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DEFINIÇÃO............................19 CÉLULAS..............................20 TEORIA CELULAR.....................20 MODELO MOSAICO FLUIDO..............20 CÉLULAS..............................20 PROCARIONTES E EUCARIONTES.........20 Procariontes........................................................ 21 Eucariontes.......................................................... 21 MEMBRANA PLASMÁTICA................21 Proteínas integrais.............................................. 21 Proteínas periféricas........................................... 21 Glicocálice............................................................ 21 ESPECIALIZAÇÃO DA MEMBRANA.........21 Microvilosidade................................................... 21 Junções celulares................................................. 22 Junções apertadas..................22 Junções comunicantes...............22 Junções aderentes..................22 Desmosomos....................................................... 22 Zonulas de oclusão............................................. 22 Zonulas de adesão.............................................. 23 CITOPLASMA.........................23 Citoesqueleto....................................................... 23 Microtúbulos.......................23 NÚCLEO CELULAR.....................24 Envoltórionuclear................................................ 24 Nucléolos............................................................. 24 Matriz nuclear..................................................... 24 Nucleoplasma...................................................... 24 Cromatina............................................................ 24 MITOCÔNDRIAS.......................25 RIBOSSOMOS.........................25 RETICULO ENDOPLAMÁTICO.............25 Reticulo endoplasmático ruguso (RER)............. 25 Reticulo endoplasmático liso (REL).................... 25 COMPLEXO DE GOLGI..................26 LISOSSOMOS.........................26 PEROXISSOMOS.......................26 TECIDOS..............................27 TECIDO EPITELIAL...................27 FORMAS E CARACTERISTICAS...........27 TIPOS EPITELIAIS...................27 Epitélio de revestimento.................................. 27 Tecido epitelial simples...........27 Tecido epitelial estratificado.....27 TECIDO EPITELIAL GLANDULAR...........28 1

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DEFINIÇÃO...............................................................19

CÉLULAS..................................................................20

TEORIA CELULAR..................................................20MODELO MOSAICO FLUIDO................................20

CÉLULAS..................................................................20

PROCARIONTES E EUCARIONTES....................20Procariontes..........................................................21Eucariontes...........................................................21

MEMBRANA PLASMÁTICA....................................21Proteínas integrais...............................................21Proteínas periféricas............................................21Glicocálice.............................................................21

ESPECIALIZAÇÃO DA MEMBRANA....................21Microvilosidade.....................................................21Junções celulares................................................22

Junções apertadas...................................................22Junções comunicantes............................................22Junções aderentes...................................................22

Desmosomos........................................................22Zonulas de oclusão..............................................22Zonulas de adesão..............................................23

CITOPLASMA...........................................................23Citoesqueleto........................................................23

Microtúbulos..............................................................23NÚCLEO CELULAR.................................................24

Envoltórionuclear.................................................24Nucléolos...............................................................24Matriz nuclear.......................................................24Nucleoplasma.......................................................24Cromatina..............................................................24

MITOCÔNDRIAS......................................................25RIBOSSOMOS.........................................................25RETICULO ENDOPLAMÁTICO.............................25

Reticulo endoplasmático ruguso (RER)............25Reticulo endoplasmático liso (REL)...................25

COMPLEXO DE GOLGI..........................................26LISOSSOMOS..........................................................26PEROXISSOMOS....................................................26

TECIDOS...................................................................27

TECIDO EPITELIAL................................................27FORMAS E CARACTERISTICAS.........................27TIPOS EPITELIAIS..................................................27

Epitélio de revestimento..................................27Tecido epitelial simples........................................27Tecido epitelial estratificado................................27

TECIDO EPITELIAL GLANDULAR.........................28

TIPOS DE EPITÉLIOS GLANDULARES.............28Glândulas endócrinas.......................................28Glândulas exócrinas.........................................28

TECIDO CONJUNTIVO (TC)....................................29

CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO................29

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Fibrolasto.............................................................29Macrófagos..........................................................29Mastócitos...........................................................29Plasmocitos.........................................................29Células adiposas................................................30Leucócitos...........................................................30

FIBRAS......................................................................31

FIBRAS COLÁGENAS...........................................31FIBRAS RETICULARES.........................................31SISTEMA ELÁSTICO..............................................31

TIPOS DE TECIDO CONJUNTIVO..........................32

TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO32Tecido conjuntivo frouxo.................................32Tecido conjuntivo denso..................................32

TECIDO ADIPOSO...................................................32

TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR.......................32TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR..................33

TECIDO CARTILAGINOSO.....................................33

CARTILAGEM HIALINA.........................................34CARTILAGEM ELÁSTICA.....................................34CARTILAGEM FIBROSA.......................................34

TECIDO ÓSSEO.......................................................34

CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO............................35Osteócitos............................................................35Osteoblasto.........................................................35Osteoclasto.........................................................35

TIPOS DE TECIDO ÓSSEO...................................35OSTEOGÊNESE......................................................36

TECIDO MUSCULAR...............................................36

MÚSCULO ESQUELÉTICO...................................37Organização das fibras.....................................37Mecanismo de contração.......................................38

MÚSCULO CARDÍACO............................................38

MÚSCULO LISO......................................................39

TECIDO NERVOSO..................................................39

CORPO CELULAR..................................................40DENTRITOS.............................................................40AXÔNIO.....................................................................41CÉLULAS DA GLIA................................................41

Oligodendrócitos...............................................41Astrócitos............................................................41Células de Schwann..........................................41Células ependimárias.......................................41Microglia...............................................................41

DEFINIÇÃO

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Biologia é a ciência que estuda a vida. O termo biologia vem do grego bios=vida e logos=estudo. Estuda os seres vivos e suas relações, a fim de compreender suas peculariedades, a partir da análise dos organismos e seus processos vitais, incluindo a origem, caracterização, classificação, estrutura, atividade e evolução.

CÉLULASTodos os organismos vivos são formados por

células. As células são as unidades que constitui os seres vivos, podendo ocorrer isoladamente, nos seres unicelulares, ou formar arranjos, os tecidos, que constituem o corpo dos seres pluricelulares. A denominação célula foi dada em 1665 pelo inglês Robert Hook, para denominar pequenas cavidades no interior da cortiça que ele havia observado com um microscópio simples. Ele visualizou figuras que se pareciam com celas, por isso as chamou de Células. O estudo das células teve grande avanço após Zacharias Jansen, desenvolver experimentos com tubos e duas lentes. Antonie Van Leeuwenhoek fez melhorias no microscópio, de sua época, foi o primeiro a observar e descrever fibras musculares, bactérias, protozoários e o fluxo sanguíneo nos capilares de peixes.

