LA NOVEL MEXICANA FRENTA E AL PORFIRISMO - … · el lugar que ocup est génerea o literario en la...
Transcript of LA NOVEL MEXICANA FRENTA E AL PORFIRISMO - … · el lugar que ocup est génerea o literario en la...
L A N O V E L A M E X I C A N A FRENTE A L PORFIRISMO
/. S. BRUSHWOOD
C U A N D O L O S M E X I C A N O S se d i e r o n cuenta de que M a r i a n o
A z u e l a había captado en Los de abajo la esencia de las con
mociones revolucionarias que s iguieron a l a caída de P o r f i r i o
D í a z , l a novela comenzó a desempeñar con plena seguridad
s u función de intérprete de l a nación m e x i c a n a . 1 S i n embargo,
m u y poca atención se h a concedido a l papel de precursoras
q u e tuvieron las novelas de l a época de l a d ictadura. E l he
c h o evidente de que los autores más conocidos de entonces
f u e r o n part idar ios de l régimen de Díaz, h a hecho menospre
c i a r las críticas que h i c i e r o n a los defectos de ese régimen,
c o m o también se h a n o l v i d a d o las objeciones de otros escri
tores no tan inc l inados h a c i a el p o r f i r i s m o . A l g u n a atención
h a n merecido las pr imeras y casi o lv idadas novelas de M a
r i a n o Azue la , y unos pocos investigadores h a n comentado las
i n q u i e t u d e s sociales perceptibles en las novelas de H e r i b e r t o
Frías y de otros autores que eran part idar ios decididos de l a
e s t a b i l i d a d de d o n P o r f i r i o ; pero nadie h a sabido reconocer
e l lugar que o c u p a este género l i t e r a r i o en la trama de acon
tecimientos y de ideas de donde resultaría la N o v e l a de la
Revoluc ión.
L a d i c t a d u r a consiguió mantener u n a superficie de ca lma
gracias a l a c u a l se d i s i m u l a r o n los hechos económico-sociales
que ocasionaron su d e r r u m b e ; y, de m a n e r a análoga, las espe
ranzas manifestadas p o r los novelistas de que las ansiadas re
formas p u d i e r a n llevarse a cabo s in v io lenc ia , han d i s i m u l a d o
e l hecho de que el estado de descontento que se revela en sus
obras llevó de m a n e r a lenta , pero inexorable , a l a rebelión
c o n t r a u n orden tan a r t i f i c i a l m e n t e m a n t e n i d o .
L a insistencia en el o r d e n , y las injusticias sociales que
resul tan de esa insistencia d u r a n t e l a d i c t a d u r a porf ir ista , tien-
LA NOVELA EN EL P0RF1RISM0 3^9
d e n a hacer creer, a l observador poco preparado, que las
quejas económico-sociales relativas a aquel período son f ruto
de circunstancias inherentes a l a d i c t a d u r a . Es verdad que
tales circunstancias estuvieron agravadas p o r las actitudes so
ciales de la clase d o m i n a n t e ; pero también lo es que sus
raíces se h u n d e n a g r a n p r o f u n d i d a d en l a his tor ia mexica
n a , y que la provocación más i n m e d i a t a de los problemas de l a
época de Díaz debe encontrarse en el hecho de que el m o v i
m i e n t o de R e f o r m a había l l a m a d o l a atención sobre esos mis
mos males p r o m e t i e n d o remedios que n u n c a l legaron a po
nerse en práctica.
L o s I D E A L E S inspiradores d e l m o v i m i e n t o juarista están ex
puestos con bastante detenimiento p o r Nicolás Pizarro en dos
novelas publ icadas en 1 8 6 1 : El monedero y La coqueta.?' P a r a
q u i e n se propone estudiar l a ideología de l autor, l a p r i m e r a
de estas novelas es, desde luego, l a más interesante. E n
cuanto o b r a l i t e r a r i a , deja m u c h o que desear. A b u n d a n
en e l la las situaciones inverosímiles y las exageraciones senti
mentales que estaban de m o d a en l a prosa novelística de l a
época. P i z a r r o escribió más de seiscientas páginas en su es
fuerzo por plasmar sus ideas en f o r m a de ficción, y l a v e r d a d
es que m u y a m e n u d o el lector siente que a P izarro se le ha
p e r d i d o l a hebra del relato.
El monedero no nos deja dudas en cuanto a l a postura
ideológica del autor: siente, desde luego, u n a p r o f u n d a sim
pat ía por todos los aspectos desdichados de México, entre ellos
e l p r o b l e m a de l i n d i o , y es evidente que considera a l a so
c i e d a d m e x i c a n a m u y descuidada en el c u m p l i m i e n t o de u n
deber urgentísimo. E l recurso de que se vale para expresar
sus ideales es l a fundación de u n a c o m u n i d a d agraria coope
r a t i v a que él l l a m a "socia l is ta" . L a h i s t o r i a de esta empresa
constituye el núcleo central de l a novela, en torno a l c u a l
hay cierto número de episodios que re latan los amores y
aventuras de los dist intos personajes. L a cooperación y l a
i g u a l d a d son las p r i n c i p a l e s características de la v i d a en l a co
m u n i d a d modelo soñada p o r él. Sus metas son el progreso
técnico y l a educación p a r a todos. E l f u n d a d o r de l a comu-
370 L S. BRUSHW00D
n i d a d es u n sacerdote en cuya personal idad p r e d o m i n a n deci
d i d a m e n t e las tendencias éticas sobre las místicas, pues l o
q u e le interesa son las relaciones adecuadas de los hombres
entre sí. S i P i z a r r o h a elegido a u n sacerdote como espíritu
g u i a d o r de esta empresa de redención social es, con toda segu
r i d a d , p o r q u e creía que tan vasta f i n a l i d a d sólo podía con
seguirse mediante l a i n f l u e n c i a de que gozaba el c lero entre
e l pueblo. S i n embargo, es igualmente seguro que ese sacer
dote tenía q u e ser a l g u i e n que mereciera l a aprobación de
P i z a r r o , es decir , u n c u r a a q u i e n le i m p o r t a r a más e l b ien
estar m a t e r i a l de l p u e b l o en este m u n d o que las promesas
espirituales p a r a u n m u n d o p o r venir . E n El monedero, e l
p a d r e L u i s se h a alejado a ta l grado d e l papel o r d i n a r i o d e l
sacerdote católico, que l lega a p e d i r l a dispensa de ciertos
votos con objeto de contraer m a t r i m o n i o y convertirse de ma
n e r a d e f i n i t i v a en u n elemento de l a c o m u n i d a d .
La coqueta es u n a nove la m u c h o más breve y, en opinión
nuestra, m u c h o mejor lograda desde e l p u n t o de v ista l i te
r a r i o . P i z a r r o n u n c a l lega a pasar de l a m e d i o c r i d a d en cuan
to novelista; pero en La coqueta nos cuenta u n asunto bas
tante bueno según l a m a n e r a de la época — m a n e r a a n t i c u a d a
y extraña p a r a u n lector de a h o r a — , y consigue c o n cierto
é x i t o entretejer en sus páginas l a ideología que le es p r o p i a .
S i l a comparamos c o n otras novelas posteriores, los esfuerzos
de P i z a r r o podrán parecemos desmañados; pero La coqueta es
l a mejor tentat iva que había real izado hasta entonces, en esa
dirección, l a l i t e r a t u r a m e x i c a n a . A q u í e l autor n o se em
p e ñ a tan machaconamente en expresar su ideología como en
El monedero; pero no cabe d u d a de que La coqueta es u n a
defensa de los p r i n c i p i o s democráticos en general y de l a
Const i tución m e x i c a n a de 1857 en part icu lar . E l tema de
l a c o m u n i d a d m o d e l o se i n t r o d u c e h a c i a el f i n a l d e l re lato
a manera de desenlace.
L a i n f l u e n c i a d e l m o v i m i e n t o de R e f o r m a puede verse
reflejada en l a n o v e l a costumbrista. A l g u n o s autores — J u a n
D í a z Cóvarrubias , p o r e j e m p l o — consideran cada vez con
m a y o r atención el p r o b l e m a de las clases económicas. Otros
— p o r e jemplo J u a n A . M a t e o s — suelen i d e n t i f i c a r de ma-
LA NOVELA EN EL PORFIRISMO 371
ñ e r a tan tajante en sus novelas históricas e l l ibera l i smo con
el p a t r i o t i s m o , que su exposición resulta ser u n a verdadera
i n v e c t i v a , y n o ya u n a ideología en sentido estricto. S i n em
b a r g o , n i u n o n i otro de estos procedimientos novelísticos
i n t e n t a r o n expresar lo que encontramos en l a o b r a de P i z a r r o ,
pues éste pasó m u c h o más allá d e l mero comentario acerca de
las condic iones sociales y de l a m e r a exposición de u n credo
pol í t ico . P i z a r r o , en efecto, sugiere u n a n u e v a estructura eco
nómico-social y d a p o r sentado que n o existen serios obstácu
los en el c a m i n o que conduce a su realización. Ignacio M a
n u e l A l t a m i r a n o asume, en g r a n m e d i d a , esa m i s m a postura,
según vemos en La Navidad en las montañas ( 1 8 7 0 ) .
A l t a m i r a n o era m u c h o mejor novel ista que Pizarro , y su
o b r a es, desde luego, más convincente. A u n q u e La Navidad
en las montañas es u n cuadro de costumbres algo desarrol lado
más b i e n que u n a auténtica novela , e l autor era tan cons
ciente de l o que s ignif icaba l a estructura en la prosa de
f icción, que logró organizar los materiales de su relato con
u n a h a b i l i d a d s in precedentes en M é x i c o . P o r otra parte,
supo m a n e j a r tan acertadamente el arte de l a caracterización,
q u e sus personajes parecen más reales que las figuras de
P i z a r r o , las cuales se nos anto jan títeres movidos con hi los. Y ,
l o q u e es más i m p o r t a n t e , A l t a m i r a n o fue capaz de apreciar y
expresar l a atmósfera de lo l o c a l , y así hermoseó su o b r a con
u n e lemento gracioso que b r i l l a p o r su ausencia en P izarro .
T o d a s estas razones e x p l i c a n que La Navidad en las montañas
h a y a seguido leyéndose a través de los años (a lo cual no es
ajeno, c iertamente, el grato efecto de nostalgia que deja en
e l l e c t o r ) , mientras que las novelas de P i z a r r o h a n quedado
relegadas a l o l v i d o , hasta época m u y reciente, y ahora son
objeto de estudio debido sobre todo a su interés ideológico.
L a c u a l i d a d que t ienen en c o m ú n P i z a r r o y A l t a m i r a n o ,
y que ios d is t ingue de ios demás novelistas de l a R e f o r m a , es
precisamente el íntimo c o n v e n c i m i e n t o de que los ideales re
formistas p u e d e n ponerse en práctica, y e l o p t i m i s m o que
m a n i f i e s t a n en cuanto a l a p o s i b i l i d a d de su realización. N o
cabe d u d a de que A l t a m i r a n o — p o r l o menos durante sus
años de m a y o r a c t i v i d a d l i t e r a r i a — estaba persuadido de l a
372 J. S. BRUSHWOOD
necesidad de cambios y mejoras p a r a l a Repúbl ica . A través
d e l a revista El Renacimiento — t í t u l o m u y signif icativo por
sí m i s m o — quiso i m p u l s a r u n a l i t e r a t u r a n a c i o n a l que toma
r a en cuenta el carácter de l país y que, a l p r o p i o t iempo,
i n c u l c a r a el p r o f u n d o sentido m o r a l tan intensamente deseado
p o r él, u n sentido m o r a l hecho sobre todo de honradez bá
sica, de respeto para los derechos de los demás, y que, si
h u b i e r a que d e f i n i r l o con u n a sola p a l a b r a , podría ident i f i
carse con el " o r d e n " . Este deseo tan concreto v i n o a ser u n a
fuerza d o m i n a n t e durante el período porf ir ista , y fue sin
d u d a el factor que hizo tolerable l a d i c t a d u r a para no pocos
intelectuales,
E l nuevo interés p o r l a l i t e r a t u r a sobrevino en u n a época
e n que ya estaba balbuceando el m o v i m i e n t o de R e f o r m a .
