raducc ión verba l de una s í n t es i s e fec-t uada por o t ra par t e ; se buscará en é l más b i en un campode regu l a r i dad para d iversas pos i c iones de sub j e t i v idad .E l d i scurso , conceb ido as í , no es l a mani fes t ac ión majes-t uosamente desar ro l l ada de un su j e to que p i ensa , que co-noce y que l o d i ce : es , por e l con t ra r i o , un con jun to don-de pueden de t e rminarse l a d i spers ión de l su j e to y su d i s -conformidad cons igo mi smo, es un espac io de ex t e r i o r i -dad donde se desp l i ega una red de ámbi tos d i s t i n tos .» 5 7

Hay, pues , una i ns t anc i a a « . . . l a mater i a l i dad [ . . . ] quec o n s t i t u y e e l e n u n c i a d o m i s m o » . 5 8 De es t e modo com-p r e n d e r e m o s q u e n o h a y s i g n o s q u e e x i s t a n p r i m a r i a m e n -t e , o r i g ina lmente , rea lmente , marcas coheren t es , per t i nen-t es y s i s t emát i cas . . . ; por e l con t ra r i o , no hay más que i n -t e r p r e t a c i ó n .5 9

A la posición clásica de la fi losofía, recorrida por el eje

conc i enc i a -conoc imien to-c i enc i a , se opone ahora e l e j eprác t i ca d i scurs iva-saber-c i enc i a 6 0 c o m o m a n e r a d e s u p e -ra r e l í nd i ce de sub j e t i v idad que acompaña necesar i amen-t e a t odo proyec to fundador . As í , a l modo espec í f i co deproducc ión de cada c i enc i a se l l ega median t e un aná l i s i sque posibi l i ta la relación de lo impl íci to a lo expl íci to, del as condi c iones fo rmales a l as mater i a l es de p roducc ión ,en e l encadenamien to h i s t ó r i co de l os concep tos que , a suvez , cons t i t uyen e l domin io en deven i r de cada c i enc i a .

Así , median t e e l reconoc imien to de que l a h i s t o r i c idad

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es esencial para el objeto de la fi losofía de las ciencias, seper f i l a l a rup tura que se expresa en l a a f i rmación de que« toda c i enc i a par t i cu l a r p roduce , en cada momento de suh i s to r i a , sus p rop i as normas de verdad . Con es to [ . . . ] sel l eva a cabo una rup tura cas i s i n p receden t es 6 1 en la his-t o r i a de l a f i l osof í a y se s i en t an l as bases para una t eor í a

no filosófica de la filosofía [...]. Al invalidar la categoríaabso lu t a de "verdad" en nom bre de la p rác t i ca e fec t i va del as c i enc i as —la mi s ión de aqué l l a cons i s t í a en " fundar"éstas— se niega a la fi losofía el derecho a deci r la verdadde las ciencias y se asume el deber deci r la verdad de la"Verdad" de los fi lósofos». 62

Este t o rnar hac i a l a p rocedenc i a y emergenc i a de l con-c e p t o — c o n c e p t o c o n f i g u r a d o e n u n a e p i s t e m e d e t e r m i -nada , con una h i s t o r i a def in ida . . .—; es t e dar con su mate-rial idad en el enu ncia do, en el discurs o. . . , expr esa u nasospecha , pero no e lude o t ra . «Supongo que en t oda so-c i edad , l a p roducc ión de l d i scurso es t á a l a vez con t ro l a -

da , se l ecc ionada y red i s t r i bu ida por un c i e r t o número deproced imien tos que t i enen por func ión con jurar l os pode-res y pe l i g ros , dominar e l acon t ec imien to a l ea to r i o y es -qu ivar su pesada y t emib l e mater i a l i dad .» 6 3 De es t e modo ,l a e ros ión de un concep to o de una noc ión t an dec i s i vacomo l a de rac iona l i dad no reve l a ún i camente su merainsuf i c i enc i a con l a p resen t e conf igurac ión .

Así , Cangui lhem no es só lo una re fe renc i a c l ave paraconf igurar e l p l an t eamien to de Foucau l t respec to a l con-cep to , s i no que marca dec i s i vamente su perspec t i va deuna razón que se expresa en e l d i scurso , a l que por ahora

só lo nos hem os re fe r i do mín imam ente , a f in de subraya res t a re l ac ión .

NOTAS

1. B ach e la r d , G . , La philosophie du non. Essai d'une philosophie dunouvel esprit scientifique, 4." ed . , Par is , PUF, 1966 ( trad , cast. : 1 ." reimp.,Buenos Aires, Amorror tu , 1978, 121 pp., p . 119) .

2. K u r zw ei l , Ed i th , « M ich e l Fo u cau l t , En d in g th e Er a o f M an » ,

4 0

Theory and Society, 4 , 3 ( 1 9 7 7 ) , 3 9 5 ( t r ad . cas t . : V a len c ia , C u ad er n o sTeorema, 1979, 62 pp., p . 9) .

3 . Foucault, M., L'archéologie du savoir, Par is , G a l l imar d , 1 9 6 9 , 2 8 0pp., 267 ( trad . cast. : Mexico , Sig lo XXI, 1970, 355 pp., p . 345) .

4 . C an g u i lh em, G . , « L 'H is to i r e d es Sc ien ces d an s l 'o eu v r e ép is témo -lo g iq u e d e G . B ach e la r d » , en Études d'histoire et de philosophie des scien-ces, Paris , Vrin , 1968, p . 178.

5 . A q uí las co n ex io n es co n D u mézi l s e r án ex p l íc i tamen te sa lu d ad a sco m o « mo d e lo y ap o y o » . C fr . Fo u cau l t , M . , L'ordre du discours, Par ís ,Gallimard , 1971, 82 pp., pp . 72-73 ( trad . cast. : El orden del discurso,Barcelona, Tusquets , 1973, 64 pp., p . 58) .

6. Ibid., pp. 73-74 ( trad . , p . 58) .7 . Lecour t, D., Pour une critique de l'épistémologie (Bachelard, Can-

guilhem, Foucault), Paris , François Maspero , 1972, 134 pp., p . 7 ( trad .cast. : México , Sig lo XXI, 1973, 130 pp., pp . 10-11) . Ello a pesar de: LeBon, Sylvie, «Un positiv isme désespéré: Michel Foucault» , Les Temps Mo-dernes, enero (1967) , 1 .299-1 .319 ( trad . cast. en : Análisis de Michel Fou-cault, B u en o s A ir es , T iemp o C o n temp o r án eo , 1 9 7 0 , 2 7 2 p p . , p p . 9 4 - 1 2 2 ) .

8 . Corradi, E. , Filosofía délia «morte dell'uomo». Saggio sul pensierodi M. Foucault, Milán, Vita e Pensi ero , Pubblic azion i délia UniversítáCatto lica, 1977, 288 pp., p . 207.

9 . C f r . B ach e la r d , G . , Le rationalisme appliqué, 3.a

ed., Par is , PUF,1976, 216 pp., p . 51: «El yo racional es conciencia de rectif icación».10. Bachelard , G., La formation de l'esprit scientifique, 8." ed . , Par ís ,

Vrin , 1973, 257 pp. ( trad . cast. : 3 .a ed., Buenos Aires, Sig lo XXI, 1974,302 pp., pp. 15-16).

11. Ibid., t r ad . , p . 2 7 . Es to s p lan teamien to s so n u n a co n s tan te . « Ento d as las c ien c ias r ig u r o sas , u n p en samien to cu r io so d esco n f ía d e lasid en t id ad es más o men o s ap ar en tes , p a r a r ec lamar in cesan temen te ma-y o r p r ec is ió n , ipso facto, may o r es o cas io n es p ar a d is t in g u i r [ . . . ] . E l h o m-b r e an imad o p o r e l esp í r i tu c ien t í f ico , s in d u d a , d esea sab er , p e r o es p o rlo p r o n to p ar a in te r r o g ar mejo r » (ibid., p. 19).

12 . Hegel, G.W.F., Fenomenolog ía del espíritu, 2. a r e imp . , M éx ico ,FCE, 1973, 485 pp., p . 45 .

13 . Foucault, M., L'archéologie du savoir, o.e. , p . 273 ( trad . , p . 353) .

14 . Bachelard , G., La philosophie du non, o .e. , trad . , p . 119.15. Bachelard , G., Le matérialisme rationel, 3. a ed., Par is , PUF, 1972,224 pp., p . 208.

16. Bachelard , G., La philosophie du non, o.e. , trad . , p . 119.1 7 . Se co n s id er a más co r r ec ta la f o r mu lac ió n d e la id en t i f icac ió n d e

B ach e la r d en té r min o s d e r azó n co n « esp í r i tu c ien t í f ico » ; en V ad ée , M i-chel, Bachelard ou le nouvel idéalisme épistémologique, Par is , So c ia les ,1975 ( trad . cast. : Valencia, Pre-Textos, 1977, 282 pp., p . 210) .

1 8 . C f r . C an g u i lh em, G . , « D ia lec t iq u e e t p h i lo so p h ie d u n o n ch ezG as to n B ach e la r d » , en Études d'histoire et de philosophie des sciences,o.e. , p . 207

19. Cfr . Bachelard , G., Le nouvel esprit scientifique, 13 .a ed., Par ís ,PUF, 1975, 184 pp., pp . 169-176.

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20 . Ibid., id .21. Cfr. Bach elard, G. , La philosophie du non, o.e. , t rad. , p. 36.22. Bachelard, G. , La formation de l'esprit scientifique, o.e., p. 13.23. Bachelard, G. , Le nouvel esprit scientifique, o.e., p. 177.24. Cfr. Foucault , M. , L' archéologie du savoir, o.e. , pp. 179-183

(trad. , pp. 229-235).25. C fr. Bache lard, G. , Le nouvel esprit scientifique, o.e., p. 6.26 . Ibid., p. 14

27. Foucault , M. , L'archéologie du savoir, o.e. , p. 240 (trad. , p. 307).28. Bachelard, G. , Le nouvel esprit scientifique, o.e., p. 9.29. Bachelard, G. , Le rationalisme appliqué, o.e., p. 4.30. Vadee, M., Bachelard ou le nouvel idéalisme épistémologique, o.e.,

t rad. , p. 204.31. Bachelard, G. , Le nouvel esprit scientifique, o.e. , p. 7. En es te mis-

mo sentido Bachelard ins is te en que «El yo racional es conciencia derect ificación» {Le rationalisme appliqué, o.e. p. 51).

32. «Si la razó n es el elemento d iná mic o y crea dor de la vida intelec-tual , no se nos ofrece as í de golpe; es una potencia virtual cuya actuali-zac ión es t á s omet ida a un r iguros o aprendiza je» , Deni s , Anne Mar ie , «Elpsicoanális is de la razón de G. Bachelard», en Introducción a Bachelard,Buenos Aires , Caldén, 1973, 96 pp. , p. 88.

33. Lacroix, J . , «L'Homme et l 'Oeuvre», Cahiers de l'Institut de Scien -ce Economique Appliquée, serie M, 24, enero (1957), pp. 129-140 (trad.cast . en: Introducción a Bachelard, o.e. , p. 15). No podemos ignorar alre s pec to e l pape l cent ra l de l a imaginac ión en l a obra de B ache la rd : «Laimaginac ión comienza , l a razón recomienza» ( ibíd . , , t rad. , p. 16). En es tesentido as imismo el propio Bachelard habla «de la fi losofía del "re", "re"," re" , " recomenzar" , " renovar" , " reorganiza r"» (L'engagement rationaliste,París , PUF, 193 pp. , p. 50). De aquí su planteamiento de la cuest ión«¿Racionalis ta?: t ratamos de "l legar a serlo"» (Bachelard, G. , El agua ylos sueños, México, FCE, 1978, 298 pp. , p. 16).

34. Foucault , M. , L'archéologie du savoir, o.e. , cfr. p. 93; pp. 208-209(trad. , cfr. p. 115 y p. 268).

35 . Ibid., id. (t rad. , cfr. p. 115; p. 268).36 . Ibid., p. 93 ( t rad . , p . 115) . E l t ema de l a s e s t ra t egias ocupará un

lugar des t acado en e l problema de l a razón en M. Foucaul t .37 . «Para B ache la rd , e l progres o de l a s c i enc ias e s t á hecho de ruptu -ras [ . . . ] . No hay evoluc ión s ino revoluc iones . Hay d i s cont inuidad ent reNaturaleza y Cultura» (Lacroix, Jean, a.c. , 14). «Si el t rabajo de raciona-l i s t a debe s e r t an ac tua l debe ahora s egmenta rs e . Y es a s í como pongo adeba te l a cues t ión de lo que he l l amado e l rac iona l i s mo regiona l» (B a-chelard, G. , L'engagement rationaliste, o.e., p. 55).

38 . «Para B ache la rd [ . . .] cor res p onde a l a e s enc ia de l rac iona l i s m o e lser colect ivo [. .. ] . A pa rt ir del mo me nto en que se adm ite que [. . . ] elrac iona l i s mo no es t á fundado, como en los c l ás i cos , en un orden deverdades e t e rnas , s ino en e l a s ent imiento de los miembros de una c iudadcientífica, los valores científicos pasan a ser valores sociales» (Ambacher,Michel , «La fi losofía de las ciencias de G. Gaston Bachelard», en La-

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croix, Jean, Introducción a Bachelard, o.c. , pp. 53-54). El cogito se t rans-forma en cogi t amus . C f r . B ache la rd , G . , L'engagement rationaliste, o.c. ,p. 59.

La noc ión de pa radigma en Khun ins i s t e en es t a d imens ion s oc io-comuni t a r i a (c f r . , s in embargo, a l re s pec to Lecour t , D . , «R uptura epi s t e -mológica y revolución científica», en Bachelard o el día y la noche, B arce-lona, Anagrama, 1975, 153 pp. , pp. 127-138).

39 . C angui lhem, G . , «Dia lec t ique e t phi los ophie du non chez Gas ton

B ache la rd» , en Études d'histoire..., o.c. , pp. 201-202.40. Cavailles, J., Sur la logique et la théorie de la science, Paris , PUF,1947, p. 78. Texto escri to en pris ión en 1942 y publicado cinco años másta rde , prec i s amente por G . C angui lhem, junto a C h. Ehres mann.

41. Cfr. Hegel , G.W.F. , Fenomenología del espíritu, o.c., pp. 39 y 46.42. Jarauta, F. , La filosofía y su otro (Cavailles, Bachelard , Cangu i-

lhem, Foucault), Valencia, Pre-Textos , 1979, 137 pp. , p. 33.43 . C angui lhem, G . , Études d'histoire et de philosoph ie des sciences,

o.c., p. 16.44. Cfr. Foucault . , M. , L'ordre du discours, o.c. , p. 74 (trad. , p. 58).45. Foucault , M. , L'archéologie du savoir, o.c. , p. 83 (trad. , p. 102).46. Cang uilhe m, G. , «De la scienc e et de la contre- science» , en Hom-

mage à Jean Hyppolite, Paris , PUF, 1975, p. 175.47 . Una pa labra no es un concepto —una mis ma pa labra puede re -

cubr i r conceptos d i fe rentes —. Un concepto es una pa labra más s u de f i -n ic ión; e l conce pto t i ene una h i s tor i a .

48. Cfr. Lecourt , D. , «La Historia epis temológica de Georges Cangui-lhem», P rólogo a C angui lhem, G . , Lo normal y lo patológico, Buenos Ai-res , Siglo XXI, 1971, 245 pp. , p. XXIV. El texto se contiene as imismo enLecourt , D. , Pour une critique de l'épistemologie, o.c. , p. 88 (trad. , p. 87).

49. Baste con remit ir a t í tulo indicat ivo a Foucault , M. «Nietzsche, laGénéalogie, l 'His toire», en Hommage à Jean Hyppolite, o.c. , pp. 145-172(trad. cas t . en: Microfísica del poder, Madr id , Las Edic iones de l a P ique-ta, 1978, 189 pp. , pp. 7-29). Se niega el comienzo y el origen en favor dela procedenc ia y l a emergen c ia .

Véas e as imis mo Foucaul t , M. , «R épons e au ce rc l e d ' ep i s t émologie» ,Cahiers pour l'analyse, 9, verano (1968), «Généalogie des sciences» (trad.cast . en: Análisis de M. Foucault, B uenos Ai res , T iempo C ontemporáneo,1970, 271 pp. , p. 224). Ahora las discipl inas his tóricas ponen en juego lodi s cont inuo.

50 . Ver nota ante r ior .51. Cfr. Lecourt , D. , Pour une critique de l'épistémologie (Bachela rd,

Canguilhem, Foucault), o.c. , p. 82 (trad. , p. 81).52 . C angui lhem, G . , La connaissance de la vie, 12 .a ed. , París , Vrin,

1971, 200 pp. , p. 129.53 . C angui lhem mues t ra has t a qué punto e l problema de l a re l ac ión

fi l t re el concepto y la vida vuelve a lo largo de toda la his toria de lafi losofía. Y son las tes is de Aris tóteles y Hegel , antes que las de Kant yIk- rgs on, l a s que res ul t an aquí s anc ionadas : e l des cubr imiento de l DNApor Wats on y C r ik en 1953 s e r í a una c i e r t a conf i rmac ión de l a r i s to t e l i s -

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m o, que po r m e d i o de l a noc i ón de fo rm a de sc ubr í a e n e l p rop i o se r v i voel concepto de ser vivo. (Para Aristóte les, e l concepto de ser vivo es e lp rop i o se r v i vo . ) Y t a m bi é n una c onf i rm a c i ón de He ge l , pa ra qu i e n l avida es «la unidad inmediata del concepto con su real idad, sin que esec onc e p t o se d i s t i nga de é s t a » . De a qu í que e sa un i da d e n t r e e p i s t e m ol o -g í a e h i s t o r i a de l a s c i e nc i a s pue da funda r se sobre o t r a un i da d que de s-cubre a l cabo de su t rabajo: la del concepto y la vida (cf . Lecourt , D. ,Pró l ogo a Ca ngu i l he m , Lo normal y lo patológico, o.c . , pp. XXVIII v

XXX) . L a s c ons i de ra c i one s se c on t i e ne n a s i m i sm o e n L e c our t , D. , Pourune critique de iépistémologie, o.c . , p . 94 y n. 20 ( t rad. , p . 92 y n. 20).54. Cangui lhem, G. , «De la sc ience e t de la contre-science», en Hom-

mage à Jean Hyppolite, o.c., p. 175.55. Hegel , G.W.F. , Fenom enología del espíritu, o.c., p. 20.56. Léase como anál isis histórico que e lucida la est ructura v la for-

mación de la especif ic idad actual del saber.57. Foucaul t , M. , L'archéologie du savoir, o.c . , pp. 66 y 74 ( t rad. , pp.

80 y 90).58 . Ibid., p. 133 ( t rad. , p . 169).59. Cfr . Foucaul t , M. , Nietzsche, Freud, Marx, Paris, Minui t , 1965,

Ca h i e r s de Rova um ont . Ph i l osoph i e , 7 ( t r a d . c a s t . : Ba rc e l ona , Ana gra m a ,1970, 57 pp. , p. 41).

60. Foucaul t , M. , L'archéologie du savoir, o.c . , p . 239 ( t rad. , p . 307).

61 . «Se i nd i c a que "c a s i " s i n p re c e de n t e , po rque Sp i noz a y Ma rx—c a da c ua l a su m a ne ra — se a de l a n t a ron por e s t e c a m i no» ( c f r . L e -c our t , D. , Pró l ogo a Ca ngu i l he m , Lo normal y lo patológico, o.c., p. IX).T e x t o c on t e n i do a s i m i sm o e n L e c our t , D. , Pour une critique de l'episte-mologie (Bachelard, Canguilhem,Foucault), o.c . , p . 67 ( t rad. , pp. 67-68).

Le normal et le pathologique —t e si s de doc t o ra do e n m e d i c i na deGe orge s Ca ngu i l he m — pub l i c a da e n 1943 y e n r i que c i da de sde e sa f e c hac on «nue va s r e f l e x i one s» , de sp i e r t a i n t e ré s t a n t o e n e l a m bi e n t e m é d i c oc om o e n t r e l o s f i ló so fos y a b re un a u t é n t i c o de ba t e e n e l que ha n dee nc ua dra r se l a s p re oc upa c i one s i n i c i a l e s de Fouc a u l t .

Maladie mentale et psichologie, París, PUF, 1955 (reedi tado en 1966con e l t i tulo Maladie mentale et personalité [ t rad. cast : Buenos Aires, Pai-dós , 1961] , su p r i m e r l i b ro , m a rc a do de c i s i va m e n t e po r l o s p l a n t e a m i e n-t os de l a t e s i s de Ca ngu i l he m , se i n sc r i be e n d i c ho de ba t e y a nunc i a l a s

v í a s m á s t a rde de sc i f r a da s e n Histoire de la folie y Naissan ce de la clini-que).

62 . Se ha c e r e fe re nc i a a l a l a bor de Ga s t on Ba c he l a rd .63. Foucaul t , M. , L'ordre du discours, o.c., pp. 10-11 (trad., p. 11).

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F OUC AUL T : DE «L A» F E NOM E NOL OGÍ AA «UN» E S T R UC T U R AL I S M O

dejenios, si lo t iene usted a bien, laspo l é m i c a s a p ropós i t o de l «c s t ruc l u ra l i sm o»que sobre v i ve n pe nosa m e n t e e n una s r e g i o -ne s a ba ndona da s a hora po r l o s que t r a ba j a n ;esa lucha que pudo ser tecunda no la sost ie-nen va más que los historiadores v los fer ian-tes.1

«Foucaul t no e s e s t ruc tura l i s t a .» 2 Af i rmac iones s imi la -

r e s , que encont r amos inc luso en los t extos de l propioFoucaul t , nos r emi ten a una se r i e de in t e r rogante s cuyoa lcance desborda no sólo nues t r a s pre t ens iones en e s t emomento s ino inc luso, en c i e r to s ent ido, e l i n t e r é s de lt r aba jo que nos ocupa . Af i rmac iones que , por o t r a pa r t e ,e sconden en su misma supe r f i c i e dos pregunta s : ¿Quiénes e l autor Foucaul t ? , ¿qué e s aque l lo que denominamoses t ruc tura l i smo? Cons ide rac iones de l a s que dependecuanto podamos dec i r a l r e spec to . Y de modo demas iadodecis ivo.

De sus textos se deduce la necesidad de disolver los

conceptos de «autor» y «obra» como sujec iones ant ropo-lógica s de l d i scur so —más ade lante lo ana l i za remos—. Ensu luga r , s e nos habla de un campo comple jo de d i scur -sos . Pero ta l vez és ta ya sea una declaración es tructura l is-t a . Algo ha va r i ado. Sin embargo, in t roduc imos un tonocondicional : «s i eso es ser lo. . . los textos f i rmados por unta l Miche l Foucaul t l o son». «Más de uno como yo, s induda , e sc r iben pa ra pe rde r e l ros t ro . No me preguntenquién soy, n i me pidan que pe rmanezca inva r i able .» 3

Si a l a pregunta «¿quién habla y quién ac túa?» sólo



cabe r e sponde r que «es s i empre una mul t ip l i c idad, inc lu-so en l a pe r sona que habla o ac túa»; s i «somos todos gru-púsculos»; s i «no exi s t e ya l a r epre sentac ión, no hay másque acc ión, acc ión de prác t i ca en r e l ac iones de conexióno de redes»...,4 entonces no cabe s ino aborda r e l a sunto enuna doble pe r spec t iva . Se t r a t a r á de ve r , por un l ado, qué«audi tor io» produce en su encuent ro con los propios t ex-tos de Foucaul t no sólo e l e f ec to de que nos ha l l amosante un «autor» y una «obra» de te rminados , s ino en quémedida caben se r ca l i f i c ados de lo que pa ra d icho audi to-r io s e denomina e s t ruc tura l i smo. Por o t ro , qué «condi -c ión-de f in ic ión» pos ibi l i t a una r e spues ta mínimamentecohe rente en los c i t ados t extos .

No e s d i f í c i l adivina r e l hor i zonte cul tura l cuandoFoucaul t r ea l i za sus e s tudios (1950-1955) . La Fenomeno-logía e s l a f i losof í a e scola r f r ancesa . La preocupac ión porl a de sc r ipc ión de los f enómenos , por su ca rác te r de «apa -recientes» a la conciencia , la ident i f icación del ser y e l

s ent ido conf iguran como func ión de l a «reducc ión» e l quela cosa prec i samente s e r educe a l «sent ido» que «of rece»a l a conc ienc ia . Se t r a t a de mos t r a r , en un segundo mo-mento , cómo l a conc ienc ia «cons t i tuye», a pa r t i r de loque l e e s dado ( a s abe r , l a s impres iones ) , un obje to quet i ene jus t amente e se s ent ido. 5

[. . .] hacia 1950, como todos los de mi generación, si-guiendo el ejemplo de nuestros nuevos maestros, me ha-bía preocupado por el problema de la significación. Todosnosotros nos hemos formado en la escuela de la fenome-

nología, en el análisis de las significaciones inmanentesen lo vivido, de las significaciones implícitas en la percep-ción y en la historia. Además, me interesaba por la re-lación que podía existir entre la existencia individual y elconjunto de las estructuras y de las condiciones históricasen las que aparece la existencia individual; el problema delas relaciones entre sentido e historia e incluso entre mé-todo fenomenológico y método marxis ta .6

Serán los e s tudios pos te r iore s de Foucaul t l os que ma-ni f i e s t en en qué medida y «a pesa r de l a s apa r i enc ia s» ,

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«una r ed apre tada l iga [ . . . ] l os pensamientos de t ipo pos i -t iv i s t a o e sca tológico ( s i éndolo e l marxi smo en pr imeraf i l a ) y l a s r e f l exiones inspi r adas en l a f enomenología». 7

Ello, a pesar de que e l anál is is de lo vivido se ins taura enla1 r e f l e x i ón m ode r na c om o una c on t e s t a c i ón r a d i c a l deese pos i t iv i smo y de d icha e sca tología . En de f in i t iva , nose hace s ino sa t i s f ace r , con mucho cuidado, l a s exigenc ia sp r e m a t u r a s que s e p l a n t e a r on de s de que s e qu i s o ha c e rva le r , en e l hombre , l o empí r i co por lo t r a scendenta l . Pre -c isamente , «la descr ipción de lo vivido es , a su pesar , em-pí r i ca».8

Así , l a f enomenología no e scapa a l pe l igro que amena -za « toda empresa d ia l éc t i ca» y l a hace de r iva r s i empre ,por propio deseo o a l a fue rza , en una ant ropología . El lo ,aunque in t enta anc la r los de rechos y los l ími t e s de unalógica forma l en una r e f l exión de t ipo t r a scendenta l y , porot r a pa r t e , l i ga r l a subje t iv idad t r a scendenta l con e l conte -nido impl í c i to de los contenidos empí r i cos , que por c i e r to

sólo e l l a t i ene l a pos ibi l idad de cons t i tu i r , de mantene r yde abr i r por medio de expl i cac iones inf in i t a s . 9

Se t r a t a r í a de ve r en qué medida se hace jus t i c i a dees te modo a l a autént i ca d imens ión de l a f enomenología yen qué a spec tos l a « l ec tura» se c iñe exces ivamente a su«dimens ión f r ancesa». Pe ro , en cua lquie r ca so , e l proble -ma —que lo e s— no e s ahora nues t ro problema . La pe r s -pect iva , en es te caso, es la del audi tor io y la cuest ión que-da r educ ida a ve r de qué modo en é l s e produje ron e s t a sr eacc iones , expec ta t iva s y conc lus iones .

No pa rece r í a pos ible da r un va lor t r a scendenta l a los

contenidos empí r i cos n i de splaza r los de l l ado de una sub-j e t iv idad cons t i tuyente s in da r luga r , cuanto menos s i l en-c iosamente , a una ant ropología , e s dec i r , a un modo depensamiento en e l que los l ími t e s de de recho de l conoc i -miento (y , en consecuenc ia , de todo sabe r empí r i co) son,a la vez , las formas concretas de la exis tencia , ta l como seda n p r e c i s a m e n t e e n e s t e m i s m o s a be r e m p í r i c o . 1 0

De ahí que «e l in t e r é s de l a s páginas que Foucaul tconsagra a l a f enomenología en e s t e contexto r adica enmos t r a r que , en de f in i t iva y a pe sa r de sus e s fue rzos ,

47



Husser ] no ha pod ido sus t raerse a l c í rcu lo an t ropo lóg i co ,n i sa l i r de l j uego por e l cua l con e l nombre de hombre(ahora de su j e to cons t i t uyen t e ) l o f i n i t o resurge ves t i do defundamento . ¿Buscar en l a i nmedia t ez de l o "v iv ido" a lgoconcre to que sea t ambién l o "or ig inar io" , ex ig i r a l a"cons t i t uc ión" que nos haga pensar l a p resenc i a i nmedia-t a de l as " fo rmas puras" en l a "exper i enc i a" , no equ iva l e ,una vez más , a desdobl a r t odo l o dado , para t razar en é l—según un surco que l o recor t a , en es t e caso de su i n t i -midad— la par t e cor respondien t e a l o empí r i co ( l o fác t i coy l o na tu ra l ) y l a cor respondien t e a l o t rascenden t a l ?» . "

Es de «esa fenomenolog í a» de l a que se a l e j a ra engran par t e e l púb l i co f i l osóf i co f rancés ; de esa fenomeno-log í a que no pudo con jurar j amás l a vec indad y e l paren-t esco con l os aná l i s i s empí r i cos de l hombre ; de esa feno-menolog í a que es «mucho menos l a re toma de un v i e jodes t i no rac iona l de Occ iden t e , cuan to l a ver i f i cac ión , muysens ib l e y a jus t ada , de l a g ran rup tura que se p rodujo en

la episteme moderna a fines del siglo XVíJl y principiosde l X I X » . 12 Y no se rá Foucau l t i nsens ib l e a l a l e j amien to .

Y creo que, como en todos los de mi generación, entre1950 y 1955, en mí se produjo una especie de conversiónque al principio parecía no tener importancia y que luegoha l legado a di ferenciarnos profundamente . El pequeñodescubrimiento, o la pequeña inquietud, si se quiere, quela ha determinado ha s ido la inquietud ante las condic io -nes formales que determinan la aparición de la significa-c ión. En o tros términos, hemos examinado de nuevo laidea husserliana según la cual todo tiene sentido, que elsent ido nos rodea y nos embiste antes de que comence-mos a abrir los ojos y a hablar. Para los de mi generación,el sentido no aparece solo, no «existe ya», o mejor, sí«ex iste ya» , pero bajo c ierto número de condic io nes queson condic iones formales . Y de 1955 en adelante nos he-mos dedicado pr inc ipa lmente a l aná l is is de las condic io -nes formales de la aparic ión de l sent ido .13

La convul s ión es c i e r t amente se r i a y a fec t a no só lo al a f e n o m e n o l o g í a s i n o a t o d o e l p e n s a m i e n t o « c o m ú n -

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me nte aceptad o» en los cí rcu los intelec tuales franceses.La v ida cu l t u ra l no es i nsens ib l e a un p roceso en e l que ,por o t ra par t e , ha j ugado un dec i s i vo pape l . Los maes t ros«hegemónicos» de 1930 a 1960 son «des t ronados» . Seas i s t e a l «paso de l a generac ión de l os "3H" —como sedec í a t ras 1945— (Hegel , Husser l , Heidegger) , a l a gene-rac ión de l os t res "maes t ros de l a sospecha" —como sed i rá en 1960— (Marx , N ie t zsche , F reud)» . 1 4

Esta ú l t ima , s i n embargo , es « incubada» y educada ene l p r i m e r c o n t e x t o . ' 5 Hegel s i gue s i endo una re fe renc i ainev i t ab l e , s i qu i e ra para marcar l os a l e j amien tos . . . «esecamino por medio de l cua l uno se encuen t ra l l evado denuevo a é l pero de o t ro modo , para después verse ob l i ga-d o a d e j a r l e n u e v a m e n t e » , ' 6 en e l reconoc imien to de que«toda nuest ra época, bien sea por la lógica, o por la epis-t emolog í a , b i en sea por Marx o por N ie t zsche , i n t en t a es -capar a Hege l» .17

El año 1960 se encuen t ra i nmerso en es t e «pensar

con t ra Hegel» que es un i nev i t ab l e con t a r con é l , y en e lque aún pesa l a cues t i ón de l a época an t e r i o r , para l a quetal vez «el porvenir del mundo y, así pues, el sent ido delp resen t e y l a s i gn i f i cac ión de l pasado dependan en ú l t imains t anc i a de l a manera cómo se i n t e rpre t en hoy l os escr i -t os hege l i anos» .1 8

Hegel , rechazado en 1930 por « románt i co» , cons idera-do máxima re fe renc i a y «cumbre de l a f i l osof í a c l ás i ca»en 1945, pasa a ser el «espacio del que huir» en 1960.«Pero escapar rea lmente de Hegel s i gn i f i ca aprec i a r exac-t amente l o que cues t a separarse de é l ; es t o supone saber

has t a qué pun to Hegel , i ns id iosamente qu i zás , se ha apro-x imado a noso t ros ; es to supone saber l o que es t odav í ah e g e l i a n o e n a q u e l l o q u e n o s p e r m i t e p e n s a r c o n t r a H e -ge l ; y medi r has t a qué pun to nues t ro recurso con t ra é l esq u i z á s t o d a v í a u n a a s t u c i a q u e n o s o p o n e y a l t é r m i n o d el a cua l nos espera , i nmóvi l y en o t ra par t e .» 1 9

Y de ahí la inevi table «paradoja». Se «huye» de la fe-nomenolog í a pero par t i endo de l p rop io Hegel , para i n t en-tar así alejarse de él . La fi losofía de la sospecha «pone enguard i a con t ra l a fa l sa c l a r i dad de l as noc iones t omadas



de l a expe r i enc ia común». Y cur iosamente é s t a s son pa la -b r a s de B a c he l a r d . 2 0 No es dif íc i l , por tanto, ver en es tapreocupac ión que embarga rá a toda l a «gene rac ión», y dela que Foucaul t s e ha rá eco, l a hue l l a de aqué l pa ra quien«lo conoc ido, prec i samente por s e r conoc ido, no e s r eco-noc i do» .21

Só l o a ho r a l a p r e gun t a po r e l e s t r uc t u r a l i s m o c ob r a

s u a u t é n t i c a d i m e ns i ón y a l c a nz a una pe r s pe c t i va e n l aque ocupa un luga r más r e l evante inc luso que l a r e s -pues ta ace rca de e l l a . Frente a l t ono «recept ivo» de loda do que s uge r í a l a «de s c r i pc i ón» , l a «de c ons t r uc c i ón»p r e s e n t a r á v is o s pa r a d ó j i c a m e n t e m á s « r e c ons t r uc t ivos » .Hay en e l lo un tono pos i t ivo , «de l imi ta t ivo». La preocu-pac ión de t a l «decons t rucc ión» se rá , s iquie ra como pro-ye c t o , m os t r a r c óm o s on c ons t r u i dos l o s d i s c u r s os f i l o -sóf i cos . De e s t e modo, e l e s t ruc tura l i smo viene a r e spon-de r a aque l l a « ingenuidad» e « i lus ión» de l enunc iadopor l imi t a r se a mani f e s t a r , mos t r a r y «de ja r s e r» a l a

cosa misma . El lo cede ante l a cons ide rac ión de que t a lvez e s t é cons t i tu ido en r azón de l a s «violenc ia s» inhe -ren tes a l dis cu rso f ilosóf ico.

Ta l pe r spec t iva obl iga a l a adopc ión de un mé todo—que más ade lante ve remos en qué medida lo e s t a l—.Método s iquie ra pa ra ana l i za r l a economía in t e rna de undi scur so de modo di f e rente de l a s v í a s de l a exéges i s t r a -dic iona l o de l forma l i smo l ingüí s t i co; mé todo s iquie rapa ra loca l i za r de un di scur so a o t ro , por e l j uego de l a scomparac iones , e l s i s t ema de l a s cor r e l ac iones func iona -l e s ; mé todo s iquie ra pa ra desc r ib i r l a s t r ans formac iones

de un di scur so y l a s r e l ac iones con l a ins t i tuc ión. La ape r -tura de e s t a vena va unida en e l c a so de Foucaul t , y prec i -samente por los r a sgos seña lados , a l nombre de G. Dumé-z i l , con quien e s tudia rá en 1954. 22

No es ca sua l que los pr imeros e s t ruc tura l i s t a s r eco-noz c a n c onc r e t a m e n t e e n l o s t r a ba j o s de G . D um é z i l unp r e c e de n t e de s u p r op i o m é t odo . 2 3 No se t r a t a r á de e s tu-dia r cada f igura , c ada concepto r e l ig ioso (Duméz i l s e cen-t r a como campo exc lus ivo de inves t igac ión en l a cues t ióni ndoe u r ope a ) , s i no l a s r e l a c i one s que m a n t i e ne n e n t r e

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e l los y los equi l ibr ios que r eve lan e s t a s r e l ac iones . «Entodas l a s r epre sentac iones humanas lo e senc ia l e s e l s i s t e -ma , impl í c i to o expl í c i to , pe ro s i s t ema , y e l e r ror funda -menta l de l inves t igador e s no busca r los s i s t emas ba jopre texto de prudenc ia y obje t iv idad.» 2 4

Y es a pa r t i r de e s t a ins t anc ia como cabe encuadra r e lproblema que nos ocupa , s iquie ra pa ra marca r l a s d i s t an-

c ia s . El proyec to de Foucaul t queda , de sde t a l r e f e renc ia ,pe r f i l a do . «T om a r é c om o pun t o de pa r t i da un i da de s t o t a l -mente dadas ( como l a ps i copa tología o l a medic ina o l aeconomía pol í t i c a ) ; pe ro no me coloca ré en e s t a s unida -de s dudos a s pa r a e s t ud i a r s u c on f i gu r a c i ón i n t e r na o s u ssec re ta s cont r adicc iones . No me apoya ré sobre e l l a s másque e l t i e m po de p r e gun t a r m e qué un i da de s f o r m a n ; c onqué de recho pueden r e iv indica r un dominio que l a s indi -vidua l i za en e l t i empo; con a r r eglo a qué l eyes s e forman;cuá le s son los acontec imientos d i scur s ivos sobre cuyofondo se r ecor t an , y s i , f ina lmente , no son, en su indivi -

dua l idad aceptada y ca s i i ns t i tuc iona l , e l e f ec to de supe r -f i c i e de unidades más cons i s t ente s . No acepta ré los con-j un t o s que l a h i s t o r i a m e p r opone m á s que pa r a e xa m i -na r los a l punto; pa ra desenlaza r los y s abe r s i e s pos iblerecompone r los l egí t imamente ; pa ra l l eva r los a un e spac iomás gene ra l que , d i s ipando su apa rente f ami l i a r idad, pe r -mi ta e l ab ora r su t eor í a . »25

De es t e modo queda pos ibi l i t ado un e spac io desde e lque plantea r «de f in ic iones -condic iones»; con lo que l ar e spues ta , ahora s í , t endrá s ent ido. Si «se admi te que e le s t ruc tura l i smo ha s ido e l e s fue rzo más s i s t emá t i co pa ra

evacua r e l concepto de suceso [ . . . ] , no veo quién puedese r más ant i e s t ruc tura l i s t a que yo». 26

Si e l e s t ruc tura l i smo se preocupa por l a s condic ionesde l a apa r i c ión de l s ent ido, Miche l Foucaul t s e mues t r ain te re sado más bien por l a s condic iones forma le s pa ra e lsurgimiento de un obje to en un contexto de sent ido. Pore jemplo, «pa ra que l a enfe rmedad y l a locura de ja ran dese r s igni f i cac iones inmedia ta s y s e convi r t i e r an en e l obje -to de un sabe r r ac iona l fue ron necesa r i a s c i e r to númerode condic iones que he in t entado ana l i za r . Se t r a t aba de l a



" in t e r rupc ión" en t re sen t i do y ob j e to c i en t í f i co [ . . . ]» . Noes , por t an to , una p reocupac ión por l a apar i c ión s i no por«cómo desaparec í a e l sen t i do : se ec l i psaba cuando secons t i t u í a e l ob j e to . Por e l l o no es pos ib l e as imi l a rme a l oque se en t i ende por es t ruc tu ra l i smo [ . . . ] desde es t e pun tode v i s t a , no se puede dec i r que yo haga es t ruc tu ra l i smoporque en e l fondo no me preocupa n i e l sen t i do , n i l ascondi c iones de su apar i c ión , s i no l as condi c iones de mo-d i f i cac ión o de i n t e r rupc ión de l sen t i do , l as condi c ionesen l as que e l sen t i do se d i sue lve para dar l ugar a l a apar i -c ión de o t ra cosa» .27

De ah í que e l sen t i do se p resen t e como un e fec to des u p e r f i c i e . L o q u e m á s p r o f u n d a m e n t e n o s p e n e t r a , « a n -t es que noso t ros» , l o que nos sos t i ene en e l t i empo y en e lespac io es e l s i s t ema. Pero t a l «profundidad» no debe en-gañamos . La es t ruc tu ra ex i s t e en sus e fec tos , no t i eneo t ra ex i s t enc i a que l a de se r una pura combinac ión dee l e m e n t o s q u e e x p o n e p r e c i s a m e n t e d i c h a e s t r u c t u r a ,

pero s i n que t a l expos i c ión t enga un a t rás o un i n t e r i o r , ys in que pueda se r encont rada en o t ra par t e que no sea l at o t a l i dad de esos e l ementos que combina . Por e l l o , se r í ae r róneo pr iv i l eg i a r e l s i s t ema como ob j e t i vo . «Se t ra t a decons t i t u i r no un s i s t ema, s i no un i ns t rumento : una l óg i caprop i a a l as re l ac iones de poder y a Jas l uchas que sees t ab l ecen a l rededor de e l l as . Es t a búsqueda no puede ha-c e r s e m á s q u e g r a d u a l m e n t e , a p a r t i r d e u n a r e f l e x i ó n(necesar i amente h i s t ó r i ca en a lguna de sus d imens iones)s o b r e s i t u a c i o n e s d a d a s . » 2 8

Esta l abor de d i agnós t i co , a l a búsqueda de un i ns t ru -

mento , desp l aza e l p rob l ema. Ya no se t ra t a de dar conl as l eyes de cons t rucc ión s i no con l as condi c iones de ex i s -t enc i a de l os d i scursos , es dec i r , l as l eyes de p roducc ión yde func io nam ien to . Y aqu í , « la fo rm ació n d i scurs iva no esu n a e s t r u c t u r a » .2 9 Se per f i l a con e l l o , nuevamente , l a po-s ib i l i dad de una «def in i c ión-condic ión» . S i «para e l es -t r u c t u r a l i s m o h a y d e m a s i a d o s e n t i d o , u n a s u p e r - p r o d u c -c i ó n , u n a s o b r e d e t e r m i n a c i ó n d e l s e n t i d o , s i e m p r e p r o d u -c ido en exceso por l a combinac ión de pos i c iones en l ae s t r u c t u r a » ,3 0 desde l a perspec t i va d i agnós t i co- ins t rumen-

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t a l seña l ada , só lo cabe añad i r l as p rop i as pa l abras deFoucau l t : «S i se me preguntase qué es l o que hago o l oq u e o t r o s h a c e n m e j o r q u e y o , d i r í a q u e n o h a c e m o s u n ainves t i gac ión de es t ruc tu ra . Har í a un j uego de pa l abras yresponder í a que hacemos i nves t i gac iones de d inas t í a . D i -ría, jugando con las palabras griegas (oDvaniQ Suvcccrceta),q u e i n t e n t a m o s h a c e r a p a r e c e r a q u e l l o q u e h a p e r m a n e c i -d o h a s t a a h o r a m á s e s c o n d i d o , o c u l t o y p r o f u n d a m e n t einves t i do en l a h i s t o r i a de nues t ra cu l t u ra : l as re l ac ionesde poder» .31

El ob j e t i vo es , por t an to , p reparar e l u t i l l a j e menosc o s t o s o t e ó r i c a m e n t e y q u e a r r a s t r e u n a m e n o r c a n t i d a dde supues tos p rev ios , de i nerc i as y res i s t enc i as , para darcuen t a de l func ionamien to , por e l e j e rc i c io de l poder(cuyo a l cance se rá ob j e to de un pos t e r i o r apar t ado) . Seh a b l a d e c ó m o f u n c i o n a , c ó m o o c u r r e , c ó m o s e d i s t r i b u -ye , no de dónde p rov i ene . De ah í que , an t e l a ca renc i a dei n s t r u m e n t o s d e a n á l i s i s s u f i c i e n t e m e n t e f i n o s c o m o p a r a

q u e e s t a s g r a n d e s c u e s t i o n e s p u e d a n s e r r e s u e l t a s d emodo convincen t e , l a o r i en t ac ión se cen t ra en e l es tud io«por sus e fec tos» .

La l ánguida cons iderac ión (« todav í a no pensamos») al a que nos re fe r imos más a r r i ba , máximo «efec to» , t i eneahora un t ono más i nc i s i vo y opera t i vo . ¿Cómo pos ib i l i t a rsu emergenc i a? Y es desde aqu í desde donde l a p regunt apor l a razón cobra su au t én t i ca d imens ión . E l l a nos remi -t e a su vez a l d i scurso mi smo. No fa l t an qu i enes op inanque p rec i samente l a novedad de Miche l Foucau l t es e l« c o n s i d e r a r c o m o s e c u n d a r i a s l a s t r a n s f o r m a c i o n e s e n e l

o rden de l saber nac idas de l a exper i enc i a y como esenc i a -l es l as mutac iones de reg l as de fo rmación [ . . . ] t odo cono-c imien to no se e l abora en func ión de una u rgenc i a p rác t i -ca , como lo de j aba en t ender l a ep i s t emolog í a c l ás i ca , s i noporque o t ros conoc imien tos l e han o to rgado l a pos ib i l i -d a d d e a p a r e c e r » . 32 Pero t a l a f i rmación só lo cobra sen t i dodesde l a perspec t i va de que «hay rea l i dades que se p re -sen t an [ . . . ] como regu l a r i dades , j uego de re l ac iones d i fe -renc i a l es , de i n t e r re l ac iones de t e rminan t es a l n ive l de ld i s c u r s o m i s m o » . 3 3 U n a a d e c u a d a c o m p a g i n a c i ó n d e a m -



bas a f i rmaciones s i t úa en su j us to t é rmino l a «mater i a l i -dad» de d i cho d i scurso .

La decons t rucc ión mues t ra su ros t ro «pos i t i vo» . F ina l -mente , « l a noc ión de l o impensado da acceso a l a noc ión—más radical— de fini tud».34 E l p r o b l e m a s e p l a n t e ac o m o p r e g u n t a p o r l a r e g u l a r i d a d , c o m o c u e s t i ó n a c e r c ade l as re l ac iones en t re e l l engua j e y su ex t e r i o r i dad , comoal t e rna t i va pa ra p ro cur ar e fec tos y consegui r « l a v i c to r ia»median t e d i scursos es t ra t ég i cos ; con l o que e l s i gn i f i cadopasa a se r pos i c iona l y d i fe renc i a l .

N o f a l t a n , s i n e m b a r g o , q u i e n e s h a n p r e f e r i d o o p t a rpor un a expos i c ión más s i s t emát i ca de l asu n to y no h andudado en «c l as i f i ca r» l as i n t e rpre t ac iones de l pensa-mien to de Foucau l t . Se t ra t a r í a de una conf igurac ión depresen t ac ión s imi l a r a l a que s i gue : 35

1. Estructuralismo

Para Roland Bar thes , l a h i s t o r i a descr i t a por Foucau l tes una h i s t o r i a es t ruc tu ra l en dos n ive l es , e l de l aná l i s i s ye l de l p royec to . En l a noc ión de es t ruc tu ra de Foucau l t , ala que apela expl íci tamente, se insiste en la idea de total i -dad func iona l , más que en l as un idades cons t i t uyen t es ;pero és t a es una cues t i ón de l d i scurso . E l sen t i do de es t aac t i t ud es e l m i smo: se t ra t a s i empre de hacer var i a r , a l ap a r , f o r m a s y c o n t e n i d o s . S e s u b r a y a l a d i m e n s i ó n t r a n s -h i s t ó r i ca de t a l es fo rmas y de su carác t e r permanent e , ha-b l a n d o i n c l u s o d e u n a e s t r u c t u r a e s p e c í f i c a c o m o « f o r m a

d e l a s f o r m a s » .3 6

2 . Estructuralismo sin estructura

Jean P i age t cons idera que Foucau l t , a l f i a rse de susin tu i c iones , sus t i t uye por l a improv i sac ión especu l a t i vat o d a m e t o d o l o g í a s i s t e m á t i c a . L a a r g u m e n t a c i ó n s e a p o y asobre l as p rop i as pa l abras de Foucau l t : «e l es t ruc tu ra l i s -mo no es un método nuevo , s i no l a conc i enc i a desp i e r t a ei n q u i e t a d e l s a b e r m o d e r n o » . 3 7 D e a h í q u e s u s a m b i c i o n e s

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e s t r u c t u r a l i s t a s n o p u e d a n d e s e m b o c a r e n e l d e s c u b r i -m i e n t o d e e s t r u c t u r a s p r o p i a m e n t e e p i s t e m o l ó g i c a s q u eunan en t re s í l os p r i nc ip ios fundamenta l es de l a c i enc i ad e u n a é p o c a , a l n o s e r c a p a z d e s u p e r a r — e n c o n c r e t opor esa fa l t a de método— dos esco l l os : a) l a a r b i t r a r i e d a dde l os carac t e res a t r i bu idos a una ep i s t eme, y b ) su he t e -rogene idad i n t r í nseca . De ah í que , desde su perspec t i va ,re t i ene de l es t ruc tu ra l i smo es t á t i co t odos sus aspec tos ne-g a t i v o s y s u s e s t r u c t u r a s ú n i c a m e n t e s o n e s q u e m a s f i g u -r a t i v o s y n o s i s t e m a s d e t r a n s f o r m a c i o n e s q u e s e c o n s e r -v a n n e c e s a r i a m e n t e g r a c i a s a u n r e a j u s t e . 3 8

3 . Arqueolog ía del estructuralismo

Pier re Daix es t ima que Foucau l t , a pesar de par t i c i parde l a cor r i en t e de i deas y de i nves t i gac iones «es t ruc tu ra -l i s t as» , hace a l m i smo t i empo a lgo que no se de j a reduc i ra l es t ruc tu ra l i smo. Apoyándose en l os p rop ios t ex tos deFoucau l t , P i e r re Daix t ra t a de ver en qué medida aqué l nobusca en e l d i scurso sus l eyes de cons t rucc ión , s i no suscondic iones de ex i s t enc i a . Además , se t ra t a de no v incu l a re l d i scurso a l pensamien to , a l esp í r i t u o a l su j e to que pu-d i e ron dar l e nac imien to , s i no a l campo prác t i co en e l cua lse desp l i ega . E l p rob l ema p l an t eado no es , por t an to , decód igos , s i no de acon t ec imien tos : aque l l o que l os ha he-cho pos ib l es como enunc i ados , a e l l os y a n ingún o t ro ensu l ugar . Su p reocupac ión se o r i en t a , por t an to , a l n ive lde l a rch ivo , en a t enc ión a una se r i e de reg l as de ex i s -t enc i a . La p regunt a es , por e l l o , acerca de l as condi c iones

de va l i dez de t ransmi s ión de l os d i scursos . De ah í que , enopin ión de Daix , t a l vez haya ya en Foucau l t e l i n i c io deuna c r í t i ca de l es t ruc tu ra l i smo, l a neces idad de una «ar -q u e o l o g í a d e l e s t r u c t u r a l i s m o » . 3 9

4 . Liquidación neo-keideggeriana del estructuralismo

Umber to Eco subraya que es i nú t i l c reer en l a es t ab i -l i dad de l as es t ruc tu ras y en l a ob j e t i v idad de l as se r i essignificantes que las encabeza, si al defini r estas series esta-

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mos dent ro de l proceso e individua l i zamos como de f in i t i -va una f a se de l mismo. Dicho proceso ha de se r abie r to .No cabe e l r azonamiento que impl ique l a to t a l idad de l a spe r spec t iva s s ino como dec la rac ión gene ra l que no f r ag-m e n t e l a hom oge ne i da d de l pa no r a m a .

Ahora b ien , a l a organizac ión de unive r sos ce r r adoscor re sponde l a conc ienc ia de l a ape r tura de l proceso quelos engloba y los r ee s t ruc tura ; pe ro e s t e proceso puedeindividua l i za r se solamente como una suces ión de unive r -sos ce r r ados y forma l i zados . 4 0

5. Postestructuralismo

Para Josué Hara r i 41 t a l denominac ión e s t a r í a jus t i f i c a -da por e l c a rác te r de fue rza r adica l inde te rminada quehace que sus e sc r i tos s e pe rc iban como ext r emo y comoruptura en la exploración de los l ímites de lo inte l igible .Se desca l i f i c a r í a l a pos ibi l idad de un conoc imiento s i s t e -

má t i co ante l a inviabi l idad de tomar a l a l i ngüí s t i ca comomode lo pa ra desa r rol l a r «gramá t i ca s» y e s t ablece r inven-t a r ios s i s t emá t i cos de e l ementos y pos ibi l idades combina -tor i a s . El proyec to queda r í a subve r t ido a causa de l fun-c ionamiento de los propios t extos , por lo que se insc r ib i -r í a en un quehace r en e l que l a decons t rucc ión de r r id i anase e r ig i r í a en fue rza pr imordia l . Su obra s e r í a , en e s t esent ido, más «texto» que «ciencia».

Sin embargo, quizá s e s t a denominac ión no haga s inoremi t i rnos nuevamente a l a s i tuac ión in i c i a l .42

6 . , . .4 3

Pero t a l vez mantene r se en e s t e empeño por «c la s i f i -ca r» mues t r a ha s t a qué punto aún no se ha abie r to pasoa l propio dec i r de Foucaul t . Efec t ivamente , « l a e s t ruc tura ,a l l imitar y f i l t rar lo vis ible , le permite t ranscr ibirse a ll engua je»; 4 4 pero en es te «poner la re j i l la» e l quehacer re-sul t a «cuas i -botánico», s i endo pre sa de una mera desc r ip-c ión.

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NOTAS

1. Foucaul t , M. , L'archéologie du savoir, París, Gal l imard, 1969, 280pp. , p. 261 ( t rad. cast . : México, Siglo XXI, p. 345).

2 . L e vy , Be rna rd -He nr i , «L e sys t è m e Fouc a u l t » , Le Magazine Littérai-re, 101, junio (1975), 8. Art ículo contenido asimismo en Politiques de la

Philosophie, Châtelet, Derrida, Foucault, Lyotard, Serres ( t e x t os r e un i dospor Dom i n i que Gr i son i ) , Pa r í s , Be rna rd Gra sse t & Fa sque l l e , 1976, 199pp., p. 181.

