Post on 05-Jul-2015
Drogas colinérgicas diretas e indiretas
PROFª MSc. IRISDALVA OLIVEIRA
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR RAIMUNDO SÁCURSO: FISIOTERAPIA
DISCIPLINA: FARMACOLOGIA
S N C
C
T
L
S
S N S
S N P
SN Autônomo - Divisão Anatômica
O sistema nervoso parassimpático
� Caracteriza-se por ter a ACETILCOLINA (ACh) como
neurotransmissor
hÉ a sinapse mais comum no SN
Localizações:
1. Sinapses entre neurônios no SNC
2. Sinapses ganglionares, entre neurônios pré e pós ganglionares do
sistema nervoso autônomo simpático como parassimpático
3. Sinapses pós ganglionares do sistema nervoso parassimpático (com o
órgão efetor)
4. Sinapses musculares (entre os neurônios e o músculo esquelético)
SINAPSE COLINÉRGICA
Sinapse Colinérgica - Liberação da ACh
ACh
Tecido
pós
-sináp
tico- - - - -
+ + + +
P A
+ + + +
- - - - -
despolarização
Ca2+
exocitose
ACh
ACh
Ca2+
(+)
VOC
• Envolve 6 etapas – Síntese de ACh– Estocagem– Liberação – Ligação da ACh ao receptor– Degradação do neurotransmissor na fenda
sináptica– Reciclagem da colina
A neurotransmissão dos neurônios Colinérgicos
• Envolve 6 etapas – Síntese de ACh– Estocagem– Liberação – Ligação da ACh ao receptor– Degradação do neurotransmissor na fenda
sináptica– Reciclagem da colina
A neurotransmissão dos neurônios Colinérgicos
Ligação com receptores:
NICOTÍNICOS• Sinapse colinérgica entre neurônio e músculo esquelético
• Sinapse colinérgica ganglionar
MUSCARÍNICOS • Neuromiocárdica
• Neuromuscular lisa
• Neuroglandular
• Neuro-neuronal
Receptores da Acetilcolina
Receptores Localização
M1 neurônios
M2 células cardíacas, músculo liso e neurônios
M3 glândulas exócrinas, músculo liso e endotélio
Nm Junção muscular do músculo esquelético
Nn neurônios
Localização dos Receptores Colinérgicos
Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
SNCEstômago
Receptores MuscarínicosM1
↑ Ca2+
ExcitaçãoSecreção HCl
ACh
ACh
ACh AChPLC
IP3
DAG
G
Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
ACh
ACh
ACh
Coração
ACh
Receptores Muscarínicos
M2
HiperpolarizaçãoInibição neuralInibição cardíaca
Ca2+
cond.K+
ACAMPc
Gi
Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
GlândulasMúsc. liso
Receptores MuscarínicosM3
↑ Ca2+
SecreçãoContraçãoSíntese NO
ACh
ACh
ACh AChPLC
IP3
DAG
G
Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
ACh
ACh
ACh
Receptores NicotínicosNic.
JNMNeur.Gânglios
Despolariz.
Excitação Neur.Contração M.Esq.
Na+K+
Inativação da Acetilcolina
• Acetilcolinesterase: promove a hidrólise da acetilcolina em ácido acético e colina,
em seus sítios aniônicos e esterásicos
COLINÉRGICOS
2. DIRETOS
3. INDIRETOS OU INIBIDORES DA COLINESTERASE
Grupos Farmacológicos
• COLINÉRGICOS DIRETOS
– MUSCARÍNICOS:• Ésteres da colina: acetilcolina, betanecol
,metacolina e carbacol
• Alcalóides: muscarina e pilocarpina
• Oxitremorina
– NICOTÍNICOS:• Nicotina, lobelina e dimetilfenilpiperazínio
Colinérgicos Diretos
Mecanismos de ação: estimulação de receptores colinérgicos – muscarínicos ou nicotínicos.1. A acetilcolina não possui ações terapêuticas:
sofre hidrólise rápida e efeito difuso
2. Foi sintetizada por Baeyer em 1867
***Derivados da Ach com aplicação clínica: betanecol, carbacol e metacolina
Propriedades Farmacológicas
◦ Cardiovasculares:� Vasodilatação (todos os leitos
vasculares) mediado pelo NO
� Redução da frequência cardíaca - efeito cronotrópico negativo
� Redução da condução cardíaca - efeito dromotrópico negativo.