Figura 1: (a) Robert Hook (1635-1703) Cientista experimental inglês do séc. 17 uma figura chave da revolução cientifica, foi de grande ajuda na reconstrução que se seguiu ao grande incêndio de Londres, em 1666; (b) Zacharias Jansen (1580-1703) Na época em que realizou os experimentos com tubos e lentes, acredita-se que ele teve ajuda de seu pai que era fabricante de lentes; (c)Antonie Van Leeuwenhoek (1632-1723) comerciante de tecidos, cientista e construtor de microscópios. Seu microscópio tinha a capacidade de aumentas à imagem cerca de duzentas vezes.

TEORIA CELULAREm 1838, Mathias Schleiden e Theodor

Schwann, baseados em seus estudos microscópicos desenvolvidos em tecidos de plantas e animais propuseram a teoria celular para todos os organismos, segundo a qual todos os seres vivos são formados por células. Esta teoria foi complementada em 1855, quando o médico russo Rudolf Virchow, sugeriu que a continuidade dos seres vivos depende da reprodução de células e criou o aforismo que toda a célula provém de outra pré-existente.

Figura 2: (a) Mathias Schleiden (1804-1881) Foi advogado em Hamburgo, um dos primeiros alemães a aceitar a teoria da evolução de Charlles Darwin; (b) Theodor Schwann (1810-1882) Fisiologista alemão, fundador da histologia, descobriu e preparou a primeira enzima de um tecido animal: a pepsina. Criou o termo metabolismo; (c) Rudolf Virchow (1821-1902) Médico e político alemão considerado pai da patologia, filho de um açougueiro formou-se em medicina em 1843. Ele dizia que as doenças eram uma mudança na célula.

MODELO MOSAICO FLUIDO Em 1972, Seymour Jonathan Singer, e

Garth L. Nicolson elaboraram o modelo do mosaico fluido, aceito para explicar o arranjo e a organização da membrana celular. Refere-se ao estado quase líquido da bicamada lipídica e mosaica, à diversidade das proteínas que compõem a membrana.

Figura 3: (a) Seymour Jonathan Singer (1947) Químico norte americano trabalhou no laboratório de Linus Pauling, foi um dos descobridores da hemoglobina anormal nas células falciformes; (b) Garth L. Nicolson (1943-x) Químico norte americano ganhou muitos prêmios e homenagens, foi eleito presidente do instituto de medicina molecular de Huntington Beach, na Califórnia.

CÉLULAS

PROCARIONTES E EUCARIONTESAs células são as unidades funcionais e

estruturais dos seres vivos. A microscopia eletrônica demonstrou duas classes de células: os procariontes pro=primeiro, e cario=núcleo, nos

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procariontes os cromossomos não estão separados do citoplasma por membrana, e os eucariontes, eu=verdadeiro e cario=núcleo, com o núcleo individualizado e delimitado pelo envoltório nuclear.

ProcariontesConstituem as bactérias, não apresentam

envoltório nuclear separando o material genético dos outros constituintes celulares e não possuem histonas ligadas ao DNA, nem organelas citoplasmáticas. Os seres que têm células procariontes são chamados de procariotas, compreendendo as bactérias. O citoplasma não apresenta outra membrana além da que separa do meio externo. Nas células procariontes não há citoesqueleto.

EucariontesSão maiores que os procariontes e apresentam

envoltório nuclear, histonas associadas ao DNA e têm o citoplasma dividido por membrana, em diversos compartimentos. Os eucariontes apresentam o citoplasma e o núcleo, o citoplasma é envolto pela membrana plasmática, e o núcleo, pelo envoltório nuclear. O citoplasmas dos eucariontes possuem organelas, como mitocôndrias, reticulo endoplasmático, aparelho de Golgi, lisossomo e peroxisomas. Preenchendo o espaço entre essas estruturas, encontra-se a matriz citoplasmática, hialoplasma ou citosol.

Figura 4: Figuras que demonstram as principais caracteristicas em comum dos dois tipos de células.

MEMBRANA PLASMÁTICAParte mais externa do citoplasma, separando o

meio extracelular do intracelular. É a principal responsável pelo controle da penetração e saída de substância das células. Tem espessura de 7,5

a 10nm, são compostas por duas camadas de moléculas de fosfolipídios, organizadas com suas cadeias apolares (hidrofóbicas) voltadas para o interior da membrana enquanto as cabeças apolares (hidrofílicas) ficam voltadas para o meio extracelular ou para o citoplasma. Eles estão associados por interação hidrofóbica de suas cadeias apolares. Os agrupamentos polares desses lipídios ficam nas duas superfícies da membrana. As proteínas presentes nas membranas podem ser divididas em dois grupos: proteínas integrais e proteínas periféricas.

Proteínas integraisEstão diretamente incorporadas na estrutura da

membrana. As proteínas integrais estão fortemente ligadas aos lipídios. As moléculas das proteínas integrais estão ligadas aos lipídios da membrana por interação hidrofóbica, deixando expostas ao meio aquoso apenas suas partes hidrofílicas. Algumas proteínas transmembranares possuem moléculas longas e dobras longas, que atravessam a membrana.

Proteínas periféricasEstão fracamente associadas à membrana,

elas podem ser facilmente extraídas. Elas não interagem com a região hidrofóbica da bicamada lipídica. Elas se ligam à membrana por interação com as proteínas integrais, ou interagindo com a região polar dos lipídios.

GlicocáliceA superfície externa da membrana é recoberta

por uma camada, rica em hidratos de carbono é constituído de cadeias de glicídios. Ela participa do reconhecimento entre as células e da união entre elas, e com moléculas extracelulares. Um exemplo de marcadores de superfície são as glicoproteína e glicolipidios que determinam os grupos sanguíneos.

Figura 5: Reprensetação das principais estruturas da membrana plasmática.

ESPECIALIZAÇÃO DA MEMBRANASão áreas especiais que facilitam a execução

de determinadas funções, como absorção, adesão e comunicação entre as células epiteliais.

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MicrovilosidadeSão expansões flexíveis da membrana que

possuem actina e aumentam a superfície de contato e a absorção celular. Revestem a superfície interna do intestino delgado são colunares, dispostas em camada única, e suas superfícies em contato com os alimentos apresentam numerosas digitações.

