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1 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO ESTADUAL RANCHO ALEGRE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Rua Amapá, nº 350 CEP: 87.395-000 Rancho Alegre D'Oeste – Paraná Fone/Fax: 0xx44 3556 1287 Email: [email protected] NRE:13 MUNICÍPIO: 2154 ESTABELECIMENTO: 00042 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO RANCHO ALEGRE D’OESTE 2017

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ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO ESTADUAL RANCHO ALEGRE

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Amapá, nº 350 CEP: 87.395-000 Rancho Alegre D'Oeste – Paraná

Fone/Fax: 0xx44 3556 1287 Email: [email protected]

NRE:13

MUNICÍPIO: 2154

ESTABELECIMENTO: 00042

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

RANCHO ALEGRE D’OESTE

2017

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5

1- IDENTIFICAÇÃO .................................................................................................. 7

1.1 - IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO .............................................. 8

1.2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ............................................................................. 9

1.3 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO........................................................... 11

1.4 ESTRUTURA FÍSICA .......................................................................................... 12

1.5 MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS ........................................................ 13

1.6 RECURSOS HUMANOS ..................................................................................... 18

1.6.1 Equipe Docente ............................................................................................ 18

1.6.2 Equipe Pedagógica/Diretiva e Agentes Educacionais II................................ 19

1.6.3 Equipe de Agentes Educacionais I ............................................................... 19

1.7 INSTÂNCIAS COLEGIADAS ............................................................................... 21

1.7.1 Membros da APMF – Gestão 2015 a 2017 ................................................... 21

1.7.2 Membros do Conselho Escolar – Gestão 2016 a 2018................................. 21

1.7.3 Conselho de classe....................................................................................... 22

1.8 QUANTIDADE DE ALUNOS MATRICULADOS NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO EM 2016 .................................................................................................................... 24

2 - MARCO SITUACIONAL ....................................................................................... 25

2. 1 PERFIL DA COMUNIDADE ................................................................................ 26

2.2 NECESSIDADES E AVANÇOS ........................................................................... 27

2.2.1 Gestão escolar .............................................................................................. 27

2.2.2 Ensino e aprendizagem ................................................................................ 27

2.2.3 Atendimento Educacional Especializado ...................................................... 30

2.2.4 Articulação entre as etapas de ensino .......................................................... 31

2.2.5 Articulação entre os profissionais ................................................................. 32

2.2.6 Articulação da instituição de ensino com os pais e responsáveis ................. 32

2.2.7 Formação continuada dos profissionais ........................................................ 33

2.2.8 Acompanhamento e realização da hora atividade ........................................ 33

2.2.9 Relação dos profissionais da educação e discentes .................................... 34

2.2.10 Critérios de organização de turmas ............................................................ 34

2.2.11 – Desafios das Tecnologias Digitais ............................................................ 34

3 - MARCO CONCEITUAL ........................................................................................ 36

3.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO .......................................................................... 37

3.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM ................................................................................. 39

3.2.1 Concepção de infância ................................................................................. 40

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3.2.2 Concepção de Adolescência ......................................................................... 42

3.2.3 Concepção de juventude .............................................................................. 42

3.2.4 Concepção de fase adulta e velhice ............................................................. 43

3.3 CONCEPÇÃO DE MUNDO E DE SOCIEDADE ................................................. 45

3.4 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA ........................................................................... 47

3.5 CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO HUMANA ......................................................... 48

3.6 CONCEPÇÃO DE CULTURA .............................................................................. 49

3.7 CONCEPÇÃO DE TRABALHO ........................................................................... 50

3.8 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ................................................................................ 52

3.9 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR ............................................................. 55

3.10 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ....................................................................... 57

3.11 CONCEPÇÃO DE CUIDAR E EDUCAR ........................................................... 58

3.12 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO ................................... 60

3.13 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ............................................................... 62

3.14 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA ..................................................................... 63

3.15 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ................................................. 65

3.16 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ......................................................................... 66

3.17 CONCEPÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO ................................... 68

3.18 CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA ............................................... 70

3.19 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .................................................... 71

3.20 CONCEPÇÃO DE DIVERSIDADE .................................................................... 73

4- MARCO OPERACIONAL ...................................................................................... 74

4.1 AÇÕES DA ESCOLA ........................................................................................... 75

4.2 CALENDÁRIO ..................................................................................................... 78

4.3 AÇÕES DIDÁTICO PEDAGÓGICAS .................................................................. 79

4.3.1 PROGRAMA DE COMBATE AO ABANDONO ESCOLAR ........................... 79

4.3.2 SALA DE RECURSOS MULTINFUNCIONAL TIPO I .................................... 80

4.3.3 AULAS ESPECIALIZADAS EM TREINAMENTO ESPORTIVO - ESPORTE E LAZER/HORA TREINAMENTO ............................................................................. 82

4.3. 4 PROGRAMA BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA CIVIL NA ESCOLA ..... 84

4.4 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO DO CURRÍCULO ......................... 86

4.5 ORGANIZAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS ....................................... 88

4.5.1 Conselho Escolar ......................................................................................... 88

4.5.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF .................................. 88

4.5.3 Conselho de classe....................................................................................... 89

4.6 SISTEMATIZAÇÃO DO PROCESSO AVALIATIVO ............................................. 91

4.6.1 Critérios de Avaliação ................................................................................... 91

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4.6. 2 - Instrumentos Avaliativos ............................................................................ 91

4.6. 3 Recuperação de Estudos ............................................................................. 92

4.7 REGISTRO DE CLASSE ON LINE ..................................................................... 94

4.8 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS, EQUIPAMENTOS E INFRAESTRUTURA ESCOLAR ................................................................................................................. 95

4.9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ........................................................ 96

4.10 CÓPIA DA MATRIZ CURRICULAR ................................................................... 97

4.11 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ........................................................................... 98

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 99

Anexos .................................................................................................................... 105

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INTRODUÇÃO

A escola é o espaço onde ocorre a transmissão de conhecimentos históricos,

científicos e culturais produzidos pela humanidade ao longo de sua constituição sócio-

econômico-antropológica-cultural. É, também, o locus de contradições sociais, tendo

em vista, não ser neutra e expressar intencionalidades políticas, ideológicas e outras

formas de organização e imaginários da sociedade em que está inserida.

Ao partir do pressuposto da não neutralidade da escola, nos propomos neste

projeto, orientar as bases e linhas de ação da instituição de ensino, a fim de fomentar

o trabalho coletivo e democrático a ser desenvolvido.

Partimos de concepções teórico-filosóficas-epistemológicas que buscam

pautar a educação situada como possibilidade de transformação social, como

instrumento que contribui para a formação omnilateral, compreendendo neste

aspecto, o ensino de conhecimentos e conceitos científicos que possam subsidiar a

formação de sujeitos críticos e engajados com a consolidação da cidadania, bem

como, capazes de resolver problemas e situações práticas apresentadas pela

organização social e mundo do trabalho contemporâneos.

Deste modo, o Projeto Político Pedagógico, enquanto expressão e documento

que norteia o fazer educativo da instituição, está organizado em 4 tópicos.

O tópico 1 “identificação da instituição de ensino” apresenta o histórico da

instituição, a sua organização, os recursos físicos, os recursos e espaços

pedagógicos, os profissionais atuantes, bem como, a quantidade de alunos

matriculados no presente ano letivo.

No tópico 2 “Marco situacional” dispomos os desafios e perspectivas no que

tange à gestão escolar, ao processo de ensino e aprendizagem, às formas de

atendimento especializado desenvolvidos pela instituição, as formas de articulação e

integração entre as áreas do currículo, desafios e procedimentos relacionados à

formação continuada dos servidores, entre outros apontamentos que respaldam os

projetos e práticas desenvolvidos pela instituição de ensino, com vistas à uma

educação de qualidade.

O tópico 3 “Marco Conceitual” apresenta as concepções teóricas e

epistemológicas que respaldam a prática educativa da instituição. Neste, são

apresentadas as concepções de educação, homem, sociedade, mundo, formação

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humana, trabalho, escola, gestão escolar, currículo, avaliação, ensino-aprendizagem,

entre outras essenciais para o desenvolvimento qualitativo do trabalho pedagógico.

Em relação ao tópico 4 “Marco Operacional” onde constam o planejamento para

a operacionalização de metas que supram os desafios e perspectivas apontadas pelo

marco situacional. Apresenta as formas de cumprimento do calendário escolar, as

ações didático-pedagógicas, os procedimentos adotados pela instituição no sentido

de suprir alunos que necessitem de atendimento educacional diferenciado e aponta

as formas de organização e constituição da Proposta Pedagógica Curricular.

Assim, evidenciamos que o Projeto Político Pedagógico é um documento

imprescindível para a organização do espaço escolar em sua totalidade pois, aponta

reflexões sobre seu funcionamento, tais como a sociedade em que a escola está

inserida, o perfil de sujeitos que pretende formar, além, de orientar-se de acordo com

bases e procedimentos metodológicos que atendam o objetivo de que ocorra a

participação efetiva de toda a comunidade escolar nas decisões escolares.

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1- IDENTIFICAÇÃO

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1.1 - IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

COLÉGIO ESTADUAL RANCHO ALEGRE – ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO. RUA AMAPÁ, N.º 350 – CENTRO - RANCHO ALEGRE D’ OESTE - PR TELEFONE: (0XX)44 3556-1287 CÓDIGO: 00042 MUNICÍPIO DE RANCHO ALEGRE D’OESTE – PARANÁ CEP: 87.395-000 CÓDIGO: 2154 EMAIL: [email protected] / [email protected] DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA: SEED MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ DISTÂNCIA DO COLÉGIO AO NRE: 20 km CÓDIGO INEP: 41014154

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1.2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Estadual Rancho Alegre - Ensino Fundamental e Médio, situado no

Município de Rancho Alegre D' Oeste, Rua Amapá, n° 350, mantido pelo Governo do

Estado do Paraná, começou a funcionar no ano de 1.974, como extensão da Escola

Ribeiro de Campos - Ensino Regular e Supletivo de 1° Grau, com Plano de

Implantação pelo Parecer n° 51/75.

No Ano de 1.981, de acordo com a Resolução n° 77/81, a escola desmembrou-

se, passando a se chamar Escola Estadual Rancho Alegre - Ensino de 10Grau,

funcionando apenas com 5ª a 7ª série, de modo que e a 8ª série ainda estava sob a

responsabilidade da Escola Ribeiro de Campos - Ensino 1° Grau. A partir do ano de

1.982 cessou a extensão atendendo de 5ª a 8ª séries.

Em, 1984, o curso de 1º grau foi reconhecido através da Resolução n° 3707/84,

juntamente com o Estabelecimento de Ensino.

Em 1.994 de acordo com a resolução n° 1.588/94 foi autorizado o

funcionamento do Ensino de 2° Grau, com o curso de Educação Geral - Preparação

Universal.

Neste mesmo ano, através do parecer nº 142/94-DESG/SEED foi aprovado o

Plano de Preparação para o Trabalho do Curso de 2° Grau - Educação Geral -

Preparação Universal. Através do parecer n. ° 164/94 foi aprovada a grade curricular

do curso de Educação Geral- Preparação Universal do turno noturno.

No ano de 1995, através do parecer n.º 28 de 19/06/1995, aprovou-se o

Regimento Escolar, conforme Ato Administrativo n.º 099/95.

Ressalta-se ainda que no ano de 1995 de acordo com o parecer n.º 267/95,

homologado pela Resolução n.º 4476/95 foi prorrogado o funcionamento do Curso de

2° Grau-Educação Geral- Preparação Universal, por mais 02 (dois) anos, a partir do

início do ano letivo de 1996.

Em 1997, de acordo com a Resolução n.º 3402/97 foi prorrogado, novamente,

o funcionamento do Curso de 2° Grau - Educação Geral- Preparação Universal, por

mais 02 (dois) anos, a partir do início do ano letivo de 1998.

No ano de 1998, através do parecer n.º 142/98, aprovou Adendo ao Regimento

Escolar referente à verificação do Rendimento Escolar.

Ainda neste, através da Deliberação n.º 003/98 - CEE e da Resolução n.º

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3.120/98 - CEF/SEED, a nomenclatura da escola foi alterada, ao que passou a

denominar Colégio Estadual Rancho Alegre - Ensino Fundamental e Médio.

Em 1999, através do parecer n.º 068/99, aprova-se Adendo ao Regimento

Escolar referente à matrícula inicial, da matrícula em regime de progressão parcial,

aproveitamento de estudos: classificação, reclassificação e adaptações.

Neste mesmo ano, através da Resolução n.º 4.392/99, de 22/12/99, reconhece

o Ensino Médio do Colégio Estadual Rancho Alegre - Ensino Fundamental e Médio.

No ano de 2005, através do parecer n.º 082/05, foi aprovado adendo ao

Regimento Escolar referente à apuração de notas e percentual de frequência,

estabelecendo novo regime de aprovação.

Em 2009, o Ato Administrativo nº 212/2009 – NRE/Goioerê e Parecer Conjunto

020/2009, aprovou o novo Regimento Escolar. Ainda em 2009, a Resolução

3189/2009, DOE 23/11/2009, renovou o Reconhecimento do Ensino Médio.

No Ano de 2011, através da Resolução nº 1611/11, DOE 1611/11, em foi

Autorizado o funcionamento do Ensino Fundamental – Fase II e o Ensino Médio, na

modalidade da Educação de Jovens e Adultos.

Em 2012, a Resolução 5795/2012, DOE 18/10/2012, reconheceu do Ensino

Fundamental – Fase II e o Ensino Médio, na modalidade da Educação de Jovens e

Adultos. A Resolução 6199/12, DOE 01/11/2012, renovou o reconhecimento do Ensino

Fundamental, no Ensino Regular.

Atualmente o Colégio Estadual Rancho Alegre - Ensino Fundamental e Médio,

localizado na Rua Amapá, n.º 350, centro, atende a um público heterogêneo, oriundo

da Zona Urbana e Rural, caracterizado de famílias compostas por agricultores,

lavradores, diaristas, comerciantes, funcionários públicos, desempregados,

autônomos, trabalhadores do comércio, dentre outros.

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1.3 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO

O Colégio Estadual Rancho Alegre, oferta as etapas de ensino Ensino

Fundamental Anos Finais com turmas de 6º ao 9º ano e Ensino Médio com turmas de

1°a 3° ano, organizados nos turnos matutino e vespertino.

No turno matutino atende das 7:40 da manhã as 12 horas:

1 turma de 6°A ano do Ensino Fundamental;

1 turma de 7°A do Ensino Fundamental;

1 turma de 8° A do Ensino Fundamental;

1 turma de 9°A do Ensino Fundamental

1 turma de 2°A do Ensino Médio.

No turno vespertino atende das 13:10 as 17:30 horas:

1 turma de 6°B Ensino Fundamental;

1 turma de 7° B do Ensino Fundamental;

1 turma de 8° B do Ensino Fundamental

1 turma de 9° A do Ensino Fundamental;

1 turma de 1° A do Ensino Médio;

1 turma de 3° A do Ensino Médio.

Também atende a Sala de Recursos Multifuncional Tipo I com cronograma

específico, no período matutino, de segunda a quinta, das 7:40 as 12 horas e Aulas

Especializadas de Treinamento Esportivo.

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1.4 ESTRUTURA FÍSICA

Quadro 1.4 Espaços físicos utilizados pela instituição de ensino

QUANTIDADE RECURSOS FÍSICOS

13 (treze) Salas de aulas

01 (uma) Sala para secretaria

01 (uma) Sala do professor

01 (uma) Sala de direção com um banheiro interno e Arquivo Morto

01 (uma) Sala para a Coordenação Pedagógica

01 (uma) Cozinha

01 (um) Sanitário feminino

01 (um) Sanitário masculino

01 (uma) Quadra de esportes polivalente coberta

02 (dois) Sanitários para professores

01 (um) Depósito para merenda

01 (uma) Sala para almoxarifado

01 (um) Refeitório

01 (um) Pátio coberto

01 (uma) Sala para Laboratório de Química/Física/Ciências

01 (uma) Sala para Biblioteca com acesso a computadores

01 (uma) Sala Multimídia com laboratório de informática

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1.5 MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS

Quadro 1.5.1 – Materiais Didáticos e Pedagógicos disponíveis para uso na sala de Jogos e materiais

Material Quantidade

Ábaco escolar 11

Bambolê colorido 70

Base de mesa para modelagem 4

Blocos lógicos 48 peças 3

Blocos lógicos MDF 6

Bola de Futsal 10

Bola de GRD 12

Bola de gude 2 pct

Carimbo frações 5

Carimbo Tabuada 5

Coleção africanidade 1

Coleção Bullying na escola 1

Coleção dia-a-dia do professor 1

Coleção oficina de leitura 1

Coleção turma da Monica descobrindo o corpo humano 40

Corda de nylon 15

Corda de pular emborrachada 30

Disco de frações 10

Dominó 4

Dominó de adição 28 peças 6

Dominó divisão 4

Dominó divisão silábica 4

Dominó frações 28 peças 6

Espátulas diversas 54

Esteca de madeira 10

Jogo 5 em 1 13

Jogo acerte o acento 10

Jogo alfa numérico 6

Jogo Alquimia 4

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Jogo banco imobiliário 3

Jogo batalha naval 6

Jogo can can 12

Jogo cara a cara 9

Jogo da memória 20

Jogo da memória 10

Jogo da memória numerais 25

Jogo da Memória plural 25

Jogo da vida 5

Jogo de botão times diversos 15

Jogo de dama e trilha 20

Jogo de números com pinos 6

Jogo explorando o Brasil 4

Jogo Ludo 13

Jogo viagem pelo mundo 3

Kit futebol com camisa, calção e meião 2

Livros smilinguido 4

Mapa escolar 20

Material dourado 3

Mesa de futebol de botão 4

Mini calculadora 40

Minidicionários português / inglês/ espanhol 80

Peteca oficial 30

Quebra-cabeça corpo humano 3

Sólidos geométricos 11 peças 6

Sólidos geométricos em madeira 4

Tabuada 4

Tabuada giratória em madeira 8

Tabuleiro de xadrez com peças em plástico 12

Tangram 3

Tapete amarelinha de E.V.A 10

Trena escolar 10

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Quadro 1.5.2 – Materiais do laboratório de Química/Física/Ciências