Después de unos diez años de t u r b u l e n c i a , señalados p o r la
G u e r r a de R e f o r m a y p o r l a Intervención francesa, el gobier
n o de B e n i t o Juárez se estableció en 1857, Y entonces se inició
l a realización de los anhelos reformistas. Se t o m a r o n varias
medidas, la más espectacular de las cuales afectó l a posición
de l a Iglesia dentro de l a sociedad m e x i c a n a , de manera que
l a R e f o r m a se atrajo l a oposición de los elementos tradicio-
nalistas y conservadores. B i e n visto, existía u n abismo bas
tante ancho entre las leyes promulgadas por l a ideología
l i b e r a l y el v i v i r y el pensar reales de l p u e b l o mexicano. E m i
l i o Rabasa l legó a decir, con innegable just ic ia , que l a Cons
t i tución sirvió dignamente como símbolo, pero no como ley
f u n d a m e n t a l . 3
H a c i a l a misma época, G a b i n o B a r r e d a i n t r o d u j o el posi
t iv i smo en el pensamiento m e x i c a n o . L a orientación cientí
f ica de esta nueva filosofía sirvió m u y b i e n a los anhelos de
o r d e n y progreso proclamados p o r e l m o v i m i e n t o de Refor
ma. T a m b i é n sirvió a los objetivos materialistas de l a clase
m e d i a , que, cada vez más poderosa, m a r c h a b a en todo —ex
cepto en e l deseo de o r d e n — a contrapelo de las f inal idades
de l a R e f o r m a . T a n t o el pos i t iv i smo como el l ibera l i smo eran
aborrecibles p a r a los elementos conservadores y tradicionalis-
tas; el t r a d i c i o n a l i s m o era inaceptable para la material ista
clase m e d i a ; pero el pos i t iv i smo podía emplearse como justi-
LA NOVELA EN EL PORFIRISMO 373
f icación del l u c r o m a t e r i a l . L a ideología posit ivista prome
tía orden, y, p u d i e n d o mantenerse el aspecto anti-religioso
d e l posit iv ismo dentro de límites razonables, el orden prome
tía l a c o n t i n u i d a d de l a posición económica y social de los
tradicionalistas. Así, pues, todos aceptaron calurosamente l a
i d e a de " o r d e n " , excepto los l iberales que se empeñaron en
m a n t e n e r u n a a c t i t u d de intransigencia .
P O R F I R I O D Í A Z se levantó contra Juárez en 1 8 7 1 , debido quizá
a las tendencias dictatoriales de Juárez, o quizá m o v i d o p o r
su personal ambición de poder; pero esta ambición 110 se v i o
c o r o n a d a con el éxito hasta después de que Sebastián L e r d o
de T e j a d a ocupó l a s i l l a pres idencia l , a l a muerte de Juárez.
Desde 1 8 7 7 N A S T A 1 9 1 0 , Díaz fue l a f igura d o m i n a n t e de l a
pol í t ica mexicana. C u a l e s q u i e r a que hayan sido en u n p r i n
c i p i o sus móviles, l o cierto es que acabó por convertirse en
p a t r o c i n a d o r de tendencias esencialmente contrarias a l espí
r i t u de l a R e f o r m a . Sostenido de u n lado por los t radic iona
listas, y de otro p o r l a ambic iosa clase media , contentó a l a
p r i m e r a p e r m i t i e n d o — d e m a n e r a no o f i c i a l — que l a Iglesia
recuperara su poder, y adquir ió ascendiente entre l a segunda
concediendo ventajas económicas a sus miembros. E l anhelo
de o r d e n era el único v ínculo que mantenía tan extraña
unión, de m a n e r a que había que conservar este orden, cos
tara lo que costara. E l prec io pareció bastante alto a muchos
hombres honrados, p r o v o c a n d o en los part idar ios de l régi
m e n por f i r i s ta u n verdadero p r o b l e m a de conciencia.
L a aceptación de las corrientes realistas aumentó durante
los años que s iguieron a 1867, y puede decirse que esta ten
d e n c i a fue l a d o m i n a n t e en l a l i t e r a t u r a a p a r t i r de 1887. E n
M é x i c o , el real ismo provenía de dos fuentes. E n p r i m e r lugar ,
se insertaba en u n a tradición de las letras mexicanas y espa
ñolas que se complacía en e x h i b i r los hechos de l a v i d a coti
d i a n a y que cargaba el acento, ele manera part icu lar , sobre
las flaquezas humanas existentes en toda sociedad. L a se
g u n d a fuente de esta corr iente l i t e r a r i a fue el real ismo fran
cés, bajo cuya i n f l u e n c i a los novelistas se enseñaron a m i r a r
c o n o b j e t i v i d a d l a r e a l i d a d que se desplegaba ante su vista, y
374 J- S. BRUSHWOOD
a estudiar l a causa y e l efecto de las situaciones tratadas e n
sus obras.
Dice m u y b i e n J o a q u i n a N a v a r r o que "los autores realis
tas, por e l hecho de serlo, t u v i e r o n que tomar en su o b r a
posiciones m u y claras y def inidas en cuestión de ideas socia
les" . 4 S i n embargo, los realistas mexicanos no se apegaron
a l " m é t o d o " tan estrictamente como sus colegas de F r a n c i a ,
y, en consecuencia, su posición no siempre se nos muestra tan
c l a r a como podría hacernos creer e l comentario de l a pro
fesora N a v a r r o . E n t r e los novelistas que eran part idar ios d e l
régimen de P o r f i r i o Díaz, u n a posición clara en apar ienc ia
suele aparecer n u b l a d a p o r puntos de vista que no se e x p l i
c a n cómodamente en vista de l a posición básica. Fácil es ver
e n qué aprietos se encontraba el escritor realista p a r t i d a r i o
de Díaz: p o r el hecho de ser escritor realista, se veía forzosa
mente en l a infe l iz situación de presenciar condiciones so
ciales que debía pasar p o r alto o b i e n just i f icar de a l g u n a
manera , p a r a poder seguir prestando apoyo a l régimen que
le garantizaba el o r d e n gracias a l c u a l tenía l a p o s i b i l i d a d
de observar y escribir . E n México , los constantes disturbios
sociales habían sido u n o de los obstáculos más serios p a r a l a
producción l i t e r a r i a . Así , pues, n o es difícil comprender que
los escritores t u v i e r a n que vencer u n a tremenda r e p u g n a n c i a
antes de decidirse a a l terar l a t r a n q u i l i d a d social, tan a duras
penas conseguida.
E l régimen de Díaz n u n c a estuvo a salvo de críticas. L o s
ataques inspirados p o r l a l u c h a de part idos a b u n d a n en l a
prensa durante l a campaña de Díaz contra Juárez y L e r d o de
T e j a d a , y los críticos a n t i p o r f i r is tas n u n c a q u e d a r o n reducidos
p o r completo a l s i lencio, si b i e n es v e r d a d que sus p o s i b i l i d a
des de expresión fueron prácticamente nulas en los años en
q u e l a d i c t a d u r a se asentó con m a y o r f irmeza. A l g u n a s de las
críticas sociales escritas d u r a n t e los pr imeros años de l a presi
d e n c i a de d o n P o r f i r i o n o i b a n enderezadas precisamente con
tra él, puesto que n o hacían sino c o n t i n u a r el examen de pro
blemas que, surgidos antes de su ascenso a l poder, continuarían
e n los años posteriores, a veces con m a y o r v i r u l e n c i a .
E n t r e las obras novelísticas publ icadas durante estos años,
LA NO VELA EN EL PORFIRISMO 3 7 5
encontramos dos que revelan algo más que u n interés o r d i n a
r i o p o r las condiciones sociales: Los maduros, de P e d r o Cas-
tera , y Pobres y ricos de México, de José R i v e r a y R í o .
L a p r i m e r a de estas novelas, p u b l i c a d a en 1 8 7 7 , es u n a
estampa de l a v i d a de los mineros , en l a c u a l vemos las d i f i
cultades que t ienen p a r a conseguir trabajo y sus aprietos eco
nómicos. Es u n a nove la bastante curiosa, porque el autor
tendía n o r m a l m e n t e h a c i a e l sent imental ismo, y sus persona
jes son u n a desconcertante mezcla de sent imiento y de grosero
m a t e r i a l i s m o . Castera, que se complacía en exponer con gran
d e t a l l e l a naturaleza d e l amor, estaba asimismo interesado
e n revelar l a nobleza d e l obrero. S i tuviéramos que reducir
a l a fórmula más s imple su tema, diríamos que es e l poder
d e l d i n e r o . S i n embargo, esta nove la se dist ingue de otras de
l a m i s m a índole en que los personajes de las clases pobres se
r e t r a t a n en f o r m a m u c h o más auténtica que de o r d i n a r i o .
L a nove la de R i v e r a y R í o , Pobres y ricos de México, es
u n a acusación contra l a clase m e d i a r i c a , cuyos miembros h a n
a lcanzado i n v a r i a b l e m e n t e su posición económica p o r medios
deshonestos o, cuando menos, p o r procedimientos discutibles
desde e l p u n t o de vista ético. Se p u b l i c ó p o r p r i m e r a vez
e n 1 8 7 8 , y gozó del raro p r i v i l e g i o de tener dos nuevas edi
ciones en 1 8 8 4 Y 1 8 8 6 , c i rcunstancia reveladora de u n interés
considerable en el tema durante los pr imeros años del régi
m e n de d o n P o r f i r i o . E l autor carga s iempre el acento sobre
l a corrupción m o r a l de los ricos. L o s "pobres" son, en su ma
y o r parte, personas cuyas costumbres y n i v e l m o r a l son emi
nentemente superiores. S u fa l ta de d i n e r o es resultado de
a l g ú n i n f o r t u n i o concreto e i n d i v i d u a l . E l novelista consa
gra cierto n ú m e r o de páginas a l a descripción de los grupos
más indigentes de l a c i u d a d de México , pero no ofrece ex
pl icación a l g u n a d e l estado en que se encuentran en cuanto
clase social , y l a única solución que p r o p o n e es u n a mejor ad
ministración de l a beneficencia públ ica .
José R i v e r a y R í o es u n novel is ta m a l dotado no sólo de
imaginación, sino a u n de ojos p a r a ver. Sus novelas, l lenas
s iempre de exageraciones emotivas, r e c u r r e n a l sensacionalis-
m o p a r a provocar interés. L a t r a m a de aventuras se parece
376 J. S. BRUSHWOOD
a l a corriente de u n río: siempre está f luyendo, y siempre es
l a m i s m a cosa. L a i n c a p a c i d a d que tiene p a r a ver los pro
blemas de M é x i c o en u n a perspectiva realista sólo es i g u a l a d a
p o r la i n c a p a c i d a d int e lec tua l para ahondar debidamente en
sus causas. E l n o haber sabido ver a los pobres de M é x i c o
c o m o u n a clase social , con problemas comunes a todos sus
m iembr os , le hace i n c u r r i r en u n a flagrante exageración: da
a los inmorales nuevos ricos, en Pobres y ricos de México, u n a
i m p o r t a n c i a numérica que distaban m u c h o de tener. L a s ob
servaciones morales de R i v e r a están hechas en tono de cha
c h a r a p u r i t a n a , y su manía de d i v i d i r personajes y situaciones
e n dos categorías tajantemente diversas, u n a en q u e todo es
b u e n o y s in m a n c h a , y o tra en que todo es m a l o ele remate,
apaga en el lector esa simpatía p o r los pobres que tanto se
empeña en crear.
S i se considera Pobres y ricos de México como d o c u m e n t o
de u n a época, su aspecto más interesante es e l t ratamiento
q u e recibe e l pos i t iv ismo. E l autor lo considera u n m a l ho
r r i b l e . N o comprende q u e pueda haber el m e n o r a u g u r i o de
progreso en l a ideología posit ivista. Según él, l a n u e v a f i lo
sofía sirve más b i e n p a r a fomentar las tendencias malsanas y
material istas de los malos y p a r a frustrar el idea l i smo de los
buenos.
E l desenlace es de naturaleza completamente i n d i v i d u a l ,
basado como está en l a p u r a invención del autor con respecto
a los dist intos personajes que aparecen en l a novela . L a so
lución de l p r o b l e m a en Los maduros de Castera se fragua de
m o d o m u y parecido. A u n q u e ambos novelistas d a n a entender
q u e existen grupos a m p l i o s e identif icables que v i v e n bajo
las condiciones que describen, n i n g u n o ele ellos e x a m i n a es
tas condiciones n i hace ver qué remedio podría ser valedero
p a r a toda l a clase social cuya suerte les preocupa.
E n el año 1885 salió de las prensas l a p r i m e r a edición del
Perico de Arcac l io Zente l la , novela que se nos muestra m u y
adelantada respecto a su época p o r el v igor de su protesta
social y p o r su d e c i d i d a aceptación de l a técnica realista. Es
notable l o t e m p r a n o de su fecha; sin embargo, su segunda
edición, aparec ida veinte años más tarde, se leyó en u n a época
LA NOVELA EN EL PORFIRISMO 377
en que era posible apreciar mejor su i m p o r t a n c i a en cuanto
test imonio de protesta social.
E n los mismos años en que los difusos e imprecisos comen
tarios de R i v e r a y R í o acerca de las clases económicas más
bajas d is frutaban de p o p u l a r i d a d en México, apareció en el
Boletín de la Sociedad Sánchez Oropeza u n artículo de E n
r i q u e Laubscher , e l cual demuestra que había personas capa
ces de concretar u n p r o b l e m a y de apuntar su solución. Este
p r o b l e m a es el de las relaciones del i n d i o con l a nación m e x i
c a n a . 5 L e o p o l d o Zea h a escrito que los positivistas de M é x i c o
exc luyeron de sus preocupaciones a l i n d i o , considerándolo,
n o como m e x i c a n o , sino como m i e m b r o de u n a raza conquis
t a d a . 6 L a a c t i t u d más generosa para con el i n d i o daba p o i
sentado que éste n o llegaría a ser parte integrante de l a na
c ión mientras no c o m p r e n d i e r a qué s ignif icaba ta l cosa.