Figura 6: microfilos de células epiteliais do intestino delgado, eletromicrografia aumento de 25.000x

Junções celularesSão especializações da membrana

plasmáticas, das células vizinhas ou entre células e a matriz extracelular. As junções celulares podem ser divididas em três grupos:

1. Tem a função de unir fortemente as células umas as outras ou à matriz extracelular: desmosomas e junções aderentes;

2. Promove a vedação entre as células: zonulas oclusivas;

3. Estabelece comunicação entre uma célula e outra: junções comunicantes.

Junções apertadasElas ligam duas células vizinhas tornando o

meio extracelular impermeável não permitindo a passagem de pequenas moléculas ou íons, suas proteínas são Claudinas e as Ocludinas.

Junções comunicantesLigam duas células adjacentes permitindo a

passagem de moléculas e de íons entre as duas células. São canais protéicos nas quais há troca de pequenas moléculas, íons e elétrons. Sua ocorrência é muito freqüente, é observado entre as células epiteliais de revestimento, epiteliais glandulares, musculares lisas, cardíacas e nervosas. Sua função é estabelecer comunicação entre as células, permitindo que grupos celulares funcionem de modo coordenado. Cada junção tem a forma circular, constituída por um conjunto de tubos protéicos paralelos que atravessam as membranas das células.

Figura 7: micrografia eletrônica de uma junção comunicante. Aumento de 190.000X

Junções aderentesRodeiam completamente as células. São

encontradas em vários tecidos. Circundam a parte apical das células, como um cinto contínuo, sendo desenvolvido no epitélio colunar simples com bordas estriadas, encontradas na mucosa do intestino. Existem vários tipos de junções aderentes entre os desmossomos e os hemidesmossomos e zonulas de adesão.

DesmosomosSão áreas em forma de botões que unem

fortemente duas células epiteliais cada célula possui uma placa discoide para qual convergem os filamentos de queratina. Nas desmosomas, há uma camada amorfa, na face citoplasmática de cada membrana, chamada placa de desmosoma. Nela se insere filamentos intermediários de queratina, que se aprofundam no interior da célula. Os desmosomas são locais onde o citoesqueleto prende a membrana celular e, como as células aderem umas as outras.

Figura 8: eletromicrografia de células epiteliais de revestimentos. Aumento de 100.000X há numerosos filamentos no citoplasma de duas células.

Zonulas de oclusão É uma faixa contínua em torno da porção apical de certas células epiteliais, que veda total ou parcialmente o trânsito de íons e moléculas por entre as células. Deste modo, as substâncias que passam pela camada epitelial através das células,

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são submetidas ao controle celular. Outra função é permitir a existência de potenciais elétricos diferentes, conseqüência de diferenças nas concentrações iônicas entre as duas faces das camadas epiteliais. As membranas de células adjacentes se unem integralmente, vetando os espaços intercelulares e impedindo que as substâncias captadas voltem para o meio externo.

Figura 9: microscopia eletrônica do revestimento do intestino delgado de rato. Na região da zônula de oclusão observa-se uma rede de saliência de uma lâmina da membrana. Aumento de 68.000X

Zonulas de adesãoSão zonas em forma de cinturão que

aumentam a coesão entre as células. São formadas por vários filamentos de actina, que circundam a região do citoplasma superior das células epiteliais.

Figura 10: representação esquemática de todas as junções celulares.

CITOPLASMA O constituinte mais externo do citoplasma é a membrana plasmática, que é o limite entre o meio intracelular e o ambiente extracelular. Nele se localizam o citoesqueleto, as organelas e os

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depósitos, de hidratos de carbono, proteínas e pigmentos. O espaço entre as organelas e os depósitos é preenchido pela matriz citoplasmática ou citosol, contendo diversas substâncias, como aminoácidos e proteínas.

Figura 11

CitoesqueletoÉ uma rede complexa de microtúbulos,

filamentos de actina e filamentos intermediários. Elas influem na forma das células e, junto com as proteínas motoras, possibilitando os movimentos de organelas e vesículas citoplasmáticas.

Figura 12

MicrotúbulosSão estruturas encontradas no citoplasma e

também prolongamentos celulares, como cílios e flagelos. São rígidos e desempenham papel significativo no desenvolvimento e na manutenção da forma das células.

Figura 13

Filamentos de actina (microfilamentos)A atividade contrátil do músculo resulta

primariamente da interação de duas proteínas: actina e miosina. A actina constitui uma rede no citoplasma e forma uma delgada camada próxima à superfície interna da membrana plasmática, ela

participa de processos como endocitose, exocitose e migração das células esses filamentos, interagindo com a miosina, produzem correntes citoplasmáticas que transportam diversas moléculas e estruturas.

Figura 14

NÚCLEO CELULARO estudo do núcleo celular começou com

Franz Bauer que o descreveu pela primeira vez em 1802. Anos depois Mathias Jakob Scheiden, reconheceu a importãncia do núcleo celular, ao relacioná-lo com a divisão celular.O núcleo celular é o centro de todas as atvidades celulares porque contém, nos cromossomos, todo o genoma da célula. Chama-se genoma o conjunto de informações genéticas condificada no DNA. O

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núcleo também é responsável pela síntese de processamento de todos os tipos de RNA. Os principais componentes nucleares são o envoltório nuclear, a cromatina, o núcleolo, a matriz núclear e o nucleoplasma.

Figura 15: Franz Bauer (1758-1840) Artista e botânico inglês. Após a chegada de Norbert Boccius, abade de Feldsberg, em 1763, produziu mais de 2000 aquarelas de espécimes vegetais.

EnvoltórionuclearO conteúdo intranuclear é separada do

citoplasma pelo envoltório nuclear, o envoltório nuclear é constituído por duas membranas separadas por um espaço, a cisterna perinuclear. A membrana nuclear externa contém polirribossomos presos à sua superficie citoplasmática e é contínua com o retículo endoplasmático rugoso. O envoltório nuclear apresenta póros, estruturas denominadas complexos de póros. Sua função é o transporte seletivo de moléculas para fora e para dentro do núcleo, o envoltórios é impermeável a íons e moléculas.

Nucléolos São fabricas para produção de ribossomos,

constituidas principalmente por RNAr e proteínas. As células podem apresentar vários nucléolos.

Matriz nuclearÉ uma estrutura fibrilar, que fornece um

esqueleto para apoiar os cromossomos, determinando sua localização dentro do nucleo celular.