MATERIAL ESPECIFICAÇÕES QTDE

Almofariz 250 mL 1

Almofariz 60mL 4

Balança manual 1

Balão de saída lateral 250 mL 1

Balão volumétrico 250 mL 1

Balão volumétrico 50 mL 1

Bastão de vidro 11

Béquer 100 mL 5

Béquer 250 mL 5

Béquer 600 mL 9

Béquer de plástico 250 mL 1

Bico de Bunsen 1

Botijão de gás 2kg (vazio) 1

Bureta 25 mL 1

Condensador 1

Erlenmeyer 125 mL 2

Erlenmeyer 250 mL 8

Escova p/ limpeza de tubo de ensaio

5

Espátula metálica 5

Estante p/ tubo de ensaio 4

filtro de papel 2 pac

Funil de plástico 5

Funil de separação tipo pêra 250 mL 1

Funil de vidro grande 2

Funil de vidro pequeno 3

Garras p/ balões 4

Lamparina 4

Pavil de lamparina 2 mt

Pêra 2

Pestilo 3

pinça de madeira 7

Pipeta graduada 10 mL 4

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Pipeta graduada 5 mL 4

Pipeta volumétrica 10 mL 2

Pisseta 10

Proveta 100 mL 4

Proveta 50 mL 3

Proveta plástica 1

Rolhas grande 13

Rolhas médias 2

Rolhas pequenas 6

Seringa 1

Suporte Universal 2

Tela de amianto 3

Termômetro clínico 4

Termômetro de laboratório 150º C 5

Termômetro Max./Min. 2

Tripé de ferro 1

Tubo de ensaio grande 13

Tubo de ensaio pequeno 44

Vidro de relógio 10

Bisturi 2

frascos plásticos gotas 7

Kit microscópio lupa Zoom 100X-200X 1

Lâminas para microscopia 1mm-1,2mm 3 cx

Lamínulas 20x20 4 cx

Microscópio lupa 2

Microscópio eletrônico 1

Modelo anatômico – Esqueleto 1

Modelo anatômico – Desenvolvimento embrionário

1

Pinça metálica 7

Planetário Sistema solar / Terra / Lua

2

Placa de pétri 14

Spinlide 1

Tesoura 1

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Tronco humano 3

Cronômetro 1

Íma 3

lentes 3

Modelo para ligações elétricas 1

Molas 3

Pesos 6

Quadro 1.5.3 - Acervo Bibliográfico disponível em 2016 na biblioteca

Tipo de acervo Quantidade

Literaturas 3150

Didáticos 1150

Quadro 1.5.4 - Outros materiais e espaços pedagógicos disponíveis

- Laboratório de Informática – Paraná Digital

- Mesas, Carteiras e Cadeiras;

- 8 Quadro Branco;

- 8 TV Multimídia definitiva em sala de Aula;

- Antena para acessar a TV Paulo Freire e TV escola;

- 2 Câmeras fotográficas;

- 1 caixa amplificadora;

- 2 microfones;

- Laboratório Proinfo

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1.6 RECURSOS HUMANOS

1.6.1 Equipe Docente

Quadro 1.6.1 – Equipe docente e situação funcional dos profissionais atuante em 2017

NOME VÍNCULO DISCIPLINA FORMAÇÃO

Alexandra Regina Jose QPM Língua

Portuguesa Pós-Graduação

Andreia Aparecida Leite Cunha QPM Geografia Pós-Graduação

Antônio Carlos Monteiro QPM Geografia / Sociologia

Pós-Graduação

Edna Fontana Castro REPR Língua

Portuguesa/Inglês Pós-Graduação

Eliane Alves Moreira REPR História e Ensino

Religioso Pós-Graduação

Elineuza da Silva QPM SRM/ Artes Pós-Graduação

Elionardo da Silva QPM Inglês Pós-Graduação

Elizabete Egiminiano de Souza Mendes

QPM Matemática Pós-Graduação

Elizabete Murante QPM Educação Física Pós-Graduação

Elizabeth de Souza QPM Física Pós-Graduação

Fabiana Galvão Borges QPM Química e Física Pós-Graduação

Jaqueline Maria Kolln REPR Matemática Pós-Graduação

Jessica da Silva Soares REPR Geografia Superior

José Carlos Denck QPM História Pós-Graduação

José Pereira da Costa QPM Ciências PDE

Leqssandro Borges da Silva QPM Educação Física Pós-Graduação

Lucimara Valerio REPR Educação Física Pós-Graduação

Marlene Jose de Andrade QPM Inglês/Língua Portuguesa

Pós-Graduação

Mirian Rosa Torres REPR Filosofia e Sociologia

Pós-Graduação

Roseli Botelho Perandre Flavio QPM Biologia/

Matemática/ Ciências

Pós-Graduação

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Saula Sergiane Montanha da Silva QPM Artes e Língua Portuguesa

Pós-Graduação

Solange Zanuto Camargo REPR Sociologia Pós-Graduação

Valeria Aparecida Prado da Silva QPM Matemática Pós-Graduação

Vanessa Roratto Ovidio QPM Artes Pós-Graduação

1.6.2 Equipe Pedagógica/Diretiva e Agentes Educacionais II

Quadro 1.6.2 – Equipe atuante em 2017

Nome Vínculo Atuação Formação

Adão Aristeu Ceniz QPM Pedagogo Pós-Graduado

Amarildo José da Silva QFEB Agente Educacional II Pós-Graduado

Eliane dos Santos Macedo QPM Pedagoga Mestrado

Everton Josimar de Oliveira QFEB Secretário Mestrado

José Fogaça Filho QFEB Agente Educacional II Pós-Graduado

Marina Aparecida Ferreira de

Oliveira QFEB Agente Educacional II Mestrado

Rosimar Pereira da Silva QPM Diretor PDE

1.6.3 Equipe de Agentes Educacionais I

Quadro 1.6.3 – Equipe atuante em 2017

NOME VÍNCULO ATUAÇÃO FORMAÇÃO

Aparecida Bezerra Da Silva QFEB Agente Educacional I Superior

Deosdete Moreira dos

Santos

QFEB Agente Educacional I

Ensino Médio

Dulcelina Maria Campos de

Oliveira

QFEB Agente Educacional I

Superior

Marinete D’Angeli

Rodrigues

QFEB Agente Educacional I

Superior

Valdete Pereira Dos Santos QFEB Agente Educacional I

Ensino Médio

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Vergilina Heidrich Costa QFEB Agente Educacional I

Superior

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1.7 INSTÂNCIAS COLEGIADAS

1.7.1 Membros da APMF – Gestão 2015 a 2017

Quadro 1.7.1 – Membros da APMF

Nome Função

Helio Vieira da Silva Presidente

Agnaldo Iadicola Vice-Presidente

Everton Josimar de Oliveira 1º Secretário

José Fogaça Filho 2º Secretário

Chirlei Aparecida da Silva Santos 1º Tesouraria

Valdir dos Anjos Santos 2º Tesouraria

Elineuza da Silva 1º Diretor Sócio Cultural e Esportivo

Lúcia Maria Freire Mourão 2º Diretor Sócio Cultural e Esportivo

José Pereira da Costa Membro Conselho Deliberativo e Fiscal

Saula Sergiane Montanha da Silva Membro Conselho Deliberativo e Fiscal

Vergilina Heidrich da Costa Membro Conselho Deliberativo e Fiscal

Dulcelina Maria Campos de Oliveira Membro Conselho Deliberativo e Fiscal

Chirley Magalhães Sabino Membro Conselho Deliberativo e Fiscal

Terezinha da Silva Mota Membro Conselho Deliberativo e Fiscal

Maria Cristina da Silva Membro Conselho Deliberativo e Fiscal

Marlene Favaro de Aragão Membro Conselho Deliberativo e Fiscal

1.7.2 Membros do Conselho Escolar – Gestão 2016 a 2018

Quadro 1.7.2 – Membros do Conselho Escolar Representantes dos Profissionais da Escola

NOME FUNÇÃO ESCOLARIDADE

Rosimar Pereira da Silva Presidente PDE

Eliane dos Santos Macedo Representante Equipe Pedagógica

Mestrado

Patrícia Miotto Suplente Equipe Pedagógica Pós-Graduação

José Pereira da Costa Representante Profº Ens. Fund. PDE

Saula Sergiane Montanha da Silva

Suplente Profª Ens. Fund. Pós-Graduação

Fabiana Galvão Borges Representante Profº Ens. Médio Pós-Graduação

Antonio Carlos Monteiro Suplente Profª Ens. Médio Pós-Graduação

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Everton Josimar de Oliveira Representante Ag. Educ. II Mestrado

José Fogaça Filho Suplente Ag. Educ. II Pós-Graduação

Marinete D’Angeli Representante Ag. Educ. I Ensino Superior

Dulcelina Maria Campos de Oliveira

Suplente Ag. Educ. I Ensino Superior

Quadro 1.7.3 - Membros do Conselho Escolar representantes da comunidade atendida pela escola

Daniela Costa Gonçalves Representante - Pais Ensino Médio

Reginaldo Quirino de Lima Suplente – Pais Ensino Médio

Aira Camily de Oliveira Poeira Representante Aluno – Ens. Fund.

Ensino Fund. Incompleto

Jèssica Fernanda Teodoro Ribeiro

Suplente Aluno – Ens. Fund. Ensino Fund. Incompleto

Bruna dos Anjos Santos Cipriano Representante Aluno – Ens. Médio

Ensino Médio Incompleto

Willian Seno Mariano Suplente Aluno – Ens. Médio

Ensino Médio Incompleto

Hélio Vieira da Silva Representante - APMF Ensino Médio

Valdir dos Anjos Santos Suplente – APMF Ensino Fund.completo

Viviane Ribeiro da Luz da Silva Rep. – Movimento Sociais Ensino Superior

Patrícia Barbosa da Silva Suplente – Movimento Sociais

Ensino Superior

1.7.3 Conselho de classe

O conselho de classe é um órgão colegiado, composto pelo diretor da

instituição de ensino, pedagogos, secretário, docentes que ministram aulas na

instituição (professores do Ensino Fundamental, Ensino Médio e SRM) e por

representantes de alunos.

A organização do conselho de classe segue a sistemática de discussões acerca

do processo didático-pedagógico desenvolvido em sala de aula, onde os participarem

debatem, preveem e propõem intervenções em tempo hábil, para que sejam

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encaminhadas estratégias que permitam o pleno desenvolvimento dos estudantes e

recuperem as defasagens apontadas.

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1.8 QUANTIDADE DE ALUNOS MATRICULADOS NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

EM 2016

Em 2017 estão regularmente matriculados 228 alunos nas 11 turmas de Ensino

Fundamental e Médio, organizados da seguinte forma:

Quadro 1.8.1 – Distribuição de alunos por turmas na instituição de ensino

TURMAS TURNO DE

FUNCIONAMENTO

QUANTIDADE DE ALUNOS

MATRICULADOS

6° A Matutino 16 alunos

6° B Vespertino 19 alunos

7° A Matutino 18 alunos

7° B Vespertino 21 alunos

8° A Matutino 15 alunos

8° B Vespertino 21 alunos

9° A Matutino 19 alunos

9°B Vespertino 18 alunos

1° A Vespertino 26 alunos

2°A Matutino 20 alunos

3° A Vespertino 35 alunos

Fonte consultada- https://www.sere.pr.gov.br/sere/ Quadro 1.8.2 – Alunos matriculados em outras modalidades ofertadas pela instituição

TURMAS TURNO DE

FUNCIONAMENTO QUANTIDADE DE ALUNOS

MATRICULADOS

Sala de Recursos Multifuncional Tipo I

Matutino 11 alunos

Aulas Especializadas de Treinamento

Esportivo Intermediário Tarde 29 alunos

Fonte consultada- https://www.sere.pr.gov.br/sere/

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2 - MARCO SITUACIONAL

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2. 1 PERFIL DA COMUNIDADE

A comunidade escolar do Colégio Estadual Rancho Alegre – E.F. M. é

caracterizada pela diversidade social, econômica, política, religiosa e outras que a

torna rica em suas particularidades.

De acordo com dados coletados no site do IBGE, o Município de Rancho Alegre

D’ Oeste, no qual o Colégio se localiza, tem uma população estimada em 2016, de

aproximadamente 2.816 habitantes e uma área territorial de 241 km2. Desta

população, grande maioria reside no perímetro urbano, mas mantendo relações

estreitas com o campo, tirando seu sustento deste.

A economia da cidade é voltada, basicamente, para a agricultura, tendo como

principais produtos àqueles obtidos de lavouras temporárias, como: soja, trigo e milho,

a criação de bovinos, aves e suínos.

Os problemas mais comuns, enfrentados pelo município e que também

interferem no processo escolar, são os de ordem socioeconômica, que inclui, a

migração de muitas famílias da comunidade, na época da entre safra, para outros

estados do país, em busca de trabalho, oferecendo sua força de trabalho nas colheitas

de café e maçã em fazendas, muitas vezes, distantes das escolas. Neste contexto,

muitos alunos transferidos, retornam após 4 meses, sem que tenham estudado.

Também há famílias de alunos, cujos pais viajam dezenas de quilômetros para

trabalharem em empresas da região, como a Copacol e a Unitá e também, em

atividades comerciais nas cidades vizinhas e na prestação de serviços de faxina em

casas particulares, ficando quase que o dia todo fora de casa, deixando seus filhos

em creches e com familiares próximos. Em casos mais extremos, alguns alunos

adolescentes, acabam ficando o dia todo sozinhos, o que incide, por vezes, em índices

de abandono durante o decorrer do ano letivo.

Diante deste panorama, cabe à escola, problematizar e buscar alternativas que

atendam e respeitem as experiências, vivências, conhecimentos e valores trazidos

pelos alunos provenientes destes diversos contextos, pois, é mister lidar com a

diversidade presente em suas mediações voltando-se, não aos interesses de grupos

dominantes, mas, priorizando sempre a formação de sujeitos críticos com

potencialidade para ações transformadoras, garantindo a partir de procedimentos

concretos a permanência destes na instituição de ensino.

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2.2 NECESSIDADES E AVANÇOS

2.2.1 Gestão escolar

A gestão escolar ocorre a partir do diálogo com as diversas instâncias e

segmentos que compõem o coletivo escolar. Busca-se a interlocução entre

representantes do Conselho Escolar, APMF, servidores atuantes na instituição, pais e

alunos, a fim de alcançar êxitos nas metas estabelecidas no Plano de ação da escola,

a cada ano letivo, refletir e propor ações que envolvam aspectos pedagógicos e gerir,

continuamente a aplicação de recursos recebidos pela instituição de ensino.

O processo de deliberação para a composição dos representantes de cada

segmento do Conselho Escolar e APMF ocorre em compatibilidade com os

dispositivos legais que o norteiam, tais como divulgação dos editais em diversos meios

públicos, como o site institucional, redes sociais de acesso amplo como o Facebook,

em comércios locais, igrejas; convocação para reuniões, entre outras ações técnicas.

No entanto, pontuamos que, um grande desafio, consiste na disponibilidade

de segmentos como os pais de alunos, para participarem dos processos de escolha

das instâncias colegiadas como o Conselho Escolar e APMF, por se sentirem receosos

a respeito das finalidades deste segmento da gestão democrática, o que demonstra a

necessidade de avançarmos em estratégias que desmistifiquem e esclareçam as reais

funções destas instâncias para toda a comunidade escolar.

Outro ponto consiste na implantação do Grêmio Estudantil, que ainda não foi

montado na instituição, o que requer incentivar os alunos, para que sejam engajados

na constituição de espaços deliberativos específicos de sua categoria.

2.2.2 Ensino e aprendizagem

O processo pedagógico ocorre em diferentes níveis de planejamento e

execução, atrelados ao plano de ação da escola, ao Projeto Político Pedagógico e

Proposta Pedagógica Curricular, objetivando que conhecimentos e conceitos

científicos sejam apropriados significativamente pelos alunos.

Em ação conjunta, professores, equipe pedagógica e direção buscam,

continuamente, tanto por meio do Conselho de Classe e em outros momentos da

rotina escolar, observarem e readequarem metodologias e práticas avaliativas que

possam colaborar com o desenvolvimento dos alunos.

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Uma das ações mais recorrentes é o acompanhamento do Livro Registro de

Classe observando se os registros aulas e estratégias de ensino, de avaliação, entre

outros, estão em conformidade com o Plano de Trabalho Docente. Embora tenham

desafios relacionados aos imaginários de negatividade e resistências, que envolvem

os registros de classe. Ressaltamos a sua importância como documento que legitima

o trabalho pedagógico realizado pelo professor e, portanto, devendo estar em

conformidade com todos os demais documentos que respaldam a organização

didático pedagógica da instituição, requerendo, da equipe escolar, comprometimento

em sua elaboração e acompanhamento.

Também ocorre o diagnóstico frequente do rendimento dos alunos e, quando são

detectadas dificuldades de aprendizagem, não supridas em algumas disciplinas, os

alunos são encaminhados, segundo a necessidade, para atendimentos adicionais,

como, a Sala de Recurso Multifuncional Tipo I, após todo um processo de avaliação

que legitima a importância do referido aluno, frequentar, em contraturno, atividades

especializadas que contribuirão em seu processo formativo.

Pontuamos que o diagnóstico destas dificuldades dá-se também, a partir, da

análise dos principais indicadores de rendimento apresentados pelos alunos da

instituição de ensino em anos anteriores, tais como os dispostos nas tabelas 2.2.2.1

e 2.2.2.2.