3. Foucaul t , M. , L'archéologie du savoir, o.c . , p . 28 ( t rad. , p . 29).4. Foucaul t , M. , «Les inte l lectuels e t le pouvoir» L'Arc, 49, 2." t r imes-

t re (1972), 4 ( t rad. cast . en: Microfïsica del poder, Ma dr i d , L a s E d i c i one sde la Piqueta , 1978, 189 pp. , p. 78; en e l Viejo Topo, 6 (1977); y en Sexo,poder, verdad, Barcelona, Materia les, 1978, 280 pp. , p. 69).

5 . C f r . De sc om be s , Vi nc e n t , Le même et l 'autre. Quarante-cinq ans dephilosophie française. (1933-1978), Paris, Minui t , 1979, 224 pp. , p. 96.

6 . Com uni c a c i ón pe r sona l de Mi c he l Fouc a u l t , e n Ca ruso , P . , Con-versazioni con Lévi-Strauss, Foucault y Lacan, Milán, U. Mursia & C. ,1969 ( t rad. cast . : Barcelona, Anagrama, 1969, 131 pp. , p. 68).

7 . Fouc a u l t , M. , Les mots et les choses, Pa r i s , Ga l l i m a rd , 1966 , 400

pp. , p. 332 ( t rad . cast . : 9 ." éd. , México, S iglo XXI, 1978, 375 pp. , p. 313).8. Ihid., p. 337 ( t rad. , p . 317).9. Ihid., p. 261 ( t rad. , p . 243).10. Ihid., id. ( t rad. , p . 243).11 . W a hl , Fra nç o i s , Qu'est-ce que le structuralism e?, Paris, Seui l ,

1973 ( t rad. cast . : Buenos Aires. Losada, 1975, 231 pp. , p. 118).12. Foucaul t , M. , Les mots et les choses, o.c . , p . 336 ( t rad. , p . 316).13 . Com uni c a c i ón pe r sona l de Mi c he l Fouc a u l t , e n Ca ruso , P . , o . c . ,

t rad. , p . 68.14. Descombes, V. , o.c . , p . 13.15. Resul ta signif icat ivo que a los cursos de Kojève (1933-1939) so-

bre la Fenomenología del espíritu (no t r a duc i da a l f r a nc é s ha s t a 1947)a c ude n , e n t r e o t ros , Ra ym ond Aron , Ge orge s Ba t a i l l e , Al e xa ndre Koyré ,P i e r r e Kl ossowsk i , Ja c que s L a c a n , Ma ur i c e Me r l e a u -Pon t y , E r i c W e i l , e l

R . P . Fe ssa rd y , e n oc a s i one s , André Bre t on .16. Foucaul t , M. , L'ordre du discours, Paris, Gal l imard, 1971, 82 pp. ,

p. 74 ( t rad. cast . : Barcelona, Tusquets, 1973, pp. 58-59).17 . Ihid., id. ( t rad. , pp. 58-59).18. Kojève, Alexandre , Critique, 2-3 (1946), 366.19. Foucaul t , M. , L'ordre du discours, o.c . , pp. 74-75 ( t rad. , p . 59).20 . Cf r . Gue de z , Ann i e , Foucault, Pa ns , E d i t i ons Un i ve r s i t a i r e s ,

1972, 121 pp. , p. 70.21 . He ge l , G. W . F. , Fenomenología del espíritu, 2." r e i m p . , Mé x i c o ,

FCE, 1973, 484 pp. , p. 23. Lo «notorio» se l imita a ser «not ic ia» exterior:no ha y r e c onoc i m i e n t o .

22 . Cf r . Fouc a u l t , M. , L'ordre du discours, o.c . , p . 73 ( t rad. , p . 57).



23. Morey, Miguel, Lectura de Foucault, Madr id , T aurus , 1983 , 365pp. , cfr. p. 42.

24 . Duméz i l , Georges , «Cha i re de s C iv i l i s a t ions Indo-E uropéenne» ,l e cc ión inaugura l de l Co l l ège de F rance , d ic iembre de 1949 . (C i t ado porMorey, M., o.c . , p. 42.)

25. Foucault , M., L'archéologie du savoir, o.c . , p. 38 (trad. , pp. 42-43).26. Foucault , M., «Vérité e t pouvoir» (entrevis ta con M. Fontana),

L'Arc, 70, especial , 16-26 (trad. cas t , en: Microfísica del poder, o.c., p.179).27. Foucault , M., en Caruso, P . , Conversazioni con Lévi-Strauss, Fou-

cault y Lacan, o.c . , t rad. , pp. 69-70.28. Foucault , M., «Poderes y es trategias», en Microfísica del poder,

o.c., p. 173.29. Deleuze, Gilles , Un nouvel archiviste, Paris , Bruno Roy Ed. , 1972,

52 pp. , p. 30.30. Deleuze, G-, «À quoi reco nnai t-on le s tructu ralism e?», en F ran-

çois Châtelet (dir. ) , H. de la Philosophie, au XX' Siècle, t. IV, Verviers,Bélgica, Marabour, 1979, p. 300.

31. Foucault , M., A Verdade e as Formas Jurídicas, Río de J ane i ro ,Ed. Pontific ia Univers idade Católica do Rio de Janeiro, 1978 (trad, cas t . :Barcelona, Gedisa, 1980, 174 pp. , p. 38).

32. Guedez, A. , Foucault, o.c . , pp. 51-52.33 . Kremer-Mar ie t t i , Angè le , Foucault et l'archéologie du savoir, P a-

ris , Seghers , 1974, 244 pp. , p. 176.34. Corvez, Maurice, Les structuralistes. Foucault, Lévi-Strauss, La-

can, Althusser, P ar i s , Aub ie r Monta igne , 1969 ( t rad , c a s t . : Buenos Ai re s ,Am orro rtu, 1972, 153 pp. , p. 51).

35 . T om am os de Corra d i lo s c a l i f i c a t ivos -ep íg ra fe s con los que s e re -f i e re a Ba r the s , P iage t , Da ix y E co . Nos d i s t anc iamos , s in emba rgo , des u p lan teamien to y de s a r ro l lo , que e laboramos de s de los p rop ios t ex tosde d ichos au to re s .

Corradi, E . , Filosofía della «morte dell'uomo». Saggio sul pensiero diM. Foucault, Milán, Vita e Pensiero, Univers i té Católica , 1977, 288 pp. ,pp. 161-172.

Corrad i no duda en p ros egu i r « tenazmente» s u l abor ha s ta ro tu la rqu ince in te rp re tac iones de F oucau l t . Cons ide ramos que n i lo s t ex tos a

que s e re f i e re —en ocas iones apoya e l c a l i f i c a t ivo en una s imple confe -rencia del «intérprete»— ni la «proximidad» de los textos «de» y «sobre»F oucau l t a cons e jan empres a s t an g rand i locuen te s y p re tenc ios a s .

36 . C f r . po r e j emplo Ba r the s , R . , «P or amb as pa r t e s » , en EnsayosCríticos, Barce lona , S e ix Ba r ra i , 1967 , pp . 201-210 . L a toma de pos ic iónse explici ta en las pp. 205-206.

37 . F oucau l t , M . , Les mots et les choses, o.c . , p. 221 (trad. , p. 206).38. Cfr. P iaget , Jean, Le structuralisme, Paris , PUF, 1974 (trad, cas t . :

Barc elona , Oikos-Tau, 1974, 166 pp. , pp. 146-155).39 . C f r . Daix , P ., «S t ruc tu r e du S t r uc tu ra l i s m e ( I I ) : A l thus s e r e t F ou-

cault», Les Lettres Françaises (Paris ), 1.239 (1968) (trad. cas t , en: Clavesdel estructuralismo, Buenos Aires , Caldén, 1969, 155 pp. , pp. 48-59).

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40 . E co , Umber to , La estructura ausente. Introduc ción a la semiótica,Barce lona , L u men , 1978 , 510 pp . (c f r . s obre todo 397-472 pp . I . «E s t ruc -tu ra y e s t ruc tu ra l i s mo» [ s e s ubraya l a neces idad de aborda r e l p rob lemade l fundamento ep i s t emológ ico de l mé todo] , 2 . «Rea l idad on to lóg ica os i s t ema ope ra t ivo» , y 3 . «P ens amien to e s t ruc tu ra l y pens amien to s e r i a l» ) .

41. Harari , J . (ed.), Textual Strategies: Perspectives in Post. Structura-list Criticism, Ithaca, Cornell Univers i ty Press , 1979; y Structuralists and

Structuralisms, I thaca , D iac r i t i c s , 1971 .42 . E s te empeño que ins i s t e en una aguda conc ienc ia au toc r í t i c a s e

ha l l aba ya p re s en te en los o r ígenes de l quehace r e s t ruc tu ra l i s t a , re fo r -zando p rec i s am en te s u e s p í r i tu (c f r . L ewis , P h i l ip E . , «T he P os t -S t ruc tu -ra l i s t Cond i t ion» , Diacritics, 12 , 1 [1982] , 1 -24) . De ah í que J ona th anCul le r cons ide re poco f i ab le l a d i s t inc ión , dado que «un comenta r io e s -c rupu los o de l a c r í t i c a que s e cen t re en l a d i fe renc ia en t re e s t ruc tu ra l i s -m o y pos t -e s t roc tu ra l i s mo tendr ía que s aca r l a conc lus ión de que engene ra l lo s e s t ruc tu ra l i s t a s s e pa recen más a los pos t -e s t ruc tu ra l i s t a s delo que muchos de é s tos s e pueden pa rece r en t re s í» ( Sobre la deconstruc-ción. Teoría y crítica después del estructuralismo , Madr id , Cá ted ra , 1984 ,261 pp. , p. 30).

43 . L a re lac ión de au to re s que han abordado e l p rob lema de l e s t ruc -tu ra l i s mo «en d iá logo» con los p lan teamien tos de F oucau l t re s u l t a r í a in -

t e rminab le . No re s i s t imos , s in emba rgo , e l no a lud i r a Corvez , Maur ice ,«L e s t ruc tu ra l i s me de Miche l F oucau l t» , Revue Thomiste, LXVIII, 1, ene-ro -m arzo (1968) , 101-124 : s u « ingenu idad» nos de s conc ie r t a . Y l a Cha te -let , F . , «Olí en es t le s tructuralisme?», La Quinzfiine Littéraire (París ), 31(1967) : e s l a ambic ión de los p lan teamien tos lo que nos re s u l t a a t rac t ivo .

44 . F oucau l t , M . , Les mots et les choses, o.c . , p. 147 (trad. , p. 136).



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E L L E NGUA J E Y E L DI S C U R S O.P AR A UNA AR QUE OL OGÍ A DE L S AB E R

El lenguaje , la razón y la s in-razón

[ . . . ] no provengo de la errá t ica Délos, nide l undoso m a r , n i de l a s p ro funda s c a ve r -na s , s i no de l a s m i sm a s i s l a s Afor t una da s ,donde t odo c re c e e spon t á ne a m e n t e y s i n l a -bor. Al l í no hay ni t rabajo, ni vejez , ni enfer-medad, ni se ve en e l campo el gamón, ni lamalva, la cebol la , e l a l t ramuz, e l haba u ot roest i lo de bagate las, sino que por doquier losojos y la nariz se dele i tan con e l a jo áureo, lapa nc e , l a ne pe n l e , l a m e j o ra na , l a a r t e m i sa ,e l loto, la rosa , la viole ta y e l jac into, cualo t ro j a rd í n de Adon i s . '

¿Cómo expresa r l a ausenc ia de obra 2 que es, a su vez,la ausencia de l ibro? 3 Descubie r ta como un lengua je quese callaba en su superposición a sí mismo, la locura nocuen ta n i mani f ies ta e l nac imien to de una obra (o de a lgosimilar que pudiera l legar a serlo) . Designa más bien laforma vacía de la que aquélla proviene, es decir , e l lugardonde no de ja de es ta r ausen te , donde jamás se l a encon-trará porque nunca estuvo al l í . . . «en esta región pálida, eneste escondite esencial , se revela la incompatibil idad ge-

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mela de la obra y de la locura; es el punto ciego de lapos ib i l idad de cada una y de su exc lus ión mutua» . 4

El surgimiento del «objeto-locura» deja sin palabras alloco. Nace así el discurso «acerca de él», «sobre él»,. . . ycon el lo desaparece su propio sentido. En defini t iva, es delo que se trataba. Queda si lenciado así «este egoísmo sinrecurso n i separac ión y es ta fasc inac ión por lo que hay de

más ex te r io r en lo inesenc ia l» . s

Pero no es tá c la ro que s iempre fuera as í . Desde que a lf ina l de la Edad Media la l ep ra desaparece de l mu ndoocc iden ta l , l a locura ocupa p lenamente su lugar como té r -mino de una «exclusión». Aquella experiencia indiferen-ciada, aún no escindida, entra en el i r .undo de un «len-guaje» que no es el suyo. «Un objeto nuevo acaba de apa-recer en el paisaje imaginario del Renacimiento [ . . .] , es laNeuf de Fous, la nave de los locos, extraño barco ebrioque navega por los r íos tranquilos de Renania y los cana-les f l amencos .» 6 Cabe así una existencia errante y un es-

pac io , s iqu ie ra «sa lp icadamente común» . Cabe , a s í , e lespectáculo literario-pictórico (el Bosco, Brueghel, Thierrv,Bouts, Durero,. . .) que se desl iza en el terreno de la puravisión donde la locura despliega sus poderes: «t iene al l íuna fuerza primit iva de revelación: revelación de que loonír ico es real».7

De o t ro lado , s in embargo , con Brand t , con Erasmo,con toda la t r ad ic ión humanis ta , l a locura queda a t rapadaen el universo del discurso. Se hace más suti l . . . y se des-arma. Será un objeto, pero el objeto de su r isa. No podrátener nunca la ú l t ima pa labra ace rca de la ve rdad y de l

mundo; e l d i scurso por e l que se jus t i f ique só lo p rovendráde una «conciencia cr í t ica del hombre». Así , las f igurast rág icas en t ran p rogres ivamente en la sombra .

Cada vez resu l ta rá más d i f íc i l da r con sus hue l las .Sólo subsist irá en las noches del pensamiento y de lossueños. En el s iglo XVI es más una «ocultación» que unades t rucc ión rad ica l . La exper ienc ia t r ág ica y cósmica dela locura se encuentra disfrazada por los privi legios exclu-sivos de una conciencia cr í t ica. Sólo desde esta «ausen-cia» cabe entender nuestra experiencia de el la y la «con-



ñscac ión» que e fec túa e l pensamiento r ac iona l a l ana l i -za r l a como enfe rmedad menta l . Expe r i enc ia t r ágica d i f í -c i l , s in embargo, de r educ i r de l todo.

As í , por una pa r t e , l a locura s e convie r t e en una formare la t iva de l a r azón, o más b ien locura y r azón ent r an enuna r e l ac ión pe rpe tuamente r eve r s ib le que hace que todalocura t enga su r azón —la cua l l a juzga y l a domina—, y

toda r azón su locura —en l a cua l s e encuent r a su ve rdadi r r i sor i a—.8 Por o t ro l ado, d i cha locura s e convie r t e enuna de l a s formas mismas de l a r azón. 9 Con el lo, aquel lano t iene ya exis tencia absoluta , sólo exis te por re la t ividada é s t a : l a locura no conse rva sent ido y va lor más que en e lcampo mismo de l a r azón. Y l a s inrazón se ve pr ivadapa ra s i empre de u t i l i z a r r azonablemente «su r azón»; y ha -cer lo es de «locuras-sabias», no como esas «locuras- locas»que son incapaces de r econoce r su luga r en l a r azón y l avic tor ia de és ta . Ya hay «verdad» de la locura: «ser inte-r ior a l a r azón, s e r una f igura suya , una fue rza y como

una ne c e s i da d m om e n t á ne a pa r a a s e gu r a r s e m e j o r de s ím i s m a » .1 0

Ya se va ordenando todo «es te mundo de locos». Sea le j a y ocul t a aque l l a r ea l idad t r ágica , aque l de sga r r a -miento absoluto que l a abr í a «a o t ro mundo». Los pode -re s inquie tante s que l a habi t aban han s ido dulc i f i cados ,domes t i cados , i n t egrando e l cor t e jo de l a r azón. «Re teni -da y mantenida , ya no e s ba rca , s ino hospi t a l .» Todoa que l «m undo de de s o r de n , pe r f e c t a m e n t e o r de na do ,hace por turno e l Elogio de l a r azón. En e s t e "Hospi t a l " ,el encierro ya ha desplazado a l embarco». 1 1 Y en e sa me-

dida será «locura- loca» s i lo dice la razón, es to es , s i cabeen ella.El lo s igni f i ca e l f in de l a pos ibi l idad de l a expe r i enc ia

— t a n f a m i l i a r e n e l R e na c i m i e n t o— de una «R a z ón i r r a -z ona b l e » , de una « r a z ona b l e S i n r a z ón» . E l a dve n i m i e n t ode l a «ra t io» nos s i túa f r ente a Desca r t e s , quien encuen-t r a l a locura a l l ado de l sueño 1 2 y de todas l a s formas dee r ror . Es e l de f in i t ivo camino hac ia su s i l enc io . «La No-Raz ón de l s ig lo XVI fo rm ab a una e sp ec ie de pe l igroa b i e r t o , c uya s a m e na z a s pod í a n s i e m pr e , a l m e nos e n

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de r e c ho , c om pr om e t e r l a s r e l a c i one s de l a s ub j e t i v i da d yde l a ve r da d . E l e nc a m i na m i e n t o de l a duda c a r t e s i a naparece tes t imoniar que en e l s iglo XVII e l pel igro se hal lac on j u r a do y que l a l oc u r a e s t á f ue r a de l dom i n i o de pe r -t enenc ia en que e l su je to conse rva sus de rechos a l a ve r -dad: e se dominio que , pa ra e l pensamiento c l á s i co , e s l ar azón misma . En ade lante l a locura e s t á exi l i ada .» 1 3 S e

t r aza , a s í , una l ínea d ivi sor i a . El «hombre» podrá e s t a rl oc o , pe r o no e l «pe ns a m i e n t o» i n s e ns a t o ; ha b r á de pe r -c ibir «lo c ier to».

Una pa labra ha s ido ence r r ada , un l engua je s i l enc iado.Aque l l a l í nea d ivi sor i a no sólo e s t ablece l a d i cotomíaRazón/Sinrazón, s ino que marca l a s j e r a rquía s . En e l um-bra l de nues t r a mode rnidad e l pa r Norma l /Pa tológico co-bi j a r á «expre s ivamente» dicha dicotomía . La locura s e rá ,a s í , e l d i s cur so de l a r azón sobre l a s inrazón. «Porquenues t ro s abe r , que nunca se s epa ra de nues t r a cul tura , e se senc ia lmente un sabe r r ac iona l , i nc luso cuando l a h i s to-

r ia obl iga a la razón a ampliarse , a corregirse o a desmen-t i r s e ; e s un di scur so de l a r azón sobre e l mundo: d i scur r i rsobre la locura , a par t i r del saber , sea cual sea e l extremoa l que se l l egue , e s no sa l i r en modo a lguno de una ant i -nomia func iona l cuya ve rdad queda a s í s i tuada en un e s -pac io t an inacces ible a los locos como a los hombrescue rdos ; porque pensa r e s t a ant inomia e s s i empre pensa r -l a a pa r t i r de uno de sus t é rminos : l a d i s t anc ia aquí sóloes l a ú l t ima a s tuc ia de l a r azón.» 1 4

Y es aquí donde e l problema se p lantea en su más ple -na r adica l idad: «e l s abe r , s ean cua le s fue ran sus conqui s -

t a s , sus audac ia s , sus gene ros idades , no puede e scapa r al a r e l ac ión de exc lus ión, no puede de ja r de pensa r e s t ar e l ac ión en t é rminos de inc lus ión». 15

Queda con e s to pe r f i l ado uno de los a spec tos de l pro-b l e m a que nos oc upa y c uya a u t é n t i c a d i m e ns i ón ve nd r ádada por su d iá logo con l a «conf igurac ión» de l l engua je . 1 6

Para e l lo nos s i tua remos , a s imismo, en e l f in de l Renac i -miento . Con é l vendrá l a «huida»; y a s í e l l engua je , en vezde exi s t i r como e sc r i tura ma te r i a l de l a s cosas , no encon-



t rará ya su espacio s ino en e l régimen general de los s ig-nos r epre senta t ivos .

«Es ta nueva di spos ic ión ent r aña l a apa r i c ión de unnuevo problema has ta entonces desconoc ido: en e l ec to , s eha b í a p l a n t e a do l a p r e gun t a de c óm o r e c onoc e r que unsigno designa lo que s ignif ica ; a par t i r del s iglo xvn sepregunta rá cómo un s igno puede e s t a r l i gado a lo que

s igni f i ca . Pregunta a l a que l a época c l á s i ca da rá r e spues -t a por medio de l aná l i s i s de l a r epre sentac ión; y a l a quee l pe ns a m i e n t o m ode r no r e s ponde r á po r e l a ná l i s i s de lsent ido y de la s ignif icación [ . . . ] de hecho, e l lenguaje nose rá s ino un ca so pa r t i cula r de l a r epre sentac ión.» 1 7 Sedeshace a s í l a profunda pe r t enenc ia de l l engua je y de lmundo. Las cosas y l a s pa labra s s e s epa ran. «El d i scur sotendrá , de sde luego, como t a rea e l dec i r l o que e s , pe rono se rá más que lo que dice .» 18

Es te l engua je —caso pa r t i cula r de l a r epre sentac ión ode la s ignif icación— «caerá» a par t i r del s iglo XIX en los

«brazos del suje to». El lo le s i tuará ya excesivamente le josde aque l e s t ado pr imero de l a l engua que «no e ra un con-junto de f in ib le de s ímbolos y r egla s de cons t rucc ión, s inouna masa inde f in ida de enunc iados , un cente l l eo de cosasdichas . . . Ante s que l a s pa labra s había l a s f r a se s ; ante s quee l vocabula r io , l os enunc iados ; ante s que l a s s í l abas y l aavenienc ia e l ementa l de los sonidos exi s t í a e l i nde f in idomurmul lo de lo que se dec ía» . 19 Ahora e s e l t i empo de l a s«ideas».

¿Por qué e s t e in t e rnamiento de l «di scur so i r r ac iona l»?¿Qué ins id iosa r azón in te rpe la de sde e se d i scur so , mole s -

t a y agrede ot r a s conqui s t a s? Pe ro , i nc luso r educ ida a ls i lencio y excluida , la locura t iene valor de lenguaje y suscontenidos toman sent ido a pa r t i r de lo que l a denunc ia yla r echaza como locura . 2 0

Es e s t a t ens ión l a que impul sa a no da r por inevi t abley de f in i t ivamente e s t able e l proceso y e s de sde e l l a de sdedonde c a be c om pr e nde r c óm o nue s t r a s oc i e da d s e e xp r e -sa en e sa s formas pa tológica s en l a s que se n iega a r eco-noce r se . 2 1 Tens ión que se expre sa como una «búsqueda -comba te» de los e spac ios de l a r azón y l a s inrazón en l a

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que l a «sospecha» nos induce a v i s lumbra r —s iquie ra ex-pl ica t ivamente— una Razón que f inalmente —tal vez fa-t a lmente— com ba te con e llos y f ina li za imp onién dose .

No e s de ext r aña r que , en e s t e s ent ido, l a Historia de lalocura haya s ido cons ide rada «"una hi s tor i a de los l ími -t e s " ; de e sos ges tos oscuros , necesa r i amente o lvidados t anp r on t o c om o s on e j e c u t a dos , m e d i a n t e l o s c ua l e s una c u l -

tura r echaza a lgo que se rá pa ra e l l a lo Exte r ior» .2 2

En e s t e s ent ido, r e sul t a e spec ia lmente s igni f i ca t ivo quee l «Gran Enc ie r ro», que se produce hac ia l a misma hora(una mañana se de t i ene en Pa r í s a s e i s mi l pe r sonas ) con-f irma es te exi l io de la locu ra , pero evid enc iand o e l a lcan-ce «exc luyente» de l a ope rac ión. Los locos van con aque -l los que forman e l de s f i l e de l a s expe r i enc ia s r adica le s—que tocan, bien a la sexual idad, a la re l igión, a la l iber-tad, e tc .-—, es decir , con quienes configuran la posibi l idadde ins t aura r se ent r e e l pensamiento l ibre y e l s i s t ema dela s pa s iones . El problema a lcanza a s í e l mundo de l a s in-

r azón (de l a que l a locura no e s s ino un e s l abón) .Y e s de sde e sa pe r spec t iva desde l a que cabe entende rl a cons ide rac ión de Foucaul t r e spec to a c i e r tos nombres ,su «ais lamiento» en las inquie tudes de la era del recelo;su sens ibi l idad ante l a «ec los ión» que supone Nie tz scheya que , «por l a locura que l a in t e r rumpe , una obra abreun vac ío , un t i empo de s i l enc io , una pregunta s in r e s -pues ta , provoca un desga r ro s in r econc i l i a c ión en e l quee l mundo e s t á obl igado a in t e r roga r se». 2 3 E l h u n d i m i e n t ode su pensamiento hace que é s t e s e abra a l a mode rnidad,que l e obl igue a e l l a a cues t iona r se ace rca de l ordena -

miento en su l engua je y l e impul se a l a t a r ea de da r r azón«de es ta» s inrazón y «a es ta» s inrazón. El re la to va as ímás a l lá de los «textos» en e l propio «texto-Nietzsche».

Cobra de e s t e modo su autént i ca d imens ión aque l l a«gran ruptura» que é l supone a l considerar que e l conoci-miento es s implemente e l resul tado del juego, e l enfren-t amiento , l a conf luenc ia , l a lucha y e l compromiso ent r elos ins t intos (no es ins t int ivo, es contra- ins t int ivo, e igual-mente no e s na tura l , e s cont r a -na tura l ) . «En t é rminos kan-t ianos [ . . . ] para Nietzsche [ . . . ] las condic iones de la expe-

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r i e n d a y l a s c o n d i c i o n e s d e l o b j e t o d e e x p e r i e n c i a s o n t o -t a l m e n t e h e t e r o g é n e a s . » 2 4 El lo s upone que no hay en e l co-n o c i m i e n t o u n a a d e c u a c i ó n a l o b j e t o , u n a r e l a c i ó n d e a s i -mi lac ión s ino que hay , por e l con t r ar io , una r e lac ión ded i s t a n c i a y d o m i n a c i ó n ; e n é l n o h a y n a d a q u e s e p a r e z c a ala f e l i c idad o a l amor , hay más b ien od io y hos t i l idad : nohay un i f i cac ión , s ino s i s t ema precar io de poder . A s í e l ca-

r á c t e r p e r s p e c t i v o d e l c o n o c i m i e n t o n o d e r i v a d e l a n a t u r a -l e z a h u m a n a , s i n o s i e m p r e d e l c a r á c t e r p o l é m i c o y e s t r a t é -g ico de l conocimien to . Se puede hab lar de l carác ter pe i " s -pec t ivo de l conocimien to porque hay ba ta l l a y porque e lconocimien to es e l e f ec to de es a ba ta l l a . 2 3

D e ah í que más a l l á de s u i r rupción en es e es pac io-e n i g m á t i c o q u e d e n o m i n a m o s l o c u r a — o p r e c i s a m e n t ep o r e l l o — « N i e t z s c h e e s e l s í n t o m a d e u n a d i s o c i a c i ó nq u e s e e l e c l ú a e n t r e e l h o m b r e y e l l e n g u a j e , e x p e r i m e n t a -d a v i v a m e n t e y de d iver s os modos en e l s ig lo X I X » .2 6

E n e s e c o n t e x t o h a n d e i n s c r i b i r s e a s i m i s m o l o s d e s e s -p e r a d o s i n t e n t o s p o r « h a b l a r » s u p e r a n d o t a l d i s o c i a c i ó n ;los es fuerzos por t r ans gred i r es a l imi tac ión , es os l ími tes ;l as t en ta t ivas de Raymond Rous s e l , qu ien expres a en v í s -p e r a s d e s u i c i d a r s e — Co mm en t j'ai écrit certains de meslivres— ,27 « e l r e l a t o s i s t e m á t i c a m e n t e r e a l i z a d o d e su lo -c u r a y d e s u s p r o c e d i m i e n t o s d e e s c r i t o r » . 2 8

V i e n e n a q u í t a m b i é n J o s d e s e o s d e K l e e , d e K a n -d ins ky , de Magr i t t e . . . ; s us bús quedas para es capar de l es -p a c i o r e p r e s e n t a t i v o . Ceci n'est pas un pipe era l a inc i s ióndel d i s cur s o en l a fo rma de l as cos as , en . s u poder ambi -g u o d e n e g a r y d e s d o b l a r . 2 9

C o b r a s u a u t é n t i c a d i m e n s i ó n , a s i m i s m o , a q u e l r e l a -to 3 0 q u e p r e t e n d e f u n d i r s e e n u n m i s m o l e n g u a j e c o n l o shechos , que en ocas iones s e in te r f i e r e con e l los , que f ina l -m e n t e e s c u r i o s a m e n t e « j u z g a d o » a s u J a d o , d i f u m i n a n d ola l ínea de l as pa labras y l as cos as . Rela to de una acc iónr e a l i z a d a p a r a p o d e r s e r e s c r i t a , p o r q u e e n c i e r t o m o d oy a e s t a b a t e x t u a l i z a d a a n t e s d e e j e c u t a r s e . D i s c u r s o q u enos co loca en e l per f i l -umbra l en e l que no cabe hab lar decordura n i de locura , n i de r azón n i de s in - r azón . 3 '

C o n e l l o e l p r o b l e m a a p a r e c e d e s a f i a n t e m e n t e c e n t r a -

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do . En def in i t iva , s e t r a t a de pos ib i l i t a r a l a s in r azón e la c c e s o a l l e n g u a j e , d e « a l u m b r a r » e s a a u s e n c i a m e d i a n t el a c u a l l a o b r a y l a l o c u r a c o m u n i c a n y s e e x c l u y e n . F o u -cau l t ve en Freucl , en es te s en t ido , un au tén t i co p ionero ,a l de jar «hab lar» a l s ueño , con lo que es e l «pr imero enh a b e r t r a t a d o d e " b o r r a r " r a d i c a l m e n t e l a s e p a r a c i ó n e n -t r e lo pos i t ivo y lo negat ivo ( lo normal y lo pa to lóg ico , loc o m p r e n s i b l e y lo i n c o m u n i c a b l e , l o s i g n i f i c a n t e y l o i n -s i g n i f i c a n t e ) » .3 2

S e c o m p r e n d e , a s í , q u e m i e n t r a s l a l o c u r a s e i n s c r i b í ae n el c o r a z ó n d e l m u n d o « c o m o s i g n o y r e c u e r d o d e l m á sa l l á » n o h a b í a i n t e r n a m i c n t o . C u a n d o e s t o a c a b a , e s e x -p u l s a d a d e l m u n d o r a z o n a b l e . S ó l o a l p r e c i o d e e s t a se x p u l s i o n e s , l o s s u e ñ o s , l a l o c u r a , . . . a c c e d e n m o d e r n a -m e n t e a l e s t a t u t o d e o b j e t o d e c o n o c i m i e n t o , y p r e c i -s a m e n t e m e d i a n t e u n m i s m o m o v i m i e n t o q u e l o s o b j e t i v ay los exc luye . Foucau l t t r a t a r á de abr i r es pac ios para e ld i s cur s o de los locos ( s in - r a / . ón) , para s us t i tu i r e l que s eefec túa s obre e l los , s ab iendo que s e r ea l i za en lugar del dee l los . «V ida y muer te , locura y no- locura luchan en nos o-t r o s d e u n m o d o p a r t i c u l a r e n c a d a c u a l — e l " Y o " i m p o -n iendo r eg las a es t a lucha , a es t e debate— [ . . . ] . Se t r a t ad e r e s t i t u i r e l m o v i m i e n t o e n d i c h o d e b a t e , v o l v i e n d o ad a r e q u i t a t i v a m e n t e l a p a l a b r a a v a r i a s v o c e s a l l í d o n d en o h a b l a b a s i n o u n a v o z a s f i x i a n t e . » 3 3

El p rob lema cons i s t e en ver de qué manera es e l lo po-s ib le ; cómo lograr es t ab lecer l as condic iones des de l asc u a l e s d i c h a s v o c e s s e a n u n e f e c t o r e a l i z a b l e . C ó m o s a c u -d i r l a pes ad i l l a de Foucau l t : « . . . me per s igue des de mi in -f anc ia : t engo an te los o jos un t ex to que no puedo l eer , de lq u e s ó l o u n a í n f i m a p a r t e m e e s d e s c i f r a b l e ; h a g o v e r q u elo l eo , s é que lo inven to ; des pués e l t ex to de r epen te s en u b l a p o r c o m p l e t o , n o p u e d o l e e r n a d a m á s , n i s i q u i e r ai n v e n t a r l o , m i g a r g a n t a s e e s t r e c h a y m e d e s p i e r t o » . 3 4 Pe-s ad i l l a que «des vela» ahora un proyecto : «e l r edes cubr i -m i e n t o d e N i e t z s c h e ( p e r o d e m o d o o s c u r o q u i z á s d e s d eK a n t ) , d e u n " p e n s a m i e n t o " q u e n o s e p u e d e r e d u c i r a l af ilos of ía por que es , más que e l l a , o r ig in ar io y s ob era no(arca ico) ; e l es fuerzo por hacer , a p ropós i to de es te pens a-



miento e i re la to de su inminencia y de su re troceso, de supel igro y de su promesa [ . . . ] ; e l esfuerzo por sacudir e ll engua je d ia l éc t i co que conduce a l a fue rza e l pensamien-to a la f i losof ía ; y a f in de dejar a es te pensamiento deljuego s in r econc i l i ac ión, e l j uego abs olutam ente t r ansgre -s ivo de lo Mismo y de la Diferencia [ . . . ] ; la urgencia depensa r en un l engua je que no sea empí r i co , l a pos ibi l idad

de un l engua je de l pensamiento». 3 5

Pero, ¿qué t ipo de «pensamiento» es ese inaccesible a ll engua je? ¿Qué e s lo que l e cons t i tuye como «pensamien-to»? ¿Cómo sent i r s iquie ra su «pre senc ia»? ¿Cómo e spa -cia l izar un vacío? 36 ¿Quizás a t ravés de la negación a re-conoce r se en l a s formas en que ahora s e expre sa? ¿Cabeotro recurso que e l s i lencio, la palabra repet ida o las «ma-quine r í a s» de l l engua je? «En de f in i t iva , hemos de p lan-t ea rnos l a v i abi l idad de una he rmenéut i ca que se desa r ro-l l a sobre s í misma y ent r a en e l dominio de los l engua je sque no de jan de impl i ca r se a s í mismos , en e sa r egión

inte rmedia ent r e l a locura y e l puro l engua je .»37

Pero t a l r egión in t e rmedia no se mues t r a medianteuna mera ampl iac ión de los márgenes . No todo queda ex-pl i cado con una s imple r e f e renc ia a l a r azón marginado-ra . Se t r a t a de abr i r e l l engua je a todo un dominio nuevoque pe r s i s t e en l a cor r e l ac ión pe rpe tua y obje t ivamentefundada de lo vis ible y de lo enunciable . Es un acceso a laepidermis en la que se da a ver e l fondo de la enferme-dad, en e l e spac io de l cue tpo mismo. El problema no sere sume , por t anto , con un «dec i r l o que se ve», s ino quese ha de s i tua r en e se ámbi to de apa rente supe r f i c i a l idad

en e l que se ha de «dar a ver a l decir lo que se ve»,

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deta l modo que «la fórmula de desc r ipc ión e s a l mismot iempo ges to de descubr imiento». 3 9

Así, esa región intermedia no es tanto la erección deuna profunda e sc i s ión ent r e l a locura y e l puro l engua jes ino e l r econoc imiento de l c ampo de juego en e l que loin te rmedio cobra v i sos de una pues ta en e scena , que secons t i tuye en e spec táculo mediante l a r ami f i cac ión de lose spac ios , y un hace r que l a supues ta ape r tura ent r e lo v i -s ible y lo decible sea ya un texto obje to de tac to. Cobra de

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es te modo cue rpo, pe ro en e sa misma medida e s ya suje tode enfe rmedad. Su sue r t e e s t á ya echada , t endida , e sc r i t a :ya c e p r e m on i t o r i a m e n t e .

En l a supues ta e sc i s ión pla tónica ent r e «e sc r ib i r en e lagua» y «escr ibir en e l a lma» 4 0 se abre paso ahora e s t aescr i tura epidérmica en la que, a f lor de pie l , cabe as imis-mo la posibi l idad de escr ibir «por pura divers ión». La se-

ducc ión se torna amenazante . En e l Fedro la escr i tura sede s c r i be c om o pharmakon y en esa medida es tanto «re-medio» como «veneno», con vi sos de «droga pe l igrosa»:cura e infecta . El acceso a la epidermis obl iga , por tanto,a sostenerse en esa l ínea f ronter iza entre e l inter ior y e lexte r ior que t r aza y r ecue rda e l t r azo «int r amuros /ext r a -m u r o s » .

Aquel la «divers ión» es , po r e l lo, un a auté nt ic a divers i-f i cac ión que hace que e fec t ivamente «e l pharmakon» sea«el movimiento, e l lugar y e l juego de la diferencia», 41 yen e sa misma medida e l t exto en e l que tomar cue tpo e s ,

a su vez , l a ape r tura a l a propia supre s ión. La muer te s econvie r t e en e l apr ior i conc re to de l a expe r i enc ia médicay sólo a t r avés de e s t a in t egrac ión cabe habla r de expe -r iencia de la individual idad: «es e l la la que f i ja piedra tan-gible , e l t i empo que vue lve , l a he rmosa t i e r r a inocenteba jo l a h i e rba de l a s pa labra s . Pe rmi te ve r , en un e spac ioa r t i culado por e l l engua je , l a profus ión de los cue rpos ysu orden s imple» 42

De aquí que en l a a sunc ión de l cue rpo mismo de l l en-gua je queda r í a , a su vez , marcado su ca rác te r a s imismofini to, apropiado a l decir de los morta les . Pero no se per-

mi te t a l ma te r i a l idad, como evidentemente l a opos ic iónrazón- locura subraya . Dicha opos ic ión no e s e l s implep r oduc t o de una p r oh i b i c i ón , pe r o s i n e m ba r go f o r m apa r t e de los s i s t emas de cont rol , s e l ecc ión y r edi s t r ibu-c ión que pe r s iguen conjura r los pode re s y pe l igros de l d i s -cur so y que , por t anto , s e pe r f i l an como exc luyente s . «Elloco e s aque l cuyo di scur so no puede c i r cula r como e l delos o t ros : l l ega a sucede r que su pa labra e s cons ide radacomo nula y s in va lor , no conteniendo ni ve rdad ni im-por t anc ia .» 4 3 Poco impor ta que en ocas iones s e l e conf i e -

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ra ex t raños poderes ; de todas fo rmas , en sen t ido es t r ic tosu palab ra no existe . «A través de sus pala bra s era co mose reconocía la locura del loco; el las eran el lugar en elque se ejercía la separación, pero nunca eran recogidas oescuchadas .» 4 4 Y si desde f inales del s iglo xvin la act i tudan te es tas pa labras que o r ig inaban la d i fe renc ia no puededel inirse con un a m era ub icación al otro lado de la l ínea

de separac ión , su cons iderac ión va le pa ra ponernos endisposición vigilante, con lo que dicha separación sigueac tuando: l a escucha mant iene la cesura . 4 5

El cuerpo de l l engua je es ahora también «cuerpo so-cial». La extensión de su «veneno» nos convierte en psi-quiatr izables, bajo el s igno valorizado y temido de unalocura pos ib le que puede sorprendernos a todos y en to -das partes. Y con el lo el al ienista , que es fundamental-mente el parapeto de un peligro, se presenta como el ha-cedor de un orden que es el de la sociedad en su conjun-to. Es en esa medida una suerte de higienista que vela no

sólo por la salud corporal , a l amparo del s igno visible dela ley, s ino por su pulcri tud, dado que los mecanismosmás numerosos , más e f icaces y más inc i s ivos func ionanen los interst icios de las leyes, según modalidades hetero-géneas al derecho v en función de objet ivos que no son elrespeto a la legalidad, s ino la regularidad y el ordcn. 4 h

L a e p i s t e m e c o m o e s p a c i o d e d i s p e r s i ó n

«Si el lenguaje es la estructura primera y últ ima de la

locura» , «su fo rma cons t i tuyen te» ;4 7

si «siempre es posi-bl e y necesario un asidero racional de la locura, en lamedida misma en que e l la es no- razón»; 48 s i e fec t ivamen-te se pretende posibil i tar el acceso a la palabra de estas in - razón , no cabe s ino con ta r con las v ías que con tex tua-l i cen un espac io desde e l que sea fac t ib le t a l emergenc ia .

Y e l lo no es exc lus ivamente un p ro b lem a de método .Es tá aún s in de te rminar e l sue lo desde e l que hacer lo . E lumbra l de la modern idad en e l que nos «de jaba» la His-toire de la folie e s r e t o m a d o e n l a Naissance de la clini-

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qu e49 a f in de de te rminar l a s cond ic iones de es ta esc i s iónentre lo normal y lo patológico. El «objeto» será ahora laenfermedad y al l í convergerá el anális is . ¿Cómo se consti-tuye es te saber médico capaz de aprop ia r se y dec la ra r -se ó rgano de ges t ión supremo inc luso en la d i s t inc iónrazón /s in - razón ?

El lenguaje se identif icará ahora «en su existencia y en

su s ign i f icado con la mi rada que lo desc i f ra : un lengua jeinseparab lemente lec to r y l e ído» 50 y la rac iona l idad se ráuna manera de ver , subsumida , en c ie r to modo , en e l mé-dico y su expresión, el enunciado. Así , «la mirada no esreduc to ra , s ino fundadora de l ind iv iduo en su ca l idadi r reduc t ib le y por eso se hace pos ib le o rgan iza r , a l rededorde él , un lenguaje racional . El "objeto" del discurso puedebien ser así un sujeto, s in que las f iguras de la objet ividadsean, por el lo mismo, modificadas»." 1 '

Nuevamente será preciso recurrir a esa región en laque las «cosas» y las «palabras» no están aún separadas.

En tonces aparecerá , en una f igura ún ica , l a a r t i cu lac ióndel lenguaje médico y su objeto. Será preciso, para el lo,«colocai-se y, de una vez por todas, mantenerse en el nivelde la "espac ia l izac ión" y de la "verba l izac ión" lundamen-tales de lo patológico, al lá de donde surge y se recoge lamirada locuaz que e l médico posa sobre e l co razón vene-noso de las cosas». 52

Dicho nivel de «espacial ización» y de «verbalización»nos s i túa f íen te a todo un juego de re lac iones , y p roced i -mien tos de exc lus ión , r eg las de ju r i sp rud enc ia , norm as det raba jo y de mora l . . . ; todo un con jun to que ca rac te r iza l a

pos ib i l idad de una p rác t ica d i scurs iva y la fo rmac ión desus enunc iados . E l lo nos remi te a p rob lemas tan es t recha-mente v incu lados en t re s í como la noc ión de «ep is teme» ,«apriori histórico», «archivo», «discontinuidad».. . cuyoa f r o n t a m i e n t o r e s u l t a d e c i d i d a m e n t e c l a v e p a r a p o d e rp lan tea r desde Foucau l t l a s cues t iones que nos p reocu-pan . Só lo en ta l pe rspec t iva emergerá la p regun ta : «¿porqué unos enunc iados y no o t ros?» .

Ello nos obliga a un detenido anális is de la noción de«ep is teme» , cen t rada en Les mots et les choses, pues en

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t orno a e l l a s e conf igura cuanto pudie ra concebi r se comodiscont inuidad y en cuya pe r spec t iva cabe encuadra r l aruptura epi s t emológica de Bache la rd , s iquie ra pa ra mar -ca r l a s d i s t anc ia s . 5 3 Prec i samente , e l t é rmino «epi s t eme»se rá cent r a l en d icha obra por cuanto se rvi r á de c r i t e r iopa r a o r de na r l a a r que o l og í a de l a s c i e nc i a s hum a na s queFoucaul t s e propone l l eva r a cabo, o más exac tamente —y

es ta d i s t inc ión e s más que anecdót i ca— «una a rqueologíade l a s c i enc ia s humanas».No f a l t an quienes cons ide ran que e s t a noc ión ha s ido

ut i l i z ada por M. Foucaul t s in ca rac te r i zac ión prec i sa pa raf inalmente ser ab an do na da , no yend o má s a l lá de las pá-ginas de Les mots et les choses.54 En cua lquie r ca so , e lt é r m i no s i gue t e n i e ndo va l o r ope r a t i vo y nom br a , c om ove remos , un e spac io a r t i culado r e l a t ivamente e s t able dela s r egla s de formac ión de l s abe r ent r e dos d i s t anc ia sm a r c a da s po r una m u t a c i ón .

Les mots et les choses no p r e c on i z a un pe r m a ne c e r e n

la d i scont inuidad, s ino que se pregunta por e sa s t r ans for -m a c i one s — que no r e s ponde n a l a i m a ge n t r a nqu i l a ycont inui s t a que se t i ene habi tua lmente— y l a s l e e a l a luzde l a s modi f i cac iones en l a s r egla s de formac ión de losenunc iados . No e s , pues , un cambio de contenido —re fu-t ac ión de ant iguos e r rore s , formulac ión de nuevas ve rda -des—, no e s t ampoco una a l t e r ac ión de l a forma t eór i ca—-renovac ión de l pa radigma , modi f i cac ión de los conjun-tos s is temáticos-—; lo que se plantea es lo que r ige losenunc iados y l a mane ra en l a que se r igen los unos a loso t r o s pa r a c ons t i t u i r un c on j un t o de p r opos i c i one s a c e p -

t able s c i ent í f i c amente . Se t r a t a prec i samente de da r conlos e f ec tos de pode r que c i r culan en los enunc iados c i ent í -f i cos , su r égimen in te r ior de pode r : cómo y por qué enc ie r tos momentos s e modi f i ca de forma globa l d i cho r égi -men. «Son e s tos d i f e r ente s r egímenes los que he in t en-t ado loca l i za r y de sc r ib i r en Les mots et les choses-, dic ien-do, b i en e s ve rdad, que no in t entaba de momento expl i -car los . » 55

No es tá c l a ro , s in embargo, que en e l momento de r e -dac ta r e l t exto e l propio Foucaul t s ea consc iente de e s t a

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dimens ión a l a que más t a rde a lude . Su problema se cen-t r a más b ien en ot r a or i entac ión. «El h i lo conduc tor ,como e l t í t u lo lo indica , s e rá l a idea que en cada momen-to se tuvo del lenguaje sobre e l que se edif ica un saber , lar e l ac ión de l a s pa labra s y l a s cosas .» 56

E n l a r e s pue s t a que da ba a de t e r m i na da s c ue s t i one splanteadas a propós i to de su l abor , de sc r ib ía como «epi s -

t eme» l a s epa rac ión, l a s d i s t anc ia s , l a s opos ic iones , l a s d i -f e r enc ia s , l a s r e l ac iones de los múl t ip l e s d i scur sos c i ent í -f i cos en una época , añadiendo: «e s un e spac io de d i spe r -s i ón , e s un c a m po a b i e r t o y s i n duda i nde f i n i da m e n t edesc r ip t ib l e de r e l ac iones».5 7

Lo que habrá que ana l i za r s e rá l a de snuda expe r i enc iade l orden y sus modos de se r (orden e s aque l lo que se daen l a s cosas como su l ey in t e rna , pe ro a l mismo t i empoaque l lo que no exi s t e más que a t r avés de l a r ed de unlengua je ) ; a s í encont r a remos a pa r t i r de qué han s ido po-s ib le s conoc imientos y t eor í a s , s egún qué e spac io de or -

den se ha cons t i tu ido e l s abe r , sobre e l fondo de qué«apr ior i h i s tór i co» y en e l e l emento de qué pos i t iv idadhan podido apa rece r l a s ideas , cons t i tu i r s e c i enc ia s , pen-sa r se expe r i enc ia s en f i losof í a y formarse r ac iona l idadesque quizá s s e de shacen y desvanecen en seguida . Hay quesaca r a l a luz de l c ampo epi s t emológico, l a «epi s t eme» enla cua l los conoc imientos hunden su pos i t iv idad y mani -f i e s t an a s í una hi s tor i a que no e s l a de su c rec iente pe r -f ecc ión, s ino más bien l a de sus condic iones de pos ibi l i -d a d .5 8

Por ú l t imo, hay que r ecorda r que , «en una cul tura y

e n un m om e n t o da do , no ha y nunc a m á s que una e p i s t e -me , que de f ine l a s condic iones de pos ibi l idad de todo sa -be r » .59 Los sabe re s de l a s d i s t in t a s épocas s e r e l ac ionanent r e s í —hechos pos ible s por l a misma «epi s t eme»— yno se conec tan con ot ros que vendr í an a s e r su suces iónidea l en e l orden de l t i empo.

¿ C uá l e s s on l a s dos g r a nde s d i s c on t i nu i da de s que ha ntenido luga r en nues t r a cul tura occ identa l ? Durante e l Re -nac imiento , e s l a s eme janza l a organizadora de l s abe r desu época ; e s e l l a quien conduce l a exéges i s e in t e rpre ta -



c ión de los t ex tos y l a que permi te e l conocimien to de l asc o s a s , g u i a n d o e l a r t e d e r e p r e s e n t a ! l a s .

H a y c u a t r o f i g u r a s e s e n c i a l e s q u e p r e s c r i b e n s u s a r -t i c u l a c i o n e s c o n e l s a b e r d e l a s e m e j a n z a : l a n o c i ó n d e«convenent i a» , l a noc ión de «emula t io» , l a de l a iden t idadd e l a s r e l a c i o n e s e n d o s o m á s s u s t a n c i a s d i s t i n t a s — e ne l la s e s u p e r p o n í a n « c o n v e n e n t i a » y « e m u l a t i o » — y l a n o -

c i ó n d e « s y m p a t h e i a » . A d e m á s h a b r í a u n a q u i n t a n o c i ó no n u e v a f i g u r a d e l a s e m e j a n z a , 6 0 que s er í a en t r e l as p ro-p iedades v i s ib les de un ind iv iduo l a imagen de una prop ie-dad inv i s ib le y ocu l t a : s e t r a t a de l a «s ignatura» , que c ic -r r a e l c í r c u l o d e l a s e m e j a n z a , h a c i é n d o l o a l a v e z p e r f e c -t o y m a n i f i e s t o . « N o h a y s e m e j a n z a s i n s i g n a t u r a . E lm u n d o d e l o s i m i l a r t i e n e q u e s e r u n m u n d o m a r c a d o . » 6 1

S i c o n s i d e r a m o s q u e l a h e r m e n é u t i c a e s e l c o n j u n t od e c o n o c i m i e n t o s y d e t é c n i c a s q u e p e r m i t e n h a c e r h a b l a rlos s ignos y des cubr i r s u s en t ido , y que l a s emio log ía es e lc o n j u n t o d e t é c n i c a s q u e p e r m i t e n d i s t i n g u i r d ó n d e e s t á n

los s ignos , conocer s us l azos y l as l eyes de s u encadena-mien to , en tonces hay que dec i r que e l s ig lo XVI h a s u p e r -p u e s t o s e m i o l o g í a y h e r m e n é u t i c a e n l a f o r m a d e l a s e m e -janza . Bus car e l s en t ido es s acar a l a luz aquel lo a lo ques e as emeja . Bus car l a l ey de los s ignos es des cubr i r l asc o s a s q u e s o n s e m e j a n t e s .

«La gramát ica de los s er es es s u exéges i s » 62 y c o n o c e rs erá in te rpre ta r . Es ta es l a «ep i s t eme» de l s ig lo X V I ; s us a b e r e s a l a v e z p l e t ó r i c o y a b s o l u t a m e n t e p o b r e , p u e se s t á c o n d e n a d o p a r a s i e m p r e a c o n o c e r l a m i s m a c o s a ,p e r o a n o c o n o c e r l a m á s q u e a l t é r m i n o d e u n r e c o r r i d o

i n d e f i n i d o .T e n e m o s u n p r i v i l e g i o a b s o l u t o d e l a e s c r i t u r a , p u e s e ls aber de l a época cons i s t e en l l evar e l l enguaje a l l engua-j e , r e s t i t u i r l a g r a n p l a n a u n i f o r m e d e l a s p a l a b r a s y l a sc o s a s , h a c e r h a b l a r a t o d o . E n d e f i n i t i v a , h a c e r n a c e r p o re n c i m a d e t o d a s l a s m a r c a s e l d i s c u r s o s e g u n d o d e l c o -m e n t a r i o ; e l l e n g u a j e t i e n e e n s í m i s m o s u p r i n c i p i o i n t e r -no de p ro l i f e r ac ión , y por e l lo lo p rop io de l s aber no es n iv e r n i d e m o s t r a r , s i n o i n t e r p r e t a r . P o r e s o p u e d e d e c i rFoucau l t que «e l l enguaje de] s ig lo X V I . . . s e ha l l a s in duda

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a t r a p a d o e n e s e i n t e r s t i c i o e n t r e e l T e x t o p r i m e r o y l o i n -f in ito de l a In te rpr e tac ión» . 6 3

E l l e n g u a j e , a l q u e y a a l u d i m o s a l a n a l i z a r l a Histoirede la folie, e n l u g a r d e e x i s t i r c o m o e s c r i t u r a m a t e r i a l d el a s c o s a s , e n c o n t r a r á a h o r a s u e s p a c i o e n e l r é g i m e n g e -nera l de los s ignos r epres en ta t ivos . A s í , s i e l Renacimien-t o s e p r e g u n t a b a c ó m o r e c o n o c e r q u e e l l e n g u a j e d e s i g n a

b i e n a q u e l l o q u e s i g n i f i c a , a h o r a l a p r e g u n t a g i r a r á e nt o r n o a c ó m o p u e d e u n s i g n o e s t a r l i g a d o a a q u e l l o q u es i g n i f i c a . A l o c u a l l a e d a d c l á s i c a r e s p o n d e r á m e d i a n t ee l aná l i s i s de l s en t ido y de l a s ign i f i cac ión . E l l enguaje nos e r á m á s q u e u n c a s o p a r t i c u l a r d e l a r e p r e s e n t a c i ó n(para los c l ás i cos ) o de l a s ign i f i cac ión (para nos o t ros ) .

S e d e s h a c e l a p r o f u n d a i n t e r d e p e n d e n c i a d e l e n g u a j e ym u n d o . Q u e d a s u s p e n d i d o e l p r i m a d o d e l a e s c r i t u r a . L a sc o s a s y l a s p a l a b r a s v a n a s e p a r a r s e . E l d i s c u r s o t e n d r ác o m o m i s i ó n d e c i r l o q u e e s , p e r o n o s e r á y a n a d a m á sq u e l o q u e d i c e .