NucleoplasmaÉ um soluto com muita água, íons,

aminoácidos, metabólitos e precursores diversos, enzimas para a síntese de RNA e DNA.

CromatinaHá dois tipos de cromatina. A heterocromatina,

aparece como grânulo grosseiro e bem visível a olho nú. A hélice heterocromatina é inativa porque nela a hélice duplas de DNA está muito compacta o que impede a transcrição dos genes.A eucromatina aparece granulosa e clara, entre os gumes de heterocromatina. O filamento de DNA não está condensado e tem condições de transcrever os genes.

Figura 16

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ORGANELAS

MITOCÔNDRIAS São organélas esféricas ou alongadas, sua

distribuição na célula varia, tendendo a se acumular mais nos locais do citoplasma com maior gasto de energia. Elas transformam energia química em energia utilizável pela células. São constituidos de duas membranas: a interna e a externa.

A membrana interna apresenta projeções para o interior da organela, as cristas mitocondriais. A membrana externa é lisa e faz contato com o meio exterior. O espaço entre essas duas membranas é denominado de espaço intermembranoso.

O compartimento limitado pela membrana interna contêm a matriz mitocondrial. Entre as cristas mitocondriais existe uma matriz amorfa, rica em proteínas e contendo pequenas quantidade de DNA e RNA.

Figura 17

RIBOSSOMOSSão pequenas partículas compostas de quatro

tipos de RNAr. Há dois tipos de ribossomos, um tipo é encontrado nas células procariontes,o outro tipo é encontrado em todas as células eucariontes. Os ribossomos desempenham um papel de decodificação, ou tradução de memsagens paa síntese proteica.

RETICULO ENDOPLASMÁTICOÉ uma rede de vesículas redondas e túbulos,

formadas por uma membrana contínua e que delimita um espaço muito irregulara cisterna do retículo endoplasmático. Alguns locais, a superficie externa da membrana que são injetados nas cisternas. Isto possibilita a diferenciação em dois tipos de reticulo endoplasmático: o rugoso e o liso.

Reticulo endoplasmático ruguso (RER)É abundante nas células especializadas na

secreção de proteínas, como as células do pâncreas, fibroblastos. O RER consiste em cisternas saculares ou achatadas, sua principal função é segregar no citossol proteínas destinadas a exportação, ou para uso intracelular.

Reticulo endoplasmático liso (REL) Não apresenta ribossomos, sua membrana se

dispõe sob forma de túbulos que se anastomosam profundamente. Sua membrana é contínua com o RER. Ele participa de diversos processos funcionais, produzem esteróides, como a glândula adrenal, ocupando grande parte do citoplasma e contém enzimas para a síntese destes hormonios o REL é abundante nas células do fígado, onde é responsável pelos processos de conjugações oxidação e metilação.

Figura 18

COMPLEXO DE GOLGIÉ um conjunto de vesículas achatadas

empilhas, com porções laterais dilatadas. Localiza-se em regiões determinadas do

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citoplasma. Ele completa modificações, pós-tradução, empacota e coloca um endereço nas moléculas sintetizadas pelas células, encaminhando-as para vesículas de secreção, para lisossomos ou para a membrana celular. As cisternas do aparelho de Golgi apresentam enzimas diferentes conforme a posição da cisterna.

Figura 19

LISOSSOMOS São vesículas delimitadas por membrana,

com, mais de 40 enzimas, com funções de digestão intracitoplasmática. Estão em todas as células, porém são mais abundantes nas fagocitárias, como os macrófagos e os leucócitos neutrófilos.

Figura 20

PEROXISSOMOSSão organelas esféricas limitadas por

membranas. Eles utilizam grandes quantidades de oxigênio porém não produzem ATP. Receberam esse nome porque oxidam substratos orgânicos específicos, retirando átomos de hidrogênio e combinando-os com oxigênio molecular produzindo peróxido de hidrogênio (H 2O2¿ ,substância prejudicial para a célula, que é eliminada pela enzima catalase.

Figura 21

TECIDOS

TECIDO EPITELIALO organismo humano é constituido por quatro

tipos de tecidos: o epitelial, o conjuntivo,o muscular e o nervoso esses tecidos não existem, como unidades isoladas, mas associadas umas as outras em proporções variáveis,formando os diferentes órgãos e sistemas do corpo. A maioria dos órgãos podem ser dividida em dois componentes: o parênquima, composto pelas células responsáveis pelas principais funções do órgão e o estroma, é o tecido de sustentação.As células epiteliais são poliédricas

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justapostas,geralmente aderem-se firmemente umas as outras por meio de junções intracelulares. A principal função dos epitélios são o revestimento de superfície, absorção demoléculas, secreção, percepção de estímulos e contração.

FORMAS E CARACTERISTICASTodas as células epiteliais estão apoiadas

sobre o tecido conjuntivo. A porção da células epiteliais voltada para o tecido conjuntivo é denominada de porção basal. As porções da célula voltada para o o lúmen é chamada de porção apical e as superfícies epiteliais que confrontam células vizinhas são denominadas paredes laterais.

Figura 22

TIPOS EPITELIAISSão divididos em dois grupos, de acordo com

sua estrutura e função: epitélio de revestimento e epitélio glandulares.

Epitélio de revestimentoAs células são organizadas em camadas que

cobrem a superfície externa do corpo, ou revestem as cavidades interna do corpo,e de acordo com o número de camada de células na camada superficial.

Tecido epitelial simplesO Epitélio simples: contêm apenas uma

camada de célula. O epitélio simples também pode ser classificado de acordo com a forma das suas células, o epitélio simples pode ser pavimentoso, cúbico ou colunar.

Figura 23

Tecido epitelial estratificadoO Epitélio estratificado: contêm mais de uma

camada de células.O epitélio estratificado também é classificado em pavimentoso cúbico, colunar ou de transição, de acordo com a células de sua camada mais superficial.

O epitélio pseudo-estratificado, é assim chamado porque, os núcleos parecem estar em várias camadas, todas suas células estão apoiadas na lâmina basal,mas nem todas alcançam a superfície do epitélio, fazendo com que a posição dos núcleos seja variável.

O epitélio estratificado colunar, só está presente em poucas áreas do corpo humano, como na conjuntiva ocular e nos ductos excretores de glândulas salivares.

O epitélio de transição, reveste a bexiga urinária, o ureter e a parte superior da uretra, sua camada apical é formada por células globosas.

Figura 24

O epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, reveste cavidade úmidas, ao contrário da pele que é seca.

O epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, as células de ambos os epitélios formam várias camadas as mais próximas ao tecido conjuntivo. São geralmente colunares, neles as celulas mortas, perdem suas organelas e seu citoplasma é ocupada por grande quantidade de filamento de citoqueratina.

Figura 25

Células neuroepiteliais, são células de origem epitelial que constitui epitélios com funções sensoriais especializadas.

Células mioepiteliais, são células ramificadas que contém miosina e um grande número defilamentodeactina.

TECIDO EPITELIAL GLANDULARSão constituídas por células especializadas na

atividade de secreção. As moléculas a serem secretadas são armazenadas em pequenas vesículas, chamadas de grânulos de secreção,

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essas células podem armazenar e secretar proteínas e lipídios.

TIPOS DE EPITÉLIOS GLANDULARESPodem ser classificados em: glândulas

unicelulares são glândulas isoladas, e multicelulares e são compostas de agrupamento de células.As glândulas são formadas a partir de epitélio de revestimento cuja células proliferam e invadem o tecido conjuntivo, após sofrerem diferenciação.

Glândulas endócrinas Estas glândulas, não têm ductos e suas

secreções são lançadas no sangue e transportadas para o seu local de ação pela circulação sanguínea.

Figura 26

Glândulas exócrinasMantém conexão com o epitélio do qual se

originam. Esta conexão toma a forma de ductos tubulares formados por células epiteliais.

Figura 27

Glândulas simples: Têm somente um ducto não ramificado. Elas também são classificadas de acordo com sua organização celular. Dependendo da forma de porção secretora, elas podem ser tubulares simples, enoveladas, tubulares ramificadas.

Figura 28

Glândulas compostas: têm ductos ramificados que nas grandes glândulas podem atingir altos niveis de complexidade. Elas também podem ser tubulares, acinosas ou tubulares.

Figura 29

O modo como os produtos de secreção deixão, as células podem ser classificadas em: merócrinas, holócrinas e apócrinas.

As merócrinas é a secreção liberada pela célula por exocitose sem perda de outro material celular.

Ashalócrinas suas secreções são liberadas juntamente com toda a célula, processo que envolve a destruição da célula.

As apócrinas suas secreções são liberadas pela célula junto com a porção apical.

Figura 30

TECIDO CONJUNTIVO (TC)São responsáveis pelo estabelecimento e

manutenção da forma do corpo. A matriz dá o papel mecânico, ele conecta células e órgãos, dando, suporte ao corpo.Estruturalmente, os componentes do TC podem ser divididos em três classes: células, fibras e substância fundamental.O principal constituite do tecido conjuntivo é a matriz extracelular.

Substância fundamental: é um complexo viscoso altamente hidrofílico de macromolécas e glicoproteinas multiadesivas, que se ligam a proteínas receptoras presentes na superficie de células. O TC originou-se do mesênquima, um tecido embrionário formado por células alongadas, as mesenquimas.

Essas células tem núcleo oval, muito seu citoplasma possui muitos prolongamentos.

A matriz do tecido conjuntivo serve como meio de troca de nutrientes e catabólitos entre as células e suprimentos sanguíneos.

CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVOAlgumas células do TC são produzidas nele e

permanecem nele, e outras vem de fora e permanecem nele. As células do TC são as seguintes:Fibroblasto, macrófago, mastócito, plasmócitos, células adiposas e leucócitos.

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FibrolastoSintetizam proteínas colágena e elastina as

moléculas da matriz extracelular elas estão envolvidas na produção de fatores de crescimento. São as células mais comuns do TC, são capazes de modular sua capacidade metabólica. Os fibroblastos tem intensa atividade metabólica, e as que tem pouca atividade são os fibrócitos.

O citoplasma do fibroplasto possue citoplasma abundante, seu núcleo é ovóide grande e seu citoplasma é rico em RER, o aprelho de Golgi é bem desenvolvido.

Figura 31

MacrófagosEles possuem características morfoloógicas

variáveis dependendo de seu estado de atividade funcional, e do tecido que habitam, possue um núcleo oval. Os macrófagos vem dos manócitos, que circulam no sangue. Em uma segunda etapa, elas cruzam as paredes das veias e penetram no TC, onde amadurecem e adquirem caracteristicas de macrófagos.

Figura 32

MastócitosÉ uma célula globosa, grande seu citoplasma

tem muitos grânulos. O seu núcleo é pequeno, esférico e central. Esses grânulos secretores heterogêneos contêm mediadores químico como a histamina e glicosaminoglicanas. Os mastócitos colaboram com as reações imunes e têm papel importante na inflamação, reação alérgica e parasitária.

Figura 33

PlasmocitosSão células grandes e ovóides, seu citoplasma

basófilo, possue muito RER. O Complexo de Golgi e os centríolos se localizam em uma região próxima ao núcleo.São poucos no TC, exceto nos locais sujeitos a penetração bacteriana e proteínas estranhas, como mucosa intestinal.

Figura 34

Células adiposasSão células de TC que se especializaram no

armazenamento de energia na forma de triglicérides (gorduras neutras).

Figura 35

LeucócitosSão constituintes normais do TC, vindos do

sangue por migração (diapedese).

Figura 36

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FIBRASSão formadas por proteínas que se

polimerizam formando estruturas alongadas. Os três principais tipos são: as colágenos, as

reticulares e as elásticas. A distribuição destes três tipos de fibras variam nos diferentes tipos de tecidos conjuntivos. Existem dois sistemas de fibras:

O sistema elástico, formado por fibras elásticas, elaunínicas e oxitalâmicas.

O sistema colágeno é o tipo mais abundante de proteína do organismo representa 30% do seu peso.

FIBRAS COLÁGENASOs colágenos podem ser classificados nos

seguintes grupos: Colágenos que formam longas fibrilas:

são formado pela agregação de várias moléculas de colágeno do tipo I, II, III IV e IX.

Colágenos associados a fibrilas: são estruturas curtas ligadas a fibrilas do colágeno e a outros componentes da matriz extracelular pertencem a este grupo os colágenos do tipo IX e XII.

Colágenos que formam redes: suas moléculas associam-se para formar uma rede de colágeno do tipo IV, é o principal componente das lâminas basais.

Colágeno de ancoragem: seu tipo é ode VII esta presente nas fibrilas que ancoram o as fibras de colágeno à lâmina basal.

Figura 37

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FIBRAS RETICULARESSão formadas por colágenos do tipo III, são

estremamente finas, formam uma rede extensa em certos órgãos.