Tabela 2.2.2.1 – Rendimento Escolar referente ao ano letivo de 2015

En

sin

o F

un

da

me

nta

l

9 a

no

s

Ensino Taxa de

aprovação

Taxa de aprovação por conselho de

classe

Taxa de reprovação

Taxa de abandono

6º Ano 84,78% 41,03% 10,87% 4,35%

7º Ano 82,50% 0,00% 7,50% 10,00%

8º Ano 87,10% 18,52% 9,68% 3,23%

9º Ano 82,05% 25,00% 15,38% 2,56%

Total do Ensino

83,97% 22,14% 10,90% 5,13%

En

sin

o M

éd

io Ensino Taxa de

aprovação

Taxa de aprovação por conselho de

classe

Taxa de reprovação

Taxa de abandono

1ª Série 71,43% 30,00% 23,21% 5,36%

2ª Série 81,82% 27,78% 4,55% 13,64%

3ª Série 94,29% 15,15% 2,86% 2,86%

Total do Ensino

80,53% 24,18% 13,27% 6,19%

Fonte:http://www.consultaescolas.pr.gov.br/consultaescolas/f/fcls/escola/indicador/rendimentoEscolarPreliminar.xhtml

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Tabela 2.2.2.2 Taxa de distorção idade-série no ano de 2015 E

nsin

o

Fu

nd

am

en

tal

9 a

no

s

ENSINO TAXA DE DISTORÇÃO

6º Ano 8,70 %

7º Ano 12,50 %

8º Ano 16,13 %

9º Ano 5,13 %

Total do Ensino 10,26 %

En

sin

o

dio

ENSINO TAXA DE DISTORÇÃO

1ª Série 10,71 %

2ª Série 18,18 %

3ª Série 5,71 %

Total do Ensino 10,62 % Fonte: ttp://www.consultaescolas.pr.gov.br/consultaescolas/f/fcls/escola/indicador/taxaDistorcao.xhtml

Destacamos, com base nos indicadores acima, que o principal desafio,

corresponde à dificuldade da instituição em conseguir autorização para funcionamento

de uma Sala de Apoio a Aprendizagem em Língua Portuguesa e Matemática para as

turmas de 6° e 7° anos em razão da quantidade de alunos matriculados nestas séries,

ser inferior à permitida pela instrução n° 010/2014 – SUED/SEED.

Assim, para os alunos que apresentam defasagens significativas em conceitos

científicos das disciplinas em questão e em outras do currículo e que, em ano anterior,

tiveram aprovação por conselho de classe, reprovaram e/ou abandonaram o processo

escolar, são realizados trabalhos diferenciados como o acompanhamento semanal do

seu rendimento, diagnóstico juntamente aos alunos para identificar em quais aspectos

possuem dificuldades, reflexão e replanejamento de metodologias e práticas

avaliativas para que este público alcance êxitos e apropriem-se dos conteúdos

previstos, nas Diretrizes Curriculares e Cadernos de Expectativas de Aprendizagem,

para os anos destacados.

Para oportunizar estes momentos, são organizados, na instituição, espaços

pedagógicos como a biblioteca, sala de jogos e laboratório multimídia, com

cronograma de uso específico, onde professores e alunos, agendam horário para

realizarem atividades de apoio à aprendizagem.

Evidenciamos, ainda, que outros índices relacionados à avaliações externas,

bem como, de avaliações internas e rendimento dos alunos são discutidos pelo

coletivo escolar em vários momentos: reuniões pedagógicas, formações continuadas,

hora atividade com os professores, em reuniões de pais, entre outros, que visam

demonstrar os desafios e as potencialidades apreendidas.

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INDICADORES DE AVALIAÇÕES EXTERNAS Tabela 2.2.2.3 - IDEB das últimas três avaliações da rede estadual

IDEB OBSERVADO

Município 2011 2013 2015

Rancho Alegre D’Oeste

4,7 3,7 3,6

Fonte: http://ideb.inep.gov.br/resultado/resultado/resultado.seam?cid=3003015 Tabela 2.2.2.4 - Aproveitamento alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental em 2012

Média

do Estado

Média do NRE

Média da Escola

Abaixo do Básico

Básico Adequado Avançado

Língua Portuguesa

197,1 187,4 202,4 34,2% 31,6% 28,9% 5,3%

Matemática 212,2 205,5 208,9 44,7% 39,5% 13,2% 2,6%

Fonte: http://www.saep.caedufjf.net/resultados/resultados-anteriores/resultados-por-escola/

Tabela 2.2.2.5 - Aproveitamento alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental em 2013

Média

do Estado

Média do NRE

Média da Escola

Abaixo do Básico

Básico Adequado Avançado

Língua Portuguesa

242,9 239,4 213 38,5% 50% 11,5% 0%

Matemática 249 248,6 231 50% 42,3% 7% 0%

Fonte: http://www.saep.caedufjf.net/resultados/resultados-anteriores/resultados-por-escola/ Tabela 2.2.2.6 - Aproveitamento alunos do 1º Ano do Ensino Médio em 2013

Média

do Estado

Média do NRE

Média da Escola

Abaixo do Básico

Básico Adequado Avançado

Língua Portuguesa

234,2 231,8 226,5 27,1% 62,5% 10,4% 0%

Matemática 243,6 240,8 240,1 33,3% 62,5% 4,2% 0%

Fonte: http://www.saep.caedufjf.net/resultados/resultados-anteriores/resultados-por-escola/ Tabela 2.2.2.7 - Aproveitamento alunos do 3º Ano do Ensino Médio em 2012

Média

do Estado

Média do

NRE

Média da Escola

Abaixo do Básico

Básico Adequado Anvaçado

Língua Portuguesa

264,5 259,9 233,8% 64,3% 32,16% 3,6% 0%

Matemática 249 248,6 255,4 67,9% 28,6% 3,6% 0% Fonte: http://www.saep.caedufjf.net/resultados/resultados-anteriores/resultados-por-escola/

2.2.3 Atendimento Educacional Especializado

Na instituição de ensino, são ofertadas atividades educacionais

especializadas na Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, em contraturno as aulas

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regulares, para os alunos com deficiência intelectual e distúrbios de aprendizagem,

que frequentam as séries finais do ensino fundamental e, para aqueles que,

matriculados desde o ensino fundamental, ainda necessitarem do atendimento, ao

estarem no Ensino Médio.

O cronograma da SRM Tipo I contempla o atendimento de três turmas de

alunos, que frequentam as aulas de segunda a quinta-feira, divididos conforme as

necessidades apresentadas em suas avaliações.

As contribuições da SRM Tipo I são significativas nos progressos

apresentados pelos alunos que a frequentam, tendo em vista que o trabalho do

professor da modalidade ocorre integrado ao desenvolvido pelos docentes das

disciplinas curriculares da sala regular.

Como desafios, destacamos a resistências de alguns pais de alunos que,

mesmo estando avaliados, não aceitam a permanência destes na SRM Tipo I, o que,

consequentemente interfere em seu desenvolvimento.

2.2.4 Articulação entre as etapas de ensino

Compreendemos a relevância do processo de articulação entre as etapas de

ensino, tendo em vista que, representam mudanças significativas nas matrizes

curriculares, organização de espaços e tempos educativos.

Todo início de ano letivo, são desafiadores, tanto para a equipe escolar, quanto

para os alunos, os processos de adaptação no 6° ano do Ensino Fundamental, por

estarem mudando radicalmente a rotina a que estavam habituados no dia a dia, com

disciplinas diversas organizadas em cinco aulas diárias com até oito professores

revezando ao longo da semana. No 1° ano do Ensino Médio são, desafiadoras a

inserção de novas disciplinas e os níveis de complexidade requeridos nesta etapa.

Algumas ações já são realizadas para diminuir estes impactos, no entanto,

quando os alunos já estão frequentando as séries, tais como, conversas e orientações

sobre a rotina dos horários de aulas, os espaços físicos e pedagógicos a que terão

acesso.

Assim, destacamos a necessidade de contanto com a secretária municipal de

educação para convidá-los a trazer os alunos egressos do quinto ano do Ensino

Fundamental Séries Finais para conhecer as dependências e modo de organização

da instituição estadual.

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Também realizar o planejamento de ações que contemplem tanto professores,

quanto os alunos para conduzirem o processo de adaptação e acolhimento dos alunos

ingressantes no Ensino Fundamental e Médio, a partir de conversas e aulas

inaugurais que versem sobre o funcionamento e organização das etapas, regimento

escolar, espaços físicos e pedagógicos, calendário escolar, horários de aulas e outros

que possam contribuir com o andamento e rotinas escolares.

2.2.5 Articulação entre os profissionais

A articulação entre os diversos profissionais da escola ocorre em reuniões

formativas, reuniões pedagógicas com a finalidade de contemplar informes gerais e

resolver pautas necessárias para o andamento da instituição.

Evidenciamos que houveram avanços no que diz respeito à compreensão do

trabalho educativo que todos os profissionais desempenham na escola e que, cada

segmento, com suas especificidades laborais, exerce influências no processo

educativo desenvolvido pela instituição de ensino.

2.2.6 Articulação da instituição de ensino com os pais e responsáveis

Compreendemos que a parceria entre escola e pais/responsáveis de alunos é

um dos pilares que sustentam a permanência dos alunos na escola e contribuem para

que estes obtenham bons resultados e se apropriem de conhecimentos necessários

a seu desenvolvimento integral.

Com vistas a estes pressupostos, são realizadas reuniões bimestrais com pais

e responsáveis para discutirem assuntos inerentes ao processo de ensino-

aprendizagem e outras temáticas pertinentes ao desenvolvimento dos alunos a que

são responsáveis. Também ocorrem reuniões particulares com pais e responsáveis

cujo aluno esteja com alguma problemática específica, e para aqueles que não podem

participar das reuniões nos horários estabelecidos para o coletivo.

Mesmo diante estes espaços, destacamos como desafios, alguns pais não

frequentarem com regularidade a escola para tomarem ciência do desempenho

apresentado pelos alunos ao longo dos bimestres e mesmo, quando convocados por

outros meios, como ofícios e Conselho Tutelar, se recusarem.

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2.2.7 Formação continuada dos profissionais

A formação continuada dos profissionais da educação ocorre em momentos

como a Semana Pedagógica realizadas em fevereiro e em julho, nas Formações

Continuadas do primeiro e segundo semestre. Alguns servidores, entre professores e

funcionários, participam como membros da Equipe Multidisciplinar, que reúnem-se

durante o ano letivo para refletirem, debaterem e planejarem ações que viabilizem o

cumprimento e fortalecimento das leis LEI Nº 10.639 - DE 9 DE JANEIRO DE 2003 e

LEI Nº 11.645 - DE 10 MARÇO DE 2008.

Destacamos como desafios, o incentivo para a formação de articuladores e

mediadores das oficinas das formações entre os Agentes Educacionais I, o que

demanda planejar ações de reflexão e debates junto a este segmento para que

realizem com autonomia as discussões levantadas nestas capacitações e que dizem

respeito ao fazer educativo das atividades que desenvolvem na instituição de ensino.

2.2.8 Acompanhamento e realização da hora atividade

O cumprimento do tempo destinado para estudos, avaliação, planejamento,

participação em formações continuadas e organização dos professores, nas Hora-

Atividade, acontece em conformidade com as normatizações que as orienta, tais como

a INSTRUÇÃO N.º 06/2016 – SUED/SEED e outras resoluções e instruções

elaboradas nos anos letivos, que versam sobre a organização específica para a

articulação deste momento na rotina escolar e processo de ensino-aprendizagem.

O acompanhamento da HA, pela equipe diretiva e pedagógica, ocorre a partir

da interlocução com os professores, no decorrer das semanas, onde são discutidos

temas relacionados ao desenvolvimento dos alunos, possíveis defasagens e

estratégias para reduzir problemáticas apreendidas.

No ano letivo de 2016, a organização da Hora atividade concentrada, se dá a

partir da distribuição das disciplinas, durante a semana, conforme demonstrado no

quadro 2.2.8.1.

Quadro 2.2.8.1 – Organização da Hora-Atividade Concentrada no ano letivo de 2017

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

HISTÓRIA

FILOSOFIA

BIOLOGIA

CIÊNCIAS

MATEMÁTICA

FÍSICA

LÍNGUA

PORTUGUESA

ARTE

ED. FÍSICA

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34

SOCIOLOGIA

GEOGRAFIA

ENSINO

RELIGIOSO

QUÍMICA LEM

Fonte consultada - INSTRUÇÃO N.º 06/2016 – SUED/SEED. Disponível em: http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes2017/instrucao062017sued_seed.pdf

No entanto, uma das principais dificuldades apreendidas no que diz respeito ao

acompanhamento da HA, consiste no fato de muitos professores darem aulas de duas

ou mais disciplinas e em mais de uma escola e, assim, não conseguirem conciliar

horários para que a HA ocorra no coletivo com os demais professores em uma mesma

instituição.

2.2.9 Relação dos profissionais da educação e discentes

Compreendemos que o aluno é o objeto principal do trabalho educativo

desenvolvido. Nesta instituição de ensino há o convívio harmonioso entre alunos e

professores que, procuram, constantemente resolverem os conflitos que ocorrem, a

partir do diálogo e respeitando as peculiaridades dos envolvidos.

2.2.10 Critérios de organização de turmas

A distribuição e organização das turmas ocorrem em conformidade com as

instruções de matrículas em vigência a cada ano letivo. Leva em consideração

questões como, transporte escolar, matrícula na SRM Tipo I, que, precisam frequentar

obrigatoriamente o turno vespertino.

Outras necessidades comprovadas pelo aluno também são levadas em

consideração, como: aluno trabalhador; aluno que esteja em tratamento hospitalar;

alunos que frequentam programas sociais; alunos que tenham irmãos matriculados

no mesmo turno, entre outras deliberadas em Conselho Escolar e submetidas à

aprovação do NRE.

2.2.11 – Desafios das Tecnologias Digitais

O uso das tecnologias digitais no espaço escolar, muitas vezes esbarra em

questões estruturais, tais como a velocidade da conexão da internet, o sucateamento

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de equipamentos e defasagem dos softwares que dificultam aos docentes

manusearem-nos contemplando o planejamento de ensino para as turmas. Outras

questões como a formação continuada (que contemple o uso dos diversificados

equipamentos e softwares que possam contribuir com o processo de ensino-

aprendizagem) é, também, um elemento essencial para as dificuldades apreendidas

no cotidiano das ações docentes.

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3 - MARCO CONCEITUAL

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3.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

A educação, conforme Saviani (1997), é um fenômeno inerentemente humano,

que auxilia os sujeitos em suas ações e relações sociais e contribui para o

desenvolvimento de mentalidades críticas.

Consideramos neste documento, seu papel de transformação, que se efetiva a

partir do trabalho consciente do homem, que opera, segundo suas necessidades,

instrumentos que corroboram para a compreensão de que a sociedade, é antagônica

e permeada pela luta de classes onde o homem tem um papel imprescindível neste

movimento, pois, “a participação do homem como sujeito na sociedade, na cultura, na

história se faz na medida de sua conscientização a qual implica a desmistificação [...]”.

(MIZUKAMI, 1986, p. 88).

Menegolla e Sant’Anna (1999) evidenciam que a educação é um processo de

construção do homem em seus aspectos pessoal, social, cultural e histórico sendo,

um fator imprescindível na atuação do ser humano enquanto transformador da sua

realidade.

Neste projeto político pedagógico, seguimos as contribuições dadas ao campo

da educação a partir de 1979, que, como explica Facci (2004), passaram a realizar

discussões mais sistematizadas no que tange à análise histórica e dialética da

educação, o que fez surgir uma tendência pedagógica, que apropriando-se dos

conceitos das Teorias Crítico-Reprodutivistas, no que se refere ao papel da escola

como reprodutora dos interesses da classe dominante, superava-a no sentido de

explicar a necessidade de entender a educação não somente como reprodutora

dessas relações, mas, que questionasse e explorasse essas contradições entre a

classe que domina e a que é dominada, sendo esta denominada de Pedagogia

Histórico-Crítica.

A pedagogia Histórico-Crítica de acordo com Saviani (2003, p.141):

[...] trata-se de uma dialética histórica expressa no materialismo histórico, que é justamente a concepção que procura compreender e explicar o todo desse processo, abrangendo desde a forma como são produzidas as relações sociais e suas condições de existência até a inserção da educação nesse processo.

Como um processo histórico e cultural, ressalta-se que a escola deve evitar que

sua luta em prol do desenvolvimento dos sujeitos abrangidos por seus processos, não

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seja articulado como interesses dominantes e de inculcação de ideologias coercitivas,

mas que ao contrário, viabilize a formação de alunos críticos e dinâmicos neste

processo, que atuem com consciência a partir de saberes historicamente

sistematizados e transmitidos pela civilização.

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3.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM

O homem é o sujeito histórico que a partir do trabalho humaniza-se e transforma

os espaços naturais em que está inserido, tendo um importante papel na dinâmica

que prioriza a desalienação.

O homem chegará a ser sujeito através da reflexão sobre seu ambiente concreto: quanto mais ele reflete sobre a realidade, sobre sua própria situação concreta, mais se torna progressiva e gradualmente consciente, comprometido a intervir na realidade para mudá-la. Sendo o homem sujeito de sua própria educação, toda ação educativa deverá promover o próprio indivíduo e não ser instrumento de ajuste deste à sociedade. será graças à consciência crítica [...] que ele assumirá cada vez mais esse papel de sujeito, escolhendo e decidindo, libertando-se [...]. (MIZUKAMI, 1986, p. 86-87).

O homem se diferencia de outros seres vivos pela sua capacidade de

raciocinar, pensar e ser consciente da sua realidade imediata, intervindo em seu meio,

transformando-o.

A evolução do desenvolvimento humano aponta fatores que contribuíram para

que a atividade consciente dos homens se diferenciasse radicalmente da animal. Luria

(1991, p. 75) afirma que “um desses fatores é o trabalho social e o emprego dos

instrumentos de trabalho, o outro, o surgimento da linguagem”, a partir do momento

em que o homem percebeu a necessidade de transformar a realidade imediata, bem

como seu comportamento e desenvolvimento passou a ser diferenciado do

comportamento animal.

O comportamento consciente do homem é a capacidade deste não ser levado

pelas impressões imediatas do meio em que está inserido. Como explica Luria:

A atividade consciente do homem não pode tomar como orientação a impressão imediata da situação exterior e sim um conhecimento mais profundo das leis interiores dessa situação, razão por que há todo fundamento para afirmar-se que o comportamento humano, baseado no reconhecimento da necessidade, é livre. (LURIA, 1991, p. 72).

Outras questões como a linguagem e a sua capacidade de comunicação

conferem ao homem a atividade diferenciadora de agir sobre a sua realidade tendo

em vista as suas necessidades.