L a u b s c h e r a d o p t a u n p u n t o de vista acorde con el posit ivis
m o , pero l a generosidad de que d a pruebas sobrepasa, cierta
mente, l a a c t i t u d general ta l como l a describe Zea. Según
él, e l i n d i o debe r e c i b i r educación p a r a poder sentir e l anhelo
de convertirse en parte de l a nación mexicana . Más aún:
a f i r m a que este paso es esencial para e l bienestar d e l país,
p o r q u e e l i n d i o es l a base de su p r o d u c t i v i d a d agrícola. T r a s
expresar l a opinión de que poco o n a d a se h a hecho p o r el
i n d i o desde su cristianización en l a época c o l o n i a l , L a u b s c h e i
acepta como p r o g r a m a de acción u n manif iesto p u b l i c a d o en
Celaya , e l 1 6 de septiembre de 1 8 8 3 , por u n a organización
de maestros l l a m a d a Sociedad H i d a l g o . Este p r o g r a m a pro
ponía l a fundación ele inst i tuciones en que se f o r m a r a n nue
vos maestros, de escuelas industr iales p a r a los jóvenes, de
escuelas d o m i n i c a l e s y nocturnas para adultos y niños de am
bos sexos, de cursos especiales destinados a l a instrucción de
las madres, y pedía además que se a u x i l i a r a económicamente
a los maestros dedicados a l a instrucción p r i m a r i a .
L A U B S C H E R Y L O S N O V E L I S T A S a r r i b a mencionados se interesaron
p o r l a situación social , pero no se o c u p a r o n concretamente de
P o r f i r i o Díaz. S i n embargo, sería equivocado creer que e l
d ic tador estuvo l i b r e de ataques directos. Y a en 1 8 8 0 , El Pa-
3 7 8 J. S. BRUSHWOOD
dre Cobos, bajo l a dirección de Ireneo Paz, lo atacaba con
u n a fur ia que nadie l legaría a igualar . Paz, autor de varias
novelas históricas escritas conforme a l a tradición romántica,
cas i no d a e n ellas n i n g u n a p r u e b a d e l ardor combat ivo que
encontramos en El Padre Cobos. Es ta revista expresaba sus
ideas p r i n c i p a l m e n t e p o r m e d i o de caricaturas q u e presenta
b a n u n mensaje social o polít ico. U n a de las caricaturas,
i n t i t u l a d a " I g u a l d a d " , retrata a u n Díaz glotón y de aspecto
i d i o t a sentado a u n a mesa suculentamente servida, mientras
l a gente m u e r t a de h a m b r e l o c o n t e m p l a con expresión lasti
m o s a y colérica. 7 A través de esas caricaturas, y de fragmentos
satíricos en prosa y en verso, El Padre Cobos predicaba que
d o n P o r f i r i o n o tenía n i n g ú n respeto p o r l a Constitución n i
p o r los derechos humanos .
E l ataque más inte l igente contra Díaz durante los p r i m e
ros años de su gobierno apareció en El Lunes, periódico se
m a n a l f u n d a d o p o r e l novel is ta Salvador Quevedo y Zubie ta .
T a m b i é n este autor fue m u c h o menos explícito en sus nove
las que en e l resto de sus escritos p o r l o que se refiere a l a
apreciación d e l régimen. Pero su crítica periodística era tan
c l a r a e intrépida, que p o r conveniencia p r o p i a se v i o o b l i
g a d o a pasar varios años en E u r o p a . E l tono de esta crítica
de El Lunes puede verse m u y b i e n e n l a siguiente cita, to
m a d a de u n artículo s i n f i r m a , en que se elogia a A r i s t a y se
c o n d e n a a Díaz (10 de octubre de 1881):
Los servicios eminentes son los del hombre que sube ai poder
sobre los cadáveres amontonados en diez años de revoluciones de
ambición; el que se mantiene en ese poder sobre las víctimas asesi
nadas en Veracruz; el que, agravando los males del país, sostiene y
multiplica la soldadesca; el que, concentrando en sí todas las sobera
nías y aboliendo las libertades públicas, rompe por todas sus partes
la ley suprema del país; el que, por último, haciendo una falsa
abdicación de mando, se retira del poder lleno de riquezas sacadas
de quién sabe dónde, y no para dejar que su patria se dirija por el
solo impulso de sus fuerzas libres, sino para tenerla postergada
bajo su oculta influencia y para preparar un segundo reinado tras
un interregno de cuatro años! 8
L a s voces de protesta f u e r o n u n a n o t a disonante relativa
m e n t e poco notable en u n a sociedad que, lejos de tomar en
LA NOVELA EN EL PORFIRISMO 379
c u e n t a l a idea de c a m b i a r e l nuevo régimen, aceptaba de todo
corazón l a es tabi l idad que prometía. S i n embargo, las protes
tas directas contra l a d i c t a d u r a continuarían, en cuanto esto
era posible bajo las reglamentaciones de u n gobierno cada vez
m á s susceptible, y l legarían a a d q u i r i r fuerza considerable en
los últimos años de l a presidencia de d o n P o r f i r i o . M i e n t r a s
tanto , l a protesta se robustecía en v i r t u d de u n a especie de
crít ica i n d i r e c t a expresada en l a o b r a de ciertos escritores que,
a u n q u e part idar ios d e l régimen de Díaz, mostraban u n a i n
t r a n q u i l i d a d social sumamente reveladora.
E n lo exterior, como es b i e n sabido, México prosperó en
l a época de Díaz. D o n P o r f i r i o supo conservar siempre u n do
b l e apoyo, e l de los tradicional istas y el d e l elemento posit i
v i s t a y "cientí f ico". E s t a b i l i d a d y progreso m a t e r i a l fueron
las claves de su larga presidencia, y el l u c r o económico fue l a
m e t a de no pocos i n d i v i d u o s . F u e u n a época de paz y de or
d e n , conservados mediante l a supresión, cada vez más b r u t a l ,
de las protestas expresadas p o r personas o p o r grupos. L a paz
y e l o r d e n fueron, n o las características naturales de este
per íodo histórico, sino las condiciones necesarias, e impues
tas p o r l a fuerza, p a r a que l a clase m e d i a p u d i e r a seguir me
j o r a n d o su posición económica. M a r i o G i l í h a mostrado c o n
absoluta c l a r i d a d que n u n c a h u b o verdadera paz bajo l a dic
t a d u r a . V a r i o s levantamientos, s in relación unos con otros,
t u v i e r o n lugar desde l a v i c t o r i a de T u x t e p e c en 1 8 7 7 hasta
los incidentes de T o m o c h i c y T e m o s á c h i c en 1 8 9 2 y 1 8 9 3 .
T e r e s a U r r e a , " l a santa de C a b o r a " , fue l a chispa que en
cendió estos últ imos brotes de descontento, y su i n f l u e n c i a se
s iguió s int iendo hasta e l día en que, tras sol ic i tar l a c iudadanía
norteamericana, suspendió sus actividades ant iporf ir istas . 6 L o s
años que m e d i a n entre este hecho ( 1 8 9 4 ) y el comienzo del
m o v i m i e n t o de los Flores M a g ó n ( 1 9 0 1 ) constituyen el pe
r í o d o de d o m i n i o más completo de l a d ic tadura sobre la
sociedad m e x i c a n a .
D E N T R O D E E S T E M A R C O social apareció en México l a novela
real ista . L o s escritores a n h e l a b a n l a paz, n o sólo con miras
a l bienestar de l a nación, s ino también p a r a poder c u l t i v a r
3*o /. S. BRUSHW00D
t r a n q u i l a m e n t e las letras. S i n embargo, a pesar de sus gran
des deseos de paz, de n i n g u n a manera podían cerrar los ojos
a los hechos en m e d i o de los cuales vivían, y se esforzaron en
consecuencia — a m e n u d o con cierta t o r p e z a — p o r resolver
e l d i l e m a en que se encontraban. " L a revolución de 1910
— h a d icho m u y b i e n C a r l o s T o r r e s M a n z o — estaba pendiente
d e l techo sobre l a cabeza de los literatos de fines d e l siglo
pasado, amenazadora y disolvente." 1 0
E l p r i m e r o de los escritores realistas más conocidos de Mé
x i c o , E m i l i o Rabasa , publ icó en 1887 y 1888 sus cuatro nove
las, relacionadas entre sí: La hola, La gran ciencia, El cuarto
poder y Moneda falsa. D e s a r r o l l a en ellas dos p r i n c i p a l e s co
rrientes de crítica social: el o p o r t u n i s m o y l a corrupción en
l a política, y l a fa l ta de honradez en l a prensa. Presenta
u n alegato en favor d e l o r d e n cuando describe l a revuelta
pequeña y estrictamente loca l desencadenada p o r u n polít ico
s i n escrúpulos, Cabezudo, para encaramarse en e l poder. E l
novel ista subraya l a frustración del ideal ismo en el r i v a l de
Cabezudo, Quiñones, y ve en l a falta de honradez periodís
t ica u n síntoma pésimo de l a sociedad y l a política mexicanas.
L a producción novelística de R a b a s a tiene u n a c u a l i d a d
picaresca q u e l a re la c io na m u c h o más estrechamente con el
t r a d i c i o n a l rea l i smo hispánico que con l a i n f l u e n c i a fran
cesa. Sus obras t ienen l a m i s m a f loja a r q u i t e c t u r a de l a
novela picaresca, y esta m i s m a i n f l u e n c i a lo h izo capaz de
de l inear a sus personajes claramente, con brochazos rápidos y
acertados, y a m e n u d o con verdadero h u m o r . A R a b a s a no le
interesa el desarrol lo coherente de todos los personajes de sus
novelas. Su atención está atada siempre a los dos protagonis
tas a través de los cuales desea expresar sus comentarios sobre
las cosas; las demás figuras se i n t r o d u c e n ya hechas y forma
das, y se u t i l i z a n sólo en l a m e d i d a en que hacen fa l ta para
redondear e l cuadro d o m i n a d o p o r los héroes pr inc ipales . Ca
bezudo y Quiñones comienzan en el escalón más bajo y v a n
subiendo hasta o c u p a r puestos de i m p o r t a n c i a en los campos
de a c t i v i d a d crit icados p o r el novel ista: l a polít ica y e l pe
r i o d i s m o . E l h u m o r de R a b a s a nos hace pensar a veces que
l o que está trazando es u n a car icatura; s in embargo, subsiste
LA NOVELA EN EL P0RFIR1SM0 3 8 i
s iempre su s incer idad fundamenta l , y es evidente que el or
d e n que anhela es u n o r d e n que debe brotar de l a m o r a l i d a d
de los i n d i v i d u o s . A n á l o g o p u n t o de vista se encuentra en
otras dos novelas basadas en posturas críticas también análo
gas: Reproducciones ( 1 8 9 5 - 9 6 ) , de José F e r r e l , y Pacotillas
( 1 9 0 0 ) , de P o r f i r i o P a r r a . L a cuestión rel ig iosa n o entra en
consideración. L a ansiada m o r a l i d a d parece tener u n a base
científica. S i n embargo, n i n g u n a de las novelas deja en el
lector la impresión de que esta m o r a l i d a d esté a p u n t o ele
convertirse e n u n hecho.
E n 1 8 9 1 , R a b a s a publ icó u n a novela corta, La guerra de
tres años, su ú l t ima producción l i terar ia . Es, en cierto sentido,
u n c o m p e n d i o de sus anteriores escritos novelísticos. Su es
t i l o y su m a n e r a de tratar los materiales son los mismos.
Interesado de nuevo en l a situación polít ica de u n a pequeña
población, R a b a s a se o c u p a del p r o b l e m a que surge cuande
el jefe de l a l o c a l i d a d pone en vigor las medidas anticlericales
de las Leyes de R e f o r m a , estorbando el proceso n o r m a l de l a
v i d a rel igiosa en l a población. H a y en ésta l iberales lo mis
m o que conservadores, y no l lega a r e i n a r l a paz hasta que
el jefe polít ico a b a n d o n a su puesto y recibe, en otro lugar, u n
n o m b r a m i e n t o más i m p o r t a n t e . Esta solución forzada está
m u y ele acuerdo con el tema de l a novela , que es l a distancia
que m e d i a entre l a ley y el pueblo .
E L E S T U D I O D E L A V I D A en u n a c i u d a d de p r o v i n c i a encuentra
su expresión más artística, dentro de esta época, en los cuen
tos y novelas de R a f a e l Delgado. P a r a Delgado, l a alegría
más grande era l a v i r t u d tradic ional is ta , l a v i r t u d de l a clase
m e d i a . Y , n o obstante — a u n q u e ciertamente s in l a m e n o r
intención de escribir l i t e r a t u r a r e v o l u c i o n a r i a — , i d e n t i f i c a
en ta l f o r m a las clases sociales, que el lector comprende que no
puede d u r a r u n a es tabi l idad a f i rmada sobre tales bases.
L a s novelas de D e l g a d o ostentan u n a mezcla de r o m a n t i
cismo y rea l ismo que a veces da lugar a u n a exageración de
l o sent imenta l dentro de u n conjunto realista. E l fenómeno
molesta a l lector p o r su i m p r o b a b i l i d a d hasta que, tras u n
poco de ref lexión, se d a cuenta ele que esta carga sent imental
382 J. S. BRUSHWOOD
es bastante probable en l a situación retratada por el novel ista .