Figura 38

SISTEMA ELÁSTICOSua estrutura se desenvolve em três estágios,

no primeiro as fibras oxitalânicas consiste de feixes de microfibrilas compostas por fibrilas, essas formam o arcabouço necessário para a deposição de elastina.As fibras oxitalânicas podem ser encontradas nas fibras de zônulas do olho e em certos locais da derme, onde conecta o sistema elástico com a lâmina basal.

No segundo estágio de desenvolvimento ocorre uma deposição irregular de proteína elastina, formando as fibras elaunínicas.

No terceiro estágio, afibra elastina continua a acumular-se até ocupar todo feixe de microfibrilas.

Figura 39

TIPOS DE TECIDO CONJUNTIVOHá vários tipos de tecido conjuntivo, seus

nomes refletem o seu componente predominante ou organização estrutural do tecido.

TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO

São dois tipos de tecido conjuntivo propriamente dito: o frouxo e o denso.

Tecido conjuntivo frouxoSuporta estruturas sujeitas a pressões e atritos

pequenos, é muito comum e preenche espaços entre grupos de células musculares, células epiteliais e formam camadas em torno dos vasos sanguíneos.

Ele contém todos os elementos estruturais do tecido conjuntivo propriamente dito, suas células mais numerosas são os fibroblastos e os macrófagos. Ele tem uma consistencia delicada, bem vascularizada.

Figura 40

Tecido conjuntivo densoOferece resistência e proteção aos tecidos,

existem poucas células e uma predominância de fibras de colágeno. É pouco flexível e mais resistente a tensão.

Suas fibras colágenos são organizadas em feixes sem uma orientação definida, chamando-se de denso não modelado, nele as fibas formam uma trama tridimensional, dando lhe resistência as trações exercidas em qualquer direção.

O tecido denso modelado apresenta feixes de colágenos paralelos e alinhados com os fibroblastos.

Figura 41

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TECIDO ADIPOSO É um tipo especial de tecido conjuntivo, essas

células podem ser encontradas isoladas ou em grupos, a maioria delas formam grandes agregados, constituindo o tecido adiposo espalhado pelo corpo.

O tecido adiposo é o maior depósito de energia do corpo, além desse papel ele modela a superfície do corpo sendo o responsável pelas diferenças do contorno entre homens e mulheres. Formam estruturas absorventes de choques, são péssimos condutores de calor, contribuindo para o isolamento térmico, preenche o espaço e ajuda a manter certos órgãos em suas posições normais. Há duas variedades de tecido adiposo, uma é o tecido adiposo unilocular e a outra é o tecido adiposo multilocular.

Figura 42

TECIDO ADIPOSO UNILOCULAREsse tecido é encontrado em todo o corpo

humano adulto, também forma a camada de panículo adiposo nos recém-nascidos, com a idade desaparece em algumas áreas e surge em outras. São células grandes, isoladas são esféricas, eagrupadas são poliédricas. Em cortes histológicos tem a forma de um anel, pois, durante a coloração o xilol e o álcool retiram a gotícula lipídica. As células adiposas são envolvidas por uma lâmina basal e suas membranas possuem várias vesículas de pinocitose. A vascularização do tecido adiposo é muito abundante, se considerando sua pequena quantidade de citoplasma.

Figura 43

TECIDO ADIPOSO MULTILOCULARSua distribuição no corpo humano é limitada,

localizando-se em áreas determinadas. Esse tecido é muito abundante em animais que hibernam. Suas células tem forma poligonal, com citoplasma carregado de gotículas lipídicas de vários tamanhos com muitas mitocôndrias. O tecido adiposo multilocular produz muito calor.

Figura 44

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TECIDO CARTILAGINOSOÉ uma forma de tecido conjuntivo especializado

rígido. Tem a função de suporte de tecidos moles, revestimentos de superfícies articulares, facilitam o deslizamento dos ossos nas articulações. Sendo

essencial para o crescimento dos ossos longos. Suas células são, os condrócitos, com muito material extracelular, que constitui a matriz, as cavidades da matriz são ocupadas pelos condrócitos, chamados de lacunas, contém um ou mais condrócitos. A cartilagem se diferencia em três tipos: cartilagem hialina, cartilagem elástica e cartilagem fibrosa.

CARTILAGEM HIALINAMuito frequente no corpo humano, forma, o

primeiro esqueleto do embrião, que depois é substituido por um esqueleto ósseo. Entre a diáfise e a epífise dos ossos longos pode ser observado o disco epifisário, de cartilagem hialina, responsável pelo crescimento em extensão dos ossos. no adulto é encontrado na parede das fossas nasais, traquéia e brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfícies articulares dos ossos longos.

Todas cartilagens hialina, são envolvidas por uma camada de tecido conjuntivo denso, chamado de pericôndrio, é fonte para novos pericôndrios e responsável pela nutrição, oxigenação e eliminação dos refugos metabólicos da cartilagem, neles estão localizados vasos sanguíneos e linfáticos.

Os condrócitos tem forma alongada, mais profundamentesão arredondados aparecendo em grupos de até oito células. Eles são secretores de colágenos do tipo II, proteoglicanas e glicoproteínas.

Figura 45

CARTILAGEM ELÁSTICAÉ encontrada no pavilhão auditivo no conduto

auditivo externo, na tuba auditiva na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe, é muito semelhante a cartilagem hialina. Possui pericôndrio e cresce por oposição, é menos sujeita a processos degenerativos.

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Figura 46

CARTILAGEM FIBROSAPossui caracteristicas intermediárias entre o

conjuntivo denso e a cartilagem hialina.Encontrado nos discos intervertebrais, nos pontos em que tendões e ligamentos se inserem nos ossos, e na sínfese pubiana.

Figura 47

TECIDO ÓSSEOÉ um tipo especializado de tecido conjuntivo

formado por células e material extracelular calcificado, a matriz óssea. Suas células são: os osteócitos, os osteoblastos e os osteoclastos.

Figura 48: (a) Osteoblasto, (b) Osteoclasto, (c) Osteócitos

A nutrição dos osteócitos dependem de canalículos da matriz. Os ossos são recobertos interna e externamente, por camadas de tecido conjuntivo, endósteo internamente e o períosteo externamente.

CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO

OsteócitosSão encontradas no interior da matriz óssea,

ocupando as lacunas das quais partem canalículos. Cada lacuna contém apenas um osteócito. Dentro dos canalículos os prolongamentos dos osteócitos fazem contatos através de junções comunicantes, por onde passa pequenas moléculas e íons. Os osteócitos são células achatadas, com forma de amendoa, com pouco RER, aparelho de Golgi e pequeno e núcleo com cromatina condensada.