C o n l a e d a d c l á s i c a s e c o n f i g u r a u n n u e v o e s p a c i o d es a b e r . L o s e m e j a n t e , f o r m a y c o n t e n i d o a l m i s m o t i e m p od e l c o n o c i m i e n t o , s e e n c u e n t r a a h o r a d i s o c i a d o e n u na n á l i s i s h e c h o e n t é r m i n o s d e i d e n t i d a d y d i f e r e n c i a ; l ac o m p a r a c i ó n e s a h o r a r e f e r i d a a l o r d e n , p e r o n o t e n i e n d oc o m o m i s i ó n r e v e l a r e l o r d e n a m i e n t o d e l m u n d o , s i n oq u e s e h a c e s e g ú n e l o r d e n d e l p e n s a m i e n t o , y e n d o n a t u -r a l m e n t e d e l o s i m p l e a l o c o m p l e j o . D e e s t e m o d o , t o d al a « e p i s t e m e » d e l m u n d o o c c i d e n t a l q u e d a m o d i f i c í t d a e ns u s d is p o s i c io n e s f u n d a m e n t a l e s .

L a é p o c a c l á s i c a r o m p e e s t e m a r c o y l a c u e s t i ó n p a s a

a s e r ¿ c ó m o u n s i g n o p u e d e e s t a r l i g a d o a a q u e l l o q u es i g n i f i c a ? E l c a m p o e p i s t e m o l ó g i c o n o e s a h o r a l a s e m e -j a n z a , s i n o e l o r d e n .

«E l l enguaje s e r e t i r a de l medio de los s er es para en-t r a r e n s u e d a d d e t r a n s p a r e n c i a y d e n e u t r a l i d a d . » 6 4 L of u n d a m e n t a l p a r a l a e p i s t e m e c l á s i c a s e r á s u r e l a c i ó n c o nla «mathes i s » ( c ienc ia un iver s a l de l a medida y de l o r -d e n ) , l o q u e i m p l i c a d o s c a r a c t e r e s : e n p r i m e r l u g a r , e la n á l i s i s v a a t o m a r m u y p r o n t o v a l o r d e m é t o d o u n i v e r -s a l ; y , e n s e g u n d o l u g a r , a p a r e c e n n u e v o s c a m p o s e m p í r i -

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eos , que s i bien son muestra del «Anál is is» en general , s ine m ba r go t om a n c om o i n s t r um e n t o pa r t i c u l a r e l s i s t e m ade s ignos : son l a gramá t i ca gene ra l , l a h i s tor i a na tura l yel anál is is de las r iquezas , c iencias del orden en e l campode las palabras , de los seres y de las necesidades . «Estare lación con e l Orden es tan esencia l para la edad c lás icacomo lo fue pa ra e l Renac imiento l a r e l ac ión con l a Inter-

pretación.»^Foucaul t e s tudia l a gramá t i ca gene ra l , l a h i s tor i a na tu-ra l y e l anál is is de las r iquezas , y hace ver que e l obje tode és tas no es s ino la construcción del orden en las pala-bras , los seres y las necesidades . Hay, s in embargo, unadisociación: por un lado, los s ignos (marcas de la ident i -dad y de l a d i f e r enc ia , y los pr inc ipios de ordenamiento) ;y , por o t ro , l a na tura leza y sus s eme janzas sordas y opa -cas . No cabe , por t anto , s ino l a t axonomía que ordena l a scua l idades empí r i ca s . El s ímbolo en e l s abe r c l á s i co se ráel cuadro: los saberes sólo tendrán valor por e l «lugar» enque se a lojen.

El l engua je , a l agota r su t r anspa renc ia en e l func iona -miento de l a pura r epre sentac ión, e s d i scur so y t a l e s e lobje to de l a gramá t i ca gene ra l , que pasa a s e r norma t iva ,s i tuándose a l l ado de l a lógica (nada de e s tudia r comuni -cac iones in t e r subje t iva s o r e l ac iones pensamiento- l engua ) :se l imi t a a l conoc imiento ana l í t i co y c r í t i co de l func iona -miento de l d i scur so concebido como to ta l y únicamenterepresenta t ivo. «Desde la teor ía de la proposic ión a la dela der ivación, toda la ref lexión c lás ica del lenguaje —todolo que se ha l l amado l a gramá t i ca gene ra l— no e s másque e l c eñido comenta r io de e s t a f r a se : e l l engua je ana l i -za . Es ahí donde ha basculado, en e l s iglo XVIJ , t oda l aexpe r i enc ia occ identa l de l l engua je ; e l l a que había c r e ídos iempre has ta entonces que e l l engua je hablaba .» 6 6

Es en e l nombre donde se encuent r a e l núc leo de todaexpe r i enc ia c l á s i ca de l l engua je ; en é l s e c ruzan todas susfunc iones , porque e s por é l como l a s r epre sentac ionespueden l legar a f igurar en una proposic ión. Es por é l tam-bién como e l d i scur so se a r t i cula sobre e l conoc imiento .El nombre e s e l t é rmino de l d i scur so .

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«La t a r ea fundamenta l de l d i scur so c l á s i co e s a t r ibui run nombre a l a s cosas , y en e se nombre nombra r su s e r .Durante dos s ig los , e l d i s cur so occ identa l fue e l l uga r dela ontología . Cuando nombraba e l s e r de toda r epre -sentac ión en gene ra l , e r a f i losof í a : t eor í a de l co noc im ien-to y aná l i s i s de l a s ideas . Cuando a t r ibuía a cada cosarepre sentada e l nombre que convenía y , en todo e l c ampo

de l a r epre sentac ión, d i sponía de l a r ed de una l enguabien hecha , e r a c i enc ia : nomenc la tura y t axonomía .» 6 7

La hi s tor i a —igua lmente t axonómica— pasa a s e r unahis tor ia de la natura leza: ha de hacer f igurar los seres vi-vos en su d i scur so ordenado. El t i empo no se rá s ino e le spac io en e l que se mani f i e s t an todos los va lore s suscep-t ib l e s de cubr i r l a s va r i able s de l cuadro t axonómico de l ahi s tor i a na tura l . Ni sospecha , por e l lo , de evoluc ioni smo ode t r ans formismo. En cuanto a l a s r iquezas , l o in t e r e san-t e no e s su modo de producc ión, s ino e l prec io- s igno de lva lor y su r epre sentac ión, y su func ión de l iga r una plura -

l idad de mercanc ía s , j ugando a los in t e r cambios . As í s edes igna un e l emento y a su vez se a r t i cula e l conjunto .La época c l á s i ca s e in t e r e sa , por t anto , por l a s t i polo-

gía s que combinan los e l ementos de l l engua je y deduce dee l l a s e l orden lógico de apa r i c ión de l a s l enguas . Es tose lementos —la propos ic ión, l a a r t i culac ión, l a de s ignac ióny l a de r ivac ión— di sponen un cuadro dent ro de l cua l s es i túan l a s l enguas pos ible s , pe ro que e s vá l ido a s imismopa ra l a h i s tor i a na tura l y e l aná l i s i s de l a s r iquezas .

De e s t e modo, e l orden c l á s i co , e s t a t axonomía gene -ra l i zada , e s una sue r t e de imaginac ión —que r eúne l a s

r e p r e s e n t a c i one s — , de c on t i nu i da d — na da de r up t u r a s —y de a rmonía de l a s neces idades de los hombres .La conf igurac ión de l a «epi s t eme» c lá s i ca v iene dada

por e l encadenamiento de l a s r epre sentac iones , l a capas in ruptura de los s e re s y l a prol i f e r ac ión de l a na tura leza .En e l pr inc ipio de lo cont inuo de l a r epre sentac ión y de ls e r t e nd r í a m os e l m om e n t o m e t a f í s i c a m e n t e f ue r t e de lpensamiento en los s ig los XVII y XVIII , m i e n t r a s que l a sr e l ac iones ent r e a r t i culac ión y a t r ibuc ión, de s ignac ión yde r i va c i ón , de f i ne n e l m om e n t o c i e n t í f i c a m e n t e f ue r t e

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( lo que hace pos ible s l a gramá t i ca , l a h i s tor i a na tura l y lac iencia de las r iquezas) .

Es a f ina le s de s ig lo xvtu cuando se produce l a ruptu-r a « inespe rada» y «enigmá t i ca» que sepa ra l a época c l á s i -ca del nuev o esp acio ep is tem ológ ico del s iglo XIX: la His-tor i a r eemplaza a l orden, y l a ana logía y l a suces ión sus t i -tuyen a la «mathesis». Dicha his tor ia no es e l regis t ro de

se r i e s de hechos , s ino l a condic ión de pos ibi l idad de nue -vas empi r i c idades . Es prec i so hace r exéges i s , pe ro ahorae l f i l ósofo se encu ent r a de sa rm ado f r en te a los mie mb rosdi spe r sos de l a ant igua unidad de l l engua je que desplega -ba e l discurso. El ser se separa de las representaciones ,pasa a s e r puramente ps i cológico. El hombre se encuen-tra perdido: «el suje to y e l obje to es tán l igados en un recí-p r oc o pone r e n duda » .

El t r i edro r eemplaza , en e l s abe r contemporáneo, a l ae s fe ra de l Renac imiento y a l p l ano de l a época c l á s i ca . Supr imera d imens ión: l a s c i enc ia s ma temá t i ca s y f í s i ca s . Se -

gunda: las c iencias «empír icas» (y no his tór icas) : econo-mía , biología , l ingüís t ica . Tercera : la ref lexión f i losóf ica .Las c i enc ia s humanas , a pe sa r de su cons tante in t entopor a lojarse en e l t r iedro, es tán excluidas de é l . Ha detene r se en cuenta , además , que , por e j emplo, e l ps i coaná -l i s i s ( con sus d imens iones de muer te , de seo, l ey- l engua je )y la e tnología (a l colocarse en la perspect iva de his tor ic i-dad) no son c i enc ia s humanas , s ino e l apr ior i h i s tór i co detodas l a s c i enc ia s de l hombre .

Si durante la edad c lás ica e l verbo «ser» aseguraba e lpaso ontológico ent r e habla r y pensa r , e s t e pa sa je s e rom-

pe y de golpe e l l engua je adquie re un se r propio , de ten-tador de las leyes que le r igen a é l mismo. Si e l conoci-miento c l á s i co e ra nomina l i s t a , e l s ig lo x tx nos of r ece unlengua je r eplegado sobre s í mismo, con e spesor , h i s tor i a ,l eyes y obje t iv idad propios . «Se ha conve r t ido en obje tode conoc imiento ent r e t antos o t ros . . . Conoce r e l l engua jeya no e s a c e r c a r s e e s t r e c ha m e n t e a l c onoc i m i e n t o m i s m o ,e s únicamente apl i ca r los mé todos de l s abe r en gene ra l aun dominio s ingula r de l a obje t iv idad.» 68

Pero es ta nivelación del lenguaje a l «s ta tus» s imple y

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puro de obje to e s compensada de t r e s formas : en pr imerluga r , e l l engua je s e convie r t e en mediac ión necesa r i apa ra todo conoc imiento c i ent í f i co que quie ra mani f e s t a r -se como obje to . Segundo, s e pre s t a a l e s tudio de l l engua jeun valor cr í t ico. «La f i losof ía como anál is is de lo que sedice en l a profundidad de l d i scur so se ha conve r t ido en l aforma mode rna de l a c r í t i c a .» 6 9 Y la s dos grandes formas

de aná l i s i s van a s e r e l forma l i smo (de l pensamiento ,Russe l l ) y l a in t e rpre tac ión (descubr imiento de l incons -c iente , Freud) ; a s imismo e s aquí donde l a f enomenologíay e l e s t ruc tura l i smo van a encont r a r su e spac io . Ul t imacompensac ión: apa r i c ión de l a l i t e r a tura : «en e l momentoen que e l l engua je , como pa labra e spa rc ida , s e convie r t een obje to de conoc imiento , he aquí que r eapa rece ba jouna moda l idad e s t r i c t amente opues ta : s i l enc iosa , precavi -da depos ic ión de l a pa labra en l a b l ancura de l pape l , don-de no puede t ene r n i sonor idad ni in t e r locutor , donde not i ene o t r a cosa que dec i r que a s í misma , o t r a cosa quehacer que br i l lar en e l es ta l l ido de su ser». 7 0

La desapa r i c ión de l d i scur so ha pe rmi t ido e se «re tor -no» de l l e ngua j e ( a unque no c om o du r a n t e e l R e na c i -miento , s ino exi s t i endo de modo di spe r so) y , a l mismot i e m po , que t e nga l uga r o t r o s uc e s o de m uc ha m a yortrascendencia . «Antes de f inal del s iglo XVIII , e l hom br eno exi s t í a . No más que e l pode r de l a v ida , l a f ecundidadde l t r aba jo o e l e speso r h i s tór i co de l l engua je . Es un amuy r ec iente c r i a tura que ha f abr i cado l a demiurgia de ls a be r c on s u s m a nos , ha c e m e nos de dos c i e n t o s a ños :pe ro ha enve jec ido t an r ápidamente que f ác i lmente s e ha

i m a g i na do que ha b í a e s pe r a do e n l a s om br a du r a n t e m i -l enios e l momento de i luminac ión mediante e l que por f inse rá conoc ido.» 7 1

Es e l pode r de l d i scur so , de l l engua je que nombra , r e -cor t a , combina , a t a y desa ta l a s cosas , hac iéndola s que set r anspa renten en l a s pa labra s : en de f in i t iva , e l l engua jeque r epre senta lo que surge en e l pensamiento c l á s i co , yno l a exi s t enc ia de l hombre . Solamente «cuando l a h i s to-r i a na tura l s e convie r t e en b iología , cuando e l aná l i s i s dela s r iquezas s e convie r t e en economía , sobre todo cuando

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la ref lexión sobre e l lenguaje se hace f i losof ía y se borrae se d i scur so c l á s i co en e l que e l s e r y l a r epre sentac ióne nc on t r a ba n s u l uga r c om ún , e n t onc e s , e n e l m ov i m i e n t op r o f undo de t a l m u t a c i ón a r que o l óg i c a a pa r e c e e l hom br econ su ambigua pos ic ión de obje to pa ra un sabe r y desuje to que conoce . . .» .72

El modo de se r de l hombre e s t á de f in ido por cua t ro

segmentos teór icos: e l anál is is de la f ini tud; e l anál is is delr edoblamiento empí r i co- t r a scendenta l ; l a r e f l exión de loi m pe ns a do que s e e nc ue n t r a de a l gún m odo ha b i t a da po run «cogi to», y e s t e pensamiento adormi lado en lo no pen-sado debe se r r eanimado y t endido en l a sobe ranía de l«yo pienso»; y , por ú l t imo, e l e s fue rzo por pensa r un or i -gen que se ha l l a s i empre e scondido, pa ra avanza r en e sadirección en la que e l ser del hombre es tenido, en re la-c ión cons igo mismo, en un a l e j amiento y d i s t anc ia cons t i -tu t ivos de s í mismo. 7 3

El campo de l a «epi s t eme» mode rna e s un e spac io vo-

luminoso y abie r to s egún t r e s d imens iones : c i enc ia s ma te -máticas y f ís icas ; c iencias del lenguaje , de la vida y de lap r oduc c i ón y d i s t r i buc i ón de r i que z a s ; y d i m e ns i ón dela ref lexión f i losóf ica . Entre las t res se es tablecen re lacio-nes . ¿Y las c iencias humanas? «. . . Es en e l inters t ic io dees tos s abe re s , más exac tamente en e l volumen de f in idopo r s u s t r e s d i m e ns i one s , donde e nc ue n t r a n p l a z a . » 7 4 L asc ienc ia s humanas se r í an e l aná l i s i s que se ext i ende ent r elo que es e l hombre en su posi t ividad (ser viviente , t raba-j ador , pa r l ante ) y lo que pe rmi te a e se mismo sabe r (obusca r s abe r ) lo que e s l a v ida , en qué cons i s t en l a e sen-c ia de l t r aba jo y sus l eyes , y de qué modo puede habla r .

Habr ía como t r e s r egiones epi s t emológica s en e l c am-po de l a s c i enc ia s de l hombre : una r egión ps i cológica(que surge a l l í donde e l ser viviente se abre a la posibi l i -dad de l a r epre sentac ión) ; una r egión soc iológica , en l aque e l i nd i v i duo t r a ba j a do r , p r oduc t o r y c ons um i do r s eda l a r epre sentac ión de l a soc iedad, de grupos e indivi -duos, de imperat ivos , sanciones , f ies tas y creencias ; y e les ludio de las l i tera tura s y los mito s , e l anál is is d e to dasla s mani f e s t ac iones ora l e s y de todos los documentos e s -

10 0 101

cr i tos ; en def ini t iva , e l anál is is de las t razas verbales queuna cul tura o un individuo puede de ja r de e l los mismos .

Pe ro hay a lgo que conviene ac la ra r : l a s c i enc ia s de lhombre no son en r ea l idad c i enc ia s ; de s ignan conf igura -c iones pos i t iva s d i spues ta s en l a «epi s t eme» mode rna ,pe ro lo que l a s hace pos ible s e s una c i e r t a r e l ac ión devec indad con l a b io logía , l a economía y l a f i lo logía , que

supone l a t r ans fe renc ia de moldes exte r iore s en l a d imen-s ión del inconsciente y la conciencia , y e l ref lujo de lar e f l exión c r í t i c a hac ia e l l uga r de donde vienen e sos mo-de los . «La cul tura occ identa l ha cons t i tu ido, ba jo e l nom-b r e de hom br e , un s e r que , po r un c óm i c o y m i s m o j ue gode r azones , debe se r dominio pos i t ivo de sabe r y no pue -de ser obje to de c iencia .» 7 5

Ha de comprende r se , s in embargo, que «la s cosas r ec i -b ie ron pr imero una hi s tor i c idad propia que l a s l i be ró dees te e spac io cont inuo que l e s imponía l a misma c ronolo-gía que a los hombres». 7 6 Además , «e l s e r humano no t i e -

ne ya h i s tor i a , o más exac tamente , dado que habla , t r aba -j a y v ive , s e encuent r a enmarañado en hi s tor i a s que no l ee s t á n s ubo r d i na da s n i l e s on hom ogé ne a s . Po r l a f r a g -mentac ión de l e spac io en e l que se extendía en formacont inua e l s abe r c l á s i co , por e l embrol l amiento de cadadominio a s í l i be rado sobre su propio deveni r , e l hombrequ e apare ce a pr incip ios del s iglo XIX está desh is tor iza -do» .77

Es te hombre a quien l e v i ene de fue ra de s í mismo e lt i empo (por l a supe rpos ic ión de l a h i s tor i a de los s e re s ,de la his tor ia de las cosas , de la his tor ia de las palabras)

invie r t e l a r e l ac ión y p ide (por s e r quien habla en e l l en-gua je , quien consume en l a economía . . . ) un deveni r t anpos i t ivo como los s e re s y l a s cosas : apa rece entoncescomo pos i t iv idad r adica l . No quie re s ent i r su «yo» roto ,pe rdido en sucesos . De ahí que e l aná l i s i s de l a f in i tud nocese de r e iv indica r , cont r a e l h i s tor i c i smo, e l hace r surgi r ,en e l fundamento de todas l a s pos i t iv idades y ante e l l a s ,la f ini tud que las hace posibles .

Hay un r e torno a l l engua je y con é l l a mue r t e de lhombre . Se abre con e l lo un proyec to . «¿Es acaso nues t r a



t a r ea fu tura e l avanza r hac ia un modo de pensamiento ,desconoc ido has ta e l pre sente en nues t r a cul tura , que pe r -mit iera ref lexionar a la vez , s in discont inuidad ni contra-dicción, e l ser del hombre y e l ser del lenguaje?» 78

Tal vez es ta es , as imismo, una de las cuest iones quehan de se r de jadas en suspenso, consc iente s de que l a po-s ib i l idad s iquie ra de p lantea r l a s s e abre a un pensamiento

luturo . Pe ro quizá s cabe añadi r a e l l a s e l que l a r ecompo-sic ión de la propia f igura del hombre en los inters t ic iosde un l e ngua j e f r a gm e n t a do no ha c e s i no c on f i r m a r unadimens ión que sólo se abre paso en e l de sga r rón que tododecir supone, no s iendo en def ini t iva s ino e l pl iegue delsabe r . S i l a d i spe r s ión de l hombre pasa por l a r ecompos i -c ión del lenguaje , por su l iberación de aquel la f ragmen-tac ión, c abe pregunta r se s i no e s prec i samente l a unidadque se pre t ende pensa r l a que logra rá l a de sapa r i c ión de ldi scur so a l a que toda l a epi s t eme mode rna e s t aba l igada .

Es te r ecor r ido, a jus t ado a l propio t exto de Foucaul t ,

nos ha conduc ido no sólo a l a mue r t e de l hombre , s ino—y es to e s lo que e s t imamos más in t e re sante— a su pre -vio nac imiento como expre s ión de l a pecul i a r r eordena -c ión de l a s r e l ac iones que l e preexi s t en , y que encuent r asu momento e spec í f i co en l a fonnac ión de l a s c i enc ia shumanas (e l hombre no sera s ino e l obje to a l que c iquél lasabren la posi t ividad del conocer) . Hay en e l lo una «despo-se s ión». El hombre ac tua l no se r econoce en l a s formasen l a s que se expre sa e l «hombre». Quizás a s i s t imos a l ai r rupc ión de un nuevo e spac io epi s t émico.

Sin embargo, no queda c l a ro en qué medida y a t r avésde qué mecani smos se t amba lea r ea lmente e l sue lo ba jonuestros pies . En def ini t iva , és ta ha s ido la cr í t ica cons-t ante a los p lanteamientos de Foucaul t . «Lo más grave ,s in duda, es que la sucesión de las epis temes es incom-prens ible . No se deducen unas de o t r a s , n i s iquie ra enuna dia léct ica . ¿Dónde encontrar la razón por la cual loque era evidente l legue un día a ser impensable , s i se re-c l i a / an l a s c i enc ia s hum anas? » 7 9

I ' .s lo era , por otra par te , uno de los interrogantes a l< ,ur va a ludí mos con ante r ior id ad: 8 0 e l problema de l a

s.»

comprens ión de t a l suces ión. Ahora b ien , ¿desde qué c r i -t e r ios de r azón enjuic i a r d i chas i r rupc iones? ¿Desde quéepi s t eme? Y no e s « inocente» e s t a proximidad de ambaspregunta s . En de f in i t iva , habr í amos de pregunta rnos enqué medida l a r azón no e s s ino l a epi s t eme —quede aho-ra como in te r rogante—. Es to de ja r í a abie r t a s quizá s exce -s ivas puer tas , pero ta l vez precisamente por e l lo la equi-

pa rac ión cobra un s ingula r in t e r é s .Ta l vez de e s t e modo pudie ra entende r se que Foucaul te s un pos i t iv i s t a . No e s , s in embargo, un t é rmino adecua -do (ya v imos en qué medida compar t í a con Bache la rd yCangui lhem prec i samente e l no se r lo) . Ahora b ien , nueva -mente e s necesa r io expre sa r se en t é rminos de «de f in ic ión-condición»: «s i , sus t i tuyendo por e l anál is is de la rareza labúsqueda de las tota l idades , por la descr ipción de las re-l ac iones de exte r ior idad e l t ema de l fundamento t r a scen-denta l , por e l aná l i s i s de l a s acumulac iones l a búsquedadel or igen, se es posi t ivis ta , yo soy un posi t ivis ta afor tuna-

do, no me cues ta t r aba jo concede r lo».

8 1

Sin embargo, pa -r ece más a for tunado ca l i f i c a r l e de «a rchivi s t a» 82 o «car tó-gra fo». 8 3

En cua lquie r ca so , no e s nues t r a in t enc ión «ent r a r enel juego» de los cal i f ica t ivos , interpre taciones y valoracio-nes . No podemos e ludi r , s in embargo, dos d i f e rente s con-s ide rac iones . Lo que puede s igni f i ca r , por un l ado, « l amuer te de l hombre» como f in de l a s r e f e renc ia s absoluta sy con e l lo, quizás , en Foucaul t , de toda «Razón» as í con-s ide rada . No f a l t an quienes desde ot r a pe r spec t iva s e hanvi s to « inquie tados» por t a l e s conc lus iones 8 4 ya que podíanconduc i r a los r e sul t ados n ie t z scheanos : Dios ha muer toy, con é l , e l hombre ha desapa rec ido.

Y, por o t r a pa r t e , l a pre senc ia s i empre cont r adic tor i a ya su vez devoradora de l l engua je . Algunos han vi s to enes ta «pr imac ía» concedida por Foucaul t v i sos suf i c i ente spa ra que pueda se r cons ide rada como ideológica . 85 Es, talvez , en o t r a d i r ecc ión en l a que e l p l anteamiento e s mássugerente . «Es c ier to que en es te l ibro sobre " las palabrasy l a s cosas" l a s cosas e s t án cur iosamente ausente s . Loúnico que l e in t e r e sa a Foucaul t e s l a mane ra cómo se

83

habla de e l l a s . Admi to , s in embargo (y me convie r to en renc iados ; y e l lo s egún unos c r i t e r ios que pos te r iormente



abogado de l d i ablo) , que t anto pa ra e l h i s tor i ador comopara e l a rqueólogo todo lo que puede sabe r se de una épo-ca es lo que se di jo de e l la . Es muy dif íc i l reconstruir lascosas mismas . Al cons ide ra r solamente l a r e j i l l a de l d i s -cur so , Foucaul t , en suma , s e mant i ene dent ro de los l ími -t e s modes tos que todo sabio debe r e spe ta r .» 8 6

Y es ahora cuando e l problema pre senta su autént i cadimens ión. La r azón se nos mues t r a r egiona l i zada . Ta lvez n i s iquie ra podemos habla r a s í , s in más , de e l l a . Noes tamos ante « la a rqueología», s ino ante «una a rqueolo-gía» . Cie r t amente , «pa ra pe rc ib i r l a epi s t eme hizo f a l t asa l i r de una c iencia y de la his tor ia de una c iencia , hizofal ta desaf iar la especia l ización de los especia l is tas e in-t enta r conve r t i r s e en un e spec ia l i s t a , no de l a gene ra l idad,s ino de la interregional idad [ . . . ] . La epis teme es un obje toque has ta ahora cons t i tu í a e l obje to de n ingún l ibro , pe roque é s tos contenían, porque e l lo había cons t i tu ido todoslos l ibros de un misma época». 8 7

Pero ¿más a l l á de l a s epi s t emes de cada época cabehablar de «algo» que las integre? ¿Es posible que se re-produzca un proceso s imi la r en e l orden que nos ocupa a lque se conf irm a en e l caso de Fouca ul t? : «El mal f ilósofoes , quizás , un especia l is ta de las general idades; s i Fou-caul t ha po dido gene ra l i za r , - e s porqu e ha log rado se r va -r ios especia l is tas a la vez».88

Aquí habla s imból i camente e l propio « texto-Foucaul t» .No e s prec i so , por ahora , i r más a l l á de l a suge renc ia . S inembargo, s e ha pe r f i l ado e l c ampo desde e l que r e sponde ra p r e gun t a s a n t e r i o r m e n t e f o r m u l a da s . E l p l a n t e a m i e n t o

de Fouc a u l t no c a be e n t e nde r s e s i no c om o una pue s t a e n -t r e pa rénte s i s de dos r ecur sos que pa recen r e s t i tu i r l a to-ta l idad: e l his tór ico- transcendenta l ( intentar ía buscar , mása l l á de toda mani f e s t ac ión y de todo nac imiento h i s tór i co ,un f unda m e n t o o r i g i na r i o ) y e l r e c u r s o e m p í r i c o o p s i c o -l óg i c o ( e m pe ña do e n bus c a r a l f unda do r , i n t e r p r e t a r l oque qui so dec i r , de tec ta r s igni f i cac iones impl í c i t a s que se«esconden» en e l lo , r e l a t a r t r adic iones , i nf luenc ia s . . . ) .

Se t r a t a de sus t i tu i r e s tos r ecur sos por aná l i s i s d i f e -

10 0

a na l i z a r e m os . Só l o m e d i a n t e t a l e s c a be c om pr e nde r s eque l a epi s t eme de una época no e s l a suma de sus cono-c imientos o e l e s t i lo gene ra l de sus inves t igac iones . Noss i túa a s í f r ente a s epa rac iones , d i s t anc ia s , opos ic iones , d i -f e r enc ia s y r e l ac iones ent r e d i scur sos . «La epi s t eme no e suna e spec ie de gran t eor í a subyacente , e s un e spac io ded i s pe r s i ón , un c a m po a b i e r t o y s i n duda i nde f i n i da m e n t edesc r ip t ib l e de r e l ac iones .» 8 9

A ut é n t i c o j ue go s i m u l t á ne o de r e m a ne nc i a s e s pe c í f i -cas , «la epis teme no es un es tadio general de la razón, esun r e l ac ión de suces ivos des fa se s». 9 0 N os s i t ua m os a s íf r ente a una plura l idad de umbra le s . No e s e l t e r r eno delo uni t a r io , sobe rano o único. Seña la r , como se h izo en l aHistoire de la folie, l a Naissance de la clinique o Les motset les chases, que hay di scur sos en los que hablamos de lloco, de l enfe rmo, de l hombre . . . nos obl iga a pregunta r -nos sobre los cr i ter ios a t ravés de los cuales dichos dis-c u r s os ha n pod i do i nd i v i dua l i z a r s e a s í . E v i de n t e m e n t e

— a hor a — , d i c hos d i s c u r s os s on un r e s u l t a do . N o c a beha b l a r pa r a Fouc a u l t de e p i s od i o s c on h i s t o r i a c om ún .

Nada más l e jos de su pe r spec t iva que of r ece r una «vi -s ión de l mundo» que imponga a cada uno de los conoc i -mientos l a s mismas normas y los mismos pos tulados . «Vi -s ión» de la que no hubiera forma de huir , legis lación escr i -t a con mano anónima . De hecho, «por epi s t eme ent i endo[ . . . ] e l conjunto de l a s r e l ac iones que pueden uni r , en unaépoca de te rminada , l a s prác t i ca s d i scur s ivas , que dan luga ra unas f iguras epis temológicas , a unas c iencias , eventual-men t e a un os s i s t emas form a l i zados».9 1 Pero se t ra ta de

re laciones la tera les — que pu ed an darse entr e un as f igurasepi s t emológica s o unas c i enc ia s por depende r de prác t i ca sdi scur s ivas cont iguas ( aunque di s t in t a s )—.

«La epi s t eme no e s [por t anto] una forma de conoc i -miento o un t ipo de r ac iona l idad», 9 2 s i e m pr e que po r t a ls e entendie ra a lgo que mani f e s t a r a a t r avés de l a s d ive r -sa s c i enc ia s l a unidad sobe rana de l su je to de un e spí r i tu ode una época . «Es e l conjunto de l a s r e l ac iones que sepueden descubr i r pa ra una época dada , ent r e l a s c i enc ia s ,

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cuando se las analiza al nivel de las regularidades discur-sivas.» '

La ep is teme no es una fo rma n i una suma de conoc i -mientos, no es una teoría subyacente; no es un estadiogeneral de la razón, un t ipo de racionalidad; no refiere auna donac ión o r ig inar ia n i e s una v i s ión de l mundo; noes un legislador, ni el terreno de lo unitar io, soberano o

ún ico ; no puede jamás se r ce r rada , no p re tende recons t i -tuir un sistema de postulados universal para una época.. .La episteme es, s in embargo, una y única para dicha épo-ca, es un conjunto de relaciones de prácticas discursivasque nos remite a una serie de regularidades, es una cons-tatación que no se l imita a señalar lo dado, s ino que sepregunta lo que para esa ciencia es el hecho de ser ' dado.

¿Qué es esta suerte de explicación que da razones, quere lac iona —siqu ie ra l a te ra lmente—, que ayuda a com-prender , que da cuen ta de regu la r idades y que nos remi tea la concrec ión de la mate r ia l idad? Más exac tamente ,

¿qué son estas explicaciones que, s in embargo, ni just if i-can ni nos just if ican?La episteme muestra así f ias La qué pun to la moda l idad

de orden se consti tuye en condición de posibil idad y suelodel saber. Pero este espacio se desfonda, no permitiendoresidir en él, salvo a lo que se consti tuya en esta instanciaen la que el haz de relaciones no permita ni lecturas nicuerpos privi legiados a los que dir igir la mirada.

Y nuevamente qu izás con e l lo se ins ta a una exper ien-cia del l ímite, en la que cabe afirmar «la imposibil idad dep e n s a r esto». ¿Cómo yux taponer lo a no se r en e l no- lugardel lenguaje, s i incluso el emplazamiento como espacio ese l sue lo mudo donde los se res pueden yux taponerse? Laepisteme es el espacio de lo heterócli to. 9 4

El debate de las cosas y las pa labras

Caemos con ta les cons iderac iones en la p rovocac ióndel texto de Foucault , nos si tuamos en el interior de suprop ia po lémica . Les mots et les choses es, en este sentido,

Hh

algo más que un excelente y sugestivo l ibro. Contiene, enc ie r to modo , lo ya p resen t ido , p reparado , necesa r io . . . Le-jos, con todo, de «una mano blanca», de un lenguaje me-ramente t ransparen te . . . se pa lpaba , s in embargo , an tes deser escri to; era material antes que l ibro. «Foucault aportaa la gente justo lo que necesi taba: una síntesis eclécticaen la que Robbe-Gril let , e l estructural ismo, la l ingüíst ica,

Lacan , Tel Quel, son u t i l i zados por tu rno para demos t ra rla imposibil idad de una reflexión histórica. Por supuestoque, detrás de la historia , a lo que se apunta es al marxis-mo. Se trata de consti tuir una nueva ideología, úl t ima ba-r re ra que la burgues ía puede aún a lza r con t ra Marx .» 95

Más allá de este «desaire» 96 puede leerse el tono de«ofensiva» que se atr ibuye al l ibro, así como su aparenteeclecticismo. Queda claro, en cualquier ' caso, que con lairrupción de esta historia del Orden, la historia de lo Mis-mo («una a rqueo log ía de las c ienc ias humanas») , se com-p lementa la h i s to r ia de lo Ot ro («una a rqueo log ía de la

locura» y «una arqueología de la mirada cl ínica»). De estemodo , se t r a ta de d ibu ja r l a super f ic ie de lo que para unaépoca es decible y queda abierta la pr egunta «¿por qué ta lenunc iado v no cua lqu ie r o t ro en su lugar?» . 97

El in te r rogan te expresa una p reocupac ión por l a d i s -pos ic ión que ha adop tado e l saber , e se «saber que no es táhecho para conso la r : decepc iona , inqu ie ta , punza , h ie -re».98 Est imac ión dec i s iva por cuan to no fa l tan qu ieneshan cons iderado que ah í se d i r igen las p reocupac iones deFoucault : «sin duda el verdadero objeto de su f i losofía yque puede denominarse e l " saber rac iona l"» .9 9

Situada en este contexto, Les mols et les choses sirvecomo pun to de re fe renc ia de un ab ie r to deba te en la f i lo -sofía francesa. Con «el éxito de escándalo» que supone«cr i s ta l i za lo que en de te rminados momentos l l egó a se rp lan teado por a lgunos in te lec tua les compromet idos como"cruzada an t i - t ecnocrá t ica" ; opos ic ión que l l evaba ges tán-dose desde hac ía unos cua t ro años , y cuyo p r imer s ignomayor fue la po lémica Lév i -S t rauss /Sar t re , a ra íz de l cap í -tulo "Historia y Dialéctica de La Pensée Sauvage", y cuyareso luc ión en favor de l p r imero marcar ía toda una reor -

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ganización de los sectores hegernónicos de la intel igenciap a r i s i n a » . '0 0

La pub l icac ión de Les mots et les choses de ja a pocossec to res fue ra de la po lémica . Es p rec i samente d icha po-lémica , y e l cons igu ien te enr iquec imien to in te lec tua l quesupone, la clave de la incidencia y reorientaciones del t ra-bajo de Foucault . En la medida en que el l ibro «recoge»

las perspectivas «en juego», éstas se ven reflejadas en eltexto y en la obligación de decir su palabra.Ferv ien tes aprobac iones , denunc ias agres ivas , c r í t i cas

severas , aco tac iones super f ic ia les , . . . ; todos ( f i rmas y pu-b l icac iones ) concur ren a l deba te . L'Arc (J .-P. Sartre) , Bi-bliothèque d'Hum anisme et Rennaissance ( J . C . M a r g o l i n ) ,Critique ( G . C a n g u i l h e m ) , Esprit ( P . B u r g e l i n ) , Études( M . d e C e r t a u ) , Les Lettres Françaises ( R . B e l l o u r ) , NouvelObservateur (G. Deleuze, F. Châtelet) , Nouvel Cri t ique( J . C o l o m b e l ) , La Pensée ( v a r i o s ) , La Quinzaine Littéraire(G. De leuze , J .P . Domenach) , Reforme (M. Chariot) , Rai-son Presente ( O . R e v a u l t d ' A l l o n e ) , Les Temps Modernes(S. Le Bon, M. Amiot) . . .

E l p rop io Foucau l t no permanece impas ib le an te es tegran ateneo; se ve obligado a «repetir», «explicar», «am-pliar».. . e incluso «just if icar» sus planteamientos y afir-mac iones . No puede ev i ta r e l r ep lan tea r —y rep lan tea r -se— cuan to ya es en tonces tex to , has ta e l pun to de conf i -gura r un tex to nuevo . Las cues t iones p lan teadas por e lCerc le d 'Ep is témolog ie de l 'Éco le Normal Supér ieure ypor la revista Esprit inc iden d i rec tamente en la s i tuac iónin te lec tua l de Foucau l t y o r ig inan unas respues tas 1 0 1 q ueh a n s i d o c o n s i d e r a d a s c o m o u n a u t é n t i c o b o r r a d o r d eL'archéologie du savoir.

Las cues t iones esbozadas en ta les respues tas mues t ranhas ta qué pun to resu l ta s impl i s ta va lo ra r L'archéologie dusavoir como la mera exp l ic i t ac ión s i s temát ica de lo impl í -c i tamente con ten ido en la t r i log ía p receden te ( Histoire dela folie, Naissance de la clinique y Les mots et les cho-ses).™ 2 El p royec to v iene c ie r tamente impe l ido por t a lesobras , pe ro e l deba te pos te r io r a 1966 marca dec i s iva -mente la l ínea de Foucau l t .

10 0

Ya no es un p rob lema de u t i l i za r recursos , s ino dep lan tea rse qué impl ica y supone ta l u t i l i zac ión . Se de te r -mina as í una «empresa cuyo p lan han f i j ado de maneram u y i m p e r f e c t a » 1 0 3 las obras precedentes. Ahora se revi-san los métodos, los l ímites, los temas propios de la histo-r ia de las ideas . Ya no es su f ic ien te con marcar y desa ta rlas su jec iones an t ropo lóg icas . Se t ra ta de poner de mani -

f ies to cómo pud ie ron fo rmarse ta les su jec iones . '

0 4

No es, por tanto, el «discurso de un método». 1 0 5 Set ra ta más b ien de una cues t ión que nos remi te a l «métodode un d i scurso» . S impl i s tamente cabr ía dec i r que pasa -mos de l «es to ocur re» a l «cómo ocur re es to» . 1 06 De loocur r ido a su ocur r i r . En e l in ten to por comprender e lsaber , l a ep i s temolog ía t i ene ya un sue lo ampl io y d i fusopara desenvolverse .

E l d i s c u r s o y l o d e c i b l e

El loco, el enfermo, el hombre.. . ¿«objetos» bien perf i-lados cuyo estudio cobra valor «científ ico» a través de un«método» b ien u l t imado? Foucau l t «sospecha» de ta lesobjetos, de lo científ ico de la operación y de lo asépticode l método . No ve que resu l te t an ven ta josa semejan te«claridad».

Su desconf ianza conserva e l sabor hege l iano : «no go-za la f i losofía , como gozan otras ciencias, de la ventajad e p o d e r p r e s u p o n e r s u s o b j e t o s c o m o i n m e d i a t a m e n t edados por l a represen tac ión , y como ya admi t ido , en e l

pun to de par t ida y en su curso suces ivo , e l método de suinves t igac ión» . 1 0 7 Por tan to , no resu l ta d i f íc i l ve r en «e la rqueó logo» la hue l la de la «susp icac ia» que , conservan-do ta l «sabor» , ya ha l lamos as imismo en Bache la rd :« . . . a n a l i z a y d e s c r i b e , p e r o s i g u i e n d o m i n u c i o s a m e n t elo que se hace y se deshace , lo que se anunc ia y se de -n u n c i a , n o a d m i t i e n d o e l o b j e t o s i n o c o n s t a n t e m e n t er e c t i f i c a d o y r e o r g a n i z a d o , n o t o l e r a n d o e l s u j e t o s i n oc o m o c e n t r o d e u n a a c t i v i d a d d e c o n s t r u c c i ó n y d e

• / 1 (18p u e s t a e n c u e s t i ó n » .

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No se t r a t a de r ecupe ra r por t anto un «día l impio y enel or igen», en e l que la s i tuación no es tuviera aún «co-r rupta». No se mueve Foucaul t en e l ámbi to de e sa«c reenc ia». El problema cons i s t e , más b ien , en pos ibi l i t a re l t e r r eno desde e l que se mani f i e s t e en qué medida e s tos«obje tos -norma le s» que conf iguran e l ámbi to de « lo na tu-ra l» son la expresión de que a lgo concreto y bien anal iza-

ble s e ha compor tado r egula rmente pa ra «a r r egla r» queas í fue ra .Su t r aba jo no se cent r a en conf igura r una «hi s tor i a de l

e spí r i tu» . Foucaul t mismo e s t ima que , «a dec i r ve rdad, yoc re ía más b ien e s t a r hac iendo una hi s tor i a de l d i scur -so».10 9 Perdida a s í l a ingenuidad pr imera , pues tos ent r epa rénte s i s aque l los obje tos in i c i a l e s , pr ec i samente desdela sospecha de que «cada di scur so ha r e t e j ido su obje -t o » , " 0 se t ra ta de dar no sólo con los factores que posibi-l i tan ta l s i tuación «armónica», s ino con los cr i ter ios quepe rmi tan sus t i tu i r t emas de l a «hi s tor i a to t a l i zante» por

aná l i s i s d i f e r enc iados .Ha de subrayarse en cualquier caso que, s i bien esc ie r to que hemos desechado l a ident i f i cac ión, s in más , deFoucaul t con un mé todo, no puede desconoce r se que ,pa ra «recoge r los e l ementos despa rec idos y f r acc ionadosde un di scur so que nues t r a soc iedad ha que r ido ahoga r ,prec i sa un mé todo. Y Miche l Foucaul t t oma e l suyo deG e or ge s D um é z i l » . " 1 Pero se t r a t a más b ien de una iden-t i f i c ac ión con un procedimiento y un ins t rumento de r e -colecc ión que vienen dados fundamenta lmente por l a lo-cal ización en un espacio y por e l empleo de una tác t ica yes t r a t egia : da r s a l ida a una enc ruc i j ada de r a s t ros . «Du-mézi l reubica la práct ica del discurso en el seno de l a spráct icas socia les y [ . . . ] , dada la homogeneización de dis-cur so y prác t i ca soc ia l , t r a t a a l pr imero como una prác t i -ca que t i ene su e f i cac ia , sus r e sul t ados , que produce a lgoen l a soc iedad des t inado a t ene r e f ec to y que , por cons i -guiente , obedece a una e s t r a t egia .»" 2

Será prec i samente a t r avés de e s t a r eubicac ión cómolos p lanteamientos de Foucaul t l l ega rán a s e r «e fec t ivos»y se s i tua rán en una pe r spec t iva cuyas ú l t imas consecuen-

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autént i co cambio de or i entac ión que , en de f in i t iva , noserá s ino un l levar hasta las úl t imas consecuencias las l í -neas inic ia les .

Nuevamente , una sospecha : «¿Qué c iv i l i z ac ión, enapa r i enc ia , ha s ido, más que l a nues t r a , r e spe tuosa de ldi scur so? ¿Dónde se l e ha nombrado me jor? ¿Dónde apa -

r ece más r adica lmente l ibe rado de sus coacc iones v unl -ve r sa l i zado? Ahora b ien , me pa rece que ba jo e s t a apa ren-te veneración del discurso, bajo es ta aparente logofi l ia , seocul t a una e spec ie de t emor»." 3 Es ta logofobia «di s f r aza -da» se expre sa en una se r i e de procedimientos que ha -brán de evidenc ia r se mediante unos c r i t e r ios de f in idos .El lo no es s ino la manifes tación de un confl ic to: e l discur-so choca f ronta lmente con l a pos i t iv idad de l hombre ( l aepi s t eme mode rna e s t á l i gada a l a pé rdida de d icho di s -curso) y es hora de sa l i r de la representación en la que sedesenvue lven l a s c i enc ia s humanas como todo e l s abe rc lá s i co . Prác t i camente s e t r a t a de una e l ecc ión.

De ahí que f r ente a los c r i t e r ios o r ecur sos t r adic iona -l e s Foucaul t proponga t r e s d i f e r ente s ( los c r i t e r ios de for -mac ión, los c r i t e r ios de t r ans formac ión de umbra l y loscr i ter ios de corre lación) . A t ravés de e l los se evidenciaráque lo que pe rmi te individua l i za r un di scur so e s más b ienla exi s t enc ia de r egla s de formac ión pa ra todos sus obje -tos , que exigen una se r i e de condic iones que han debidor e un i r s e e n un m om e n t o m uy c onc r e t o de l t i e m po y quesuponen l a de f in ic ión de un conjunto de r e l ac iones ques i túan l a formac ión di scur s iva ent r e o t ros t ipos de d i scur -so y en e l contexto no di scur s ivo en e l que func iona ." 4

Ta l p lanteamiento exige una autént i ca ruptura de loscampos de l pensamiento , de sde l a pe r spec t iva conc re ta deque dichos campos no son s ino l a expre s ión de una e sc i -s i ón ope r a da de a c ue r do a unos m e c a n i s m os que s e t r a t ade evidenc ia r . De aquí que l a formac ión di scur s iva seamás bien un «espac io de d i sens iones múl t ip l e s , un con-junto de opos ic iones d i f e rente s cuyos n ive le s y come t idoses prec i so desc r ib i r» . 1 15 La propues ta no e s «supr imi r»cont inuidades , s ino di f e renc ia r l a s , ya que , en de f in i t iva , l o

que uni f i ca los enunc iados no e s n i l a unidad de l d i scur - t ene rnos a l n ive l de l d i scur so mismo». 1 1 9 En de f in i t iva ,



so, ni la unidad del obje to, s ino la ley de apar ic ión y det r ans formac ión, l a l ey de r epa r t i c ión de los obje tos en unespac io de emergenc ia y de prác t i ca . Y «lo que apa recedec ididamente a l aná l i s i s e s , t r a s una f a l s a pre senc ia , unafa l sa cohe renc ia , un f a l so proce dimien to , un a f a l s a t emá-t i ca , l a d i spe r s ión misma». 1 1 6

Se bosque ja a s í un procedimiento , s egún e l cua l , e lpropio Foucaul t e s t ima que , «en luga r de r econs t i tu i r c a -denas de infe renc ia ( como se hace a menudo en l a h i s to-r ia de las c iencias o de la f i losof ía) , en lugar de es tablecer-tablas de diferencias (como lo hacen los l ingüis tas) , des-c r ib i r í a s i s t emas de d i spe r s ión». 1 1 7 Y s ó l o pod r e m os ha -bla r de formac ión di scur s iva s i e s pos ible de sc r ib i r , ent r ec ie r to número de enunc iados , s eme jante s i s t ema de d i s -pers ión y s i , entre los obje tos , los t ipos de enunciación,los conceptos , l a s e l ecc iones t emá t i ca s , s e pudie ra de f in i runa r e gu l a r i da d .

Y e s ahora cuando cabe habla r de r egla s de forma-c ión, conc re tamente como «la s condic iones a que e s t ánsome t idos los e l ementos de e sa r epa r t i c ión (obje tos , mo-da l idades de enunc iac ión, conceptos , e l ecc iones t emá t i -ca s ) . Las r egla s de formac ión son condic iones de exi s -t enc ia (pe ro t ambién de coexi s t enc ia , de conse rvac ión, demodi f i cac ión y de desapa r i c ión) en una r epa r t i c ión di s -c u r s i va de t e r m i na da » . 1 1 8

En pr imera ins t anc ia y r e spec to a los obje tos , l a s r e -gla s de formac ión se ocupan de loca l i za r l a s supe r f i c i e sp r i m e r a s de s u e m e r ge nc i a , de s c r i b i r c i e r t a s i n s t a nc i a sde de l imi tac ión y , f ina lmente , ana l i za r l a s r e j i l l a s de e s -pec i f i cac ión. Todavía e s to e s insuf i c i ente : hay que pre s -c indi r de l a s cosas , de f in i r e sos obje tos s in r e f e renc ia a lfondo de e l los ; l a h i s tor i a de los obje tos d i scur s ivos node be hund i r l o s e n l a p r o f und i da d c om ún de un s ue l oor ig ina r io , s ino que t i ene que desplega r e l nexo de l a sr egula r idades que r igen su d i spe r s ión. Lo que no s igni f i -ca r emi t i r s e a l aná l i s i s l i ngüí s t i co de l a s igni f i cac ión; l a spa l a b r a s s e ha l l a n t a n de l i be r a da m e n t e a us e n t e s c om ol a s p r op i a s c os a s : «nos m a n t e ne m os , t r a t a m os de m a n-

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no c a be duda de que l o s d i s c u r s os e s t á n f o r m a dos po rs ignos , pe ro lo que hacen e s más que ut i l i z a r e sos s ignospara indicar cosas; pues bien, es ese «más», que los vuelvei r r educ t ib le s a l a l engua y a l a pa labra , l o que hay quereve la r y de sc r ib i r .

En cuanto a l a s moda l idades enunc ia t iva s , habr í a que

pregunta r se quién habla , de sc r ib i r l os ámbi tos ins t i tuc io-na le s de los que e l pa r l ante s aca su d i scur so y donde é s t eencuent r a su or igen l egí t imo y sus puntos de apl i cac ión;por ú l t imo, ve r que l a s pos ic iones de l su je to s e de f inenpor l a s i tuac ión que l e e s pos ible ocupa r en cuanto a losdive r sos dominios o grupos de obje tos . «Se r enunc ia rá ,pues , a ve r en e l d i s cur so un f enómeno de expre s ión, l at r aducc ión ve rba l de una s ín te s i s e f ec tuada por o t r a pa r -t e ; s e busca rá en é l más b ien un campo de r egula r idadpa ra d ive r sa s pos ic iones de subje t iv idad. El d i scur so , con-cebido a s í , no e s l a mani f e s t ac ión, ma je s tuosamente desa -r ro l l ada , de un suje to que piensa , que conoce y que lodice : e s , por e l cont r a r io , un conjunto donde pueden de -t e rmina r se l a d i spe r s ión de l su je to y su d i sconformidadcons igo mismo. Es un e spac io de exte r ior idad donde sedespl i ega una r ed de ámbi tos d i s t in tos .» 12 0

En lo que r e spec ta a l a formac ión de los conceptos ,Foucaul t cons ide ra impresc indible de sc r ib i r l a organiza -c ión de l campo de enunc iados en e l que apa recen y c i r cu-l a n ; o r ga n i z a c i ón que c om por t a f o r m a s de s uc e s i ón ( e n t r ee l l a s , l a s d ive r sa s ordenac iones de l a s s e r i e s enunc ia t iva s ,los d ive r sos t ipos de dependenc ia de los enunc iados y losdive r sos e squemas r e tór i cos , s egún los cua le s s e puedencombina r grupos de enunc iados ) ; formas de coexi s t enc ia ,que d i bu j a n un c a m po de p r e s e nc i a , de c onc om i t a nc i a yun dom i n i o de m e m o r i a ; y, f i na l m e n t e , p r oc e d i m i e n t o s dei n t e r ve nc i ón que pue de n s e r l e g í t i m a m e n t e a p l i c a dos alos enunc iados : pueden apa rece r en l a s t é cnica s de r ee s -c r i tura , en mé todos de t r ansc r ipc ión, en los modos de t r a -ducc ión, en los medios de aproximac ión, en los modos dede l imi tac ión, de t r ans fe renc ia y en los mé todos de s i s t e -ma t i zac ión de propos ic iones . En c i e r to s ent ido, y como

y a s eñ a la m o s , s e t ra t a d e u n a n á l i s i s a n iv e l « p reco n cep - s o s s o n d o m i n i o s p r á c t i c o s l i m i t a d o s p o r s u s r e g l a s d e



lu a l» : « " lo p reco n cep t u a l" d es cr i t o a s í , en lu g a r d e d ib u j a ru n h o r izo n t e q u e v in iera d e l f o n d o d e la h i s t o r ia y s em a n t u v iera a t ra v és d e e l la , e s , p o r e l co n t ra r io , a l n iv e lm á s s u p er l i c ia l ( a l n iv e l d e lo s d i s cu rs o s ) , e l co n j u n t o d ela s reg la s q u e en é l s e en cu en t ra n e f ec t iv a m en t e a p l i ca -d a s » . 12 1

Po r ú l t im o , la s reg la s d e f o rm a c ió n d e la s f o rm a c io n esd i s cu rs iv a s a lu d en a la s co n d ic io n es a la s q u e e s t á n s o m e-t id a s la s e l ecc io n es t em á t ica s o e s t ra t eg ia s . É s t a s s o n lo st em a s o t eo r ía s p o s ib i l i t a d o s p o r d i s cu rs o s q u e d a n lu g a ra c i er t a s o rg a n iza c io n es d e co n cep t o s , a c i er t o s rea g ru -p a m i e n t o s d e o b j e t o s , y a c i e r t o s t i p o s d e e n u n c i a d o s .¿ Có m o s e d i s t r ib u y en en la h i s t o r ia e s t a s e s t ra t eg ia s ? L ai n v e s t i g a c i ó n t i e n e q u e ir e n c a m i n a d a a d e t e r m i n a r l o sp u n t o s d e d i f ra cc ió n p o s ib le s d e l d i s cu rs o ; e s t o s p u n t o s s ec a r a c t e r i z a n c o m o p u n t o s d e i n c o m p a t i b i l i d a d , c o m op u n t o s d e e q u i v a l e n c i a v c o m o p u n t o s d e e n g a n c h e d eu n a s i s t e m a t i z a c i ó n . S e g u i d a m e n t e , e s p r e c i s o e s t u d i a r l a

e c o n o m í a d e l a c o n s t e l a c i ó n d i s c u r s i v a . Ú l t i m a i n s t a n c i aen la d e t erm in a c ió n d e la s e l ecc io n es t eó r ica s : h a y q u ev er la f u n c ió n q u e d eb e e j ercer e l d i s cu rs o ^ es t u d ia d o enu n ca m p o d e p rá c t i ca s n o d i s cu rs iv a s , e l r ég im en y lo sp r o c e s o s d e a p r o p i a c i ó n d e l m i s m o y l a s p o s i c i o n e s p o s i -b le s d e l d es eo en é l . « Y d e l m is m o m o d o q u e n o s e d eb íareferir la formación de los objetos n i a las palabras n i ala s co s a s ; l a d e la s en u n c ia c io n es n i a la f o rm a p u ra d e lco n o c im ien t o , n i a l s u j e t o p s i co ló g ico ; la d e lo s co n cep t o sni a la es tructura de la ideal idad n i a la suces ión de lasid ea s , t a m p o co s e d eb e re f er i r la f o rm a c ió n d e la s e l ecc io -

n es t eó r ica s n i a u n p ro y e c t o f u n d a m e n t a l n i a l j u eg o s e -c u n d a r i o d e l a s o p i n i o n e s . » 1 2 2

E s t a m o s y a e n c o n d i c i ó n d e a b a n d o n a r c i e r t a s p o s i -c i o n e s y o p o s i c i o n e s p o c o c l a r a s y d e a d o p t a r p o s t u r a sd e f i n i d a s :1 23

1 . E s i m p r e s c i n d i b l e r e c o n o c e r q u e e l d i s c u r s o s em u e v e e n u n á m b i t o c o n f r o n t e r a s a s i g n a b l e s ( l o s d i s c u r -

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f o r m a c i ó n y s u s c o n d i c i o n e s d e e x i s t e n c i a ) .2 . Pa rece in g en u o co n s id era r q u e h a y u n s u j e t o q u e

d e j a en e l d i s cu rs o la h u e l la d e s u l ib er t a d .3 . E l d i s cu rs o y a n o d ice m á s d e lo q u e h a y a l l í y n o

p rec i s a d e u n s u j e t o ex t er io r q u e l e d é v id a .4 . E s h o r a d e a s i g n a r u m b r a l e s y m a r c a r l a s c o n d i c i o -

n es d e n a c im ien t o y d es a p a r ic ió n d e lo s d i s cu rs o s , en lu -g a r d e co n s id era r s u s o b j e t o s co m o « n a t u ra le s » d es d e u no r i g e n i n d e f i n i d o .