L o s l ibros de Delgado son novelas de costumbres, y n o con
t ienen tesis políticas. E n La calandria (1890-91) y en Los
parientes ricos (1901-02) se d a a l g u n a i m p o r t a n c i a a l tema
d e l poder de l d inero y a l efecto degradante que tiene sobre
los ricos. Es precisamente e l tema que había acometido R i
v e r a y R í o en Pobres y ricos de México, aunque debemos
observar, en h o n o r de Delgado, que él es u n novelista m u c h o
más consumado. E l autor de Los parientes ricos no recalca l a
v i leza de procedimientos c o n que l a clase m e d i a h a a d q u i r i d o
su fortuna, n i tampoco traza u n a categórica raya d i v i s o r i a en
tre los pobres, siempre honorables , y los ricos, siempre sinver
güenzas. S i n embargo, es evidente que, para él, los pobres
están a merced de los ricos, como también es evidente que des
a p r u e b a las aspiraciones material istas de l a clase m e d i a .
Delgado no muestra simpatía p o r las masas, y parece com
p a r t i r l a a c t i t u d de muchos de sus contemporáneos frente a l
i n d i o , o sea no tomar lo en consideración para nada. Reco
noce, es verdad, l a v i t a l i d a d de l a clase baja, pero tiene el
c u i d a d o de a t r i b u i r esta v i t a l i d a d a herencia h i s p á n i c a . 1 1
Q u i z á p u e d a decirse que esa m i s m a v i t a l i d a d viene a consti
t u i r el tema p r i n c i p a l de los cuentos de Ángel de C a m p o ,
a u n q u e éste n u n c a tuvo, ciertamente, semejante preocupación
c o m o tema. J o a q u i n a N a v a r r o c o m p a r a su o b r a con l a de
D e l g a d o , 1 2 y dice que " l a crítica suave d e l novelista veracru-
zano [Delgado] se convierte en Á n g e l de C a m p o en protesta
i m p a c i e n t e " . 1 3 S i n embargo, los cuentos de Ángel de C a m p o
n o cont ienen ideas revoluc ionar ias alarmantes; lo que hay en
ellos es u n deseo suavemente expresado, pero constante e i m
paciente, de mejor educación y de mejores condiciones econó
micas p a r a los habitantes de l a c a p i t a l a quienes conoció tan
a fondo el autor, y de cuyas filas salían sabios y mendigos — y
rebeldes. C o n p l e n a razón h a l l a m a d o M a u r i c i o M a g d a l e n o
a Á n g e l de C a m p o e l " t i e r n o precursor ele l a trepidación re
v o l u c i o n a r i a " . 1 4
E L T E R C E R O de los grandes escritores realistas, José López Por
t i l l o y Rojas , fue el único que se interesó p o r el M é x i c o r u r a l .
LA NOVELA EN EL PORFIRISMO 383
Escr ib ió tres novelas y gran número de cuentos, muchos de
los cuales se p u b l i c a r o n antes de l a aparición de su p r i m e r a
n o v e l a , en 1 8 9 8 . H i j o de padres ricos, propietar ios de tierras
e n J a l i s c o , h izo muchos viajes a l extranjero y l legó a dist in
guirse en l a v i d a públ ica l o m i s m o que en las letras. N o sólo
escribió cuentos y novelas, s ino también poesía, crítica l ite
r a r i a , relatos de viaje, h i s t o r i a y teoría polít ica. G r a n parte
de s u o b r a pertenece a l período posterior a 1 9 1 0 . L a expre
sión más interesante de sus ideas, en l a época que precedió a
M a d e r o , se encuentra en su prosa de ficción. Además de ser
u n escritor m u y notable desde e l p u n t o de vista estrictamente
l i t e r a r i o , L ó p e z P o r t i l l o es u n o de los hombres más dignos
de interés, entre los de su época, desde e l p u n t o de vista de l a
ideología . Sus actitudes sociales revelan, m u y a las claras,
l a confusión y l a p u g n a de conciencia que suele entreverse,
a u n q u e n o s iempre se p e r c i b a c laramente, en algunos de sus
contemporáneos. E n Nieves, cuento que apareció en 1 8 8 7 en
u n a revista de G u a d a l a j a r a , La República Literaria, López
P o r t i l l o revela ciertas actitudes que más b i e n cabría esperar
e n l a N o v e l a de l a Revoluc ión. L o s materiales de l cuento
p r o v i e n e n de los recuerdos de u n a v is i ta , hecha algunos años
antes, a l a h a c i e n d a de su f a m i l i a . L a s reminiscencias de l au
tor y l a acción contemporánea const i tuyen el núcleo d e l
re la to . U n a escena p a r t i c u l a r m e n t e reve ladora es el recuerdo
de l a raya semanal de los peones. L a consciencia que tiene
L ó p e z P o r t i l l o de las condic iones de v i d a de estos campesi
nos, según se mani f iesta en l a escena q u e describe, produce
u n efecto i g u a l a l de u n a escena análoga de Tierra, l a no
v e l a de G r e g o r i o López y Fuentes. L a i n t r i g a del cuento se
desarro l la e n torno a l lascivo deseo que u n o de los hacenda
dos vecinos t iene p o r Nieves, encantadora rancher i ta . E l au
t o r c r i t i c a l a f lo ja m o r a l i d a d de algunos de los peones, pero
N i e v e s y su p r o m e t i d o son personas completamente dignas, y
L ó p e z P o r t i l l o expresa con bastante v i o l e n c i a l a opinión que
le merece l a i n j u s t i c i a c o m e t i d a c o n ellos:
H a y por desgracia en México, país de instituciones libres, don
de se ha proclamado la emancipación de los pequeños de la tira
nía de los grandes, buen número de propietarios rurales que aún
3§4 J. S. BRUSHWOOD
mantienen de hecho vivos en sus posesiones los antiguos derechos
de honras y haciendas sobre sus sirvientes, como si aún fuesen
éstos los antiguos siervos del terruño. Se administran justicia por
su propia mano; sujetan a los infelices al tormento del cepo; les
rebajan los salarios; les pagan con maíz, con fichas, con papel;
los obligan a consumir los efectos que quieren; y, para colmo de
injusticia, deshonran a sus hijas o esposas, llevando l a desgracia
al seno de las familias y a lo más profundo de los corazones cam
pesinos.
D o n Santos era uno de esos hacendados arbitrarios y crueles,
que abusan de su posición para tiranizar a los moradores de sus
tierras. A aquellos que, bastante orgullosos u honrados, no se su
jetaban a su yugo, los lanzaba de sus dominios ignominiosamente,
llamándolos ladrones.15
Las más vigorosas de las críticas de López P o r t i l l o se ha
cen en f o r m a de declaración directa, como en l a c i ta anter ior ,
pero el cuentista i n d i c a m u y claramente, a través d e l relato,
hac ia dónde v a n sus simpatías. E n el cuento que comentamos,
e l desenlace — s a l v a c i ó n para Nieves y p a r a su amante, y
castigo p a r a el l u j u r i o s o d o n S a n t o s — corre a cargo de u n a
p r o v i d e n c i a l " b o l a " . L o s dos jóvenes campesinos se u n e n a
los revoluc ionar ios y c a m b i a n su t ierra p o r o t r a desconocida,
s in saber l a suerte que les aguarda. E l n a r r a d o r hace ver que
n o es ésta u n a solución satisfactoria; pero no ofrece otra , fue
r a de la n o r m a general que desea i n c u l c a r : que l a gente debe
portarse c o n decencia.
E n La parcela (1898), el ambiente en que transcurren
los hechos p r o p o r c i o n a a l autor u n a b u e n a o p o r t u n i d a d p a r a
proseguir su censura de los malos hacendados. Pero no l a
aprovecha. H a y sólo algunos detalles de interés social : am
bición de tierras p o r parte de u n o de los ricos propietar ios ,
opiniones satíricas acerca de l a política local , y condenación
de la i n i c u a " ley fuga" . P o r lo visto, el o r d e n d i c t a t o r i a l ha
bía alcanzado u n grado de fuerza que impedía ser más
explícitos a los escritores.
E n u n a n o v e l a post-revolucionaria , Fuertes y débiles
(1919), reaparece e l tema de Nieves. Y l a a c t i t u d de López
P o r t i l l o es l a m i s m a de su o b r a anter ior : se d a cuenta de l a
i n j u s t i c i a , l a d e n u n c i a , pero n o i n d i c a que e l r e m e d i o esté
LA NOVELA EN EL PORFIRISMO 385
en u n cambio de l a estructura social . L o que o p i n a es que
algunos hacendados se p o r t a n de manera reprobable , y l a
solución del p r o b l e m a consiste en cambiar a los hombres, n o
en m u d a r las inst i tuciones. López P o r t i l l o es u n t radic iona-
l is ta " i l u s t r a d o " . D e p l o r a el ataque l i b e r a l contra l a Iglesia
en Los precursores ( 1 9 0 9 ) , y l a pérdida de los valores y cos
tumbres tradicionales en Fuertes y débiles. E n general, parece
c o l u m b r a r vagamente u n remedio de los males del país a tra
vés de l a religión.
C u a n d o López P o r t i l l o se enfrenta a l p r o b l e m a de l a po
breza de México, se deja l l evar a u n a justificación m u y típica
d e l s iglo x i x . E n Nieves, después de comentar las miserables
condiciones económicas de los peones, concluye que cuando
éstos deseen mejorar de suerte, l a tendrán m e j o r . 1 6 L o que
n o dice es cómo habrá que sembrar en ellos ese deseo de me
j o r a . S i n mbargo , su visión de l p r o b l e m a era más p r o f u n d a
de l o que hasta ahora se h a pensado. P a r a p r o b a r l o , basten
estas declaraciones publ icadas dos años después de Nieves en
su ensayo acerca de J o h n B r i g h t y las leyes de cereales:
Los explotadores de las masas revístense con el manto hipócrita
del patriotismo y la filantropía; claman que defienden los intereses
públicos, y hacen creer al vulgo ignaro que son bienhechores des
interesados, cuando no son en realidad sino los vampiros despia
dados de su débil sangre.. . ; trafican con su miseria, explotan su
hambre y le venden a precios fabulosos las migajas con que man
tiene su angustiada existencia. 1'''
L a s ideas expresadas en e l párrafo anter ior son de índole
general , y n o se escr ibieron a propósito de M é x i c o en con
creto. E l ensayo d a a entender que es preciso hacer cons
cientes a las masas de l estado en que se encuentran —segura
mente a través de l a e d u c a c i ó n — ; tal puede ser l a fuente de
donde brote el deseo de u n a v i d a mejor, según l a ref lexión
hecha en Nieves p o r el autor. López P o r t i l l o no se pone a
pensar en los cambios que podría causar en l a estructura so
c i a l el cambio de a c t i t u d de los peones. E n el m i s m o v o l u m e n
de l a Revista Nacional en que aparece su ensayo sobre J o h n
B r i g h t , Telésforo Garc ía consagra p o r l o menos a lguna m e d i
tación a l p r o b l e m a d e l i n d i o y de l a t ierra, sugir iendo que
3 8 6 J.S. BRUSHWOOD
u n a f o r m a de p r o p i e d a d en c o m ú n sería mejor que l a pro
p i e d a d i n d i v i d u a l . 1 8
L o Q U E A N T E S hemos l l a m a d o el " t e m a de N i e v e s " —es decir,
e l de l hacendado que se aprovecha de su ventajosa situación
p a r a deshonrar a u n a mujer socialmente i n f e r i o r — fue l a crí
t ica que c o n mayor frecuencia y concreción se esgrimió contra
e l hacendado en l a novela de l a época porf i r i s ta . E l trata
m i e n t o d e l tema presenta gran n ú m e r o de variaciones. E n
Nieves, constituye el centro de u n a i n t r i g a que se desarrol la
c o n ca lma, pero con bastante fuerza. L a personal idad de l a
m u c h a c h a está u n tanto ideal izada, puesto que es difícil com
p r e n d e r cómo p u d o haberse cr iado con tan altos ideales de
fuerza y v i r t u d en las sórdidas condiciones que l a rodean.
E v i d e n t e m e n t e , López P o r t i l l o n o es como los naturalistas
q u e creen en l a f a t a l i d a d del ambiente. Se pregunta p o r qué
las personas desdichadas h a n n a c i d o p a r a ser l o que son; y
s i n embargo, se esfuerza p o r convencer a d o n Santos de que
ofrezca u n a v i d a mejor a Nieves. C o m o siempre ocurre, sus
ideas relat ivas a l mejoramiento y a l progreso son de índole
completamente i n d i v i d u a l .
E n La mestiza (1891), El igió A n c o n a l leva a cabo u n a l i
gera var iación del tema, en f o r m a considerablemente más
romántica. E l cuento es más melodramático que Nieves, pero
a pesar de sus abundantes características románticas, hay en
los personajes u n a m a y o r matización entre l o m a l o y l o bueno
q u e en Nieves, cuya técnica es básicamente realista. L o que
se ve hasta l a saciedad en La mestiza es que los ricos en cuan
to clase n o t ienen el m e n o r respeto p o r los derechos de los
pobres en cuanto clase, sea c u a l fuere l a naturaleza de esos
derechos: económica, c i v i l o sent imental . L o s pobres temen
a los ricos y se esfuerzan p o r evitar todo contacto con ellos.
E l Pascual Aguilera de A m a d o Ñ e r v o (1896) i n c o r p o r a
as imismo e l tema de Nieves, pero en u n lugar secundario.