Figura 49

OsteoblastoSão células que sitetizam a parte orgânica de

matriz óssea. Concentram fosfato e cálcio.Estão sempre na superfície óssea, num arranjo que lembra um epitélio simples. Uma vez aprisionado pela matriz recém-sintetizada, ele passa a ser chamado de osteócito. A matriz se deposita ao

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redor do corpo da célula e de seus prolongamentos, formando as lacunas e os canalículos.

Figura 50

OsteoclastoSão células moveis, gigantes, muito

ramificadas, contêm de seis a 50 ou mais núcleos. Suas ramificações são irregulares, com forma e espessuravariável. Eles tem citoplasma granuloso, algumas vezes com vacúolos. São originárias de precursores mononucleares vindos da medula óssea, que ao contato com o tecido osseo unem-se formando os osteoclastos multicelulares. Eles secretam ácido, colágenase e outras hidrolases que atuam localmente digerindo a matriz orgânica e dissolvendo os cristais de sais e cálcio.

Figura 51: (a) osteoclasto

TIPOS DE TECIDO ÓSSEOOsso é formado por dois tipos de classificação:

a macroscópicae a histológica.Macroscópicamente: é formado por partes com cavidades visíveis, o osso esponjoso, e com cavidades invisíveis, os ossos compactos. Osossos longos suas extremidades epifises são formadas por ossos esponjosos. A parte cilíndrica diáfise é totalmente compacta, com pouca quantidade de ossos esponjosos na parte

profunda. Os ossos curtos têm o centro esponjosos, são recobertos por uma camada compacta.Nos ossos chatos existem duas camadas de ossos compactos, as tábuas interna e externa, separados por osso esponjoso,que nesse local recebe o nome de díploe.

Figura 52: a) osso compacto, (b) osso esponjoso.

Divisão histológica: existem dois tipos de tecido ósseo o primário e o secundário, os dois tipos possuem as mesmas células e a matriz é a mesma.

Tecido ósseo primário: em todo osso o primeiro tipo a aparecer é o primário, sendo substituido gradativamente por tecido ósseo secundário. Ele apresenta fibras de colágeno dispostas em várias direções sem organização definida,tem pouco mineral, e tem mais osteócito do que o secundário.

Figura 53: (a) Mesênquima, (b) Blastema, (c) Osteoblasto, (d) Tecido ósseo primário.

Tecido ósseo secundário: possui fibras de colágenos organizadas em lamelas, que ficam paralelamente juntas umas as outras, ou se dispõem em camadas concêntricas em torno de canai com vasos, formando os sistemas de Haver. Cada um desses sistemas é um cilindro longo, paralelo a diáfise e formado por quatro a 20 lamelas ósseas concêntricas.

No centro há o canal de Havers, que contém vasos e nervos.

Figura 54

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OSTEOGÊNESEO tecido ósseo é formado por dois processos

chamados de : ossificação intramenbranosa e ossificação endocondral:

Ossificação intramenbranosa, ocorre no interior de uma membrana conjuntiva. É um processo formador do osso frontal, parietal e partes do occipital, do temporal e dos maxilares superiores e inferiores. Contribui para o crescimento dos ossos curtos e para o crescimento em espessura dos ossos longos, seu local de ossificação chama-se centro de ossificação primária.

Ossificação endocondral, tem início sobre uma peça de cartilagem hialina, de forma parecida à do osso que vai ser formado, porém de tamanho menor. Ele é o principal responsável pela formação dos ossos curtos e longos.

Figura 55

TECIDO MUSCULARÉ constituido por células alongadas, com

grande quantidade de filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis, geradoras das forças de contração, utilizando ATP. A origem dessas células é mesodérmica de.Acordo com suas caracteristicas morfológicas e funcionais distinguem-se três tipos de tecido muscular: O músculo estriado esquelético, o músculo estriado cardíaco e o músculo liso.

Figura 56

MÚSCULO ESQUELÉTICOÉ formado por feixes de células muito longas,

as miofibrilas. Elas se originam no embrião pela fusão de células alongadas, os mioblastos, têm vários núcleos localizados na periferia das fibras, nas proximidades do sarcolema. As fibras musculares estão organizadas em grupo de feixes, o conjunto de feixes envolvidos por uma camada de tecido conjuntivo é chamado epimísio dele partem finos septos de TC que se dirigem para o interior do músculo, separando os feixes eles são os perimísios.

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Cada fibra muscular é envolvida pelo endomísio que é formado pela lâmina basal da fibra muscular, associada a fibras reticulares. Os vasos sanguíneos penetram através dos septos de TC formando extensas redes de capilares que correm entre as fibras musculares.

Alguns músculos se afilam nas extremidade, dando uma transição gradual de músculo para tendão.

Organização das fibrasElas mostram estriações transversais, pela

alternância de faixas claras e escuras. A faixa escura recebeu o nome de banda A, a faixa clara de banda I, no seu centro há uma linha escura a linha Z. as estriações de miofibrila é devida à repetição de unidades iguais, chamadas de sarcômeros.

As miofibrilas revelam a presença de filamentos finos de Actina e filamentos grossos de Miosina dispostas longitudinalmente nas miofibrilas e organizados paralelamente.

Figura 57

Mecanismo de contraçãoO sarcômero em repouso consiste em

filamentos finos e grossos sobrepostos parcialmente. Durante a contração os dois filamentos conservam seus comprimentos originais. A contração deve-se ao deslizamento dos filamentos uns sobre os outros.

A contração se inicia na banda A. durante a contração a actina e a miosina interagem, mas no repouso a miosina e a actina não se associam. Como resultado da ponte entre a cabeça da miosina e a subunidade de actina, o ATP libera ADP e energia.

Ocorre uma deformação da cabeça e de parte do bastão da miosina com a actina,o movimento da cabeça da miosina empurra o filamento de actina,movendo seu deslizamento sobre o filamento de miosina.

Figura 58

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MÚSCULO CARDÍACOÉ constituido por células alongadas e

ramificadas, prendem-se por meio de junções intercelulares. Elas apresentam estriações transversais parecidas com as do músculo esquelético, mas, as fibras cardíacas possuem apenas um ou dois núcleos centralizados. Elas são cincundadas por uma bainha de TC, equivalente ao endomísio do músculo esquelético, contém muitos capilares sanguíneos.

