Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

133

Transcript of Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 1/132

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 2/132

po r

  A N T O N I O G A R R I G U E S W A L K E R

N Z O

V C I O N

por

  E D U A R D O

  D E

  G U Z M A N

E l  dinero  d e l  exilio

E L

  F A N T A S M A

D E L « V I T A »

p o r F E R N A N D O M A R T I N E Z L A I N E Z

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 3/132

Dig i ta l ización or ig ina l : h t t p : / / w w w . t i e m p o d e h i s t o r i a d i g i t a l . c o m / i n d e x . p h p 

Digital izaeión final  a . p d f :   h t t p : / / t h e d o c t o r w h o l 9 6 7 . b l o g s p o t . c o m . a r /

COPYRIGHT  8 Y  TIEMPO  D E

HISTORIA  1974.  Prohibida  la

reproducción  de  textos, foto-

grafías

  o

  dibujos,

  n i aun c i -

tando

  su

  procedencia.

TIEMPO  D E   HISTORIA  no de-

volverá  lo s  originales  que no

solicite previamente,  y t am -

poco mantendrá corresponden-

c ia  sobre  lo s  mismos.

Págs.

P A B L O I G L E S I A S ,  EN   P E R S P E C T I V A H I S T O R I C A ,

por  Enrique Tierno Galván  4-26

B R E V E C R O N O L O G I A

  D E

  P A B L O I G L E S I A S 26 -2 7

P A B L O I G L E S I A S   Y  M I G U E L   D E   U N A M U N O   (CO-

R R E S P O N D E N C I A I 8 9 4 - I 9 I 8 ) ,  por  Víctor Manuel  A r -

beloa 28-34

C E M E N T E R I O C I V I L :  UN   R E F L E J O   DE LAS DOS

E S P A Ñ A S ,  por J.  Anton io Gómez Mar ín  35-41

M A N U E L A Z A Ñ A : D I A L O G O

  D E L A

  G U E R R A

  D E

ESPAÑA 42-45

« L A   V E L A D A   EN   B E N I C A R L O » 46 -5 5

« L A

  B A R R A C A »

  D E

  F E D E R I C O G A R C I A L O R C A ,

por  Enrique Azcoaga 56-69

M I N I S T R O S , C A M B I O S

  Y

  R E V O L U C I O N E S ,

  por An-

ton io M ul lor 70-73

I 9 3 5 , E X P L O S I O N   D E L   I M P E R I A L I S M O F A S C I S T A :

L A   A G R E S I O N I T A L I A N A   A   E T I O P I A ,  por C. A. Ca-

ranci 74-85

B A N D U N G ,  A Ñ O   V E I N T E :  E L   D E S P E R T A R   DE L '

T E R C E R M U N D O ,  por P.  Costa M o rata 86-97

L A

  S O C I E D A D E S P A Ñ O L A

  D E L

  R E N A C I M I E N T O ,

por  Vícto r Má rquez R evir iego 98-104

«ESP AÑ A 1945» I0 5 - I I 9

L IBROS: José Gaos: Histor ia

  de

 nuestra idea

 del

  mundo.

I 9 2 I :  El P. S. 0. E. y el com unismo   en   España.  Un aná-

l isis divulgador  del  fenómeno vam p írico 120-124

C I N E :

  L a

  ref lexión histór ica

  de los

  hermanos Taviani.

U na  entrevista  de  Fernando Lara I2 5 - I2 7

DEBATE 128-129

S A L T E S   I 30

PORTADA: Tumba

  d e

  Pablo Iglesias

en el

  cementerio civil

  de

  Madrid.

(Foto: Archivo  de  TRIUNFO.)

Don

  Manuel Azaña.

DIRECTOR: EDUARDO HARO TECGLEN. SECRETARIO  D E   REDACCION: FERNANDO LARA. EDITA:

PRENSA PERIODICA,

  S . A .

  REDACCION, ADMINISTRACION

  Y

  DISTRIBUCION: Plaza

  d e l

  Conde

  de l

Valle  d e  Súchil,  2 0 .  Teléfono  4 47 2 7 0 0 * .  MADRID-15. Cables: Prensaper. PUBLICIDAD: REGIE PREN-

S A .

  Avenida Generalísimo,

  87.

  Teléfono

  2 7 9 7 7 1 5 ,

  MADRID-16,

  y

  Paseo

  d e

  Gracia,

  101.

  Teléfo-

no 227 28 71.  BARCELONA-11. IMPRIME: Hauser  y  Menet ,  S . A . ,  Plomo,  19.  Madrld-5. Depósito  le -

g a l : M .  36.133-1974.

Precios  d e  suscripción  anua l  (12   números ) : España:  5 0 0   pesetas . Ex t ranjero:  70 0   pesetas.

C u a n d o e l s u s c r i p t o r s o l i c i t e e x p r e s a m e n t e e l e n v i ó d e l o s e j e m p l a r e s p o r a v i ó n o c e r t i f i c a d o s a l a s t a r i f a s a n t e r i o r e s s e i n c r e m e n t a r á n l a s s o b r e t a s a s p o s t a l e s v i g e n t e s

3

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 4/132

V

r

;

I m .

l ¡ u --4$t -

J < • -d

i

  a

v .. W v

F--W .-.*

/

S f

V

  v

>

»•

i

* *  JF<

1 1

r* m

:W»

-I.

 M

K 9 K

í

4

B

£

laítíT

• f e

* l E Z a

i 1

r

*

?

- " 3

Ju

8

jí v;

%

&¿iy£

«*

J

v

I

«

»

4$>,

«

'.i'.-,

M

fc

**  . « -

i r 1

•2

t c

/ • "

3 t

: ai

*

r%

• * ^

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 5/132

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 6/132

C o n e l

  socialismo marxista

de

  Pablo

  Iglesias comi enza

e n  España  e l  proceso  d e

t ransformación

  d e l os

  mitos

populares.

  E n

  otros países,

p o r

  ejemplo Francia, había

comenzado mucho antes.

  E n

España,

  d e

  acuerdo

  con e l

retraso

  q u e s e

  aprecia

  e n

nuestra cultura respecto  d e

la s

  culturas piloto europeas,

la

  sust i tución

  n o s e

  inicia

hasta  la   segunda mitad  de l

siglo

  X I X . L o s

  grandes mitos

populares  y  nacionales  se

habían acuñado definitiva-

mente durante

  e l

  Siglo

  d e

O r o .

  Aunque provenían

  de la

Edad Media,

  s u

  forma cris-

talizada

  y

  permanente

  q u e

define

  e l

  Estado

  y

  recoge

  e l

pueblo como algo inmuta-

b l e n o   ocurre hasta  l os s i -

glos

  X V I y

  XVII,

  e n

  especial

este último,

  q u e e s e l

  siglo

de la

  f i jación

  d e

  nuestra

mitología nacional

  p o r l o s

intelectuales

  d e / o a l

  servicio

de la

  clase dominante.

  S a n -

t iago. Patrón  d e  España,  la

d ivu lgac ión  y  ut i l ización

como elementos artísticos

valiosos  d e l o s  romances

sobre

  la

  pérdida

  d e

  España,

la   sangre goda,  e l  antijudaís-

m o , l a

  conciencia

  d e

  pueblo

d e

  Dios,

  e l

  m i to

  de la

  honra

  y

otros constituyen  la   mito lo-

g í a q u e

  expresa

  e n

  símbolos

intemporales

  la

  ideología

  d e

la

  clase dominadora.

  E l p u e -

b lo

  comparte

  c o n

  fervor

  la

ideología,

  y

  durante mucho

t iempo

  -

  repito

  q u e

  hasta

  la

segunda mi tad

  d e l

  siglo

X I X -

  España ofrece

  u n a

integración

  en la

  mitología

común,

  q u e

  comprende

  las

diferentes clases sociales,

m u y

  poco frecuente.

N o   cambian  c o n  facilidad  d e

mitología

  la s

  comunidades.

E s u n p i o ( e s o   lento,  q u e e x i -

g e

  cambios profundos

  en la

estructuia económica. Estos

cambios, siempre

  en la

  línea

d e l  proceso  d e l  capital ismo

occidenta l

  se

  in ic ian

  e n

España  en la  segunda mitad

d e l

  siglo

  X I X . A l

  capital ismo

6

moderno

  se

  pasa paralela-

mente

  a l

  establecimiento

  d e

la s

  instituciones políticas

  y

sociales

  de la

  Restauración.

E l  comienzo  d e  nuestro  d e s -

pegue capitalista

  se une a la

apar ic ión

  d e l o s

  nuevos

mitos

  y

 crisis

  d e l o s

  antiguos.

E s u n  proceso notable  q u e

a ú n

  está

  p o r

  historiar. Hasta

1 8 7 5 — l a  coincidencia  e s

real  y n o   forzada—,  la   lectura

m á s

  común entre

  la

  clase

media^y

  e l

  proletariado

  era la

novela histór ica

  y

  social,

construida sobre

  lo s

  mitos

t rad ic iona les .  L a  pr imera

repetía

  lo s

  antiguos mitos

  s in

la

  menor crítica, aderezán-

dolos  c o n  aventuras prodi-

giosas

  y

  lances inverosímiles.

E l

  conocidísimo

  d o n

  Floren-

c io

  Luis Parreño

  e s

  ejemplo

excepcional  de la  degrada-

ción

  y

  presencia

  de la

  mi to lo-

g ía

  tradicional. Pero según

  la

Restauración  se   establece  y

afianza cierto orden público

  y

la

  economía española inicia

e l

  crecimiento

  d e

  acuerdo

c o n l a s

  condiciones

  d e l d e s -

pegue hacia  e l  capital ismo

R E TR A TO  D E   JU V E N TU D  D E   PABLO IGLE-

S IA S . C OR R E S P ON D E  A U N O D E S U S

PRIMEROS VIAJES

  A

  A S TU R IA S . E R A N

L O S   D IA S  E N Q U E   ANSELMO LORENZO

L E   C A L I F I C A B A  D E   «E N TU S IA S TA » ,  « V E -

HEMENTE»  Y  FIEL CUMPLIDOR  D E L O S

DEBERES

  D E S U

  M IL ITA N C IA P OL IT IC A .

moderno,

  e l

  pueblo,

  a l que

representa

  e n

  este caso

  e l

proletariado urbano, comien-

z a a

  descubrir

  lo s

  nuevos

mitos europeos,  q u e  coexis-

t e n c o n l o s

  antiguos, pero

  e n

continua contienda

  y

  crisis,

como demuestra

  e l

  grupo

generacional

  d e l 9 8 ,

  cúspide

de la  colisión entre mito anti-

g u o y

  mitología moderna.

Aunque  lo s  nuevos mitos  s p n

muchos,

  e l

  proletariado

  se

acoge

  a l o s d o s m á s

  gene-

rales

  y

  seducto res socia-

l ismo  y  anarquismo,  q u e a s u

v e z

  c o n l l e v a n

  s u

  p rop ia

mitología ideológica:

  e l

  inter-

nac iona l i smo,

  la

  l ibertad

social

  y

  política,

  la

  sociedad

s in

  clases,

  e l

  c iudadano

  p e r -

fecto

  e n u n a

  sociedad

  p e r -

fecta,  la   igualdad absoluta,

etcétera. Mitos  d e  clase  q u e

se

  oponen

  a l os

  mi tos

  de la

clase dominante. Nada

  lo

expresa mejor  q u e l a   famosa

expresión alguna

  v e z

  repeti-

d a p o r  socialistas  y  anarquis-

t a s

  españoles:

  " E l

  proletaria-

d o n o

  t iene patria".

L o s

  mitos,

  q u e son l a

  expre-

sión intemporalizada

  de las

ideologías, suelen encarnar

e n  hechos  o e n  hombres.  E n

España,  lo s  nuevos mitos  se

configuran

  en la

  personali-

d a d d e  Pablo Iglesias,  y

nadie mejor

  q u e é l

  para mit i-

ficar

  e l

  mito.

E l

  s o c i a l i s m o

  e s e n s u

comienzo mito  d e  pobres.

Hasta cierto punto  — m e

refiero

  a l

  socialismo marxis-

ta—, su

  consistencia mítica

proviene

  d e q u e

  eleva

  la

pobreza

  a la

  categoría

  d e

protagonista  de la  Historia.

Para  el  proletariado español

d e su

  t iempo

  f u e u n a

  garan-

t í a , q u e  reforzaba  e l  mito,

q u e

  Pablo Iglesias fuera

pobre

  y d e l

  l inaje

  d e l o s

  opri-

midos.

N o s e

  trata sólo

  d e u n a

garantía vinculada  a l  mito,

h a y m á s ,

  pues

  e l

  inst into

  d e

clase decía,

  y

  dice

  a ú n h o y

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 7/132

"CUALQUIER INTENTO

  D E

  C O N VER TI R

  A

  PABLO IGLESIAS

  E N U N

  S O C I A L - D E M O CR A T A

  E S

  I N T E N T O

  D E

  AN TE M AN O FAL L I D O.