Como afirma Duarte (2003) o homem é um ser social, que deve ser pensado

em suas dimensões biológicas, mas também sociais, de maneira a ser contemplado

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enquanto um ser que se transforma a partir de suas interações e que ao mesmo tempo

contribui para que sua realidade seja transformada e influenciada pelas suas

experiências.

Assim, é mister evidenciarmos as concepções que perpassam todo o

desenvolvimento do homem, numa perspectiva crítica de educação, contemplando a:

infância, adolescência e outras fases do desenvolvimento humano.

3.2.1 Concepção de infância

A infância é o momento em que o indivíduo começa a desenvolver suas

potencialidades em relação a seu conhecimento de si e do mundo em que está

inserida.

A criança é um ser humano único, completo e, ao mesmo tempo, em crescimento e em desenvolvimento. É um ser humano completo porque tem características necessárias para ser considerado como tal: constituição física, formas de agir, pensar e sentir. É um ser em crescimento porque seu corpo está continuamente aumentando em peso e altura. É um ser em desenvolvimento porque essas características estão em permanente transformação. As mudanças que vão acontecendo são qualitativas e quantitativas [...]. (BRASIL, 2006, p. 14).

Entretanto, durante muito tempo a criança foi vista sobre a ótica naturalista,

sendo que muitos pensadores, tais como Rousseau, que afirmava que

[...] muito antes de ingressar na vida social, a individualidade da criança – seu sentimento de independência, bondade interior, julgamento e resistência – deve ser construída para suportar as influencias degradantes da vida social. Ela deve viver como um selvagem, de modo a poder manter inatas as virtudes primitivas que caracterizam a condição humana. (EBY, 1976, p.297).

Assim o mesmo entendia que o desenvolvimento infantil, se dava a partir da

não intervenção do meio externo. Outro pensador, Pestalozzi, embasado nas teorias

de Rousseau definia que “[...] os poderes da criança brotam espontaneamente de

dentro, devido ao despertar de impulsos inatos [...]” (EBY, 1976, p. 387), o que

correspondia ao fato de que, a criança já nascia com determinadas potencialidades

que também não deveriam sofrer influências do meio externo.

Froebel considerava necessário à criança “alcançar harmonia dentro dela

mesma e com a natureza, e a incorporação geral no particular [...].” (EBY, 1976,

p.444), isto é, a própria criança descobriria as suas aptidões sem a necessidade de

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mediação externa. Desta forma pode-se considerar que, todos esses pensadores

modernos consideravam o desenvolvimento da criança a partir de uma concepção

naturalista, ou seja, a criança deveria desenvolver-se sem a influência externa.

Tal perspectiva naturalizante do desenvolvimento infantil, primeiramente, vê a criança como um indivíduo isolado, para o qual a sociedade não passa de um "mero hábitat" sui generis. Em segundo lugar, o desenvolvimento mental é visto como um simples processo de adaptação às condições de vida existentes na sociedade. Em terceiro lugar, a sociedade é vista como a união de dois elementos distintos: "o mundo dos objetos" e o "mundo das pessoas", ambos dados pelo ambiente no qual a criança se encontra. Como conseqüência, em quarto lugar aparece o desenvolvimento de dois mecanismos diferentes de adaptação: um para o "mundo dos objetos" e outro para o "mundo das pessoas"; a isso se reduziria o desenvolvimento mental. Sendo assim, o desenvolvimento mental seria, nessa concepção, o desenvolvimento desses mecanismos de adaptação a esses diferentes mundos traduzidos na vida infantil como: o "mundo da criança e os objetos" e o "mundo da criança e os outros". (ELKONIN, 2000, p.4 apud ARCE, 2004).

A criança era pensada como um ser isolado, que se desenvolve sem a

necessidade de mediação externa, isto é, a criança era vista como afirma Brasil

(2006), como um ser pronto e acabado, desenvolvendo-se por iniciativa própria, teoria

esta, aceita durante muitas décadas na educação infantil.

Por sua vez a teoria Histórico-Cultural, tendo como principal representante o

soviético Vigotski, propõe “caracterizar os aspectos tipicamente humanos do

comportamento e elaborar hipóteses de como essas características se formaram ao

longo da história humana e de como se desenvolvem durante a vida de um indivíduo”

(VIGOTSKI, 2003, p. 25), assim, nesta ênfase, a criança é entendida como um

indivíduo histórico e social, que se desenvolve a partir da apropriação das

experiências de seu meio externo.

Desta forma, esta teoria aborda a criança não mais como um ser isolado, mas

aquela que está e necessita da sociedade em que se insere para desenvolver suas

potencialidades.

Como explica Faria

A criança é um sujeito social e histórico que está inserido em uma sociedade na qual partilha de uma determinada cultura. É profundamente marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também contribui com ele. A criança, assim, não é uma abstração, mas um ser produtor e produto da história e da cultura. (FARIA, 1999, SD apud BRASIL, 2006, p.13).

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Isto significa que a criança é um ser que é transformado e transforma mediante

o contato com sua realidade, isto é, seu meio social.

3.2.2 Concepção de Adolescência

A adolescência uma fase da vida dos sujeitos marcada por intensas

transformações em diversas dimensões, sejam elas emocionais, físicas e cognitivas.

Conforme Levy (2001), embora seja um processo universal, cada cultura,

sociedade e tempo, determinaram as particularidades do modo “ser adolescente”.

Para ele, “ adolescente, do ponto de vista da psicanálise, é um sujeito em vias

de transformação, imerso em um processo profundo de revisão do seu mundo interno

e de suas heranças infantis , visando à adaptação ao novo corpo” (LEVY, 2001, p.

128).

Este autor ainda acrescenta que, dada as condições de seu desenvolvimento,

o adolescente, sente-se sozinho e desamparado, e como tal, encontrará no grupo o

fortalecimento de laços, antes ancorados na relação familiar, visto que “a comunidade

de adolescentes, o grupo, passará a ter uma função primordial na vida mental do

adolescente” (LEVY, 2001, p. 136).

Essas transformações precisam ser direcionadas e mediadas de modo a que

os adolescentes sejam capazes de compreender as transformações ocorridas em seu

corpo e as potencialize de maneira saudável.

O processo adolescente tem uma dupla importância: é, por um lado, um momento do ciclo vital que permite ao individuo amadurecer, revisar e reelaborar situações de sua infância e preparar-se para a vida adulta; e, por outro, um elemento renovador do processo cultural (LEVY, 2001, p. 140).

Assim, a instituição escolar deve promover momentos de desenvolvimento

efetivo para os adolescentes orientando-os para as diversas descobertas que

vivenciará durante seu processo formativo na escola, bem como, compreendo a

necessidade de suas agregações no ambiente escolar.

3.2.3 Concepção de juventude

Conforme a LEI Nº 12.852, DE 5 DE AGOSTO DE 2013, juventude compreende

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a faixa etária dos 15 aos 29 anos de idade. Como tal, parte dos alunos abrangidos

pela instituição de ensino, tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio,

compreendem esta fase de desenvolvimento humano.

O trabalho pedagógico a ser desenvolvido com os jovens deve levar em conta

que:

A juventude é uma categoria socialmente produzida. Temos de levar em conta que as representações sobre a juventude, os sentidos que se atribuem a esta fase da vida, a posição social dos jovens e o tratamento que lhes é dado pela sociedade ganham contornos particulares em contextos históricos, sociais e culturais distintos. (CARRANO, DAYRELL, 2013, p. 13).

Também, deve levar em consideração que, parte desta juventude, será a idade

de “[...] consolidar passos na profissão” (MARGIS, CORDIOLI, 2001) e outras

transformações que requerem planejamentos de ensino e outros processos

pedagógicos devem compreendam a essência da identidade jovem, respeitando suas

particularidades e contribuindo para o seu desenvolvimento.

3.2.4 Concepção de fase adulta e velhice

A fase adulta, compreendida após a juventude, é um processo de firmação de

aprendizagens alcançadas ao longo do processo evolutivo, no entanto, a

aprendizagem e o desenvolvimento é uma constante, pois, o adulto:

Continua aprendendo. Não é possível, pois, dividir a vida humana em duas partes distintas: o tempo da aprendizagem (da infância e da adolescência) e o tempo da maturidade, no qual se goza o aprendizado. Assim, a própria noção de maturidade torna-se indefinida, podendo 289 educação, ciência e tecnologia mesmo desaparecer, segundo certos autores, dando lugar à noção de maturação contínua. Sendo assim, ainda segundo Furter, o adulto é, também, um ser aperfeiçoável, perfectível, mesmo dentro dos seus limites e limitações e, a capitalização das suas experiências lhe impõem a possibilidade de modificar seu futuro em busca do equilíbrio (SILVA, SD, p. 288-289).

Como prosseguimento da fase adulta e imbricada a ela e a todos os demais

níveis de maturação do clico vital, a velhice, compreendendo pessoas com 60 anos

ou mais, deve ser encarada e contextualizada, visto que o Brasil, conforme

esclarecem Candiago e Knijnisk (2001) é um dos países com maior concentração de

idosos do mundo.

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Estimular o envelhecimento saudável é algo que perpassa pelo processo de

escolarização e também, da consciência cultural formada em cada sociedade, que

precisam respeitar e dar condições para que, todas as etapas de desenvolvimento

humana sejam alcançadas com segurança e êxitos.

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3.3 CONCEPÇÃO DE MUNDO E DE SOCIEDADE

A sociedade contemporânea caracteriza-se pela sua dinâmica de constante

transformação. Valores, crenças, ideologias, o próprio homem e tantas outras

questões, modificam-se de acordo com as necessidades de cada sociedade em um

tempo e espaço, configurando, sua posição num contexto maior (mundo).

Vivemos na atualidade, a era da informação, caracterizada por um fenômeno

denominado de Globalização, cujo conceito resume-se como “um processo de

reorganização da divisão internacional do trabalho, acionado em parte pelas

diferenças de produtividade e de custos de produção entre países”. (SINGER, 2003,

p.21). Este conceito caracteriza-se pelo encurtamento de distâncias nas quais os

sujeitos intercomunicam-se com precisão e rapidez com os mais diversificados

contextos mundiais, por meio da internet e outras tecnologias altamente avançadas.

Como afirma Libâneo, “[...] tais avanços tornam o mundo pequeno e interconectado

por vários meios, sugerindo-nos a ideia de que vivemos em uma aldeia global.”

(LIBÂNEO, 2007, p. 66).

Essas mudanças apresentam-se sobre a dupla e dicotômica perspectiva: as

que propiciam o desenvolvimento de uma sociedade, como a evolução tecnológica,

científica dentre outras; e, também, as suas consequências “não desejadas”, como a

desigualdade social, exclusão digital, desequilíbrio natural, e tantas outras crises

contemporâneas. “Essas transformações, que ocorrem em escala mundial, decorrem

da conjugação de um conjunto de acontecimentos e processos que acabam por

caracterizar novas realidades sociais, políticas, econômicas, culturais, geográficas”.

(LIBÂNEO, 2001, p. 33).

Outra questão a destacar é a predominância do neoliberalismo nas relações

socioeconômicas. Este, conceitualmente define-se como:

Denominação de uma corrente doutrinária do liberalismo que se opõe ao social-liberalismo e/ou novo liberalismo (modelo econômico Keynesiano) e retoma algumas posições do liberalismo clássico e do liberalismo conservador, preconizando a minimização do Estado, a economia com plena liberação das forças de mercado e a liberdade de iniciativa econômica. (LIBÂNEO, 2007, p. 97).

Praticamente o neoliberalismo propõe a não intervenção estatal na organização

social, deixando que as relações econômicas, políticas, dentre outras estejam à mercê

da iniciativa privada.

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A educação institucionalizada, por ser uma instância social, sofre direta e

indiretamente com as mudanças e transformações que ocorrem na sociedade na qual

configura suas práticas, pois, como explica Libâneo (2007) exige-se da educação a

formação de um “novo tipo” de trabalhador, que atenda as necessidades explicitadas

pelo mercado de trabalho, que por ser seletivo e exigente, prioriza a qualificação e

qualidade total destes sujeitos a serem adestrados pelos sistemas educativos.

Caso, os sujeitos não se adequem aos interesses mercadológicos, a culpa não

é das políticas excludentes do mercado, baseadas na competitividade e concorrência,

mas sim, daqueles que “não se atualizaram” a esta demanda.

A educação deixa de ser um espaço de formação crítica e consciente, dando

espaço ao adestramento de pessoas para o exigente mercado de trabalho. E o

educador, como tal, tem seu papel modificado, sendo então, nas palavras de Saviani

(2007) o treinador, que procura convencer sujeitos a qualificarem-se de acordo com

as necessidades ditadas por aquele.

Frente a esta realidade, estão os educadores que se vêem obrigados a atender

tais necessidades, tendo suas funções multifacetadas no cenário educacional, “[...]

neste contexto o educador, [...] é ofuscado, cedendo lugar ao treinador: a educação

deixa de ser um trabalho de esclarecimento, de abertura das consciências, para

tornar-se doutrinação, convencimento e treinamento para a eficácia dos agentes que

atuam no mercado”. (SAVIANI, 2007, p. 439).

Questionar tais ditames e transformar a realidade supramencionada vem

constituindo-se um dos principais desafios da educação escolarizada.

Neste sentido, a instituição escolar tem como compromisso a formação de

sujeitos críticos e autônomos, capazes de estabelecer relações coerentes e

conscientes em sua realidade, no sentido de contribuir com ações, longe de utópicas,

para modificá-la, uma vez que os discentes atendidos por esta, possuem uma

pluralidade cultural, étnica, de vivências e experiências que precisam ser incorporadas

nos processos educativos, no sentido de constituírem-se em instrumentos de reflexão

do fazer educativo.

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3.4 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

O termo cidadania está presente na Constituição Federativa do Brasil de 1988

em vários artigos e incisos que versam sobre a organização e finalidades do Estado

Nacional, sendo, pois, “A República Federativa do Brasil, formada pela união

indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado

Democrático de Direito e tem como fundamentos [...] inciso II - a cidadania” (BRASIL,

1988, Art. 1°).

Conforme a página institucional da DEDIHC (Departamento de Direitos

Humanos e Cidadania do Estado do Paraná) o termo cidadania remete a:

Cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia.

Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais.

Expressa a igualdade dos indivíduos perante a lei, pertencendo a uma

sociedade organizada. É a qualidade do cidadão de poder exercer o

conjunto de direitos e liberdades políticas, socio-econômicas de seu

país, estando sujeito a deveres que lhe são impostos. Relaciona-se,

portanto, com a participação consciente e responsável do indivíduo na

sociedade, zelando para que seus direitos não sejam violados.

A cidadania instaura-se a partir dos processos de lutas que

culminaram na Independência dos Estados Unidos da América do

Norte e na Revolução Francesa. Esses dois eventos romperam o

princípio de legitimidade que vigia até então, baseado nos deveres dos

súditos e passaram a estruturá-lo a partir dos direitos do cidadão.

Desse momento em diante todos os tipos de luta foram travados para

que se ampliasse o conceito e a prática de cidadania e o mundo

ocidental o estendesse para a s mulheres, crianças, minorias

nacionais, étnicas, sexuais, etárias (DEDIHC, 2016, p.1).

Como instrumento que catalisa o exercício pleno de direitos sociais

fundamentais e da democracia, a cidadania é a expressão de liberdade e de

participação autônoma na sociedade em que estamos inseridos.

É uma das funções da escola, promover a formação de cidadãos conscientes

de seu papel social e da potencialidade inerente no ato participativo, no que diz

respeito aos processos de gestão do serviço público, pois, “A educação, direito de

todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração

da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o

exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1988, ART. 205).

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3.5 CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO HUMANA

Pensar a formação humana em uma perspectiva que contemple sua totalidade

é assumir o compromisso em compreendê-lo em sua integralidade, em aspectos

biológicos, culturais, sociais entre outros que colaboram para que as pessoas

desenvolvam-se plenamente ao longo de suas fases de desenvolvimento.

Neste ponto, Saviani (2000, p. 17) afirma que o trabalho da escola é essencial

na promoção do desenvolvimento omnilateral pois produz nos sujeitos:

a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo.

Frigotto (1996) defende que a formação omnilateral contribui para que os

indivíduos tenham consciencia do sistema de produção a que estão submetidos e

como tal, sejam capazes de lutar contra suas articulações e doutrinações.

Para ele a formação omnilateral:

Pressupõe tornar-se senso comum de que as relações capitalistas são incapazes, por natureza intrínseca, de prover minimamente o conjunto de direitos fundamentais a todos os seres humanos, a começar pelo direito à vida digna, à saúde, à educação, habitação, emprego ou salário desemprego, lazer, etc, sem o que o humano se atrofia (FRIGOTTO, 1996, p. 157).

Deste modo, uma formação humana omnilateral corresponde a:

Chegada histórica do homem a uma totalidade de capacidades produtivas e, ao mesmo tempo, a uma totalidade de capacidades de consumo e prazeres, em que se deve considerar, sobretudo o gozo daqueles bens espirituais, além dos materiais, e dos quais o trabalhador tem estado excluído em conseqüência da divisão do trabalho (Manacorda ,1996, p. 81).

Contribuir para a formação omnilateral é uma necessidade que perpassa por

todos os níveis de organização do trabalho pedagógico escolar, a partir de

planejamento e articulação do processo de ensino e aprendizagem condizentes com

o desenvolvimento dos alunos.

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3.6 CONCEPÇÃO DE CULTURA

Gohn (2005) aponta que ao longo da história, o termo cultura passou por

variadas interpretações. Citando alguns autores, ela analisa as diversas concepções

criadas para explicarem o termo cultura.

Etimologicamente, para a mesma autora, o termo cultura provém do latim

medieval, a partir do verbo colere que significa cultivo e cuidado com plantas e

animais. Em uma primeira acepção, cultura estava associada aos cuidados com a

terra, animais e plantas, tendo seu conceito ampliado com os romanos, contemplando,

também, os cuidados com as crianças e sua educação.

Gohn (2005) afirma, tendo por base Williams (1977) que a partir do século XVII

o termo cultura direciona-se a civilização, voltando-se para a ideia de homem polido e

educado.

Gramsci critica a visão de ser a cultura relacionada a intelectualidade de uma

pessoa, isto é, ao conhecimento que ela possui, para ele cultura é “força social

transformadora para a liberdade humana”. (GOHN, 2005, p. 25).