� Redução da força de contração - efeito inotrópico negativo
Propriedades Farmacológicas
◦ Efeitos no TGI:
1. Aumento do peristaltismo e da motilidade intestinal,
náuseas, vômitos e diarréia
2. Aumento da secreção glandular
◦ Sistema urinário:
1. Aumento da contração ureteral, aumento da pressão
miccional e redução da capacidade vesical
◦ Outros: Aumento da secreção de todas as glândulas,
broncoespasmo e miose
PILOCARPINA
Não é hidrolisado pela acetilcolinesterase.
Ação muscarínica
Colinérgico menos potente que a acetilcolina
Ação: Oftalmologia – aplicação tópica
Uso: oftalmológico: diminuição da pressão ocular – glaucoma (glaucoma) e miose depois de cirurgias
A redução máxima da pressão intraocular ocorre em 2 a 4 horas / pode durar até 14 horas – 2 a 3 gts 4 a 6 vz por dia
Nome comercial: Pilocarpina – colirio – 1%, 2%, 3% e 4%
normal Após 5 min da instilação de um Agonista Colinérgico
Miose provocada por agonistas colinérgicos
Agentes Anticolinesterásicos ou Colinérgicos Indiretos
São fármacos responsáveis pela inibição das colinesterases, ou seja são fármacos que inibem o metabolismo da acetilcolina, exercem seu efeito primário no sítio ativo dessa enzima, embora alguns também possuam ações diretas nos receptores nicotínicos
Conceito
1. Butirilcolinesterase (pseudocolinesterase)
2. Acetilcolinesterase
Liga-se a membrana basal na fenda sináptica
Específica para Ach
Sua função consiste em hidrolisar o transmissor liberado
Os tipos de Colinesterases
• CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA:
AMINAS mono* e biquaternárias: edrofônio*, ambenônio, demecário – ação mais rápida
CARBAMATOS: neostigmina, fisostigmina, piridostigmina – ação mais demorada – várias horas
COMPOSTOS ORGANOFOSFORADOS: paration, malation, isofluorofato – ação muito demorada – vários dias
Anticolinesterásicos (agonistas indiretos)
• São substâncias tóxicas utilizadas como armas químicas e/ou inseticidas
• São representados pelos organofosforados: paration, malation, sarin, soman e tabun
• Apenas o ecotiofato é utilizado na terapêutica
Anticolinesterásicos de ação irreversível
São altamente lipossolúveis
Sofrem hidrólise lenta no plasma, rins, fígado e pulmões sendo excretados principalmente pela urina
Normalmente interagem apenas com o sítio esterásico, exceto o ecotiofato
Anticolinesterásicos de ação irreversível
Medidas para o tratamento de intoxicação por Inibidores da Colinesterase
• Manutenção dos sinais vitais: respiração em
particular
• Descontaminação para impedir qualquer
absorção posterior:
-remoção das roupas, lavagem da pele, lavagem
gástrica, uso de laxantes
Medidas para o tratamento de intoxicação por Inibidores da Colinesterase
• Administração de oxigênio
• Em caso de convulsões administração de
diazepam (5 a 10 mg/kg)
• Atropina parenteral em altas doses para
controlar os sinais de excesso muscarínico
• A terapia inclui tratamento com Pralidoxima
Reativadores da Colinesterase
PRALIDOXIMA
Reativa a ACh-E bloqueada
Tem alta afinidade pelo fósforo formando uma fosforiloxima - desloca o organofosforado, desde que administrada antes do envelhecimento da ligação
Missão impossível...
BLOQUEADORES BLOQUEADORES
COLINÉRGICOSCOLINÉRGICOS
1) Alcalóides naturais atropina e escopolamina;
3) Derivados semi-sintéticos desses alcalóides;
5) Congêneres sintéticos, dentre os quais alguns mostram seletividade para determinados subtipos de receptores muscarínicos.