  E S

  EXAC-

T A M E N T E  L O   C O N TR AR I O .  E S   DECIR,  U N   L U C H AD O R AC TI VO C O N TR A  L A   BU R G U ESI A , APEL AN D O  A   CUANTOS MEDIOS OFRECE  L A

LUCHA  D E   CLASES PA RA CONCLUIR  C O N L A   E X P L O T A C I O N  D E L   HOMBRE  P O R E L   H O M BR E  Y   S U S T I T U I R  L A   SO C I ED AD C API TAL I STA

P O R L A   SO C I ED AD  S I N   CLASES», ESCRIBE  E N   E S T E T R A B A J O  E L   PROFESOR TIERNO GALVAN.  H E   AQ U I  A   IGLESIAS DURANTE  U N D I S -

C U R SO PR O N U N C I AD O  E N E L   D I S T R I T O  D E   B U E N A V I S T A  D E   M AD R I D AN TE C EN TEN AR ES  D E  OBREROS.

e n

  muchos casos,

  que la

conciencia  d e  clase  y la   recta

valoración subjetiva  de la

lucha  de  clases tiene  q u e

realizarse

  e n

  miembros

  de l

proletariado. Esto  e r a  enton-

c e s m á s  claro  q u e  ahora.  E l

doctor Vera tuvo disgustos

serios  c o n e l  partido socialis-

t a p o r  esta razón. Vera,  q u e ,

p o r s u origen —procedía  de la

pequeña burguesía—,  n o

quería

  q u e e l

  partido socialis-

ta se  l lamase obrero,  se  incl i-

naba  a la   solución francesa

d e

  omit ir

  e l

  adjetivo.

  S i n

embargo, "obrero" prevale-

c ió , y e l  socialismo español

f u e  e s e n c i a l m e n t e  d e

obreros.  D e  esta condición

fue e l  mito Pablo Iglesias.

Nadie  de su  partido quería

q u e  perdiese esta cualidad,

q u e  servía  d e  garantía  d e

pureza ideológica

  y

  sostenía

u n  elemento mítico nece-

sario para

  la

  coherencia

  de l

socialismo.

Nadie mejor

  q u e

  Pablo Igle-

sias para simbolizar

  a l

  obrero

socialista mitif icado. Educa-

d o e n u n  orfelinato, viviendo

en la

  estrechez cuando

  n o e n

la   penuria, virtuoso hasta  e l

ascetismo,  d e  honradez inta-

chable, trabajador tenaz

  q u e

se  enseñó  a sí   mismo  la

mayor parte  d e l o q u e  sabía,

expresó

  a l

  obrero socialista

perfecto  ta l y  como  lo   enten-

día la  burguesía  d e l  t iempo.

Pablo Iglesias

  f u e e l

  mito

  d e

la   burguesía,  a l t iempo  que e l

de la  mayoría  d e l os  obreros

urbanos  d e  gran parte  de l

país.

  L a

  burguesía buscaba

u n  símbolo obrero  así , los

obreros también . Como

siempre ocurre,

  e l

  proletaria-

d o c o n  poca  o   ninguna  p r e -

paración ideológica parodia

lo s  valores  y l os  símbolos

ideológicos  de la  burguesía.

Pablo Iglesias  f u e e l  doble

mito,  y  esto presenta  u n a

importante cuestión. ¿Por

q u é   aceptó  la   burguesía

española  e l  mito  de  Pablo

Iglesias?

  E s

  este

  u n

  hecho

q u e a ú n

  tiene fuerza.

  L a b u r -

guesía respeta  e  incluso echa

d e

  menos

  a

  Pablo Iglesias.

S e  t rata,  a m i  juicio,  de una

valoración equivocada  d e

Pablo Iglesias,

  a l que se ha

interpretado como  u n  jefe

obrero  d e  conducta ejemplar,

d e f i n i d a

  p o r l o s

  va lores

morales burgueses, cuyas

ambic iones  n o   excedían  las

reivindicaciones  d e  clase.  E s

decir,  se  consideraba  q u e n o

e r a  propiamente  u n  revolu-

cionario.  E n  cuanto mito  b u r -

gués, Pablo Iglesias

  es un

socialdemócrata  o u n  simple

soc ia lpac i f is ta ,  e n  ningún

caso  u n  secuaz  d e l  marxismo

revolucionario.

L a  valoración  d e  Pablo Igle-

sias

  como

  mit o obrero

  es

m á s  complicada, pero salvo

en la  minoría  m á s  culta  no se

7

é

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 8/132

aleja demasiado,  a m i  juicio,

de la

  concepción burguesa.

E l

  "abue lo"

  e ra un

  trabajador

bueno, pacífico  y  abnegado

q u e

  quería

  q u e l o s

  obreros

triunfasen, pero

  e l

  contenido

concreto

  d e

  este triunfo

  se

desvanecía

  en las

  connota-

ciones sentimentales

  de la

p a z y  demás ingredientes  d e

lo s

  nuevos mitos, poco

  c o n -

c re t os

  d e n o

  p rec isarse

según  la s  categorías revolu-

c i ona r i as

  d e la

  f i losof ía

marxista.

Esta

  es una de las

  contradic-

ciones  q u e m á s  sorprenden

de las  relaciones entre Pablo

Iglesias

  y e l

  Partido Socialis-

t a : q u e

  s iendo

  .

 aquél

  u n

m arx i s t a c onv enc ido

  n o

pudiera inculcar  en la  masa

d e l

  Par t ido

  e l

  marx ismo

revolucionario.

E n

  realidad,

  e l

  Partido

  S o -

cialista siguió,

  c o n

  osci lacio-

nes, la  línea común  a l o s p a r -

tidos socialistas europeos,

q u e

  derivaron

  a u n a

  especie

d e

  parodia

  d e l

  socialismo,

hasta

  e i

  punto

  de no

  existir

h o y

  partido socialista propia-

mente dicho  e n  Europa,  s i

p o r  social ismo  se  ent iende  la

doctrina

  d e

  clase

  y

  revolucio-

naria

  q u e

  propugnaron Marx

y

  Engels.

  E n

  todas partes

  h a

habido

  u n

  compromiso

  c o n

la

  burguesía,

  q u e

  consiste

esencialmente

  e n

  hacer

  de l

partido socialista

  u n

  partido

burgués.  N o   obstante, quizá

p o r e l

  influjo,

  q u e n o

  l legó

  a

penetrar

  d e

  verdad,

  d e

  Pablo

Iglesias,

  e l

  socialismo espa-

ñ o l h a  t en ido acc iones

revoluc ionar ias autént icas

cuando  se  creyó  q u e " e l

momento había llegado".

Parece,

  p o r l o q u e

  l levamos

dicho,

  que la

  influencia

  p e r -

sonal

  d e

  Pablo Iglesias

  n o

pudo vencer

  las

  condiciones

objet ivas

  d e l

  período

  q u e l l a -

mamos canovista.  E l s u b -

e n 1113,

  AMP ARO MELIA  S E  C O N V I I R T E  EN

  L A

  C O M P A Ñ E R A  OG  PABLO IGLESIAS.

  S E

HABIAN CONOCIDO CINCO AÑOS ANTES,  E N   V A L E N C I A ,  V   L A  CONVIVENCIA ENTRE

AM BO S D U R AR I A H ASTA  L A   MUERTE  D E L   D I R I G E N T E S O C I A L I S T A ,  E N 1 9 2 » .

8

proletariado rural acogía  c o n

m á s

  entusiasmo

  e l

  anarquis-

m o q u e e l

  social ismo.

  E l

proletariado urbano, donde

estaba

  la

  principal clientela

socialista, carecía  d e l  nece-

sar io adoc t r inamien to .

  L a

divulgación

  d e l

  marxismo

  e n

España

  h a

  sido

  m u y

  tardía,

  y

e l  común  d e l o s  mil i tantes

carecían  d e  ideas claras

acerca

  d e l

  sent ido

  de la

lucha

  d e

  clases

  y la

  conquis-

t a d e l  poder  p o r e l  proletaria-

d o .  Quizá  la   pobreza  d e

medios económicos inf lu-

yera, pero sobre todo

  la

necesidad táctica

  d e

  sobrevi-

v ir y la

  idea

  d e

  mover

  a los

pobres para

  la

  acción,

  c o n -

tando

  c o n e l

  hecho

  de la

pobreza

  m á s q u e c o n l a s

ideas.

  E n

  líneas generales,

esta táctica

  es

  irreprochable,

pero

  m e

  parece notar

  en E l

Socialista

  y en e l

  Estado

Mayor  d e l  part ido  u n a  debil i-

d a d

  ideológica,

  q u e s e

  refleja

e n l o s

  cuadros med ios ,

debil idad

  q u e

  Pablo Iglesias

n o

  tenía.

A s í

  ocurre

  q u e

  Pablo Iglesias

concentra  y  expresa  l o s n u e -

v o s

  mitos, tanto para

  b u r -

gueses como para prole-

tarios, pero  lo s  expresa  s in

dar la  imagen completa  de lo

q u e e n  real idad  e r a : u n

marxista fervoroso

  y

  conven-

cido.

Cuanto

  m á s s e

  estudia

  la

personalidad

  d e

  Pablo Igle-

sias,

  m á s

  claro

  se ve que su

inst into

  d e

  clase

  le

  empujaba

a l  marxismo.  S i la  expresión

" ins t in to

  d e

  clase" significa

la

  respuesta inconsciente

desde  lo s  hábitos, usos  y

creencias  q u e  determinan

psicológicamente

  la

  lucha

  d e

clases, Pablo Iglesias poseía

este instinto como nadie,

porque nunca quiso salir

  d e

s u  clase. Desde  la   conciencia

d e  pertenecer  a l  proletariado

concibió

  y

  vivió

  la

  lucha

  c o n -

t ra la

  burguesía.

  L a

  burguesía

mit i f icó

  e n

  Pablo Iglesias

  a l

socialista

  s in

  ideología

  r e -

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 9/132

E L   CLERICALISMO

U   SEMAHA  BMC1 ESA

Los

 aiticejiia wciiliitis

 di

 Bllbu.

« E L   SOCIAL ISTA» , «ORGANO CENTR AL  D E L   PARTIDO OBRERO».  F U E   F U N D A D O  E N 1 1 86 . A L   PERIODICO DEDICO IGLESIAS COMO DIREC-

T O R Y

  « FAC TO TU M » , PAR TE

  D E S U S

  ESFUERZOS, TAM BIE N PRESENTES

  E N S U

  ENTREGA

  A L A

  M A R C H A

  D E L

  P A R T I D O

  Y D E L A

  U.G.T.

Ntl-s. 77í.

no X v

ORGANO CENTRAL  DEL   PARTIDO OBRERO

Madrid  21 de diciembre de 1BQ0

9

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 10/132

GRUPO

  D E

  D E LE GA D OS

  A L

  CONGRESO SOCIALISTA CELEBRADO

  E N

  MA D R ID D U R A N TE

  E L M E S D E

  A G O S T O

  D E 1 0 0 8 .

  P R IME R O

  D E L A

IZQUIERDA, LUIS MENENDEZ;  A L   FONDO,  D E P I E , A L A   IZQUIERDA, REMIGIO CABELLO. SENTADOS:  E L   SEGUNDO  E N L A   FILA CENTRAL,

P A B LO IGLE S IA S ,  Y E L   ULTIMO. FELIPE PEÑA CRUZ. DETRAS   D E   IGLESIAS,  E L   PRIMERO, FRANCISCO MORA,  Y L O S D O S   U L T I M O S ,  E N

L A

  MI SM A FILA, MANUEL VIGI L

  Y

  FRANCISCO LARGO CABALLERO.

  A L

  FONDO. SENTADO DETRAS

  D E

  MOR A . JU A N

  A .

  MELIA.

volucionaria, viendo  en é l a l

adoctrinador moral,  a l  maes-

t r o

  paternal

  y

  enérgico.

  L o s

t rabajadores  le   mit i f icaron

como

  u n

  obrero ejemplar

  e n

s u  vida  y en la  defensa  d e l os

intereses

  d e

  clase.

  D e u n

modo

  u

  otro concentró

  y

expresó  lo s  nuevos mitos  d e

l os q u e e l

  proletariado

  era la

referencia real.

Quizá esté empezando

  a

sonar  la   hora  e n q u e l e  mit i f i -

quemos part iendo

  d e l o q u e

realmente  f u e : u n  marxista

científico revolucionario.  N o

e r a u n  ignorante  n i  hombre

q u e

  tuviera prendidas

  c o n

alfileres unas cuantas ideas

generales: había leído

  y

  releí-

d o l o m á s

  importante

  d e

Marx

  y

  oído

  la s

  explicaciones

d e

  Lafargue,

  p o r

  quien sentía

u n a

  gran admiración. Leía

correctamente francés

  y lo

hablaba

  y

  entendía

  lo

  sufi-

ciente para salir airoso  e n

u n a

  conversación

  e

  incluso

1 0

e n u n  congreso.  S e  había

preocupado

  p o r l a

  economía

política  y la   historia,  d e  modo

q u e l a

  d i fe renc ia en t re

socialismo utópico

  y

  científ i-

c o n o e r a

  para

  é l u n a

  frase.