Tendo feito a análise histórica do percurso da terminologia da cultura, Gohn

esclarece que conceito mais coerente até então elaborado seria o de R. Benedict de

que “Cultura é como a lente através da qual o homem vê o mundo” (LARAIA, 1997, p.

69 apud GOHN, 2005, p. 36).

Em suma, pode-se entender como sendo cultura, a maneira pela qual os

sujeitos interpretam e analisam o universo no qual estão inseridos, permitindo aos

mesmos entenderem as diversidades presentes nos diversos contextos sociais.

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3.7 CONCEPÇÃO DE TRABALHO

Definir o que é trabalho, não é tarefa fácil, pois este conceito tem longa trajetória

histórica e uma construção social que lhe deu diferentes significados e interpretações

que nem sempre coincidiram. Alves expõe que “a investigação da educação e da

escola exige um outro olhar dos estudiosos comprometidos com a perspectiva do

trabalho.” (Alves, 2006, p. 7)

Para fins destes documento, consideramos o trabalho, como toda ação que o

homem desenvolve, interagindo e modificando a natureza das coisas a fim de garantir

a sua subsistência e satisfazer suas necessidades.

De acordo com Frigotto:

Por ser o trabalho pressuposto fundante do devenir humano, ele é o princípio educativo e, portanto, é fundamental que todo o ser humano, desde a mais tenra idade, socialize este pressuposto. É desta compreensão do trabalho como criador da realidade humana (não enquanto visão moralizante, pedagogista) que Marx e Engels postulam a união do trabalho manual, industrial, produtivo, com o trabalho intelectual (FRIGOTTO, 1999, p. 32).

Observa-se que é intrínseca a relação entre os processos educativos e a

maneira como se desenvolvem as relações de trabalho. Neste sentido, a instituição

de ensino deve buscar a interação entre as necessidades de sua comidade e sua

proposta pedagógica. Kuenzer, ressalta que:

Eleger o mundo do trabalho como ponto de partida para a proposta pedagógica da escola comprometida com os interesses dos trabalhadores não significa propor uma formação profissional estreita e limitada, determinada pelo mero “saber fazer” despido de compreensão, de análise, de crítica. O falso dilema, muito em moda na atual discussão sobre o ensino de segundo grau, se dissolve com a compreensão do trabalho como todas as forma de ação do homem para a transformar a natureza e as relações sociais; assim sendo, toda e qualquer educação é educação para o trabalho, e contém uma dimensão intelectual, teórica, e outra instrumental, prática, na medida em que ela interfere de algum modo nas formas de interação do homem com natureza, como os outros homens e consigo mesmo. Esta afirmação serve para a educação em todos os níveis, popular ou institucionalizada, na escola, na fábirca, no sindicato ou em outra instituição qualquer, uma vez que a educação não privilégio da escola, mas ocorre no seio das relações sociais. O que varia é o fato de esta educação estar vinculada mediata ou imediatamente ao trabalho, ou seja, é uma questão de grau. (KUENZER, 2001, p. 191-192).

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Isso não quer dizer a defesa de uma educação voltada a execução de tarefas

esparsas, sem coesão com a realidade. Pelo contrário, o que se defende é a

compreensão do trabalho em todos os seus aspectos (concepção, planejamento,

execução) que propiciará ao aluno a capacidade de compreender, não somente, o

processo produtivo, mas também lhe dará ferramentas para que entenda o

funcionamento e a organização social, pautadas no modo de produção capitalista.

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3.8 CONCEPÇÃO DE ESCOLA

A sociedade contemporânea vem sofrendo mudanças que interferem direta e

indiretamente nos processos educacionais, e principalmente na escola, como espaço

de síntese de conhecimentos.

Grandes são os desafios a serem enfrentados e superados pela instituição

escolar, por ser uma instituição não neutra e passível as mudanças oriundas da

sociedade na qual esta inserida. De acordo com Libâneo (2001) avanços na

tecnologia, consequentes de uma revolução tecnológica na contemporaneidade, a

difusão precisa e ampla de informação, a globalização, a mudança no processo de

organização e difusão do trabalho, a alteração da função e concepção de Estado

tendo como referencial o Neoliberalismo, o agravamento da exclusão social,

correspondem à diversidade de mudanças ocorridas na sociedade contemporânea.

A escola acaba tornando-se um local onde a discussão, debate e síntese dos

avanços sociais se refletem, pois:

Essas mudanças atingem o sistema educacional, exigindo-lhe adequação aos interesses do mercado e formação de profissionais mais preparados para as modificações do processo de produção. Com efeito, tais modificações afetam a organização do trabalho nas empresas e o perfil de trabalhador necessário para novas formas de produção e, em conseqüência, os conhecimentos, habilidades e atitudes necessários à qualificação profissional. (LIBÂNEO, 2001, pp. 37-38).

Percebe-se que o mercado de trabalho, cada vez mais exigente, não aceita

mais meros executores de tarefas, mas exige pessoas em condições de tomar

decisões, executar ações específicas em tempo real. A escola, antes formadora de

mão-de-obra genérica e sem qualquer qualificação, agora se preocupa em formar

seres com capacidade de auto-aprendizagem, capazes de superar às múltiplas

facetas da sociedade, do mercado, da vida. O saber é valorizado, não mais como

mero conteúdo programático de disciplinas previamente estabelecidas, mas vinculado

a concepção do “aprender a aprender”.

Diante o exposto, como conciliar o ensino que visa à formação de seres

pensantes para o “mundo do trabalho”, caracterizado pela formação de sujeitos

pensantes capazes de compreender o processo de produção no qual está inserido,

estabelecendo relações críticas neste?

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A resposta consiste em delimitar a função social da escola, no sentido de

refletir-se a respeito de quais finalidades, objetivos e interesses são direcionados por

esta instância social em prol da formação dos sujeitos. Ressaltar-se-á nas próximas

linhas a respeito da função da escola, buscando seu conceito na sua própria

historicidade.

Aponta-se que a escola é o espaço em que ocorrem não apenas a transmissão

de conhecimentos, mas, onde as ideologias são processadas, e se prestam, tanto

para o controle, quanto para o desenvolvimento da criticidade e cidadania dos sujeitos.

Historicamente, muitas abordagens teóricas, sobre a educação, concebiam a

escola como um espaço neutro, desvinculada da realidade social, e como tal,

exerceria apenas a função de transmissora de saberes, sendo o aluno apenas um

receptor passivo. Neste sentido Luckesi (1994, p.56) afirma que “o compromisso da

escola é com a cultura, os problemas sociais pertencem à sociedade.”.

Para Luckesi (1994) outras teorias atribuíam à escola a finalidade de promover

a democracia social, sendo o espaço de apropriação do conhecimento pelas camadas

populares, contribuindo para conter a seletividade existente na sociedade.

Como afirma Marx (apud LUCKESI, 1994, p.78) “os filósofos não fazem mais

do que interpretar o mundo de formas diferentes; trata-se, porém, de modificá-la.”,

assim, é necessário partir de uma abordagem que reflita a escola enquanto mediadora

na transformação social.

Daí que, no nosso caso, a escola, como uma instância de ação, surgida das próprias necessidades históricas de ação, surgida das próprias necessidades históricas da humanidade, adquire um significado especial como uma das instituições onde nossos ideais educacionais podem traduzir-se em prática pedagógica e, pois, em práticas sociais e políticas. (LUCKESI, 1994, p. 78).

A escola deve ser pensada como o espaço da mediação do conhecimento,

sendo a instância social capaz de promover o desenvolvimento da criticidade dos

sujeitos, que devem atuar dialeticamente sobre o conhecimento, contribuindo para a

transformação da sociedade.

A escola que queremos é aquela onde os educadores estão profundamente interessados na educação dos seus alunos. Para tanto, trabalham efetivamente para que seus educandos adquiram os legados culturais elaborados pela humanidade, que formem um espírito de solidariedade, de um modo afetivamente positivo. A escola, direcionada nessa perspectiva, será o local onde educadores

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e educandos em uma relação democrática, porque interessados num objetivo único – a formação dos educandos -, dedicam-se conjuntamente em atividades que elevam o seu modo de ser e de viver. Elevação esta que terá um papel significativo na democratização da sociedade como um todo. (LUCKESI, 1994, p. 88).

Este projeto defende uma escola cujo conhecimento seja a base para o

desenvolvimento das potencialidades críticas, éticas, estéticas, sociais e biológicas

dos educandos.

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3.9 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR

Como afirma Bastos (2001) a escola é o espaço onde ocorrem inúmeras e

diversificadas práticas, que estão em contínuo movimento em sua organização, sendo

que dentre estas consideraram-se as práticas de gestão, que em sua concepção, vem

contribuindo ao longo da história, mais para o controle do que para a emancipação do

saber.

Para Libâneo (2001) a organização escolar é composta por um sistema de

pessoas que por meio da intencionalidade e interações, propõem o funcionamento da

escola, visto que todo sistema escolar exige a necessidade de uma estrutura de

organização interna, que promova os objetivos e finalidades estipulados para a

mesma.

Conforme consta no Art. 14 da Lei de Diretrizes e Bases, os sistemas de gestão

das instituições de ensino devem embasar-se numa concepção democrática,

contribuindo para que todos os agentes escolares possam participar na elaboração

de seu projeto político, por meio de conselhos e outras organizações equivalentes.

Os princípios norteadores da organização escolar e das práticas de gestão são

de acordo com Libâneo (2001) o (a) Planejamento, compreendido como o processo

em que antecipa-se os objetivos a serem seguidos pela escola, explicitando-se os

meios para a sua efetivação; (b) Organização, entendida como a racionalização dos

recursos, viabilizando meios para a efetivação do planejamento; (c)

Direção/Coordenação, correspondem a atividade de coordenar as ações coletivas dos

membros escolares; (d) Avaliação, processo por meio do qual analisa-se o

funcionamento escolar, bem como a comprovação dos resultados do planejamento

desenvolvido.

Este tipo de gestão baseia-se, conforme evidencia Libâneo (2001, p. 98)

Na relação orgânica entre direção e a participação do pessoal da escola. Acentua a importância da busca de objetivos comuns assumidos por todos. Defende uma forma coletiva de gestão em que as decisões são tomadas coletivamente e discutidas publicamente. Entretanto, uma vez tomadas as decisões coletivamente, advoga que cada membro da equipe assuma sua parte no trabalho, admitindo-se a coordenação e a avaliação sistemática da operacionalização das decisões tomadas dentro de uma real diferenciação de funções e saberes.

Este estabelecimento de ensino contempla o perfil de gestão democrático-

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participativa e expressa a importância da busca de objetivos comuns assumidos por

todos os membros escolares.

A gestão democrático-participativa valoriza a participação da comunidade escolar no processo de tomada de decisão, concebe a docência como trabalho interativo, aposta na construção coletiva dos objetivos e do funcionamento da escola, por meio da dinâmica intersubjetiva, do diálogo, do consenso. (LIBÂNEO, 2001, p. 105).

Deste modo, a instituição desenvolve regularmente reuniões com pais, alunos,

professores, para tratar de assuntos relevantes ao fazer escolar, levantando as

necessidades dos membros escolares, no sentido de refletir sobre como melhorar a

qualidade da educação, propiciando que todos expressem a sua percepção em

relação ao seu funcionamento, bem como proponham medidas para resolver

eventuais problemas, pois, o coletivo escolar deve ser representado em todas ações

administrativas pedagógicas e nas tomadas de decisões .

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3.10 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

O termo “currículo” tem origem do latim e significa “percurso ou ato de correr”.

Na visão escolar o currículo corresponde à tomada de decisões relacionadas aos

saberes considerados, valorizados e transmitidos, definindo os conceitos de mundo e

de homem almejados em sua formação.

[...] currículo é concebido [...] como o conjunto de atividades da escola que afetam, direta e indiretamente, o processo de transmissão-assimilação e produção do conhecimento. Nessa perspectiva, é possível afirmar que o currículo é um instrumento der confronto de saberes: o saber sistematizado, indispensável à compreensão crítica da realidade, e o saber de classe, que o aluno representa e que é o resultado das formas de sobrevivência que as camadas populares criam. Valoriza o saber de classe e o coloca como ponto de partida para o trabalho educativo. (VEIGA, 1995, p. 82).

Entende-se que currículo pressupõe as variadas ações desempenhadas na

escola, visando à formação de seus educandos, contemplando não apenas sua

vivência escolar, mas as experiências que lhes ocorrem fora desta.

O currículo está, pois, no conjunto de práticas inter-relacionadas que a escola realiza no atendimento das crianças, jovens e adultos, tendo como eixo a distribuição dos conhecimentos. Enquanto tal, não é um documento ou uma listagem de tópicos de conteúdos e sim uma ação efetiva que até inclui, culmina na produção de documentos, listagens e tópicos de conteúdos, mas ele efetivamente inclui as ações que são realizadas de forma harmônica, de forma conflituosa, de forma sistemática, de maneira informal, não intencional, em busca da distribuição da escolaridade. (SILVA, s.d. p. 167).

Cabe mencionar que, por se tratar de ações direcionadas ao fazer educativo, o

currículo contempla ideologias, que muitas vezes contribuem para a dominação e

inculcação de ideários alienantes defendidos por classes dominantes e processados

pelos processos didáticos nas escolas, por meio do currículo oculto, entendido como

explica Silva (2004, p.78) como “todos aqueles aspectos do ambiente escolar que,

sem fazer parte do currículo oficial, explícito, contribuem, de forma implícita, para

aprendizagens sociais relevantes”, e como tal, precisa ser analisado para não prestar-

se a interesses escusos, uma vez que o currículo corresponde, como o define Silva

(2004).

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3.11 CONCEPÇÃO DE CUIDAR E EDUCAR

As concepções inerentes aos termos cuidar e educar, são decorrentes das lutas

e demandas por atendimentos coerentes à oferta da Educação Infantil de maneira

humanizada e pautada em pressupostos que questionaram ao longo do tempo, o

caráter assistencialista de escolas da modalidade de ensino.

Os espaços destinados ao atendimento de crianças, durante muito tempo fora

embasado na concepção de “cuidar”, isto é, cabia a estas intuições apenas, prover os

cuidados básicos à crianças pobres, de maneira que correspondiam apenas a uma

finalidade assistencialista.

[...] a educação infantil, e em particular as creches, destinava-se ao atendimento de crianças pobres e organizava-se com base na lógica da pobreza, isto é, os serviços prestados – seja pelo poder público seja por entidades religiosas e filantrópicas – não eram considerados um direito das crianças e de suas famílias, mas sim uma doação, que se fazia [...] (BRASIL, 2006, p. 9).

Atualmente, essa concepção vem sendo questionada, fazendo surgir para

estas instituições uma nova e ampla finalidade, embasada no “Cuidar e Educar”.

Como é definido na Deliberação 02/2005 para a Educação Infantil do Estado

do Paraná “dadas as particularidades do desenvolvimento da criança de zero a seis

anos, a educação infantil deve cumprir com as funções indispensáveis e indissociáveis

de educar e cuidar. ” (Art. 2º, Parágrafo único).

Deste modo, a educação de crianças de até seis anos de idade, deve

corresponder à finalidade de mediar o desenvolvimento destas, de forma que, de

acordo com Beal e Thiessen (1995) deve estimular a interação da criança em seu

meio social e material, dando a ela oportunidades de realizar experiências e solucionar

problemas nestes espaços, além de contribuir para o desenvolvimento, entre outros,

da criatividade e senso crítico destas, a fim de que sejam capazes de se expressar e

analisar suas ações diante o ambiente em que se inserem, bem como também,

estimular que estas crianças reconheçam a presença do outro.

Portanto, ao discurso que vincula o cuidar da criança com a sua educação acrescenta-se, neste momento, a premência em definir a prioridade e o enfoque que devem ser dados às dimensões desenvolvimento/aprendizagem,/ensino, à forma como estas dimensões articulam-se com uma concepção de conhecimento e ação de conhecer, determinantes na formulação de uma abordagem educativa que se concretize em projetos educacionais-pedagógicos.

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Para tanto, a escolha dos referenciais teóricos e o estudo de seus pressupostos mostra-se crucial [...]. (OLIVEIRA, 1996, p.26).

Embora seja uma especificidade legal discutida na educação infantil, é mister

identificarmos no contexto das Séries Finais do Ensino Fundamental e no Ensino

Médio, a necessidade de cuidar e educar os alunos atendidos pela instituição de

ensino, a fim de contribuir para sua formação omnilateral.

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3.12 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

O processo de alfabetização é uma das fases mais complexas do processo de

escolarização, e como tal, cabe aos educadores reconhecerem os referenciais

teóricos e meios pelos quais ocorre a apropriação da escrita e leitura pela criança,

inclusive em sua “pré-escrita”, isto é, as vivencias de leitura e escrita que trazem

consigo ao ingressarem na escola.

Luria (2001) ao estudar os processos de apropriação de leitura e escrita em

crianças, evidenciou que a evolução da escrita ocorre em quatro etapas, sendo elas,

a escrita imitativa, topográfica, pictográfica e a simbólica.

A primeira forma de representação da escrita na criança ocorre de maneira

imitativa, onde se estabelece a imitação de traços que não correspondem à finalidade

mnemônica da escrita, sendo, pois, uma pré-escrita.

Posterior a essa escrita, tem-se à topográfica, na qual a criança tem

consciência que algo está escrito, entretanto os registros não possuem formas

objetivas: a criança escreve, mas não lê necessariamente o que lhe foi solicitado.

No que se refere à escrita pictográfica, esta é caracterizada pela utilização de

desenhos como registro, entretanto, vale ressaltar, que existe diferenças entre o

desenho apenas como representação de imagens e o desenho enquanto instrumento

de registro. Luria (2001, p. 176) afirma que “uma criança pode desenhar bem, mas

não se relacionar com seu desenho como expediente auxiliar. Isto distingue a escrita

do desenho e estabelece um limite ao pleno desenvolvimento da capacidade de ler e

escrever pictograficamente [...].”

A este respeito, Cagliari (2005) enfatiza a necessidade do professor, no início

do processo de alfabetização, estabelecer as diferenciações existentes entre a fala, o

desenho e a escrita, a fim de conscientizar seus alunos a esse respeito.