5 . N o e s c u e s t i ó n d e a b a n d o n a r s i s t e m á t i c a m e n t et o d a u n id a d , s in o d e cu es t io n a r la q u ie t u d co n la q u e s ea c e p t a .

6 . E l d i s cu rs o n o s e l im i t a a reco g er o p era c io n es e l ec -t u a d a s « a n t es » o « f u era » d e é l , l o q u e l e o t o rg a r ía u n ca -rá c t er d e ex ced en t e im p l í c i t o .

7 . Perd id a la in g en u id a d in ic ia l , y a f in d e n o ca er enu n a s eg u n d a , h a y q u e s eñ a la r q u e lo d ec ib le en u n a ép o ca

n o s e id en t i f i ca « l im p ia m en t e» co n la s « co s a s d ich a s » ; é s -t a s s o n f o rm a d a s y t ra n s í o r in a d a s .

N o s e n c o n t r a m o s d e e s t e m o d o c o n l a c o n f i g u r a c i ó nd e u n a s er i e d e req u i s i t o s q u e m a rca n u n p ro y ec t o re s -p e c t o a l o s e n u n c i a d o s :

a) L a p ro p u es t a d e p erm a n ecer « a n iv e l d e l d i s cu rs o »s ig n i f i ca co n s id era r q u e h a y o t ro s n iv e le s , s iq u iera p red i s -c u r s i v o s . E l c a m p o d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s d i s c u r s i v o s h ad e s e r c o n s i d e r a d o c o m o f i n i t o .

b) E s p rec i s o cu es t io n a rs e s eg ú n q u é reg la s t a l en u n -c ia d o h a s id o co n s t ru id o y a n a l i za r la s re la c io n es d e lo se n u n c i a d o s e n t r e s í .

c) L a p reg u n t a e s a h o ra p o r q u é e s p o s ib le t a l en u n -c ia d o y n o o t ro . E s u n in t erro g a n t e a cerca d e s u s co n d i -c i o n e s d e e x i s t e n c i a .

No s v em o s o b l ig a d o s , p o r t a n t o , a v o lv er a t o m a r ens u ra íz J a d e f i n ic ió n d e l en u n c ia d o ; é s t e n o e s p ro p o s i -c ió n , t a m p o co f ra s e in « s p eech a c t » , a c t o lo cu t o r io d e q u e

hablan los ana l i s t a s ingle se s , s ino todo lo cont r a r io : e s e l misma de un enunc iado a o t ro ; s e t r a t a de una func ión



soporte o la sustancia accidenta l . Es decir , en e l anál is islógico es lo que queda, una vez extra ída y def inida la es-t ruc tura de l a propos ic ión; pa ra e l aná l i s i s grama t i ca l , e sl a s e r i e de e l ementos l ingüí s t i cos en l a que se puede r eco-noce r o no l a forma de una f r a se ; pa ra e l aná l i s i s de losac tos de l l engua je , apa rece como e l cue rpo vi s ib le en queés tos s e mani f i e s t an .

Si no se r equie re una cons t rucc ión l ingüí s t i ca r egula rpa ra formar un enunc iado, t ampoco bas ta cua lquie r emer -gencia de s ignos en e l t iempo y en e l espacio para que unenunciado aparezca y comience a exis t i r : e l enunciado, niexi s t e de l mismo modo que l a l engua , n i de l mismo modoque unos obje tos cua le squie ra dados a l a pe rcepc ión. «Elenu ncia do no es , pues , un a es tru ctura (es decir , un con-junto de re laciones entre e lementos var iables , que autor iceas í un número quizá s inf in i to de mode los conc re tos ) ; e suna func ión de exi s t enc ia que pe r t enece en propiedad a loss ignos y a par t i r de la cual se puede decidir , a cont inua-

ción, por e l anál is is o la intuic ión, s i "casan" o no, segúnqué reglas se suceden o se yuxtaponen, de qué son s igno, yqué e spec ie de ac to s e encuent r a e f ec tuado por su formula -ción (oral o escrita).» 12 4

El enunc iado no e s t á de l l ado de los agrupamientos uni -tar ios de s ignos. Es más bien lo que hace posible ta les con-juntos de s ignos . Prec i samente una se r i e de s ignos pasa rá aser enunciado a condic ión de que tenga con «otra cosa»una re lación específ ica que la concierne a e l la misma, y noa su causa ni a sus e lementos . Este «referent ia l» del enun-ciado, que no es tá const i tuido por «cosas», «hechos», «re-

a l idades» o «seres», forma e l lugar , la condic ión, e l campode emergencia , la ins tancia de diferenciación de los indivi-duos o de los obje tos , de los es tados de cosas y de las re la-c iones pues ta s en juego por e l enunc iado mismo; de f ine l a spos ibi l idades de apa r i c ión y de de l imi tac ión de lo que da ala f rase su sent ido, a la proposic ión su valor de verdad; es teconjunto es e l nivel enuncia t ivo.

Por o t r a pa r t e , e l su je to de un enunc iado e s una fun-c i ón de t e r m i na da , que no t i e ne que s e r f o r z os a m e n t e l a

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va c í a que pue de s e r de s e m pe ña da po r i nd i v i duos ha s t ac ie r to punto indi f e rente s , l o mismo que un único indivi -duo pue de oc upa r s uc e s i va m e n t e e n una s e r i e de e nunc i a -dos d i s t in t a s pos ic iones y tomar e l pape l de d i s t in tos suje -tos . «Desc r ib i r una formulac ión en t anto que enunc iadono cons i s t e en ana l i za r l a s r e l ac iones ent r e e l autor y loque ha d icho (o que r ido dec i r , o d i cho s in que re r lo) , s inoen de te rmina r cuá l e s l a pos ic ión que puede y debe ocu-pa r todo individuo pa ra s e r su suje to .» 1 2 5

Además , e s ca rac te r í s t i co de l a func ión enunc ia t iva e lno pode r e j e r ce r se s in l a exi s t enc ia de un dominio a soc ia -do. És te e s t á cons t i tu ido por l a s e r i e de l a s demás formu-laciones en e l inter ior de las cuales e l enunciado se inscr i -be y forma un e l emento , por e l conjunto de formulac io-nes a que e l enunc iado se r e f i e r e , por e l conjunto de for -mulac iones cuyo enunc iado prepa ra l a pos ibi l idad ul t e -r ior y , por ú l t imo, por e l conjunto de formulac iones cuyoe s t a t u t o c om pa r t e e l e nunc i a do e n c ue s t i ón . «D e m a ne r agene ra l , puede dec i r se que una secuenc ia de e l ementosl ingüí s t i cos no e s un enunc iado más que en e l c a so deque e s t é inmersa en un campo enunc ia t ivo en e l que apa -r ece entonces como e lemento s ingula r .» 1 2 6

Fina lmente , pa ra que una secuenc ia de e l ementos l in-gü í s t i c o s pue da s e r c ons i de r a da y a na l i z a da c om o unenunc iado, e s prec i so que t enga una exi s t enc ia ma te r i a l :« . . . l a ma te r i a l idad [ . . . ] cons t i tuye e l enunc iado mis -m o » .1 27 Pero se t r a t a de una ma te r i a l idad que e s de l or -den de l a ins t i tuc ión más que de l a loca l i zac ión e spac io-t empora l : de f ine pos ibi l idades de r e insc r ipc ión y de t r ans -

c r ipc ión (pe ro t ambién de umbra le s y de l ími t e s ) más queindividua l idades l imi t adas y pe recede ra s . Pe ro ha de sub-raya r se que , a s í como sólo sur t e e f ec to a n ive l de l a ma-ter ia l idad y t iene su lugar y consis te en la re lación, la co-exis tencia , la dispers ión, e l recor te , la acumulación, la se-l ecc ión de e l ementos ma te r i a l e s , «no e s en absoluto e lac to n i l a propiedad de un cue rpo; s e produce como e fec -to de y en una di spe r s ión ma te r i a l» . De ahí que e l propioFoucaul t subraye con toda l a pregnanc ia hege l i ano-bache -

l a rdia na «que l a f i losof í a de l a con tec im iento debe r í a j un t o de e nunc i a dos e n t a n t o que de pe nda n de l a m i s m a



avanza r en l a d i r ecc ión pa radój i ca de un ma te r i a l i smo delo incorpora l» .1 2 8

Ahora b ien , dado que los e squemas de u t i l i z ac ión, l a sr egla s de empleo, l a s cons te l ac iones en que pueden de -sempeña r un pape l , sus v i r tua l idades e s t r a t égica s , cons t i -tuyen pa ra los enunc iados un campo de e s t abi l i z ac ión; ypues to que su cons tanc ia , l a conse rvac ión de su ident idada t r avés de los acontec imientos s ingula re s de l a s enunc ia -c iones , sus de sdoblamientos a t r avés de l a ident idad dela s formas , todo e s to e s func ión de l campo de u t i l i z ac iónen que se encuent r a inse r to , l o que queda de mani f i e s to«no e s e l enunc iado a tómico —con su e fec to de sent ido,su or igen, sus l ími t e s y su individua l idad—, s ino e l c ampode e j e rc i c io de l a func ión enunc ia t iva y l a s condic ionessegún l a cua le s hace é s t a apa rece r unidades d ive r sa s» . 12 9

El enunciado es «no vis ible y no ocul to a la vez», encuanto no cont i ene un conjunto de ca rac te re s que se da -r í an a l a expe r i enc ia inmedia ta , pe ro t ampoco hay t r a s é le l r e s to enigmá t i co y s i l enc ioso que no mani f i e s t a : e l l en-gua je , en l a ins t anc ia de su apa r i c ión y de su modo deser , es e l enunciado.

Pode m os a ho r a de f i n i r e l d i s c u r s o c om o un c on j un t ode secuenc ia s de s ignos , en t anto que son enunc iados , e sdec i r , en t anto se l e s puede a s igna r moda l idades de exi s -t enc ia pa r t i cula re s . S i en e l d i s cur so se pueden de f in i runas r egula r idades , unas l eyes a l a s que los e l ementos dedicho di scur so (obje tos , conceptos , t emas ) e s t án some t i -dos y s egún l a s cua le s s e los r epa r t e , d i r emos que e s t a -m os a n t e una f o r m a c i ón d i s c u r s i va . E s a s í c om o pode m os

de l imi ta r ya una pr imera unidad, y habla r de l d i scur soc l ín ico , e l d i s cur so económico, e l d i s cur so ca rce la r io . . . Laprác t i ca d i scur s iva no e s una ope rac ión expre s iva me-diante l a cua l un individuo formula una idea , un deseo. . .«e s un conjunto de r egla s anónimas , h i s tór i ca s , s i emprede te rminadas en e l t i empo y en e l e spac io , que han de f i -n ido en una época dada l a s condic iones de e j e r c i c io de l af unc i ón e nunc i a ti va » .1 3 0

E l d i s c u r s o que da c on f i gu r a do c on e l l o c om o un c on -

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formac ión di scur s iva . Es tá cons t i tu ido, en conc re to , porun núm e r o l i m i t a do de t a l e s e nunc i a dos pa r a l o s que pue -de de f in i r se un conjunto de condic iones de exi s t enc ia .El lo mismo hace desecha r toda cons ide rac ión de l d i scur -so como a lgo idea l e in t empora l . Por e l cont r a r io , s e pre -senta como unidad y d i scont inuidad en l a h i s tor i a misma ,

planteando e l problema de sus propios l ími t e s , de sus cor -t e s , de sus t r ans formac iones , de los modos e spec í f i cos des u t e m por a l i da d , m á s que de s u s u r g i r r e pe n t i no e n m e -dio de l a s compl ic idades de l t i empo. 1 3 1

El lo nos r emi te a l aná l i s i s de l a l cance de d icha cont i -nuidad y de l a conf igurac ión hi s tór i ca de l d i scur so —ques e a bo r da r á n m á s a de l a n t e — . E s t a m os , s i n e m ba r go , yaen condic iones de accede r a una pregunta que nos s i túaante e l a sunto que nos in t e re sa : ¿por qué se forman unostemas o t eor í a s y no ot ros?

Fouc a u l t a bo r da t a l c ue s t i ón de nom i na ndo «e s t r a t e -

gia s» convenc iona lmente —según é l mismo seña la— a di -chos t emas o t eor í a s . Es ta s organizac iones de conceptos ,r e a g r upa m i e n t o s de ob j e t o s , t i pos de e nunc i a c i ón , e t c .(p. e j . : la teor ía entre los f is iócra tas de una c irculación dela s r iquezas a pa r t i r de l a producc ión agr í cola ) , s e d i s t r i -buye n de una m a ne r a de t e r m i na da e n l a h i s t o r i a y l acuest ión pasa a ser e l anál is is de las e lecciones teór icas .Pa r a r e s ponde r , s i qu i e r a m í n i m a m e n t e , ha b r í a de r e c u -rr i rse a las nociones de «apr ior i his tór ico» y «archivo»—y lo ha remos—, pe ro bas te con seña la r , por ahora , queni s iquie ra e l de te rmina r los puntos de d i f r acc ión (puntosde incompa t ib i l idad, puntos de equiva lenc ia , puntos deenganche de una s i s t ema t i zac ión) da cuenta de l hecho deque «no todos los juegos pos ible s s e han r ea l i zado e fec t i -va m e n t e » .1 3 2 Para hace r lo e s necesa r io r ecur r i r a « ins t an-cias específ icas de decis ión». 13 3

De aquí e l papel c lave de ta les es tra tegias , que se ref ie-ren a los obje tos (son maneras diferentes de t ra tar los) , a lasformas de enunc iac ión ( son modos dive r sos de va le r se deel las) y a los conceptos (son t ipos dis t intos de manipular-los) . En todo caso, son maneras «regladas» de efectuar dis-

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cursos posibles . Dependerán de la economía de la conste la- Por o t ro l ado, los d i scur sos no deben se r cons ide rados



ción discurs iva , incluso de la función que e l discurso es tu-diado e jerza en un campo de práct icas no discurs ivas . Esta-rán en conexión con e l régimen y los procesos de apropia-c ión de dicho discurso y, a su vez , vendrán marcadas porlas posic iones del deseo en re lación con é l . Con e l lo se su-braya más la formación del discurso concreto que la «per-

vers ión» o «represión» de un discurso ideal-úl t imo-intem-poral . De ahí que «las es tra tegias no vendrían a doblar unaracional idad: s ino que const i tuir ían más bien es ta raciona-l idad». '34 No hay una vis ión previa del mundo. El suje topasa a ser , sobre todo, una posic ión con respecto a los do-minios de los obje tos de los que habla .

Deducidas las reglas de la propia «regular idad» de loque ocur re —es dec i r , s in t r a t a r de « inventa r» una unidady un ord en que no s «aseguren» ante l a d i spe r s ión— ta lr ac iona l idad viene a s e r no sólo una desc r ipc ión de l a sreglas y condic iones a t ravés de las cuales se conf igura loque hay —como lo que es—, s ino la del imitación de lopos ible —pensable y dec idible— en una época hi s tór i cade te rminada . La cues t ión abre de e s t e modo l a v i e j a l l agaf i losóf ica: ¿en qué medida lo que hay se ve modif icadopor ta l descr ipción?, ¿en qué medida no es la propia des-c r ipc ión l a que hace que sea?

Bas te por ahora con seña la r e s t e ca rác te r no absolutode l d i scur so que «apa rece como un bien —f ini to , l imi t a -do, deseable , út i l— que t iene sus reglas de apar ic ión, perotambién sus condic iones de apropiac ión y de empleo; unbien que plantea , por cons iguiente , de sde su exi s t enc ia (yno s implemente en sus "apl i cac iones prác t i ca s" ) , l a cues -t ión de l pode r ; un bien que e s , por na tura leza , e l obje tode una lucha , y de una lucha pol í t i c a».1 35

De aquí pueden desprende r se t r e s c l a r a s conc lus iones :Por una pa r t e , «en r ea l idad no t endr í a s ent ido dec i r quesólo exis te e l discurso» (p. e j . : «la explotación capi ta l is tase r ea l i zó s in que su t eor í a hubie se s ido j amás formuladadi r ec tamente en un di scur so . En e fec to , e s t a t eor í a s e r e -ve ló pos te r iormente por un di scur so ana l í t i co; d i scur sohi s tór i co o económico») .1 3 6

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como conjuntos de s ignos , s ino como prác t i ca s que obe -decen a r egla s de te rminadas .

Fina lmente , y en consecuenc ia , «en toda soc iedad l aproducc ión de l d i scur so e s t á a l a vez cont rolada , s e l ecc io-nada y r edi s t r ibuida por un c i e r to número de procedi -mientos que t i enen por func ión conjura r los pode re s y pe -

l igros , domina r e l a contec imiento a l ea tor io y e squiva r supesada y t emible ma te r i a l idad». ' 3 7

Es ahora cuando l a logof i l i a mues t r a ha s t a qué puntoesconde una logofobia . Pa ra Foucaul t hay unos evidente sprocedimientos de exc lus ión —la e s t r a t egia cons t ruye a s í ;ahora de modo bien pa radój i co—. Se conc re tan en impe -di r que e l d i s cur so sea t r anspa rente , b i en a t r avés de loprohibido ( tabú del suje to, r i tual de la c i rcunstancia , de-recho exclusivo o pr ivi legio del suje to que habla) ; bienmediante l a s epa rac ión y e l r echazo (p . e j . : l a opos ic iónrazón- locura ) o b ien mediante l a cons ide rac ión de o t r aopos ic ión: lo ve rdade ro y lo f a l so , con l a cons iguiente vo-l un t a d de ve r da d .

Hay a s imismo una se r i e de procedimientos in t e rnos , at r avés de los cua le s los mismos di scur sos e j e r cen su pro-pio cont rol a f in de domina r lo que acontece ; e l comenta-rio, que l imi t a e l a za r de l d i scur so por medio de l juego deuna ident idad que t endr í a l a forma de l a r epe t i c ión de lomismo; e l principio del autor, que pe r s igue e l mismo obje -t ivo por e l j uego de una ident idad que t i ene l a forma de l aindividual idad y del yo; y e l de las disciplinas, que fija losl ími te s a t r avés de l juego de una ident idad que t i ene l aforma de una r eac tua l i zac ión pe rmanente de l a s r egla s . 13 8

Cabe seña la r , a s imism o, los proced imien tos de sumi -s ión que de te rminan l a s condic iones de u t i l i z ac ión de losdi scur sos , imponen a los individuos que los d icen un c i e r -to número de r egla s y no pe rmi ten de e s t a forma e l a cce -so a e l los a todo e l mundo; en de f in i t iva , producen unenra rec imiento de los suje tos que hablan. Son cua t ro: e lr i tual del habla , las sociedades de discursos , las doctr inas( r e lig iosa s, pol í t i c a s , f i losóf i ca s ) —q ue e fec tú an un a doblesumis ión, de los suje tos que hablan a los d i scur sos y de

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los discursos al grupo de individuos que hablan-— y la1 3 9

como prác t ica d i scurs iva y de es te e je rc ic io como fo rma-



adecuac ión soc ia l de l d i scurso .Prec i samente c ie r tos t emas de la f i losof ía su rg ie ron

para responder a es tos juegos de l imi tac iones y exc lus io -nes, y quizá s tamb ién pa ra reforz arlos: así , las f ilosofíasde l su je to fundador , de la exper ienc ia o r ig inar ia y de lamediación universal , según las cuales el discurso no seríamás que un juego (de esc r i tu ra , l ec tu ra o de in te rcambio)que no pone en l iza más que los signos. El discurso seanu la r ía de es te modo en su rea l idad , s i tuándose en e lo rden de l s ign i f ican te .

Así , poco a poco, se af loja el lazo entre las palabras ylas cosas a l a pa r que resu l ta más v iab le cues t ionarse enqué medida «las f isuras del saber y las del lenguaje obe-decen a l a misma ley p rofunda» . 1 4 0 El discurso, al refe-r irnos a su propia material idad, nos insta asimismo a ladispersión. Pero esto es a su vez una opción por la locali-zac ión , con lo que se e l imina toda vacua «profund idad» .Hay en todo e l lo una nueva razón de un idad . Ya no ven-

drá fundada sobre la ex i s tenc ia de l ob je to o la cons t i tu -c ión de un hor izon te ún ico de ob je t iv idad , s ino que se ráe l juego de reg las que hacen pos ib le duran te un per iododado la apar ic ión de ob je tos .

El nivel es ahora el del discurso mismo. Será el propiojuego de reg las , l a l ey de apar ic ión y de t rans formac ión ,la ley de repart ición de los objetos en el espacio de emer-genc ia y de p rác t ica , lo que un i f ique los enunc iados . Y at ravés de los mecan ismos seña lados por l a s es t ra teg ias seper f i l a rán las ins tanc ias espec í f icas de dec i s ión .

E l desa f ío es da r ahora con aque l la «profund idad» quet iene lo super f ic ia l y no quedarse en una represen tac iónque ba jo apar ienc ias a rmónicas t r a ic iona lo que hay me-d ian te un consorc io confuso de pa labras y cosas . No hu i rde l n ive l de l d i scurso hac ia ins tanc ias supues tamente «su-per io res» o recóndi tamente in te r io res , s ino l l evar has talas ú l t imas consecuenc ias su emergenc ia y ana l iza r l a scond ic iones de su apar ic ión . Dar con todo lo que ha y y aa l l í , hac iendo que eso que ha y se dé. Esta instancia lo esas imismo a la mate r ia l idad de l d i scurso . Su cons iderac ión

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c iones d i scurs ivas que per f i l an una super f ic ie de emer -genc ia de la fo rmac ión de los ob je tos 1 4 1 c o n f i r m a q u e e locur r i r y e l d i scur r i r no responden a ámbi tos d i s t in tos . Escomo d iscurso como lo que hay se da .

Ahora b ien , a l desp lazarse e l «su je to» como depos i ta -r io de la sub je t iv idad —és ta ya no se rá qu ien haya ten ido

e l sueño s ino e l sueño mismo—, ¿ t iene sen t ido hab la r dela razón más al lá de lo regular , lo normativo, lo condicio-nado , lo pos ib le? ¿Es e l p rop io d i scurso qu ien d i scur reen noso t ros y por noso t ros? «¿Qué ocur re hoy , qué somosnoso t ros que acaso no somos más que lo que ocur re?» 1 42

T o d o i n t e r p r e t a c i ó n y n a d a q u e i n t e r p re t a r

En la p rogres iva conquis ta de las cond ic iones de enun-c iac ión de l p rop io d i scurso , cobran espec ia l r e levanc ia nosó lo los resu l tados s ino e l p roceso mismo. Desde es taperspec t iva , Foucau l t nos o f rece una se r ie de reg las deuso, de instrucciones.. . para «leer» los efectos que produ-cen los d i scursos y cons ta ta r cómo acaban dando lugar auna represen tac ión . En es te sen t ido resu l ta más pos ib lerepe t i r e l t r ayec to que v incu la rnos a esa represen tac ión .En cua lqu ie r caso cabe p regun ta r se s i t a l r epe t ic ión esviable.

Pero ta l vez «acaban s iendo» represen tac ión porque«empezaron» s iendo in te rp re tac ión . No se t ra ta de la «co-rrupción» de un ser s imple y benévolo —que sería el s ig-no— s ino que p rec i samente « los s ignos son in te rp re tac io -nes que t ra tan de jus t i f i ca r se y no a l a inversa» . 1 43 C o m oen Cangui lhem los concep tos p reced ían a l a s t eor ías , enFoucau l t « la in te rp re tac ión p recede a l s igno» . 1 44

De ah í es ta c ie r ta ambigüedad de ta les s ignos , que noind ican un s ign i f icado , s ino que imponen d icha in te rp re -tac ión . No es cues t ión de dar con un recóndi to sec re to ,una «verdad» dormida en e l o r igen que espera se r l ibe ra -da . No hay , pa ra Foucau l t , empresa tan «caba l le resca» .Y es en concre to por es ta razón por lo que las pa labras

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t i enen f ina lmente s igni f i cado, por que in t e rpre ta ron «an- corpus gene ra l , una enc ic lopedia de todas l a s t é cnica s de



tes» de ser s ignos.Es en t a l pe r spec t iva en l a que ha de encuadra r se uno

de los a spec tos de l a inf luenc ia de Nie tz sche en Foucaul t .Para aquél , «el intérpre te es lo "ver ídico" , es e l "verdade-ro" no porque se adueña de una ve rdad dormida que pre -gona a voces , s ino porque pronunc ia l a in t e rpre tac ión que

toda ve rdad t i ene como func ión r ecubr i r» . '

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Se abre a s í un proyec to que t r a t a de acota r e l pe r f i ldesdibujado de aquel la f i losof ía «perdida» en una ser ie deac tos y ope rac iones pe r t enec iente s a d ive r sos campos . Elpropio Foucaul t s e ident i f i ca con e l c ambio de or i enta -ción: «... desde Nietzsche la filosofía tiene la misión dediagnos t i ca r , y ya no se dedica solamente a proc lamarve rdades que puedan va le r pa ra todos y pa ra s i empre . Yotambién in t ento d iagnos t i ca r e l pre sente , dec i r l o que hoysomos , lo que s igni f i ca dec i r l o que dec imos». 1 46

El problema se agudiza con l a mera conf rontac ión de

lo d icho con ot ros t extos de l propio Foucaul t . Tan sólounas l íneas ante s subraya su preocupac ión no t anto por l aapa r i c ión de l s ent ido en e l l engua je cuanto por los modosde func ionamiento de los r azonamientos en e l i n t e r ior deuna cul tura de te rminada . Se in t e re sa por e l «func iona -miento de l r azonamiento , no por su s igni f i cac ión».1 47

¿Hay un s igni f i cado más a l l á de l nuevo func ionamiento?¿Diagnos t i ca r no e s of r ece r un s igni f i cado?

Nos encont r amos de todas formas ante un se r io «pro-blema» que impide una r e spues ta unidi r ecc iona l . La sos -pecha de que e l l engua je no dice exac tamente lo que dice ,l a sospecha de que r ebasa lo propiamente ve rba l , ha s idoacogida en formas cul tura l e s d i f e r ente s s egún s i s t emasde in t e rpre tac ión di s t in tos , con t écnica s y mé todos d i f e -r e nc i a dos , c on f i gu r a ndo s us « f o r m a s p r op i a s de s o s pe -c ha r » .1 4 8 No cabe por e l lo s ino cons ta t a r que «no hay unahe rmenéut i ca gene ra l , n i un canon unive r sa l pa ra l a exé -ges i s , s ino t eor í a s s epa radas y opues ta s , que a t añen a l a sr egla s de in t e rpre tac ión». 1 4 9

Por su pa r t e , Foucaul t a lbe rga un sueño a l r e spec to:«cons i s t i r í a en l l ega r a cons t i tu i r a lgún día una e spec ie de

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i n t e r p r e t a c i ón que he m os c onoc i do de l o s g r a m á t i c osgr i egos has ta nues t ros d ía s» .1 50 Y e l a sunto r evi s t e unas ingula r impor tanc ia por cuanto inc luso se ha cons ide ra -do 1 51 que e l propio Foucaul t ve en dichas t écnica s de in-t e rpre tac ión no un sus t i tu to , pe ro t a l vez s í un sucesor dela filosofía.

Ta le s t é cnica s mues t r an un ca r i z «cura t ivo» prác t i ca -mente t e r apéut i co a f in de produc i r e f ec tos : e f ec tos desus t i tuc iones , empla zamie ntos y desplazam ientos , con-qui s t a s d i s f r azadas , de svíos s i s t emá t i cos . «Si in t e rpre ta re s ampara r se , por v io lenc ia o subrept i c i amente , de un s i s -t ema de r egla s que no t i ene en s í mismo s igni f i cac iónesenc ia l , e impone r l e una di r ecc ión, p l ega r lo a una nuevavoluntad, hace r lo ent r a r en o t ro juego y some te r lo a r e -gla s s egundas , entonces e l deveni r de l a humanidad e suna se r i e de in t e rpre tac iones . Y l a genea logía debe se r suhis tor ia . . .» 1 52

Se marca a s í una autonomía de l a s propia s r egla s r e s -pec to a l «quién» de su u t i l i z ac ión. Nos s i tuamos con e l loen un proceso abie r to de ca rác te r inacabado, en e l que e l«nuevo obje to» ni r e s t i tuye e l s ent ido or ig ina l n i adoptaun a spec to de f in i t ivo . Pe ro , s in embargo, sólo a s í e s pos i -b le acoge r cada momento de l d i scur so en su i r rupc ión deacontec imiento , mediante l a habi l i t a c ión de una pura des -c r ipc ión —-y por t an to in t e rpre tac ión — d e hecho s d i scur -s ivos . Es te ca rác te r abie r to s i túa su t é rmino como «locu-ra», en cuanto que de produc i r se l l ega r í a a s igni f i ca r in-c luso l a de sapa r i c ión de l mismo in té rpre te .

Y e s ahora cuando aque l l a cons ide rac ión, s egún l acua l « . . . e l problema he rmenéut i co no e s impues to desdea fue ra a l a r e f l exión, s ino propues to desde dent ro por e lm ov i m i e n t o m i s m o de l s e n t i do» , 15 3 c ob r a una d i m e ns i ónespec ia l , s egún l a cua l d i cha r e f l exión apa rece no comointuic ión, s ino como una t a r ea . Se supe ra e l mero «sospe -char», e l s imple «desvelar».

Foucaul t nos mues t r a en e s t e s ent ido en qué medida e lrechazo de «la» «interpretación» s ignif ica «volver vis iblelo que no e s invi s ib le más que de e s t a r demas iado en l a

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superficie de las cosas [ . . . ] , rest i tui r en su material idad la NOTAS



prác t i ca de un d i scurso» . 15 4 El asun to ha quedado reduc i -do as í a perder t oda i ngenuidad para recuperar una ma-yor espont ane idad ; a de j a r hab l a r a l d i scurso has t a susú l t imas consecuenc i as ; a pos ib i l i t a r su carác t e r de acon t e -c imien to . . . Y es ahora cuando i n t e rpre t a r es sobre t odo«posibi l i tar» que el discurso dé de sí lo que en sí l leva y

en es t a medida « razonar» .Pero, ¿quién razona? ¿Es el propio discurso el que l le-

va i nscr i t o en s í m i smo —prec i samente por su carác t e r de«acont ec imien to-monumento»— la capac idad de «desbor-darse» a s í m i smo? ¿Es l o t rascenden t a l una d imens ióninherente —-y «superficial»— autént ica del discurso? ¿Noes e l t emor a l d i scurso una au todefensa f ren t e a l as con-secuenc i as que su p rop io «dar t odo de s í » supondr í a?¿Tiene capac idad e l p rop io d i scurso de «d i scurr i r» s i no t ra sub j e t i v idad que l a de l s í m i smo? ¿No hay más sub j e -t i v idad que l as impl i cac iones de su p rop i a mater i a l i dad?

En ú l t ima i ns t anc i a nos enf ren t amos a l hecho de l aposibi l idad de que lo real se vea afectado por los diversosmodos de i ns t i t u i r l o e i n t e rpre t a r l o y qu i zás e l «d i spos i t i -vo Foucau l t » no p roponga s i no l a c reac ión de nuevos ob-j e tos a t ravés de una nueva exper i enc i a , pos ib i l i t ada porl a conf igurac ión de l as condi c iones para que a lgo d i fe ren-t e sea d i cho .

E l t ex to no cabe , por t an to , se r reduc ido a ob j e tomudo que espera se r l e í do , s i no que es ya l ec tu ra , ya queabre as imi smo e l haz de condi c iones en l as que ha det ener l ugar cua lqu i e r comprens ión . E l t ex to es t ex tu ra ; l osob j e tos y sus condi c iones no son dos mundos y e l p r i nc i -p io de i n t e rpre t ac ión no es , como seña l a N ie t zsche , a l gorad i ca lmente d i s t i n to de l i n t é rpre t e . Y es en es t e sen t i doen e l que se des t aca que l a i n t e rpre t ac ión no se puedeacabar j amás . «Es to qu i e re dec i r s implemente que no hayn a d a q u e i n t e r p r e t a r . N o h a y n a d a a b s o l u t a m e n t e p r i m a -r i o para i n t e rpre t a r , porque en e l fondo ya t odo es i n t e r -p re t ac ión , cada s i gno es en s í m i smo no l a cosa que seofrece a l a i n t e rpre t ac ión , s i no l a i n t e rpre t ac ión de o t rossignos.» 15 5

10 6

1 . Er asmo d e R o t te r d am, Elogio de la locura, 4. a ed., Buenos Aires,Espasa-Calpe, 1969 (Austral) , p . 29 . La locura habla del lugar en el quen ac ió , en es te l ib r o —cu y o v a lo r e jemp lar h a s id o su b r ay ad o p o r Fo u -cault—. Cfr . cap . VIH.

2 . F ouca ult, M., «La fo lie, l 'absen ce d 'oeuvre», La Table Ronde, m a y o( 1 9 6 4 ) . Se añ ad e co mo ap én d ice a la r eed ic ió n d e Histoire de la folie àl'âge classique, Par is , G a l l imar d , 1 9 7 2 ( t r ad . cas t : Historia de la locura enla época clásica, 2. a éd., 2 t., México, FCE, 1976, cfr. t. II, pp. 328-340).

3 . Blanchot, Maurice, «L'absence du livre» , L'Éphemère, 10 ( trad .cast. : Buenos Aires, Caldén, 1973) ; y en L'entretien infini, Parts , Galli-mard , 1969, 643 pp., ap . I I I .

4 . Foucault, M., «La fo lie, l 'absence d 'oeuvre», a.c. , trad . , p . 338.5 . Foucault, M., Histoire de la folie à l'âge classique, o.c., p. 368

(trad., t. II, p. 15).6. Ibid., p. 18 (trad., t. I, pp. 20-21).7. Ibid., p. 38 (trad., t. I, p. 49).8. Ibid., p. 41 (trad., t. I, p. 53).9. Ibid., p. 44 (trad., t. I, p. 58).10. Ibid., p. 47 (trad., t. I, p. 62).11. Ibid., p. 53 (trad., t. I, p. 72).1 2 . D er r id a co n s id er a q u e e l su eñ o n o es s in o la ex ag er ac ió n d e) u n i -

v er so d e la lo cu r a . Es ta es su p er sp ec t iv a y su co n c lu s io n , an te la lec tu r ade Descar tes . Derr ida, J . , «Cogito et Histo ire de la Folie» , en L'Écriture etla Différence, Paris , Seuil, 1967, cf r . pp . 51-97.

Fo u cau l t in s i s te en q u e e l su eñ o y la lo cu r a n o t ien en e l mismo es ta -tu to n i e l mismo p ap e l en e l d esar r o l lo d e la d u d a ca r tes ian a . Fo u cau l t .M . , « M o n co r p s , ce p ap ie r , ce f eu » , ap én d ice a la r eed ic ió n d e Histoire dela folie, o.c. , pp . 583-603 ( trad . , t . I I , pp . 340-372) .

13 . Foucault, M., Histoire de la folie à l'âge classique, o.c., p. 58 ( trad . ,p . 78) .

1 4 . B ar th es , R o lan d , « Po r amb as p ar tes» , en Ensayos Críticos, B ar ce-lona, Seix Barrai, 1967, pp . 208-209.

15. Ibid., id .

1 6 . Par a mo s t r a r e l in te r és d e c ie r tas r e f lex io n es d e Fo u cau l t en u nes tu d io temát ico d e l R en ac imien to y d esd e es ta p er sp ec t iv a d e las r e la -c io n es lo cu r a - len g u a je ( cap . I d e Histoire de la folie, y cap. I I de Les motset les choses), cfr . Margolin , J .-C., Tribut d'un antihumaniste aux étudesd'Huma nisme et Renaissance. Note sur l'oeuvre de M. Foucault, G in eb r a ,D r o z , 1 9 6 7 ( B ib l io th èq u e d 'H u man isme e t R en a is san ce , Tr av au x e t D o -cu men ts , X X X I X ) . ( R e imp r eso p o r Sw ets Ze i t l in g er B .V . , A ms te r d am,1974, 792 pp., pp . 701-711.)

17. Foucault, M., Les mots et les choses, Par is , G a l l imar d , 1 9 6 6 , 4 0 0pp. ( trad . cast. : 9 .a éd., México , Sig lo XXI, 1978, 375 pp.) .

18. Ibid.1 9 . Fo u cau l t , M . , « 7 p r o p o s su r le 7 . ° an g e» , P r e f ac io a B r is se t , J ea n -

Pie r r e , La gramma ire logique suivie de la Science de Dieu précédé de «7 « G u e t t e r l e j o u r q u i v i e n t» , La Nouvelle Re\>ue Française, 130, 1 de o c tu-



propos sur le 7. c ange», Pa r i s , C l a u d e Tc h o u , Í9 7 0 , p p . X -X I .2 0 . Fo u c a u l t , M. , Maladie Mentale et Psychologie, Paris, PUF, 1966,

p . 95 .2 1 . Fo u c a u l t , M. , Maladie Mentale et Personnalité, París, PUF, 1954

( t r a d . c a s t . ; B u e n o s A i re s , Pa id ó s , 1 9 6 1 , 1 0 4 p p . , p . 7 2 ) . — La t r a d u c c ió nq u e o f r e c e m o s e n e l t e x to v a r í a se n s ib l e m e n te d e l a v e r s io n c a s t e l l a n aq u e c o n f u n d e ou c o n où, p r o d u c i e n d o u n s e n t i d o t o t a l m e n t e d e s v a r i a -

d o . — La p re g u n t a se p l a n t e a t r a s c u e s t i o n a r , « ¿ c ó m o h a l l e g a d o n u e s t r ac u l t u ra a d a r a l a e n fe rm e d a d e l se n t i d o d e d e sv i a c ió n , y a l e n fe rm o u ne s t a tu s q u e l o e x c lu y e ? » .

22. Blanchot , M. , «L'oubl i , la déra ison», en L'entretien infini, Pa r í s ,G a l l im a rd , 1 9 6 9 , 6 4 3 p p . , p . 2 9 2 .

2 3 . Fo u c a u l t , M. , Hisloire de la jolie à l'âge classique, u.c . , p . 556(trad . , t . I I . p . 303).

2 4 . Fo u c a u l t , M. , A verdade e as formas jurídicas, R ío d e Ja n e i ro ,Po n t i f i c i a U n iv e r s id a d e C a tó l i c a d o R io d e Ja n e i ro , î 9 7 8 ( t r a d . c a s t . :Barce lona , Gedisa , 1980, 177 pp. . p . 23).

25 . ¡bld., t rad . , pp . 26 y 30-31.2 6 . K re m e r -Ma r i e t t i , A . , Foucault et l'archéologie d u savoir, Pa r i s ,

Seghers, 1974, 244 pp. , p . 17 .27 . R o u s s e l , R a y m o n d , Comm ent j'ai écrit certains de mes livres ( t r a d .

cast . : Barce lona , Tusquets, 1973, 63 pp. , pp . 25-56). Cfr . Foucaul t , Mi-c h e l , Raymond Roussel, Paris, Gal l imard, 1963, 211 pp. ( t rad . cast . : Bue-nos Aires, Siglo XXt, 1973, 189 pp.) .

28. Fou caul t, M., «La folie, l 'ab senc e d'oeu vre», a.c., trad., t. Il, p. 339.29 . Ceci n'est pas une pipe, Mo n tp e l l i e r , Fa t a Mo rg a n a , 1 9 7 3 , 9 1

pp. ( t rad . cast . : Barce lona , Anagrama. 1981, 81 pp.) .3 0 . Fo u c a u l t , M. y o t ro s , Moi, Pierre Rivière, ayant égorgé ma mère,

nia soeur, et mon frère... ( se m in a r io e d . e n c o l a b o ra c ió n ) , Pa r i s , G a l l im a rd / Ju l l i a rd , 1 9 7 3 , 3 5 0 p p . ( t r a d . c a s t . p a rc i a l e n : B a rc e lo n a , Tu sq u e t s ,1976, 226 pp.) .

3 1 . R e su l t a s i g n i f i c a t i v o q u e d e l o s se i s m é d ic o s e sp e c i a l i s t a s q u ee x a m in a ro n a P i e r r e R iv i è re (y l o s h e c h o s y su r e l a to ) , t r e s d i c t a m in a ro nsu e s t a d o c o m o d e « e n fe rm e d a d m e n ta l» (« a n o rm a l id a d » ) , v l o s o t ro st r e s c o n s id e ra ro n q u e se e n c o n t r a b a « e n su sa n o j u i c io » (« n o rm a l id a d » ) ,

3 2 . Fo u c a u l t , M. , Les mots et les choses, o.c., p. 372 (trad., p. 350).33. Mendel , Gérard , «Fol ie , ant i fo l ie e t non-fol ie» , La Nef («L'Anti-

psychia tr ie») , 42 , enero-mayo (1971), 247 pp. , 199.34. Fo u c a u l t , M. , « D e u x iè m e e n t r e t i e n » , e n B e l l o u r , R a y m o n d , « Le

l ivre des autres» . L'Heme, j u n io (1 9 6 7 ) , 2 0 1 -2 0 2 ( t r a d . c a s t . : B a rc e lo n a ,Anagrama, 1973, p . 73).

Para un recorrido a t ravés de los textos de Fouca ul t en los que la« l i t e r a tu ra » m u e s t r a e s t a d im e n s ió n « t r á g i c a » r e sp e c to a l l e n g u a j e , c f r .Bel lour, R . , «L'Homme, les mots» (Dossie r Michel Foucaul t ) , Le Magazi-ne Littéraire, 101, 58 pp. , 24-27.

35. Este es e l espac io genera l en e l que se si túa La Vieille de R o g e rI .apol le a propósi to de l cua l escribe su a rt ículo . Cfr . Foucaul t , M. ,

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b re (1 9 6 3 ) , 7 1 6 .

3 6 . O b v ia m e n te e l l o n o s e n f r e n t a a l p ro b l e m a d e l a r a z ó n . S i b i e n e nu n c o n t e x to q u e p u d i e ra se r l o , n o e s i n g e n u a , s i n e m b a rg o , l a c o n s id e ra -c ió n d e Pe lo r so n s e g ú n l a c u a l : « So n l o s c o n c e p to s d e R a z ó n v d e Lo c u -ra l o s q u e l e p e rm i t e n a Fo u c a u l t — p a ra d e sa r ro l l a r su Historia de lalocura— ta l l a r el e sp a c io d e q u e se o c u p a ; c o n c e p to s q u e e s t á n d e f i n id o sd e m o d o t a n v a p o ro so q u e u n o l l e g a a se r d e a n t e m a n o e n ocasiones s in ó -

n im o d e En t e n d im ie n to , \ e l o t ro d e N e c e d a d » , Pe lo r so n , Je a n -Ma rc , « Mi -che l Foucaul t e t l 'Espagne», lu Pensée, 152, agosto (1970), 156 pp. , 99 .

La d i s t i n c ió n h e g d i a n a e n t r e En t e n d im i e n to y R a z ó n , l a s im p l i c a c io -n e s q u e e l l o su p o n e y l a n o - ru p lu ra e n t r e a m b o s c o n c e p to s c o n t i n u as i e n d o h o y t e m a a b i e r t o d e d e b a t e . H a y a q u í u n a r i c a v e n a d e p o s ib i l i d a -d e s q u e t r a t a r e m o s d e r e c o g e r m á s a d e l a n t e . B a s t e c o n p re g u n t a rn o s :¿ c a b e p e rm a n e c e r e n l a s d i f e r e n c i a s? Pe lo r so n i n s i s t e a su v e z e n la g ra -v e d a d d e « l a a u se n c i a e n l o d o e l l i b ro d e Fo u c a u l t d e u n d e f in i c ió nh i s tó r i c a d e l c o n c e p to R a z ó n » (ibid., 9 3 ) . Ev id e n t e m e n te , s i bien ello« a l i v ia r í a » n u e s t r a s p re o c u p a c io n e s , n o e n a b so l u to — c o m o a s im i sm ose ñ a l a re m o s— l a p e r sp e c t i v a d e Fo u c a u l t . En c u a n to a l a i d e n t i f i c a c ió nd e l o c u ra y n e c e d a d , h a b r í a m o s ele s i t u a r n o s e n el «caso Don Quijo te»— q u e Pe lo r so n a n a l i z a — y e n l a i n f l u e n c i a d e l Elogio de la locura (Enco-mio de la estulticia) d e F . r a sm o , e n l o s p l a n t e a m ie n to s d e Fo u c a u l t .

3 7 . Fo u c a u l t . M. , Nietzsche, Freud. Marx, Paris, Minui t , 1965, Cahiersd e R o v a u m o n l . P h i l o so p h i e , 7 ( t r a d . c a s t. : B a rc e lo n a , A n a g ra m a . 1 9 7 0 ,57 pp.', p. 42).

38. Foucaul t , M. , Naissance de la clinique. Une archéologie du regardmédical, 4." éd . , Paris, PUF, 1978, p . 200 ( t rad . cast . : Mexico, Siglo XXI,p . 275).

39. ibid., ici. ( t rad . , p . 275).4 0 . P l a to n . Fedro, 2 7 6 a y 2 7 6 c .4 1 . D e r r i d a . J . , La dissémination, Paris, Seui l , 1972, p . 145 ( t rad .

c a s t . : Ma d r id , Fu n d a m e n to s , 1 9 7 5, p . 1 9 1 ) . La l e c tu ra d e l a p ro p u e s t apla tónica en e l Fedro, a m a n o s d e D e r r i d a , su b ra y a l a v in c u l a c ió n d epharmakon co n phurmakeus (m a g o , b ru jo , p r i s i o n e ro ) y c o n phamtakos(chivo expia torio) , con lo que la escri tura es de tentada con t rucos y en-c a n t a m ie n to s q u e p e r s ig u e n l a p u r i f i c a c ió n ( c f r . C u l l e r , J . , Sobre la de-

construcción. Teoria y crítica después del estructuralismo, Ma d r id , C á t e -dra , 1984, pp . 127 ssj .

42 . Foucaul t , M. , Naissance de la clinique, o.c., p. 201 (trad., p. 277).43 . Ibid., p. 12 (tra d., p. 13).44 . ¡bld., p. 13 (trad., p. 13).4 5 . P re c i sa m e n te p o r e l l o , Fe rn a n d o Á lv a re z -U r í a c o n s id e ra q u e u n

a n á l i s i s d e l c a m p o p s iq u i á t r i c o n o p u e d e c o n v e r t i r se e n r e p e t i c i ó n m e c á -nica de la teoría d e l a a l i e n a c ió n . E l p ro b l e m a e s m á s su t i l y c o m p le jo y aq u e se d e b e r í a n r a s t r e a r l a s c o n d i c io n e s d e c o n s t i t u c ió n d e d i c h o c a m p o ,d e m a rc a r su r a d io d e a c c ió n , su s t r a n s fo rm a c io n e s , m o s t r a r c ó m o sedefinen s us agentes, los efectos p o l í t i c o s d e su s p rá c t i c a s , l a s l í n e a smaestras en las que se prefiguran las posibles innovac iones. . . Y éste es

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de he c ho e l p rogra m a de su t r a ba j o e n Miserables y locos. Medicina men-tal v orden social en la España del siglo XIX, Barcelona, Tusquets, 1983,

75 . Ibid., p. 378 ( t rad. , p . 356).76 . Ibid., p. 380 ( t rad. , p . 357).



cfr. p. 17.46. Cfr . Foucaul t , M. , Presentación en Caste l , R. , El orden psiquiátri-

co. La edad de oro del alienismo, Madrid, Las Ediciones de la Piqueta ,1980, pp. 7-11.

47. Foucaul t , M. , Histoire de la folie à l'âge classique, o.c., p. 255(trad., t. I, p. 370).

48 . Ibid., p. 261 (trad., t. I, p. 379).

49. Foucaul t , M. , Naissance de la clinique, o.c .50 . Ibid., p. 96 (trad., p. 140).51 . Ibid., p. X (trad., p. 8).52 . Ibid., p. VIII (trad., p. 4).53 . E l p rob l e m a a s í p l a n t e a do se c on t i e ne e n una de l a s p re gun t a s

del Círculo de Epistemología de la Escuela Normal Supe r i o r (Pa n ' s ) . Ci r.«Preguntas a Michel Foucaul t», en Análisis de Michel Foucault, B u e n o sAires, Tiempo Contemporáneo, 1970, 271 pp. , p. 216.

54 . La arqueología del saber supondría un giro decisivo a l respecto.Cfr . Lecourt , D. , Pour une critique de l'épistémologie (Bachelard, Cangui-Ihem, Foucault), París, François Maspero, 1972, pp. 101-102 ( t rad, cast . :México, Siglo XXI, 1973, 130 pp. , pp. 98-100).

55. Foucaul t , M. , «Véri té e t pouvoir» (entrevista con M. Fontana),L'Arc, 70, pp. 16-26 ( t rad. cast , en: Microfísica del poder, Ma dr i d , L a s

Ediciones de la Piqueta , 1978, 189 pp. , p. 178).56. Burgel in, Pierre , «L'archéologie du savoir», Esprit, 5, mayo (1967),

pp. 843-861 ( t rad. cast , en: Análisis de Michel Foucault, o.c., p. 14). Serefiere al título Las palabras y las cosas.

57. Fou caul t , M. , «Réponse à une quest ion» , Esprit, 371 , m a yo(1968) ( t rad. cast , en: Dialéctica y libertad, Va l e nc i a , Fe rna ndo T or re s ,1976, 167 pp., pp. 15-16).

58. C fr . Fouc aul t , M. , Les mots et les choses, o.c., p. 13 (trad., p. 7).59 . Ibid., p. 179 ( t rad. , pp. 165-166).60. Foucaul t , M. , Nietzsche, Freud, Marx, o.c . ( t rad. , p . 26); y Les

mots et les choses, o.c . , pp. 40-45 ( t rad. , pp. 34-38).61. Foucaul t , M. , Les mots et les choses, oc. , p. 41 ( t rad. , p . 35).62 . Ibid., p. 44 ( t rad. , p . 38).63 . Ibid., p. 56 (trad., p. 49).

64 . Ibid., p. 70 ( t rad. , p . 62).65 . Ibid., p. 71 ( t rad. , p . 64).66 . Ibid., p. 131 (trad., p. 120).67 . Ibid., p. 136 ( t rad. , p . 125).68 . Ibid., p. 309 ( t rad. , pp. 289-290).69 . Ibid., p. 311 ( t rad. , p . 291).70 . Ibid., p. 313 ( t rad. , p . 294).71 . Ibid., p. 319 ( t rad. , p . 300).72 . Ibid., p. 323 ( t rad. , pp. 303-304).73 . Ibid., p. 347 ( t rad. , p . 326).74 . Ibid., p. 358 ( t rad. , p . 337).

100 101

77 . Ibid., p. 380 ( t rad. , p . 358).78 . Ibid., p. 349 ( t rad. , p . 329).79. Burgel in, P. , a .c . , pp. 843-861 ( t rad. , p . 28).80. Cfr . Piaget , J. , Le structuralisme, Paris, PUF, 1974 ( t rad, cast . :

Barcelona, Oikos-Tau, 1974, 166 pp. ) .81 Foucaul t , M. , L'archéologie du savoir, o.c . , pp. 164-165 ( t rad. , pp.

212-213).

82. Deleuze, G. , Un nouvel archiviste, Pa r i s , Sc ho l i e s Fa t a Morga na ,Bruno Roy, 1972, 52 pp.

83. Deleuze, G. , «Écrivain non: un nouveau cartographe» (À proposde Surveiller et Punir), Critique, 343, dic iembre (1975), pp. 1.205-1.300.

84 . Cf r . Ra ssa m , Jose ph , Las palabras y las cosas, Ma dr i d , Ma g i s t e r i oEspañol , 1978, 142 pp.

85. C fr . Amiot , M. , «Le re la t ivisme cul tura l iste de Michel Fouca ul t»,Les Temps Modernes, 248, enero (1967), pp. 1.271-1.298 ( t rad. cast , en:Análisis de Michel Foucault, o.c., p. 93).

86. Proust , J. , «Coloquio sobre Las palabras y las cosas», en Análisisde Michel Foucault, o.c., p. 167.

87 . Ca ngu i l he m , G. , «Mor t de l ' hom m e ou é pu i sse m e n t du c og i t o? » .Critique, 242, jul io (1967), pp. 599-618 ( t rad. cast , en: Análisis de MichelFoucault, p. 136).

88. Amiot , M. , a .c . , t rad. , p . 82.89. Foucaul t , M. , «Réponse à une quest ion», a .c . , 835 ( t rad. , pp. 15-

1 6 ) .