N o   debemos juzgarle  p o r s u s

discursos  n i p o r s u s   escritos

s i

  buscamos

  la

  jerga marxista

h o y e n u s o . E l  marxismo  d e

s u

  t iempo,

  e n

  boca

  d e l os

dirigentes obreros,

  se

  expre-

saba,  e n  España  y e n e l m u n -

d o , c o n u n

  lenguaje sencillo,

alejado  de la   terminología

hegeliana.

  E l

  marxismo

  e r a

en tonces

  m á s

  p ráct ico

  y

combat iente,  e n  cierto senti-

d o m á s  marxismo  q u e l o e s

ahora,

  en que la

  praxis está

t a n  ajena  a la   teoría.

E n

  cualquier caso,

  h a y d e l

Pablo Iglesias pacíf ico

  y

negociador  d e l o s  intereses

interclase

  q u e c o n

  tanta

  f r e -

cuencia  n o s  presentan,  u n

texto

  d e l q u e

  citaré algunos

párrafos, para  q u e  recorde-

m o s

  cómo pensaba

  d e v e r -

d a d e l

  "Educador

  d e

  muche-

d u m b r e s " .  M e  re f ie ro  a l

in forme ora l

  q u e

  expuso

Pablo Iglesias ante

  la

  Comi-

sión

  d e

  Reformas Sociales,

en la  sesión  de l 11 de   enero

d e 1 8 8 5 .  Comenzó  a s í  Igle-

sias:

"Señores

  de la

  Comisión,

  t r a -

bajadores: Podría parecer

extraño, dada  la   representa-

ción

  q u e y o

  tengo,

  que es la

d e l  Partido Socialista Obrero,

q u e u n a

  colectividad

  q u e

aspira

  a

  mejorar

  la

  condición

d e l o s  trabajadores  y a  reali-

z a r su  emancipación  p o r s í

propia, viniera

  a  informar

aquí, creyendo  q u e i b a a

obtener algo

  d e u n a

  Comi-

sión

  q u e p o r s u

  signif icación,

p o r l o s

  intereses

  q u e

  repre-

senta, pertenece  a la   clase

dominante...

  N o e s q u e

  noso-

tros neguemos

  q u e l o s

  indiv i-

duos

  de la

  Comisión,

  y a

como diputados,  q u e l o s o n

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 11/132

algunos,  ya  como ministros,

q u e  pueden llegar  a  serlo,

tengan  un d ía que   hacer

reformas beneficiosas para  la

clase obrera;

  n o e s q u e

  dude-

m o s q u e l a s  hagan:  l o que

sostenemos  es que, as í  como

y o ,  trabajador asalariado,  v o y

a  trabajar,  n o p o r m i  gusto,

sino obligado  p o r l a s c ircuns-

tancias, porque

  n o

  tengo otro

medio  d e  vivir,  así  también  la

Comisión,  s i  hace algunas

reformas será porque

  la

  clase

trabajadora, porque

  l os q u e

sufren,  la   obl iguen  a  hacerla,

n o   porque salga  d e  ella

espontáneamente.

  E n

  este

sentido,  n o   cree  e l  Partido

Socialista,  q u e  represento,

que la

  Comisión podrá hacer

nada positivo  p o r s í  propia,

pues aunque haya  e n  ella

individuos  q u e e n  realidad  n o

crean representar  lo s  intere-

ses de la c lase domina nte,  e n

e l  fondo  es así , y de   otro

modo dejarían  de ser l o que

s o n ,  porque después  d e  todo,

n o s o n  ellos  lo   rectores  d e

la   clase dominante, sino  l os

dirigidos.  La  clase dominante

t iene unas ideas

  y

  unos

intereses,  y c o n  arreglo  a

ellos  h a y q u e  proceder, pues

sabido

  es que s i sus

  repre-

sentantes intentasen algo

  e n

favor  de la  clase trabajadora,

ese d ía  sería  e l  ú l t imo  de su

influencia

  y e l

  ú l t imo

  e n q u e

ejerciesen  u n  cargo impor-

tante dentro  de su  clase".

E n  ocasiones  h a y u n  conato

d e

  demagogia

  e n e l

  informe;

mejor

  se

  podría hablar

  d e

didactismo. Pablo Iglesias

  n o

des ap rov ec haba n inguna

ocasión  d e  enseñar  a los

obreros,  d e  modo claro  y

asequible,  la s  tesis funda-

mentales  d e l  credo socialis-

t a . A l

  pronunciar

  e l

  informe

tenía ante  s í un  número  c o n -

s iderable  d e  t rabajadores

escuchándole,

  y dio a su

exposición  u n  tono  q u e  tiene

a  veces apariencia demagó-

gica. Pero examinándolo  c o n

m á s

  atención

  se

  aprecia

  q u e

n o e s  sino  e l  método didácti-

c o   necesario para  que el

obrero entienda  l o q u e   quiere

decir;  n o se   refiere  a Moret  n i

a l os  demás miembros  de la

Comisión,

  se

  refiere

  a sus

compañeros,  q u e e n   bastan-

te s  ocasiones  le   aplaudieron

c o n

  entusiasmo bastante

para justificar algunas simpli-

f icaciones.  P o r  ejemplo,  la

exposición  q u e  hace  de la

reducción

  de la

  jornada

  d e

t rabajo  e n  algunas localida-

d e s ,  s implemente  p o r  razón

d e q u e e l  capital tuviera  m i e -

d o d e q u e u n a  j o rnada

exhaustiva llevase  al  agota-

miento  de la  clase obrera  y ,

como Pablo Iglesias dice,

  " a

la   falta  d e  brazos  q u e  poder

explotar cont inuamente" ,

siempre, precisa, "teniendo

e n

  cuenta

  s u s

  intereses

  y

nada  m á s " .

Todos

  lo s

  esfuerzos parecen

dirigidos para aclarar  a las

mentes sencillas

  la

  lucha

  d e

clases  y las  contradicciones

internas  que la  burguesía

padece.  S e  expone ante  e l

proletariado

  en e l

  informe

  lo

m is m o  q u e y a s e  había

dicho,  p o r  influjo  s in  duda  de l

propio Pablo Iglesias,  en l os

p r o g r a m a s

  d e l

  P a r t i d o

Social ista:  la   división  p r o -

pugnada

  p o r

  Marx

  y

  Engels

de la  sociedad  e n d o s  clases

únicas,  la   burguesía  y el

proletariado.

D e

  acuerdo

  c o n

  este criterio,

Pablo Iglesias insiste  en el

1 1

COMO «UNO  D E L O S   G R AN D ES M O M EN TO S  D E L A   EX I STEN C I A  D E   P AB LO IGLESIAS* ,

DEFINIO JULIAN ZUGAZAGOITIA  E L D I A D E L A   I N A U G U R A C I O N  D E L A   C A S A  D E L   PUEBLO

E N   M AD R I D  ( 2 8 D E   N O VI EM BR E  D E   190t). JU AN JO SE MOR AT O  N O S E   Q U ED A ATR AS,  Y

H A B L A  D E   AQUEL COMO  E L   «DIA  M A S   D ICHOSO»  D E L A   V I D A  D E   PABL O I G L ESI AS .

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 12/132

U N A N O   DESPUES  D E   HABER SIDO ELEGIDO DIPUTADO. VEMOS  A   PABLO IGLESIAS  E N   MEDIO  D E L O S   T R A B A J A D O R E S B I L B A I N O S

Q U E S E   M A N T E N I A N  E N   HUELGA DURANTE  U N O D E L O S   C ON FL IC TOS H A B ID OS  E N 1 91 1. N O   I M P O R T A B A  L A V A   E S C A S A S A LU D  D E L

DIRIGENTE PARA  Q U E S U   PRESENCIA  S E   HICIESE EFECTIVA ALLI DONDE  E R A   NECESARIA.

in forme  e n q u e l o s   aristócra-

t a s

  están arruinados

  y

  sólo

le s

  quedan

  s u s

  intrigas,

  d e

modo

  q u e h a n d e

  seguir

  la

directriz

  de la

  burguesía

  o n o

representarán nada.

Para Pablo Iglesias, burgue-

sía y

  clase media eran

  l a m i s -

m a

  cosa. Sigue

  t a n d e

  cerca

la s  tesis marxistas  q u e  inclu-

so

  prevee

  la

  desaparición

  d e

lo s

  pequeños burgueses,

según

  se v a

  desarrollando

  la

clase media, anunciando

  la

absorción

  de la

  propiedad

  d e

lo s

  medios

  d e

  producción

  p o r

u n a  clase capitalista reduci-

d a , q u e

  corresponde

  a u n a

minoría universal. Pablo Igle-

sias llega

  a la

  conclusión

  d e

q u e e l

  obrero está cada

  v e z

m á s

  desposeído, hasta llegar

a la   condición  d e  esclavo,  e

internándose otra

  vez en la

demagogia d idáct ica  q u e

conviene

  a su s

  f ines,

  s o s -

t iene

  q u e

  " c o m p a r a d o

  e l

e s c l a v o a n t i g u o

  c o n e l

moderno,  y  dejando aparte  e l

nivel

  d e

  capacidad, única

cosa  e n q u e  aventajamos  l os

esclavos

  d e

  esta época

  a l os

de las  pasadas, aquel siervo

se

  hallaba

  e n

  mejores condi-

ciones  q u e  nosotros, porque

1 2

e r a  cuidado  p o r s u  señor,  p o r

cuanto

  q u e e r a u n a

  cosa

  q u e

valía

  y

  había interés

  e n c o n -

servarle;  p o r e s o s e l e   cuida-

b a , n o

  echando sobre

  é l m á s

trabajo

  d e l q u e

  podía sopor-

t a r , a s í

  como

  h o y s e

  cuida

  a

u n

  caballo

  c o n m á s

  interés

q u e a l

  lacayo;

  y

  esto

  e s

natural, porque lacayos

  h a y

muchos,  y si se   muere  u n o ,

se

  trae otro,

  y e l

  caballo,

  si se

muere, cuesta quinientos

  ~

m i l  duros".

" E s  cierto  q u e e l  esclavo

antiguo estaba mejor, porque

e l

  interés

  d e l

  señor estaba

  e n

procurar  q u e e l  trabajo  n o

fuese excesivo, para  que e l

siervo

  n o

  muriese,

  p o r l o

menos has ta  u n  t i e m p o

determinado, hasta

  q u e

  diera

el

  producto necesario, pero

c o n e l  obrero moderno  n o se

t iene

  e sa

  consideración".

E ra  costumbre, incluso  en el

propio Marx, cuando dejaba

el

  nivel exclusivamente teóri-

c o ,  acogerse  a u n a  retórica

persuasiva  en la que   abunda-

b a e l  ejemplo fácil  de las

comparaciones,

  q u e

  posible-

mente

  n o

  resistirán

  u n

  análi-

s i s  cu idadoso , pe ro  s o n

ejemplos  q u e  están  e n f u n -

ción

  de las

  teorías funda-

mentales,  d e  manera  q u e

abren

  u n

  camino para

  q u e l a s

intel igencias  n o   entrenadas

l leguen

  a

  comprende r

  l o

esencia l . Pab lo Ig les ias,

explicando

  e n

  este informe

cómo

  se

  forma

  e l

  capital,

pone también  u n  ejemplo

sumamente simple,

  q u e s e

refiere  a u n  t ipógrafo  d e

Madr id

  q u e

  cobra siempre

menos

  d e l o q u e

  debe,

  p o r -

q u e e l

  patrón busca mano

d e

  obra

  m á s

  barata

  o

  está

somet ido  a su vez a las   leyes

d e u n

  mercado inexorable;

  s u

conclusión

  e s

  clara:

  e l

  patro-

n o n o h a

  ganado dinero,

  lo

h a n

  ganado

  lo s

  obreros

  q u e

h a n

  estado trabajando para

é l ; d e

  este modo, concluye,

h a n

  formado muchos

  e l

  capi-

t a l q u e  poseen.  Y  añade:  " E l

capital

  n o e s e l

  producto

  d e l

trabajo  de ese   señor  (se

refiere

  a l

  capitalista), sino

  d e

lo s

  trabajadores". ¿Puede

decirse, pues,

  q u e e l

  artista

especial

  o e l

  trabajador

  q u e

h a n  conseguido reunir  1 . 0 0 0

ó

  2.000 reales

  n o s o n d u e -

ñ o s d e  este capital? "Mien-

tras

  lo

  hayan ganado

  c o n s u s

brazos

  y s u

  i n t e l i genc ia

—aclara Iglesias—, suyo será,

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 13/132

PABLO IGLESIAS, ASISTIENDO  A U N A   MA N IFE S TA C ION A N T IB E L IC A C ON TR A  L A I  GUERRA MUNDIAL.

pero desde  e l  momento  e n

q u e

  hayan intervenido otros

brazos,  e l  esfuerzo  d e  otros,

deja

  de ser

  suyo, porque

  s i

ellos

  l o h a n

  creado,

  h a

  sido

c o n e l

  sudor

  d e l os

  trabaja-

dores".