Na escrita simbólica, por sua vez, a criança, como afirma Luria (2001) começa

a aprender a ler, adquirindo a consciência das letras isoladamente, conhecendo as

suas relações, finalidades em relação ao registro. A criança, portanto, começa a

compreender que pode utilizar signos para escrever suas intenções, entretanto, ainda

não sabe como fazê-lo.

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Para Luria (2001) a escrita não se desenvolve linearmente, mas, como em

todos os processos psíquicos, irá depender das técnicas de alfabetização utilizadas

no sentido de contribuir para este desenvolvimento.

Por sua vez, o letramento, embora associado à alfabetização, é um processo

mais complexo, que ocorre mesmo sem a presença daquela, isto é, mesmo antes de

estar alfabetizada, uma criança pode possuir a capacidade de produzir um

determinado tipo de escrita e atribuir um significado específico a ela.

O letramento abrange a capacidade de o sujeito colocar-se como autor (sujeito) do próprio discurso, no que se refere não só à relação com o texto escrito, mas também à relação com o texto oral. Logo, para uma concepção histórico-social de letramento, há de se considerar uma concepção de língua – e de linguagem – constitutiva de ações sociais. Ações que se organizam em enunciados que se criam e recriam nas práticas comunicativas, configurando os variados gêneros e seus suportes, os quais podem ser vistos como o resultado das práticas discursivas convencionadas e institucionalizadas de comunidades discursivas especificas. (CARVALHO e MENDONÇA, 2006, p. 10).

De acordo com Val (2006) o letramento corresponde a todo o processo de

inserção e participação na cultura escrita; desde o momento em que a criança começa

conviver com as mais diversificadas manifestações da escrita.

Esta autora ainda afirma que a alfabetização e o letramento são considerados

diferentes, entretanto, processos complementares e inseparáveis, onde os

educadores devem articular ambos os processos em prol da apropriação por parte

dos alunos do sistema alfabético/ortográfico, bem como, possibilitar a eles as

condições necessárias ao estabelecimento do uso da língua nas práticas sociais de

leitura e escrita.

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3.13 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

A educação em sua abrangência escolar associa-se ao conhecimento que para

Luckesi (1990)

Significa uma forma de entendimento da realidade, ou seja, uma forma de compreensão de alguma coisa, tanto no seu modo de ser, quanto no seu modo de operar com ela. O conhecimento não é apenas uma forma de obter e reter informações. É muito mais que isso. É uma forma de entender a realidade. Como ela é e no seu funcionamento a partir de múltiplos elementos que a explicam [...] o conhecimento é, portanto, um instrumento de vivência e de sobrevivência. (LUCKESI, 1990, p. 86).

Acredita-se que só adquirindo conhecimento mediado, científico e cultural seja

possível que o homem se mantenha inserido de forma positiva na sociedade, “a

aquisição de conhecimentos é um modo pelo qual uma pessoa pode garantir sua

sobrevivência e seu bem-estar”. (DUTRA, 2000, p. 9).

O conhecimento é uma construção que perpassa por níveis de consciências a

que os homens se apropriam, na medida em que têm contato com os bens produzidos

historicamente pela humanidade e fazem uso destes de modo a transformarem a si e

ao meio em que estão inseridos e partilhando.

A elaboração e o desenvolvimento do conhecimento estão ligados ao processo de conscientização. O conhecimento é elaborado e criado a partir do mútuo condicionamento, pensamento e prática. Como processo e resultado, consiste ele na superação da dicotomia sujeito-objeto. (MIZUKAMI, 1986, p. 91).

Deste modo, defende-se o conceito de que na medida que os sujeitos se

apropriam dos conhecimentos científicos-culturais sistematizados pela civilização,

passa a manter relações conscientes em seu meio social, agindo em prol da

transformação da sua realidade.

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3.14 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

A história da humanidade é marcada pela necessidade dos sujeitos

transformarem e recriarem sua realidade por meio do trabalho e de tecnologias

capazes de auxiliá-los no processo de apropriação da natureza e necessariamente

seu entorno social. A este propósito Vásquez (1968, p. 247) afirma que

O homem é o ser que tem de estar inventando ou criando constantemente novas soluções. Uma vez encontrada uma solução, não lhe basta repetir ou imitar o que ficou resolvido; em primeiro lugar, porque êle mesmo cria novas necessidades que invalidam as soluções encontradas e, em segundo lugar, porque a própria vida com suas novas exigências, se encarrega de invalidá-las.

Todo e qualquer instrumento criado e/ou modificado pelo homem para facilitar

o trabalho por ele desenvolvido é uma tecnologia. Serra (2009) afirma que a história

das tecnologias é marcada desde a pedra lascada a eventos mais recentes como as

tecnologias associadas ao meio digital, a integração de diversas mídias, bem como

difusão acelerada de informações, que na concepção de Lévy (1999) caracterizam a

cibercultura.

A sociedade da informação, como convencionou-se denominar a sociedade

marcada pelo avanço das informações processadas e sistematizadas pela

cibercultura, conforme nos apresenta Cruz (2008), exige um processo de reflexão e

análise mais consistentes, sobretudo pela quantidade de conteúdos disponíveis na

rede. Para Lévy (1999) seria o “dilúvio de informações”, as quais muitas vezes não

são provenientes de fontes confiáveis, exigindo novas posturas de análise para sua

apropriação.

As novas tecnologias de informação e comunicação (TIC) são conceitualmente

caracterizadas, conforme aponta Masetto (2000, p. 152) a partir do “[...] uso da

informática, do computador, da internet, do CD-ROM, da hipermídia, da multimídia, de

ferramentas para a educação à distância – como chats, grupos ou listas de discussão,

correio eletrônico etc [...]”.

Diante tal panorama, Cruz (2008) enfatiza que professores e alunos devem

aprender a utilizar as novas tecnologias a fim de propiciar aprendizagens mais amplas

e capazes de estabelecer conexões diversas com a informação disponível.

À educação relega-se, pois, a necessidade de vincular suas práticas

associadas ao uso das TIC, a fim de desvincular-se de metodologias tradicionais de

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ensino, tendo o professor como o mediador da sua utilização. Lévy (1999, p. 158)

aponta que “neste contexto, o professor é incentivado a tornar-se um animador da

inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de fornecedor direto de

conhecimentos”.

Almeida e Franco (2011); Pavaneti (2011); Piorino (2011); Serra (2009) são

autores que abordam a utilização das TIC no processo de ensino e aprendizagem.

Apontam que professores devem rever suas metodologias de ensino no sentido de

contemplarem tecnologias de informação e comunicação. Para tanto, definem a

formação continuada destes para desenvolverem a percepção de utilização coerente

e efetiva de tais recursos com propósitos claros e não apenas como pretextos no

ensino.

Deste modo, conclama-se aos processos de ensino, a utilização de novas

tecnologias apontadas como instrumentos metodológicos, apontadas como recursos

capazes de motivar os alunos pelo conhecimento de ensino de maneira mais próxima

da linguagem por ele vivenciada.

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3.15 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

O educador, tendo como pressuposto a Pedagogia Histórico-Crítica, é

considerado como o mediador da aprendizagem, aquele que contribui para que os

alunos se apropriem dos conhecimentos, e até mesmo, das experiências

sistematizadas em seu contexto social.

Por mediação pedagógica entendemos a atitude, o comportamento do professor que se coloca como um facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, que se apresenta com a disposição de ser uma ponte entre aprendiz e sua aprendizagem – não uma ponte estática, mas uma ponte “rolante”, que ativamente colabora para que o aprendiz chegue a seus objetivos [...]”. Masetto 2002 (apud GASPARIN 2002, p.p 109-110).

Assim, percebe-se que o educador é incumbido de uma importante

responsabilidade, a de “facilitador” no desenvolvimento de seus aprendizes.

Entretanto, para que o mesmo desempenhe sua finalidade de mediador deste

processo, é necessário que este compreenda como os indivíduos se desenvolvem, ou

seja, que ele conheça, onde e como se dá este desenvolvimento.

Neste sentido, a aprendizagem, está vinculada às experiências e

conhecimentos dos seres humanos num determinado espaço e contexto histórico, o

que evidencia seu caráter histórico e social.

A grande maioria de conhecimentos, habilidades e procedimentos do comportamento de que dispõe o homem não são o resultado de sua experiência própria mas adquiridos pela assimilação da experiência histórico-social de gerações. Este traço diferencia radicalmente a atividade consciente do homem do comportamento animal. (LURIA, 1991, p.73)

Partimos, deste modo, da concepção e que o processo de ensino e

aprendizagem ocorre a partir da mediação do conhecimento científico.

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3.16 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

Legalmente, conforme o artigo 23 da LDB 9394/96 a avaliação é “contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre

os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas

finais” (alínea a).

Compreendemos que a avaliação é um instrumento de acompanhamento das

aprendizagens dos educandos e permite ao professor refletir sobre a prática

pedagógica e sua atuação docente, a fim de prosseguir ou retomar pontos de sua

ação.

Avaliação não é um fim em si. É expediente processual e metodológico, que recebe sua maior razão de ser dos fins a que se destina. Com isto não afirmamos que avaliação expressaria em si, alguma tendência á neutralidade, como se existisse neutralidade cientifica. Ao contrário, queremos acentuar que avaliação é intrinsecamente fenômeno político, ainda que, para ser adequadamente político, precise da instrumentalização conveniente por parte do conhecimento. O apelo ao conhecimento questionador não a torna asséptica. Na verdade a torna mais política. (DEMO, 1996, p.33).

Por se tratar de um fenômeno político a avaliação deve ser analisada com

coerência pelos educadores, no sentido de não constituir-se e prestar-se como

instrumento de coerção e de relação de poder nas salas de aula.

As práticas avaliativas não podem ser classificatórias e seletivas. A escola

deve proporcionar aos seus educandos, uma educação básica de qualidade em que

todo cidadão tem direito, e, portanto, considerando a exclusão como uma violência a

esse direito. Objetivando a finalidade da avaliação como forma para tomada de

decisões em relação à continuidade do trabalho pedagógico, não para decidir quem

será excluído do processo de ensino.

[...] todo processo avaliativo comprometido com educação não pode conviver com procedimentos sigilosos, esotéricos, obscuros, porque servem apenas para que o avaliador imponha-se sem questionamento; o avaliado deve poder, sempre, ter acesso ao processo e aos resultados da avaliação; um processo avaliativo bem conduzido e bem feito não precisa esconder-se; ao contrário, é a base de um relacionamento produtivo e maduro entre avaliador e avaliado. (DEMO, 1996, p. 35).

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Assim, falamos de avaliação como um processo que não pode ser discutido de

forma isolada e individualista sobre a figura do educador, visto estar intimamente

ligada aos objetivos, à metodologia e à natureza dos conteúdos e às relações

propostas pela escola. Concebida como ação mediadora do processo educativo, de

caráter contínuo, a avaliação não pode ser reduzida a uma ação pedagógica

finalizadora, de cunho seletivo, mas como instrumento fundamental para o processo

de aperfeiçoamento do trabalho em seu processo de construção, pois, como afirma

Demo (1996, p. 33) “[...] a lógica da avaliação inclui a mesma relação formal tanto em

quem avalia como em quem é avaliado”. Para educadores cabe no sentido de permitir

que suas práticas sejam revistas, respaldo este que contribui para a transformação de

suas práticas avaliativas.

Compreendemos que a principal finalidade da avaliação no processo escolar é

assegurar a apropriação do conhecimento e a aprendizagem por parte dos alunos

(Vasconcellos, 1993, p.46).

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3.17 CONCEPÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO

A organização do tempo e espaços pedagógicos seguem as normatizações e

embasamentos legais que versam sobre o atendimento de qualidade aos alunos, bem

como, prevendo sua segurança e desenvolvimento omnilateral.

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9394/96,

em seu artigo 23:

A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar (BRASIL, 1996, p. 7).

Na instituição de ensino, o tempo escolar é organizado em séries anuais (com

divisões bimestrais) contemplando, no ensino regular: o Ensino Fundamental séries

finais e o Ensino Médio.

Outros pressupostos da organização do tempo escolar, como, a hora atividade

são cumpridas, nesta instituição de ensino, considerando os princípios estabelecidos

pela Lei Complementar 174 - 03 de Julho de 2014 – SEED que instituiu os 33% de

hora-atividade e outras resoluções e orientações que versam sobre sua organização

durante os anos letivos.

O tempo é reservado ao professor em exercício de docência, para estudos,

avaliação e planejamento, atendimento a alunos e pais, entre outras atividades,

conforme o exposto no art. 67 inciso V da LDB 9394/96.

Os espaços pedagógicos (bibliotecas, laboratórios, salas de aulas e outros) são

organizados para atender as demandas da escola, no sentido de contribuir para que

ocorra a aprendizagem significativa dos alunos.

Os alunos e equipe escola são estimulados a preservarem estes ambientes

como estratégia educacional de conservação do patrimônio público, pois, a

importância de cuidar dos espaços pedagógicos consiste em tornar estes, em locais

de efetivo acolhimento e sistematização de conhecimentos.

O ambiente escolar - como um espaço público no qual grande parte de nossas crianças e jovens passam seu tempo - é um dos lugares que permitem exercitar tal convívio. A estrutura física da escola, assim como sua organização, manutenção e segurança, revela muito sobre a vida que ali se desenvolve.

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69

Os educadores têm pensado na organização desse espaço? O trabalho educativo não se limita à sala de aula, mas, se a configuração desse ambiente for acolhedora, poderá contribuir para tornar mais prazeroso o trabalho que ali se faz. Serão assim as nossas salas de aula? Pensarão os gestores nesses assuntos ou os deixarão em segundo plano, envolvidos que estão com as chamadas "questões pedagógicas"? Ora, o primeiro passo para se envolver com os aspectos relacionados ao espaço físico é considerá-los pedagógicos. É aí que a dimensão ética se articula com a estética, de modo estreito. Escola bonita não deve ser apenas um prédio limpo e bem planejado, mas um espaço no qual se intervém de maneira a favorecer sempre o aprendizado, fazendo com que as pessoas possam se sentir confortáveis e consigam reconhecê-lo como um lugar que lhes pertence (RIOS, 2011, p. 1).

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3.18 CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

A Formação Continuada dos Profissionais da Educação é uma meta de

políticas educacionais, sendo regulamentada por meio de leis, como a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9394/96 que em seu art. 67 inciso II

menciona a respeito do aperfeiçoamento profissional continuado, pelos profissionais

da educação.

Pimenta (2008) ressalta, embora dirigido aos docentes, a importância da

apropriação de diversos conhecimentos educacionais como instrumentos de

formação continuada. Estendemos estas considerações a todos os trabalhadores da

educação, pois:

O saber docente [profissional] não é formado apenas da prática, sendo também nutrido pelas teorias da educação. Dessa forma, a teoria tem importância fundamental na formação dos docentes, pois dota os sujeitos de variados pontos de vista para uma ação contextualizada, oferecendo perspectivas de análise para que os professores compreendam os contextos históricos, sociais, culturais, organizacionais e de si próprios como profissionais (PIMENTA, 2008, p. 24).

Destacamos, deste modo, a importância de que os profissionais da educação

tenham acesso aos diversos saberes que são continuamente elaborados e

sistematizados em periódicos, livros e outros instrumentos de divulgação científica,

cujas contribuições são relevantes à construção de uma educação de qualidade e

podem fomentar, principalmente, o modo como os profissionais atuam em suas

atividades funcionais.

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3.19 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A década de 1990 foi predominante para as discussões que envolvem o

conceito de educação inclusiva, principalmente por meio da influência de movimentos

educacionais internacionais, que, em acordos e conferencias, estimularam a adesão

do Brasil, às políticas propostas em JONTIEM (Educação para todos) pela UNESCO

e das prerrogativas da Declaração de Salamanca em 1994.

Para Silva e Galuch (2010, p.13):

A Declaração de Salamanca (1994) firmou o conceito de necessidades educacionais especiais na Conferência Mundial de Educação Especial das Nações Unidas – UNESCI de 1994. O documento, inspirado na Declaração Mundial de Educação para todos e na Declaração Universal de Direitos Humanos (1990), tem utilizado como referência na elaboração e implementação de políticas públicas e práticas educacionais.

As orientações da Conferência de Salamanca entre outras leis, resoluções,

orientações, normatizações, e pareceres legais, foram instituídos com o intuito de

respaldar o atendimento de alunos com NEE (Necessidades Educativas Especiais) na

escola.

A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, LDBEN 9394/96 versa em

seu artigo 4º inciso III que é responsabilidade do Estado garantir o

III – AEE [Atendimento Educacional Especializado] gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino (BRASIL, 1996, p.2).

Compreendemos deste modo, que:

A política de inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na permanência física desses alunos junto aos demais educandos, mas representa a ousadia de rever concepções e paradigmas bem como desenvolver o potencial dessas pessoas, respeitando suas

diferenças e atendendo suas necessidades. (BRASIL, 2001, p.28). Neste sentido, partimos do pressuposto de que a inclusão deve direcionar

instrumentos que potencializem o uso significativo de espaços físicos, materiais

pedagógicos e que o processo de apropriação do conhecimento científico atenda ao

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desenvolvimento omnilateral de alunos com Necessidades Educativas Especiais.

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3.20 CONCEPÇÃO DE DIVERSIDADE

O termo Diversidade remete à condição do diverso, daquilo que é diferente.

Existem diversidades na religião, na cultura, em expressões pessoais, profissionais, e

nos diversos âmbitos da vida social.

Partimos da compreensão de que não existe homogeneidade no ambiente

escolar e questionamos os clássicos modelos que visualizam a escola a partir da

conjuntura de “[...] alunos homogêneos, tratando como iguais os diferentes”

(CARVALHO, ARAÚJO, 1998, p.44).

Embasados nos pressupostos assentados pelo Conselho Nacional de

Educação, a partir do Parecer n. 017/2001, concordamos com a prerrogativa de que:

A consciência do direito de constituir uma identidade própria e do reconhecimento da identidade do outro se traduz no direito à igualdade e no respeito às diferenças, assegurando oportunidades diferenciadas (eqüidade), tantas quantas forem necessárias, com vistas à busca da igualdade. O princípio da eqüidade reconhece a diferença e a necessidade de haver condições diferenciadas para o processo educacional (BRASIL, 2001, p.11).