90 . Ibid., 845 ( t rad. , p . 16).91 . Fouc a u l t , M ., L'archéologie du savoir, o.c . , p . 250 ( t rad. , p . 323).92 . Ibid., id. ( t rad. , p . 323).93 . Ibid., id. ( t rad. , p . 323).94 . Re su l t a e v i de n t e que se j ue ga c on l os p r i m e ros pá r ra fos de l Pre -

f a c i o a Les mots et les choses, o.c . , cfr . pp. 7-9 ( t rad. , pp. 1-3) .95 . Sa r t r e , J . -P . , « Je a n-Pa u l Sa r t r e r é pond» , L'Arc, 30 (1966), 87-88.96 . Fouc a u l t , po r su pa r t e , c ons i de ra que l a Crítica de la razón dialéc-

tica e s e l m a gn í f i c o y pa t é t i c o e s fue rz o de un hom bre de l s i g l o XIX porpensar e l siglo XX. Foucaul t , M ., «L'homme est - i l mort?» (entrevista conCl a ude Bonne foy) , Arts et Loisirs, 38, 15 de junio (1966), 8-9.

97 . Fouc a u l t , M. , «Ré ponse a u Ce rc l e d ' E p i s t é m ol og i e » , Cahiers pourl'analyse, 9, verano (1968) ( t rad. cast , en: Análisis de Michel Foucault,o.c . , p . 233).

98 . Fouc a u l t , M ., «Croî t re e t mul t ipl ier», Le Monde, 15 de nov i e m bre(1970) ( t rad, cast : Barcelona, Anagrama, 1975, 125 pp. , p. 93, Cuader-nos) . EI ar t ículo hace referencia a La lógica de lo viviente, de F . Ja c ob :«Ya no ha y que pe nsa r e n l a v i da c om o l a g ra n c re a c i ón c on t i nua ya t e n t a de l o s i nd i v i duos ; ha y que pe nsa r l o v i v i e n t e c om o e l j ue go c a l c u -l a b l e de l a z a r y de l a r e p roduc c i ón . E l l i b ro de F . Ja c ob e s l a m á s no t a -b l e h i s t o r i a de l a b i o l og í a que j a m á s se ha e sc r i t o ; pe ro i nv i t a a s i m i sm oa un g ra n r e a p re nd i z a j e de l pe nsa m i e n t o . La lógica de lo viviente m u e s t r a

a l m i s m o t i e m p o t o d o e l s a b e r q u e h a n e c e s i t a d o l a c i e n c i a y t o d o l o q u ee s t e m i s m o s a b e r c u e s t a a l p e n s a m i e n t o » (ibid., p. 102).

121. ¡hid., p . 83 ( t rad . , p . 102) .122. Ibid., p. 93 (trad. , p. 116).



99 . Guedez , A . , Foucault, P ar í s , É d i t ions Unive rs i t a i re s , 1972 , 121pp . , p . 31 .

100 . Morey , M. , Lectura de Foucault, Ma dr id , T au rus , 1983 , p . 114 .E n e s t a o b r a s e p r e s e n t a l a l ó g i c a d e e s t e p r o c e s o q u e p e r m i t e q u e s el l e g u e a p e n s a r e n t é r m i n o s d e « m o d a c u l t u r a l » c u a n d o n o d e « o f e n s i v a »o « c o n s p i r a c i ó n » . C f r . ibid., pp . 114-115 .

1 0 1 . F o u c a u l t , M . , « R é p o n s e a u C e r c l e d ' É p i s t é m o l o g i e » , a . c . ( t r a d . ,

pp . 221-270) ; y «Répons e à une ques t ion» , a . c . , t r ad . , pp . 11 -47 .1 0 2 . « N i n g u n o d e e s t o s t e x t o s e s a u t ó n o m o , n i s e b a s t a a s í m i s m o ;

s e apoyan unos en o t ros , en l a med ida en que s e t ra t a , en cada ca s o , dela exp lo rac ión muy pa rc ia l de una reg ión l imi tada . Deben s e r l e ídos comou n c o n j u n t o , a p e n a s e s b o z a d o , d e e x p e r i m e n t a c i o n e s d e s c r i p t i v a s » , F o u -cau l t , M . , «Répons e au Ce rc le d 'É p i s t émolog ie» , a . c . , t r ad . , p . 238 .

103 . F ou cau l t , M . , L'archéologie du savoir, o.e . , p. 25 (trad. , p. 24).104. Ibid., id. (trad. , p. 24).105 . E l lo a pe s a r de l a s b r i l l an te s a lus iones a l re s pec to de : Kremer-

Mariett i , A. , o.e . , pp. 35-74; y en «L'Archéologie du savoir p a r M i c h e lF oucau l t» (Nota s c r í t i c a s ) , Revue de Métaphysique et de Morale, 3, julio-s ep t i em bre (197 0) , 355-360 . Y Guedez , A . , o . e . , c f r . pp . 63 -77 .

106 . S i « la l âbu la e s lo que e s con tado (ep i s od ios , pe rs ona je s , func io -

nes que e je rcen en e l re l a to )» v «e s tá hecha de acon tec imien tos co loca -dos en un c ie r to o rden» y « la f i c c ión , e l rég imen de l re l a to o más b ien delos d ive rs os reg ímenes s egún los cua le s e s rec i t ado . . . » , « la t rama de l a sre lac iones e s t ab lec ida s , a t ravés de l d i s cu rs o mis mo, en t re e l que hab la yaque l lo de lo que hab la» . . , (F oucau l t , M . , «L'arrière Fable, à p r o p o s d eJ . Ve rne» , L'Arc, 29 11966J , 96 pp . , p . 5 ) «P uede s eña la rs e que L'Archéolo-gie du savoir, l l eva a c abo una de s c r ipc ión de l a f i c c ión s obre l a que s es os ten ían l a s fabu la s que nos na r raban s us t re s t ex tos an te r io re s » (Mo-rey, M., o.e . , p. 178).

107. Hegel , G.W .F. , Enzyklopädie der Philosophischen Wissenschaften,1 8 3 0 , 1 .

108. K rem er-M an'e tt i , A. , o.e . , p. 7.109 . F oucau l t , M . , «Répons e à une ques t ion» , a . c . , 858 ( t rad . , pp .

24-26) .

110. K rem er-M ariet t i , A., o.e . , p. 31.111. Guedez , A. , o.e .1 12. Fo uca ult , M ., A verdade e as formas jurídicas, o.e., t rad. , p. 160.113 . F oucau l t , M . , ¡.'ordre du discours, o.e . , pp. 51-52 (trad. , p. 42).114 . F oucau l t . M . , «Répons e à une ques t ion» , a . c . , 852-853 ( t rad . , pp .

14-15).115 . F oucau l t , M . , L'archéologie du savoir, o.e . , p. 204 (trad. , p. 262).116. Kremer-Mariett i , A. , o.e . , p. 35.117 . F oucau l t , M . , L'archéologie du savoir, p. 53 (trad. , p. 62).118. Ibid., id. (trad. , pp. 62-63).119. Ibid., p. 66 (trad. , p. 80).120. Ibid., p. 74 (trad. , p. 90).

100 101

1 2 3 . T a l e s c o n s i d e r a c i o n e s p u e d e n d e s p r e n d e r s e d e l o s e ñ a l a d o h a s t ae l p r e s e n t e , a s í c o m o d e : F o u c a u l t , M . , « R é p o n s e à u n e q u e s t i o n » , a . c . ,769-9 60 ( t rad . , pp . 11 -47) .

124 . F ouc au l t , M . , L'archéologie du savoir, o.e . , p. 115 (trad. , p. 145).125. Ibid., p. 126 (tra d. , p. 160).126. Ibid., p. 130 (trad. , p. 165).127. Ibid., p. 133 (trad. , p. 169).128 . F ouc au l t , M . , L'ordre du discours, o.e . , p. 60 (trad. , p. 48).129. Fouc ault , M., L 'archéologie du sav oir, o.e ., pp. 139 s. (trad. , p. 179).130. Ibid., pp . 153-154 ( t rad . , p . 198) .131. Ibid., p. 153 (trad. , p. 198).132. Ibid., p. 88 (trad. , p. 109).133. Ibid., id. (trad. , p. 109).134 . K rem er-M ar ie t t i , A . , o . e . , p . 155 .135 . F ou cau l t , M ., I.'archéologie du savoir, o.e . , p. 158 (t iad. , p. 204).136 . F oucau l t , M . , A verdade e as formas jurídicas, o.e . , t rad. , pp.

162-163 .137 . F oucau l t , M . , L'ordre du discours, o.e . , pp. 10-11 (trad. , p. 11).138. Ibid., pp . 11 -38 ( t rad . , pp . 11 -32) .139. Ibid., pp . 38 -47 ( t rad . , pp . 32 -38) .

140 . F oucau l t , M . , Naissance de la clinique. Une archéologie du regardmédical, o.e . , p. 202 (trad. , p. 279).

141 . Rodr íguez , Ros a Mar ia , Discurso/Poder, Madr id , E qu ipo de E s -tud ios R eun ido s , 1984 (T eor ía y P rác t i c a ) , c f r . pp . 42 -44 .

142 . F oucau l t , M . , «No a l sexo rey» (en t rev i s t a con Be rna rd H en iyLevy), en Miguel Morev (ed.), Sexo, poder, verdad, Barce lona , Ma te r i a l e s ,1978, 280 pp. . p. 255.

143. Fouc ault , M., Nietzsche, Freud, Marx, o.e . , t rad. , p. 39.144. Ibid., t rad. , p. 38.145. ibid., t rad . , p . 38 .146 . F oucau l t , M . , en Ca rus o , P . , Conversazioni con Levi-Strauss,

Foucault y Lacan, Milán , M. Murs ia & C„ 1969 ( t rad , c a s t . : Ba rce lona ,Anagrama , 1969 , 131 pp . , pp . 73 -74) .

147. Ibid., t rad. , p. 73.

148 . F ouc au l t , M . . Nietzsche, Freud, Marx, o.e., t rad. , p. 25.149 . R icoeur , P . , De l'interprétation. Essai sur Freud, Paris , Seuil ,

1965 (trad, cas t . : Freud, una interpretación de la cultura, 4." ed. , México,S iglo XXI, 1978, 483 pp. , p. 28).

150. Foucault , M., Nietzsche, Freud, Marx, o.e . , t rad. , p. 23.151 . Ke rke l , D i s cus ión a pa r t i r de Nietzsche, Freud, Marx., o.e., p. 56.152. Foucault , M., «Nietzsche, la Genealogie , l 'His toire», en Homma-

ge à Jean Hyppolite, Paris , PUF, 1971, pp. 145-172 (trad. cas t , en: Microfi-sica del poder, o.e., p. 18).

153. Ricoeur, P . , o.e . , t rad. , p. 38.154. Guedez, A. , o.e . , p. 42.155. Foucault , M., Nietzsche. Freud, Marx, o.e . , t rad. , pp. 35-36.

1 Sin embargo , Foucau l t r ecor re e l p roceso y en a lgunamedida confesa rá pos te r io rmente no haber v i s to c la ras



LA HISTORIA EFECTIVA:DE UNA AR QUE OL OGÍ A DE L S AB E R

A UNA GE NE AL OGÍ A DE L P ODE R

C o n t i n u i d a d y d i s c o n t i n u i d a d

L a func ión de l aná l i s i s a rqueo lóg ico s e r í a ,e n p r i m e r l u g a r , d e s c u b r i r e s t a s c o n t i n u i d a -d e s o s c u r a s q u e h e m o s i n c o r p o r a d o y , e n s e -gundo luga r , pa r t i endo de l e s tud io de s u fo r -m a c i ó n , c o m p r o b a r l a u t i l i d a d q u e h a n t e n i -do y que aún hoy s iguen t en iendo , e s dec i r ,c ó m o a c t ú a n e n l a a c t u a l e c o n o m í a d e n u e s -t ra s cond ic iones de ex i s t enc ia . E n t e rce r lu -ga r , e l aná l i s i s h i s tó r i co -a rqu eo ióg ico pe rm i -t i r í a , a d e m á s , d e t e r m i n a r a q u é s i s t e m a d epode r e s t án l igadas e s t a s ba s e s o con t inu ida -d e s y , p o r c o n s i g u i e n t e , c ó m o a b o r d a r l a s .1

En e l in te r io r mismo de la p regun ta por l a func ión de laná l i s i s a rqueo lóg ico se insc r ibe la de te rminac ión genea-lógica de los sis temas de poder. La historia no t iende unpuen te en t re l a a rqueo log ía y l a genea log ía , como s i unvacío se abriera entre ambas. Es, por el contrario, en el las—en sus aná l i s i s— donde se pa ten t iza has ta qué pun to lasegunda es inherente a la primera y se l imita a l levaraqué l la has ta sus ú l t imas consecuenc ias . La a rqueo log íaacaba siendo la genealogía que, en cierto sentido, ya era.

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desde un principio las implicaciones genealógicas del mis-mo. Una se r ie de fac to res ex te rnos —como ya seña la re -mos— «a lumbrarán» e l r esu l tado . Pero as imismo la p ro-p ia d inámica in te rna de l d i scurso de Foucau l t conduc i ráa dar de s í sus au tén t icas consecuenc ias .

E l p rop io tex to con e l que in ic iamos e l apar tado nosofrece la clave desde la que recorrer tal proceso: esas«con t inu idades oscuras» han de se r descub ie r tas , y e l loi n i c i a l y f u n d a m e n t a l m e n t e . « E s q u e m á t i c a m e n t e p o d r í adecirse que la historia y, de una manera general , las disci-p l inas h i s tó r icas , han de jado de se r l a recons t rucc ión delos encadenamien tos más a l lá de las suces iones aparen tes ;ahora ponen en juego s i s temát icamente lo d i scon t inuo .» 2

Esta noc ión de l imi ta e l cam po cuyo e fec to es . Perm i teindividualizar los dominios, pero no se la puede estable-ce r s ino por comparac ión de és tos . En cua lqu ie r caso , lod iscon t inuo «no desempeña ya e l pape l de una fa ta l idad

ex te r io r que hay que reduc i r , s ino un concep to opera to r ioque se ut i l iza; y, por el lo, la inversión de s i g n o s , grac ias ala cual deja de ser el negativo de la lectura histórica (suenvés, su fracaso, el l ímite de su poder) , para convert irseen el elemento posit ivo que determina su objeto y la vali-dez de su anális is». 3

Foucau l t h a es tud iado es ta ins i s tenc ia a l in t rod uc i r l acon t inu id ad en la h i s to r ia na tu ra l , toda vez qu e se t r a tade a lgo per fec tame nte d i s t in to de l aná l i s is de las pa labra s ,resu l tando impresc ind ib le p rec i samente porque la expe-riencia no nos entrega , tal cual , el con tinuo de la natu ra-

leza, antes bien, nos si túa ante el azar , el desorden y laper tu rbac ión . Dicho aná l i s i s r esu l ta espec ia lmente apro-p iado por cuan to , en su fo rma concre ta y en e l e spesorque le es propio, la naturaleza entera se aloja entre lacapa de la taxonomía y la l ínea de las revoluciones. Elloprivilegia y just if ica lo adecuado de este interés.

No se p resen ta , s in embargo , como una d i syun t iva ex-cluyente, ya que «la solidez sin lagunas de una red deespecies y géneros y la serie de los acontecimientos que la

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han roto forman pa r t e , en un mismo nive l , de l a ba seepis temológica a par t i r de la cual fue posible en la época

se de f ine cuá l ha de se r e l pr inc ipio de e l ecc ión, aunquese ins is te en la especif icación de un método de anál is is y



c lá s i ca un sabe r como hi s tor i a na tura l . No son dos mane -ras dis t intas de perc ibir la natura leza , radicalmente opues-tas [ . . . ] ; son dos exigencias s imultáneas en la red arqueo-lógica que de f ine e l s abe r de l a na tura leza durante l a épo-ca c l á s i ca ; pe ro e s t a s dos exigenc ia s son complementa -r ias , y, por e l lo, i r reduct ibles». 4

No cabe ya perseguir los cor tes en la búsqueda de ca-pas ininterrumpidas en las que todo es tá graduado y mati-zado, con la convicción de que esas lagunas s iempre seránre l l enable s mediante «producc iones media s» . As í ocur reen el siglo XVt l l , en e l que la cont inuidad de la natura lezaes exigida por toda la his tor ia natura l .

Resul ta ahora s implis ta , a par t i r de la i r rupción de lasin temper ie s , habla r de una l ey que dé cuenta de l ros t ro deuna época , de un s i s t ema de r e l ac iones homogéneas , deuna misma y única forma de h i s tor i c idad, de l a a r t i cula -c ión de l a h i s tor i a en grandes unidades —es tudios o f a -

se s— que gua rdan en s í un pr inc ipio de cohes ión.Son es tos postulados los que la his tor ia nueva revisa

cuando problematiza las ser ies , los cor tes , los l ímites , lasdesviaciones , los desfases , las especif ic idades cronológi-ca s , l a s formas s ingula re s de r emanenc ia , l os t ipos pos i -b le s de r e l ac ión. Queda a s í e l problema cent r ado en l ade te rminac ión prec i sa de qué forma de d icha r e l ac iónpuede se r l egí t imamente desc r i t a ent r e e sa s d i s t in t a s s e -r i e s , qué s i s t ema ve r t i ca l son capaces de formar , qué e fec -tos pueden t ene r los de s fa se s , . . . ; «en una pa labra , no sóloqué se r i e s s ino qué se r i e s de s e r i e s , o en o t ros t é rminos ,

qué cuadros e s pos ible cons t i tu i r» .5

Así, f rente a la des-c r ipc ión globa l que apiña r í a todos los f enómenos en tor -no de un cent ro único —pr inc ipio , s igni f i cac ión, e spí r i tu ,v i s ión de l mundo, forma de conjunto— la h i s tor i a gene ra ldesplega r í a , por e l cont r a r io , e l e spac io de una di spe r s ión.

E s t e p l a n t e a m i e n t o ha da do p i e a que num e r os os c o -menta r i s t a s cons ide ren que Foucaul t no hace s ino provo-ca r un c i e r to desplazamiento me todológico que , s i b i enenmarca , no da soluc ión a l problema . Se subraya pe ro no

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en l a neces idad de cons t i tu i r corpus cohe rente s y homo-géneos de documentos . Ta l vez , con todo, l a apor t ac iónvenga dada por e l hecho de que t a l e s problemas formenpa r t e en ade lante de l c ampo me todológico de l a h i s tor i a ,l iberándose de lo que const i tuía la f i losof ía de la his to-r i a . Se t r a t a , en r ea l idad, de una mutac ión epi s t emológi -ca . Además, «es necesar io preguntarse s i , a f in de cuen-tas , los capr ichos de la his tor ia es tán en la cabeza de Fou-caul t o en la misma his tor ia» ,

6

Queda c l a ro , por t anto , que lo impor tante e s que l ahi s tor i a no cons ide re un acontec imiento s in de f in i r l a s e -r ie de la que és te forma par te , s in especif icar la forma deanál is is de la que depende, s in intentar conocer la regula-r idad de los f enó me nos y los lími t e s de prob abi l idad desu emergencia , s in interrogarse sobre las var iaciones , lasinf l exiones y e l r i tmo de l a curva , s in que re r de te rmina rl a s condic iones de l a s que dependen.

Pe ro , pa ra Foucaul t , s i l a h i s tor i a s e mantuvie ra comoe l enlace de l a s cont inuidades in t e r rumpidas , s i t r amaraen torno de los hombres , de sus pa labra s y de sus ges tososcura s s ín t e s i s s i empre pronta s a r econs t i tu i r s e , en e secaso, s e r í a un r e fugio pr iv i l egiado pa ra l a conc ienc ia . I .oqui t ado a l s aca r a l a luz de te rminac iones ma te r i a l e s ,prác t i ca s ine r t e s , procesos inconsc iente s , i n t enc iones o lvi -dadas en e l mutismo de las ins t i tuciones y de las cosas , selo devolve r í a ba jo l a forma de u na s ín te s is e spo ntánea .

Esa h i s tor i a s e r í a pa ra l a sobe ranía de l a conc ienc iaun abr igo pr iv i l egiado. «La hi s tor i a cont inua e s e l cor r e l a -

to indi spensable de l a func ión fundadora de suje to : l a ga -r ant í a de que todo cuanto l e ha e scapado podrá s e r l e de -vue l to ; l a ce r t idumbre de que e l t i empo no di spe r sa ránada s in r e s t i tu i r lo en una unidad r ecompues ta ; l a pro-mesa de que e l su je to podrá un día —ba jo l a forma de l aconc ienc ia h i s tór i ca— apropia r se nuevamente todas e sa scosas mantenidas l e j anas por l a d i f e r enc ia , r e s t aura rá supode r ío sobre e l l a s y en e l l a s encont r a rá lo que se puedem uy b i e n l l a m a r s u m or a da . » 7 Desde su punto de v i s t a , e s

necesa r io e l abo ra r —fue ra prec i samente de l as f ilosof ía sde l suje to y de l t i empo— una t eor í a de l a s s i s t ema t i c ida -

t a : l a s de « l ibro» —cuya unidad no e s homogénea , cuyosmárgenes no e s t án de l imi tados r igurosamente y no pue -



des d i scont inuas .Hay, s in embargo, una c i e r t a forma de h i s tor i a que ,

r e f i r i endo e l de sa r rol lo cont inuo de una neces idad idea l ,pre t ende conjura r e l t r ip l e pe l igro de «a lgo a s í como unapequeña (y quizá s odiosa ) maquina r i a que pe rmi te in t ro-duc i r en l a misma r a í z de l pensamiento , e l a za r , l o d i s -

cont inuo y l a ma te r i a l idad». 8 Foucaul t cons ide ra impres -c indible encamina r en e s t a s t r e s d i r ecc iones e l t r aba jo dela e l aborac ión t eór i ca como única v ía —por t r a t a r se deca tegor í a s dec i s iva s en l a producc ión de los acontec imien-tos—, a f in de a f ronta r l a s ce sura s que rompen e l i ns t antey di spe r san e l su je to en una plura l idad de pos ible s pos i -c iones y func iones .

La opc ión por e l concepto de discontinuidad en e s tosdominios y su pues ta en juego a f in de apl i ca r lo s i s t emá t i -c a m e n t e e x i ge , s i n e m ba r go , e n un p r i m e r m om e n t o , unase r i e de t a r ea s nega t iva s . Se t r a t a de l ibe ra r se de todo un

conjunto de noc iones que e s t án l igadas a l pos tulado decont inuidad, t a l e s como l a s de « t r adic ión», « inf luenc ia»,«desarrol lo», «te leología», o «evolución hacia un es tadonorma t ivo», «menta l idad», «e spí r i tu de una época». . . Fou-caul t cons ide ra que e s necesa r io abandona r e s t a s s ín t e s i sya hechas , estos a g r upa m i e n t o s a dm i t i dos a n t e s de c ua l -quie r examen, e s tos l a zos cuya va l idez se acoge de ent r a -d a ;9 expul sa r l a s formas y l a s fue rza s oscura s que habi -tua lmenté s i rven pa ra l iga r ent r e s í l os pensamientos delos hombres y su d i scur so; acepta r encont r a r se , en pr ime-ra ins t anc ia , só lo con una poblac ión de acontec imientos

di spe r sos .Y no sólo e s to . Dicha opc ión por e l concepto de d i s -

cont inuidad inva l ida l a d i s t inc ión de los grandes t ipos dedi scur so y l a de l a s formas o géne ros —«c ienc ia», « l i t e r a -tura», «re l igión», «his tor ia». . .— desde la convicción deque t a l e s r ecor t e s son s i empre ca tegor í a s r e f l exivas , pr in-c ip ios de c l a s i f i cac ión, r egla s norma t ivas , t i pos ins t i tuc io-na l i zados . Se t r a t a r í a de de ja r en suspenso inc luso aque -l l a s unidades que se imponen de l a mane ra más inmedia -

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den desc r ib i r se s ino a pa r t i r de un campo de d i scur so-— yla de «obra» —as imismo s in unidad c i e r t a y homogénea—.

Se r í a s impl i s t a , con todo y por t anto , cons ide ra r queFoucaul t i gnora , de sconoce y a r r incona e s t a s noc iones . Sel imi ta a pone r l a s en suspenso, a no acepta r l a s previamen-te ante s de todo examen, a hace r l a s emerge r , en cua lquie rca so, en e l aná l i s i s de l d i scur so mismo. Se t r a t a , en de f i -n i t iva , de «pone r fue ra de juego l a s cont inuidades no r e -f l exivas por l a s que se organiza , de antemano y en unsemisec re to , e l d i s cur so que se pre t ende ana l i za r» . 1 0

Pero no f a l t an quienes , a pe sa r de todo, ven en Fou-caul t una exces iva «cont inuidad» y e s t iman que «hay quep l a n t e a r r e s e r va s s ob r e e l pos t u l a do de hom oge ne i da depi s t emológica», de sde l a pe r spec t iva de que «la idea decompe tenc ia ent r e mode los epi s t emológicos d i f e rente s enuna é poc a da da e s po r l o m e nos i gua l m e n t e f e c unda » . "O t r o s c om e n t a r i s t a s c ons i de r a n , s i n e m ba r go , que nos e da e n M i c he l Fouc a u l t una t a l hom oge ne i da d , c om oa lgo compac to y ce r r ado, ya que «hace r in t e rveni r mode -los compe t i t ivos e s pe rmanece r en l a l í nea indicada porFoucaul t , pues en una época dada e sos mode los no e s t ánen e l mismo plano: s i empre hay un mode lo pr inc ipa l [ . . . ] ;l o que podrá hace r se ahora e s ma t i za r e l cuadro , prec i sa r -lo . Pe ro l a d i r ecc ión indicada s igue s i endo buena». 1 2

E l p r ob l e m a nos r e m i t e c on e l l o a l a c on f i gu r a c i ónde d i c ha e p i s t e m e , c om o o r ga n i z a c i ón s ubya c e n t e de lsabe r . «Hay ocul t a ( " impensada" ) en e l corazón de cadaes tado cul tura l , una "moda l idad de l orden" que se da

como "e l sue lo pos i t ivo" sobre cuyo fondo van a e l abo-r a r s e ne c e s a r i a m e n t e l a c l a s i f i c a c i ón y l a i n t e r p r e t a c i ónde l a s expe r i enc ia s ; e s t e orden in t e rviene s i empre comouna c ond i c i ón de " pos i b i l i da d" de l a s f o r m a s j e r a r qu i z a -da s de l c onoc i m i e n t o y de s u t e o r i z a c i ón ; e n s um a , f un -c iona como un "apr ior i h i s tór i co" : t a l e s son los e l emen-t o s que p r ove e Fouc a u l t pa r a una p r i m e r a de f i n i c i ón dee p i s t e m e . » 1 3

C ur i o s a m e n t e , e l c ue s t i ona m i e n t o de l a c on t i nu i da d

acaba l ibe rando todo un dominio , que vendrá cons t i tu idopor e l conju nto de todos los enun c iados e fec t ivos , en su

ció re trospect ivo que debe su exis tencia a los saberes s in-gula re s que pre tende hace r pos ible s . Es e l produc to l abo-



di spe r s ión de acontec imientos y en l a ins t anc ia que l e e spropia a cada uno. De e s t e modo, «ante s de enf r enta rnoscon una c iencia , con novelas , con discursos pol í t icos , conla obra de un autor o inclusive con un l ibro, e l mater ia lque se t r a t a r á en su neut r a l idad pr imera e s una poblac iónde acontec imientos en e l e spac io de l d i scur so gene ra l . As íapa rece e l proyec to de una desc r ipc ión pura de los acon-t ec imientos d i scur s ivos como hor i zonte pa ra l a búsquedade l a s unidades que en e l los s e forman». 1 4

La desapa r i c ión s i s t emá t i ca de l a s unidades ya dadaspe rmi te ante todo r e s t i tu i r a l enunc iado su s ingula r idadde acontec imiento; e s t r a t ado en su i r rupc ión hi s tór i ca , af in de tener presente es ta incis ión que é l const i tuye, es tai r r educ t ib le emergenc ia . Pa ra e l lo han de de te rmina r sela s condic iones de su exi s t enc ia , f i j a r se n í t idamente susl ími te s , e s t ablece r se sus r e l ac iones con los demás enun-c iados con los que puede e s t a r l i gado, mos t r a r cuá le s son

la s o t r a s formas de enunc iac ión que exc luye . Se t r a t a , enrea l idad, de desc r ib i r prec i samente un conjunto de enun-c iados .

Y ta l es , en concreto, la noción que Foucaul t nos ofre-ce de la positividad. Carac te r i za l a unidad de l d i scur so através del t iempo ya que las obras diferentes , los l ibrosdi spe r sos , l os t extos que pe r t enecen a una misma forma-ción discurs iva , esas f iguras e individual idades perdidas ,no c om un i c a n po r e l e nc a de na m i e n t o l óg i c o de l a s p r opo -s i c iones que aventuran, n i por l a r ecur renc ia de los t e -mas : comunican por l a forma de pos i t iv idad de su d i scur -

so . Queda de f in ido a s í t odo un «campo en e l que puedeneventua lmente desplega r se ident idades forma le s , cont inui -dades t emá t i ca s , t r a s l ac iones de conceptos , j uegos polé -micos . Así , la posi t ividad desempeña e l papel de lo quepodr ía l l amarse un apr ior i h i s tór i co». 1 5

No fa l t an quienes opinan que dicho apr ior i no e s t ás ino des t inado a t r ans formar e l deveni r h i s tór i co de l a sideas y de los s abe re s en una yuxtapos ic ión de neces ida -des in t empora le s . Pa ra t a l e s medios , «no e s s ino un a r t i f i -

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r ioso de una invers ión de la perspect iva his tór ica . Es esesabe r que pe rmi t i r í a los s abe re s , e se basamento epi s t emo-lógico; en real idad, es tá tomado de e l los».16

Conviene des taca r , s in embargo, que en dichos c í r cu-los e l «apr ior i his tór ico» no t iene otra exis tencia que

aque l l a adoptada que l e da , con gran e s fue rzo, una volun-tad posi t ivis ta , mucho más inf ie l a la verdad de las «posi-t iv idades» que una s imple i lus ión r e t rospec t iva . Sin em-ba rgo, pa ra e l propio Foucaul t no se t r a t a de descubr i r l oque podr í a l egi t imar una a se rc ión, s ino de l ibe ra r l a s con-dic iones de emergencia de los enunciados, la ley de co-exis tencia con otros , la forma específ ica de su modo deser , los pr incipios según los cuales subsis ten, se t ransfor-m a n y de s a pa r e c e n .

De ahí que , de sde nues t r a pe r spec t iva , quede c l a ro queeste «apr ior i» no escapa a la his tor ic idad, a l no construirpor enc ima de los acontec imientos y en una e s t ruc turain tempora l ; «se de f ine como e l conjunto de l a s r egla s queca rac te r i za una prác t i ca d i scur s iva : ahora b ien , e s t a s r e -gla s no se imponen desde e l exte r ior a los e l ementos quer e l a c i ona n ; e s t á n c om pr om e t i dos e n a que l l o m i s m o quel igan [ . . . ] . El apr ior i de las posi t ividades no es solamentee l s i s t ema de una di spe r s ión t empora l ; é l mismo e s unc on j un t o t r a ns f o r m a b l e » . 1 7

Ser ía s impl i s t a , en cua lquie r ca so , cons ide ra r que e lapr ior i e s t á cons t i tu ido por un grupo de problemas cons -t ante s que los f enómenos conc re tos p lantean s in ce sa r .Tampoco se t r a t a de l a formac ión cor r e spondiente a un

c ie r to e s t ado de los acontec imientos , s edimentado en e lcurso de las edades precedentes y que s i rve de suelo a losprogre sos más o menos des igua le s o r ápidos de l a r ac io-na l idad. Ni s iquie ra e s t á de te rminado por lo que ha veni -do a l l amarse «menta l idad» de un momento hi s tór i co de -t e rminado. «Es te apr ior i e s lo que , en una época dada ,r ecor t a un campo pos ible de l s abe r , dent ro de l a expe r i en-c ia , de f ine e l modo de se r de los obje tos que apa recen ené l , o torga pode r t eór i co a l a mi rada cot id iana y de f ine l a s

condic iones en que puede sus tenta r se un di scur so , r eco-noc ido como ve rdade ro , sobre l a s cosas .» 18

Se ha seña lado que e l apr ior i s e da s i empre como a lgo

c ió en que se d i spe r san, a f in de desc r ib i r un juego dere lac iones .



ya cons t i tu ido, como e l ba samento pos i t ivo de los conoc i -mientos , y su aná l i s i s no depende de l a h i s tor i a de l a sideas o de l a s c i enc ia s . Según dicha or i entac ión, « l a a r -queología de Miche l Foucaul t e s , en su pr inc ipio mismo,un pos i t iv i smo. J amás l e preocupa expl i ca r una progre -

s ión, una evoluc ión, e s dec i r , una h i s tor i a , ya que é s t a noexis te en e l nivel en que se ubica la arqueología». 19 Y, talvez , en e fec to s ea a s í , pe ro en ot ro s ent ido. Foucaul t noniega la his tor ia ; se l imita a tener en suspenso la ca tego-r í a gene ra l y vac ía de l c ambio pa ra hace r apa rece r mást r ans formac iones de n ive le s d i f e r ente s . No e s e sa l a d i r ec -c ión de su ofens iva . Rechaza , s in embargo, un mode loun i f o r m e de t e m por a l i z a c i ón ; y a qu í r a d i c a p r e c i s a m e n t ela d i s t anc ia e incomprens ión de c i e r tos c í r culos pa ra des -cubr i r , a propós i to de cada prác t i ca d i scur s iva , sus r egla sde acumulac ión, de exc lus ión, de r eac t ivac ión, sus formas

propia s de de r ivac ión y sus modos e spec í f i cos de embra -gue sobre suces iones d ive r sa s .

Y quizá s convenga r eca lca r nuevamente l a i rónica d i s -t anc ia de l propio Foucaul t r e spec to de t anto ca l i f i c a t ivoimprec i so , n i s iquie ra de f in ido, volviendo a r e f e r i rnos asu expl í c i t a cons ide rac ión a l r e spec to: «Si l a búsqueda delas tota l idades se sust i tuye por e l anál is is de las rarezas ,e l t ema de l fundamento t r a scendenta l por l a de sc r ipc iónde l a s r e l ac iones de exte r ior idad, y l a búsqueda de l or igenpor e l aná l i s i s de l a s acumulac iones , y hac iéndolo se e spos i t iv i s t a , yo soy un pos i t iv i s t a a for tunado, no me cues ta

t r a ba j o c onc e de r lo» .2 0

Pero, por o t r a pa r t e , r e sul t a impresc indible no provo-ca r un exces ivo di s t anc iamiento r e spec to a l propio Fou-caul t , que provendr ía de concede r un protagoni smo exce -s ivo —por exc lus ivo— a los meros acontec imientos d i s -cur s ivos , i ns i s t i endo en su cor t e independiente , so l i t a r io ys obe r a no . N o pode m os i gno r a r l a p r e oc upa c i ón po r e lmodo de exi s t enc ia de d ichos acontec imientos d i scur s ivosen una cul tura , por hace r apa rece r en su pureza e l e spa -

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l a s l eyes de l pensamiento o por l a sola acumulac ión dec i r c uns t a nc i a s , a m on t oná ndos e i nde f i n i da m e n t e e n unamul t i tud amor fa , como produc to s imple y d i r ec to de l a za rde acc idente s exte rnos . Han nac ido según r egula r idadesespec í f i ca s que r e f i e r en a un s i s t ema de d i scur s iv idad y a

l a s pos ibi l idades e impos ibi l idades enunc ia t iva s que é s t ed i s pone . E s t o s s i s t e m a s que i n s t a u r a n d i c hos e nunc i a dosc o m o acontecimientos —con sus condic iones y su domi -nio de apa r i c ión— y cosas — c om por t a ndo e s a pos i b i l i da dy su campo de apl i cac ión— son ca l i f i c ados por Foucaul tcomo «a rchivo».

Ta le s s i s t emas t r a t an de pone r de mani f i e s to e l con-junto de condic iones que r igen, en un momento dado yen una soc iedad de te rminada , l a apa r i c ión de los enunc ia -dos , su conse rvac ión, los l a zos que se e s t ablecen ent r ee l los , l a mane ra en que se los agrupa en conjuntos e s t a -

tua r ios , e l pape l que desempeñan, e l j uego de va lore s o desac ra l i zac iones de que e s t án a fec tados , l a mane ra en quees tán inves t idos en prác t i ca s o en conduc ta s , l os pr inc i -p ios s egún los cua le s c i r culan son r epr imidos , o lv idados ,des t ru idos o r eac t ivados . En l a r a í z , e l archivo de f ine des -de e l comienzo e l s i s t ema de su enunc iabi l idad y , en e lhoy, su ac tua l idad, su func ionamiento . De e s t e modo losenunc iados se d i f e r enc ian y s e e spec i f i can.

De aquí que l a t a r ea no sea n i una forma l i zac ión niuna exéges i s , s ino una a rqueología , e s dec i r , l a de sc r ip-c ión de l a r chivo. No e s , pues , l a masa de t extos que han

podido se r r ecogidos en una época de te rminada , o con-se rvados desde dicha época a una época dada y pa ra unasoc iedad de te rminada ; de f inen una se r i e de f ac tore s .

Han de e s t ablece r se , por t anto , l os l ími t e s y l a s formasde l a dec ibi l idad (de qué e s pos ible habla r , qué e s lo queha s ido como dominio de l d i scur so) los l ími t e s y l a s for -m a s de c ons e r va c i ón ( qué e nunc i a dos de j a n hue l l a — e nla reci tac ión r i tual , la pedagogía , la divers ión, la publ ic i-dad. . .—, cuá le s son r epr imidos y censurados ) ; l os l ími t e s

y las formas de la memoria tal como aparecen en las dife-ren tes fo rmac iones d i scurs ivas (qué enunc iados son reco-nocidos como válidos o discutibles, o defini t ivamente in-

parece d i f íc i lmente u t i l i zab le por t r es razones . La p r imeraes, quiérase o no, que dicha noción está s iempre en oposi-ción vir tual con lo que sea la verdad. Ahora bien, conside-



validados, qué t ipo de relaciones se han establecido entrelos sis temas de enunciados presentes y el corpus de lospasados); los l ímites y las formas de reactivación (quéenunc iados an te r io res o ex t ran je ros se re t i enen , se va lo -ran, qué sistemas de apreciación se les aplica, qué papel

se les hace cumplir . . .) ; los l ímites y las formas de la apro-piación (qué individuos, qué grupos, qué clases t ienen ac-ceso a tal t ipo de discurso, cómo se señala y se define larelación del discurso con su autor . . .) . 2 '

Ciertos medios, en un intento de subrayar el giro queello supone en el planteamiento de Foucault , como expre-sión de su abandono de la noción de episteme y con el lode l cor te más rad ica lmente es t ruc tu ra l i s ta , des tacan quees te s i s tema genera l de la fo rmac ión y la t r ans formac iónde los enunc iados —que es e l a rch ivo— no es au tónomo,ya que la ley de su funcionamiento está regida a su vez

por otro t ipo de «regularidad», la de las prácticas no dis-cursivas.

Para t a les c í rcu los , son p rec i samente las ideo log íasprácticas a las que asignan su formas l ímites a las teóri-cas. «Al proponer que se trabaje al nivel del archivo, Fou-cau l t nos inv i ta por ende a pensar e l mecan ismo que re -gula estos efectos; nos plantea este problema: ¿siguiendoqué p roceso espec í f ico las ideo log ías p rác t icas in te rv ie -nen en la cons t i tuc ión y e l func ionamien to de las ideo-logías teóricas, más aún cómo se "representan" las ideolo-gías prácticas en las teóricas?» 2 2

Sin embargo , es t imamos que es te p lan teamien to ha deen tenderse no só lo desde e l in ten to de acerca r l a a rqueo-log ía de Foucau l t a pos ic iones p róx imas a l mate r ia l i smohis tó r ico , s ino que ha de encuadra rse en uno de los p ro-b lemas m ás in te resan tes com o v ía pa r a pos te r io res es tu -d ios de su perspec t iva : e l incesan te deba t i r se de Foucau l tcon la noción de ideología.23

No caben se r ignoradas las exp l íc i t as dec la rac iones deMichel Foucault al respecto. «La noción de ideología me

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ro que el problema no es hacer la división entre lo que,en un discurso, realza la cientif icidad y la verdad, y porotra parte lo que evidencia cualquier otra cosa, s ino dever h i s tó r icamente cómo se p roducen e fec tos de verdaden el interior del discurso que no son en sí mismos niverdaderos ni falsos. Segundo inconveniente, es el que sere f ie re , c reo , necesa r iamente a a lgo como su je to . Y te rce -ro, la ideología está en oposición secundaria en relación alo que debe func ionar pa ra e l la como in f raes t ruc tu ra ode te rminan te económico , mate r ia l , e tc . Por es tas t r es ra -zones, est imo que es una noción que no puede uti l izarses in p recauc ión .» 2 4

Baste ahora con aludir a la polémica «ciencia-ideolo-g ía» , ac tua lmente ab ie r ta en e l seno mismo de Foucau l t yque exige, por su parte , una mayor explici tación y profun-dización y, por la de sus comentaristas, más r igurosidad y

es tud io de ta l lado . Habrá de cen t ra r se no so lamente en suconcepc ión de l poder —o los poderes— s ino que deberáinscribirse dentro de la dinámica del «apriori histórico»,recog iendo aque l s i s tema genera l de fo rmac ión y t rans for -mac ión de los enunc iados , que es e l a rch ivo .

P r o c e d e n c i a y e m e r g e n c i a : u n a h i s to r i a s i n o r i g e n

Es ahora cuando podemos « reesc r ib i r» lo has ta aqu íd icho . La descripción arqueológica t r a ta rá de abandonar l a

«historia de las ideas», dejará de lado sus grandes temasde génesis , continuidad y total ización y rechazará sis te-mát icamente sus pos tu lados y p roced imien tos . P re tendedescr ib i r los d i scursos en tan to que p rác t icas que obede-cen a unas reglas, no el analizarlos como signo de otracosa , buscando los pensamien tos , l a s represen tac iones ,las imágenes, los temas o las obsesiones que se ocultan ose mani f ies tan en e l los , como s i fue ran documentos . Sedir ige al discurso en su volumen propio, a t í tulo de mo-

numento . No e s , por t anto , un t é rmino que inc i t e a l abús que da de un c om i e nz o n i que e m pa r e n t e e l a ná l i s i scon excavac iones o sondeos geológicos .

t ema de l a s t r ans formac iones en e l que cons i s t e e l «cam-bio». Más que invoca r su fue rza v iva ( como s i fue ra supropio pr inc ipio) , más que busca r sus causas ( como s i no



La a rqueología no va , por todo e l lo , a t r avés de unaprogre s ión l enta , de l c ampo confuso de l a opinión a l as ingula r idad de l s i s t ema o l a e s t abi l idad de f in i t iva de l ac ienc ia —no e s una doxología—, s ino que t r a t a de mos -t r a r en qué juego de r egla s que ponen en obra e s i r r educ -

t ible a cualquier otro; seguir los discursos a lo largo desus a r i s t a s exte r iore s pa ra subraya r los me jor . En de f in i t i -va , pre t ende de f in i r los en su e spec i f i c idad, e s dec i r , hace run aná l i s i s d i f e r enc iado de l a s moda l idades de l d i scur so .

No e s , en de f in i t iva , nada más y n inguna ot r a cosa queu n a reescritura. Ni intenta repet i r lo dicho, ni res t i tuir lope ns a do , que r i do , e xpe r i m e n t a do o de s e a do po r l o s hom -bre s a l profe r i r e l d i s cur so . Si tuándose en l a forma man-tenida de l a exte r ior idad, supone una t r ans formac ión pau-tada de lo que ha s ido y ha escr i to. En real idad, la des-c r ipc ión a rqueológica in t enta únicamente e s t ablece r l a

r egula r idad de los enunc iados .No se r í a adecuado, s in embargo, entende r e s t e orden

como e l de l a s s i s t ema t i c idades o e l de l a s suces iones c ro-nológica s ; ante s b ien , de sc r ibe los d i f e r ente s e spac ios dedi sens ión. El lo has t a e l punto de que l a cont r adicc ión noes una apa r i enc ia que hay que supe ra r , s ino un obje toque hay que desc r ib i r por s í mismo. En e s t e s ent ido, a lcons t i tu i r s e como l a l ey misma de su exi s t enc ia , «func io-na entonces , a l h i lo de l d i scur so , como e l pr inc ipio de suhi s tor i c idad». 2 5

Al da r se un acon tec imien to , pu es to que l a apa r i c ió n de

una f o r m a c i ón d i s c u r s i va e s a m e nudo c o r r e l a t i va de unavas ta r enovac ión de obje tos , de formas de enunc iac ión, deconceptos y de es tra tegias . . . , no es posible f i jar e l concep-to de te rminado o e l obje to pa r t i cula r que mani f i e s t a dep r on t o s u p r e s e nc i a . E s i nú t i l ha c e r s e p r e gun t a s c om o¿quién e s e l autor? , ¿quién ha hablado? , ¿ en qué c i r cuns -t anc ia s y en e l i n t e r ior de qué contexto , animado de quéintenc iones y t eniendo qué proyec to?

La a rqueología s e ocupa más bien de e s t ablece r e l s i s -

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se t r a t a r a nunca de o t r a cosa que de s imple y puro e fec -to) , t r a t a de e l abora r e s t a noc ión vac ía . «Se comprendeque c i e r tos e spí r i tus , apegados a todas e sa s v ie j a s me tá fo-r a s por l a s cua le s , durante s ig lo y medio se ha imaginadola h i s tor i a (movim iento , f lu jo , evoluc ión) , no vean en e l lo

ot r a cosa que l a negac ión de l a h i s tor i a y l a a f i rmac iónbu r da de l a d i s c on t i nu i da d ; y e s po r que r e a l m e n t e nopue de n a dm i t i r que s e ponga a l de s nudo e l c a m b i o detodos e sos mode los advent i c ios , que se l e s a r r eba te a l avez su pr imac ía de l ey unive r sa l y su e s t a tu to de e fec togene ra l , pa ra sus t i tu i r lo por e l aná l i s i s de t r ans formac io-nes d ive r sa s .» 26

Y aún m ás . «A quien es s e s in t i e r an t enta dos de r epro-cha r a los a rqueólogos e l aná l i s i s pr iv i l egiado de lo d i s -cont inuo, a todos e sos agora fóbicos de l a h i s tor i a y de lt i empo, a todos e sos que confunden ruptura e i r r ac iona l i -

dad, yo l e s conte s t a r í a : por e l uso que hacen us t edes de lc on t i nuo l o de s va l o r i z a n . L o t r a t a n c om o un e l e m e n t o—sopor te a l cua l debe r e fe r i r s e todo e l r e s to—; lo convie r -t en en l a l ey pr imera , en l a gravedad e senc ia l de todaprác t i ca d i scur s iva ; qui s i e r an us t edes que se ana l i za ratodo movimiento en e l c ampo de l a gravi t ac ión. Pe ro nole dan us t edes e se e s t a tu to s ino neut r a l i zándolo y r echa -zándolo , en e l l ími t e exte r ior de l t i empo, hac ia una pas iv i -dad or ig ina l .» 2 7

Ser ía e r róneo, con todo, in t e rpre ta r que l a a rqueologíat r a t a de a t r ibui r a lo d i scont inuo e l pape l concedido has ta

a ho r a a l a c on t i nu i da d . Se p r opone , m á s b i e n , ha c e r j uga rlo uno cont r a l a o t r a ; mos t r a r cómo lo cont inuo e s t á for -m a do c on l a s m i s m a s c ond i c i one s y s e gún l a s m i s m a s r e -gla s que l a d i spe r s ión y hace r que ent r e —ni más ni me-nos que l a s d i f e r enc ia s , l a s invenc iones , l a s novedades ola s de sviac iones— en e l c ampo de l a prác t i ca d i scur s iva .

En r ea l idad, lo que pre tende e s l ibe ra r , ante todo, e ljuego de l a s ana logía s y d i f e r enc ia s t a l como apa recen a ln ive l de l a s r egla s de formac ión. Nos mos t r a rá , por e j em-

pío , ent r e unas formac iones d i f e rente s , l os i somor f i smosa rqueológicos ; nos de f in i r á e l mode lo de cada formac ión;nos ha rá ve r de l mismo modo qué conceptos absoluta -

«voluntad de e scucha» se conjugan y comple tan . Es ahoracuando Foucaul t comienza a ve r se envue l to por su propiodi scur so y «desbordado» por su autonomía .



m e nt e d i s t i n t o s oc upa n un e m p l a z a m i e n t o a ná l ogo e n l ar ami f i cac ión de su s i s t ema de pos i t iv idad —isot ropía a r -queológica—, a s í , una sola y misma noc ión puede englo-ba r dos e l ementos a rqueológicos d i s t in tos —des fa se s a r -queológicos—; f ina lmente , nos indica rá cómo pueden e s -

t ablece r se de una pos i t iv idad a o t r a , r e l ac iones de subor -d i na c i ón o c om pl e m e n t a r i e da d — c or r e l a c i one s a r que o l ó -gicas—.

Es ta desc r ipc ión a rqueológica de los d i scur sos no seefectúa en un c írculo cerrado e ideal , s ino que se despl ie-ga en la dimensión de una his tor ia general . «Trata de des-cubr i r t odo e se dominio de l a s ins t i tuc iones , de los proce -sos económicos , de las re laciones socia les sobre las cualespuede a r t i cula r se una formac ión di scur s iva ; in t enta mos -t r a r cómo l a autonomía de l d i scur so y su e spec i f i c idad nole dan por e l lo un es ta tuto de pura ideal idad y de tota l

independencia his tór ica; lo que quiere sacar a la luz esese nivel s ingular en e l que la his tor ia puede dar lugara t ipos def inidos de discurso, que t iene a su vez su pro-pio t ipo de h i s tor i c idad y que e s t án en r e l ac ión con todoun conjunto de h i s tor i c idades d ive r sa s .» 28

Se va conf igurando de e s t e modo un e spac io en e l queposibi l i tar es te «dar de s í» de la arqueología . El propioFoucaul t encuent r a ya v ía s pa ra expre sa r accesos hac ia l agenea logía : «Pa ra mí l a a rqueología e s e s to : una t enta t ivahi s tór i co-pol í t i c a que no se basa en r e l ac iones de seme-janza ent r e e l pa sado y e l pre sente , s ino en r e l ac iones de

cont inuidad y en l a pos ibi l idad de de f in i r a c tua lmente ob-j e t ivos t ác t i cos y e s t r a t égicos de lucha en func ión deel las».29

Es ahora cuando a rqueología y genea logía s e impl i cany neces i t an pa ra accede r a un t e r r eno indi f e renc iado aúny en e l que no se r í an e fec t iva s por s epa rado. Es ahoracuando sus l ími t e s s e pe r f i l an menos c l a ros y más se ma-ni f i e s t a en qué medida l a «voluntad de sospecha» y l a

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El lo nos r emi te a unos t extos : «Creo que en Nie tz schese encuent r a un t ipo de d i scur so en e l que se hace e l aná -l i s i s h i s tór i co de l a formac ión misma de l suje to , e l aná l i -s i s h i s tór i co de l nac imiento de un c i e r to t ipo de sabe r , s inadmi t i r j amás l a preexi s t enc ia de un suje to de conoc i -

m i e n t o» .3 0 En a lguna medida se cent r an nues t r a s expec ta -t iva s y s e nos of r ece una r e fe renc ia c l a r a , s iquie ra pa rade s b r oz a r e l c a m i no .

Frente a l a pre t ens ión de da r con un más a l l á de l d i s -cur so , un más adent ro de é l , Foucaul t f i j a su mi rada s im-plemente en l a exte r ior idad de e se «más». Su preocupa -c ión —de puro cor t e n i e t z scheano— se cent r a en l a pe r -cepc ión de l a s ingula r idad de los sucesos fue ra de todaf ina lidad mo nó tona ; enco nt r a r los dond e me no s se e spe ray en aque l lo que pasa desape rc ibido «po r no t ene r nad ade hi s tor i a» —sent imientos , amor , conc ienc ia , i ns t in tos—.

Se t r a t a de capta r su r e torno, de f in i r e l punto de su au-senc ia . Nos encont r amos de e s t e modo ante l a t a r ea indi s -pensable de l a genea logía , como opos ic ión a l a búsquedade l or igen, a l de spl i egue me tahi s tór i co de l a s s igni f i cac io-nes ideales y de los indef inidos te leológicos .

La negac ión de l «comienzo» expre sada en l a r e futa -c ión de l a «Robinsonada» —Marx—, l a d i s t inc ión ent r ecomienzo y or igen —Nie tz sche— y e l c a rác te r inacabadode su desa r rol lo r egre s ivo y ana l í t i co —Freud— 31 se cen-t r an ahora en e l abandono de l a búsqueda adole scente de lo r i ge n c om o l uga r de ve r da d . L a h i s t o r i a m i s m a a p r e nde

también a r e í r s e de e s t a s solemnidades . Ca rece de sent idopara e l la pensar en ese antes de la ca ída , antes del cuer-po, ante s de l mundo y de l t i empo. . . que e s t a r í a de l l adode los d i sose s , cuya na r r ac ión se r í a más b ien una t eogo-nia . Lejos de ese or igen, e l comienzo es i r r isor io, i rónico,propic io a de shace r todas l a s f a tu idades .