Ñervo , q u e sigue siendo u n poeta en sus cuentos, se vale de
u n a especie de relato críptico que p e r m i t e solamente e l des
a r r o l l o d e l tema p r i n c i p a l , con exclusión de u n a a m p l i a
crítica social . E l objeto d e l cuento es u n estudio psicológico
LA NOVELA EN EL PORFIRISMO 387
d e l protagonista. E n el espíritu de éste no hay sit io p a r a l a
más pequeña d u d a sobre su derecho a sol icitar los favores
de u n a mujer de clase social más baja. C o n todo, Ñ e r v o no d a
a entender que tal a c t i t u d sea común, puesto que hay en l a
educación de Pascual ciertos factores que l o i m p u l s a n a su
a c t i t u d egoísta.
I n d u d a b l e m e n t e , q u i e n e m p l e a en f o r m a más acerada e l
t e m a de Nieves es A r c a d i o Z e n t e l l a en Perico^ n o obstante
q u e a q u í también aparece en situación relat ivamente secun
d a r i a , ya que se trata de u n a de tantas injusticias cometidas
p o r e l hacendado. S i n embargo, es tan v i v i d a l a descripción
de l a b r u t a l conducta de éste, que, comparado con él, e l d o n
B e r n a r d o de G r e g o r i o López y Fuentes, en Tierra, es u n f i
lántropo que convierte su h a c i e n d a en refugio p a r a los des
dichados. E n verdad, haya o n o leído López y Fuentes l a
n o v e l a de Zente l la — y n o existe p r u e b a a lguna de que así
l o h a y a h e c h o — , Perico es el precursor esp ir i tua l de Tierra.
Es asimismo u n presagio de Mala yerba de A z u e l a ( 1 9 0 9 ) , n o
sólo p o r lo que se refiere a l tema de Nieves, sino también a l
p l a n t e a m i e n t o general de los problemas. L a novela de Azue
l a está mejor escrita que Perico, pero es menos vehemente.
N i n g u n o de los dos novelistas ofrece u n a solución b i e n p l a
n e a d a de los problemas p o r ellos indicados, pero ambos están
de acuerdo en pensar que, p o r estable que parezca ser en l a
superf ic ie l a sociedad m e x i c a n a , las relaciones humanas re
tratadas en sus obras n o p u e d e n proseguir s in serios cambios.
D e los varios novelistas que desarro l laron el tema de N i e
ves, Zente l la y A z u e l a f u e r o n los únicos que se lanzaron a
general izar su crítica social . L o s demás escritores expresan
p o r l o común críticas determinadas y concretas, en l a m e d i d a
en que las condiciones se a p l i c a b a n a determinados i n d i v i
duos. L a crítica que tiene u n a connotación más general es
l a implícita, mientras que l a crítica que expresan abiertamente
suele ser más restr ingida.
E L P R I M E R N O V E L I S T A cuya crítica de l régimen p o r f i r i a n o a l
canzó u n a c a l i d a d que puede l lamarse " r e v o l u c i o n a r i a " con
p l e n a j u s t i c i a es H e r i b e r t o Frías, e l c u a l seguramente no l ie-
388 J. S. BRUSHWOOD
g ó a sospechar l a efervescencia a que daría lugar su p r i m e r a
novela , Tomochic (1893-95). L a s circunstancias de su v i d a
l o habían forzado a presenciar los aspectos menos gratos de l a
sociedad m e x i c a n a ; 2 0 había l levado en ciertas épocas u n a exis
tencia de b o h e m i o , tenía u n a generosa comprensión p o r sus
semejantes, y estaba predispuesto, . con toda n a t u r a l i d a d , a
s impat izar con los habitantes de l trágico pueblo de T o m o c h i c .
N o i m p o r t a el j u i c i o que ahora pueda merecer el fanatismo
de los tomochitecos; lo cierto es que su rebelión fue u n a l u
c h a por l a l i b e r t a d . 2 1 Y Frías fue el narrador de esta l u c h a .
L a epopeya de T o m o c h i c tuvo su or igen en el a is lamiento
de l a población y en el o r g u l l o de sus vecinos. E l celo con
q u e defendían sus derechos h u m a n o s fue i n d u d a b l e m e n t e
l o que les h i z o real izar algunas acciones que fueron conside
radas i m p r o p i a s p o r las autoridades. Es evidente as imismo
q u e se levantaron contra ellos varios cargos falsos que llega
r o n a oídos de l gobernador de C h i h u a h u a , el cua l no tenía
n i n g ú n afecto p o r estos alt ivos montañeses. E l pueblo q u e d ó
considerado en estado de rebelión, y se enviaron tropas d e l
gobierno p a r a someterlo. L o s tomochitecos, que además de
su va lor n a t u r a l tenían el v igor que les daba su fanat ismo
rel igioso, fundado en el cul to de l a "santa de C a b o r a " , l u
c h a r o n con denuedo. A l p r i n c i p i o , las tropas federales su
f r i e r o n u n a derrota desastrosa, y sólo sal ieron triunfantes
cuando, val idos de su s u p e r i o r i d a d numérica, destruyeron me
tódicamente el p u e b l o , casa p o r casa. F u e ésta, quizá, la car
nicería más atroz comet ida p o r l a d i c t a d u r a en n o m b r e de
l a paz.
H e r i b e r t o Frías fue u n o de los oficiales que l legaron en
l a úl t ima expedición. A l decidirse a escribir Tomochic, es
m u y probable que haya q u e r i d o escribir u n reportaje más
b i e n que u n a novela . P o r lo general , se sirvió de u n a técnica
n a r r a t i v a m u y senci l la . L o s elementos que no se r e l a c i o n a n
directamente con l a campaña, p o r ejemplo los amores del jo
v e n of ic ia l , t ienen u n tono l i t e r a r i o falso y no se ajustan
b i e n a l estilo p r e d o m i n a n t e de l l i b r o . Parecería que tales
elementos fueran brotes de l a consciencia l i t e r a r i a de l nove
l is ta , el c u a l empleó inconscientemente u n a expresión más
LA NOVELA EN EL PORFIRISMO 3 8 9
n a t u r a l a i referirse a l a campaña misma. Su tratamiento d e l
p u e b l o m e x i c a n o es el más auténtico que encontramos en l a
prosa novelística de l período de d o n P o r f i r i o .
Tomochic está l l e n o de alabanzas p a r a las fuerzas federa
les. Pero era i m p o s i b l e escribir l a h is tor ia de l a campaña s in
hacer ver el v a l o r y l a tenacidad de los tomochitecos, l a abru
m a d o r a s u p e r i o r i d a d numérica de los soldados federales, l a
i n e x o r a b l e destrucción de l poblado , l a resistencia de algunos
elementos federales a arriesgar su v i d a p o r l a causa, y l a des
deñosa a c t i t u d de los norteños frente a los soldados de l go
b i e r n o . N o es ésta u n a novela r e v o l u c i o n a r i a en e l sentido
de q u e recomiende l a revuelta, pero expresa dos ideas que
eran peligrosas p a r a l a d i c t a d u r a : p r i m e r a , que algunos me
xicanos, n o pertenecientes a l a clase d o m i n a n t e , estaban dis
puestos a defender sus derechos; y segunda, que l a revolución
era u n a p o s i b i l i d a d práct ica . 2 2
Frías ofreció el m a n u s c r i t o de Tomochic a los responsa
bles de El Demócrata, los cuales c o n v i n i e r o n en p u b l i c a r l o . E l
resultado fue q u e se suprimió el periódico y que e l autor fue
apresado y condenado a muerte, pues se le acusó de revelar
secretos de campaña. Gracias a l a heroica intervención de al
gunos amigos le fue c o n m u t a d a l a pena capi ta l , y Frías fue
expulsado de l ejército. A raíz de este inc idente , se dedicó a
escr ibir en u n a u o t r a f o r m a ; fue sobre todo u n activo pe
r i o d i s t a , y compuso varias novelas. S iguió sufr iendo frustra
ciones de índole personal y profesional , y su v i d a no fue
ciertamente u n c a m i n o s in espinas. L a s novelas de Frías re
v e l a n l a es ter i l idad de su búsqueda de honradez y just ic ia .
T o d a s las novelas posteriores a Tomochic se d i s t i n g u e n clara
mente de ésta, y const i tuyen u n g r u p o bastante u n i f o r m e . S u
f i n a l i d a d es l a crítica social , que el autor emprende de m a n e r a
abierta e i n t e n c i o n a l . L o s ambientes son siempre urbanos, y
los comentarios se ref ieren a problemas sociales sintomáticos
más b i e n q u e a las cuestiones fundamentales.
L a mejor de estas novelas es El último duelo (1896) . L a
i n t r i g a se desenvuelve en torno a l d u e l o convencional , y se
p lantea l a cuestión de si es u n m a l o u n a m a n e r a razonable
y deseable de ajustar los pleitos de h o n r a . Ésta fue, a media-
390 J. S. BRUSHW00D
dos de l a ú l t ima década d e l siglo, u n a de las cuestiones más
candentes que se d i s c u t i e r o n en l a prensa. H e r i b e r t o Frías
— y , de rechazo, El Demócrata— tomó posición dec id ida
mente en contra d e l duelo . A l a s u m i r esta postura, Frías pres
cinde de l hecho de que e l due lo sea o no u n m e d i o satisfac
tor io de arreglar las cuestiones de honor , y a f i r m a que l a
cuestión de h o n o r no es, de o r d i n a r i o , sino el f ruto de las cos
tumbres de u n a sociedad hipócrita. Basada en semejante
p u n t o de vista, l a n o v e l a nos muestra a l conjunto de l a so
c iedad bajo u n a luz desfavorable. L a acción de El último duelo
se desarrolla durante l a presidencia de M a n u e l González. S i n
embargo, los comentarios sociales son aplicables a años más
tardíos, como lo demuestran las demás novelas de Frías. V a
rias de sus obras son, hasta cierto p u n t o , romans a clef, l o c u a l
les confiere u n toque más de autent ic idad.
Frías es a m e n u d o u n escritor pedestre. C u a n d o se em
peña en conseguir elegancia estilística, e l resultado es casi
siempre absurdo. Es más atractivo cuando se confía en su pro
p i a técnica — o fa l ta de t é c n i c a — de relato s in adornos, pero
e l efecto de esta l laneza de estilo varía m u c h o , en proporción
c o n la h o n d u r a de sent imiento que haya en e l autor. N i su
prosa n i sus ideas nos ofrecen muchos quilates de bel leza, y
las últimas novelas que escribió carecen de l a c a l i d a d épica
que con tanta n a t u r a l i d a d reluce en Tomochic. E n sus nove
las reaparecen el tema de l a prensa, e l de l a pobreza y e l de l a
cárcel, pero son asuntos efectistas más b i e n que preocupacio
nes profundas. L o q u e hacen todas las críticas concretas y
menudas es c o n t r i b u i r a l tema p r i n c i p a l , a l más i m p o r t a n t e
de la o b r a de este novel ista: l a desilusión resultante de l a
falta de auténtica honradez en e l h o m b r e . Frías nos ofrece,
s in d u d a a lguna, e l cuadro de u n a época. Pero, p o r sincero
y demoledor que sea, e l lector siente que no l legó hasta e l
m e o l l o de l asunto en n i n g u n a de las novelas posteriores a
Tomochic.
S E R Í A M U Y D I F Í C I L precisar hasta qué p u n t o fue Tomochic l a
verdadera causa de l a supresión de El Demócrata. Este pe
riódico fue l a más robusta de las voces de oposición a l régimen
LA NOVELA EN EL P0RFIR1SM0 3 9 i
de D í a z a mediados de l a ú l t ima década de l siglo x i x , y hay
sobradas razones p a r a creer que a d o n P o r f i r i o le h u b i e r a
gustado c lausurarlo m u c h o antes de l a fecha en que lo h izo .