P o r

  tanto,

  e l

  capital

  n o e s

m á s q u e

  " t rabajo

  n o

  paga-

d o" . S i a s í n o

  fuera,

  e l

  traba-

jador

  q u e

  emplea dieciséis

horas  en e l  trabajo sería  m á s

rico  q u e e l q u e   sólo emplea

seis.  Y   sucede  lo   contrario.

" S i l o s q u e n o

  hacen nada

s o n

  ricos, ¿qué capital

  n o

tendrían

  l o s q u e

  trabajan

  d i e -

ciséis horas

  y l os q u e e n m i

oficio trabajan  día y  noche?

Pero,

  s in

  embargo,

  s o n

  cada

v e z m á s

  pobres

  y m á s m i -

serables.

  A

  jornada

  m á s l a r -

g a ,

  jornal

  m á s

  corto;

  y n o h a y

nada

  q u e

  altere esta regla...

D e

  todo ello resulta

  l o q u e h e

dicho;

  q u e e l

  capital

  no es e l

producto

  d e l

  trabajo

  de l os

q u e l o

  disfrutan, sino

  e l p r o -

ducto

  d e l

  trabajo

  d e

  muchas

generaciones

  d e

  obreros".

N o

  parece exacto decir

  q u e

Pablo Iglesias fuera sólo

  u n

educador,  h a y  algo  m á s q u e

educación

  e n s u

  didactismo,

t eñ ido  e n  o c a s i o n e s  d e

demagogia.

  S e

  trata

  de un

soc ia l i s t a revo luc iona r io

clafámente marxista. Para

hablar

  c o n

  exactitud habría,

como  y a h e  dicho,  q u e d e s -

mit i f i ca r

  la

  imagen

  m á s

común

  d e

  Pablo Iglesias

  y

encontrar detrás

  d e l

  mi to

  s u

verdadero carácter  d e  revolu-

cionario,

  q u e

  tendía

  a

  incul-

ca r  ideas revolucionarias,  n o

exclusivamente "cívicas",

  e n

la

  mente

  d e l os

  trabajadores.

E n

  ocasiones,

  en e l

  informe

q u e  comento,  t a n  rico  e n

ideas

  y e n

  posibilidades para

analizar

  la

  mental idad

  d e

Pablo Iglesias,

  se

  descubren

la s  lecturas  y las  horas  d e

meditación  q u e  habían lleva-

d o a l

  fundador

  d e l

  socialismo

e n

  España

  a v e r c o n

  claridad,

aunque  n o   emplee  e l  lengua-

j e q u e h o y se u sa , l os

  proble-

m a s

  básicos

  de la

  conciencia

d e  clase.

A su  juicio,  así se  desprende

d e l

  informe,

  el

 desarrollo

  —se

refiere

  a l

  desarrol lo técnico-

puede producir  u n  doble

efecto;

  p o r u n

  lado,

  e l

  obrero

m á s

  t iranizado reduce

  s u

inteligencia

  y

  pierde

  l a c o n -

ciencia  d e su s posibil idades  y

d e su

  propia condición;

  p o r

otra parte,

  e l

  progreso técni-

c o h a  reunido  a  muchos

obreros  en la   misma fábrica,

y

  esto permite

  la

  comunica-

ción  d e  ideas,  d e  consignas  y

la   coherencia  en la  protesta.

P o r u n a

  parte, aumenta

  la

unión;  p o r l a  otra, puede  d i s -

minuir

  la

  conciencia

  d e

  clase.

Tiene especial Interés,

  p o r -

q u e  perf i la  la   tendencia

revolucionaria

  d e

  Iglesias,

  la

crítica

  d e l os

  partidos

  b u r -

gueses;  a su  juicio, todos

están corrompidos

  y al

  servi-

c io de la

  clase dominante,

  y

según aumenta

  la

  concentra-

ción  d e  capital,  se  t ienden  a

confundir

  con l a

  propia clase

dominante.  Es un   testimonio

m á s d e l a

  estructura

  de la

sociedad capitalista  q u e l os

jefes políticos

  de l os

  partidos

b u r g u e s e s c a m b i e n

  d e

acuerdo

  c o n l a s

  exigencias

d e l

  momento.

D e

  aquí —dice Pablo Igle-

sias—

  que la

  masa

  d e l

  pueblo

ya n o se vaya  c o n  ellos,  " p o r -

q u e  comprende  q u e  nada

importa  a su s   intereses,  y ,

p o r s u

  parte,

  la

  clase media

n o s e

  alarma

  p o r

  ello, porque

sabe

  q u e ,

  l lamándose monár-

1 3

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 14/132

MITIN CELEBRADO  E N LA  PLAZA  ®  .?.?j¡ ¿ e ' VRAS* \ A #  ' l í i í j i í l i A  ^D E HMSMSi A S 'Y ' OTJlolT

1

 O R ADOR í l ^ * • i ' p R c í l U J<5 £ 1

S ^ N Í S S I a S ;  « Ñ U N O D E  CÜYOB ASPECTOS CONTEMPLAMOS  <N LA  IMAO.N INFERIOR.

1 4

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 15/132

quicos  o   republicanos,  h a n

d e  defender  s u s  intereses".

E l

  proletariado

  se i rá

  alejan-

d o

  s istemáticamente

  d e l o s

part idos burgueses, tanto

sean monárquicos

  o

  republi-

canos,

  e i rá

  integrándose

  e n

e l

  partido propio

  d e l o s t r a -

bajadores

  y en e l

  sindicato

q u e  apoya  al  part ido;  " m u y

pronto

  n o

  habrá trabajadores

afil iados

  n i en e l

  partido

zorrillista

  n i en

  ningún otro

part ido  d e l o s q u e  defienden

la   propiedad individual  y , p o r

ello,

  la

  explotación

  d e l o s t r a -

bajadores,

  y m u y

  pronto

  ese

partido  n o   tendrá  ya  masas

d e  obreros  q u e  vayan  a

pelear

  p o r é l ,

  porque todos

unidos vendrán

  a

  otra parte.

¿Cómo  n o h a d e   suceder  así ,

s i aun en e l  partido federal,

q u e

  pasa

  p o r s e r e l m á s

avanzado, cuando

  s e h a n

dado casos

  d e

  huelga

  y de

colisión entre trabajadores

  e

industriales

  s e h a n

  puesto

d e l  lado  d e  éstos  y h a n   aban-

donado  a los  obreros?  E s

claro,

  lo s

  trabajadores

  a l ve r

esto tienen

  q u e

  decir:

  S i é s -

t o s n o n o s  defienden ahora,

s i n o n o s  ayudan  e n  nuestras

justas pretensiones

  d e

  reduc-

ción

  d e l

  horario

  d e

  trabajo

para tener tiempo  d e  instruir-

n o s y d e  descansar, ¿cómo

h a n d e s e r

  ellos quienes

  e n

lo s

  Par lamentos procuren

obtener leyes para mejorar

nuestra situación?  ¡ C a ,  ellos

lo

  prometieron pero

  n o l o

cumplirán .

" H a y e n

  esos partidos avan-

zados programas

  q u e e n

ciertos puntos parece  q u e

coinciden

  c o n l o s q u e

  tiene

e l

  partido obrero

  q u e

  repre-

sento

  y o

  aquí; pero, ¿sabéis

p o r  qué?, porque  a l v e r  esos

pa r t i dos

  q u e l a s

  masas

populares  s e v a n  separando,

n a n

  t ratado

  de

  ofrecerles

algún aliciente,  u n a  especie

d e

  al

  higuf,

  como,

  p o r

  e jem-

p l o , e l  principio  d e l  sufragio

universal.

" C o n

 otro propósito, además,

porque teniendo

  q u e

  luchar

c o n la

  otra burguesía

  m á s

reaccionaria, necesitan alle-

g a r

  fuerzas, procurar

  e l c o n -

curso

  de las

  masas trabaja-

doras,  y  para conseguirlo

presentan ante

  s u

  vista algo

que les sea

  s impático;

  p o r

e s o ,

  además

  d e l

  sufragio,

hablan  de la  reducción  d e

horas

  d e

  trabajo. Pero,

  ¿ d e -

bemos nosotros

  da r fe de

esas reformas  q u e  estampan

en su  bandera?  D e  ningún

modo;

  s i las

  estampan

  e s p o r

su  propia conveniencia,  p o r

t r iunfar

  en la

  lucha

  q u e t i e -

n e n c o n l o s

  otros elementos

t a n

  burgueses como ellos,

  y

n o   porque  se  propongan

hacer nunca nada  e n  favor  d e

la

  clase trabajadora".

Como

  s e v e ,

  Pablo Iglesias,

q u e e n

  esta ocasión muestra

hasta  e l  fondo  s u  pensamien-

t o ,

  sospecha

  d e l

  Parlamento

burgués tanto como  de los

partidos burgueses,  l o q u e

quiere decir

  q u e

  veía

  en el

Partido Socialista

  u n

  instru-

mento revolucionario

  n o

  para

pactar

  c o n la

  burguesía, sino

para hacer

  la

  revolución.

E l

  párrafo

  q u e

  sigue

  e s u n o

d e l o s

  pocos

  e n q u e

  Pablo

Iglesias expresa explícita-

mente  s u  punto  d e  vista  r e s -

pecto

  de la

  insurrección polí-

t ica

  y la

  función

  d e l o s

  part i-

d o s

  burgueses

  y el

  papel

  d e l

Partido Socialista, expresión

d e l o s

  intereses

  de la

  clase

trabajadora. "Antes —dice—,

la   mayor parte  d e l o s  part i-

d o s

  avanzados

  de la

  clase

media,

  m u y

  f recuentemente

decían:

  S i n o s e

  hace

  ta l o

cual cosa, vendrán  la s conse-

cuencias,  y así  consagraban

e l

  principio

  de la

  insurrec-

ción.

  H o y y a n o s e

  hace

  así .

¿Por qué? Porque

  n o s e p u e -

d e

  propagar

  esa

  idea, porque

no se

  puede decir

  que e l

principio  d e  insurrección  e s

l o q u e

  vale, dado

  q u e ,

  l lega-

d o e l

  caso

  d e

  practicarla,

  las

clases trabajadoras,

  e n v e z

d e

  marchar

  p o r

  donde

  a

  esos

part idos

  les

  conviene,

  p u e -

d e n

  seguir otros derroteros

q u e a

  ellos

  n o le s

  agraden,

aunque

  a l o s

  intereses

  d e

esta clase  le s  fuesen  m u y

convenientes".

"Quedaba todavía

  u n

  partido

q u e  solía hablar  d e  esto, pero

ya se ve lo que e l  mismo  p a r -

tido zorrillista está haciendo

ahora; venga

  la

  insurrección,

pero  que sea   exclusivamente

d e l  Ejército;  e l  pueblo  q u e n o

s e

  levante, porque podría

tener malas inclinaciones".

Justa observación  la que e l

inst into

  d e

  clase dictaba

  a

Pablo Iglesias; sólo desde

esta condición inst int iva,

m á s q u e d e la s

  lecturas

  o de

la   propia experiencia,  se

podría

  v e r t a n

  claro

  que la

insurrecc ión

  d e l

  Ejército

estaba unida inexorablemen-

te a los

  intereses

  y a la

  legali-

d a d d e la  burguesía domi-

nante. Parece indiscutible

q u e

  Pablo Iglesias quería,

  e n

cuanto socialista,

  la

  insu-

rrección militar unida

  a la

insurrección popular.

  En su

t iempo,

  y

  dadas

  la s

 condicio-

nes de la  infraestructura  e c o -

nómica, esta ¡dea

  e ra

  perfec-

tamente valiosa.

  E n

 este

  s e n -

tido, recuerda  a los que le

oyen

  y a la

  propia Comisión,

q u e le

  escuchaba

  c o n

  corte-

sía y  paciencia,  q u e  llegará  la

lucha fatal

  e

  inevitable, pero

q u e e l

  momento

  lo han de

determinar  lo s  hechos  e c o -

nómicos

  o

  políticos;

  e l

  dese-

quilibrio entre

  la

  sociedad

q u e

  explota

  y la

  sociedad

  q u e

es  explotada;  p o r e s o — d i -

c e — , " l o q u e

  hace falta

  e s

prepararnos para cuando

  l l e -

g u e la

  ocasión;

  q u e

  cada cual

esté preparado

  a

 cumplir

  c o n

su  deber".