De ahí que Foucaul t , de ent r e los t é rminos u t i l i z adospor Nie tz sche , t r aduc idos de ordina r io por «or igen», optep o r Herkunft y Entstehung, a f in de intentar res t i tuir su

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ut i l i z ac ión adecuada , por cons ide ra r que «indican me jorq u e Ursprung e l obje to propio de l a genea logía».32

Herkunft («procedencia») subrayar ía la vie ja per tenencia

unas con ot r a s . Se rá , por t anto , su ent r ada en e scena , sui r rupc ión, su luga r de enf r entamiento . Nadie e s por e l lore sponsable único y d i r ec to de d icha emergenc ia n i puede



a un grupo —el de sangre , e l de t radic ión.. .— y t ra tar ía depercibir todas las marcas s ingulares , subindividuales , quepueden ent r ec ruza r se formando una r a í z d i f í c i l de desenre -da r , hurgando a l l í donde e l a lma pre tende uni f i ca r se , a l l ídonde e l yo se inventa una ident idad o una cohe renc ia , a

f in de d i soc ia r lo mediante un aná l i s i s adecuado.L a p r oc e de nc i a pe r m i t e a s i m i s m o e nc on t r a r , ba j o e l

a spec to único de un ca rác te r , o de un concepto , l a prol i f e -ración de sucesos a t ravés de los cuales —gracias a losque , cont r a los que— se han formado. Únicamente desdeesta perspect iva es posible descubrir que en la ra íz de loque conocemos y de lo que somos no e s t án en absoluto l averdad ni e l ser , s ino la exter ior idad del accidente . De ahíque l a búsqueda de l a procedenc ia no funde , ante s b ienremueva , aque l lo que se pe rc ib ía inmóvi l ; f r agmente loque se pensaba unido, mues t r e l a he te rogene idad de

aque l lo que se imaginaba conforme a s í mismo. Al abi s -m a r e s p r e c i s a m e n t e c ua ndo f unda m e n t a .L a Herkunft se enraiza en e l cuerpo, superf ic ie de ins-

cr ipción de los sucesos , lugar de disociación del yo —alcua l in t enta pre s t a r l a quimera de una unidad subs tan-c i a l — , vo l um e n e n pe r pe t uo de r r um ba m i e n t o . D e s de e s t aperspect iva , «la genealogía , como el anál is is de la proce-denc ia , s e encuent r a por t anto en l a a r t i culac ión de l cue r -po y de l a h i s tor i a . Debe mos t r a r e l cue rpo impregnadode hi s tor i a , y l a h i s tor i a como des t ruc tor de l cue rpo». 3 3

Entstehung («emergenc ia») de s igna r í a , por su pa r t e , e l

punto de surgimiento , e l pr inc ipio y l ey s ingula r de unaapa r i c ión. De ahí que f r ente a l a me ta f í s i ca que s i túa e lpre sente en e l or igen, obl igando a c r ee r en e l t r aba jo os -curo de un des t ino que busca r í a mani f e s t a r se desde e lpr imer momento , l a genea logía r e s t ablece los d ive r sos s i s -t emas de sumis ión, no t anto e l pode r ant i c ipador de unsent ido cuan to e l j uego aza ro so de l a s dom inac ion es .

L a e m e r ge nc i a s e p r oduc e s i e m pr e e n un de t e r m i na does tado de fue rza s y su aná l i s is no s mos t r a rá cóm o luch an

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vanaglor i a r se con su surgimiento; s i empre se produce enel inters t ic io.

Quedan e s t ablec idos de e s t e modo los sopor t e s de loque podr í a denomina r se genea logía , o más b ien inves t iga -c iones genea lógica s múl t ip l e s , como redescubr imiento

conjunto de l a lucha y memor ia d i r ec ta de los enf r enta -mientos . Por e j emplo, en r e l ac ión con los s abe re s , d i chagenea logía s e r í a opos ic ión a los proyec tos de su insc r ip-c ión en l a j e r a rquía de l pode r propia de l a c i enc ia , «unaespec ie de t enta t iva pa ra l ibe ra r los s abe re s h i s tór i cos de lsome t imiento , e s dec i r , hace r los capaces de opos ic ión yde lucha cont r a l a coacc ión de un di scur so t eór i co , uni t a -r io, formal y c ient í f ico. La react ivación de los saberes lo-ca le s con t r a l a j e r a rqu izac ión c i ent í f i c a de l co noc im ientoy sus de fec tos in t r ínsecos de pode r» . 3 4

Se r í a s i m p l i s t a , s i n e m ba r go , pe ns a r que pa r a Fou -

caul t la Herkunft y la Entstehung a luden a una sue r t e deapa r i c ión de los d i scur sos de modo incógni to , de sconoc i -do, incont rolable . . . ; ante lo cua l sólo cabr í a r endi r se . An-te s b ien , por e l cont r a r io , son un modo de ace rcamientode dom i n i o , de c onoc i m i e n t o , de c om pr e ns i ón . . . que p r e -t e nde p r e c i s a m e n t e hu i r de t e r r e nos a bona dos pa r a uname ta f í s i ca basada en pre ju ic ios y prenoc iones de los que ,desde su pe r spec t iva , e s prec i so l ibe ra r se .

En es to se dis t inguir ía la his tor ia «efect iva» de «la delos h i s tor i adore s», en que no se apoya en ninguna cons -t anc ia : nada en e l hombre —ni s iquie ra su cue rpo— es lo

s u f i c i e n t e m e n t e f ij o pa r a c om pr e nd e r a l o s o t r o s h om br e sy r econoce r se en e l los . Desde aquí l a neces idad de des -cua r t i za r cu ant o pe rm i ta e l j uego con solado r de los r eco-noc i m i e n t o s . Pe r o a ún he m os de r e c onoc e r un c a m i noprevio pa ra comple ta r t a l pe r spec t iva .

Foucaul t e s t ima que , en conc re to , « l a h i s tor i a s e ráe fec t iva en l a medida en que in t roduzca lo d i scont inuo ennues t ro mismo se r . Dividi r á nues t ros s ent imientos , dra -ma t i za rá nues t ros ins t in tos , mul t ip l i ca rá nues t ro cue rpo y

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lo opondrá a s í mismo. No de ja rá nada deba jo de s íque tendría la estabil idad tranquil izante de la vida o de lana tu ra leza , no se de ja rá l l evar por n inguna obs t inac iónmuda hac ia un f in mi lenar io . Cavará aque l lo sobre lo que

una concepción l ineal , s implista , evolutiva y conciencial ,pe ro ¿cómo no es ta r lo? De ah í que la a rqueo log ía t r a te de«desenredar- todos esos hilos tendidos por la paciencia de



se la qu ie ra hacer descansar , y se encarn iza rá con t ra supre tend ida con t inu idad . E l saber no ha s ido hecho paracomprender , ha s ido hecho para hacer t a jos» . 35

Así , ba jo las g randes con t inu idades de l pensamien to ,

se in ten ta ahora de tec ta r l a inc idenc ia de las in te r rupc io -nes. De este modo la historia «efectiva» hace resurgir elsuceso en lo que puede tener de ún ico , de cor tan te , f ren tea toda una t rad ic ión de la h i s to r ia —que Foucau l t ca l i f i cade «teología racionalis ta»— que t iende a disolver el suce-so s ingu la r en una con t inu idad idea l a l movimien to teo ló -g ico o encadenamien to na tu ra l . La p rocedenc ia y l a emer -genc ia nos hacen ver que p rec i samente las fue rzas p re -sentes en la historia no obedecen ni a un dest ino ni a unas imple mecán ica .

No queda , por t an to , más v ía que «sumerg i r se» para

captar las perspectivas, desplegar las dispersiones y las di-fe renc ias , de ja r a cada cosa su medida y su in tens idad .Tal inmersión es un acceso a lo corporal y epidérmico delacon tec imien to , e s to es , una suer te de a tenc ión a l acon te -cer mismo. De este modo, la historia «efectiva» realiza envert ical al lugar en que está, la genealogía de la historia .De aquí que «a la solemnidad del origen es necesario opo-ner , s igu iendo un buen método h i s tó r ico , l a pequeñez me-t icu losa e inconfesab le de esas fabr icac iones e invenc io -nes» .3 6 Sólo así la historia será efectiva.

Genealog ía en la arqueolog ía: la h is tor ia

C.—Pero esta labor de excavación, esta «arqueología»,también es un trabajo de historia.. .

M.F.—De hecho, sí.37

Foucau l t n i n iega la h i s to r ia , n i en abso lu to p re tendereemplazar la por l a a rqueo log ía . Se mues t ra d i s tan te de

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los h i s to r iadores : mul t ip l ica r l a s d i fe renc ias , embro l la r l a sl íneas de comunicac ión y es fo rza rse en hacer más d i f íc i -les los accesos».3 8

Se c imenta as í una nueva perspec t iva teór ica , qu izásalgún día individualizable como disciplina, tal vez suscita-

dora de un haz de p rob lemas rep lan teab lcs en o t ra pa r te ,de manera d i s t in ta y con métodos d i fe ren tes . No preocu-pa eso en exceso a Foucau l t : «No he p resen tado jamás laa rqueo log ía como una c ienc ia , n i s iqu ie ra como los p r i -meros c imien tos de una c ienc ia fu tu ra» . 3 9 Ha de hab la r se ,por e l lo , fundamenta lmente , no tan to de la a rqueo log ía—sin más— s ino de una a rqueo log ía de la ana tomía pa to -lógica, una arqueología de la f i lología, una arqueología dela economía polí t ica, una arqueología de la biología, unaarqueología de la geografía . . . y , asimismo —y esto es loque nos in te resa ahora subrayar—, una a rqueo log ía de la

historia . Arqueología, por tanto, del saber de un saber.. .de los saberes. «El subtí tulo de Las palabras y las cosas noes "la" arqueología, s ino "una" arqueología de las cienciash u m a n a s .» 4 0

La emergenc ia de la h i s to r ia en la decaden te Europade l s ig lo x ix , «pa t r ia de mezco lanzas y rebe ld ías» , nosof rece nuevamente luz acerca de l ob je t ivo de Foucau l t . E lhombre de es ta época es una mix tu ra , no sabe qu ién es ,ignora qué ra rezas se han mezc lado en é l , busca su pape l ,pe rd ida su ind iv idua l idad . La impos ib i l idad de c rea r en laque se encuen t ra , su ausenc ia de obra , l a ob l igac ión de

apoyarse sobre lo que se ha hecho antes y en otro lugar locons t r iñen a l a ba ja cur ios idad de l p lebeyo . Busca su h i s -toria . Se busca en la historia .

Aquí p re tende s i tua rse p rec i samente Foucau l t , «en e ll ími te de lo que podemos reconocer como nues t ra h i s to -r ia . En el interior de esta historia que es nuestra, como detoda h i s to r ia , r e ina una iden t idad : una misma cu l tu rapermi te a l l í a va r ios se res humanos dec i r con jun tamente"nosotros". Esta identidad [ . . .] se consti tuye por medio de

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una se r i e de exc lus iones».41 Se pre senta , de e s t e modo,como a s ide ro , como recur so . Desde e s t a pe r spec t iva co-bra sent ido la dis tancia entre la his tor ia efect iva y la de

go t i empo vinculada a o t r a moda l idad de pode r . Con l a snuevas t écnica s de some t imiento , l a "dinámica" de l a sevoluc iones cont inuas t i ende a r eemplaza r l a "dinás t i ca"

4 4



l os h i s tor i adore s , una vez pe rdido todo fundamento sobrea lguna cons tante . «Efec t iva», en l a medida en que in t ro-duce l a d i scont inuidad y no como mera r ebe l ión u opos i -c ión, s ino como re sul t ado de una a rqueologizac ión. Nopodemos cae r por e l lo , en e l s impl i smo —por o t r a pa r t e

no pre sente en sus t extos— de a f i rmar que Foucaul t s el imita a poner f in a la his tor ia : «nadie mata a la His tor ia ,pero a una his tor ia para f i lósofos , ¡a és ta s í quiero matar-l a por comple to!» .42

No queda l a a rqueología ent ronizada , en de t r imentode l a h i s tor i a . No se buscaba su desbancamiento o supos te rgac ión, s ino s i tua r l a en una dimens ión adecuada .

J P . — E n d e t r i m e n t o d e c i e r t a c o n c e p c i ó n d e l a h i s t o r i as í . P e r o v o n o c r e o q u e l a h i s t o r i a d e s a p a r e z c a n e c e s a r i a -m e n t e . T e n g o , p o r e l c o n t r a r i o , l a i m p r e s i ó n d e q u e , a

p e s a r d e s u s d e f e c t o s , e l m é t o d o d e F o u c a u l t p u e d e s u s c i -t a r u n a c o n c e p c i ó n n u e v a y ta l v e / , m á s a d e c u a d a d e l ah i s t o r i a .

B . B . — . . . a c o n d i c i ó n d e s u p e r a r l a a r q u e o l o g í a .

J P .— - -- a c o n d i c i ó n d e « p a s a r p o r » l a a r q u e o l o g í a : e su n m o m e n t o n e c e s a r i o e n e l d e s a r r o l l o d e i n v e s t i g a c i ó n .4 Í

Pero e s a pa r t i r de aquí cuando, de nuevo, a rqueologíay genea logía s e impl i can y neces i t an mutuamente . «Unamacro y una mic rof í s i ca de pode r han pe rmi t ido, no c i e r -t amente l a invenc ión de l a h i s tor i a (hac ía mucho t i empo

que no t enía neces idad de se r lo) , s ino l a in t egrac ión deuna d i m e ns i ón t e m por a l , un i t a r i a , c on t i nua , a c um ul a t o r i aen e l e jerc ic io de los controles y la práct ica de las domi-nac iones . La hi s tor i c idad "evolut iva" , t a l como se cons t i -t uye e n t onc e s — y t a n p r o f unda m e n t e que t oda v í a hoy e spa r a m uc hos una e v i de nc i a — , e s t á v i nc u l a da a un m odode func ionamiento de l pode r . Igua l que , s in duda , l a "hi s -tor i a - r ememorac ión" de l a s c rónica s , l a s genea logía s dela s hazañas , de los r e inos y de los ac tos había e s t ado l a r -

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de los acontec imientos solemnes .» Se r í a suf i c i ente cona ludi r a l e j emplo pa radigmá t i co de l a locura pa ra com-prende r e l a l cance y «e f i cac ia» de una hi s tor i a y una r a -zón «no efect ivas», que reducen aquél la a l s i lencio de laausencia de obra . «Desde que hay la "razón" y la "his to-

r ia" exis ten locos .» 45

A pa r t i r de e s t a s cons id e rac ion es s e ha p re tend idoe fec tua r con Foucaul t t oda una se r i e de aproximac ionesque e s t imamos un t anto forzadas , s egún l a s cua le s «e lconcepto de h i s tor i a que func iona en l a Arqueología t i enem uc ha s c ons ona nc i a s c om une s c on o t r o c onc e p t o de h i s -tor i a . . . : e l concepto c i ent í f i co de h i s tor i a t a l como apa receen e l ma te r i a l i smo hi s tór i co . El concepto de una hi s tor i aque t ambién se pre senta como un proceso s in suje to e s -t ruc turado por un s i s t ema de l eyes . Un concepto que , pore s t a r azón, e s t ambién r adica lmente ant i ant ropologi s t a ,

a n t i hum a n i s t a , a n t i e s t r uc t u r a l i s t a » .4 6

Otros comenta r i s t a s e s t iman, s in embargo, que no e sen e s t a obra s ino en Vigilar y castigar y en La voluntad desaber donde s e p r oduc e una r up t u r a c on l a c onc e pc i ón deH i s t o r i a m a n t e n i da po r Fouc a u l t ha s t a e n t onc e s 47

No es tamos ante una polémica supe r f i c i a l y s in s ent i -do. En r ea l idad, e s el re f l e jo de una cues t ión que pue der e s u l t a r a b s o l u t a m e n t e f e c unda , una ve z s upe r a dos l o svie jos tópicos , dogma t i smos y mis t i f i c ac iones . La pre sen-c ia de Marx en Foucaul t no puede r educ i r se a una meralabor ecléct ica , s ino que se t ra ta de a lgo más sut i l y com-

ple jo .Hay una c l a r a d i s t anc ia que hemos de seña la r de sdeun pr imer momento . «Marx pa ra mí no exi s t e . Quie ro de -c i r e s t a e spec ie de ident idad que se ha cons t ru ido en tor -no a un nombre propio , y que se r e f i e r e t an pronto a unindividuo, t an pronto a l a to t a l idad de lo que ha e sc r i to ,t an pronto a un inmenso proceso hi s tór i co que de r iva deé l . [ . . . ] Hace r func iona r a Marx como un "autor " , l oca l i za -ble en un f i lón di scur s ivo único y suscept ib le de un aná l i -

s i s en t é rminos de or ig ina l idad o de cohe renc ia in t e rna e ss i empre pos ible . Después de todo se t i ene pe r f ec tamentee l de recho de "academiza r " a Marx. Pe ro e l lo e s de scono-

4 8

E s a ho r a , p r e c i s a m e n t e , c ua ndo c a be de f i n i r e s t ep r oye c t o . «Q ue r í a ve r c óm o s e pod r í a n r e s o l ve r e s t o sp r ob l e m a s de c ons t i t uc i ón e n e l i n t e r i o r de una t r a m a



ce r e l e s t a l l ido que ha produc ido.» Ta l vez , con todo, nohay en e l lo s ino l a expl i c i t ac ión de cuanto seña lamos mása r r iba r e spec to a de ja r en suspenso l a «unidad de l aobra». No e s , por t anto , una di s t anc ia exc lus iva y pecu-l iar .

Quienes apues tan por un gi ro de Foucaul t a pa r t i r deVigilar y castigar y La voluntad de saber c o n s i d e r a n q u esus a rqueología s nac ían de una concepc ión e spac ia l de l asoc iedad, en l a que é s t a e r a de f in ida por sus márgenes , yque r e su l t aba f ru c t í f e r a . As í, f r ente a l a t empora l idad, pr i -v i l egiaba e l e spac io; f r ente a l a d i cotomía a rqueología /c i enc ia , pre sentaba l a inva l idac ión de sabe r que se rvía dejus t i f i c ac ión a l e j e r c i c io de l pode r sobre los cue rpos de losmarginados , l os locos y los cadáve re s de los pobre s ; f r entea un aná l i s i s c ent r ado uni l a t e r a lmente en l a producc ióneconómica , oponía e l e s tudio de l a s prác t i ca s e j e r c idas so-

bre los improduc t ivos e incapaces ; f r ente a l a supe re s t ruc -tura com o re f l e jo de una ins t an c ia de te rmin ante , pre sen-t aba los d i scur sos impl i cados en l a s prác t i ca s de cont rolsoc ia l ; f r ente a una hi s tor i a to t a l i zadora y cont inua , in t ro-duc ía l a d i scont inuidad, e l aná l i s i s s egmenta r io y l imi t a -do, los movimientos anónimos que cobran sent ido a pa r -t i r de l a a r t i culac ión de los d i s t in tos e l ementos .

Para ta les c írculos es ta vis ión se pres taba a equívocos,ya que cabía aún l a pos ibi l idad de pensa r en un suje tounive r sa l de l a Hi s tor i a cons t i tu ido por e sa s masas margi -na le s —lo que impl i ca r í a de nuevo l a cont inuidad— y

además nos s i tuaba ante una hi s tor i a e s t ruc tura l de ca -r ác te r forma l . En r ea l idad, e l pa so vendr í a dado por unanueva concepc ión de l pode r y de l a lucha como conse -cuenc ia de l Mayo de l 68 . La soc iedad ya no se ent i endeen t é rminos de opos ic ión, s ino desde una pe r spec t iva fun-c iona l , de inc lus ión. «Desde entonces l a h i s tor i a foucaul -t i ana no se r í a ya a rqueológica , s ino genea lógica», comoexpres ión de l pa so «de l mode lo de l a l epra» a l «mode lo dela peste».4 9

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t e . E s p r e c i s o de s e m ba r a z a r s e de l s u j e t o c ons t i t uye n t e ,de s e m ba r a z a r s e de l s u j e t o m i s m o , e s de c i r , l l e ga r a unaná l i s i s que puede da r cuenta de l a cons t i tuc ión de l su-j e to en l a t r ama hi s tór i ca . Y e s e so lo que yo l l amar ía

genea logía , e s dec i r , una forma de h i s tor i a que da cuen-t a de l a cons t i tuc ión de los s abe re s , de los d i scur sos , delos dominios de l obje to , e t c . ; s in t ene r que r e fe r i r s e a uns u j e t o que s e a t r a ns c e nde n t e e n r e l a c i ón a l c a m po de l o sacontec imientos o que cor r e en su ident idad vac ía a t r a -vés de l a h i s tor i a .» 5 0

La genea logía s e r emonta en e l t i empo no pa ra e s t a -blece r l a cont inuidad y busca r los or ígenes , s ino pa ra r e -cons t ru i r l a d i spe r s ión que ca rac te r i za e l pa sado, rom-piendo a s í con una hi s tor i a que busca l a to t a l idad. Se t r a -t a , por t anto , de una genea logía basada en e l e spac io , que

se opone , por t anto , a l de spl i egue me tahi s tór i co de l a ss igni f i cac iones y de los inde f in idos t eológicos .«Se rá necesa r io hace r una c r í t i c a de e s t a de sca l i f i c a -

c ión de l e spac io que r e ina desde hace va r i a s gene rac io-nes . ¿Ha comenzado en Be rgson o ante s? El e spac io e s loque e s t aba muer to , f i j ado, no dia l éc t i co , móvi l . Por e lcontrar io, e l t iempo era r ico, fecundo, vivo, dia léct ico.»«La ut i l i z ac ión de t é rminos e spac ia l e s t i ene un c i e r to a i r ede ant ih i s tor i a pa ra aque l los que confunden l a h i s tor i acon l a s v i e j a s formas de l a evoluc ión, de l a cont inuidadviviente , de l de sa r rol lo orgánico, de l progre so de l a con-

c ienc ia o de l proyec to de l a exi s t enc ia . Desde e l momentoen que se hablaba en t é rminos de e spac io se e s t aba encont r a de l t i empo. Se "negaba" l a h i s tor i a , como dec íanlos tontos , s e e r a un " t ecnóc ra ta " . No comprendían queen l a pe rcepc ión de l a s implantac iones , de l a s de l imi tac io-nes , de l pe r f i l amiento de los obje tos , de los grá f i cos , dela s organizac iones de dominio , l o que se hac ía a f lora re ran los procesos —por supues to h i s tór i cos— de l pode r .La desc r ipc ión e spec ia l i zante de los hechos de l d i scur so

desemboca en e l aná l i s i s de los e f ec tos de pode r que e s t ánl igados a e l los .» 51

Foucaul t s e de smarca de e s t e modo de una hi s tor i aque se def ine por la ausencia de la geograf ía y en ta l sen-

ne r que Foucaul t , t eór i ca y prác t i camente , s e haya cons i -de rado un adve r sa r io , un enemigo de l marxi smo». 5 5

El problema queda planteado a s í de sde una pe r spec t i -va más f ruc t í f e r a . Por supues to , l a comple j idad de l a sunto



t i do se d i s t anc ia de l marxi smo c lá s i co . Algunos comenta -r i s t a s cons ide ran inc luso que «quizá l a ausenc ia de l e spa -cio expl ique, a su vez , que la teor ía marxis ta se as ientesobre una topología s impl i s t a —inf rae s t ruc tura , e s t ruc tu-

r a y supe re s t ruc tura».5 2

Si b ien hoy se p lantea d icha topo-logía concediéndole —en e l s eno de l marxi smo— un ma-yor s ent ido me ta fór i co , no por e l lo l a va lorac ión quedadesca l i f i c ada , ante s b ien —quizás— conf i rmada . Y en e samisma l ínea , pa ra e sos comenta r i s t a s , e s t a de f i c i enc iaabre l a pos ibi l idad de uni formar l a h i s tor i a f avorec iendotodo t ipo de h i s tor i c i smos y cor r e l a t ivamente de huma-n i s m os .

El lo l l eva a pregunta r se de qué marxi smo se habla . Nofa l t an quienes e s t iman que Foucaul t posee una vi s ión exce -s ivamente c lás ica y superf ic ia l de Marx y, lo que ser ía más

problemá t i co , que «pre tende expl í c i t amente habe r dadocon e l Marx verdadero, con e l Freud autént ico». 53 Algo ob-viamente contradic tor io con su vis ión de lo que cabe deno-mina r se autor u obra . Su procede r l e t r a i c iona r í a .

Frente a e s tos ext r emos se procura , en o t ro s ent ido,subraya r exces ivamente l a s d i s t anc ia s . Se ins i s t e en que ,por e j emplo, lo e senc ia l de Las palabras y las cosas eses to : «Hay que desembaraza r se de Marx». Se l ee a Fou-caul t de s t acando que su Marx «habr í a r ea l i zado un aná l i -s i s , no una "c r í t i c a " de l a economía ; y sobre todo no e s t a -blecer ía ningún nexo entre es ta cr í t ica y la de la socie-

dad», pa ra conc lui r que «lo que of r ece de Marx e s unaca r i ca tura». 5 4

E s t i m a m os pob r e e s t e p l a n t e a m i e n t o c on t r i nc a n t e . N ocabe enmarca r supe r f i c i a lmente e l abi smo de e s t a d i s t an-c i a . C ons i de r a m os m á s a de c ua da s o t r a s pos t u r a s que i n -s i s t en , en e l c a so de Foucaul t , en una «inf luenc ia —aun-que en e s t e ca so l a pa labra e s demas iado débi l— de Marx,s i no de l marxi smo: a pe sa r de c i e r t a s formulac iones des -a f o r t una da s , nos pa r e c e a bs o l u t a m e n t e i m pos i b l e s o s t e -

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j u s t i f i c a r í a un e s t ud i o po r m e nor i z a do que n i e l m om e n t o ,ni l a opor tunidad, pos ibi l i t an . Bas te por ahora con seña -l a r l a pe r t inenc ia de e s t e apunte ace rca de l a pre senc ia deMarx en Foucaul t , dado su ca rác te r en absoluto l a t e r a l ,

en e l t ema que ahora desa r rol l amos . Es e l propio Miche lFoucaul t quien cons ide ra que «es impos ible hace r h i s tor i aac tua lmente s in u t i l i z a r una se r i e in t e rminable de concep-tos l igados d i r ec ta o indi r ec tamente a l pensamiento deMarx y s in s i tua r se en un hor i zonte que ha s ido desc r i to yde f in ido por Marx. En ca so l ími t e s e podr í a uno pregun-ta r qué di f e renc ia podr í a habe r ent r e s e r h i s tor i ador y s e rm a r x i s t a » .

Se t r a t a r í a de i r más a l l á . De ahí que quepa des taca r ,pa ra c i e r tos autore s , que «no sólo exi s t e una r e l ac ión decomplementa r i edad ent r e l a h i s tor i a foucaul t i ana y l a h i s -

tor i a marxi s t a . Foucaul t c ent r a sus t r aba jos en a spec tosque has ta entonces no habían s ido ana l i zados en unape r spec t iva pol í t i c a , l o que plantea un problema de fon-do: ¿cómo e s pos ible que los h i s tor i adore s marxi s t a s ha -yan inf r ava lorado cent ros de pode r que func ionan en tor -no a l a locura , l a enfe rmedad, l a pr i s ión, l a s exua l idad,e tc .?».57

Sí que hay en e s t e s ent ido un nuevo modo de procede rque los marxi s t a s no dogmá t i cos han incorporado inme-dia t amente , no sólo como vena a explota r , s ino como au-t ént i co f i lón t eór i co-pol í t i co . Por t a l mot ivo podemos ha -

bla r de un autént i co enr iquec imiento . «Cie r t amente , e ld i scur so de Foucaul t no e s sólo e s t e ensamba la je de e f ec -tos que t ambién produce , t í p i co en cuanto d i scur so "def ronte ra " , por lo t anto ext r emadamente abie r to , r i co , pro-blemá t i co , some t ido a t ens iones que lo a t r avie san y que , aveces , l o t r ans forman. Es jus t amente por lo que e s t amosen l a "urgenc ia " que ha produc ido su d i scur so; e s en t an-to que remos se rvi rnos de é l en cuanto e s t amos impe l idosa l aná l i s i s c r í t i co . Y e s t a ope rac ión —Foucaul t nos lo ha

enseñado— no es t r anqu i la : e s l a operac ión que abre en e lin te r io r de un espac io teór ico un campo de lucha , un con-fl icto. Es, por otra parte , justamente la disponibil idad aeste confl icto, el ser abierto a las reacciones que suscita ,

dad que ún icamente poseer ía nues t ro p resen te ; se t r a ta dear r iesgar l a des t rucc ión de l su je to de conoc imien to en lavo lun tad , indef in idam ente desa r ro l lada , de l saber .» E l



el suscitar estas reacciones, la que pone el t rabajo de Fou-cau l t en una pos ic ión tan cen t ra l en nues t ro espac io h i s -tórico-crí t ico. Interrogarlo, ponerlo en cuestión, no signi-f ica remover lo , s ino más b ien a f i rmar que de e l lo quere -

mos servirnos.» '18

En es ta l ínea , sa lvado cuan to pueda ha-ber de uti l i tar ismo o eclecticismo, el t rabajo podrá resul-ta r f ruc t í fe ro teór icamente .

Queda subrayada no sólo la concepción espacial de lasociedad que privi legia la genealogía, no sólo el caráctermate r ia l que supone , s ino as imismo su sen t ido de ca ra ala lucha contra el poder. «La función de los anális is histó-r icos cons i s te p rec i samente en romper ev idenc ias , desha-cer malen tend idos , seña la r loca l izac iones es t ra tég icas ,p roporc ionar mate r ia les de lucha , mos t ra r lo in to le rab lede l poder y l a neces idad de una t rans formac ión [ . . . ] . Las

genea log ías foucau l t i anas des ignan e l campo de ba ta l la ,los pun tos donde se debe go lpear , desenmascaran lastrampas, prevén en cierta medida las réplicas.» 59 Son nue-vas coordenadas para l a acc ión , l e jos de «sabores meta f í -sicos». Y en este sentid o consid eram os que «hay en Fou-cau l t , en su obra , una p rác t ica de l pensamien to teór icoque no se separa de una búsqueda h i s tó r ica» . 6 0

No es anecdótico, por el lo, que sus trabajos se presen-ten como ta les búsquedas h i s tó r icas : e l nac imien to de lamedic ina moderna en e l s ig lo x ix , e l nac imien to y muer tede las c ienc ias humanas . . . La tes i s de Foucau l t sobre la

h i s to r ia debe buscarse en la manera en que cuen ta es tosnac imien tos y es tas muer tes y cuá l es e l modo de p roce-der de ese con ta r , cuá l su func ionamien to .

Nos encon t ramos , de es te modo , an te l a h i s to r ia ge -nea lóg icamente d i r ig ida . Ya no se pe rs igue recons t ru i r l a sra íces de nues t ra iden t idad n i r eed i f ica r e l cen t ro ún icode l que p roven imos ; esa p r imera pa t r ia a l a que c ie r tos«pseudometa f í s icos» p rometen que vo lveremos . «No set ra ta ya de juzgar nues t ro pasado en nombre de una ver -

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con e l lo a ámbi tos que ex igen una ac t iv idad genea lóg ica :«.. . las descripciones de la arqueología del saber se ar t icu-lan sobre otras disciplinas y sacan a la luz el papel cientí-f ico de instancias no científ icas e incluso polí t icas: hacen

emerger los concep tos y sus campos y permi ten e l aná l i s i sde las fo rmac iones soc ia les» . «La a rqueo log ía es una má-qu ina , pe ro una máquina c r í t i ca que pone en cues t iónciertas relaciones de poder.» 62

Pero, a su vez, el proceso «personal» de Foucault acer-ca sus pos ic iones a o t ros ámbi tos : « ideo lóg icamente hesido "historicista" y hegeliano hasta que leí a Nietzsche».Él «es el que ha dado como blanco esencial , digamos, aldiscu rso f i losófico, la relación de pode r». 6 3

Tanto a t r avés de la p rop ia d inámica de la a rqueo log íacomo de las configuraciones del «texto-Foucault», el dis-

curso «d iscur re» hac ia espac ios menos l inea les , p rogres i -vos e «históricos».

Escr ib ir la h is tor ia presente

Si e fec t ivamente ha quedado c la ro que Foucau l t nopre tende hacer l a h i s to r ia de l pasado p reocupada en cap-ta r supues tos sen t idos escondidos o descubr i r l eyes sub-yacen tes , s in embargo su quehacer es una au tén t ica escri-tura de la historia presente. El lo mues t ra ya los l ími tes

de la a rqueo log ía . C ie r tamente , s i b ien no p re tende res t i -tu i r lo ya pensado o deseado , s in embargo se ca rac te r izac o m o u n a reescritura, « u n a t r a n s f o r m a c i ó n p a u t a d a d e l oque ha sido ya escri to», «la descripción sistemática de und iscurso-ob je to» .6 4 Pero un es t r ic to aná l i s i s de l d i scursohabr ía de comple ta r se con un rad ica l cues t ionamien to delas pos ib i l idades mismas de la desc r ipc ión , dado que laprop ia e lecc ión de ca tegor ías desc r ip t ivas impl ica r ía yauna in te rp re tac ión . Por o t ra pa r te , l a s p rác t icas d i scurs i -

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vas n i son s implemente r egula re s n i t a l e s r egula r idadesson meras combinac iones , dado que , por un l ado, t i enene l pode r de formar obje tos y suje tos y , por o t ro , t e s t imo-nian l a exi s t enc ia de un pr inc ipio s i s t emá t i co de r egula -

que e l d i s cur so no puede se r comprendido s ino en l a me-dida en que se in t egra en e l proceso de desa r rol lo h i s tór i -co de l a soc iedad y enca rna una forma de v ida . Es taor i entac ión de l aná l i s i s s e concent r a en un autént i co diag-



c ión. De ahí l a preocupac ión de Foucaul t por lo que con-dic iona , l imi t a e ins t i tuc iona l i za l a s formac iones d i scur -s ivas .

No e s suf i c i ente , por t anto , con subraya r e l l uga r que

la s propos ic iones ocupan en e l s eno de l a s formac ionesdi scur s ivas , s ino que t a l quehace r a rqueológico ha de en-r iquece r se con ot ro n ive l complementa r io que de ja apa re -cer otros niveles de inte l igibi l idad y de diferenciación yque no se s a t i s f ace con aque l l a t é cnica . Ya desde El ordendel discurso las reglas de la arqueología se ven comple-mentadas con l a formac ión e fec t iva de l d i scur so por l a sprác t i ca s no di scur s ivas , y en e s t e s ent ido no ha de ha -bla r se t anto de una t r ans ic ión de a rqueología a genea lo-gía cuanto de un r econoc imiento de los l ími t e s de aqué l l aque se ve rá enr iquec ida por l a in t roducc ión complemen-

tar ia de la genealogía .En e s t e s ent ido se ha l l egado a habla r 6 5 de dos f a se se n Fouc a u l t , una s e m i e s t r uc t u r a l y o t r a pos t he r m e né u t i -ca . S i b i en l a pr imera pre tende r í a e s tudia r l a s t eor í a s dela s c i enc ia s humanas ba jo su a spec to de d i scur so-obje to ,desc r ib iendo en t é rminos t eór i cos l a s r egla s que r igen l a sprác t i ca s d i scur s ivas ; l a s egunda busca r í a en l a s t eor í a sde las c iencias humanas, lo que las hace inte l igibles , ni ens i s t ema a lguno de r egla s de formac ión o en un hor i zontecolec t ivo de s igni f i cac ión, s ino que «se t r a t a más b ien deve r ahora que l a s c i enc ia s humanas forman pa r t e de un

conjunto más ampl io de prác t i ca s organizadas y e s t ruc tu-r ante s que cont r ibuyen en gran medida a ampl i a r» . Hay,por t anto , un c i e r to d i s t anc iamiento r e spec to de l pape l ,s in embargo s i empre impor tante , de l a a rqueología , en l aapues ta por un nuevo nive l de in t e l ig ib i l idad en e l que l at eor í a , s in queda r ignorada , e s l e ída a s imismo como unode los componente s a t r avés de los cua le s ope ran l a s prác -t i ca s e s t ruc turante s .

Esc r ib i r l a h i s tor i a pre sente exige , por t anto , subraya r

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nóstico de l a s i tuac ión pre sente , que pasa por l a cons ide -r ac ión de que nues t r a a t enc ión ha de d i r ig i r s e a l ámbi toen e l que pode r y s abe r s e ent r ec ruzan mode lando lo quede n om i na m os i nd i v i duo , s oc i e da d y c i e nc ia s hum a na s .

Diagnós t i co e s , pa ra Foucaul t , un autént i co desciframien-to. La a soc iac ión de a rqueología y genea logía nos condu-cen a s í a lo que ha s ido denominado «una ana l í t i c a in t e r -pre ta t iva de l a s i tuac ión pre sente». 6 6

NOTAS

1. Foucaul t , M. , A verdade e as formas jurídicas, Rí o de Ja ne i ro , Pon-t i f ic ia Universidade Catól ica do Rio de Janeiro, 1978 ( t rad. cast . : Barce-lona, Gedisa , 1980, 174 pp. , Apéndice , p. 171).

2 . Fouc a u l t , M. , «Ré ponse a u Ce rc l e d ' é p i s t é m ol og i e » , Cahiers pourl'Analyse, 9 , ve ra no (1968) , «Ge né a l og i e de s sc i e nc e s» ( t r a d . c a s t . e n :Análisis de Michel Foucault, B u e n o s A i r e s , T i e m p o C o n t e m p o r á n e o ,1970, 271 pp. , p. 224).

3 . Fouc a u l t , M. , L'archéologie du savoir, Pa r i s , Ga l l i m a rd , 1969 , 280pp. , p. 17 ( t rad. cast . : 5 .a éd. , México, Siglo XXI, 1978, 355 pp. , pp.14-15).

4 . Fouc a u l t , M. , Les mots et les choses, Pa r i s , Ga l l i m a rd , 1966 , 400pp. , p. 163 ( t rad. , cast . : 9 ." éd. , México, Siglo XXI, 1978, 375 pp. , p. 151).

5 . Fouc a u l t , M. , L'archéologie du savoir, o.c . , p . 19 ( t rad. , p . 16).6. Daix, Pierre , «Structure (II) : Al thusser e t Foucaul t», Les Lettres

Françaises (Paris) , 1.239 (1968) ( t rad. cast . en: Claves del estructuralismo,Buenos Aires, Caldén, 1969, 155 pp. , p. 58).

7 . Fouc a u l t , M. , L'archéologie du savoir, o.c . , pp. 21-22 ( t rad. , p . 20).8 . Fouc a u l t , M. , L'ordre du discours, París, Gal l imard, 1971, 82 pp. ,

p. 61 ( t rad. cast . : Barcelona, Tusquets, 1973, 64 pp. , p. 49).9 . «Ma e s t ros» : He ge l y Ba c he l a rd .10. Fouc ault, M., «Répon se au Cercle d'épistémolog ie», a.c., trad., p. 231.11 . Ve r l e y , E . , «E n t re t i e ns su r Fouc a u l t » , La Pensée, 137 , f e b re ro

(1968), 13 ( t rad. cast . en: Análisis de Michel Foucault, o.c., p. 166).12 . Y re spue s t a de J . Prous t , «Co l oqu i o sobre Las palabras y las co-

sas«, e n Análisis de Michel Foucault, o.c . , p . 166.13. Wahl , F. , Qu'est-ce que te structuralisme?, Paris, Seui l , 1973

(t rad. cast . : Buenos Aires, Losada, 1975, 231 pp. , p. 23).

14. Foucaul t , M. , L'archéologie du savoir, o.e . , p . 167 ( t rad. , p . 215).15. Ibid., id. ( t rad. , p . 215).16. Le Bon, S. , «Un posi t iviste désespéré: M. Foucaul t», Les Temps

Modernes, 248, enero (1967) pp. 1.299-1.319 ( t rad. cast . en: Análisis deMichel Foucault, Bue nos Ai re s , T i e m po Con t e m porá ne o , 1970 , 272 pp . ,

35. Foucaul t , M. , «Nietzsche, la Genealogie , l 'Histoi re», en Hommageà Jean Hyppolite, o.e . , t rad. , p . 20.

36 . Di s t a nc i a m i e n t o c l a ro r e spe c t o de Ursprung e n f a vor de Erfin-dung. Fouc a u l t , M. , A verdade e as formas jurídicas, o.e . , t rad. , p . 22.

37 . Ca ruso , P . , Conversa zioni con Lévi-Strauss, Fo ucault y Lacan, M i-



p. 113).17. Foucaul t , M. , L'archéologie du savoir, o.e . , p . 168 ( t rad. , p . 217).18. Foucaul t , M. , Les mots et les choses, o.e., p. 171 (trad., p. 158).19. Le Bon, S. , a .c . , t rad. , p . 100.20. Foucaul t , M. , L'archéologie du savoir, o.e . , pp. 164-165 ( t rad. , pp.

212-213).21 . C f r . Fouc a u l t , M. , «Ré ponse à une que s t i on» , Esprit, 371 , m a yo

(1968), 860-864 ( t rad. casi , en: Dialéctica y libertad, Va l e nc i a , Fe rna ndoTorres, 1976, 167 pp. , pp. 24-26).

22 . L e c our t , Dom i n i que , Pour une critique de l'épistémologie (Bache-lard, Cangu ilhem, Foucau lt), Paris, François Maspero, 1972, 134 pp. ,p. 130 ( t rad. cast . : México, Siglo XXI, 1973, 130 pp. , p. 126).

23. Lecourt , D. , Dissidence ou révolution, Pa r i s , Fra nç o i s Ma spe ro ,1978, 99 pp., p. 77.

24. Foucaul t , M. , «Véri té e t pouvoir» (entrevista con M. Fontana),L'Arc, 70, especia l , pp. 16-26 ( t rad. cast . en: Microfísica del poder, M a-drid, Las Ediciones de la Piqueta , 1978, 189 pp. , pp. 181-182).

25. Foucaul t , M. , L'archéologie du savoir, o.e . , p . 197 ( t rad. , pp. 253-254).

26 . Ibid., pp. 225-226 ( t rad. , p . 290).27 . Ibid., pp. 227-228 ( t rad. , pp. 292-293).28 . Ibid., p. 215 ( t rad. , pp. 276-277).E s a hora c ua ndo pue de c om pre nde r se l a va l o ra c i ón pos i t i va de Fou-

c a u l t a t r a ba j os c om o e l de Ja c que s Rouf f i é : «c on t i e ne a ná l i s i s i m por t a n -t e s y fo rm ul a c i one s c l a ra s de l a s c ue s t i one s de una b i o -h i s t o r i a , que noserá ya la historia uni tar ia y mitológica de la especie humana a t ravésdel t iempo, y una "bio-pol í t ica", que no sería la de las part ic iones, con-se rva c i one s y j e ra rqu í a s , s i no l a de la c om uni c a c i ón y el po l i fo rm i sm o» .Foucaul t , M. , «Bio-histoi re e t bio-pol i t ique», IJ> Monde, 17-18 de octubre(1976), 5.

29 . Fouc a u l t , M. , A verdade e as formas ju rídicas, o.e . , t rad. , p . 171.30 . Ibid., t rad. , p . 19.

31. Cfr . Foucaul t , M. , Nietzsche, Freud, Marx, Paris, Minui t , 1965,Ca h i e r s de Roya um ont . Ph i l osoph i e , 7 ( t r a d . ca s t . : Ba rc e l ona , Ana gra m a ,1970, 58 pp. , p. 32).

32. Foucaul t , M. , «Nietzsche, la Genealogie , l 'Histoi re», en Hommageà Jean Hyppolite, Paris, PUF, 1971, pp. 145-172 ( t rad. cast . en: Microfisi-ca del poder, o.e . , p . 12). Cabría efectuar asimismo el anál isis del términoErfindung ( i nve nc i ón) que m a rc a sus d i s t a nc i a s t a m bi é n r e spe c t o Urs-prung.

33 . Ibid., t rad. , p . 15.34. Fou caul t , M. , «Curso del 7 de ener o de 1976», en Microfísica del

poder, o.e., p. 131.

10 0 101

lán, U. Mursia & C„ 1969 ( t rad. cast . : Barcelona, Anagrama, 1969, 131pp. , p. 74).

38 . Fouc a u l t , M. , L'archéologie du savoir, o.e . , p . 221 ( t rad. , p . 285).39 . Ibid., p. 269 ( t rad. , p . 346).40 . Fouc a u l t , M. , «Que s t i ons à Mi c he l Fouc a u l t à p ropos de l a Gé o-

g ra ph i e » , Herodote, 1, primer t r imestre (1976), 71-85 ( t rad. cast . : «Pre-gun t a s a M. Fouc a u l t sob re l a ge ogra f í a » , e n Microfísica del poder, o.e . ,p. 113).

41 . De sc om be s , V. , Le même et l'autre. Quarante-cinq ans de Philoso-phie française (1933-1978), Paris, Minui t , 1979, 224 pp. , p. 132.

42. Fou caul t , M . , Entrevis ta en la O RTF, reprod ucid a en IM Quinzai-ne Littéraire, 46 (1968). (Clr . Piaget , J., El estructuralismo, Ba rc e l ona ,Oikos-Tau, 1974, 166 pp. , p. 155. )

43 . J. Prous t v B . Ba l a n , «E n t re t i e ns su r Fouc a u l t » ( se gunda e n t r e -vista) , La Pensée, 137, febrero (1968), 25 ( t rad. cast . en: «Coloquio sobreLas palabras v las cosas», en Análisis de Michel Fouc ault, o .e., p. 187). Enc a r t a de M. Fouc a u l t a J. Prous t ha c e suya s e n c i e r t o m odo l a s a f i rm a -c i one s de é s t e , se ña l a ndo a l r e spe c t o : «T us obse rva c i one s m e ha n a pa s i o -nado», en «Let t re à J. Prous t : À p ropo s de s "E n t re t i e ns su r M i c he l Fou-

caul t"», IM Pensée, 139 (1968), pp. 114-117 ( t rad. cast . en: Análisis deMichel Foucault, o.e . , p . 209).

44. Foucaul t , M. , Sun'eiller et punir, Paris, Gal l imard, 1975, 318 pp. ,pp. 162-163 ( t rad. 3." ed. , Madrid, Siglo XXI, 1978, 336 pp. , p. 165).

45. Desco mbes , V. , o.e . , p . 135.46. Lecourt , D. , Pour une critique de l'épistémologie. (Bachelard , Can -

guilhem, Foucault), o.e., p. 101 (trad., p. 100).47. Cfr . Varela , Jul ia y Álvarez-Uría , Fern and o, «F oucau l t frente a

Ma rx» , Tiempo de Historia, 34 , se p t i e m bre (1977) , 92 .48. Foucaul t , M. , «Quest ions à Michel Foucaul t à propos de la Géo-

graphie», a .c . , 71-85 ( t rad. , pp. 122-123).49. Varela , Jul ia y Álvarez-Uría , Fernando, a .c . , 93.50. Foucaul t , M. , «Véri té e t pouvoir», a .c . , t rad. , p . 181.

51. Foucaul t , M. , «Quest ions à Michel Foucaul t à propos de la Géo-graphie», a .c . , t rad. , pp. 117-118.52. Varela , Jul ia y Álvarez-Uría , Fernando, a .c . , 97.53. Cacciari , Massimo, «Poder, teoría y deseo», El Viejo Topo, 29 ,

febrero (1979), 24.54. Revaul t D'Allonnes, O. , «Michel Foucaul t : Les mots contre les

c hose s» , Raison Présente, 2, febrero-abri l (1967) ( t rad. cast . en: Análisisde Michel Foucault, o.e . , p . 47).

55. Cot ten, J. -P. , «La véri té en procès (à pro pos de quelq ues page s deFouc a u l t )» , La Pensée, 202 , nov i e m bre -d i c i e m bre (1978) , 83 .

56. Foucaul t , M. , «Entre t ien sur la prison: le l ivre e t sa méthode»

(Doss i e r Mi c he l Fouc a u l t ) , Le Magazine Littéraire, 101, jun io (1975), 33(t rad. cast , en: Microfísica del poder, o.c., p. 100).

57. Varela , 1. y Alvarez-l i r ia , F. , a .c . , 96.58. Rel ia , Franco, Il mito dell'altro. Lacan, Deleuze, Foucault, Mi l á n ,

Fel t r inel l i , 1978, 67 pp. , p. 66.

1

E L S AB E R Y LA VE R DAD:



59. Varela , J. y Álvarez-Uría , F. , a .c . , 103.60. Cot ten, J. -P. , a .c . , 83.61. Foucaul t , M. , «Nietzsche, la Généalogie , l 'Histoi re», a .c . , t rad. ,

p. 29.62. Kremer Marie t t i , A. , Foucault et l'archéologie du savoir, Pa r i s ,

Seghers, 1974, 244 pp. , p. 7, y Foucaul t , M. ,A verdade e as formas jurídi-cas, o.c . , t rad. , p . 172.

63. Fouca ul t , M. , en: Carus o, P. , o .c . , y en Fouca ul t , M. , «E ntre t iensur la prison: Le l ivre e t sa méthode», a .c . , 33 ( t rad. , p . 101).

64. Foucaul t , M. , L'archéologie du savoir, o.c . , p . 183 ( t rad. , p . 235).65 . Cf r . Dre yfus , H. y Ra b i now, P . , Michel Foucault. Beyond Structu-

ralism and Hermeneutics (con un epí lo go de M. Fou caul t ) , 2 ." éd. , Chica-go, The Universi ty of Chicago Press, 1983, pp. 102 ss.

66 . Ibid., p. 1 24 .

14 6

E l p o d e r g e n e r a s a b e r

Si l ue se p re t e nc i oso , pondr í a c om o t í t u -, lo general de lo que hago: genealo gía de la

m ora l .1

Estab lec idas , s i b ien de modo inc ip ien te , l a s cond ic io -nes de enunc iac ión necesa r ias , no nos res i s t imos a seña-l a r s i q u i e r a m í n i m a m e n t e l o s f a c t o r e s d e s e n c a d e n a n t e sde lo que será la «nueva acti tud» de Foucault y a asomar-nos a lo que el espacio abierto da de sí . Ya en otro lugar,«la topografía» es diferente.

Su lectura de la lección inaugural en el Collège

de France e l 2 de d ic iembre de 1970 ,2

con ocas ión de sutoma de poses ión de la cá tedra ocupada con an te r io r idadpor Jean Hyppol i te (His to i re des Sys tèmes de Pensée) ,mues t ra has ta qué pun to la p rop ia d inámica de l d i scursode Foucau l t y l a s impl icac iones de su pensamien to abrenuna perspec t iva «espec ia l» —a la que ya a lud imos con an-te r io r idad—: «En toda soc iedad , l a p roducc ión de l d i scur -so es tá a l a vez con t ro lada , se lecc ionada y red is t r ibu idapor un c ie r to número de p roced imien tos que t i enen por

114 146

func ión conjura r los pode re s y pe l igros , domina r e l a con-t ec imiento a l ea tor io y e squiva r su pesada ma te r i a l idad». 3

Aún e l p l anteamiento pre senta s e r i a s l agunas , pe ro s induda se ha produc ido un desplazamiento . La r e spues ta e s

enunc iac ión pa ra p lantea r e l problema de l s abe r y de l po-de r . S in t r a t a r de e s t ablece r una ruptura con su l abor pre -c e de n t e — c om o ya ve n i m os s e ña l a ndo— no c a be i gno r a rl a emergenc ia de un di scur so en c i e r to s ent ido «nuevo».



t odavía inadecuada , pe ro l a pregunta e s ya l egí t ima ( l aa r t i culac ión de los hechos de l d i scur so sobre los mecani s -mos de pode r ) . Se expre sa de e s t e modo e l c a rác te r de«transic ión» a l que responde e l texto:

«Has ta e se momento me pa rece que aceptaba l a con-cepc ión t r adic iona l de l pode r , e l pode r como mecani smoesencia lmente jur ídico, lo que dice la ley, lo que prohibe ,lo que dice no, con toda una le tanía de efectos negat ivos:exc lus ión, r echazo, ba r r e ra , negac iones , ocul t ac iones , e t c .Ahora b ien , cons ide ro inadecuada e s t a concepc ión [ . . . ] .De modo que abandona r í a gus toso todo aque l lo que en e l"Orden de l d i scur so" puede pre senta r l a s r e l ac iones depode r y e l d i s cur so como mecani smos nega t ivos de r a r e -f acc ión.» 4

El año 1970 encuent r a a Foucaul t en unas condic iones

teór i camente expec tante s . Bas te s eña la r que L'archéologiedu savoir (1969) no había s ent ido aún e l impac to de lMayo de 1968 —la «conte s t a t ion» ya no se rá unidi r ecc io-na l , s ino puntua l— y t enía ba s t ante con a f ronta r l a ava -l ancha de t extos que desencadenó Les muís et les choses(1966) . La l ec tura s i s t emá t i ca de Nie tz sche (1964-1968)convul s iona sus p lanteamientos más a l l á de l a i r rupc iónexi tosa de l a pa labra ' «genea logía». Por o t r a pa r t e , su pa r -t i c ipac ión junto a P . Vida l -Naque t y J .M. Domenach, en l af unda c i ón de l G I P ( G r upo de I n f o r m a c i ón de P r i s i one s )expresa y a la par incide en la plur i f icación de los márge-

nes (da r l a pa labra a l d i s cur so se rá ahora da r l a a un di s -cur so de f in ido) .

Se r e in ic i a de e s t e modo un proceso que culmina rá en1975 con l a publ i cac ión de Surveiller et punir. La pe r spec -t iva abie r t a por l a pregunta : «¿Qué hay de pe l igroso en e lhecho de que l a s gente s hablen y de que sus d i scur sosp r o l i f e r e n i nde f i n i da m e n t e ? » 5 conduc i r á , a lo l a rgo dec inco años de un t r aba jo minuc ioso, s e r io y , en pr inc ipio ,poco e spec tacula r , a l a conqui s t a de l a s condic iones de

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En e s t e contexto cabe entende r que Miche l Foucaul t de -c lare de Surveiller et punir, «es mi pr imer l ibro». 6

Sin t ra tar de sacar excesivas consecuencias de ta l af i r -mac ión, no cabe ignora r que , en a lguna medida , su publ i -

cac ión «reedi t a» todo lo e sc r i to ha s t a entonces por Fou-caul t , desde la perspect iva ofrecida por los logros del mi-nuc ioso —y en equipo— 7 t rabajo del Collège. De ahí quese haya seña lado que , s i en su momento fue cons ide rada«L'archéologie du savoir como un e j e rc i c io de r e l ec tura desus t res textos anter iores , Surveiller et punir es , en unapa r t e impor tante [ . . . ] , un e j e r c i c io de r ee sc r i tura». 8

Previamente , l a s confe renc ia s d ic t adas en mayo de1973 en l a Pont i f i c i a Unive r s idade Ca tól i ca do Rio de Ja -ne i ro 9 conf iguran lo que vendr í a a cons t i tu i r un autént i co«bor rador» de Surveiller et punir. La inf luenc ia c l a r a de

Anti-Oedipe de De leuze y Gua t t a r i s e mani f i e s t a en unalectura en c lave his tór ica del poder-saber ( lo que psico-ana l í t i c amente e r a l e ído en t é rminos de deseo-na tura leza )y marca l a pauta de lo que ya se rá l a «dedicac ión de Fou-caul t» .