El Demócrata era el reducto de los escritores que más abierta
m e n t e p r o c l a m a r o n su oposición en estos años: José F e r r e l ,
Q u e r i d o M o h e n o , Joaquín Claussel , H e r i b e r t o Frías, R u b é n
M . C a m p o s y varios otros. Sus artículos están b i e n escritos
p o r l o general , y es grato observar l a v a r i e d a d de tonos e n
q u e se expresan, desde l a vehemencia s i n tapujos de F e r r e l
hasta las razonadas apelaciones de C a m p o s a l a b o n d a d h u
m a n a . M u c h a s de sus quejas, a semejanza de lo que ocurre
e n e l conjunto de l a prensa oposic ionista , se refieren a las
l ibertades civi les. S i n embargo, los colaboradores de El De
mócrata s u p i e r o n calar más h o n d o , y ana l i zaron no sólo las
f laquezas de l a dique polít ica de d o n P o r f i r i o , 2 3 sino también
l a índole de algunos problemas sociales básicos, como las rela
ciones obrero-patronales y l a i n j u s t i c i a económica p a r a c o n
e l i n d i o . R u b é n M . Campos , cuya prosa de ficción apenas
nos haría sospechar l a p r o f u n d i d a d de sus preocupaciones
sociales, escribió con gran c l a r i d a d acerca de cuestiones de
j u s t i c i a , cuidándose m u y b i e n de observar que su postura n o
era s o c i a l i s t a . 2 4
D e t iempo e n t iempo los redactores de El Demócrata de
c l a r a b a n que n o eran revoluc ionar ios , y José F e r r e l afirmó
expl íc i tamente en u n artículo su creencia de que las revolu
ciones t ienen siempre resultados desventajosos para e l pue
b l o . 2 5 P o r si n o bastara esta af irmación de puntos de vista,
u n a n o v e l a d e l m i s m o F e r r e l , Reproducciones, p u b l i c a d a en
El Demócrata en 1895 Y ^ 9 6 , muestra cómo u n agitador l o c a l
a b a n d o n a a sus seguidores e n cuanto consigue del gobierno
u n a situación ventajosa. C o n su esti lo h a b i t u a l , directo, i n
c is ivo y sarcástico, F e r r e l demuestra en esta novela e l abuso
d e l p o d e r pol ít ico y l a frustración d e l idea l i smo, cosas ambas
q u e encontramos también en otras novelas de l a época, sobre
todo en las de E m i l i o R a b a s a y P o r f i r i o P a r r a . Es evidente
q u e las objeciones de F e r r e l en contra de l a revolución se fun
d a n en su exper ienc ia de levantamientos relat ivamente l i m i
tados. N o estaba pensando en u n a revolución social de natu-
392 J. S. BRUSHWOOD
raleza más a m p l i a , que se propus iera l a transformación de las
inst i tuciones con objeto de l levar a cabo las anheladas refor
m a s sociales. A pesar de este p u n t o de vista l i m i t a d o , l a
persistencia de l a crítica social en producciones l i terarias y
e n artículos editoriales, l o m i s m o que las confusas ideologías
que , en p u g n a unas con otras, se esforzaban en sostener el ré
g i m e n de Díaz, a p u n t a n h a c i a u n a a m p l i a revaloración de los
procesos sociales mexicanos.
E l Diario del Hogar emprendió el ataque contra l a posi
c ión de los tradicionalistas, dec larando que l a apatía de l pue
b l o m e x i c a n o se debía a l a d o m i n a d o r a in f luenc ia de l a
Iglesia, y sosteniendo que l a aceptación y e l fomento de u n a
m o r a l i d a d "científ ica" era l a única m a n e r a de mejorar el ca
rácter de l a n a c i ó n . 2 6 H a c i a el m i s m o t iempo, los "científicos",
de quienes e l país h u b i e r a p o d i d o esperar la propagación de
esa m o r a l i d a d científica, estaban siendo crit icados, según se h a
visto, p o r q u e sacrif icaban el b i e n d e l país con tal de mante
nerse y perpetuarse en e l poder. P o r su parte, José López
P o r t i l l o y Rojas , t radic ional i s ta de corazón, pero h o m b r e de
fuerte conciencia m o r a l , seguía escribiendo obras en que se
l a m e n t a b a de l a i n j u s t i c i a social y expresaba su esperanza
de que e l remedio de los males se lograra a través del mejo
r a m i e n t o de los i n d i v i d u o s . E n u n monólogo en verso de
p l o r a l a i n j u s t i c i a de l a " l e v a " con m u c h a más conmiseración
q u e h a b i l i d a d poét ica , 2 7 y en u n o de sus cuentos, El aguacero,
l anza su condena contra u n usurero que h a conseguido apo
derarse de todas las tierras pertenecientes a u n a c o m u n i d a d
i n d í g e n a . 7 8 Este breve relato n o tiene casi n i n g u n a pretensión
desde e l p u n t o de vista l i t e r a r i o . L a c o d i c i a de d o n Baltasar
es l a que l o l leva a l a muerte . L a i n j u s t i c i a e jempli f icada en
e l cuento tiene su base en l a fa l ta de c a r i d a d de u n h o m b r e
d e t e r m i n a d o . L o que e l autor revela acerca del carácter de
este h o m b r e se lo presenta a l lector a través de los pensamien
tos de u n cura que trata de convencer a d o n Baltasar de que
n o salga de su casa en m e d i o de u n t i e m p o inclemente, que es
l o que causa su muerte. Es e l cura q u i e n l l a m a l a atención
sobre su ambición, que h a b o r r a d o p o r completo todo sentido
de c a r i d a d , y es también e l c u r a q u i e n deplora su explota-
LA NOVELA EN EL PORFIRISMO 393
c ión de l a h u m i l d e gente a l a cua l debería haber prestado
a u x i l i o .
L a protesta social más robusta de los últ imos años d e l
s iglo se encuentra ta l vez, dentro de l campo novelístico, en
las infatigables críticas de H e r i b e r t o Frías contra l a hipocresía
de l a sociedad. T a m b i é n habría que tomar en cuenta los
cuentos de Á n g e l de C a m p o , así como los elementos de pro
testa discernibles en La parcela de López P o r t i l l o y en e l
Pascual Aguilera de A m a d o Ñervo.
Es evidente que l a d i c t a d u r a tenía que afanarse cada vez
más en mantener su prestigio. C o n t i n u a b a n los ataques e n
los periódicos, pero l a opinión de l a prensa se i b a centrando
más y más en torno a u n a cuestión de índole estrictamente
polít ica: l a de l a reelección. Y lo que se consideraba en g r a n
parte de estos debates era e l p r o b l e m a de l a sucesión dentro
d e l grupo que ya estaba en e l poder. C o n unas pocas y nota
bles excepciones, l a cuestión social , a di ferencia de l a cuestión
p u r a m e n t e polít ica, cayó en u n a somnolencia de l a que n o
despertaría hasta los últ imos momentos de l a d i c t a d u r a . 2 9
L a s excepciones que se p u e d e n señalar en el terreno de l a
n o v e l a (el Perico de Zente l la , los Bocetos provincianos de
A m a d o r , Mala yerba de Azuela) demuestran con toda fran
queza los males sociales de México , a u n q u e no está de más
advert i r que Perico y Mala yerba no se p u b l i c a r o n en l a ca
p i t a l , sino en e l i n t e r i o r de l a Repúbl ica .
M u y b i e n puede ser que este s i lenciamiento de l a crítica
social en l a n o v e l a haya sido consecuencia de dos factores n o
relacionados directamente con el temor a l a fuerza de l a dic
tadura. E n r e a l i d a d , u n o de los factores vendría a ser todo
l o contrar io : u n temor de que l a d i c t a d u r a se d e r r u m b a r a , o
p o r lo menos de que se r o m p i e r a l a es tabi l idad que gracias
a e l l a r e i n a b a . Vemos, en efecto, que los escritores que c r i
t i c a r o n las condic iones sociales de M é x i c o n u n c a l l e g a r o n a
mostrarse favorables a l a i d e a de revolución; lejos de eso, en
muchos casos cons ideraron l a revolución como u n obstáculo
p a r a el progreso. Grac ias a l a es tab i l idad conseguida p o r l a
d i c t a d u r a d i s f r u t a b a n ellos de l a o p o r t u n i d a d de observar
las cosas y de describir las en sus l ibros , y p o r m e d i o de l a es-
394 J- $• BRUSHWOOD
t a b i l i d a d existente esperaban corregir los males q u e presen
c iaban. E l segundo de los factores fue l a i m p o r t a n c i a de l a
tendencia m o d e r n i s t a en l a l i teratura . N o vamos a empren
der aquí u n estudio deta l lado de este m o v i m i e n t o , pero puede
decirse que u n o de sus resultados fue i m p e d i r a sus adeptos
l a consideración de los problemas prácticos de l a sociedad.
E l modernismo, a l fomentar e l cu l t ivo de l a bel leza en abs
tracto, fue u n m o v i m i e n t o anti-realista. H a b í a en los moder
nistas u n a tendencia — y decimos " t e n d e n c i a " p o r q u e n o se
trataba de u n a a c t i t u d d o m i n a n t e — a evitar todo l o que
fuera feo. B u e n ejemplo de el lo nos l o d a u n a n o t a que pone
Severo A m a d o r en sus Bocetos provincianos, donde dice que
envió uno de los cuentos de este v o l u m e n , el i n t i t u l a d o Triste
cuadro, a u n concurso p a t r o c i n a d o p o r El Universal, y q u e
recibió u n a crítica f i r m a d a p o r L u i s G . U r b i n a , q u i e n elo
g i a b a su real ismo y su v igor , pero le decía a l autor que su
cuento era demasiado feo y le aconsejaba escribir cosas bo
nitas, que eran las preferidas p o r las lectoras. 3 0
P O R M U C H A R E P U G N A N C I A que los novelistas s i n t i e r a n p a r a
ocuparse de los aspectos desagradables de l a sociedad, hay so
bradas pruebas de que los v i e r o n en efecto; y p o r m u c h o que
h a y a n conf iado en q u e las reformas se l levarían a cabo s in
necesidad de v i o l e n c i a , es c laro que los hechos de l a opresión
d i c t a t o r i a l y l a persistencia de los problemas f u e r o n d e b i l i
tando poco a poco esa ínt ima esperanza. C u a n d o e l perió
d i c o de los Flores M a g ó n , Regeneración, adoptó en 1901 u n
tono político m i l i t a n t e , sus redactores n o tardaron en verse
forzados a p u b l i c a r l o en e l extranjero, a pesar de que l a pos
t u r a p o r ellos d e f e n d i d a n o era m u y diferente de l a que
h a b í a tenido El Demócrata unos seis o siete años antes.
E l m o v i m i e n t o f loresmagonista tuvo u n a nueva caracte
rística: atrajo a sus filas a cierto número de pensadores, iden
tificados p o r C u m b e r l a n d como miembros de l a clase m e d i a
i n f e r i o r , 3 1 que poco tenían que perder en caso de revolución,
pues carecían de medios de f o r t u n a lo m i s m o que de prest igio
l i terar io . E l g r u p o de los F lores M a g ó n n o tuvo, a l comienzo,
u n carácter r e v o l u c i o n a r i o ; pero, a semejanza de c u a l q u i e r
LA NOVELA EN EL PORFIRISMO 395
o t r a acción o expresión n a c i d a de l a consciencia social, su
persistencia, en oposición a l hecho de l a opresión d i c t a t o r i a l ,
n o p o d í a menos que desembocar en u n a revolución.
D u r a n t e los años en que este m o v i m i e n t o de los Flores
M a g ó n era d i r i g i d o desde e l destierro en los Estados U n i
dos, M a r c e l i n o Dávalos escribió u n a serie de cuentos (1902-
1 9 0 8 ) que f ina lmente se p u b l i c a r o n en 1 9 1 5 , ' 'bajo los aus
p i c i o s de l a revolución de 1 9 1 3 " , con e l t ítulo de Carne de
cañón. Estos cuentos tratan de las vejaciones sufridas por los
desterrados y p o r los esclavos en Yucatán. L o s desterrados
se e n c o n t r a b a n en l a península yucateca a consecuencia de
u n a " l e v a " p u n i t i v a ; los esclavos eran i n d i o s a quienes se ha
b í a " c o n t r a t a d o " para i r a Yucatán como trabajadores, pero
q u e eran explotados como siervos de l a gleba.
Sobre l a situación de esta miserable gente ya había l l a m a
do l a atención El Demócrata en 1 8 9 3 , r e i m p r i m i e n d o u n
art ículo aparecido en El Tribunal del Pueblo.82 E n 1 9 1 0 , e l
Diario del Hogar había consagrado a l asunto u n detal lado y
espectacular reporta je . 3 3 P o r su parte, A m a d o Ñervo basó
e n las injust ic ias de Y u c a t á n u n cuento, La hermosa yaqui;
sólo que en él, a semejanza de l o que ocurre en Pascual Agui
lera, e l autor u t i l i z a el hecho social como ambiente para su
creación artística más b i e n que como tema central . L o s cuen
tos de M a r c e l i n o Dávalos son m u y distintos. Están escritos
e n u n tono de justa indignación, y hacen sentir a l lector los
sufr imientos padecidos p o r unos hombres cuyo único c r i m e n
es haber ocupado u n a posición que, a u n q u e legal y justa,
p e r j u d i c a b a p o r u n a razón u o t r a los intereses de sus supe
riores. L a i n h u m a n i d a d de algunos de los casos nos hace pen
sar en l a i n f l u e n c i a de los natural istas, con su presentación
d e l cas extreme. L a técnica n a r r a t i v a de Dávalos es directa, y
l a v i v a simpatía con que trata a sus personajes los hace pa
recer reales. E n algunas ocasiones, su relato tiene l a c a l i d a d
el íptica que suele encontrarse en las obras de M a r i a n o A z u e l a .
P o r l o general , hay u n b u e n e q u i l i b r i o entre las cualidades
l i terar ias y los valores sociales de los cuentos.
E n 1906, año de l a publ icación del P r o g r a m a de l P a r t i d o
L i b e r a l , apareció l a segunda edición d e l Perico de A r c a d i o
396 J. S. BRUSHWOOD
Zente l la . E l l i b r o salió a l a luz en San J u a n Baut i s ta ( T a -
basco) , ve inte años después de publ icarse l a p r i m e r a edición.