Parte

  d e l

  informe está dirigi-

d o   s istemáticamente  a d e s -

t ruir  las  argucias  d e l  neocapi-

tal ismo.

  E s

  interesante

  e l j u i -

c io

  sobre

  la

  participación

  e n

lo s  beneficios. "¿Qué resulta

— se   pregunta Pablo Igle-

sias—

  e n

  aquellas industrias

e n q u e l o s

  obreros están bajo

e l  régimen  de la  participa-

ción?". Responde lapidaria-

1 5

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 16/132

mente:  " L o q u e l e s   asignan

como part icipación, como

beneficio,

  e s l o q u e

  quitan

  de l

salario".

Entre

  lo s

  intereses capitalis-

t a s

  incluye claramente

  e l

reformismo,

  o l o q u e h o y l l a -

maríamos social -democracia.

" E l

  social ismo moderno

  n o

habla

  y a

  como hab laba

antes,  d e q u e   sería justo  q u e

se

  repartiesen entre

  l o s t r a -

bajadores tales  o   cuales

cosas; habla  de la  necesidad

d e u n a

  t r a n s f o r m a c i ó n

social;

  n o

  hace

  m á s q u e

pedir

  l o q u e

  resul ta

  d e l

desenvolvimiento económico

q u e h o y s e

  ver i f ica".

  En e l

mismo sentido rechaza

  la

tesis

  de la

  necesidad

  de l

industrial

  o de la

  capacidad

promotora  d e l  empresario

capital ista.

  L a

  destrucción

  d e

la s

  protestas

  o de las

  argu-

cias

  de la

  burguesía

  q u e s e

defiende

  le

  lleva,

  en e l

  proce-

so   inexorable  de su   racioci-

n io , a

  defender

  la

  posesión

d e l  poder polí t ico  p o r l a  clase

obrera. "Sabe perfectamente

el  Partido Socialista  q u e  esos

accionistas, esos capitalistas

q u e

  t ienen

  e n s u s

  manos

todos

  lo s

  e lementos

  de la

producción

  n o l o s h a n d e d a r

d e

  buena gana, razón

  p o r l a

cual  e l  partido obrero  c o m -

prende

  q u e h a y

  necesidad

  d e

adquirir  la   posesión  d e l  poder

político para lograr

  e s o ; y

sabe también  la   clase obrera

q u e

  para destruir

  n o l o s

medios

  d e

  producción, sino

la   ant igua forma  en que se

producía,

  a f in de

  conseguir

q u e l o s  intereses contrarios

se

  sometan,

  e s

  necesario

también

  q u e e l

  poder vaya

  a

manos

  d e l o s

  trabajadores,

q u e e s e

  poder

  le s

  sirva para

destruir

  lo s

  obstáculos

  q u e

s e  opongan  a l  establecimien-

t o d e u n a

  nueva sociedad

m á s

  perfecta

  que la

  exis-

tente".

No  obstante todo  lo   anterior,

también

  la s

  l ibertades polít i-

c a s

  democrá t i cas

  q u e e l

socialismo está reclamando

1 6

s o n  necesarias, porque  s i f a l -

t a n

  esas libertades,

  " e l

  t raba-

jador  n o   puede desenvol-

verse,

  n i

  asociarse,

  n i p r o -

testar".

H a y q u e

  arrancar

  de las

  l iber-

tades democrát icas, com o

  u n

momento previo para

  la

lucha final

  q u e

  Pablo Iglesias,

poseído

  d e l

  mesianismo

  s o -

cialista  de su   t iempo, vivía  d e

cerca. Pero este ligero matiz

mesiánico  q u e a   veces  se

descubre

  e n s u s

  escritos

  n o

le   vela  e l  buen sentido,  y p r o -

cura organizar

  a l o s

  t rabaja-

dores  de ta l  manera  q u e n o

s e

  hagan r i gu ros am en t e

antagónicos

  a la

  legalidad

establecida

  y

  queden fuera

de la ley.

En la

  medida

  e n q u e

  pudo

influir personalmente sobre

su

  part ido,

  y f u e m u y

  grande

esta medida, Pablo Iglesias

huye  de la  c landestinidad.

Adopta

  la

  técnica

  d e l a c o n -

vivencia

  c o n la

  burguesía

para atacar

  la

  burguesía,

incluso para negociar

  c o n

ella, pero nunca para partici-

p a r ; e n

  n ingún momento

admite  e l  pacto interclasista;

e s

  decir,

  s u

  táct ica

  d e

  convi-

vencia

  n o

  acepta nunca

  e l

c o m p r o m i s o

  q u e

  pudiera

desear  la   social-democracia.

D e

  acuerdo

  c o n

  nuestra tesis

d e l

  principio sobre Pablo

Iglesias,  se  perfila como  u n

marxista revolucionario,  y

siempre subyace

  u n

  adarme

d e  asombro  en e l  observador

q u e

  analiza ante

  la

  mit i f ica-

ción

  que la

  burguesía

  h a

hecho

  d e

  Pablo Iglesias

como hombre moderado

  c o n

incl inaciones social-demo-

cráticas.

E s

  admirable

  q u e

  Pablo Igle-

sias pudiera mantenerse

  a l e -

jado

  de las

  perplej idades

  b u r -

guesas  e n u n a  sociedad

como

  la

  española

  a

  finales

d e l  siglo pasado,  e n q u e  todo

era

  ambigüedad

  e n

  principio;

asombra  q u e  pudiera quedar

a l

  margen

  de la o la de

  senti-

mental ismo  q u e  produjo  e l

9 8 y q u e

  interpretara

  e l c o n -

cepto

  d e

  patria

  d e

  manera

mucho

  m á s

  real

  q u e la

  inter-

pretación común

  q u e a s i -

milaba

  la

  patria

  a los

  intere-

ses de l

  Estado

  y de la

  clase

dirigente.

U n

  gran ejemplo

  d e

  esto

  e s

s in

  duda Costa. Costa

  e ra un

patriota,  e s  indudable, pero

e r a u n

  patr iota desde

  la

dimensión burguesa; había

identif icado nación

  y

  Estado,

y a su vez , a l

  Estado

  y a la

nación

  c o n e l

  pueblo, identi-

f icación sostenida

  p o r u n a

larga tradición

  de la

  mitolo-

g ía

  burguesa

  y q u e s e

  ense-

ñaba desde  las  escuelas.  N o

se

  observa influencia

  d e C o s -

ta en  Pablo Iglesias.  E n  algu-

n a s  ocasiones,  u n a  frase  o

algún dato, pero

  de las

  tesis

costistas  d e l  bienestar,  d e l

mili tarismo,

  de la

  exaltación

  j

d e l  pasado burgués como

Ideal para

  e l

  presente

  y de

s u s

  múlt iples contradiccio-

n e s ,

  como

  las que se

  refieren

a

  este mismo pasado históri-

c o   burgués,  n o s e  halla  n i

rastro

  en las

  ideas

  d e l

  dir i-

gente socialista.

E l  cost ismo inf luye  e n m u -

chos españoles

  d e

  comien-

z o s d e l

  siglo

  y se

  acoge

  p o r

la

  burguesía,

  y

  part icular-

mente  p o r l o s  movimientos

burgueses  d e  protesta contra

la

  mala administración

  y las

contradicciones  d e l  Estado,

pero

  n o

  caló

  d e

  ninguna

manera

  e n e l

  soc ia l ismo

mientras éste estuvo defini-

d o p o r l a  inteligencia  y la

voluntad

  de su

  fundador.

N o s e  puede hablar  d e  Costa

y d e

  Pablo Iglesias;

  s í de

Costa  y d e l  general Primo  d e

Rivera,

  d e

  Costa

  y d e

  Ortega

y

  Gasset,

  e

  incluso

  d e

  Costa

y

  Unamuno; pero

  la

  conjun-

ción

  n o

  t iene valor cuando

  se

refiere

  a la

  obra realizada

  p o r

e l

  inst into

  d e

  clase

  y po r la

educación marxista revolu-

cionaria.

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 17/132

Pablo Iglesias tiene

  u n e s -

quema  t a n  claro sobre  las

relaciones entre

  la

  burguesía

y e l  proletariado,  y tan  def ini-

d o s ,

  según

  lo s

  criterios

  m a r -

xistas,

  lo s

  conceptos

  d e

nación

  y

  Estado,

  q u e n o p u e -

d e

  caer

  e n

  ningún caso

  e n

lo s

  retóricos arrebatos

  p a -

t r iót icos  d e  Costa  o en e l

movimiento, vacío

  d e

  conte-

nido real,

  q u e

  intentó movil i-

zar las  clases neutras.  Las

c lases neut ras eran

  l o s

pequeños burgueses, cuya

desaparición había anuncia-

d o   Pablo Iglesias como  u n a

consecuencia  de la   concen-

tración

  en la

  propiedad priva-

da de los

  medios

  d e

  produc-

ción.

Algo parecido

  se

  puede decir

c o n  referencia  a l  krausismo,

la

  teoría

  q u e m á s s e

 extendió

entre

  la

  clase dominante

  y

q u e

  produjo

  e n

  todo

  e l

  país

u n a

  reacción

  d e

  censura

  y

ataque  a la   corrupción  y los

privilegios;

  se

  infiltró tarde

en e l

  Partido Socialista

  y, al

parecer,

  c o n

  sospechas

  p o r

parte  d e  Iglesias.

N o e s

  menester insistir

  en e l

hecho

  d e q u e e l

 krausismo

  e s

u n a

  concepción burguesa

  de l

mundo,

  q u e

  fundamenta l -

mente sirve para poner

  e l

marchamo

  de la

  moral

  d e

clase

  a la

  sociedad

  de los

intereses burgueses

  y de la

jerarquía burguesa.

E n e l  fondo,  e l  krausismo  e s

u n a  teoría  d e l  orden cósmico

q u e s e

  refleja

  en e l

  orden

social,

  a

  través

  de la

  supre-

macía

  d e l

  estado burgués;

Pablo Iglesias permanece

p o r

  completo a jeno

  a la

modernidad super f ic ia l

  y

conservadora

  d e l

  krausismo.

Aunque

  e l

  tema

  n o

  está claro

y  habría  q u e  estudiarlo  m á s a

fondo,  se  puede insospechar

q u e ,

  desde

  q u e E l S o l

  inició

la

  derivación

  d e l o s

  intelec-

tuales hacia

  e l

  socialismo

organizado

  y se

  introdujeron

krausistas,  o   personas  e d u -

cadas  en e l  krausismo, como

Fernando

  d e l o s

  Ríos,

  e l P a r -

tido Socialista pierde rigor

  e n

la

  práctica

  d e

  alguno

  de sus

supuestos fundamentales.

  E l

esquema fundamental para

u n

  revolucionario marxista,

  la

lucha

  d e

  clases como proce-

dimiento único para consti-

tuir  e l  poder polít ico  y  esta-

blecer  la   democracia real,

está sumamente debilitado

e n l o s

  intelectuales

  d e l

  krau-

sismo  q u e s e  infiltraban  en el

socialismo.

  P o r

  otra parte,

  la

razón dice  q u e  debe  de se r

a s í . S o n l o s  krausistas  p e -

queños burgueses, inteligen-

t e s ,

  estudiosos,

  q u e n o

  salen

d e u n a  cierta mediocridad

intelectual, suficiente para

cumpl i r

  c o n la

  cultura esta-

blecida, para mantener

  u n

compromiso personal digno,

constituyéndose

  e n

  ejemplo

d e  estilo  d e  vida, pero  n o

pueden añadir  a  este hecho

e l

  contenido profundo

  de los

m e c a n i s m o s s o c i a l e s

  y

C O N

  M O TI VO

  D E L A S

  M AN I FESTAC I O N ES

  Q U E

  C O N M E M O R A B A N

  L A

  F IESTA

  D F L

  PRIMERO

  D E

  MAYO, PABLO IGLESIAS SOLIA

  - T A L

COMO AQUI COMPROBAMOS  —  D IRIGIR  L A   P A L A B R A  A L O S   TR ABAJ AD O R ES R EU N I D O S.  S U   PODER  D E   C O N VO C ATO R I A C AR A  A   ELLO,

S U   C AR AC TER  D E   L IDER  D E L A   C L A S E T R A B A J A D O R A .   N O   D I S M I N U Y O H A S T A  E L   U L T I M O M I N U TO  D E S U   V I D A .