Ha s ido prec i sa e s t a contextua l i zac ión pa ra compren-de r en qué medida e l t ema de l pode r v iene a «sorprende r»a l propio M. Foucaul t de sde l a supe r f i c i e misma de sudi scur so , que acaba por «apa recé r se le» como un «conjun-to de e s t r a t egia s que forman pa r t e de l a s prác t i ca s soc ia -

les».10

Y es ahora cuando l a l e cc ión de Nie tz sche conducenuevamente a l a pé rdida de c i e r t a s « ingenuidades», a lcons ide ra r e l conoc imiento como una c i e r t a r e l ac ión a s i -mismo e s t r a t égica y polémica . Dicho conoc imiento , como«e fec to de una ba ta l l a» , prepa ra l a pe r spec t iva desde l acua l aborda r t eór i camente «e l problema de l a formac iónde de te rminados dominios de sabe r a pa r t i r de r e l ac ionesde fue rza y r e l ac iones pol í t i c a s en l a soc iedad» que «nose rán un ve lo o un obs táculo pa ra e l su je to de conoc i -

miento , s ino aque l lo a t r avés de lo cua l s e forman los su-j e tos de conoc imiento y , en consecuenc ia , l a s r e l ac ionesde ve rdad».1 1

En esta perspect iva se s i túa Surveiller et punir a fin demos t r a r ha s t a qué punto , «ba jo e l conoc imiento de los

reor i enta e s t a ante r ior d i spos ic ión. «Las prác t i ca s puni t i -va s s e han vue l to públ i ca s , no toca r ya e l cue rpo o lomenos pos ible en todo ca so, y e so pa ra he r i r en é l , a lgoque no e s e l cue rpo mismo [ . . . ] . El ca s t igo ha pasado de



hombres y ba jo l a humanidad de los ca s t igos , s e r eencuen-tran un c ier to asedio disc ipl inar io de los cuerpos , una for-ma mixto de sumis ión y obje t ivac ión, un mismo pode r - sa -

be r» .

12

El «pretencioso» —posible— t í tulo general con e lque in i c i amos e l apa r t ado queda conc re tado con un nuevorostro: «¿Puede hacerse la genealogía de la moral modernaa par t i r de una his tor ia pol í t ica de los cuerpos?». 13

C onv i e ne s e ña l a r de s de un p r i m e r m om e n t o que c a r e -ce r í a de s ent ido pa ra Foucaul t pensa r que en nues t r a so-c iedad e l pode r ha negado e l cue rpo en f avor de l a e spi r i -tua l idad, de l a lma , de l a conc ienc ia . En e fec to , nada másmater ia l y más f ís ico que e l e jerc ic io del poder .

El cue rpo se pre senta como obje to y b lanco de l pode r .Pero no se le t ra ta en masa, como s i fuera una unidadindisoluble , s ino que se t rabaja en sus par tes , se e jerce so-bre é l una coerción débi l y se aseguran presas a l nivel mis-mo de los movimientos , gestos , ac t i tudes , rapidez , e tc . Enuna pa labra , pode r inf in i t e s ima l sobre un cue rpo ac t ivo.

Es te cont rol sobre e l cue rpo a t r avie sa , s in embargo,una s e r i e de m om e n t os y a dop t a un c on j un t o de a p t i t ude sy formas encaminadas a of r ece r un r e sul t ado sut i l en e lque paula t inamente desapa rece , no ya e l de tentador de lpode r , s ino inc luso e l agente mismo, en un r ecor r ido queculmina rá en e l encuent ro e ident i f i cac ión en e l propio«luga r -cue rpo» de l cont rolador y cont rolado.

El e j e r c i c io de l pode r sobre e l cue rpo no ha seguidolos mismos medios n i ha pre t endido los mismos obje t ivosa lo l a rgo de l a s d i s t in t a s épocas . Es te de splazamiento deobje to y e s t a s modi f i cac iones s e ven c l a r amente e j empl i f i -cadas en e l aná l i s i s de l proceso pena l . S i examinamos l a sprác t i ca s puni t iva s ante r iore s a l s ig lo xvi l l , nos apa rece e lcue rpo f í s i co como blanco absoluto de l a r epre s ión pe -na l . La tor tura , e l supl i c io y l a mue r t e son l a s formas f r e -cuente s de ca s t igo. Sin embargo, l a pena l idad mode rna

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un a r t e de l a s s ensac iones insopor t able s a una economíade los de rechos suspendidos . Como e fec to de e s t a nuevac i r cunspecc ión, un e j é r c i to ente ro de t écnicos ha venido are l eva r a l ve rdugo, ana tomis ta inmedia to de l suf r imiento:

los vigi lantes , los médicos , los capel lanes , los ps iquia tras ,los ps icólogos.» 14

Con e l lo , l a pena l idad mode rna busca una mayor hu-manidad en los ca s t igos , ba jo l a cua l s e encuent r a c i e r todominio d i sc ip l ina r io de los cue rpos , una forma mixta deconoc imiento y obje t ivac ión. Y e l modo e spec í f i co de su-j e t a r a los hombres da luga r a l nac imiento de l hombrecomo obje to de l s abe r con e s t a tu to c i ent í f i co .

De e s t e modo, «e s t a s modi f i cac iones van acompaña -das de un desplazamiento en e l obje to mismo de l a ope ra -c ión puni t iva . ¿Disminuc ión de in t ens idad? Quizá . Cam-

bio de obje t ivo indudab lemen te . . . A la expiación qu e cau saes t r agos en e l cue rpo debe sucede r un ca s t igo que ac túeen profundidad sobre e l corazón, e l pensamiento , l a vo-luntad, l a s d i spos ic iones». 1 5

R e a l m e n t e l o que ha oc u r r i do ha s i do un c a m bi o del o s p r oc e d i m i e n t o s pun i t i vos po r una t é c n i c a pe n i t e nc i a -r i a , e s de c i r , po r p r oc e d i m i e n t o s d i s c i p l i na r i o s . E s t o spe r m i t e n una c oa c c i ón i n i n t e r r um pi da , c ons t a n t e , unc on t r o l m i nuc i o s o de l a s ope r a c i one s de l c ue r po y l e i m -pone n una r e l a c i ón de doc i l i da d - u t i l i da d . Son una m u l t i -p l i c i da d de p r oc e s os . T é c n i c a s m i nuc i o s a s s i e m pr e ; c on

f r e c ue nc i a , í n f i m a s ; pe r o que t i e ne n s u i m por t a nc i a ,pue s t o que de f i ne n c i e r t o m odo de a ds c r i pc i ón po l í t i c a yde t a l l a da de l c ue r po , una m i c r o f í s i c a de l pode r nue va .Pe que ños a r d i de s do t a dos de un g r a n pode r de d i f u s i ón ,a c ond i c i ona m i e n t o s s u t i l e s , de a pa r i e nc i a i noc e n t e pe r oe n e x t r e m o s os pe c hos os , d i s pos i t i vos que obe de c e n a i n -c on f e s a b l e s e c onom í a s , o que pe r s i gue n c oe r c i one s s i ng r a nde z a , s on , s i n e m ba r go , l o s que ha n p r ovoc a do l am u t a c i ón de l r é g i m e n pun i t i vo e n e l um br a l de l a é poc a

c o n t e m p o r á n e a . . . L a d i s c i p l i n a e s u n a a n a t o m o p o l í t i c ade l de ta l le . ' 6

La genealogía se consti tuye así como una tecnologíapolí t ica, como fís ica y microfísica del poder; es , en ese

1 7

a se r pa r te de la soc iedad ; su imagen inver t ida , una ima-gen t rans formada en amenaza . As í , mien t ras aqué l la sel ibera de ser tal ya que se asemeja al resto de dichas inst i-tuc iones , a l mismo t iempo las absue lve porque se p resen-



sen t ido , «ana tomía» de d icho poder . Cobra vigencia cone l lo l a conf igurac ión de un « t ra tamien to» respec to a lcuerpo social , económico y polí t ico, cuya «función será yano cast igar las infracciones de los individuos, s ino corre-

gir sus vir tualidades».1 8

La «mirada» —aquella mirada cl í-nica— es ahora «panóptica»; «Ojo perfecto al cual nadase sustrae y centro hacia el cual están vueltas todas lasm i r a d a s » .1 9 Se construye a su través todo un espacio de«or toped ia soc ia l» . E l panópt ico p roduce una perspec t ivaoriginal . Ya no hay indagación, s ino vigilancia permanen-te por quien detenta un poder, que, al ejercerlo, «t iene laposibil idad no sólo de vigilar , s ino también de construirun saber sobre aquéllos a los que vigila». 20

Pero poco a poco la vigilancia en su versión f ís ica, in-media ta , p ie rde p rogres ivamente e l e spac io en las ins t i tu -

c iones de con t ro l . Ha de jado paso a l a v i s ión media t izadapor la palabra, a la observación simbólica a través del dis-curso técnico. «Esta simbolización de la vigilancia, sust i-tución del vigilante por su representación, t iene dos efec-tos inmedia tos que se pe rc iben ya en e l panópt ico : E lprimero es el de escamotear el vigilante a los ojos del vigi-lado . E l segundo permi te que e l v ig i lan te , una vez s imbo-lizado, se instale en la conciencia del vigilado.» 2 '

Ya no es una persona , s ino una p resenc ia t en tacu la r .El espacio «vigilado» lo es también de trabajo, de instruc-ción, de ocio, de afectos. No sólo observa, s ino que provo-

ca : su r te e fec tos .Es , además , una mirada s in o jo . Ya no se rá una mira -da que recluye, como la del s iglo XVIII , dir igida esencial-men te a exc lu i r a los marg ina les o re fo rza r l a marg ina l i -dad. Será una mirada de secuestro —la del s iglo XIX—cuya f ina l idad es l a inc lus ión y la normal izac ión . 2 2

Es ahora cuando se comprende e l ca rác te r s imból ico ,e jempla r , de todas es tas ins t i tuc iones de secues t ro c rea -das en el s iglo XIX. Y es asimismo cuando la prisión pasa

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t a ún icamente para qu ienes comet ie ron una fa l ta . De es temodo , l a p r i s ión se inc luye de hecho en la p i rámide delos panopt i smos soc ia les .

Aque l poder que rec lu ía , ahora secues t ra . . . normal iza .

Su p resenc ia en una red de ins t i tuc iones le o to rga unaconf igurac ión cap i la r , mic roscóp ica . . . ; cuya e f icac ia —nosólo polí t ica— es tal que hace del t iempo y el cuerpo delos hombres fue rza p roduc t iva . En es te sen t ido , pa ra quehaya plus-ganancias se precisa un subpoder; éste , al en-t ra r en func ionamien to , p rovoca e l nac imien to de una se -r ie de saberes —saber de l ind iv iduo , de la normal izac ión ,saber cor rec t ivo—. Es tos saberes y es tos poderes es tánf i rmemente a r ra igados , no só lo en la ex i s tenc ia de loshombres , s ino también en la re lac iones de p roducc ión . 2 3

Con e l lo se mani f ies ta en qué medida «un modo espe-

c í f ico de su jec ión ha pod ido dar nac imien to a l hombrecomo ob je to de saber pa ra un d i scurso con es ta tu to c ien-t íf ico».24 Más concre tamente se es tab lece en qué medidala aprop iac ión po l í t i ca de los cuerpos por un s i s tema d i s -ciplinario es previa a su uti l ización económica. Así , «elcuerpo no deviene fuerza úti l más que si es a la vez cuer-po p roduc t ivo y cuerpo somet ido» . 2 5

Y es ahora cuando e l p rob lema queda cen t rado en sudimensión «posit iva»; «la historia de la penalidad, del en-ca rce lamien to , e s mucho menos una h i s to r ia de l cas t igoque la del saber sob re el hom bre» .26

La his tor ia po l í t ica de los cuerpos

La h is to r ia de l saber es fundamenta lmente la h i s to r iade la conf igurac ión de unos espac ios de loca l izac ión yverba l izac ión . Incorporada ya la mi rada , e l panópt ico so -mos , sobre todo , noso t ros mismos . Par t imos de la a l i ena-c ión como s i tuac ión o r ig inar ia . Luego , descubr imos la en-

f e rmedad y , en ú l t imo t é rmino, de f in imos a l anorma l . Elhombre se encuent r a en condic iones que supr imen e fec t i -vamente su l ibe r t ad y que lo a i s l an , poniendo cont inua -mente en conf l i c to su idea como a lgo uni t a r io , a l s i tua r loen una soc iedad no hecha a l a medida de l hombre r ea l ,

l o idént i co . La s inrazón e s a l mismo t i empo e l mismomundo y e l mundo mismo, s epa rado de é l só lo por l ade lgada supe r f i c i e de l a pantomima ; sus pode re s no sonya de desplazamiento; ya no t i ene e l don de hace r surgi r



abs t r ac ta en r e l ac ión a l hombre conc re to . El enfe rmomental es la apoteosis de ese confl ic to. «Si se ha hecho dela a l i enac ión ps i cológica l a consecuenc ia ú l t ima de l a en-

f e rmedad e s pa ra no ve r l a enfe rmedad en lo que r ea l -mente e s : l a consecuenc ia de l a s condic iones soc ia l e s enla s que e l hombre e s t á h i s tór i camente a l i enado.» 2 7

Desde e s t a pe r spec t iva , pa ra Foucaul t l a enfe rmedades tá cons t i tu ida por l a misma t r ama func iona l que l aadaptac ión norma l , hac iendo pos ible lo anorma l y funda -mentándolo . «Por lo t anto , t r a t a r de de f in i r l a enfe rmedada pa r t i r de una di s t r ibuc ión de lo norma l y lo anorma l e sinve r t i r l os t é rminos de l problema : e s hace r una condi -c ión de una consecuenc ia , con l a f ina l idad, s in duda im-pl í c i t a , de ocul t a r l a a l i enac ión como ve rdade ra condic ión

de l a enfe rmedad.»

2 8

Queda c l a ro , por t anto , que debemos encont r a r l a cau-sa pr imera de d icha enfe rmedad en un conf l i c to de l me-dio humano y que lo más ca rac te r í s t i co de e l l a e s s e r pre -c i samente una r eacc ión de de fensa gene ra l i zada ante e seconf l i c to . Por e l lo , no hay curac ión pos ible cuando sei r r ea l i zan l a s r e l ac iones de l individuo y su medio; sólo e scurac ión l a que produce nuevas r e l ac iones con t a l medio .Que re r de s l iga r lo de sus condic iones de exi s t enc ia e s de -sea r mantene r lo en su condic ión de a l i enado.

En e s t a misma medida , no sólo todos somos enfe r -mos , s ino que t a l vez se r eproduce , s e expre sa , un idént i -co proceso a l de l a s inrazón. «La locura formará pa r t e enlo suces ivo de nues t r a r e l ac ión con los o t ros y con noso-t r o s m i s m os , de l m i s m o m odo que e l o r de n p s i qu i á t r i c oa t r avie sa nues t r a s condic iones cot id ianas de exi s t enc ia .»

L a s i n r a z ón no s e e nc ue n t r a ya c om o p r e s e nc i a f u r t i vade l o t ro mundo, s ino aquí , en l a t r anscendenc ia nac ientede todo ac to de expre s ión. «Ya no l l eva e sos ros t ros ext r a -ños [ . . . ] s ino l a másca ra inpre sc indible de lo f ami l i a r y de

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l o que e s r adica lmente ext r año, s ino de hace r g i r a r a lmundo en e l c í r culo de l mismo.» 3 0

Si s e t r a t a de r ea l i za r l a a rqueología de l a enfe rmedad,e l momento en e l cua l «e l ma l» , « lo cont r ana tura», « l a

muer te» . . . t odo e se fondo negro que emerge a l a luz , e l lose e f ec túa en e l e spac io profundo, v i s ib le y sól ido, c e r r adope ro acces ib le de l cue rpo humano. As í , « l a enfe rmedad. . .s e hace apa rente en e l cue rpo. Al l í encuent r a un e spac iocuya conf igurac ión e s de l todo di f e rente : e s é s t e , conc re -to, de la percepción. Sus leyes def inen la forma vis ibleque toma e l ma l en e l organi smo enfe rmo: l a mane ra enla cua l s e r epa r t e , s e mani f i e s t a , progre sa , a l t e r ando lossól idos , l os movimientos o l a s func iones , provoca l e s ionesvis ibles en la autopsia , suel ta en un punto u otro e l juegode los s ín tomas , provoca r eacc iones , y con e l lo s e or i enta

hacia un resul tado fa ta l y favorable . Se t ra ta de es tas f igu-r a s comple ta s y de r ivadas por l a s cua le s l a e senc ia de l aenfe rmedad. . . s e a r t i cula en e l volumen e speso y densode l organi smo y toma cue rpo en é l» . 31

La mi rada de l médico no se ha d i r ig ido in i c i a lmente ae se cue rpo conc re to , a e sa p leni tud pos i t iva que e s t á f r en-te a é l , s ino a intervalos de natura leza , a lagunas y dis tan-c ia s . Con e l los e l abora un cuadro y l e da cue rpo.

Es to expl i ca e l que «pa ra nues t ros o jos ya gas tados e lcue rpo deáne , por de recho de na tura leza , e l e spac io deor igen y l a r epa r t i c ión de l a enfe rmedad: e spac io cuyas

l íneas , cuyos volúmenes , supe r f i c i e s y caminos e s t án f i j a -dos , s egún una geome t r í a ahora f ami l i a r , por e l a t l a s ana -tómico. Es te orden de l cue rpo sól ido y v i s ib le no e s , s ine m ba r go , m á s que una de l a s m a ne r a s pa r a l a m e d i c i nade e spac ia l i za r l a enfe rmedad. Ni l a pr imera indudable -m e n t e , n i l a m á s f unda m e n t a l » . 3 2

De es t e modo l a mi rada no e s ya r educ tora , s ino fun-dadora de l individuo en su ca l idad i r r educ t ib le . Por e so e spos ible organiza r a l r ededor de é l un l engua je r ac iona l .

« E m p a r e j a m i e n t o s i m p l e , s i n c o n c e p t o , d e u n a m i r a d a yde un ro s t ro , de una o jeada y de un cue rpo mudo , e spec iede con tac to p rev io a todo d iscu rso l ib re de lo s embarazosde l l engua je , po r e l cua l dos ind iv iduos v ivos e s tán en jau -l a d o s e n u n a s i t u a c i ó n c o m ú n p e r o n o r e c í p r o c a . » 3 3

gión, n i e l m a l , n i l a e n f e r m e d a d , n i l a m u e r t e e n c u e n t r a nya o t ro a s ien to . 3 8 E n el d e s c u b r i m i e n t o q u e d a n p a t e n t e slo s l ími te s de e s te lengua je que se con f i rma como ún icoen la f in i tud de l p rop io cue rpo , que d iscu r re en la con f i r -mac ión de la expe r ienc ia de la ind iv idua l idad v incu lada a



Y aqu í tamb ién , como en e l panóp t ico , l a p rop ia mira -da méd ica v ig i lan te que e spac ia l iza la en fe rmedad en uncue rpo , e s a s imismo espac io de loca l izac ión y con f igu ra -

c ión y , po r tan to , v ig i lada . Vig i lan te , v ig i lado .S e t r a ta de un cuerpo-región en el que las cosas y lasp a l a b r a s n o e s t á n ya — m e j o r , aú n— sepa radas , «a l lá don -de aún se pe r tenecen , a l n ive l de l l engua je» , «espac io llenoen e l hueco de l cua l e l l engua je toma su vo lumen y sum e d i d a » . 3 4 E l c u e r p o restablece así la a l ianza ta l vez ja-más e s tab lec ida . S e nos remi te de e s te modo a un queha -ce r cuas i - inaugu ra l en e l que lo con f igu rado r de un e spa -c io queda en é l con f igu rado , cons t i tuyendo en d icho e s -p a c i o u n c i e r t o m u n d o . E s t a « n u e v a a l i a n z a q u e h a c e ve ry decir» p rop ic ia una sue r te de d i scu rso ingenuo, i n g e n u o ,qu izás , en tan to p re tende dec i r a lgo d is t in to de cuan to e secue rpo como ta l da a l dec i r . Ingenuo , ta l vez , po rquea ten to a l «con ten ido co lo reado de la expe r ienc ia» se l imi-ta a «decir lo que se ve». 35 P e r o i n g e n u o , a s i m i s m o , c o ntodo e l a lcance inaugu ra l de una a l ianza in tensa y densa ,«como s i se t r a ta ra de un reg reso a una mirada a l f inm a t i n a l » ;36 con exp res ión de a l ien to he idegge r iano F ou -cau l t t r a ta de mos t ra r que nos s i tuamos en un n ive l o r ig i -na r io . No se l imi ta a d ichos que d icen lo que se ve , s inoque e s te cue rpo que ab re e l l engua je a todo un domin ionuevo , no só lo pe rpe túa la r e lac ión de lo v i s ib le y de loe n u n c i a b l e , s i n o q u e funda y constituye l a m i s m a e x p e -

riencia, al «dar al de cir lo qu e se ve». 37

Queda con e l lo rec reado todo un ámb i to en la a ten -c ión a ju s tada a l l engua je que ab re e l nuevo domin io . Es e lp r o p i o c u e r p o , e n c i e r t o m o d o ú n i c o , e l q u e p r e t e n d i e n d ose r recog ido y desc r i to en un lengua je e s f ina lmen te des -c u b i e r t o ; y l o q u e e r a u n m e r o i n t e n t o d e f o r m u l a c i ó npasa a se r a l mismo t iempo ges to —ges to de descub r i -mien to—. Ya no hay una noche más a l lá de l cuerpo-re-

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l a m u e r t e . P r e c i s a m e n t e e l « d e s c u b r i m i e n t o i m p l i c a b a as u v e z c o m o c a m p o d e o r i g e n y d e m a n i f e s t a c i ó n d e l ave rdad , e l e spac io d i scu rs ivo de l cadáve r» . 39

P or o t ra pa r te , F oucau l t ana l iza la imbr icac ión de l po -de r de un modo más d ispos i t ivo en La volonté de savoir.w

La pregunta es ahora acerca del sexo: «¿A qué se debe elque se haya cons ide rado como un luga r p r iv i leg iado dondese lee , donde se d ice nuestra verdad profunda? [ . . . ] El sexoha sido s iempre el núcleo donde se anuda, a la vez que eldeven i r de nues t ra e spec ie , nues t ra "ve rdad" de su je to s hu -m a n o s » .41 S e t ra ta rá en conc re to , y según sus p rop ia s pa la -b ra s , de «ana l iza r la fo rmac ión de c ie r to t ipo de sabe r so -b re e l sexo en té rminos de pode r y no de rep res ión o deley»,42 de da r con «e l e squema de la s mod i f icac iones quela s re lac iones de fue rza po r su p rop io juego imp l ican» . 43

Ha hab ido desde su pun to de v i s ta una exho r tac ión ad e c i r l o t o d o , a c o n f e s a r l o , a p r o d u c i r l o . E v i d e n t e m e n t e n on i e g a q u e e l s e x o h a y a s i d o p r o h i b i d o , t a c h a d o , e n m a s c a -r a d o o i g n o r a d o , p e r o s e r í a u n e r r o r c o n s t i t u i r e s e d a t oe n e l e l e m e n t o f u n d a m e n t a l d e s d e e l c u a l e n t e n d e r c u a n t ose ha d icho de l sexo desde la época c lá s ica . Inc lu so lo se l e m e n t o s n e g a t i v o s — r e c h a z o s , c e n s u r a s , p r o h i b i c i o -n e s — , q u e s e r e a g r u p a n e n e l g r a n m e c a n i s m o c e n t r a l d ela h ipó te s i s r ep res iva y que pod r ían conduc i rnos a o to r -g a r l e s u n d e s m e s u r a d o p r o t a g o n i s m o , n o s o n s i n o p i e z a scon un pape l loca l y tác t ico en una técn ica de pode r , enu n a v o l u n t a d d e s a b e r . F o r m a n p a r t e a l m i s m o t i e m p o d eu n a e c o n o m í a c o m p l e j a d o n d e f i g u r a n a l l a d o d e l a s i n c i -tac iones , l a s man i fe s tac iones y la s va lo rac iones .

El sexo se ha convertido en algo que debe ser d icho yd icho exhaus t ivamen te . Los «d iscu rsos sob re e l sexo no sehan mu l t ip l icado fue ra de l pode r o con t ra é l , s ino en e lluga r mismo donde se e je rc ía y como med io de su e je rc i -c io ; en todas pa r te s fue ron p repa radas inc i tac iones a ha -

blar , en todas par tes disposi t ivos para escuchar y regis t rar ,procedimientos pa ra obse rva r , i n t e r roga r y formula r . [ . . . ]Se t ra ta menos de "un" discurso sobre e l sexo que de unamul t ip l i c idad de d i scur sos produc idos por toda una se r i ede equipos que func ionan en ins t i tuc iones d i f e rente s» . 44

bién de ve rdad o f a l s edad; que l a ve rdad de l s exo hayal legado a ser a lgo esencia l , út i l o pel igroso, precioso o te-mible ; en suma , que e l s exo haya s ido cons t i tu ido comoun a apu es ta en e l j uego de l a ve rdad». 4 7

Bas ta lo s eña lado has ta aquí pa ra des t aca r e l c a rác te r



De es t e modo e l proyec to de una genea logía de l a«ciencia del sexo» marca e l carácter , no inhibidor , s inocons t i tu t ivo de e s t e dominio comple jo que e s l a s exua l i -dad. Genea logía en t é rminos pos i t ivos a pa r t i r de l a s inc i -t ac iones , focos , t é cnica s y proce dimie ntos qu e han p e rmi -t ido l a formac ión de e se s abe r . 4 5

En este contexto, Foucaul t señala que e l s iglo xix y e lactual son la edad de la mult ipl icación, de la inci tac ión dehe te rogene idades s exua le s . En e l los s e produce una di s -pe r s ión de l a s s exua l idades y una implantac ión de l a s pe r -ve r s iones . Comienzan a s a l i r a l a luz toda una gama demoda l idades pe r i f é r i ca s , muchas e spec ie s de pequeñospe rve r sos que los ps iquia t r a s entomologizan. Las r a r ezasde l s exo pasan a depende r de l a medic ina y de lo pa toló-gico , y e s de e s t a mane ra como debemos busca r l a s ennues t ro cue rpo, «sorprende r l a s en e l fondo de nues t ro or -gani smo o en l a supe r f i c i e de l a p i e l» . En apa r i enc ia , e s t ef enómeno se t r a t a de un di spos i t ivo de contenc ión, mien-t r a s que en r ea l idad, por medio de é l , e l pode r avanza ,mult ipl ica sus efectos , penetra en lo real y lo subdivide .«La mecánica de l pode r que pe r s igue toda e sa d i spa r idadno pre tende supr imi r l a s ino dándole una r ea l idad ana l í t i -ca , vis ible y permanente: la hunde en los cuerpos , la desl i -za bí i jo las conductas , la convier te en pr incipio de c las if i -cación y de inte l igibi l idad, la const i tuye en razón de ser yorden na tura l de l de sorden. ¿Exc lus ión de l a s mi l s exua l i -

dades abe r r ante s? No. En cambio, e spec i f i cac ión, so l id i f i -cac ión r egiona l de cada una de e l l a s . Al d i semina r l a s s et r a t a de s embra r l a s en lo r ea l mismo y de incorpora r l a s a lindividuo.» 4 6

Mediante e s t e proceso va expl i c i t ándose l a cons t ruc -ción del saber a t ravés de los efectos posi t ivos de es tepode r : «e l s exo no ha s ido únicamente una cues t ión desensac ión y de p lace r , de l ey o de in t e rdicc ión, s ino t am-

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no meramente r eac t ivo de l a s exua l idad r e spec to a un po-de r que in t enta ra domina r l a , s ino que func iona prec i sa -m e n t e c om o uno de l o s e l e m e n t os que , de n t r o de d i c ha s

re l ac iones de pode r , e s t á dotado de mayor ins t rumenta l i -dad: u t i l i z able pa ra e l mayor número de maniobra s y ca -paz de se rvi r de apoyo a l a s más va r i adas e s t r a t egia s . Se -gún l a s propia s pa labra s de Foucaul t , s exua l idad «es e lnombre que se puede da r a un di spos i t ivo hi s tór i co: no auna r ea l idad por deba jo de l a cua l s e e j e r ce r í an d i f í c i l e sapre samientos , s ino una gran r ed de supe r f i c i e , donde l ae s t imulac ión de los p lace re s , l a inc i t ac ión a los d i scur sos ,l a formac ión de conoc imientos , e l r e fue rzo de los cont ro-l e s y r e s i s t enc ia s s e encadenan unos con ot ros s egúngrandes e s t r a t egia s de sabe r y de pode r» . 4 8

Inc luso habr í a de cues t iona r se e sa r ea l idad e t é r ea quees e l sexo, que his tór icamente se forma en e l inter ior deldisposi t ivo de sexual idad. A lo largo del s iglo xtx, y para-l e l amente a l a formac ión de é s t e , vemos e l abora r se l a ideade que exis te a lgo más que los cuerpos , las local izacionessomá t i ca s , l a s func iones , l a s s ensac iones y los p lace re s ,a lgo más y a lgo di f e rente , a lgo dotado de propiedades in-t r ínsecas y leyes propias : e l sexo. «El sexo ha muerto, sumanda to no procede de una impul s ión ins t in t iva r e s iden-t e en l a in t e r ior idad pe r sona l , s ino de una compuls ión so-c ia l r e s idente en l a exte r ior idad impe r sona l .» 4 9

Si rva e s t a expe r i enc ia genea lógica como re fe renc ia apa r t i r de l a cua l de l imi ta r e l procedimiento que Foucaul tpropone pa ra sus t r aba jos , de sde l a pe r spec t iva de que l ahi s tor i a de l a ve rdad no se forma únicamente «en» «o» apar t i r de la his tor ia de las c iencias , s ino que «hay otross i t ios en los que se forma la verdad, a l l í donde se def inenun c i e r to número de r egla s de juego, a pa r t i r de l a s cua le svemos nace r c i e r t a s formas de subje t iv idad, dominios deobje to , t i pos de sabe r» . 5 0

Sería erróneo, por tanto, considerar que la sexual idadno es s ino e l efecto de una ins tancia l lamada sexo. Esprecisamente a t ravés del sexo —el e lemento más especu-la t ivo, más ideal y más inter ior— como el poder organiza

Dicha necesidad teór ica obl iga a cuest ionar los s i -guiente s pos tulados :

1 . Postulado de la propiedad (e l poder ser ía la «propie-



su apode ramiento de los cue rpos , sus fue rza s , sus ene r -gías , sus sensaciones y sus placeres .

L o s po s t u l a do s de l po de r y l a verdad

En el proceso que nos condujo a la Óptica del Panóp-t ico (vigi lancia general izada) , a t ravés de la Mecánica dela Discipl ina (ut i l ización ópt ima de cuerpos y fuerzas) , ala Fis iología de la Normalización (es tablecimiento deun cuerpo de «normas») se vis lumbra la efect ividad de unaspecto esencia l en la obra de Foucaul t : «para mí, loesencia l del t rabajo es una reelaboración de la teor ía delpode r» .51

La pregunta por e l carácter exclusivo de la pr is ión

como lorma de pena l idad 5 2 conf igura un modo de t r aba jobien def inido en Foucaul t : se t ra ta de seguir su his tor iaefect iva (cómo se ha impuesto desde e l exter ior a la teor íay práct ica penal ; cómo ha ofrecido los servic ios de su ma-quina r i a pode rosa y económica a los l ine s de secues t rolaboral que la sociedad necesi ta mantener ; cómo ha cola-borado en l a cons t i tuc ión de un «cue rpo obre ro concen-t r ado, apl i cado, a jus t ado a l t i empo de la producc ión, br in-dando exac tamente l a fue rza r eque r ida») . 53

Es a t ravés de es tos canales y mediante es te t ipo deaná l i s i s como Foucaul t pe r f i l a r á un bosque jo t eór i co cuya

enumerac ión en cue rpo de t e s i s ha s ido s i empre r eac io aof r ece r .5 4 Su elaboración procede, más bien, a t ravés deuna pues ta ent r e pa rénte s i s de los pos tulados pr inc ipa le sde los discursos t radic ionales acerca del poder . Es , antetodo, una epojé de lo tópico. 55

Cabe seña la r de sde un pr imer momento que l a concep-ción foucaul t iana del poder ha s ido producida por una ne-cesidad teór ica de expl icar los fenómenos his tór icos que lasconcepc iones t radic iona le s no pe rmi t í an comprend e r .

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dad» de una c l a se que lo habr í a conqui s t ado) . Foucaul tmuestra , por e l contrar io, que no es as í ni es és ta su pro-cedenc ia . Es menos una propiedad que una e s t r a t egia , ysus efectos no son a tr ibuibles a una apropiación, s ino adi spos ic iones , maniobra s , t á c t i ca s , t é cnica s , func iona -mientos . Se e jerce más que se posee .

Hay una di s t anc ia r e spec to a l a concepc ión marxi s t atradic ional , según la cual e l poder tendr ía actualmente e lpape l de mantene r l a r e l ac iones de producc ión y una do-minación de c lase que favorece su desarrol lo y la apropia-c ión de la fuerza product iva . El poder pol í t ico encontrar íaen la economía la razón pol í t ica e his tór ica de su exis-tencia . El pod er en sum a, es un pr ivi legio adquir ido yconservado por la c lase dominante que lo e jerce sobre laque no lo t iene , en forma de explotación, dominio y pro-

hibic ión. No se duda que efect ivamente las re laciones depoder es tán en ínt ima conexión con las re laciones eco-nómicas y lorman «una especie de haz con e l las», perode e s to no puede deduc i r se una e senc ia económica de lpode r .

Ser ía erróneo, por tanto, considerar que e l poder seconc ibe como una propiedad o un pr iv i l egio de l sobe ranoo un grupo soc ia l —que se posee— y como un f enómenode dominac ión mas iva y homogénea de un individuo so-bre los otros , de un cuerpo sobre los demás, de una c lasesobre e l res to: un poder que se apl ica pura y s implemente

como una obl igac ión o prohibic ión. «Es te nuevo func io-nal ismo no niega c ier tamente la exis tencia de las c lases yde sus luchas , pe ro d ibuja o t ro cuadro , con ot ros pa i sa j e s ,otros personajes , otros procedimientos que aquél los a losque la his tor ia t radic ional , incluso marxis ta , nos habíaacos tumbrado: "puntos innumerable s de enf r entamientos ,hogares de inestabi l idad, con sus r iesgos de confl ic to cadauno, de luchas y de invers ión por lo menos t ransi tor ia delas re laciones de fuerza" , s in analogía ni homología , s in

univoc idad, pe ro con un t ipo or ig ina l de cont inuidad po-s ible . »

Se pe r f i l a de e s t e modo e l pode r como «la mul t ip l i c i -dad de l a s r e l ac iones de fue rza inmanente s y propia s de ldominio en que se e j e r cen, y que son cons t i tu t iva s de su

s imp lemen te con la ins t anc ia de un a ins t i tuc ión o una pa r a t o , p r e c i s a m e n t e po r que e s una f o r m a de pode r , unatecnología que a t r avie sa todo t ipo de apa ra tos e ins t i tu-c iones , pa ra r e l iga r l a s , protege r l a s , hace r l a s conve rge r ,hace r l a s e j e r ce r de un modo nuevo. La di sc ip l ina pene t r a



organizac ión; e l j uego, por medio de luchas y enf r enta -mientos incesante s , l a s t r ans forman, l a s r e fue rzan, l a s in-vie r t e ; l os apoyos que dichas r e l ac iones de fue rza encuen-

t r an l a s unas en l a s o t r a s , de modo que formen cadena os i s t ema , o , a l cont r a r io , l os cor r imientos , l a s cont r adicc io-nes que a is lan a unas de otras ; las es tra tegias , por úl t imo,que las tornan efect ivas , y cuyo dibujo general o cr is ta l i -zac ión ins t i tuc iona l toma forma en los apa ra tos e s t a t a l e s ,en la formulación de la ley, en las hegemonías socia les». 56

2. Postulado de la localización ( e l pode r s e r í a pode r deEs tado, e s t a r í a loca l i zado en un apa ra to de Es tado, ha s t ae l punto de que los pode re s «pr ivados» no t endr í an s inouna apa rente d i spe r s ión) . Foucaul t mues t r a , por e l con-t r a r io , que e l Es tado apa rece inc luso como un e fec to de

conjunto o r e sul t ante de una mul t ip l i c idad de mecani s -mos y focos que se s i túan a un nive l comple tamente d i f e -r ente y que cons t i tuyen por cuenta propia «mic rof í s i cade l pode r» .

Se t r a t a de da r con lo que puede habe r de más «ocul -to» en e s t a s ins t anc ia s «en sus ext r emidades , en sus conf i -nes úl t imos, a l l í donde se vuelve capi lar , de as ir lo en susformas e ins t i tuc iones más r egiona le s , más loca le s , s a l t an-do por enc ima de l a s r egla s de de recho que lo organizany lo de l imi tan». 5 7 Todo e l lo pa ra r ecobra r lo pos te r iormen-te jus to en l a s inf r ae s t ruc tura s económicas y s egui r lo ensus formas no solamente de Es tado, s ino inf r ae s t a t a l e s opa raes ta t a l e s , y r econoce r lo en su juego ma te r i a l . «El po-de r no e s t á loca l i zado en e l apa ra to de Es tado, y nadacambia rá en l a soc iedad s i no se t r ans forman los meca -n i s m os de pode r que f unc i ona n f ue r a de l o s a pa r a t o s deEs tado, por deba jo de e l los , a su l ado, de una mane ram á s m i nuc i o s a , c o t i d i a na . » 5 8

De ahí que Foucaul t subraye que en l a s soc iedadesmode rnas e l c a rác te r d i sc ip l ina r io no puede ident i f i ca r se

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as í en e l «de ta l l e» de l c ampo soc ia l «autonomizándose».El lo compor ta una concepc ión de l e spac io soc ia l t an su-ge rente como l a de los e spac ios f í s i cos o ma temá t i cos ac -

tua le s , l e jos de una loca l i zac ión puntua l .3. Postulado de la subordinación ( e l pode r e nc a r na do

e n un a pa r a t o de E s t a do e s t a r í a s ubo r d i na do a un m odode p r oduc c i ón c om o a una i n f r a e s t r uc t u r a ) . Fouc a u l t , apesa r de cons ide ra r que , e f ec t ivamente , e s pos ible ha l l a rcor r e spondenc ia s más o menos e s t r i c t a s ent r e un modode producc ión que plantea unas neces idades y una se r i ede m e c a n i s m os que s e o f r e c e n c om o s o l uc i ón , s i n e m ba r -go, e s t ima que e s d i f í c i l sos t ene r una de te rminac ión eco-nómica como «úl t ima ins t anc ia» , inc luso dotando a l a su-pe re s t ruc tura de «capac idad de r eacc ión».

Los mecani smos de pode r ac túan ya inc luso desde e l« inte r ior» mismo de los cue rpos , i nf luyendo en todo e lcampo económico, en l a s fue rza s produc t iva s y en l a s r e -l ac iones de producc ión. No t i ene sent ido, por t anto , ha -bla r de l pode r como una mera sobrees t ruc tura . Toda eco-nom í a s upone unos m e c a n i s m os de pode r i nm i s c u i dos e nella.

Se perf i lan una ser ie de caracter ís t icas del poder ta lescomo l a inmanenc ia de su campo ( s in uni f i cac ión t r a s -cendente ) , l a cont inuidad de su l ínea ( s in una cent r a l i za -c ión globa l ) , l a cont inuidad de sus s egmentos ( s in to t a l i -

zación dis t inta) : «espacio ser ia l». Y de ahí que la propues-t a t eór i ca de Foucaul t s ea c l a r a : cons i s t i r í a en abandona re l mode lo de l e spac io p i r amida l t r a scendente por e l de unespac io inmanente hecho de segmentos . Es más bien e labandono de d icho mode lo pe ro en l a imagen de f in i t iva ,por cuanto l a f igura p i r amida l subs i s t e pe ro con una fun-c ión di fusa y r epa r t ida en todas sus supe r f i c i e s .

4 . Postulado del modo de acción ( e l p o d e r o b r a r í a m e -diante r epre s ión e ideología ) . És ta s no son s ino l ími t e s

e x t r e m o s d e l p o d e r q u e e n n i n g ú n m o d o s e c o n t e n t a c o nimpedi r y exc lu i r , o hacer c reer y ocu l t a r . «Hay que cesarde descr ib i r s i empre l os e fec tos de poder en t é rminos ne-ga t i vos : repr ime, rechaza , censura , abs t rae , d i s imula ,ocu l t a . De hecho e l poder p roduce l o rea l ; p roduce ámbi -

t es— que se opone a l a i l ega l i dad —que se def ine por ex-c lus ión—. La revo luc ión se r í a l a implan t ac ión de unanueva l ega l i dad) . Foucau l t subraya , s i n embargo , l a nece-sidad de los «i legal ismos» para la ley, que el la di ferenciaformal i zándolos .



t os de ob j e tos y r i t ua l es de verdad .» 5 9 La t eor í a que def inea l poder en t é rminos nega t i vos supone que l os e fec tos sonh o m o g é n e o s e n c a d a l u g a r d o n d e i n t e r v i e n e , r e p r o d u c i é n -

dose de fo rma aná loga en l as i ns t i t uc iones : l o i den t i f i cacon un curso de l a p roh ib i c ión .

Conviene des t acar , con t odo , l a d i s t anc i a de Foucau l trespec to a l as perspec t i vas que ca l i f i ca de marx i s t a y pa-ramarx i s t a . Se s i en t e a l e j ado de qu i enes p r i v i l eg i an l ai d e o l o g í a s u p o n i é n d o l a s i e m p r e u n s u j e t o h u m a n o c u y omodelo habr í a s i do p roporc ionado por l a f i l osof í a c l ás i cay es t a r í a do t ado de una conc i enc i a en l a que e l poder ven-d r í a a a m p a r a r s e . S u b r a y a , s o b r e t o d o , s u d e s m a r q u e « d elos paramarx i s t as , como Marcuse , que da a l a noc ión derepres ión un pape l exagerado , ya que s i e l poder no t uv i e -

se por func ión más que repr imi r , s i no t raba j ase más quesegún e l modelo de l a censura , de l a exc lus ión , de l os obs-t ácu los , de l a repres ión , a l a manera de un g ran super-ego , s i no se e j e rc i ese más que de una fo rma nega t i va ,se r í a muy f rág i l . S i es fuer t e es deb ido a que p roduceefec tos pos i t i vos en cuan to a l deseo —esto comienza aconocerse— y t ambién a l saber . E l poder , l e j os de es to r -bar e l saber , l o p roduce» . 6 0

Más a l l á de cuan to pud i e ra haber de «a jus t ado» en l ava lorac ión de Foucau l t , conv i ene des t acar l os e fec toscons t ruc t i vos de su p rop io d i scurso : « l as re l ac iones de po-

der , son , por enc ima de t odo , p roduc t i vas» .6 1

Dest acamos es t e aspec to o rgan i zac iona l de l poder , sucapac idad de «produc i r l o rea l» . Foucau l t asoc i a rá e l p ro-ceso en l a soc i edad ac tua l a l a «normal i zac ión» (ese t é r -mino «d i sc ip l i nar io») , que no cabe i den t i f i ca r s i n más conl a repres ión o l a i deo log í a .

5. Postulado de la legalidad (e l poder de Es t ado se ex-presar í a en l a l ey —est ado de paz impues t a a l as fuerzasbru t as , o resu l t ado de una l ucha ganada por l os más fuer -

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Desde su pun to de v i s t a só lo una f i cc ión puede hacercreer que l as l eyes han s i do hechas para se r respe t adas , l apo l i c í a y l os t r i buna l es des t i nados a hacer l as respe t a r .

S ó l o u n a f i c c i ó n t e ó r i c a p u e d e h a c e r c r e e r q u e n o s h e m o ssuscr i t o de una vez por t odas a l as l eyes de l a soc i edad al a q u e p e r t e n e c e m o s . T o d o e l m u n d o s a b e , a s i m i s m o , q u el as l eyes es t án hechas por l os unos e impues t as a l oso t ros . 6 2 Pero para Foucau l t es t o no es aún suf i c i en t e .

Se t ra t a r í a de i r un paso más a l l á y cons iderar que e l« i l ega l i smo» no es un acc iden t e , una imperfecc ión más om e n o s i n e v i t a b l e . E s u n e l e m e n t o a b s o l u t a m e n t e p o s i t i v ode func ionamien to soc i a l cuyo ro l es t á p rev i s t o en l a es -t ra t eg i a genera l de l a soc i edad . Todo d i spos i t i vo l eg i s l a t i -v o h a a c o n d i c i o n a d o e s p a c i o s p r o t e g i d o s y p r o v e c h o s o s

donde l a l ey puede se r v io l ada , o t ros en l os que cabe se ri gnorada , o t ros , en f i n , donde l as i n f racc iones son sanc io-nadas . . . La l ey no es t á hecha para impedi r t a l o cua l com-p o r t a m i e n t o , s i n o p a r a diferenciar l a s m a n e r a s d e e l u d i rd i cha l ey .63

E s d e s d e e s t a p e r s p e c t i v a d e s d e l a q u e c a b e v a l o r a rl os cambios de l a l ey a l o l a rgo de l s i g lo X V H í c o m o u n an u e v a d i s t r i b u c i ó n d e l o s « i l e g a l i s m o s » y n o s o l a m e n t ep o r q u e l a s i n f r a c c i o n e s t i e n d e n a c a m b i a r d e n a t u r a l e z a ,s i n o p o r q u e l o s p o d e r e s d i s c i p l i n a r i o s r e c o r t a n y f o r m a -l i z a n d e o t r o m o d o e s a s i n f r a c c i o n e s , d e f i n i e n d o u n a

m o d a l i d a d o r i g i n a l , d e n o m i n a d a « d e l i n c u e n c i a » , q u ep e r m i t e u n a n u e v a d i f e r e n c i a c i ó n , u n n u e v o c o n t r o l d elos « i l ega l i smos» . La l ey es , por e l l o , más e l e j e rc i c io deuna se r i e de es t ra t eg i as —la guerra y l a es t ra t eg i a mi s-m a — q u e l a d e l i m i t a c i ó n d e l o s r e s u l t a d o s e n u n e s t a d od e p a z .

A t ravés de es t e reco rr i do se abre un nu evo espa c io deexpec t a t i vas aún poco resue l t as y de resu l t ados en c i e r t o

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modo imprevi s ib le s . Pe ro , en cua lquie r ca so , s e de l imi tauna vía de acceso a una se r i e de problemas t eór i cos des ingula r impor tanc ia . La propues ta de Foucaul t s e cent r aen t r e s a spec tos : f r ente a una loca l i zac ión de pode r en e lEs tado y en sus apa ra tos , una mul t ip l i c idad de r e l ac iones

te s , dependiendo de l a pe r sona que emi te e l d i s cur so y e lluga r de sde donde sur j a . Es necesa r io admi t i r un juegocomple jo e ine s t able donde e l d i s cur so puede , a l a vez , s e ri n s t r um e n t o y e f e c t o de pode r , pe r o t a m b i é n obs t á c u l o ,tope , punto de r e s i s t enc ia y pa r t ida pa ra una e s t r a t egia



de fue rza ; f r ente a su subordinac ión a l a ins t anc ia econó-mica , su in t egrac ión en e l modo de producc ión; y , f r entea un pode r que of r ece r í a un nive l de conoc imiento exc lu-

s ivamente ideológico, un pode r que produce lo r ea l , f avo-rece y e s t imula c i e r t a s prác t i ca s .El lo rompe con una t r adic ión: aqué l l a s egún l a cua l

«desde que se toca e l poder se cesa de saber : e l podervuelve loco, los que gobiernan son c iegos . Y sólo aquel losque e s t án a l e j ados de l pode r , que no e s t án en absolutol igados a su t i r anía , que e s t án ence r r ados con su e s tufa ,en su habi t ac ión, con sus medi t ac iones , . . . ; é s tos única -mente pueden descubr i r l a ve rdad». 64 Pero, en cont r a dees ta opinión «humani s t a» , e l e j e r c i c io de l pode r c r ea pe r -pe tuamente s abe r e inve r samente e l s abe r conl l eva e fec tosde pode r . «Ent r e t é cnica s de sabe r y e s t r a t egia s de pode rno exi s t e exte r ior idad a lguna , inc luso s i poseen su propiopape l e spec í f i co y s e a r t i culan una con ot r a , a pa r t i r de sudi f e renc ia .»6 5

Así pues , s i no exis te un saber «desinteresado y l ibre»de exigenc ia s económicas o ideológica s que hubie sen lue -go i m pue s t o a l d i s c u r s o una s de f o r m a c i one s , t a m poc o e ne l o t r o e x t r e m o e nc on t r a r e m os un s a be r t o t a l m e n t e de t e r -minado por e l pode r . En consecuenc ia , e l aná l i s i s de l d i s -cur so no cons i s t e t anto en busca r , r e spec to a un dominiode te rminado, quiénes lo de tentan y quiénes lo padecen,quiénes s aben y quiénes son ignorante s , s ino en «intenta rdesc i f r a r lo , por e l cont r a r io , a t r avés de me tá fora s e spa -c ia l e s , e s t r a t égica s , que pe rmi tan capta r con prec i s ión lospuntos en los que los d i scur sos s e t r ans forman en, a t r a -vés de y a par t i r de las re laciones de poder». 6 6

Pode r y s abe r s e a r t i culan en los d i scur sos , y por e samisma r azón e s prec i so concebi r los como una se r i e desegmentos d i scont inuos cuya func ión t ác t i ca no e s uni for -me ni e s t able , y que pueden ac tua r en e s t r a t egia s d i f e r en-

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opues ta . «El d i scur so t r anspor t a y produce pode r ; l o r e -fue rza pe ro t ambién lo mima , lo expone , lo torna f r ági l ype rmi te de tene r lo .» 67

De ahí que , en los aná l i s i s de d ichos d i scur sos , Fou-caul t pa r t a de lo que denomina focos loca le s de pode r - sa -be r , en los cua le s s e condensan l a s r e l ac iones de fue rza ;se ent r ec ruzan di f e rente s formas de d i scur so y de prác t i -cas ; perf i lando, a t ravés de incesantes f lujos y ref lujos en-t r e e l l a s , de te rminadas formas de some t imiento , a s í comoesquemas e spec í f i cos de conoc imiento .

Ahora b ien , l a cues t ión fundamenta l que subyace ae s t e p lanteamiento e s pone r a l de scubie r to los mecani s -mos que ins t auran y hacen c i r cula r d i scur sos ca l i f i c adosde ve rdade ros —con e fec tos de ve rdad— y vehiculan po-

deres específ icos . Consis t i r ía en ver que «la verdad es tál igada c i r cula rmente a los s i s t emas de pode r que l a pro-ducen y l a mant i enen, y a los e f ec tos de pode r que l aa c o m p a ñ a n » .6 8 Alrededor de t a l ve rdad, entendida comoconjunto de r egla s s egún l a s cua le s s e d i sc r imina lo ve r -dadero de lo fa lso y se l igan a lo verdadero efectos pol í t i -cos de pode r , s e de sa r rol l a un comba te no a su f avor , s inoen r e l ac ión a l e s t a tu to de ve rdad y a l pape l económico-pol í t i co que juega .

El pro blem a ha queda do f inalmente desplaza do hac iaotro enclave: «No consis te ya en desl indar la c iencia de la

ideología , la verdad del error , s ino en conocer las técni-ca s , l os procedimientos , l a s ins t anc ia s y mecani smos quep r oduc e n un de t e r m i na do r e g i s t r o de ve r da d» . 6 9 Y es aho-r a c ua ndo s e c om pr e nde ha s t a qué pun t o l a c ue s t i ón de lpode r convul s iona los p lanteamientos de Foucaul t : «Loque f a l t aba en mi t r aba jo e r a e s t e problema de l r égimendi scur s ivo de los e f ec tos de pode r propios de l juego enun-c ia t ivo . Lo confundía demas iado con l a s i s t ema t i c idad, l aform a t eór i ca o a lgo com o e l pa rad igm a . En el pu nto d e

c o n f l u e n c i a e n t r e La historia de la locura y Las palabras ylas cosas se encon t raba , ba jo dos aspec tos muy d i fe ren tes ,ese p rob lema cen t ra l de l poder que yo hab ía a i s lado muymal» . 70

Al abordar t a l p rob lema todo su t raba jo cobra una d i -

De la epis teme a l d ispos it ivo

Foucau l t no p re tende cons t i tu i r una teor ía de l poderen tend ida como su cons iderac ión a pa r t i r de su su rg i -mien to en un pun to y en un momento dado , lo que ob l i -



mensión «especial». Cabe cuestionarse desde aquí, en de-f ini t iva, el problema de la verdad. Ello exige un «recuer-do» previo: «no es la act ividad del sujeto de conocimiento

la que producir ía un saber út i l o reacio al poder, s ino el"poder-saber", el proceso y las luchas que lo atraviesan ydel que está consti tuido, son los que determinan las for-mas y los domin ios pos ib les de conoc imien to» . 7 1 Los «lí-mi tes» quedan as í f i j ados por l a s p rop ias «pos ib i lidadesde ese "poder-saber"». «Vivimos en una sociedad quemarcha en g ran par te "por l a ve rdad" , qu ie ro dec i r queproduce y pone en c i rcu lac ión d i scursos que cumplenfunc ión de verdad , que pasan por t a l y que enc ie r ran g ra -cias a ello pod eres específ icos. Uno de los pro blem as fun-damenta les de Occ iden te es l a ins taurac ión de d i scursos

"verdaderos" (discursos que, por otra parte , cambian ince-sante me nte) . La histor ia de la "verdad" —del pod er pro-p io de los d i scursos acep tados como verdaderos— es tá to -dav ía por hacer .» 7 2

Y es en esta dirección en la que la cuest ión adopta unaposición de mayor r iqueza, abierta a su vez a una serie dein te r rogan tes que jus t i f i can un aná l i s i s y es tud io pos te -r ior . ¿Qué es el proceso de la verdad una vez rechazadatoda referencia a cualquier «experiencia» sea cual fueresu na tu ra leza? ¿Según qué p roced imien to ( s i s temas de re -g las , conf igurac ión de un saber , e tc . ) son engendradosd iscursos ten idos por ve rdaderos? Suponiendo que tengasen t ido hab la r de d i scursos ve rdaderos , ¿hay una verdadde la escri tura? ¿En el espacio de qué procedimientos, dequé procesos —en el sentido casi jurídico del término—aparece el discurso verdadero?, ¿en el interior de qué r i-tua l?7 3

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garía a hacer su génesis y posterior deducción; ni un lu-gar de te rminado como fuen te de l que emana , n i un senoaglutinante que recogiera el haz de relaciones que de he-

cho es el poder. En aquel sentido, el poder es algo que noexiste .74 Y en és te , cons iderado como un con jun to más omenos coord inado de re lac iones , lo que cabe hacer es noya una teoría que trate de responder a «de dónde viene» y«cómo se manifiesta», s ino otra act ividad que lo haga res-pec to de «cómo func iona» y «cómo se e je rce» .

No es nues t ra in tenc ión ahora p re tender e fec tuar t a lq u e h a c e r ,7 5 s ino más b ien subrayar que la concepc ión de lpoder p lan teada ex ige una se r ie de desp lazamien tos c r í t i -cos que ins tan a p rocura rse una red de aná l i s i s quepermi ta , una vez dado por ob je to de d icho aná l i s i s r e la -ciones de poder y no un poder, una analí t ica de tales re-lac iones , que habrán de se r cap tadas en la d ivers idad des u e n c a d e n a m i e n t o .