Neste sentido defendemos a necessidade de que “a escola trabalhe no sentido

de mudar suas práticas de ensino visando o sucesso de todos os alunos, pois o

fracasso e o insucesso escolar acabam por levar os alunos ao abandono, contribuindo

assim com um ensino excludente” (CARVALHO, ARAÚJO, 1998, p. 44), respeitando

as diversidades presentes no ambiente escolar.

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4- MARCO OPERACIONAL

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4.1 AÇÕES DA ESCOLA

DIMENSÃO DESAFIOS AÇÕES

GE

ST

ÃO

ES

CO

LA

R

Participação da

comunidade

escolar nas

instâncias

colegiadas.

- Reuniões com representantes das instâncias colegiadas para

esclarecer e pontuar questões relacionadas à função e

atuação de cada instância colegiada no processo de gestão

democrática

Ausência de

Grêmio

Estudantil

- Reuniões com os alunos para esclarecer pontos importantes

sobre: o que é o Grêmio Estudantil; suas áreas de atuação e

os modos para sua instituição.

- Apresentação e orientação dos principais documentos legais

que norteiam o Grêmio Estudantil.

EN

SIN

O E

AP

RE

ND

IZA

GE

M

Rendimento

Escolar dos

alunos

Diagnóstico e proposições de ações de revisão metodológica e

de práticas avaliativas em momentos como o Conselho de

Classe e na Hora- Atividade dos professores.

Registro das

ações docentes

Acompanhamento dos registros efetuados no RCO,

identificando as estratégias adotadas pelos docentes no que

condiz ao processo avaliativo, metodologias diversificadas e

sua coerência com o PTD.

Turmas do

ensino

fundamental

que apresentam

defasagens

consideráveis

na apropriação

de conteúdos

de ensino.

- Diagnóstico das principais defasagens manifestadas pelos

alunos;

- Proposição de estratégias metodológicas que visem suprir as

defasagens apresentadas, como a retomada de conteúdos de

anos anteriores;

- Avaliação e encaminhamento para serviços de apoio

especializado como a SRM Tipo I.

Indicadores de

avaliações

externas com

baixo

rendimento

Discussão e estudo dos indicadores com a comunidade

escolar;

Proposição de mecanismos que visem estimular os estudantes

a realizarem com seriedade as provas que servem como

requisitos para o cálculo final destas avaliações;

Encaminhamentos metodólogos diferenciados na ação

docente.

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76

A

TE

ND

IME

NT

O

ED

UC

AC

ION

AL

ES

PE

CIA

LIZ

AD

O Resistência de

alguns pais de

alunos no que

condiz à

necessidade do

atendimento

para seus filhos.

Orientar os pais acerca das especificidades e contribuições do

atendimento educacional especializado.

AR

TIC

UL

ÃO

EN

TR

E A

S

ETA

PA

S D

E

EN

SIN

O

Mudanças de

ambiente para

os alunos

egressos das

séries iniciais do

ensino

fundamental

- Orientações acerca das rotinas que são estabelecidas nas

séries finais do ensino fundamental (horários das aulas,

espaços físicos e pedagógicos de uso de alunos e

professores, entre outras).

- Orientações específicas aos professores que ministram aulas

no sexto ano, a fim de que planejem suas aulas considerando

as particularidades do público ingressante.

FO

RM

ÃO

CO

NT

INU

AD

A

DO

S

PR

OF

ISS

ION

AIS

Articulação e

mediação na

formação dos

agentes

educacionais I e

II

Orientar e estimular a formação de articuladores e mediadores

entre os funcionários deste segmento, nas formações

continuadas ofertadas no decorrer do ano letivo.

AR

TIC

UL

ÃO

EN

TR

E O

S

PR

OF

ISS

ION

AIS

DA

ED

UC

ÃO

Participação de

todos os

profissionais da

escola nos

assuntos

pertinentes à

organização da

instituição de

ensino

Interlocução entre os profissionais da escola em reuniões

formativas; reuniões pedagógica e outros momentos de

deliberação e partilha no ambiente escolar.

AR

TIC

UL

ÃO

DA

INS

TIT

UIÇ

ÃO

DE

EN

SIN

O

CO

M O

S P

AIS

E

RE

SP

ON

VE

IS Não

participação

efetiva e

periódica dos

pais e

responsáveis na

vida escolar dos

filhos.

- Reuniões bimestrais para informes de notas e rendimento

escolar dos alunos;

- Reuniões individuais para tratar de particularidades inerentes

a alunos que estejam com rendimento abaixo da média ou

com problemáticas especificas;

- Visita domiciliar quando os pais e responsáveis não

comparecem a reuniões quando convocados ou convidados

no decorrer dos bimestres.

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A

CO

MP

AN

HA

ME

NT

O E

RE

AL

IZA

ÇÃ

O D

A H

OR

A

AT

IVID

AD

E

Professores que

trabalham em

mais de duas

instituições de

ensino e não

conseguem

realizar a HA

concentrada em

uma mesma

instituição.

- Propiciar uma sistemática de comunicação entre professores

de disciplinas afins, por meio de email, grupos de redes sociais

(whatsapp) para que compartilhem informações pertinentes à

sua área de atuação e outros assuntos relevantes ao processo

escolar.

RE

LA

ÇÃ

O D

OS

PR

OF

ISS

ION

AIS

DA

ED

UC

ÃO

E D

ISC

EN

TE

S

Busca pela

convívio

harmonioso e

que propicie o

pleno

desenvolviment

o de alunos e

professores

- Mediação de conflitos pautado pelo diálogo entre os sujeitos

envolvidos em atritos e problemáticas no cotidiano escolar;

- sensibilização dos sujeitos escolares para a importância do

respeito à diversidade presente no ambiente escolar.

- Estudo do Regimento Escolar nos aspectos inerentes à

direitos, deveres e proibições relativas aos profissionais da

educação e os discentes da instituição.

US

O D

E

TE

CN

OL

OG

IAS

DIG

ITA

IS

- Defasagem de

equipamentos e

softwares.

- Capacitação

dos professores

para o uso

destas

tecnologias.

- Discussão e formação dos professores em momentos de

Hora- Atividade para que tenham condições de operar

sistematicamente com os equipamentos disponíveis na

instituição.

- Trabalhar em cooperação com os Agentes Educacionais II e

docentes, que tenham domínio no uso das tecnologias digitais,

para que subsidiem os momentos de formação e troca de

experiências com os docentes.

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4.2 CALENDÁRIO

O calendário escolar é elaborado em conformidade com as orientações

pertinentes à LBB 9394/96 que salienta no artigo 23 sobre a obrigatoriedade de que

“I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo

de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames

finais, quando houver”.

A lei determina uma carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar a serem cumpridos por todas instituições de ensino que ofertam a Educação Básica. Portanto, o Calendário Escolar das instituições de ensino das redes públicas estadual, municipais e as mantidas pela iniciativa privada, integrantes do Sistema Estadual de Ensino, deve contemplar pelo menos o mínimo de 800 (oitocentas) horas distribuídas em um mínimo de 200 (duzentos) dias letivos e demais peculiaridades para cada mantenedora. (PARANÁ, INSTRUÇÃO N° 12/2016 – SEED/SUED, p. 2).

Deste modo, são considerados dias letivos, aqueles em que ocorre o efetivo

atendimento pedagógico com a presença dos alunos, considerando também aqueles

destinados a capacitações dos trabalhadores em educação, desde que não

ultrapassem 5% do total de dias letivos estabelecidos em lei (DELIBERAÇÃO n°

002/2002 – CEE/PR).

A organização dos dias letivos, constam no calendário escolar, aprovado pelo

NRE Goioerê e estão anexo a este documento.

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4.3 AÇÕES DIDÁTICO PEDAGÓGICAS

Neste tópico dispomos os programas, projetos e demais atividades

contempladas na instituição de ensino, no ano letivo de 2017.

4.3.1 PROGRAMA DE COMBATE AO ABANDONO ESCOLAR

O programa de combate ao abandono escolar, elaborado com base nos

dispostos do termo de convênio de cooperação técnica celebrado em 21/11/2012

entre os envolvidos com a educação básica pública, ministério público e associação

dos conselhos tutelares, com o objetivo de institucionalizar e organizar o modelo de

notificação obrigatória do aluno ausente, com vistas a garantir e assegurar a

permanência e sucesso dos alunos na escola.

Acrescenta-se que a partir deste programa foram elaboradas orientações

quanto aos procedimentos a serem seguidos nos encaminhamentos e processos a

serem adotados pelos envolvidos a fim de reinserir e evitar que ocorra o abandono

escolar e principalmente que esta avance para uma possível evasão.

Com este programa, a SEED busca confirmar a concepção democrática da escola como direito de todos, não apenas um direito legal, mas uma preocupação com situações que impeçam a permanência ou o acesso de crianças e adolescentes na escola. Com a implantação das orientações contidas neste caderno, pretende-se auxiliar a escola na sistematização das suas ações e encaminhamentos de enfrentamento ao abandono. (CURITIBA, 2013, p. 3).

O programa de combate ao abandono escolar ao atentar-se aos dispositivos

da constituição federal afirma que é responsabilidade de todos, o compromisso em

enfrentar e evitar que ocorra o abandono escolar.

Assim:

O programa de combate ao abandono escolar no paraná contará com o envolvimento de estudantes, funcionários, professores, equipes pedagógicas e diretivas e também todas as instancias colegiadas da comunidade escolar: associação de pais, mestres e funcionários – APMF, conselho escolar, conselho de classe, grêmio estudantil e da Rede de proteção social da criança e do adolescente existente no município. Todos concentrando esforços para identificar e resgatar os (as) estudantes com faltas seguidas e injustificadas. (CURITIBA, 2013, p. 4).

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De modo geral, o programa de combate ao abandono escolar tem como

finalidade essencial evidenciar o importante papel desempenhado pela escola no

sentido de enfrentar e evitar que o abandono e a evasão escolar, oportunizando o

direito inalienável que crianças e adolescentes possuem em relação à educação, além

de integrar todos os demais responsáveis pelo cumprimento e garantia de que

crianças e adolescentes tenham acesso a uma educação de qualidade e que

permaneçam nesta com igual qualidade.

4.3.1.1.Objetivos

Objetivo geral

Implementar políticas públicas educacionais de prevenção e combate ao

abandono escolar, evitando a infrequência escolar e efetivando o direito ao

acesso e sucesso no sistema de ensino de todas as crianças e adolescentes.

Objetivos específicos

Criar mecanismos de controle do abandono, através da criação de um Sistema

Estadual de acompanhamento, para as escolas públicas estaduais do Paraná;

Realizar estudos, debates e ações conjuntas entre profissionais da Rede

Estadual de Educação Básica do Paraná, representantes da Educação dos

Sistemas Municipais, Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente,

Instituições de Ensino Superior, pais, mães, estudantes e comunidade em

geral, despertando a responsabilidade de cada segmento na inclusão e

permanência das crianças e dos adolescentes no sistema educacional;

Instrumentalizar os profissionais das escolas estaduais do Paraná em relação

à criação e manutenção da Rede de Proteção e incluí-la na sistemática de

enfrentamento ao abandono e exclusão escolar;

Mapear as causas da exclusão e abandono escolar, definindo as ações de

acordo com as características das diferentes regiões do Estado do Paraná.

4.3.2 SALA DE RECURSOS MULTINFUNCIONAL TIPO I

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Sala de Recurso Multifuncional Tipo I é um serviço especializado de natureza

pedagógica que apoia e complementa o atendimento educacional realizado em salas

regulares do Ensino Fundamental de 6° a 9° anos, inclusive alunos do Ensino Médio

com acompanhamento na SRM Tipo I durante o Ensino Fundamental.

O Ministério da Educação, dispõe que:

O Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, instituído pelo MEC/SEESP por meio da Portaria Ministerial nº 13/2007, integra o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, destinando apoio técnico e financeiro aos sistemas de ensino para garantir o acesso ao ensino regular e a oferta do AEE aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e/ou altas habilidades/superdotação (BRASIL, 2010, p. 9).

O atendimento da SRM Tipo I é diferenciado do realizado na classe comum e

não substitui a escolarização, sendo complementar ou suplementar.

Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica é um atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica que complementa a escolarização de alunos que apresentam deficiência Intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, matriculados na Rede Pública de Ensino ( PARANÁ, 2011,p.1 ).

O público específico atendido por esta modalidade consiste em alunos com

Deficiência intelectual; deficiência física neuromotora; transtornos globais do

desenvolvimento; transtornos funcionais específicos.

4.3.2.1 Metodologia

As atividades serão desenvolvidas de acordo com as necessidades de cada

aluno, auxiliando-os a desenvolverem-se significativamente, por meio de trabalhos

individuais e coletivos, der modo que sejam respeitadas as suas especificidades,

contemplando atividades que desenvolvam a psicomotricidade, auto-estima, atenção

e concentração, lateralidade, linguagem, disciplina, higiene, e outras.

Utilizar-se-ão recursos variados que possibilitem a aprendizagem, bem como

estabelecer o acompanhamento no ensino regular por meio do contato com os

professores para observar o desenvolvimento dos alunos atendidos na sala de

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recurso.

4.3.2.2 Avaliação

A avaliação na SRM Tipo I contempla o desenvolvimento dos alunos, suas

potencialidades e progressos obtidos ao longo do atendimento, onde, constatada o

avanço e verificada a necessidade, os alunos são dispensados do atendimento

complementar.

4.3.3 AULAS ESPECIALIZADAS EM TREINAMENTO ESPORTIVO - ESPORTE E

LAZER/HORA TREINAMENTO

4.3.3.1 Conteúdo

O esporte como fenômeno sócio cultural se configura numa reunião social no

qual a escola é agente promotora central e primordial, no processo de socialização do

movimento, focando a cultura corporal, propiciando ao aluno condições de conhecê-

las, reproduzi-las, reconstituí-las e transformá-las, tendo o esporte a hora treinamento

como instrumento de educação, tendo como eixo norteador, uma prática pedagógica

para a cidadania, fazendo sempre um comparativo com as regras que regem a nossa

sociedade, os deveres e obrigações, dando sempre muita ênfase os valores morais

como o respeito para com o próximo e também fazer-se entender o significado de uma

vitória e principalmente de uma derrota.

Os Conteúdos devem ser abordados em complexidade crescente, isto porque,

em cada um dos níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências

relativas ao conhecimento sistematizado, que devem ser consideradas no processo

de ensino/aprendizagem.

A Educação Física e seu objeto de ensino/estudo, a Cultura Corporal, deve,

ainda, ampliar a dimensão meramente motriz. Para isso, podem-se enriquecer os

conteúdos com experiências corporais das mais diferentes culturas, priorizando as

particularidades de cada comunidade.

Vivência de situações de aprendizagem dentro do jogo de futsal para utilização

e adaptação das regras ao nível de capacidade do grupo, do espaço e dos materiais

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disponíveis, resolução de problemas em jogo, estratégias de grupo: Espírito de

Equipe/ jogar contra é jogar com/ cooperação/ lealdade/ jogo coletivo. Jogo de futsal

com adaptações de espaços, equipamentos, treinamentos de iniciação do futsal,

bolas, construção de regras; fatores fisiológicos que incidem sobre as características

da motricidade masculina e feminina; os aspectos histórico-sociais do futsal seu início.

4.3.3.2 Objetivos

Dentro da hora treinamento da modalidade de futsal o maior objetivo é passar

sobre todo o conhecimento do jogo de futsal: regra, tática mais acima de tudo formar

um cidadão critica participativo dentro da sociedade. Em outras palavras, propiciar à

criança a evolução da consciência, o prazer pela prática do futsal, a aquisição de uma

cultura de lazer esportivo que será levada para o seu cotidiano, contribuindo assim

para uma melhor qualidade de vida. Auxiliando no desenvolvimento das habilidades e

capacidades envolvidas na execução do futsal e fundamentos que destacam a

coordenação, o passe, o drible, o chute, o equilíbrio, a agilidade, a velocidade na

execução das atividades.

4.3.3.3 Encaminhamento Metodológico

Com a intenção de formar um praticante do futsal, mas também um cidadão

que saiba conviver com qualidade, onde a relações são baseadas no respeito, na

determinação, no companheirismo e demais valores significativos para formação do

cidadão. O futsal será trabalhado com agilidade, fazendo com que o aluno sinta prazer

na atividade desenvolvida. Através da prática há a preparação do aluno para que

reivindique o seu direito de opinar, discutir, criticar e ordem social. Dando assim

oportunidades a todos os alunos para que desenvolvam suas capacidades e

habilidades.

4.3.3.4 Avaliação

O aluno será atingido pela Aula Especializada em treinamento esportivo no

momento em que souber entender sobre o Futsal sobre o que é Competir e Cooperar,

especialmente quando participar de competições como a fase dos JEPS : fase escolar,

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fase municipal, fase regional, fase macroregional e fase final. Momento em que o

aluno souber usar as regras de futsal, especialmente quando participar de

competições. Espera-se também, que nas atitudes, o indivíduo possa demonstrar se

as habilidades foram bem desenvolvidas.

4.3. 4 PROGRAMA BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA CIVIL NA ESCOLA

O programa Brigada escolar – defesa civil na escola, instituído pelo Decreto

4837 - 04 de Junho de 2012, é uma iniciativa do governo estadual, pensada a partir

da observação e ocorrência de diversas intempéries no estado e que colocam a vida

dos cidadãos e no caso especifico das escolas, os alunos em situações de risco.

Outro ponto que respaldou a criação desta, foi a necessidade de readequação

dos espaços escolares no que tange a sua infraestrutura e correlação imediata a

equipamentos de segurança essenciais nestes, tais como extintores, rede elétrica em

condições favoráveis, sinalização de abandono no caso de situações extremas e

outros de similar relevância.

São estes os problemas que justificam a necessidade de se dar uma solução definitiva para as inadequações das escolas, particularmente no tocante a prevenção de riscos como: sinalizações e manutenção de extintores de incêndio, colocação e adequação de corrimões e de sistemas de hidrantes. (PARANÁ, 2012, p. 6).