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 18/132

revelaciones  q u e  Pablo Igle-

sias había obtenido pasando

hambre, conviviendo

  con la

c las e t r aba jado ra  y s i n

aspirar nunca  a  salir  de las

condiciones  d e  ella. Quizá

sea  este  e l  hecho primario.  E l

t r a b a j a d o r  q u e  asp i ra  a

s upe ra r  l a s  c ond i c i ones

sociales  de su   clase, para

beneficiarse individualmente

de las

  estructuras burguesas,

e n

  principio, está traicionan-

d o a l os

  intereses revolucio-

nar ios. Repito  q u e  Pablo

Iglesias  se  mantuvo,  a m i j u i -

c i o ,  a jeno  a las  posibles

influencias  d e l  krausismo  d e

Giner  d e l o s  Ríos,  p o r  ejem-

p l o . N o

  o lv idemos,

  sea

  dicho

a

  t í tu lo

  d e

  comentar io

  o c a -

sional,

  q u e

  Ginnr

  d e l os

  Ríos

admiraba

  lo s

  libros,

  q u e é l

creía modelos pedagógicos,

d e  Edmundo  d e  Amic is  y q u e

lo s  aconsejó  a su  hermano,

q u e l o s  t radujo paciente-

mente.

E s  natural  q u e  Pablo Iglesias

permaneciese

  a l

  margen

  d e

estas influencias. Sería admi-

sible

  q u e s e

  hubiera acerca-

d o   alguna  v e z a  ellas,  ya que

la   inf i l t ración  d e  mental ida-

d e s  educadas  en el  krausis-

m o, e n e l  Partido Socialista,

influyó poderosamente para

desviar  a  éste  de su   propio

camino  e  inclinarle hacia  s u

e n e m i g o  m á s  p r o p i o ,  la

s o c i a l d e m o c r a c i a .

  S i n

em bargo ,  n o   ocur r ió  as í .

Continuo siendo  e l  marxista

r e v o l u c i o n a r i o , a u n q u e ,

como veremos,

  e n

  exceso

condic ionado

  p o r s u s

  propios

supuestos.

  P o r

  otra parte,

quizá convenga aclarar ahora

q u e m i

  convencimiento acer-

ca d e l  marxismo revolucio-

nario

  d e

  Pablo Iglesias

  n o

p r o c e d e ú n i c a m e n t e

  d e l

informe

  q u e h e

  mencionado.

N i e n  El

  Socialista

  n i en sus

otros discursos  h e  notado

desviación real  d e  aquella  lí -

n e a d e  pensamiento.  E r a u n a

18

act i tud personal  q u e n o

siempre pudo imponer,  ni al

periódico

  ni al

  part ido,

  q u e a

veces ceden

  o

  claudican.

U n  hecho  q u e h a y q u e  añadir

a la   clarividencia revolucio-

naria  d e  Pablo Iglesias  es la

dirección personal  q u e  ejer-

c ió   sobre  El  Socialista.  E l

periódico  e ra e l  test imonio

público  y  claro  de la  ideolo-

g ía

  revolucionaria

  d e l

  part i-

d o . S i n

  embargo,

  e n l o s

  últ i-

m o s  años, cuando Pablo

Iglesias estaba  m u y  enfermo,

ya se  notan vacilaciones  e n

l o q u e  respecta  a ese eje de

acero marxista  e n  torno  a l

cual giró durante tantos años

e l  periódico.

N o s e

  trata

  de un

  marxismo

vinculado  a la   gest iculación

desaforada  o a la   amenaza,

sino  d e  algo  m á s  profundo,

apoyado  en l os  conceptos

claves

  q u e ,

  bien orientados,

deberían conducir

  e l

  avance

inexorable hacia

  la

  revolu-

ción. Pero Pablo Iglesias  n o

se

  puede identif icar

  con e l

partido. Durante algún tiem-

p o ,  quizá; después, esta

identif icación  n o e s  valiosa.

Aunque  su  opinión estuvo

m u y  presente,  e s  cierto  q u e

e l  des a r ro l l o ec onóm ic o

empujó

  a l

  part ido

  p o r u n

camino insospechado para

Iglesias,  q u e n o   podía adap-

tarse  a é l , o por l o   menos  n o

pudo corregir

  c o n e l

  suf icien-

te  rigor  la   desviación inci-

piente.

Pablo Iglesias había consi-

derado repetidas veces  la

posibi l idad

  d e q u e e l

  Partido

Soc ia l is ta compar t iera  e l

poder.  E s  evidente  q u e  este

es el  momento  m á s  difícil

para cualquier partido  d e

esta índole, porque compartir

e l  poder burgués significa

casi siempre corrupción  de l

socialismo. Esto entraba,  a

m i  juicio,  en las  opiniones  d e

Pablo Iglesias, pues casi

siempre prevalece  en él la

idea

  d e

  retrasar

  a l

  máximo

  la

part icipación

  en e l

  poder.

Esta sólo debe producirse

cuando  e l  proletariado esté

perfectamente organizado  e n

u n  partido socialista  y d is-

puesto para poseer  e l  poder

totalmente, aunque para ello

tenga  q u e  compart ir lo duran-

te  algún t iempo  c o n e l  Parla-

mento burgués  y con l os

riesgos

  q u e

  supone para

  la

doctrina socialista

  la

  técnica

y la   teoría parlamentaria  b u r -

guesa.

Iglesias defiende

  c o n

  espe-

cial tenacidad  la   conquista

d e l os

  Munic ipios

  y la

  educa-

ción revolucionaria

  d e l p u e -

b lo

  antes

  que la

 part icipa ción

apresurada  en e l  poder  le -

gislativo  y en el  poder ejecu-

t ivo.  S u  enfermedad  y  muer-

te

  aceleró

  el

  proceso hacia

  e l

compromiso  con l a  social-

democracia

  y n o

  pudo impe-

d i r q u e  gran parte  d e l  partido

f u e s e c o n q u i s t a d o  p o r

pequeños burgueses

  y p o r

algunos burgueses acomo-

dados,

  q u e n o se

  resignaban

a  prescindir  d e l  juego parla-

mentar io  y de l os   beneficios

d e l  pode r . C om o s ue le

ocurrir, esto disminuyó  la

capacidad  de  ataque  d e l p a r -

t ido  y  aumentó  e l  problema

entre  la   teoría  y la   práctica.

L a

  teoría sigue siendo revolu-

cionaria, pero  en la  práctica

se

  envidian, buscan

  y

  disfru-

t a n l os

  ideales

  de la

  vida

  b u r -

guesa.

Debió constituir

  u n

  trance

m u y

  doloroso para Pablo

Iglesias

  la

  excisión

  d e l

  parti-

d o ,  const i tuyéndose  e l  l lama-

d o

  Partido Comunista Obrero

Español,  y , m á s  tarde, Parti-

d o

  Comunista

  d e

  España.

Iglesias,

  q u e e r a

  clarividente,

debió darse cuenta  d e q u e , a

partir  d e  este momento,  e l

partido corre  e l  riesgo cons-

tante  d e  entrar  en e l compro-

miso burgués,  d e  olvidar  su s

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 19/132

H A S T A

  S U S

  M A X I M O S E N E M I G O S

  N O

  D E J A R O N

  D E

  R&CONOCER

  E N

  P A B L O I G L E S I A S

  S U

  C O N T I N U A H O N R AD E Z

  Y

  A U S T E R I D A D .

  T O -

T A L M E N T E E N T R E G A D O  A L A   C A U S A  E N L A Q U E   CREIA,  L E   V E M O S  E N   E S T A F O T O A P O Z A D O  E N S U   HUMILDE MESA  D E   T R A B A J O

principios revolucionarios,  es

decir,

  e l

  pr incipio

  de la

  desa-

parición  d e l  marxismo como

idea nutricia  de la  vida  y de la

estructura  d e l  partido.

E s

  cierto

  q u e

  resulta

  m u y

difícil para  u n  partido acoger-

se a la  táctica  q u e  Pablo Igle-

sias impuso,

  q u e

  puede

  ser

fácil para

  u na

  persona, pero

arriesgadísima para  u n  parti-

d o   político.  L a  táctica  d e

Iglesias  d e  distinguir  lo s  fines

q u e  perseguía  e l  partido  e n

cuanto fines revolucionarios

y los  medios inmediatos para

conseguir  e l f in , en los que se

incluían ciertos compromisos

d e  hecho  c o n la  burguesía,

se

  mantuvo como

  u n a

  táct i -

ca

  posible

  y

  l impia mientras

é l

  vivió

  y e l

  partido

  n o

  tuvo

grandes opciones políticas.

Después  se ha  demostrado,

e n

  toda Europa,

  q u e

  dicha

táctica lleva inexorablemente

a la   absorción  d e l o s  partidos

socialistas  p o r e l  sistema

burgués . Veamos cómo

orientó Pablo Iglesias  e l p a r -

tido entre  la   teoría  y la  prácti-

c a ,

  partiendo

  de lo que se

podía esperar  y de lo que se

quería conseguir.

La

  mitificación burguesa

  d e

Pablo Ig les ias como  u n

social-demócrata, además  d e

la s  razones  d e  ejemplaridad

q u e

  hemos expuesto,

  d e s -

cansaba

  e n d o s

  hechos

  f u n -

damentales  q u e  contribuyen

a  definir  su  personalidad.

U n o , s u  capacidad  de  nego-

ciación; otro,  e l  sentido

realista  de lo que se  podía

esperar, como zona concreta

d e  discusión, frente  a lo que

se  quería conseguir.

Tanto  u n a  como otra condi-

ción

  le

  caracterizan como

  u n

gran táctico.  E n  ningún caso

se  abandonó  a la   quimera  o

la   utopía. Siempre tuvo  los

pies  en la  tierra. Este sentido

práct ico  le  hizo aparecer

como

  u n

  hombre moderado

a  pesar  d e l o s  programas  y

declaraciones  d e l  partido  q u e

pres id ía , insp i rados cas i

siempre  p o r é l , m á s s u s a r -

tículos  e n  El  Socialista.  F u n -

damentalmente,  e l  pragma-

t ismo  d e  Pablo Iglesias  p r o -

19

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 20/132

V E RA NO  DE 1918:  PABLO IGLESIAS  S E   HACE ESTE RETRATO  D E   F A M I L I A  E N E L Q U E ,   J U N T O  A E L . F I G URA N  S U   MUJER,  S U   NUERA  Y S U S

D O S   N I E T O S , P A B L O  Y   S A N T I A G O .  L A   I N S T A N T A N E A E S T A T O M A D A  E N E L  PUEBLO  D E   V E NT A M I NA .  E N   V A L E NCI A .

cedía

  d e l

  convenc im ien to

absoluto

  d e q u e e l

  primer

paso para cualquier transfor-

mación profunda

  de la

  socie-

d a d

  capitalista consistía

  en la

conquista  d e l  poder político

p o r l a  c lase trabajadora.

Ahora bien,  la   posesión  de l

poder polít ico  no se  puede

lograr, según Pablo Iglesias,

s i no se dan las   condiciones

necesarias para ello. Pensar

lo   contrar io  es  entregar  una y

otra  v e z a l  proletariado  a la

represión  d e l  poder organiza-

do de la  burguesía.

En la  sesión celebrada  p o r e l

grupo  q u e  const i tuyó  e l p a r -

t ido  q u e  presidiría Pablo Igle-

sias hasta  su  muerte,  se

expuso

  m u y

  claro

  en los

proyectos

  y en e l

  programa,

e n l o s q u e

  intervino primor-

dialmente Pablo Iglesias,

  la

relación entre

  la

  táctica

  d e

u n

  par t ido soc ia l is ta ,

  l o s

ideales  a  conseguir  y la   nece-

sidad

  d e

  conquistar

  e l

  poder

p o r

  medio

  de la

  lucha

  d e c l a -

s e s : " D o s

  partes

  — se

  dice

  e n

estos documentos—  ha de

abrazar

  e l

  programa

  d e l p a r -

t ido:  una , la que se   refiere  a l

ideal  q u e  pe rsegu imos  y

deben perseguir  lo s  trabaja-

dores todos  s i  quieren  q u e

llegue  u n d í a e n q u e e l m u n -

d o n o s e  componga  d e  escla-

v o s y  señores,  d e  opr imidos  y

t i ranos,  d e  pobres  y  ricos;

otra,  q u e  indique cuanto  c o n -

viene conseguir inmediata-

mente para  que la  situación

de la  clase obrera,  e n  extre-

m o   difícil  y  penosa, mejore  y

adquiera ciertas condiciones

q u e l a  permi tan marchar

resueltamente  p o r e l  camino

de la  emancipación;  la p r i -

mera debe  d e s e r p o r s u

naturaleza fija, invariable;  la

segunda,  p o r e l  contrario,

sufrirá cuantos cambios  e x i -

jan las  circunstancias  p o r

q u e  a travesamos; aquél la

será para nosotros norte  y

guía seguros

  en la

  tarea

  q u e

emprendemos; ésta consti-

tuirá senderos

  m á s o

  menos

tortuosos,  e n  determinadas

ocasiones,  p o r l o s  cuales

hemos

  d e

  llegar

  a l

  término

d e  nuestro viaje".

En e l  programa propiamente

d icho  se  establece entre

otras cosas  que la  sociedad

actual tiene sólo  p o r  funda-

mento  e l  antagonismo  d e

clases,  q u e e s  necesar io

abolir éstas  y q u e h a y q u e

conseguir  la   posesión  de l

poder político  p o r l a  clase

trabajadora.