Ello implica reconocer que ni ese anális is puede redu-cirse al estudio de una serie de inst i tuciones, ni es sufi-c ien te con concen t ra r se en las g randes es t ra teg ias de po-der —dado que és tas se inc rus tan y encuen t ran sus cond i -c iones de e je rc ic io en micro- re lac iones—, n i con a tendera su hab i tua l fo rma ju r íd ica . S in embargo , t ampoco cabeignora r que esas re lac iones de poder han s ido p rogres iva-mente ag lu t inadas , con t ro ladas , gubernamentadas e inc lu -so cen t ra l izadas ba jo e l con t ro l de ins t i tuc iones es tá t icas .

Pero no só lo e l poder conceb ido como emanac ión deun lugar privi legiado no existe , s ino que la inviabil idad deelaborar una teoría acerca de él procede de la inintel igibi-l idad de toda teor ía que ignore su re lac ión como un con-junto de prácticas culturales específ icas. No siendo así , lateor ía , e fec t ivamente , t ampoco ex is te .

En este sentido se subraya la insuficiencia de ciertoquehacer a rqueo lóg ico . S i , como ya seña lamos , l a s fo rma-

c iones d i s cur s ivas s e in tegran en e l p roces o de des ar ro l loh i s tó r i co de l a s oc iedad , l as p r ác t i cas cu l tu ra les y es t acons iderac ión no foca l de l poder ex igen o t ro modo de ac-c ión que r econozca que e l d i s cur s o fo rma par t e de un es -

t ambién s i empre l igado a unos bornes de l s aber que na-cen de é l , pero as imis mo lo condic ionan . E l d i s pos i t ivo eses to : unas es t r a t eg ias de r e l ac iones de fuerzas s opor tandounos t ipos de s aber y s opor tadas por e l los » .78 En es te s en-t ido puede s er d i s cur s ivo o no d i s cur s ivo .



pect ro más ampl io de p rác t i cas y de poder cuyas r e l ac io-nes s e a r t i cu lan de modos d i f e r en tes .

L a e p i s t e m e q u e s e m o s t r a b a c o m o e s p e c í f i c a m e n t e

d i s cur s iva ha de r ee laborar s e , por t an to , ahora a par t i r deuna cons iderac ión de l a in tegrac ión de l d i s cur s o a l asprác t i cas a l as que a lud imos . Foucau l t emplea en es ta d i -r ecc ión e l t é rmino dispositivo. Si « la verdad no es tá fuerade l poder , n i s in poder» , s i «es tá p roducida g rac ias a múl -t ip les impos ic iones » , s i « t i ene e f ec tos r eg la me ntad os d epoder» , s i «cada s oc iedad t i ene s u r ég imen de verdad , s upol í t i ca genera l de l a verdad» , 76 l a t a r ea a cumpl i r no esin ten tar l iberar l a verdad de l as s upues tas f auces de l po-der , s ino hacer s e cargo de los p rob lemas y concep tos quecons t i tuyen una época para es t ab lecer s u genea log ía apar t i r de un d iagnós t i co .

E l d i s pos i t ivo s e o f r ece como una r ed que t r a t a de es -t ab lecer s e en t r e e l ementos , que no s e de jan r educi r s im-p l e m e n t e a l o d i c h o . E l e m e n t o s q u e c o n f i g u r a n u n c o n -j u n t o h e t e r o g é n e o q u e a b a r c a e f e c t i v a m e n t e n u e v o s d i s -cur s os pero , a s u vez , « ins t i tuc iones , ins ta l ac iones a rqu i -t ec tón icas , dec i s iones r eg lamentar i as , l eyes , medidasadmin i s t r a t ivas , enunciados c ien t í f i cos , p ropos ic iones f i -losóf ica s , mo rales , f i lantrópicas».77 Pero no s e t r a t a s im-p lemente de t a l con jun to , s ino que s e r e f i e r e as imis mo ala na tura leza de l v íncu lo que puede ex i s t i r en t r e es tos e l e -m e n t o s h e t e r o g é n e o s q u e , e n e s a m e d i d a , p u e d e n c a m b i a rd e p o s i c i ó n o m o d i f i c a r s u f u n c i ó n e n u n a s u e r t e d e jue-go . J uego que , en def in i t iva , y és t a es una carac ter i zac ióndeci s iva de l d i s pos i t ivo , es de na tura leza es encia lmenteestratégica, d a d o q u e c o n é l s e p r e t e n d e r e s p o n d e r a u n aurgencia , lo que l l eva a una «manipu lac ión» de es as r e l a -c iones de fuerza a f in de des ar ro l l a r l as , b loquear las , es t a -b i l i zar las . . .; en def in i t iva , u t i l i zar l as . Es ta pos ic ión o im-pera t ivo es t r a t ég ico es l a verdadera mat r i z de l d i s pos i t ivo .És te «s e ha l l a s i empre ins cr i to en un juego de poder , pero

100 101

La l ínea ab ier t a en l a d i r ecc ión de una mos t r ac ión dela t eor í a como uno de los componentes es encia les , a t r a -vés de los cua les l as p r ác t i cas es t ruc turan tes operan , s i túae n s u a u t é n t i c a d i m e n s i ó n e l q u e h a c e r d e l d i s p o s i t i v oc o m o m a n i o b r a t e n d e n t e , a s u v e z , a m a n t e n e r c i e r t a r e -l ac ión de fuerzas , acen tuar l a o ganar ex tens ión . Las lu -c h a s c o n f i g u r a r á n l o q u e s e d e n o m i n a b a « p o l í t i c a g e n e r a lde l a verdad» y v incu larán e l acces o a e l l a con coa l i c ionest r a n s i t o r i a s ; l u c h a s d i r i g i d a s f u n d a m e n t a l m e n t e n o a t a l ocual ins t i tuc ión de l poder , o g rupo , o c l as e o e l i t e , s ino au n a técnica particular, a u n a forma de poder. L u c h a s e n l aq u e l a p r o p i a v e r d a d h a b r á d e f u n c i o n a r q u i z á s c o m o u nelemento de r es i s t enc ia a l poder t ecno lóg ico , 79 a ú n a p e -s ar de haber s uperado Foucaul t l a h ipó tes i s de una ver -

d a d o p u e s t a s i n m á s i n t r í n s e c a m e n t e a l p o d e r . L u c h a st r a n s v e r s a l e s i n m e d i a t a s q u e o p o n e n r e s i s t e n c i a a l o sefec tos de poder l igados a l s aber y a los p r iv i l eg ios deé s t e . L u c h a s q u e p o n e n e n c u e s t i ó n e l e s t a t u t o m i s m o d e lind iv iduo y a f i rman e l derecho a l a d i f e r enc ia .

NOTAS

1. Foucault , M., «Entretien sur la prison: le l ivre et sa méthode», LeMagazine Littéraire (doss ier M. Foucault) , 101, junio (1975), 33 (trad.cas t . en: Microfísica del poder, Madr id , L as E d ic iones de L a P ique ta ,1978, 189 pp. , p. 100).

2 . F oucau l t , M . , L'ordre du discours, P ar i s , Ga l l ima rd , 1971 , 82 pp .( t rad . c a s t . : Ba rce lona , T us que t s , 64 pp . ) .

3. ¡bíd., p. 10 (trad. , p. 11).4 . F oucau l t , M . , «L es rappor t s de pouvo i r pa s s en t à l ' i n t e r i eu r de s

corps» (entrevis ta con L. F inas), La Quinzaine Littéraire, 247, 1-15 deenero (1977), 4-6 (trad. cas t . en: Microfísica delpoder, o.c . , pp. 153-154).

P a ra un encuadre de e s ta época y e s t e deba te , c f r . Morey , M. , Lecturade Foucault, Madr id , T auros , 1983 , 365 pp . . pp . 26 s s .

5. Foucaul t , M. , L'ordre du discours, o.c., p. 10 (trad., p. 11).6 . E n E wa l d , Fra nç o i s , «Ana t om i e e t c o rps po l i t i que s» , Critique, 34 3

(1975), 1.228.7. La publ icación en 1973 de Moi Pierre Rivière, ayant égorgé ma

mère, ma soeur et mon frère, Paris, Gal l imard/Jul l iard, 1973 ( t rad. cast .parcia l en: Barcelona, Tusquets, 1976, 226 pp. ) , y que cont iene la colabo-ración de j .P. Peter y J. Favrer , P. Moul in, B. Barre t -Kriegel , Ph. Riot ,

mard, 1972, 583 pp. , p. 370 ( t rad. cast . : 2 t . , Mexico, FCE, 1976, 576 y413 pp., t. 2: p. 19).

29. Foucaul t , M. , Presentación en: Caste l , R. , El orden psiquiátrico,Madr id, Las Edicione s de La Piqueta , 1980, 343 pp. , p. 10.

30. Foucault, M.,, Maladie mentale et personnalité, o.c . , t rad. , p . 100.31. Foucaul t , M. , Naissance de la clinique. Une archéologie du regard

médical, 4. a éd. , Paris, PUF, 1978, 215 pp. , p. 8 ( t rad. cast . : 4 ." éd. , Mexi-



R. Caste l y A. Fontana, recoge e l t rabajo del seminario de los lunes delcurso 1971-72 y parte del siguiente .

8. Morev, M. , Lectura de Foucault, o.c . , p . 263.9. Foucaul t , M. , A verdade e as formas jurídicas, Ri o de Ja ne i ro , Pon-

t i f ic ia Universidade Catól ica do Rio de Janeiro, 1978 ( t rad. cast . : Barce-lona, Gedisa , 1980, 174 pp. ) .

10. Ibíd., p. 17.11. Ibíd., pp. 31-32.12. Foucaul t , M. , Surveiller et punir. Na issance de la prison, Pa r i s ,

Ga l l i m a rd , 1975 , 318 pp . ( c on t ra por t a da f i rm a da por M. Fouc a u l t ) .13. Ibíd.14. Foucaul t , M. , Surveiller et punir, o.c . , pp. 16-17 ( t rad. cast . : 3 .a

éd. , Madrid, Siglo XXI, 1978, 338 pp. , pp. 18-19).15. Ibíd., p. 22 ( t rad. , p . 24).16. Ibíd., pp. 140-141 (trad., p. 142).17. Cfr . Ewald, F. , «Anatomie e t corps pol i t iques», Critique, 34 3

(1975), 1.236-1.237.

18. Foucaul t , M. , A verdade e as formas jurídicas, o.c., trad., p. 98.19. Foucaul t , M. , Surveiller et punir, o.c., p. 176 (trad., p. 178). Laincidencia del Panópt ico en la configuración del poder por Foucaul t re-sul ta evidente a part i r de sus propios textos. Cfr . p.e . Surveiller el punir,o.c . , p . 201 ( t rad. , p . 203). En cuanto a la importancia de J. Bentham sonsuf i c i e n t e m e n t e s i gn i f i c a t i va s l a s s i gu i e n t e s pa l a b ra s de Fouc a u l t : «Pi dodisculpas a los historiadores de la f i losofía por esta af i rmación pero creoque Be n t ha m e s m á s i m por t a n t e pa ra nue s t r a soc i e da d que Ka n t o He -gel» (A verdade e as formas jurídicas, o.c . , p . 98). Cfr . asimismo Foucaul t ,M. , «El ojo del poder », en B enth am, J. , El panóptico, Ma dr i d , L a s E d i -c iones de La Piqueta , 1979, 145 pp. , pp. 9-26.

20 . Fouc a u l t , M. , A verdade e as formas jurídicas, o.c., trad., p. 100.21 . Mi ra nd a , M. J . , «Be n t ha m e n E spa ña » , e n Be n t ha m , J . ,El panóp-

tico, o.c., p. 132.

22. Foucaul t . , M. , A verdade e as formas jurídicas, o.c . , t rad. , p . 128.23. Cfr . ibíd., t rad. , pp. 135-140.24. Foucaul t , M. , Surveiller et punir. Naissan ce de la prison, o.c . , pp.

28-29 ( t rad. , p . 31).25 . Ibíd., pp. 30-31 ( t rad. , p . 33).26. Revel , Jacques, «Foucaul t e t les historiens» (entrevista) , Le Maga-

zine Littéraire, junio (1975), 12.27 . Fouc a u l t , M. , Maladie m entale et personna lité, Paris, PUF, 1954

(t rad. cast . : Bueno s Aires, Paidós, 1961, 104 pp. , p. 99).28. Foucaul t , M. , Histoire de la folie à l'âge classique, Paris, Gal l i -

10 0 10 1

co, Siglo XXI, 1978, 293 pp. , p. 26).32 . Ibíd., p. 1 ( t rad. , p . 16).33 . Ibíd., p. XI ( t rad. , pp. 8-9) .34 . Ibíd., p. VII ( t rad. , p . 4) .35. Coloreada es curiosamente para Hegel la apariencia del más acá

sensible (Fenomenología del espíritu, p. 113), Naissance de la clinique,o.c . , p . 200 ( t rad. , p . 275).

36 . Ibíd., p. VIII (trad., p. 5).37 . «L a fó rm ul a de de sc r i pc i ón e s a l m i sm o t i e m po ge s t o de de sc u-

b r i m i e n t o» (ibíd., p. 200 [ t rad. , p . 275]) .38. «. . . todo se i lumina a la ve/ , y se suprime como noche, en e l

e spa c i o p ro fundo , v i s i b l e y só l i do , c e r r a do pe ro a c c e s i b l e de l c ue rpo hu-m a n o » (ibíd., p. 199 [ t rad. , p . 274]) .

39 . Ibíd., p. 200 ( l iad. , p . 275).40. Foucaul t , M. , La volonté de savoir. Histoire de la sexualité t, Pa r i s ,

Gal l imard, 1976, 213 pp. ( t rad. cast . : 2 .a éd. , Madrid, Siglo XXI, 1978,194 pp. ) .

41. Morey, M . , «No al sexo rey», en Miguel Morey (éd. ) , Sexo, poder,verdad. Conversaciones con M. Foucault, Barcelona, Materia les, 1978,280 pp. , p. 240.

42. Foucaul t . , M. , La volonté de savoir . Histoire de la sexualité, o.c . ,p. 121.

43 . Ibíd., p. 131.44 . Ibíd., pp. 45-46 ( t rad. , pp. 44-45).45. Foucaul t , M. , «L 'Occident e t la véri té du sexe. Proje t d 'une histoi -

re de la sexualité», Le. Monde, 5 de noviembre (1976), 24.46. Foucaul t , M. , IM volonté de savoir. Histoire de la sexualité I, o.c.,

p. 60 ( t rad. , p . 57).47 . Ibíd., p. 76 ( t rad. , p . 71).48 . Ibíd., p. 139 ( t rad. , p . 129).49. Gi l Calvo, Enrique, «Más a l lá de Foucaul t», El Viejo Topo, 18,

marzo (1978), 58.50. Foucaul t , M. , A verdade e as formas jurídicas, o.c . , t rad. , p . 17.51. Foucaul t , M. , «Les rapports de pouvoir passent à l ' inter ieur des

corps», a .c . , 4-6 ( t rad. , p . 157).52. El curso de 1972/73 del Col lège de France intenta contestar a

e s t a p re gun t a c uya e l a bora c i ón da rá o r i ge n a Surveiller et punir.53 . Fouc a u l t , M. , Cours 1972-1973, Annua i re du Co l l è ge de Fra nc e :

73 a nné e , pp . 255 y 267 .54 . S i n e m ba rgo , e n d i c hos c u r sos Fouc a u l t e num e ra e xp l í c i t a m e n t e

sus postulados. Deleuze los recoge: Deleuze, Gi l les, «Écrivain non: un

n o u v eau car to g r ap h e , à p r o p o s d e Surveiller et punir», Critique, 343, d i-ciembre (1975) , cf r . 1 .208-1 .212.

5 5 . Par t imo s d e l esq u ema d e D eleu ze ( Fo u cau l t ) a f in d e ca r ac te r iza re l mo d o co mo d esd e n u es t r o p u n to d e v is ta cab e en ten d er se e l p o d er enFo u cau l t .

5 6 . Fo u cau l t , M . , La volonté de savoir, Histoire de la sexualité I, o.c. ,pp . 121-122 ( trad . , pp . 112-113) .

tan c ias q u e p er mi ten d is t in g u i r lo s en u n c iad o s v er d ad er o s o f a l so s , l aman er a d e san c io n ar u n o s y o t r o s ; la s técn icas y lo s p r o ced imien to s q u eso n r ev a lo r izad o s p ar a la o b ten c ió n d e la v er d ad ; e l e s ta tu to d e aq u e l lo sen car g ad o s d e d ec i r q u é es lo q u e f u n c io n a co mo v er d ad er o » ( Fo u cau l t ,M., «Verdad y poder» , en Microfísica del poder, o.c. , p . 187) .

7 7 . C f r . « El ju eg o d e M ich e l Fo u cau l t» , en Saber y verdad, o.c. , pp .1 2 8 -1 2 9 , d o n d e se o f r ece es ta ca r ac te r izac ió n d e l dispositivo.



57. Foucault, M., «Curso del 14 de enero de 1976 en el Collège deFr an ce» , en Microfîsica del poder, o.c., p. 142.

5 8 . Fo u cau l t , M . , « Po u r v o i r -C o r p s» , Quel Corps, 2 , s ep t iemb r e

(1975) , 2-5 ( trad . cast. en : Microfîsica del poder, o.c., p. 108).5 9 . Fo u cau l t , M . , Surveiller et punir, o.c., p. 196 (trad., p. 198).60 . Fouc ault, M., «Pourvoir -Corps», a.c. , 2-5 ( trad . , pp . 106-107) .61 . Foucault, M., «No al sexo rey», en Sexo, poder, verdad..., o.c. ,

p . 251.62. Foucault, M., «Des supplices aux cellu les» (entrevista con Roger-

Po l D r o i t ) , en « M ich e l Fo u cau l t e t l a n a is san ce d es p r i so n s» . Le Monde,2 1 d e f eb r e r o ( 1 9 7 5 ) , 1 6 . I n s i s te en ta les co n s id er ac io n es p r ác t icamen teco n las mismas p a lab r as en M ich e l Fo u cau l t , « En t r e t ien av ec Jean - Lo u isEz in e» , Les Nouvelles Littéraires, 2.477, 17 al 23 de marzo (1975) , 3 .

63 . Fouc ault, M., «Des suppl ices aux cellu les» , a.c. , 16 .64 . Foucault, M., «Entretien sur la pr ison: le livre et sa méthode»,

a.c. , 33 ( trad . , p . 99) .65 . Foucault, M., La volonté de savoir. Histoire de la sexualité /, o.c.,

p . 130 ( trad . , pp . 119-120) .6 6 . Fo u cau l t , M . , « Q u es t io n s à M ich e l Fo u cau l t su r la G éo g r ap h ie» ,

a.c. , 71-85 ( trad . , pp . 111-124) .67 . Foucault, M., La volonté de savoir. Histoire de la sexualité I, o.c. ,

p. 133 (trad., p. 123).68 . Foucault, M., «Vérité et pouvoir» (entrevista con M. Fontana) ,

L'Arc, 70, especial, 16-26 ( trad . cast. en : Microfîsica del poder, o.c. ,p. 178).

69 . Alvarez-Uria, F. , «Michel Foucault. Contra el poder , el saber y lav er d ad » , El Pais, 4 de febrero (1979) , Arte y pensamiento , I - I I .

70 . Foucault, M., «Vérité et pouvoir» , a.c. , 16-26 ( trad . , pp . 178-179) .71 . Foucault, M., Surveiller et punir, o.c. , p . 32 ( trad . , pp . 34-35) .72 . Foucault, M., «No al sexo rey», en Sexo, poder, verdad, o.c. ,

p . 242.

7 3 . C f r . C o t ten , J .P . , « La v ér i té en p r o cès ( à p r o p o s d e q u e lq u es p a-g es d e M . Fo u cau l t ) » , La Pensée, 202, n o v iemb r e- d ic iemb r e ( 1 9 7 8 ) , 8 7 .

7 4 . « El ju eg o d e M ich e l Fo u cau l t» , en t r ev is ta co n A la in G r o s r ich ar d .C f r . Fo u cau l t , M . , Saber y verdad ( ed . Ju l ia V ár e la y Fer n an d o Á lv ar ez-Uria) , Madrid , Las Edicion es de La Piqueta , 1985, p . 132.

7 5 . U n a co n s id er ac ió n f ecu n d a en es te s en t id o se p lan tea en D r ey f u s ,H . y R ab in o w , P . , Michel Foucault, U n parcours philosophique. Au-delàde l'objectivité et de la subjectivité, Paris , Gallimard , 1984, pp . 308-321.

76. Política general de la verdad, esto es , « los tipos de d iscurso quee l la aco g e y h ace f u n c io n ar co mo v er d ad er o s ; lo s mecan ismo s y las in s -

10 0 10 1

78 . Ibíd., pp. 130-131.7 9 . S i s e d esea q u e as í s ea , en to n ces h ab r á d e en co n t r a r se e l med io

d e h acer la p o s i t iv a y p r o d u c t iv a . D e ah í q u e D r ey f u s y R o b in o w se cu es -

tionen (o .c. , p . 288) s i ello es posib le y dejen abier ta la pregunta.

1

L A C ONS T I T UC I ÓN DE S Í :DE UNA GE NE AL OGÍ A DE L P ODE R .

A UNA ÉTICA Y ESTÉTICA

no de l p lan cons iderado , pe ro a f in de ceñ i r se aún más a lin te r rogan te que desde hace años t ra taba de asen ta r se :«Debía e leg i r : mantener e l p lan es tab lec ido ; acompañán-do lo de un ráp ido examen h i s tó r ico de l t ema de l deseo oreorgan iza r todo e l e s tud io en to rno a l a l en ta fo rmac iónduran te l a Ant igüedad de una hermenéu t ica de s í» . 2 La



DE L A E XI S T E NC I A

U n t e r c e r d e s p l a z a m i e n t o : c u e r p o y v e r d a d

Haría (a l ta hacer una historia de las téc-nicas de sí y de las esté t icas de la existenciaen e l mundo moderno f . . . J , hacer la historiade la existencia como arte y como est i lo.

On the Geanology oj Ethics, p . 250

Resu l ta a l t amente s ign i f ica t iva y c la r i f i cadora la nuevaacti tud de los úl t imos textos que Michel Foucault puso enmano de ed i to res , ' conf igurando una nueva tóp ica en e lmodo de p roceder que supone un verdadero desp laza-mien to en e l quehacer de sus an te r io res t r aba jos . Desp la -

zamien to que en esa medida confirma su modo de p ro-ceder .

Tal vez quepa decir que la retoma del proyecto de laHisíoire de la sexualité es en realidad el reinicio (en estesen t ido , una au tén t ica novedad) de un camino has ta aho-ra qu izás t an só lo ins inuado , a lo sumo v is lumbrado o enocas iones encon t rado , pe ro que no se conformaba comocamino e fec t ivo . Se p roduce con e l lo un supues to abando-

114 176

opción por esta segunda posibil idad signif ica no sólo elabandono en a lgún sen t ido de l p royec to p r imi t ivo en lotocan te a l a Histoire de la sexualité, sino en cierto modo el

recues t ionamien to de la l abor rea l izada por e l p rop ioFoucau l t , que t ras su muer te de ja as í ab ie r to un ámbi tocuya repercus ión f i losóf ica desbo rda cua lq u ie r p rev is ióninmedia ta : «es una empresa por despe ja r a lguno de lose lementos que podr ían se rv i r a una h i s to r ia de la ve rdad .Una h i s to r ia que no se r ía l a de qué pudo haber de verda-dero en los conocimientos, s ino un anális is de los "juegosde verdad", de los juegos de lo verdadero y de lo falso através de los cuales el ser se consti tuye históricamentecomo exper ienc ia , e s dec i r , como pud iendo y deb iendoser pensado . A t ravés de qué juegos de verdad e l hombre

se da a pensar su se r p rop io cuando se pe rc ibe comoloco , cuando se mi ra como enfe rmo, cuando se re f lex ionacomo se r v ivo , que hab la y que t raba ja , cuando se juzga yse cast iga en calidad de criminal . A través de qué juegosde verdad e l se r humano se ha reconoc ido como hombrede deseo».3

Sin duda , más a l lá de l acen to de Foucau l t , en la nove-dad de su modo de p roceder cabe lee r una insistencia q u ese va abr iendo paso en su p rop io d i scurso has ta e r ig i r seaqu í en e l p lan teamien to expues to . No se t ra ta , por t an to ,de la cor recc ión de un «er ro r» teór ico cuan to de la asun-

c ión de l ca rác te r de sus t r aba jos , e l hacerse ca rgo de lafo rmac ión de los saberes , de los s i s temas de poder queregu lan las p rác t icas y l as fo rmas en las que los ind iv i -duos pueden y deben reconocerse como su je tos . E l des -p lazamien to ( te rce r desp lazamien to , t r as e l aná l i s i s de lodes ignado como «e l p rogreso de los conoc imien tos» y delo desc r i to como las mani fes tac iones de l «poder») es a suv e z u n a c o n f i r m a c i ó n .

No es , s in embargo, nues t ro ú l t imo in te ré s cons ide ra rla fidelidad de un supuesto «autor -Foucaul t» a l quehace rde sus pretendidas obras . Más bien se t r a t a r í a de mos t r a re n qué m e d i da s u s enunciados func ionan con e fec t ivo a l -cance ontológico. La cons t i tuc ión hi s tór i ca de l s e r comoexpe r i enc ia nos r emi te a l a v inculac ión de l a «hi s tor i a de»

e l s e r queda cons t i tu ido como suje to , «reencuent r a su se rp r op i o» .5

Ser ía en e s t a medida absolutamente desa t inado pe r se -gui r s in más l a modi f i cac ión de los códigos s in r econoce rl a s t r ans formac iones de l a expe r i enc ia mora l que compor -t an . Pe ro a l habla r de experiencia moral se subraya has ta



en cor r e l ac ión con, y como, expe r i enc ia , con lo que set r a t a ahora e f ec t ivamente de una Erfahrung en la que e lpropio se r queda expues to y pre sentado en l a in t emper iemisma de l a epide rmis h i s tór i ca . Pe ro no cabr í a l e e r se e lprocede r de Foucaul t a l margen de l a e s t r echa vincula -c ión por é l señalada entre e l ser const i tuido y su posibi l i -dad y neces idad en cuanto se r pensado. La cons t i tuc iónhi s tór i ca de l s e r en e l ámbi to de l pensa r nos r emi te a l aexpe r i enc ia ace rca de l a medida en que e l hombre se da apensa r su s e r propio cuando se pe rc ibe , s e mi ra , s e r e f l e -xiona, se juzga y se cas t iga en cal idad de cr iminal . Este ese l proceso y e l c amino por e l que accede a cons t i tu i r s e ensuje to de deseo.

La cons t i tuc ión hi s tór i ca de l s e r y l a cons t i tuc ión de s í

m i s m o c om o s u j e t o no s on e n Fouc a u l t dos m undos . D eahí que e l proceso vaya de l a problematización cor r i ente yhabi tua l a l a apertura de un interrogante, a l a preguntaque «gravi t a r á en tomo a l su je to y a l a ve rdad de l a quees capaz»; 4 no sólo a l a medida de sus pos ibi l idades prác -t i ca s , s ino a s imismo a l a l cance de su pode r de a f ronta r ye n f r e n t a r d i c ha p r e gun t a , que ha b r á de s e r n i e t z s c he a na -m e n t e s opo r t a b l e .

Sólo a s í s e pe r f i l an los e l ementos que podr í an se rvi r auna his tor ia de la verdad. No se t ra ta por e l lo en Histoirede la sexualité d e fijarse e n m e r os c ód i gos de c om por -

tamiento, c las if icando o t razando l íneas , s is tematizando, dis-f r u t a ndo c on l a p r e s un t a c a pa c i da d de encerrar en ta lescódigos todos los ca sos y de retener t odos l o s dom i n i o s dec om por t a m i e n t o , c on l o que e l s u j e t o quedaría reducido alo sumo a una mera r e f e renc ia a una l ey o conjunto deleyes . Más bien habr í a de acentua r se l a v inculac ión dedichos códigos con l a s formas de subje t ivac ión. Se hade desc r ib i r e l c amino que conduce a l punto en e l que

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qué punto e l problema no se de ja posee r de modo mera -m e n t e m or a l y a l c a nz a d i m e ns i one s c l a r a m e n t e é t i c a s .Foucaul t a s i s t e genea lógicamente a « l a e l aborac ión de

una forma de r e l ac ión cons igo mismo que pe rmi te a l i n-dividuo cons t i tu i r s e como suje to de una conduc ta mora l» .Es a s í como ent i ende l a «hi s tor i a de l a é t i ca». 6 No es t an-to l a h i s tor i a de l a mera conf igurac ión de problema t i za -c iones s ino que, a su vez , lo es de las práct icas a t ravés delas cuales aquél las se forman. La his tor ia de la é t ica lo esas imismo de las técnicas de s í . Es decir , no es suf ic ientecon l a a rqueología de l a s problema t i zac iones , s e r equie reuna genea logía de l a s prác t i ca s de s í (soi). En e l «puntode c ruce» de ambas se ha l l a e l quehace r foucaul t i ano: «e laná l i s i s de l hombre de deseo». 7 Es te punto de c ruce no e s

m e r a m e n t e m e t odo l óg i c o . E l hom br e m i s m o que da c on f i -gu r a do c om o s u j e t o e n e st e m o do de p r oc e de r , i r r um p i e n -do en los in t e r s t i c ios que como cor t e y dec i s ión t a l méto-do i m pone . Y no s ó l o c om o s u j e t o , s i no t a m b i é n c om oc ue r po . C ue r po s u j e t o , c ue r po s u j e t a do .

El aná l i s i s de l hombre de deseo e s , pues , un aná l i s i sde los juegos de ve rdad y e s a t r avés de é s tos como aqué lse r econoce . Se a s i s t e de e s t e modo a una autént i ca conf i -gurac ión de d icho cue rpo en e l que e l s í mismo se d icecomo suje to , su je t ado a sus pe r turbac iones y l ími t e s . Lahi s tor i a de l s e r y de l a ve rdad, d i cho sea con todo e l a l -

cance ontológico que con ante r ior idad l e d imos , e s a suvez l a h i s tor i a de sus enfe rmedades . No sólo en cuantoconf igurac ión de l cue rpo- región, ámbi to de individua l idady po r t a n t o de m ue r t e , s i no t a m b i é n e n c ua n t o a t e n i m i e n -to a l a f r agi l idad de l propio individuo ante los ma le s d i -versos que puede susci tar , en es te caso, la ac t ividad se-xua l . El cue rpo como re l ac ión a l a ve rdad 8 e s a s i m i s m ouna r e fe renc ia pa ra é s t a .

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La v incu l ac ión de l os j uegos de l o verdadero y de l ofa l so a t ravés de l os cua l es e l se r se cons t i t uye h i s t ó r i ca-m e n t e c o m o e x p e r i e n c i a p e r m i t e t o d a u n a s u e r t e d e p r á c -t i cas y e j e rc i c ios que , s i n embargo , habrán de someterse au n v e r d a d e r o arte de la existencia, d o m i n a d o p o r e l c u i d a -do de s í , por e l con t ro l sobre s í «para acceder a f i n de

q u e t i e n e n e s t a t u t o y f u n c i ó n d e d i s c u r s o s v e r d a d e r o s ) , l apregunt a a l a que l os ú l t imos t ex tos se enf ren t a es «¿quée s l o q u e h a o c u r r i d o e n O c c i d e n t e p a r a q u e l a c u e s t i ó nd e l a v e r d a d s e a p l a n t e a d a a p r o p ó s i t o d e l p l a c e r s e -xua l ?» . 1 1

N o e s e l m o m e n t o d e m o s t r a r q u e , c o m o e l p r o p i o



cuen t as a un puro goce de s í » . 9 Se de l i nea en cada casou n s í m i s m o s o p o r t a b l e q u e p e r f i l a y s e p e r f i l a c o m o

c u e r p o .No cabe , con t odo , una l ec tu ra que p re t end i e ra reduc i rs i n más l a h i s t o r i a de l a verdad a l a de un cu idado cadavez más esmerado por e l cuerpo . A l margen de l a mani -f i es t a conven i enc i a de e j e rc i t a rse en es t e sen t i do , es e lp r o f u n d o e m p a r e n t a m i e n t o d e a q u é l c o n l a e n f e r m e d a d ycon el mal el que, en la insistencia de su fragi l idad y l imi-t ac ión , p l an t ea pers i s t en t emente l a p regunt a . «No es l aacen tuac ión de l as fo rmas de p roh ib i c ión l a que es t á en e lo r i gen de es t as modi f i cac iones en l a mora l sexua l ; es e ldesarrol lo de un arte de la existencia el que gravi ta en

to rno a l a p regunt a de l s í m i smo, de (por) su dependenc i ay su i ndependenc i a , de (por) su fo rma un iversa l y de l l azoque puede y debe es t ab l ecer respec to de l os o t ros , de(por) l os p roced imien tos median t e l os cua l es e j e rce sucont ro l sobre s í m i smo y de (por) l a manera cómo puedeestablecer la plena soberanía sobre .sí .»10 Las modi f i cac io -nes en l a cons t i t uc ión h i s t ó r i ca de l se r obedecen , po r tan-to , a l desar ro l l o de un a r t e de l a ex i s t enc i a dominado porel cuidado de sí .

E l c u i d a r - s e c o m o m o d o d e d e c i r v e r d a d e r oSi en Las palabras y las cosas Foucau l t se enf ren t a a l

p rob l ema de cuá l es son l os g rupos de t ransformacionesnecesar i as y su f i c i en t es en e l i n t e r i o r de l rég imen mi smode los discursos, para que el ángulo de visión fuera éste uotro; si en la Historia de la locura, a l de saber cómo fuepos ib l e hacer func ionar l a cues t i ón de l a l ocura en e l sen-t i do de l os d i scursos de verdad (es dec i r , unos d i scursos

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F o u c a u l t s e ñ a l a , n o h a s i d o o t r o s u p r o b l e m a d e s d e l aHistoria de la locura, n i d e i n t e n t a r u n r e c o r r i d o q u e p r e -

t enda dar cuen t a de su supues t a f i de l i dad a d i cha cues-t i ón , pero qu i zás sea fecundo i ns i s t i r en l a pers i s t enc i a desus ocupac iones para l i bera r l e de una pos i c ión en l a quese desd ibu j a e l a l cance mas fé r t i l de sus p l an t eamien tos .«No es e l poder , s i no e l su j e to l o que cons t i t uye e l t emagenera l de mi s i nves t i gac iones .» «Me in t e reso mucho máspor l os p rob l emas p l an t eados por l as t écn i cas de s í o po l -l as cosas de es t e o rden que por l a sexua l i dad .» 1 2

Si se a t i ende , por t an to , a l ob j e t i vo de l os t raba jos deFoucau l t se des t aca que su aná l i s i s no se cen t ra , s i n más ,en l os fenómenos de l poder , s i no que a través de una con-

f ron t ac ión con l as es t ra t eg i as es cómo y dónde se anal i -zan l as re l ac iones de poder . Se t ra t a de comprender porq ué . m e c a n i s m o s n o s h e m o s r e e n c o n t r a d o p r i s i o n e r o s d enues t ra p rop i a h i s t o r i a . De ah í que l a l ucha responda a l afo rma de poder que v incu l a a l os i nd iv iduos a su i den t i -d a d , t r a n s f o r m á n d o l o s y sujetándolos c o m o s u j e t o s , l u c h acont ra l as fo rmas de su j ec ión , con t ra l a sumis ión de l asub j e t i v idad , con t ra l o que l i ga e l i nd iv iduo a s í m i smo. ' 3

E, i gua lmente , sus t raba jos sobre l a sexua l i dad no sonuna mera h i s t o r i a soc i a l de l a p rác t i ca sexua l , s i no unahistoria de la «manera en que el placer, los deseos, los

c o m p o r t a m i e n t o s s e x u a l e s h a n s i d o p r o b l e m a t i z a d o s , r e -f l e j ados y pen sad os en l a Ant igüedad en re l ac ión a uncierto arte de vivi r».14

Resul t a impresc ind ib l e des t acar que , en def in i t i va , set ra t a de una e l aborac ión de s í por s í m i smo, en un t raba-j o d e problematización y p e r m a n e n t e re-problematización.Pero és t e no ha de en t enderse s i n más como un merore in t e r rogar ev idenc i as , cues t i onar háb i t os , d i s i par l o yaadmi t i do s i no que , s i cabe hab l a r de t ransformación o

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modif icac ión , a l margen de la conven ienc ia de hacer esalabor , habrá de se r median te e l cu idado cons tan te de laverdad, esto es, en la atención a las condiciones de pro-ducc ión y de va l idez de l saber . E l p rop io Foucau l t subra -ya: «Lo que pretendo hacer es la historia de las relacionesque anudan e l pensamien to y la ve rdad , l a h i s to r ia de l

p rác t ica de gob ie rno de los o t ros , p regun ta r se por l acons t i tuc ión de una exper ienc ia lo es por aqué l la que l igala relación consigo a la de los otros. De ahí las expresio-nes a l a s que a lud imos , p resen tes en «Le souci de soi», enlas que habr ía de reconocerse «e l desa r ro l lo de un a r te dela ex i s tenc ia dominado por e l cu idado-ocupac ión de s í» . 20



pensamien to en tan to que pensamien to de la ve rdad . Losque a f i rman que para mí la ve rdad no ex is te son esp í r i tuss impl i s tas» .15 Y es to ha de lee r se como una p regun ta por

la cons t i tuc ión de los saberes que ines tab i l i ce aque l las ob-jet ividades —la locura, el poder, la sexualidad—, cuya evi-denc ia , a l p roh ib i r desprendernos de noso t ros mismos , 1 6

impide toda e laborac ión de s í .Es ta p regun ta por l a conf igurac ión de los saberes

vincula aquella problematización con la verdad, en el ho-r izon te de l cu idado (como ocupac ión) y l a cons t i tuc ión des í . V incu lac ión que ins ta a l ee r d icha p rob lemat izac ióncomo «e l con jun to de p rác t icas d i scurs ivas y no d i scurs i -vas que hace entrar algo en el juego de lo verdadero y delo fa l so y lo cons t i tuye como ob je to para e l pensamien to

(bien sea bajo la forma de la ref lexión moral , del conoci-miento científ ico, del anális is polí t ico, etc .)». 17 Pero p re -gun ta r se por l a conf igurac ión de l saber es ahora hacer lopor las condiciones de su producción y validez. En esamedida , l a ve rdad no se pe r f i l a como concordanc ia de unpensamien to con su ob je to , s ino que se conf igura como loque apremia a un pensamien to a pensar de una c ie r tamanera o , según seña la remos , como cu idado , gob ie rno ,indisolublemente unido, de sí y de los otros.1 8

La verdad es lo que e fec t ivamente hace que tengamosuna historia , una historia efectiva; es lo que permite l ibe-

ra rnos de una lec tu ra s impl i s ta de Foucau l t , según la cua ltodos sus es fuerzos se encaminar ían a deconstruir el suje-to , cuando de hecho busca h i s to r iza r l a noc ión de s í , a f inde que pueda emerger un nuevo su je to é t ico . 1 9 Pero p re -tender una nueva exper ienc ia de s í pasa por l a a tenc ión acómo se fo rma una exper ienc ia . En es ta pe rspec t iva ca -ben ser leídos los trabajos de Foucault .

Dado que e l gob ie rno de s í mismo se in tegra en una

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En es ta d i recc ión se encaminan los in ten tos de Foucau l t .Pensar l a mora l en la fo rma de un arte de la existencia, deu n a técnica de vida, saber cómo gobernar és ta pa ra da r lela fo rma más be l la pos ib le ; «he aqu í lo que he in ten tadorecons t ru i r : l a fo rmac ión y e l desa r ro l lo de una p rác t icade s í , que t i ene como ob je t ivo cons t i tu i r se a uno mismocomo a r tesano de la be l leza de su p rop ia v ida» . 21

La verdad y el t rabajo de elaboración de sí por s í mis-mo no son ya (de nuevo) dos mundos . E l cu idado de laverdad es un cuidar-se en el campo de las relaciones queabre . E l s í mismo no es a lgo s implemente dado , s inocons t i tu ido en una re lac ión de s í como su je to . 2 2 En lapregunta por l a cons t i tuc ión de los saberes quedan conf i -guradas , a su vez , l a s cond ic iones de su p roducc ión y de

su va l idez , que apremian a cons t i tu i r se en c ie r ta manera ,cu idando-ocupándo-se (de s í y de los o t ros ) . Pero se ráes ta re lac ión que se mant iene cons igo y con los demás laque redef in i rá los espac ios ab ie r tos en aque l la conf igura -c ión . Re lac ión que se mues t ra como ac tos de imagina-c ión , de aná l i s i s y de compromiso ; modo de l decir verda-dero23 a través del gesto, la conducta o el valor; modo deser en el que en la búsqueda de una estét ica de la exis-tencia, tal decir verdadero, en esta modalidad de ser ét ico,in te r f ie re con e l cu idado de una v ida be l la . Se res t i tuyeas í a l dec i r su ca rác te r de acon tec imien to . Dec i r como

cuidado de s í . Cu idar - se , como dec i r ve rdadero .

F u nd a r e l p r e s e nt e

La cons iderac ión de aque l los pos tu lados que func io -nan como verdad no sólo involucra a ésta en los l ímitesdel decir mismo, sino que a su vez la sujeta al proceso de

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p o d e r - s a b e r , p r o c e s o d e l u c h a s e n e l q u e f u n d a m e n t a l -men te se cons t i tuye e l p rop io cue rpo . La ve rdad se d ice , asu vez , como ind iv idua l idad y como sa lud , y e s una nece -s i d a d a s i m i s m o « f i s i o l ó g i c a » . L a v e r d a d f u n c i o n a , p o rt a n t o , s o s t e n i e n d o y c o n f i g u r a n d o c u e r p o s , c u i d a n d o ycu rando . Ah í rad ica tamb ién su «pe rd ic ión» . En e sa mis -

p resen te , en e l seno en e l que e l sí s e n o s h a c e p r e s e n t ec o m o sí mismo.

Nuevamen te e s Kan t la r e fe renc ia de lo que nos ocupa .F oucau l t e s t ima que e s é l qu ien ha fund ido la s dos g randest rad ic iones c r í t i ca s en la s que se deba te la f i lo so f ía moder -na y cons ide ra pa rad igmát ico a l r e spec to su tex to de «¿Qué



ma med ida e s la máx ima exp res ión de lo s l ími te s , de lae n f e r m e d a d y d e l a m u e r t e . E n e l q u e h a c e r d e l a v e r d a d ,en e s ta con f ron tac ión de l cue rpo con su cu idado y su slímites , se perf i la e l sí mismo ac tua l como su je to de expe -riencias posibles.

Es te e s e l p r imer diagnóstico. C o n d u c i d o s a d e s c i f r a rl a v e r d a d d e n u e s t r o s d e s e o s h e m o s q u e d a d o a p r i s i o n a -dos en nues t ra re lac ión a noso t ro s mismos y su je tados a lpode r no rma l izado r de la ley y de la med ic ina . De e s ted i a g n ó s t i c o F o u c a u l t p a s a a definir e l p rob lema que nosocupa , e s to e s , a sabe r cómo cons t ru i r una é t ica d i fe ren te ,pa ra f ina lmen te re t raza r la genea log ía de la conc ienc ia desí .24 S ó lo a t r avés de e s te modo de p rocede r se pe r f i la e ls í mismo l ibe rado de l pe l ig ro de e sa conc ienc ia y se recu -

pe ra e l p re sen te como suceso f i lo só f ico .La p regun ta ya no e s qué es el presente, s ino que , en la

p r o p i a c o n s i d e r a c i ó n c o m o e l e m e n t o y a c to r , s e t r a t a r a d ea f r o n t a r qué es lo que se me hace presente y me hago pre-sente en y como ahora. S ó lo a t r avés de e s ta p rob lema t iza -c ión e in te r rogac ión de l p re sen te , e l cu idado de s í encuen -t r a s u m á s f e c u n d a d i m e n s i ó n . C u e s t i ó n q u e F o u c a u l tp lan tea de la mano de Kan t : «¿qu iénes somos en e s te mo-mento preciso de la h is toria?».25 Se establece así e l e lemen-to que pe rmi te ana l iza r a la vez a noso t ro s y a nues t ras i tuac ión , con lo que e l p rob lema de la época p re sen te no

v iene a se r r ad ica lmen te o t ro re spec to a l de lo que somose n e s t e p r e c i s o m o m e n t o .

E n l a a t e n c i ó n a e s e p r e s e n t e , q u e e s t a n t o c o m o f u n -d a r l o , e s c o m o c a b e l i b e r a r s e d e l t i p o d e i n d i v i d u a l i z a -c i ó n r e l i g a d a a t o d o t i p o d e o b j e t i v a c i o n e s . D e a h í q u e l aa t e n c i ó n a l p r e s e n t e p r o m u e v a , e n v e r d a d , n u e v a s f o r -m a s d e s u b j e t i v a c i ó n , d i f e r e n t e s d e l a s u b j e t i v i d a d . S ó l oc a b e , p o r t a n t o , h a b l a r d e u n c u i d a r d e s í e n e l s e n o

100 101

es la Aufklärung?». La cuestión remite no sólo a las condi-c iones ba jo la s cua le s e s pos ib le un conoc imien to ve rdade -

ro , en lo que se ha ven ido p re sen tando como una ana l í t i cade la ve rdad , s ino que cabe se r l e ída como « lo que pod r íal lamarse una on to log ía de l p re sen te , una on to log ía de noso -tros mismos». «Se puede optar por una f i losofía cr í t ica quese pre sen tará co m o un a f i losofía analí t ica de la verd ad engene ra l , o b ien po r un pensamien to c r í t i co que adop ta rá lafo rma de una on to log ía de noso t ro s mismos , de una on to -logía de la actualidad.» 26 Y es s in tomá t ico que la Aufklä-rung s e a u t o d e n o m i n e c o m o t a l Aufklärung. Se expresa conello una voluntad, la dirección del cuidado, lo que ha dehace rse . . . qu izás s in a tende r de l todo a lo que cabe hace r(por ahí irán las cr í t icas de Hegel) . Pero en defin it iva , y eso

es lo que aho ra nos in te re sa , se p ronunc ia a la vez como unpronóstico que en el anális is cr í t ico de la actualidad recha-za e l t ipo de ind iv idua l izac ión dado y p romueve nuevas fo r -mas de sub je t ivac ión .

L a p r e g u n t a p o r c ó m o s e c o n f i g u r a u n a e x p e r i e n c i a s ev incu la po r tan to a «¿cuá l e s e l campo hoy de expe r ien -c ia s pos ib le s?» . 27 S i e l cue rpo e ra e l luga r de emergenc iade una ve rdad pos ib le , l a on to log ía se d ibu ja como la e s -té t ica de la ex is tenc ia en la que e l dec i r ve rdade ro se d icecomo modo de se r . As í , l a p regun ta po r e l p re sen te no sereduce a ve r « lo que pasa» , s ino que , en la a tenc ión a su

pasar, cons ide ra lo que so s t iene y hace que pase lo quep a s a , c o n f i g u r á n d o l o c o m o u n p r e s e n t e p o s i b l e y s o p o r t a -b le , en e l que se p roduce un au tén t ico cu idado de s í quet ra sc iend e la s « ind iv idua l izac iones» . La f i lo so f ía e s enes te sen t ido , pa ra F oucau l t , a su vez , una manera de des -p r e n d e r s e d e s í m i s m o .

Diagnos t ica r e l p re sen te , dec i r qué cons t i tuye e l p re -s e n t e c o m o n u e s t r o p r e s e n t e , e s a t e n d e r a s u p r e s e n t á r s e -

nos . Con e l l o nos enf ren t amos a l a i ne lud ib l e neces idadde l su j e to occ iden t a l de hacer una nueva exper i enc i a de s ím i s m o . E s t a m o s e f e c t i v a m e n t e « e n e l u m b r a l d e u n m u n -do en e l que se p l an t ea l a neces idad un poco nueva , parac a d a h o m b r e y p a r a c a d a m u j e r , d e t e n e r q u e r e d e f i n i r s ecomo su j e to , s i ngu l a rmente a n ive l de l cuerpo , de l p l acer ,

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supone , cons t i t uyen , en l a re l ac iones en t re verdad y é t i ca ,l a rea l i dad de una época . 3 2

NOTAS



del deseo y de sus d i f í c i l es re l ac iones» . Y es aquí , en elp resen t e y como presen t e , donde e l d i scurso se espec i f i ca

d e h e c h o c o m o m o d o d e a c c i ó n .S e c o m p r e n d e a h o r a h a s t a q u é p u n t o e l i n t e r é s d eFoucau l t a t i ende a l os p rob l emas p l an t eados por l as t écn i -cas de s í , no buscando e l aborar l a h i s t o r i a de l as so luc io -nes , s i no más b i en l a genea log í a de l os p rob l emas . E l t ra -b a j o d e problematización y reproblema tización viene a darcuen t a de aque l l as , ahora p resen t es , pa l abras de Foucau l t :«¿Cuál es l a respues t a a l a p regunt a? E l p rob l ema. ¿Cómoreso lver e l p rob l ema? Desp l azando l a cues t i ón» . 2 9 Pero a lhab l a r de «genea log í a de l os p rob l emas» ya se i nd i ca enqué d i recc ión se p rovoca t a l desp l azamien to .

S i l a genea log í a ha de l ee rse como l a conducc ión de laná l i s i s a par t i r de una cues t i ón p resen t e , 3 0 los t res ejespos ib l es de genea log í a y sus t res ámbi tos respec t i vos mar-carán l os haces de aque l desp l azamien to . En pr imer l u -gar , una on to log í a h i s t ó r i ca de noso t ros mi smos en re l a -ción a la verdad, a t ravés de l a cua l nos cons t i t u imos ensu j e tos de conoc imien to ; en segundo l ugar , una on to log í ah i s t ó r i c a d e n o s o t r o s m i s m o s e n r e l a c i ó n a l c a m p o d e po -der, a t ravés de l cua l nos cons t i t u imos en su j e tos que ac-t úan sobre l os o t ros ; y , en t e rcer l ugar , una on to log í a h i s -t ó r i ca en re l ac ión a l a ética, a t ravés de la cual nos const i -t u i m o s e n a g e n t e s m o r a l e s . 3 1 Desplazamien to en l a d i rec-

c ión de nues t ra cons t i t uc ión y que v i ene def in ido por e lt i po de re l ac ión que se t i ene cons igo mi smo, l a re l ac ión as í q u e F o u c a u l t d e n o m i n a é t i c a ; r e l a c i ó n q u e d e t e r m i n acómo e l i nd iv iduo j uzga cons t i t u i rse en su j e to mora l des u s p r o p i a s a c c i o n e s .

P r e c i s a m e n t e e s a h o r a c u a n d o e l p r o b l e m a e s p e n s a d oen una perspec t i va nueva . E l d i agnós t i co , l a def in i c ión yl a genea log í a , en e l desp l azamien to que e l cu idar de s í

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p. 12 (trad., p. 10).3. ¡bld., pp. 12-13 ( t rad. , p . 10).4. tbtd., p. 267 ( t rad. , p . 223).5 . E n l uga r de que re r t r a z a r de una ve z po r t oda s l a l í ne a que pe rm i -

t a d i v i d i r l o honora b l e de l o de shonroso , busc a de sc ubr i r e l c a m i no—c on sus d i f i c u l t a de s , sus pe r i pe c i a s , sus c a í da s— que c onduc e a l pun t oe n e l que r e e nc ue n t ra su se r p rop i o ( c f r . ibid., id).

6. Ibid., p. 275 ( t rad. , p . 228).7. Ibid., p. 19 (trad., p. 16).8 . «No e s l a e xc l us i on de l c ue rpo l o que c a ra c t e r i z a e se nc i a l m e n t e ,

para Pla tón, a l verdadero amor; lo que es, a t ravés de las apariencias del

obje to, es re lación (rapport) a la verdad» (ibid., p. 262 [ t rad. , p . 2193).9. Foucaul t , M. , Le souci de soi, o.c . , p . 273 ( t rad. , p . 219).10 . Ibid., id .11. «El jueg o de Michel Foucaul t», entrevista con Alain Grosr ichar d,

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del sent ido del texto.13 . Fouc a u l t sos t i e ne que e s t e t i po de l uc ha se da a de m á s de l a que

se opone a las formas de dominación (é tnicas, socia les y re l igiosas) y al a s que de nunc i a n l a s fo rm a s de e xp l o t a c i ón que se pa ra n a l i nd i v i duo del o que p roduc e . Cf r . «T he Sub j e c t a nd Powe r» , e n Michel Foucault: Be-yond Structuralism..., o.c . p. 212.

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22 . Cfr. Foucaul t , M. , «The Subject and Power», en Michel Foucault:Beyond Structuralism..., o.e . , p . 252. Foucaul t reconoce e l quehacer deKant en ese sent ido.

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[

Í N D I C E



Presentac ión 7

1 ) L o s L Í M I T E S D E L L E N G U A J E 1 1

La palabra y su transgres ión 11 Foucault y la sospecha 18

2 ) U N A « E S C U E L A » P A R A F O U C A U L T 2 8

«Construir la razón.» De Bachelard a Cangui lhem. . . . 28«Formar e l concepto .» De Cangui lhem a Foucault . . . . 36

3 ) F O U C A U L T . - D E « L A» F E N O M E N O L O G Í A

A « U N » E S T R U C T U R A L I S M O 4 5

4 ) E L L E N G U A J E Y E L D I S C U R S O . P A R A U N A A R Q U E O L O G Í A

D E L S A B E R 6 0

El lenguaje, la razón y la sin-razón 60 La episteme com o espacio de dispersion 70 El debate de las cosas y las pa labras 86 El discurs o y lo decible 89 Tod o interpretación y nada que interpretar 103

2 0 5

5 ) L a H IST O R IA E FE C T IV A : D E U N A A R Q U E O L O G ÍA D E L SA B E R

A U N A G E N E A L O G Í A D E L P O D E R 1 1 4

Continuidad y discontinuid ad 114 Procedencia y emergencia: una h is toria s in origen . . . 125 Genealog ía en la arqueología: la historia 132 Escribir la historia presente 141

6 ) E l SA B E R Y L A V E R D A D : PA R A U N A G E N E A L O G IA

I



D E L P O D E R 1 4 7

El poder genera saber 147 La historia política de los cuerpo s 153 Los postulados del poder y la verdad 160 De la episteme al dispositivo 168

7 ) L a C O N ST IT U C IÓ N D E SÍ: D E U N A G E N E A L O G ÍA D E L PO D E R

A U N A É T ICA Y E ST É T IC A D E L A E X IST E N C IA 1 7 6

Un tercer desplazam iento: cuerpo y verdad 176 El cuidar-se co mo mo do de decir verdadero 180 Fundar el presente 183

Bibliografía 189

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El discurso en acción: Foucault y una ontología del presente - Ángel Gabilondo

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