O músculo cardíaco possui linhas transversais, que aparecem em intervalos regulares ao longo da célula, estes são os discos intercalares, aparecem como linhas retas ou exibem aspecto de escada. Na parte escada, distinguem-se duas regiões: a parte transversal e a parte lateral, nos discos intercalares, encontra-se três especializações juncionais: a zônula de adesão, desmossomos e a junções comunicantes.

Figura 59

O músculo cardíaco contém muitas mitocôndrias, que ocupam 40% do citoplasma. Músculo cardíaco armazena ácidos graxos sob a forma de triglecerídeos.

As fibras cardíacas apresentam grânulos secretores por membranas e localizadas próximas ao nucleo celular, na região do aparelho de Golgi.

No coração existe uma rede de células musculares cardíacas modificadas, que têm o papel de geração e condução do estímulo cardíaco,de tal modo que a contração dos átrios e ventrículos ocorrem em determinadas sequências, permitindo ao coração exercer com eficiência sua função.

MÚSCULO LISOFormado pela associação de células longas

espessas no centro, e afilando-se nas extremidades tem apenas um núcleo central.

Sua células são revestidas por lâminas basal e mantidas juntas por uma rede delicada de fibras reticulares, elas amarram as células musculares lisas umas as outras de tal modo que a contração de apenas algumas células transporma-se na contração do músculo inteiro.

Duas células musculares lisas adjacentes formam junções comunicantes, que participam da transmissão do impulso de uma célula para outra. A região justanuclear do sarcoplasma apresenta mitocôndrias, cisternas de retículo endoplasmático rugoso, grânulos de glicogênio e aparelho de Golgi pequeno.

Essa células apresentam os corpos densos que se localizam na membrana dessa células e alguns no citoplasma,tem importante papel na contração das células musculares.

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Figura 60

TECIDO NERVOSOAcha-se distribuido pelo organismo

interligando-se e formando uma rede de comunicação. É constituido por prolongamentos dos neurônios situados no SNC ou nos gânglios nervosos. Apresenta dois componentes principais: neurônios e as células da Glia. No SNC a uma separação entre os corpos celulares dos neurônios e o seus prolongamentos, fazendo ser reconhecidas duas porções diferentes, chamadas de:

Substância cinzenta: mostra coloração acinzentada, é formada por corpos celulares dos neurônios e células da glia.

Substância branca: não contém corpos celulares de neurônios é constituida por prolongamentos de neurônios e por células da Glia. Sua coloração esbranquiçada é devido a um material chamado de Mielina.

NEURÔNIOSFormados por um corpo celular, que contém o

núcleo e da onde partem prolongamentos. Apresentam três componentes:

Corpo celular: é o centro trófico da célula é capaz de receber estímulos.

Axônio: prolongamento único, especializado na condução de impulsos que transmitem informações dos neurônios para outras células.

Dentritos: prolongamentos numerósos, que recebem estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios.

Figura 61

Podem ser classificados também de acordo com sua morfologia nos seguintes tipos:

Neurônios multipolares: apresentam mais de dois prolongamentos celulares.

Neurônios bipolares: possuem um dendrito e um axônio.

Neurônios unipolares: apresentam próximo ao corpo celular, prolongamento único, mas dividido em dois, diringindo-se um ramos paa a periferia e outro para o SNC.

Figura 62

CORPO CELULARÉ a parte que contém o núcleo e o citoplasma.

Seus cromossomos acham-se distendidos, indicando alta atividade sintética. Cada núcleo apresenta um nucléolo, grande e central. É rico em RER, formando agregados de cisternas paralelas, o aparelho de Golgi localiza-se no

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pericário e as mitocôndrias são em quantidades moderadas no corpo celular, mas em grande quantidade no terminal axônico.

Figura 63

DENTRITOSEles aumentam a superfície celular,

possibilitando receber e integrar impulsos trazidos por vários terminais axônicos de outros neurônios. Sua composição do citoplasma é semelhante ao do corpo celular, porem não apresentam aparelho de Golgi. Os impulsos que chegam a um neurônio é recebido por projeções dos dendritos, as espinhas. São o primeiro local de processamento de sinais que chegam aos neurônios. Ele está localizado na superfície da membrana pós-sináptica, essas espinhas participam da plasticidade dos neurônios relacionada com adaptação, memória e aprendizado.

Figura 64

AXÔNIOTodos os neurônios apresentam apenas um

único axônio, que é um cilindro de comprimento e diâmetro variável. O axônio nasce de uma

estrutura piramidal do corpo celular, chamada de cone de implantação. O neurônio em que o axônio é mielinizado sua parte entre o cone de implantação e o inicio da banhia de mielina é denominado segmento inicial. Ele recebe muitos estímulos, tanto excitatórios como inibitorios, cujo resultado origina um potencial de ação o impulso nervoso. O segmento inicial contém muitos canais iônicos, importantes para a geração do impulso nervoso. Seu citoplasma pode ser chamado de axoplasma muito pobre em organelas.

Figura 65

CÉLULAS DA GLIASão vários os tipos celulares presentes no SNC

ao lado dos neurônios há aproximadamente 10 células da glia para cada neurônio as células da glia fornecem um microambiente para os neurônios e desempenha outras funções.

OligodendrócitosProduzem as bainhas de mielina que servem

de isolante elétrico para os neurônios. Eles tem prolongamentos que se enrolam em volta dos axônio, produzindo a bainha de mielina.

Astrócitos São células com forma estrelada com vários

processo irradiando do corpo celular. Elas apresentam feixes de filamentos intermediários constituídos pela proteína fibrilar ácida da glia, que reforçam a estrutura celular. Eles ligam neurônios aos capilares sanguíneos e à pia-mater. Também participam de controle da decomposição iônica e molecular do ambiente extracelular dos neurônios.

Células de SchwannTêm a mesma função das oligodendrócitos,

porem estão em volta dos axônios do SNP cada uma delas forma um segmento de umúnico axônio. Eles tem prolongamentos,que envolvem diversos axônios.

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Células ependimáriasSão células epiteliais colunares que revestem

os ventrículos do cérebro e o canal da medula espinhal.

MicrogliaPequenas e alongadas com prolongamentos

curtos e irregulares, seus núcleos são escuros e alongados. Essas células são fagocitáias e derivam de precursores trazidos da medula óssea pelo sangue, sendo o sistema mononuclear fagocitário no SNC. Participam também da inflamação e da reparação do SNC.

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Figura 66