Después

  se

  exponen

  " l o s

medios inmedia tos" para

acercarse  a  este ideal  q u e

2 0

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 21/132

s o n l o s  principios comunes  a

u n  partido socialista dentro

d e l

  marco

  de la

  sociedad

burguesa.

E n e l

  programa

  d e 1 8 8 0 , q u e

a

  través

  de

  Mora habían

  v i s -

t o y

  sobre

  é l

  opinado Marx

  y

Engels,

  se

  repiten

  l o s m i s -

m o s

  conceptos

  c o n m á s

  rigor

y

  retór ica. Respecto

  d e l

poder político  se  esclarece:

"Queremos  la   posesión  de l

poder político  po r l a  clase

trabajadora, para realizar

desde allí  la  transformación

económica  de la   sociedad

c o n l o s  menos trastornos

posibles.

  La

  clase trabaja-

dora tiene derecho

  a la

  pose-

sión  d e l  poder político  p o r -

q u e

  representa

  la

  razón

  y la

fuerza,

  y

  ante estos argu-

mentos

  n o h a y

  resistencias

posibles. Esta posesión

  es

sólo cuestión

  d e

  t iempo,

  y el

Part ido Socia l is ta sabrá

aprovechar

  la s

  circunstan-

cias para

  q u e se a u n

  hecho

e n e l m á s

  breve plazo

  p o -

sible".

Pablo Iglesias  n o s e f u e n u n -

ca de  esta línea.  P o r u n a p a r -

te ,  aprovechar  la s  circuns-

tancias;  p o r  otra,  n o   olvidar

q u e e l  objetivo principal  es la

conquista  d e l  poder político.

Aprovechar  la s  circunstan-

cias, ¿hasta dónde? Este  e s

el  problema.  P o r  otra parte,

h a y d o s

  campos

  d e

  circuns-

tancias; unas,

  q u e

  están

determinadas

  p o r e l

  poder

constituido

  y e l

  acceso

  a l

poder; otras,

  q u e

  están defi-

nidas

  po r l a

  lucha

  d e

  clases

  y

la

  conquista

  d e l

  poder. Pablo

Iglesias

  se

  encontró

  en las

primeras siempre  e n  contra

d e l

  poder establecido

  y no

pasó

  d e se r

  diputado

  d e

minoría.

  N o

  pudo aprove-

charlo demasiado.

  S e

  l imitó

a

  seguir

  su

  táctica

  d e n o

asustar  y n o   ocultar,  a la vez ,

s u s  intenciones revolucio-

narias. Para  n o   asustar repe-

t í a q u e l os  t iempos estaban

lejos.

  L a

  burguesía,

  que en e l

fondo siempre

  h a

  practicado

el  carpe diem,  se

  sosegaba

c o n e l

  aplazamiento. Sólo

u n a v e z se

  dejó arrastrar

Iglesias

  por la i ra o la

  preocu-

pación, cuando amenazó

  a

Maura

  c o n e l

  atentado antes

d e

  verlo

  e n e l

  poder.

L as

  circunstancias

  q u e

  real-

men te pudo aprovechar

fueron  la s  primeras,  l as que

estaban determinadas  po r l a

lucha  d e  clases  y p o r u n p a r -

t ido  d e  masas.

E n d o s  ocasiones tuvo Pablo

Iglesias oportunidad para

dejarse arrastrar

  p o r l a i m a -

ginación

  y

  creer

  q u e l os

t iempos habían llegado.

  P o r

l o q u e s e m e

  alcanza, tuvo

  e n

ambas

  la

  suficiente coheren-

c i a con su   táctica  y  dominio

de s í

  mismo para interpretar

q u e

  eran incidentes, impor-

tantes, pero incidentes,  d e

u n a

  lucha cuyo

  f i n

  estaba

m u y

  lejos. Llevó

  a l o s h o m -

bres

  d e l

  partido esta misma

idea

  y el

  sentido

  d e

  esperar

e l  " m o m e n t o o p o r t u n o " .

Quizá Pablo Iglesias, obrero

esencial,

  n o se

  percatase

  de l

riesgo

  q u e

  corría

  e l

  part ido

  a l

establecer compromisos

  c o n

la

  burguesía según

  l o s c r i -

terios

  d e l

  capital ismo.

  L o

cierto

  e s q u e

  cuanto

  m á s

t i e m p o

  s e

  e s p e r a b a

  la

madurez para

  la

  revolución,

mayor

  era el

  riesgo

  que la

revolución corría, como  la

propia historia  d e l  part ido  h a

demostrado.

Pero volviendo

  a las

  ocasio-

n e s a q u e  aludía,  f u e l a p r i -

mera  la   hue lga genera l

d e 1 9 1 7 .

Estaba

  p o r

  estas fechas

  e l

país

  e n t a l

  estado

  que la

apariencia  e ra de  descompo-

sición  y  catástrofe inmediata.

L o s  estamentos  m á s  esta-

bles  se  alzaban  e n  disconfor-

midad contra

  e l

  Gobierno,

  lo

q u e e n e l

  fondo significaba

alzarse contra

  la

  Monarquía.

E l  test imonio  m á s  claro  de la

situación  d e  desintegración  y

protesta

  lo

 ofrecen

  la s

 Juntas

d e

  Defensa

  y la

  Asamblea

  d e

Parlamentarios.

L a s

  Juntas

  d e

  Defensa mili-

tares crecieron

  en e l

  seno

  de l

Ejército como

  u n

  medio

  d e

defender  al  ejército penin-

sular,  n o a l  africano,  de su

precaria situación social  y

económica.  E l  Ejército  n o e r a

popular, estaba

  m a l

  pagado

  y ,

e n

  contra

  de la

  voluntad

  d e

muchos

  d e s u s

  miembros,

  se

ib a

  constituyendo ante

  la

opinión pública

  en un

  cuerpo

represivo

  a l

 servicio

  de la c la-

se

  dominante.

  A l

  margen

  d e

q u e

  esto

  sea o no sea

  siem-

pre así en la

  sociedad capi-

talista,  ta l era la  visión  del

pueblo

  e n

  España

  en l os

años

  1 7 ,

  cuando

  se iba a

intentar  la   huelga general,  e n

la que  contr ibuyó  de  modo

decisivo

  e l

  part ido

  d e

  Pablo

Iglesias. Además,

  lo s

  gobier-

n o s

  monárquicos

  n o

  ofrecían

ninguna solución. Utilizaban

a l  Ejército,  le   exigían sacrifi-

cios, ponían

  e n

  peligro

  su

dignidad

  s in las

  convenientes

recompensas.

  A ú n

  hacía

  la

situación

  m á s

  difícil

  la

  exis-

tencia

  d e u n

  cuerpo

  d e o c u -

pación

  e n

  Africa,

  que se

diferenciaba

  e n

  mentalidad

  y

costumbres, dejando aparte

lo s  hábitos castrenses,  del

ejército peninsular.  L a s J u n -

t a s n o   tenían  u n  programa

político, pero  se  induce  de su

rápido crecimiento  y  fuerza,

q u e

  además

  de la

  defensa

  d e

s u s

  intereses

  d e

  cuerpo,

aspiraban,

  a l

  menos

  s u s

miembros

  m á s

  calif icados,

  a

intervenir

  en la

  vida política

d e l  país caso  d e q u e l a

corrupción

  y e l

  desorden

  l l e -

gasen

  a ser

  intolerables.

  Las

Juntas

  se

  enfrentaron

  con e l

Gobierno, mejor dicho,

  e l

Gobierno

  se

  enfrentó

  con l a s

2 1

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 22/132

Juntas

  y e n e l

  enfrentamien-

t o

  ganaron estas últimas.

  E l

Gobierno dimit ió.

  La

  imagen

q u e d e l

  poder político tenía

el

  país

  e ra la de una

  fuerza

q u e

  subsistía

  m á s p o r l a

  iner-

c ia de las

  estructuras

  q u e p o r

otra razón.

  E l

  poder

  m á s

fuerte

  e

  integrado,

  e l

  Ejército,

se  había alzado contra  e l

poder,  q u e  estaba,  e n  últ ima

instancia, representado  p o r

la

  Monarquía.

Pablo Iglesias,

  q u e n o

  había

cedido nada

  e n su

  ideología

revolucionaria   y  táctica  d e

espera

  y

  p reparac ión,

  d e

acuerdo

  c o n l o s

  dirigentes

  y

la   opinión común  d e l  partido,

comprendió

  que la

  ocasión

e r a

  oportuna para

  u n a

  acción

d e

  masas.

  S i la

  oficialidad

in te rmed ia

  se

  imponía

  a l

poder,

  c o n m á s

  razón podría

hacerlo

  e l

  partido proletario

q u e

  arrastraba

  la

  parte

  m á s

numerosa

  d e l os

  trabaja-

dores.

  E l

  antiguo

  y

  perma-

nente criterio

  d e

  Iglesias

  d e

considerar

  a l os

  republicanos

burgueses

  d e

  diferente

  o p i -

nión

  q u e l o s

  monárquicos,

pero burgueses enemigos

  d e

la

  clase obrera, cedió ante

  la

premura

  y

  cariz

  d e l a s c i r -

cunstancias.

  E l

  hecho

  d e q u e

Iglesias

  se

  integrase

  e n u n

comité

  e n e l q u e

  estaba

Lerroux habla  p o r s í  mismo.

L A   S A L U D  T A N   MA LTR E C H A  D E   P A B LO IGLE S IA S MOT IV A B A  S U   D E S C A N S O  E N   ALGUN LUGAR  D E  REPOSO.  A S I ,  CELORIO (ASTURIAS) ,

A   D ON D E  F U E   A C O M P A Ñ A D O  P O R   FERNANDO  D E L O S   RIOS  Y  JUL IAN BESTEIRO DURANT F  E L A Ñ O 1 9 2 1.

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 23/132

Desde luego,

  m e

  parece

  c o n -

veniente advertir esto,  las

decisiones  la s  tomaba  e l p a r -

tido, pero  la   opinión defini-

tiva solía

  ser la de

  Pablo

I g l es i as ,  q u e ,  qu izá  s i n

ptoponérselo, ejercía  p o r

consent imiento  d e  todos  u n a

presencia decisoria

  y en

algunos casos ejecutiva.

L a  decisión  d e l  part ido  d e

actuar masivamente para

derrocar  al   régimen  e i m -

plantar  la   democracia, paso

previo

  en el

  pensamiento

  d e

Iglesias para llegar

  a la

revolución, estaba apoyada

además  en la   descomposi-

ción general,

  en la

  act i tud

  d e

lo s

  mandos medios

  d e l

  Ejér-

cito  y en la   famosa "Asam-

.  blea  d e  Parlamentarios",  q u e

consistía  e n  resumen  en un

número relativamente redu-

cido, pero

  m u y

  calif icado,

  d e

diputados  q u e  buscaban  u n a

solución democrática antes

de que la

  situación fuese

  t a n

grave  que se  convirtiese  e n

revolucionaria.  L o s  promo-

tores

  d e

  este movimiento

pertenecían  a la   burguesía

f inanc iera

  e

  industrial catala-

n a , q u e  quería canalizar

antes  de que se   produjese  la

inundación  y  sobre todo  n o r -

malizar

  la

  vida cívica

  e n

beneficio  de sus  intereses.

Aspiración legítima  que se

llevó  c o n  dignidad  y  claridad.

Pablo Iglesias estuvo presen-

te en la  asamblea parlamen-

taria representando  a l  Parti-

d o   Socialista  y se  puede

inducir  q u e c o n l o s  propósi-

t o s d e

  siempre. Cooperar

  c o n

lo s

  burgueses democráticos

progresivos entendiendo  q u e

s u s  proyectos contribuían  a

acercar  e l  momento, quizá

lejano  en e l  orden histórico,

de la  ocupación  d e l  poder

p o r e l  proletariado.  As í se l le -

gó a la

  "huelga revolucio-

naria"

  d e

  agosto

  d e 1 9 1 7 . L a

huelga,  ¿n que   intervino  t a m -

bién  l a CNT a l  lado d e j a

U G T ,  muestra,  a l  menos  e n

lo s

  documentos

  q u e

  conoce-

m o s , l a  cautela  y  táctica

especial  d e  Pablo Iglesias.