BLOQUEADORES COLINÉRGICOSBLOQUEADORES COLINÉRGICOS
Grupo de fármacos que reduzem a atividade da Ach e/ou agonistas colinérgicos.
ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOSANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS
ÁTROPOS + BELLADONNA =Atropa belladonna
Datura stramoniumFigueira-do-inferno ou estramônio
Hyoscyamus niger Meimendro negro
ATROPINA ESCOPOLAMINA
Antagonistas Muscarínicos
Atropina Escopolamina Homatropina Pirenzepina
Ipratrópio Tiotrópio Tolterodina Ciclopentolato
AtropinaIpratrópioTolterodi
na
AtropinaToxina
MT3Ipratrópio
AtropinaTolterodinaDicicloveri
naDarifenacin
a
AtropinaIpratrópioTolterodi
naGalamina
AtropinaIpratrópioTolterodin
aPirenzepin
aToxina
MT7
M1 M2 M3 M4 M5
Nervos periféricos
Coração Músculo liso Cérebro Endotélio
Glândulas exócrinas
Ach, oxotremorina
Ach, Carbacolina
Ach, Carbacolina
Ach, Metacolina
Ach, Metacolina
Formação IP3 e DAG – Aumento de Ca2=
Inibição de AMPc, abertura de canais de K+
0,5 mg –RED. DA F.C.; RES. DE BOCA; INIB. DA
TRANSPIRAÇÃO
1,0 mg -R. DA BOCA; SEDE; ACELERAÇÃO DO CORAÇÃO; DILATAÇÃO PUPILAR SUAVE
2,0 mg –FREQUÊNCIA CARDÍACA RÁPIDA; PALPITAÇÃO; RESSECAMENTOACENTUADO DA BOCA; PUPILAS DILATADAS; TURVAMENTO DA
VISÃO
5,0 mg –ACENTUAÇÃO DE TODOS OS SINTOMAS ACIMA; DIFICULDADE DE FALAR E DEGLUTIR; AGITAÇÃO E FADIGA; CEFALÉIA; PELE SECA E QUENTE; DIFICULDADE DE URINAR;
REDUÇÃO DA PERISTALSE INTESTINAL
Propriedades farmacológicas
ATROPINA
•10 mg– TODOS OS SINTOMAS ACIMA, PORÉM MAIS ACENTUADOS;•PULSO RÁPIDO E DÉBIL;
•ÍRIS PRATICAMENTE FECHADA, VISÃO MUITO EMBAÇADA; •PELE RUBORIZADA , QUENTE E SECA;
•AGITAÇÃO; EXCITAÇÃO; ALUCINAÇÃO; DELÍRIO E COMA.
Composto Propriedade farmacológica Usos Clínicos
Atropina •Antagonista não seletivo;•Bem absorvido por v.o.;•Em dose clínicas, pequena penetração da BHE;•Estimulante do SNC.
•Adjuvante na anestesia (redução das secreções, broncodilatação);•Envenenamento por anticolinesterásicos;•Bradicardia;•Hipermotilidade gastrointestinal.
Escopolamina •Similar à atropina;•Maior penetração da BHE;•Depressor do SNC.
•Como a atropina;•Cinetose.
Metonitrato de atropina
•Similar à atropina;•Pouco absorvido;•Não possui efeitos sobre o SNC;•Bloqueio ganglionar significativo.
•Hipermotilidade gastrointestinal.
Ipratrópio •Similar ao anterior;•Não inibe a depuração mucociliar dos brônquios.
•Para asma e bronquite por via inalatória.
Antagonistas Muscarínicos
Composto Propriedade farmacológica Usos Clínicos
Tropicamida Similar à atropina;Pode elevar a pressão intra-ocular.
Colírio (midríase e cicloplegia;Ação curta.
Ciclopentolato Similar à tropicamida Como a tropicamida (ação prolongada).
Pirenzepina Seletiva para receptores M1;Inibe a secreção gástrica por ação sobre células ganglionares;Pouco efeito sobre a musculatura lisa ou SNC
Úlcera péptica
Antagonistas Muscarínicos