Pensadas essas necessidades, o programa visa fomentar a capacitação dos

servidores das escolas estaduais, a fim de que se atentam aos conceitos gerais de

prevenção de riscos e repassem a comunidade escolar tais informações.

É importante que conteúdos relacionados com a segurança global da população, a redução dos desastres, a redução das vulnerabilidades dos cenários e das populações em risco sejam incluídos nos currículos escolares das escolas estaduais, aliando a estrutura do Sistema Estadual de Defesa Civil com a capilaridade existente no Sistema Educacional do Estado, auxiliando para que o Programa tenha impactos em um menor prazo. (PARANÁ, 2012, p.4).

De modo geral, o objetivo do programa esta em:

Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Estado do Paraná para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou antropogênicos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo

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momento, que tais temas cheguem a um grande contingente da população civil do Estado do Paraná. (PARANÁ, 2012, p.8)

Ao atender as orientações e legislação pertinente ao programa, este

estabelecimento de ensino, tem em seu calendário oficial, dois momentos para

treinamento com os segmentos escolares, a partir de palestras e execução do plano

de abandono juntamente com os alunos, a fim de que se crie nesta, um ambiente

pautado na cultura da prevenção e segurança.

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4.4 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO DO CURRÍCULO

Quando constatada a necessidade de atendimentos adicionais e diferenciados

aos alunos, a partir do diagnóstico dos docentes e equipe pedagógica são discutidos,

em reuniões do conselho de classe e em outros momentos e realizadas as seguintes

ações:

Quando os alunos apresentam enfermidades que inviabilizam que frequentem

a escola, por meio de atestado médico comprobatório, são encaminhados para

o atendimento domiciliar por meio do Serviço de atendimento à rede de

escolarização hospitalar – SAREH, no qual, a SEED disponibiliza, para o

Ensino Fundamental um docente da área de Linguagens, um docente da área

de Ciências Exatas e um docente da área de Ciências Humanas. Para o Ensino

Médio, dispõe de um docente na área de Linguagens, um docente da área de

Ciências Exatas e um docente da área de Ciências Humanas.

Quando o aluno apresenta indicativos da necessidade de frequentar

atendimento educacional especializado complementar e suplementar, são

realizados os encaminhamentos para a SRM Tipo I. Quando constatado, por

meio de variadas avaliações que o aluno deve frequentar este atendimento,

são realizados, em paralelo à classe comum, ações que primem pela

apropriação do conhecimento cientifico e desenvolvimento destes alunos,

respeitando seu ritmo de aprendizagem e desenvolvimento de atividades

propostas em sala de aula.

As ações docentes contemplam desde o planejamento de ensino (PTD) até a

articulação dos conteúdos, ações e atividades diferenciadas, para contemplar as

dificuldades manifestadas pelas turmas e alunos. Nos casos em que se constata

defasagens na linguagem matemática, por exemplo, são elencadas estratégias por

meio de materiais concretos e outras técnicas que auxiliem na apropriação dos

conteúdos de ensino desta área. Nos casos em que se apreende dificuldades na

apropriação da língua materna, são elencados meios que oportunizem ao aluno

expressar suas apreensões do conteúdo por meio da oralidade, entre outros.

Consideramos a flexibilização do currículo nos casos de alunos que migram para

outras regiões durante o ano letivo (para colheitas de café, maçã) que por questões

de logística não frequentam as aulas nestas localidades. Deste modo:

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Quando os alunos matriculados na instituição migram para outras regiões do

país, junto com seus pais, para trabalharem em colheitas temporárias e

retornam após 4 ou 5 meses, são realizadas medidas como: - reunir-se com os

professores para discutir a situação dos alunos para que adotem medidas de

recuperação de estudos que priorizem a reinserção destes educandos ao

processo educativo; - a direção e equipe pedagógica reúnem-se com todos os

reingressos as atividades escolares, fazendo um trabalho de incentivo e

participação, expondo a proposta da escola, bem como o que espera de cada

aluno. Lavra ata onde todos assinam como forma de compromisso.

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4.5 ORGANIZAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

4.5.1 Conselho Escolar

O Conselho escolar é um órgão colegiado, representativo da comunidade

Escolar, objetivando promover a articulação entre os vários segmentos organizados

de sociedade e os setores deste Colégio, a fim de garantir a eficiência e a qualidade

de seu funcionamento.

Como afirma Libâneo (2001) o mesmo possui natureza deliberativa, consultiva,

avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e

administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes

educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político

Pedagógico e o Regimento do Colégio Estadual Rancho Alegre – E.F.M., para o

cumprimento da função social e específica da escola.

Este é concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada e de

participação da comunidade escolar, numa perspectiva de democratização da escola

pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de

Ensino.

As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e suplentes, realizar-

se-ão em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um mandato de

02 (dois) anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva.

O conselho Escolar deverá reunir-se periodicamente a fim de propor, renovar,

acompanhar e avaliar, permanentemente, as ações implementadas na escola, os

projetos desenvolvidos, os obstáculos encontrados e o nível de alcance das metas

bem como os objetivos estabelecidos no Projeto Político Pedagógico.

4.5.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF

A APMF – Pessoa jurídica de direito privado – é um órgão de representação

dos pais, professores e funcionários do estabelecimento, constituído por prazo

indeterminado, sem fins lucrativos e nem caráter político partidário, religioso ou racial,

possibilitando a participação ativa de toda a comunidade escolar (pais, alunos,

professores e funcionários) em questões direcionadas a instituição.

A APMF tem como finalidades:

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Envolver em suas ações, a participação da sociedade civil organizada,

responsabilizando toda a comunidade escolar pela qualidade da educação e

da escola pública.

Apoiar a direção da escola, primando pela dialogicidade entre os pais, alunos,

professores, funcionários e toda a comunidade, com atividades sócio-

educativas, culturais e desportivas.

Discutir, colaborar e participar das decisões coletivas sobre ações da equipe

pedagógica, administrativa e do Conselho Escolar, visando assistência ao

educando, aprimoramento do ensino e integração família-escola-comunidade.

Desenvolver projetos que atendam as necessidades locais, contribuindo para

a melhoria da qualidade de ensino, garantindo uma escola pública gratuita e

universal.

A APMF é um espaço aberto, onde todos podem colaborar para a garantia de

uma escola pública, democrática de qualidade, enfocando suas ações nos

movimentos sociais.

Em assembleias Gerais ordinárias e Extraordinárias são deliberados assuntos

que definem ações a serem executadas durante o ano letivo, de interesse dos alunos

e de toda comunidade escolar.

Os membros da diretoria e o Conselho Deliberativo e Fiscal são escolhidos por

meio de eleição, e os mesmo permanecem na diretoria num período de 2 (dois) anos,

podendo ser reeleitos por mais 2 (dois) mandatos.

4.5.3 Conselho de classe

O conselho de classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, que objetiva avaliar os processos de

ensino-aprendizagem na relação educador-educando.

Este deve contribuir para a organização do trabalho escolar por meio de

propostas articuladas com os interesses e necessidades dos educandos, levando em

conta a realidade vivenciada no contexto escolar.

Cabe ao conselho de classe acompanhar o processo de avaliação das séries,

debatendo e analisando todas as questões pertinentes ao processo de aprendizagem.

Este é composto, obrigatoriamente, pelos professores, diretor e pelos

profissionais da equipe pedagógica, sendo importante a participação de

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representantes dos alunos e da comunidade escolar.

A dinâmica de sua organização ocorrerá com a realização de reuniões

ordinariamente em cada bimestre e extraordinariamente com reuniões de pré-

conselho.

Neste sentido, pontua-se o Conselho de Classe como uma instância que

contribui para o desenvolvimento de um processo que visa a democratização da

escola, respaldando a reflexão e consciência dos contextos educacionais.

Em suma, o Conselho de Classe é o momento no qual os educadores discutem

suas próprias práticas pedagógicas, possibilitando seu replanejamento analisando

não somente os resultados finais, “as notas” dos alunos, mas todo o processo

vivenciado por ele.

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4.6 SISTEMATIZAÇÃO DO PROCESSO AVALIATIVO

4.6.1 Critérios de Avaliação

Avaliação contínua, permanente e cumulativa do desempenho do aluno, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, e dos resultados ao

longo do período sobre os de eventuais provas finais, conforme versa a LDB

9394/96.

É vedada a avaliação em que o aluno é submetido a uma só oportunidade de

aferição (é obrigatório a aplicação de no mínimo 2 instrumentos avaliativos

diferenciados por bimestre);

Serão utilizados técnicas e instrumentos diversificados durante os bimestres;

Estudos de recuperação, paralelos e concomitantes ao período letivo, para todos

os alunos;

Frequência mínima de setenta e cinco por cento (75%) do total de horas letivas

para aprovação;

As formas de registros serão por meio de notas bimestrais numa escala de (0) zero

a (10,0) dez. A média será calculada por meio de média será aritmética. O

acompanhamento das mesmas será através do Conselho de Classe e em todo o

decorrer do ano letivo.

A apuração das notas e controle de frequência considerará aprovado o aluno que

após os resultados finais obtiver média igual ou superior a (6,0) seis.

A avaliação final deverá considerar, para efeito de promoção, todos os resultados

obtidos durante o período letivo, incluídos a recuperação de estudos.

4.6. 2 - Instrumentos Avaliativos

Para avaliar o desempenho do aluno a escola utilizará os seguintes instrumentos:

1. Avaliações orais, escritas (objetivas e subjetivas);

2. Fóruns de debates e seminários;

3. Projetos;

4. Relatos;

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5. Pesquisas bibliográficas e pesquisa de campo;

6. A produção própria do aluno dentro e fora da sala de aula; (relatos)

7. Pôsteres;

8. Sínteses;

9. Pareceres;

10. Demonstrações;

11. Desenhos e produções artísticas;

12. Sistematização de dados;

13. Experimentos;

14. Outros instrumentos avaliativos que assegurem a aprendizagem dos alunos.

4.6. 3 Recuperação de Estudos

Assegurada pela Deliberação Nº 007/99, a Recuperação de Estudos é um dos

aspectos de aprendizagem e do desenvolvimento contínuo dos alunos, que, durante

os bimestres, tenham alcançado aproveitamento inferior ao estimado.

A Recuperação de Estudos propicia condições para que a apreensão dos

conteúdos ocorra de maneira satisfatória e compõe-se por atividades significativas e

por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados, conforme as

necessidades apresentadas por cada turma e aluno.

A organização deste processo se dá por meio de um conjunto integrado de

atividades, vinculadas ao processo ensino/aprendizagem, adequando-se as

dificuldades individuais dos educandos, destinando-se aos alunos,

independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, e constará

de atividades variadas, como pesquisas, produções próprias dos alunos, avaliações

orais e escritas e principalmente da retomada de conteúdos, onde o professor

ministrará com os instrumentos previstos em seu plano de trabalho docente.

A Recuperação de Estudos deverá ser registrada no Livro do professor, na parte

do desenvolvimento de conteúdos, por meio do termo “retomada”, descrevendo o

conteúdo e o método utilizado. Sendo a Recuperação de estudos parte integrante do

processo de ensino e aprendizagem, após realizada, o professor deverá considerar o

resultado maior, sendo obrigatório sua anotação no livro de registro de classe,

juntamente com a nota da avaliação anterior.Registro de Classe

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Além destas prerrogativas legais, em 2017 foi instituída a instrução n° 001/2017

sued/seed que regulamente o processo avaliativo na rede estadual de ensino. Dentre

as normatizações reiteradas na instrução, destacamos a quantidade mínima de 2

(duas) avaliações por bimestres, considerando instrumentos avaliativos diversificados

e a obrigatoriedade da recuperação de estudos, concomitante e processual, cujo

registro procederá por meio do termo RETOMADA, nos registros escolares realizados

pelo docente.

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4.7 REGISTRO DE CLASSE ON LINE

O Registro de Classe On line (RCO) é um recurso tecnológico desenvolvido

pela SEED em parceria com a CELEPAR, com o intuito de potencializar e aprimorar

os instrumentos de registro das aulas e vida/situação escolar dos alunos.

Conforme Petry (2014, on line1):

É o sistema informatizado que permite o registro de frequência, conteúdo e avaliações, de forma on line, substituindo o livro registro de classe. Foi desenvolvido a partir de 2012 por uma comissão formada pelos departamentos da SEED e CELEPAR. Este sistema foi desenvolvido em software livre e é capaz de interagir com o SAE e o SERE.

As vantagens da utilização de um sistema informatizado para o registro das

ações docentes, consistem na não utilização de papel, a agilidade com que as

informações registradas são processadas e visualizadas pela equipe escolar, tendo

em vista compor uma rede de interação com outros sistemas como o SAE e o SERE.

Neste sentido, permite que, em tempo real, sejam observados e analisados os

registros realizados pelos professores.

A adesão da escola pelo RCO ocorreu em 2016, quando realizou-se uma

reunião com o Conselho Escolar e profissionais da escola, na qual foram destacadas

as funcionalidades desta forma de registro.

No início do ano letivo de 2017, durante a Semana Pedagógica, direção, equipe

pedagógica, docentes e comunidade escolar definiram a quantidade mínima de

avaliações, bem como, da regra de cálculo para a média, considerando, deste modo,

a quantidade de 2 avaliações e 2 recuperações por bimestre, com a regra de cálculo

por meio da média aritmética.

Em linhas gerais, consideramos que o acompanhamento das ações escolares,

por meio do RCO, será mais ágil, o que permitirá a tomada de ações em relação a

frequência de alunos, rendimento escolar, entre outras do cotidiano escolar, com mais

êxito.

1 Transcrição do vídeo “EAD – Registro de Classe Online. Produção de Tv Paulo Freire. Intérpretes:

Joana Emília Miranda Petry. 2014. (3 min.), color. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=pdY8EOmP5UI. Acesso em: 30/03/2017.

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4.8 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS, EQUIPAMENTOS E INFRAESTRUTURA

ESCOLAR

Os espaços, equipamentos e infraestrutura escolar são organizados por meio

de cronogramas, conforme suas finalidades e usos específicos. O uso do laboratório

de multimídia ocorre por meio de agendamento, onde o professor o realiza com

antecedência na secretaria da escolar e assim, possa utilizar o espaço para o

desenvolvimento de suas atividades. A biblioteca dispõe de servidores da instituição

e também com o apoio de professores readaptados que se organizam para atender

as demandas da escola durante os turnos de atendimento na instituição.

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4.9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

A proposta pedagógica curricular é um documento que fundamenta e

sistematiza a organização do conhecimento curricular das instituições de ensino,

sendo componente obrigatório e articulado ao Projeto Político Pedagógico.

Expressa os fundamentos conceituais, metodológicos e avaliativos de cada disciplina/componente curricular/áreas do conhecimento, elencados na Matriz Curricular, assim como os conteúdos de ensino dispostos de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Estadual de Ensino e demais leis vigentes (Anexo VI) por etapas e modalidades de ensino (INSTRUÇÃO n° 003/2015 – SUED/SEED, p. 6).

A Proposta Pedagógica do Ensino Fundamental e do Ensino Médio estão

dispostas em anexo a este documento.

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4.10 CÓPIA DA MATRIZ CURRICULAR

Quadro 4.10.1 – Matriz curricular do Ensino Fundamental.

Nº Nome da Disciplina (Código SAE)

Composição Curricular

Carga Horária Semanal das Seriações

Grupo Disciplina

O (*)

6 7 8 9

1 ARTE (704) BNC 2 2 2 2

S

2 CIENCIAS (301) BNC 3 3 3 3

S

3 EDUCACAO FISICA (601) BNC 2 2 2 2

S

4 GEOGRAFIA (401) BNC 2 3 3 3

S

5 HISTORIA (501) BNC 3 2 3 3

S

6 LINGUA PORTUGUESA (106) BNC 5 5 5 5

S

7 MATEMATICA (201) BNC 5 5 5 5

S

8 ENSINO RELIGIOSO (7502) BNC 1 1 0 0

S

9 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2 2

S

Total C.H. Semanal 25 25 25 25

Fonte: https://www.sere.pr.gov.br/sere/infra/matrizcurricular/frm_pesq_matriz_curricular_aba2.jsp

Quadro 4.10.2 – Matriz curricular do Ensino Médio.

Nº Nome da Disciplina (Código SAE)

Composição Curricular

Carga Horária Semanal das Seriações

Grupo Disciplina O (*)

1 2 3

1 ARTE (704) BNC 2 0 0

S

2 BIOLOGIA (1001) BNC 2 2 2

S

3 EDUCACAO FISICA (601) BNC 2 2 2

S

4 FILOSOFIA (2201) BNC 2 2 2

S

5 FISICA (901) BNC 2 2 2

S

6 GEOGRAFIA (401) BNC 2 2 2

S

7 HISTORIA (501) BNC 2 2 2

S

8 LINGUA PORTUGUESA (106) BNC 3 3 4

S

9 MATEMATICA (201) BNC 2 4 3

S

10 QUIMICA (801) BNC 2 2 2

S

11 SOCIOLOGIA (2301) BNC 2 2 2

S

12 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2

S

13 L.E.M.-ESPANHOL (1108) PD 4 4 4 Lingua Estrangeira Moderna

S

Total C.H. Semanal 29 29 29

Fonte: https://www.sere.pr.gov.br/sere/infra/matrizcurricular/frm_pesq_matriz_curricular_aba2.jsp

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4.11 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A avaliação institucional ocorrerá com a periodicidade semestral.

Ao término de cada semestre letivo a direção, juntamente com a equipe escolar,

realizará a análise de todas as sugestões, solicitações e demandas coletadas no

decorrer dos bimestres, em momentos como: hora atividade, em reuniões

pedagógicas, nas reuniões com pais, reuniões com alunos.

Após estas análises, serão realizadas reuniões com todos os segmentos

escolares e trabalhadores da educação para que sejam deliberados e discutidos os

apontamentos diagnosticados e propor mudanças que condigam com o

desenvolvimento qualitativo das atividades realizadas na instituição de ensino.

Este processo será registrado em ata e as proposições resultantes destes

momentos serão inseridas no Plano de Ação da Escola, para que ocorra a contínua

avaliação dos resultados obtidos.

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Anexos

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Anexo 1 – Calendário Escolar