Es m u y s igni f icat ivo el hecho de que las condiciones econó
mico-sociales que prevalecían en M é x i c o h a y a n provocado
ambas publ icac iones en u n m i s m o año. E l P r o g r a m a del
P a r t i d o L i b e r a l se f u n d a en l a Const i tución de 1857 Y e s p e "
c i f i ca c ierto número de medidas legislativas gracias a las
cuales podr ían resolverse los problemas observados a lo largo
de todo el período de Díaz: l i b e r t a d de expresión, l i b e r t a d de
prensa, educación laica, salario m í n i m o p a r a los trabajadores
agrícolas e industriales, y ayuda f inanc iera del gobierno para
los pequeños p r o p i e t a r i o s . 3 4 A u n q u e el P r o g r a m a no señala
n i n g u n a m e d i d a concreta para el restablecimiento de los eji
dos, reconoce l a necesidad de esta re forma, según l a sugeren
c i a hecha algunos años antes p o r Telésforo García. L a s
declaraciones explícitas y detalladas que se hacen en el Pro
g r a m a acerca de los problemas de l a sociedad r u r a l represen
tan el p r i m e r intento verdadero de u n a solución.
E n su Perico, A r c a d i o Zente l la no ofrece n i n g u n a solución
a los males, pero es evidente que siente l a necesidad de u n
c a m b i o en l a estructura social para que acabe l a relación feu
d a l existente entre el peón y el p r o p i e t a r i o . Presc indiendo
d e l acontecimiento que el autor i n t r o d u c e como desenlace,
se ve que e l peón no tiene n i n g u n a p o s i b i l i d a d de l ibrarse de
los caprichos de l hacendado. Zente l la revela en otros escritos 3 5
sus ideas socialistas así como su posición atea. Las clases ba
jas deben c o o r d i n a r sus esfuerzos p a r a acabar con el poder
d o m i n a n t e de l a Iglesia, d e l ejército profes ional y de los
capital istas. E l autor ataca a l cr is t ianismo en general, pero
en su Criterio revolucionario se sirve de l a Iglesia católica
r o m a n a c o m o de u n ejemplo, p o r q u e ve en e l la l a explicación
de todos los males sociales de México .
E l procedimiento de l a actual [revolución] necesariamente de
bió ser, y así es, destruir el mil i tar ismo profes ional . . . L a revolu
ción debió atacar y está atacando a l a cleresía [sic], porque ésta
es l a al iada natural del mil i tarismo y l a que más ha contribuido a
mantener a l a víctima, pueblo, en l a ignorancia para facilitar su
explotación.
LA NOVELA EN EL PORFIRISMO 397
Del ataque de l a revolución no debe librarse el capital , tanto
porque también es el aliado del clero y del mi l i tar , cuanto porque
el capital representa trabajo acumulado del pueblo, pues el capi
tal no puede formarse de otra manera que acumulando el valor
sobrante del trabajo después de satisfacer los gastos de producción. . .
Jamás los hombres serán i g u a l e s . . . , pero l a Revolución habrá
llegado a sus fines cuando sea difícil percibir la diferencia social
entre u n hombre y otro.36
Zentel la refuta en dos p l u m a d a s los diversos p r i n c i p i o s y
fundamentos ideológicos d e l período porf ir is ta echándolos
todos en u n saco y dec larando l a necesidad de u n p r o l e t a r i a d o
m i l i t a n t e . L a lógica de su l ínea de razonamiento es a veces
cuestionable, pero n o cabe d u d a de que su absoluta fa l ta de
compromisos con las posturas tradicionales le d i o l a p o s i b i l i
d a d de avanzar s in titubeos a través de l a confusión ideoló
g ica del momento . Estas ideas se p u b l i c a r o n varios años des
pués de l a segunda edición de Perico, de manera que es
dif íci l establecer su relación cronológica con l a novela y estu
d i a r su proceso de desarrol lo en l a mente de l autor. L o q u e
podemos p r e s u m i r con m u c h a v e r o s i m i l i t u d es que las cua l i
dades que h i c i e r o n concebir semejantes ideas a Z e n t e l l a l o
capaci taron as imismo p a r a escribir u n a novela tan vigorosa
m e n t e crítica como Perico. Es éste u n l i b r o s in pretensiones.
E l autor escribe en u n estilo senci l lo y directo, desnudo de
galas l i terarias. Sus personajes son claros en v i r t u d de l a s im
pat ía con que están tratados, y esta c u a l i d a d es l a que despierta
e l interés de l lector y l a que e x p l i c a l a i m p o r t a n c i a de l a
nove la .
Es interesante observar que, mientras Carne de cañón de
M a r c e l i n o Dávalos n o se p u b l i c ó sino después de l a caída
de d o n P o r f i r i o , y Perico se i m p r i m i ó lejos de l a c i u d a d de
México , Severo A m a d o r p u d o perfectamente p u b l i c a r en 1 9 0 7 ,
e n l a capi ta l de l a R e p ú b l i c a , sus Bocetos provincianos. Estos
bocetos nos presentan a i n d i v i d u o s de l a clase baja e n diversos
estados ele miser ia , y l a n o t a p r e d o m i n a n t e es l a combinación
de esperanza y de heroísmo en l a a c t i t u d de los personajes.
E l tratamiento es real ista , y A m a d o r n o se c u i d a de evi tar l a
fealdad. S i n embargo, l o que le interesa n o es provocar
398 J. S. BRUSHWOOD
l a simpatía de l lector mediante l a presentación de tan h o r r i
bles condiciones sociales, s ino más b i e n mostrar que esos des
dichados i n d i v i d u o s merecen simpatía a causa de las buenas
cual idades que poseen. U n o de los personajes, l a m u j e r d e l
cuento i n t i t u l a d o El Corpus de Maximino, ha sentido renacer
e n su v i d a l a esperanza gracias a u n estudiante que le h a co
m u n i c a d o las avanzadas ideas sociales leídas p o r él en su
" J o r k i " o " F o r k i " de " P r u s i a " . 3 7 A m a d o r le dice a l lector
q u e escribe con l a esperanza de mejorar l a suerte de todos
aquel los que sufren de fa l ta de a l i m e n t o para e l cuerpo o
p a r a el espíritu. A l crear simpatía p a r a los personajes de
sus Bocetos, espera echar p o r t ierra las barreras que existen
entre los hombres. D e sí m i s m o dice que no es en r e a l i d a d
u n socialista, p o r q u e cree que las metas de los socialistas son
inalcanzables dada l a actual naturaleza del hombre , pero
añade que los cambios que se operen en el h o m b r e podrán
c o n v e r t i r en r e a l i d a d el sueño soc ia l i s ta . 3 8
A M E D I D A Q U E A U M E N T A B A e l calor de l a discusión política, a l
gunos periódicos comenzaron a considerar con mayor osadía
los problemas sociales, y es evidente que l a cuestión que juz
g a r o n de m a y o r i m p o r t a n c i a fue l a de l a p r o p i e d a d de l a
t i e r r a , l a c u a l no se había estudiado hasta entonces sino de
m a n e r a ocasional . E l exacerbamiento de las actitudes a n t i -
porf ir is tas puede verse m u y c laramente en La Revista de Mé-
rida, en los años 1908 y 1909. U n o de los más conocidos cola
boradores de esta publ icación, R a f a e l Zayas Enríquez, cuyas
novelas demuestran u n a notable comprensión de las cuestiones
sociales — a u n q u e esto n o l o l l eva directamente a cr i t icar e l
rég imen de D í a z — , publ icó en 1908 unos análisis políticos es
cr i tos con c l a r i v i d e n c i a , pero también con mesura, en los cua
les declaraba que l a es tabi l idad, resultado del c o n t i n u a d o
p r e d o m i n i o de u n solo g r u p o , era u n a remora para el pro
greso. E n los pr imeros meses de 1909, l a c o m b a t i v i d a d de
La Revista de Mérida había l legado a tal grado, que el 14
de a b r i l publ icó en l a p l a n a e d i t o r i a l e l relato de u n i n
cidente en el que el gobierno había declarado "baldías" cier
tas tierras habitadas y cul t ivadas de hecho por los indios . E l
LA NOVELA EN EL PORFIRISMO 399
25 de n o v i e m b r e de l m i s m o año, E m i l i o Vásquez sugirió en
El Diario del Hogar que e l gobierno a d q u i r i e r a tierras me
d i a n t e venta l i b r e p o r parte de sus dueños, y las revendiera
a precios moderados p a r a i m p u l s a r los cult ivos de los peque
ños propietar ios .
E s evidente que, hac ia estos momentos, muchos otros es
cr i tores consideraban intolerables las condiciones económico-
sociales existentes en el México r u r a l . L a nove la de M a r i a n o
A z u e l a , Mala yerba, p u b l i c a d a en 1 9 0 9 , se h a sol ido tomar
c o m o l a única expresión novelística de las relaciones feudales
campesinas escrita con a n t e r i o r i d a d a l a Revoluc ión. Pero l o
c ier to es que Mala yerba no es esa expresión única, sino so
l a m e n t e u n a entre varias. Pertenece a u n g r u p o bastante
n u t r i d o de novelas y cuentos, en que sobresalen de manera
p a r t i c u l a r Nieves y Perico, s in h a b l a r de representantes me
nos notables, como La mestiza y Pascual Aguilera. O t r o hecho
evidente es que estas producciones novelísticas, lejos de ser
expresiones aisladas de crítica social , t ienen u n a relación cla
r ís ima con e l pensamiento de l a época, y el tratamiento que
r e c i b e n los temas en cada u n a de ellas refleja l a ideología y
l a f i n a l i d a d peculiares de l autor. S i n embargo, l a atribución
de u n v a l o r especial a Mala yerba suscita ciertas cuestiones que
merecen u n examen.
C o m e n c e m o s p o r u n hecho m u y senci l lo: n i n g u n a de las
novelas q u e h i c i e r o n crítica social en l a p r i m e r a década de
nuestro siglo se di fundió a m p l i a m e n t e en e l m o m e n t o de sa
l i r a l a luz . Los fracasados, nove la p u b l i c a d a p o r A z u e l a
e n 1 9 0 8 , sufrió e l m i s m o re lat ivo o l v i d o que Mala yerba. A l
gunas razones p a r a su escasa difusión las hemos señalado en
páginas anteriores, a l l l a m a r l a atención sobre las restricciones
impuestas a l a l i b e r t a d de crítica social en l a novela durante
los úl t imos años del siglo x i x . O t r a de las razones fue segura
m e n t e l a r e p u g n a n c i a p o r ios cuadros feos y desagradables,
q u e era u n o de los postulados d e l m o v i m i e n t o modernista .
P o r o t r a parte , n i A z u e l a , n i Zente l la n i A m a d o r pertenecían
a l c írculo de los novelistas reconocidos. T a m p o c o habían
desplegado gran a c t i v i d a d en l a prensa. T e n i e n d o en cuenta
las c ircunstancias de l a época, no debe sorprendernos que sus
400 /. S. BRUSHW00D
obras no hayan causado m u c h o furor. S i n embargo, podemos
presumir , con visos ele v e r o s i m i l i t u d , que sus obras contr ibuye
r o n , aunque fuera modestamente, a l a marea de protesta que
lentamente se había i d o f o r m a n d o durante muchos años, pues
q u i e n lee estos l ibros no puede menos de sentirse tocado p o r
e l v iv ido y caluroso retrato que los autores hacen de " los de
abajo".
L a reputación de Los fracasados y de Mala yerba descansa
e n muy b u e n a m e d i d a sobre el éxito de Los de abajo. Es cosa
sabida que l a o b r a de A z u e l a sufrió de u n a notable fa l ta de
atención durante largos años. U n a vez que se "descubr ió" e l
v a l o r de Los de abajo, reconociéndose su mérito en cuanto
novela de l a Revoluc ión, fue n a t u r a l que se e x a m i n a r a n tam
b i é n las pr imeras obras de A z u e l a , y que se descubriera u n a
ideología r e v o l u c i o n a r i a en esas novelas escritas antes de 1910.
L o s otros novelistas no t u v i e r o n l a f o r t u n a de escribir e n e l
período r e v o l u c i o n a r i o u n a o b r a excelente que i n v i t a r a a
análogo reconoc imiento .
Pero en r e a l i d a d , n i desde el p u n t o de vista de l a ideolo
gía n i desde e l p u n t o de vista de l desarrol lo novelístico hay
en Los fracasados n i en Mala yerba algo que no p u e d a encon
trarse igualmente en otras obras de l a época de Díaz. Los fra
casados n o es u n a nove la aislada, sino que pertenece a u n
g r u p o de obras, de E m i l i o R a b a s a y P o r f i r i o P a r r a , p o r ejem
p l o , en que se presenta l a corrupción p r e d o m i n a n t e en l a
polít ica y en l a sociedad, contrastándola con l a i n u t i l i d a d d e l
ideal ismo. R a f a e l D e l g a d o y H e r i b e r t o Frías c o n t r i b u y e r o n
ciertamente c o n algunas pinceladas a ese cuadro, y hay e n
Los fracasados notables semejanzas con Reproducciones, de
José Ferre l . P o r l o que se refiere a Mala yerba, ya hemos a p u n
tado a r r i b a su parec ido con otras novelas. E l tema p r i n c i p a l
n o tiene l a fuerza con que ese m i s m o tema se desarrol la e n
Nieves o en Perico. Sería difícil estimar el grado de i n f l u e n c i a
q u e tuv ieron estas novelas sobre l a o b r a de A z u e l a , en caso
ele que haya h a b i d o ta l i n f l u e n c i a . E n r e a l i d a d , esa estima
ción sería n o sólo difícil , s ino también inútil . E l hecho i m
portante es que las pr imeras novelas de A z u e l a n o fueron
clamores en e l desierto.
LA NOVELA EN EL PORFIRISMO 401
N o s creemos capacitados p a r a e m i t i r estos juicios acerca
de l a obra novelística de A z u e l a anter ior a 1 9 1 0 , p o r q u e
nuestras investigaciones sobre e l tema de l presente artículo
nos permiten colocarnos en e l período de l a d i c t a d u r a y ver
e n su lugar p r o p i o Los fracasados y Mala yerba. Son, desde
luego, buenas novelas, dignas de cuidadoso estudio. A u n q u e
n o son lo mejor de l a producción d e l gran novelista, están
escritas m u y decorosamente. L a s inf luencias realistas que en
ellas se manif iestan son las mismas que sufrieron otros escri
tores de la época. S i n embargo, tenemos l a impresión de que
n i e l estilo n i l a ideología de A z u e l a habían m a d u r a d o ple
namente . E n años sucesivos, el autor asimilaría l a i n f l u e n c i a
d e l real ismo acomodándola a sus propias necesidades de ex
presión, y así se formaría su estilo personal en obras más
tardías. E n cuanto a l contenido ideológico, el A z u e l a de las
p r i m e r a s novelas no era más r e v o l u c i o n a r i o que u n López
P o r t i l l o , u n F e r r e l , u n Frías, o tantos otros autores que escri
b i e r o n durante l a d i c t a d u r a . Es u n error, pues, considerar
esas obras pr imerizas como u n a especie de p u n t o decisivo en
l a evolución de l a novela m e x i c a n a . Pertenecen, n i más n i me
nos, a l período en que se p u b l i c a r o n . E l p u n t o decisivo sobre
v i n o con las novelas fundadas p o r A z u e l a en l a verdadera
exper ienc ia r e v o l u c i o n a r i a .
N o C A B E B U D A de que muchos novelistas de l a época de Por
f i r i o Díaz v i e r o n l a necesidad de u n a re forma social. Desde
1 9 1 0 hasta ahora, son muchos los críticos que se h a n pregun
tado por qué n o t rataron con m a y o r v igor esos problemas, y
q u e los h a n censurado p o r su re lat ivo si lencio. Pero sus acti
tudes, en p a r t i c u l a r las que se ref ieren a las consecuencias
previsibles de u n a revolución, sólo p u e d e n comprenderse si
nos colocamos en el p u n t o de vista de los años anteriores
a 1 9 1 0 . G u a n d o l a R e v o l u c i ó n se convirt ió en u n hecho, al
gunos, como A z u e l a , t o m a r o n parte en e l la ; otros, como R a -
basa, a b a n d o n a r o n el país a l a caída de l régimen de Díaz.
Desde nuestro p u n t o de vista actual , no es fácil ver de q u é
m o d o h u b i e r a p o d i d o seguir apoyando a Díaz u n h o m b r e
c o m o Rabasa , pues conocemos sus ideas. Fuerza es a d m i t i r ,
402 J. S. BRUSHW00D
s i n embargo, que l a conciencia n o p r o d u c e necesariamente la
c l a r i v i d e n c i a . Desde luego, l a exper ienc ia de muchos años
de h is tor ia m e x i c a n a n o era m u y apta p a r a hacer pensar ra
zonablemente a estos hombres que u n a revolución traería los
cambios q u e tanto urgían. Y , desde e l p u n t o de vista de
ellos, a u n e n caso de que las inst i tuciones c a m b i a r a n , ¿por
v e n t u r a habr ía s ignif icado esto, necesariamente, u n c a m b i o
e n l a m a n e r a de ser de los hombres? S o n m u y reveladoras,
p a r a l a valoración de esos escritores, unas palabras que e l pro
p i o M a r i a n o A z u e l a escribiría años más tarde: " C o n amarga
tristeza pensamos que nuestro gran error n o consistió en
haber sido revolucionarios , sino en creer que con el cambio de
inst i tuc iones y no l a c a l i d a d de hombres, l legaríamos a con
q u i s t a r u n mejor estado socia l . " 3 9
NOTAS
1 La investigación que constituye la base del presente artículo se em
prendió gracias a una beca concedida por la American Philosophical
Society.
2 Un estudio de la ideología expresada en estas dos novelas puede
encontrarse en el artículo de Luis R E Y E S D E L A M A Z A , "Nicolás Pizarro,
novelista y pensador liberal", Historia Mexicana, vol. VI (1956-57), pp.
572-587, y en el de María del Carmen M I L L Á N , "Ideas de la Reforma",
Cuadernos de Orientación Política, septiembre de 1956, pp. 27-47. El me
jor análisis de la obra novelística de Pizarro es el de la propia profesora
M I L L Á N intitulado "Dos utopías", Historia Mexicana,, vol. VII (1957-58),
pp. 187-206, donde se examina detalladamente la ideología de Pizarro y
se la relaciona con la de Altamirano.
3 Emilio R A B A S A , Retratos y estudios, ed. de México, 1945, p. 115. En
el campo novelístico, la expresión de este concepto se encuentra en La
guerra de tres años.
4 Joaquina N A V A R R O , La novela realista mexicana, México, 1955, p. 23.
5 Enrique L A U B S C H E R , "La instrucción de la raza indígena", Boletín
de la Sociedad Sánchez Oropeza (Orízaba), vol. I, núm. 1 (15 de junio de
1884), pp. 8-15.
6 Leopoldo Z E A , Apogeo y decadencia del positivismo en México, Mé
xico, 1944, p. 86.
7 El Padre Cobos, Quinta época, núm. 3 (17 de enero de 1880), p. 2.
8 El Lunes, vol. I, núm. 27 (10 de octubre de 1881), p. 3. En el pe
riódico se señala que el responsable de la gacetilla y de los artículos sin
LA NOVELA EN EL PORFIRISMO 403
f i r m a es M . V i l l a l v a ; sin embargo, hay buenas razones para creer que
el autor de este artículo es el propio Quevedo y Zubieta; así lo indican l a
fuerza y la claridad de la acusación, como también el estilo.
9 M a r i o G I L L , "Teresa Urrea , la santa de Cabora", Historia Mexicana,
vol . V I (i956"57)> PP- 626-644.
10 Carlos T O R R E S M A N Z O , " P e r f i l y esencia de Rafael Delgado", Cua
dernos Americanos, año X I I (1953), número 4, p. 259. Haciendo una ge
neralización a través de su referencia a Delgado, el autor del artículo
añade (ibid.): "Rafae l Delgado con sus escritos populares, con sus escenas
provincianas y con sus cuadros de tipos locales, fue, entre otros, el pre
cursor de la revolución l iteraria que iba a cambiar en lo sucesivo la faz
de las letras mexicanas. Mientras más paz había, las oportunidades para
la rebelión aumentaban paralelamente."
11 Describiendo una m u l t i t u d que asiste a u n a corrida de toros, dice
Delgado en su cuento "Torooooo", publicado en l a Revista Nacional de
Letras y Ciencias, vo l . I (1889), p. 314: " . . .en f i n , l a espuma y las heces
de l a clase baja, de esa clase de donde suelen salir, lo mismo el revolucio
nario que llega a ser más tarde coronel y diputado, que el obrero de
singulares dotes; el cura infatigable de las regiones montañosas y el cr i
m i n a l monstruoso; en una palabra —que es preciso decirlo—, todo u n
pueblo vigoroso, enérgico y valiente, que no sabe lo que es el miedo, que
ama el peligro por lo que tiene de extraordinario y sublime, y por cuyas
venas corre una sangre apasionada y heroica, de los Castellanos hereda
da, l a sangre l a t i n a . "
12 Joaquina N A V A R R O , op. cit., pp. 178-182.
1 3 Ibid., p . 180.
14 M a u r i c i o M A G D A L E N O , "Alrededor de la novela mexicana", El Libro
y el Pueblo, vo l . X I V (1941) , núm. 4, p. 1.
15 José L Ó P E Z P O R T I L L O Y R O J A S , Cuentos completos, Guadalajara,
1952, vol . I , p p . 23-24.
16 L Ó P E Z P O R T I L L O , op. cit., vol . I, p. 41: " L a necesidad ha engendrado
el progreso; donde no hay necesidad no hay estímulo, n i mejoramiento,
n i v ida civil izada. Nuestros labriegos saldrán de la abyección en que ve
getan el día en que aspiren a comer bien, a vestir decentemente y a
procurarse comodidades. A l elevarse su nivel moral , se levantará el de la
república."
17 L Ó P E Z P O R T I L L O , " J o h n Br ight" , Revista Nacional de Letras y Cien
cias, vol . I (1889), p. 226 (numerada 126 por equivocación).
1» Telésforo G A R C Í A , " L a propiedad territorial en sus relaciones con
el Estado", ibid., p . 285 (numerada 185).
19 Zentella se había propuesto publicar una serie de novelas bajo el
título general de En esta tierra, Esbozos a la brocha, pero la única que
llegó a imprimirse fue Perico. A u n q u e en l a portada de l a primera edi
ción aparece l a fecha 1885, l a novela se publicó en La Idea, periódico
de San J u a n Bautista (Tabasco), de agosto de 1885 a enero de 1886.
404 J. S. BRUSHW00D
M a n u e l Sánchez Mármol, en u n comentario impreso al f inal de Perico,
manifiesta su creencia de que Zentella decidió no proseguir su serie nove
lística porque Perico no le había reportado otra cosa que mala voluntad.
(En esta tierra, Esbozos a la brocha, Perico, San Juan Bautista, 1885, p.
213.) La Idea dejó de publicarse justamente al i m p r i m i r l a última en
trega de la novela.
20 Véase el artículo "Her iberto Frías", en Biblos, vol. I, núm. 45 (no
viembre de 1919), pp. 1-2. Cf. asimismo el autobiográfico l ibro de Frías,
Miserias de México, 1916.
21 Mario G I L L , art. cit., pp. 642-644.
22 Germán L I S T A R Z U B I D E , "Tomochic y los usurpadores revoluciona
rios", El Libro y el Pueblo^ vo l . XII, núm. 12 (diciembre de 1934), pp.
611-614.
23 Véase, por ejemplo, el artículo de José F E R R E L , "Los porñristas no
quieren a don P o r f i r i o " , El Demócrata, vol. I, núm. 5 (7 de febrero de
1893), p. 1.
24 Rubén M . C A M P O S , "Mezquindades del trabajo", ibid., vol . III,
núm. 226 (12 de j u l i o de 1895), p. 1. H a y u n artículo de fecha anterior,
intitulado "Los parias", ibid., vol . I I , núm. 147 (4 de abri l de 1895), p. 1,
y publicado sin f irma, pero que, escrito en el mismo tono, bien puede
deberse a la p l u m a de Campos. Es notable su manera de reconocer y
valorar la actividad socialista en México: " N o somos socialistas, n i comu
nistas, n i nos agrada halagar siquiera las sombrías ideas que, surgiendo
de la más profunda ignorancia económica, sirven a tres o cuatro arte
sanos díscolos y ambiciosos para excitar el sentimiento de odio de sus
compañeros hacia todos los que l laman capitalistas."
25 J. F E R R E L , "Revolucionarios sin vergüenza", ibid., vol . I I , núm. 108
(14 de febrero de 1895), p. 1.
26 Antonio A L B A R R Á N en El Diario del Hogar, vol. X V , núm. 54 (19
de noviembre de 1895), p. 1.
27 José L Ó P E Z P O R T I L L O Y R O J A S , "Carne de cañón", El Tiempo Ilus
trado, vol. I V , núm. 137 (4 de marzo de 1894), pp. 69-70.
28 L Ó P E Z P O R T I L L O , " E l aguacero", Flor de Lis (Guadalajara), vol . I,
núm. 3 (i<? de mayo de 1896), p p . 21-22.
29 Sobre la posición de l a prensa durante los últimos años de la dic
tadura de Díaz, véanse las interesantes observaciones (naturalmente, muy
breves) que hace Francisco R A M Í R E Z P L A N C A R T E en su l ibro La Revolución
mexicana, México, 1948.
30 Severo A M A D O R , Bocetos provincianos, México, 1907, p p . 67-70.
31 Charles C . C U M B E R L A N D , " T h e precursors of the Mexican revolution
of 1910", The Hispanic American Historical Review, vol . X X I I (1942),
p. 344.
32 Francisco J. Q U I N T A N I L L A , "Hechos que pugnan abiertamente con
tra la civilización del siglo x i x " , El Demócrata, vol . I, núm. 5 (7 de febre
ro de 1893), p. 2.
LA NOVELA EN EL PORFIRISMO 405
3 3 " L a esclavitud en México", El Diario del Hogar, vol. L V I , núm. 15
(4 de octubre de 1910), pp. 1 y 4.
3 4 Sobre el Programa del Part ido L i b e r a l , véase el artículo de Charles
C . C U M B E R L A N D , " A n analysis of the program of the Mexican L i b e r a l
P a r t y " , The Americas, Washington, vol . I V (1947-48), pp. 294-301.
3 5 Cf., por ejemplo, Gobierno del Estado de Yucatán. Criterio revo
lucionario, Mérida, 1915.
3 6 Ibid., pp. 41-42.
3 7 Severo A M A D O R , Bocetos provincianos, op. cit., p. 14.
3 8 ibid., " A l lector".
3 0 Mariano A Z U E L A , Cien años de novela mexicana, México, 1947, p. 222.