L o s  principales documentos

lo s  redactaron otros, princi-

palmente Besteiro, pero

  e l

criterio mesurado,  n o a m e -

nazador  y  consciente  d e q u e

n o   había  q u e  l lamar  a la

Revolución,

  e ra de

  Iglesias,

q u e l o

  había infiltrado

  en el

part ido.  N o   pudo  en e l  vera-

n o d e 1 9 1 7   e jercer  u n a

acción  t a n  d i recta como

hubiera querido

  p o r

  estar

bas tan te en fe rmo, pero

aclaró  a l os  comités  d e l  Parti-

, d o y d e l  Sindicato  que la

huelga

  n o

  debía tener

  u n a

f inalidad revolucionaria, sino

s e r u n a

  demos t rac ión

  d e

so l idar idad  c o n l a  parte

obrera peor tratada,  lo s  ferro-

viarios.  A la   claridad  d e  táct i -

c o d e

  Iglesias

  no se le

  podía

ocul tar  q u e e l  Gobierno

deseaba  la   huelga revolucio-

naria para destrozar  la   capa-

cidad  d e  agresión  d e l os t r a -

bajadores  y  romper  l a o c a -

sional alianza  c o n l o s b u r -

gueses,

  q u e s e

  tornarían

gubernamenta les an te  la

revolución. Sospecho  q u e e n

la s  ins t rucc iones para  la

huelga intervino Pablo Igle-

sias; llevan

  u n

  cuño

  d e

  ener-

g í a y  moderación hasta  q u e

l legue  e l  momento.  L a r e s -

puesta  d e l  Ejército  a la   huel-

g a

  demostró

  que la

  táctica

d e

  Iglesias

  era la

  acertada.

  E l

sent imiento  d e  obediencia  y

la   mental idad  d e  cuerpo  al

servicio

  de la

  clase dominan-

te

  prevalecieron

  y n o

  hubo

  la

menor solidaridad  c o n l o s

huelguistas.  A l  contrario,  e l

Ejército cumplió  e l  papel,

impropio  e  indigno,  de  órga-

n o   para  la   represión  d e l p u e -

b l o . L a

  represión

  fu e

  dura,

pero

  e n

  términos generales

ventajosa para  e l  Partido

Socialista,  q u e  salió fortaleci-

d o d e  ella. Quizá  la   huelga

f u e m á s  lejos  de lo que el

propio Iglesias pretendía,

tanto porque  en e l  seno  del

partido comenzaban  a  apare-

cer l os

  revolucionarios

  en la

táct ica

  y en los

  fines, como

p o r l a  dif icultad  d e  dirigir  u n

proceso  q u e  tiende siempre  a

realizarse según  su  propia

dialéctica

  y c o n

  propia auto-

nomía. ¿Hasta cuándo  l a t á c -

tica  d e  Iglesias sería oportu-

n a ? N o   faltaban miembros

d e l

  part ido

  que se l o

  pregun-

taban.

  ¿ N o

  estaría llegando

e l  m o m e n t o  d e  host i l izar

ab ie r tamente  e l  régimen,

constituyéndose

  en

  partido

revolucionario  c o n  tácticas

revolucionarias?   L a  contra-

dicción, implícita  en la  tácti

ca de  esperar aprovechando

la

  descomposición polít ica

  y

social

  de la

  burguesía, permi-

t í a , po r u n  lado, subsistir  al

part ido  y  organizarse mejor;

p o r

  otro,

  le

  empujaba hacia

e l

  pacto

  con l a

  clase domi-

nante  y la   social-democracia.

Llegados  a  cierto ¿íivel  d e

desarrollo polít ico  y  econó-

mico -sobre todo  en el

proletariado industrial—, ¿era

aconsejable continuar  con la

misma táct ica?  ¿ N o   equival-

dría  la   respuesta afirmativa  a

ayudar impl íc i tamente

  a l

capitalismo?

L a  discusión quedó abierta

c o n

  mot ivo

  de la

  fundación

de la  Tercera Internacional.

L a  Revolución rusa despertó

u n  gran entusiasmo  e n  Igle-

sias.  E ra  natural, pues signifi-

caba  e l  primer triunfo  del

proletariado respecto

  de la

ocupación  d e l  poder político,

convirt iendo  a l  Estado  de

burgués  e n  proletario.

Pero  e l  punto  d e  vista  de la

dirección política

  d e l

  Estado

comunista ruso  e n  cuanto  a l

" re formismo"

  e r a

  tajante.

Abandonar

  la

  táctica revolu-

cionaria  d e  enfrentamiento

c o n e l  Estado  burgués,  a u n -

q u e  fuese  e n  términos  d e

aprovechar

  la s

  concesiones

2 3

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 24/132

burguesas

  a

  t ravés

  d e l

  parla-

mentar ismo,

  e ra

  " reformis-

m o " e n e l  sentido  d e  traición

a los  intereses  de la  clase

obrera. Este criterio incluía

  a

Pablo Iglesias  y a la  inmensa

mayoría  d e l  partido entre  l os

reformistas.

  L a

  contradicción

latente

  en la

  estrategia

  g l o -

b a l d e l  viejo dirigente había

estal lado:  la   táct ica contra-

decía

  a l os

  principios.

Este criterio tenía  u n a  gran

fuerza teórica  y  práctica.

Práctica sobre todo  si se

consideraba  la  corrupción  de l

s is tema par lamentar io

  e n

Europa,  q u e  Iglesias había

sido

  e l

  pr imero

  e n

  censurar:

¿participar  e n u n   Parlamento

burgués  n o e r a u n   acto

anturevolucionar io?

L a  Segunda Internacional,  ta l

y  como aparecía después  d e

la   conferencia  d e  Berna  d e

1 9 1 9 y l o s   s iguientes  c o n -

gresos

  e

  In ternac ionales

socialistas hasta  e l  intento

d e

  abril

  d e 1 9 2 2 d e

  unirla

con l a  Tercera Internacional

y la   l lamada "segunda  y

media", t iene

  u n

  carácter

reformista

  d e

  pacto

  con la

burguesía

  q u e n o

  satisface

  e l

auténtico espíritu marxista

  y

revolucionar io  d e  Iglesias.  L a

Segunda Internacional, pilo-

tada  p o r  Bernstein  y  demás

reformistas,  e ra a  todas luces

u n  camino paralelo* cuando

n o

  convergente,

  c o n e l

  capi-

tal ismo.  Y así ha  seguido

siendo hasta  la   actualidad.  E l

Partido Socialista, obediente

a ú n a l  espíritu revolucionario

d e

  Pablo Iglesias,

  e n u n C o n -

g res o Ex t rao rd ina r i o  d e

1 9 2 0 ,  decidió unirse  a l a T e r -

cera Internacional, creada  e n

Moscú para  la   lucha abierta

contra  e l  Estado burgués,  la

lucha clandestina  y e l  mante-

nimiento  de la  moral  y l os

i d e a l e s r e v o l u c i o n a r i o s .

Ahora bien,

  en e l

  l lamado

Congreso  d e  Petrogrado  d e

1 9 2 0 , l a

  Tercera Internacio-

n a l  decidió establecer  2 1

c o n d i c i o n e s  q u e  debían

aceptar

  lo s

  partidos socialis-

t a s q u e  ingresaban  e n  ella.

Esas  2 1  condiciones  h a n

sido,  y e n  algunos casos  a ú n

s o n ,  especie  d e  catecismo

sobre cuyos preceptos  h a n

t razado  su  táctica  lo s  part i-

d o s

  comunistas

  d e

  todo

  e l

m undo . Es t ab lec ie ron

  la

clandestinidad como método

y la   lucha  d e  clases activa  y

dirigida como  la   tarea princi-

pa l y

  especializada

  de l os

part idos comunistas. Impo-

nía la

  obl igación

  d e

  denun-

ciar

  la

  soc ia l -democrac ia ,

abandonar  su s  métodos  y

estructurarse  d e u n   modo

casi militar.

P o r

  primera

  v e z e n su

  larga

vida  d e  dirigente, Pablo Igle-

sias  se  encontró ante  u n a

situación  q u e  comprometía

su  inst into,  su  conducta  y su

raciocinio  d e  marxista revo-

lucionario. Para  lo s  revolu-

cionarios rusos,  e l  t iempo

había llegado. Para Pablo

Iglesias,  a ú n n o . E r a   nece-

sario esperar

  m á s ,

  seguir

  la

antigua táct ica contempori-

zadora. Iglesias estaba viejo,

achacoso  y n o   contaba  c o n

u n

  par t ido revoluc ionar io .

Quizá

  p o r l a

  táct ica,

  ta n

  hábil

y

  just i f icada

  e n l os

  primeros

t iempos,  d e  part icipar demo-

crát icamente  en la   legalidad

democrát ica,   e l  part ido  e ra

en e l  fondo  u n  partido refor-

mista  m u y  próximo  en la

práctica

  a la

  social-demo-

cracia.  E l  viejo  y  cauto diri-

gente obrero  n o   tuvo fuer-

z a  para hacer  l o q u e  debía

haber hecho: remover

  e l p a r -

t ido  d e  arriba abajo, recrear

su s  métodos  y sus  f ines  d e

acuerdo  con l a  nueva situa-

ción  y  buscar otra  v e z u n

camino autónomo para

  la

revolución socialista.  N o l o

hizo  y n o   contaba  c o n  quien

lo   hiciera.  U n a  obra  as í no

podía espetarse

  d e l a m e n -

ta l idad, s iempre pequeño

burguesa,  d e  Fernando  d e l os

Ríos  o d e  Besteiro. Iglesias  y

e l  partido eligieron  lo   peor,  la

" s egunda  v   m e d i a " ,  q u e

queriéndolo arreglar todo  n o

arreglaba nada Construía

  y

exponía

  la

  táct ica

  d e

  Pablo

Iglesias: f ines revolucionarios

y

  cooperación

  c o n l a s

  inst i tu-

ciones burguesas hasta

  q u e

el  momento l legase, acep-

tando  la   mult ip l ic idad  d e

in terpretac iones para

  l o s

vocablos determinan tes  de la

teoría marxista.

S e

  renunció

  a la

  Tercera

Internacional

  -

  menos

  e l g r u -

p o

  minor i tar io

  q u e

  const ituyó

e l  partido comunista—  y se

siguió  e l  camino  d e l a " d o s y

media",  q u e  acabó fundién-

dose  en la  Segunda.

A   partir  d e  aquí parece  q u e

Pablo Iglesias coincide  con la

imagen soc ia l -demócrata

que la

  burguesía gusta

  d e

atribuirle.

  S in

  embargo, esto

es, a mi  juicio, injusto.  En el

Congreso  d e l  Partido Socia-

lista  d e 1 9 1 9 e s  palpable  la

vacilación

  y

  perplej idad

  de l

part ido  y  sospecho  q u e d e l

propio Pablo Iglesias. Desde

luego, había  u n  sector clara-

mente revolucionario  q u e n o

disentía  de é l , a  quien cono-

cían  y  respetaban como

marxista,  q u e  propugnaba  la

revolución.  E l  propio Iglesias

sentía, como

  h e

  dicho, gran

admiración

  p o r l o s

  revolucio-

narios rusos. Pero según  s u

criterio,  en  España  n o   había

llegado  el  momento.  N o h a y

q u e  creer  q u e  Iglesias estu-

viera escaso

  d e

  lec turas

teóricas

  o q u e n o

  compren-

diese

  lo s

  argumentos

  de l

Nuevo Manifiesto Comunis-

ta ,

  q u e

  defendía

  la

  Tercera

Internacional.   E ra   lector infa-

t igable

  e

  intel igente.

  E l p r o -

blema  se  plantea,  a m i  juicio,

como  u n  caso  d e  rigidez  e n

la   táctica global  y  falta  d e

imaginac ión creadora.  D e

aquí  q u e e l  propio Pablo Igle-

sias propugnase  la   tesis,  q u e

al f in y al  cabo  f u e l a q u e

t r iunfó,  de dar la   razón  a la

T e r c e r a I n t e r n a c i o n a l  y

adherirse

  a la

  Segunda.

2 4

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 25/132

E L 9 D E   D ICIEMBRE  DE 1925 , FALLECIA  E N   MADRID PABLO IGLESIAS.  E N E L   ANGULO SUPERIOR DERECHO  D E L A   FO TO S I TU AD A  E N P R I -

M E R   TERMINO, PUEDE COMPR OBARS E  S U   DESGASTE FISICO,  S U   A G O T A M I E N T O  Y   ENFERMEDAD.  Q U E L E   L L E V A R I A N H A S T A  L A   MUER-

T E . E L   ENTIERRO CONSTITUYO  U N A   I M PR ESI O N AN TE M AN I FESTAC I O N  D E   DOLOR  Y ,  SEGUN  L O S   C R O N I S T A S  D E L A   EPOCA,  L A C O -

M I T I VA

  FUNEBRE LLEGABA DESDE  EL

  C EM EN TER I O C I V I L ( VEN TAS) H ASTA PASAD A   L A   P L A Z A  D E L A S   C IBELES.  L A   PRESIOENCIA

D E L

  D U EL O - I M AG EN I N FER I O R -

  S E

  H A L L A B A C O M P U E S T A ,

  D E

  IZQUIERDA

  A

  DERECHA.

  P O R

  LUCIO MARTINEZ, LARGO CABALLERO,

MANUEL VJGIL. JUAN  A .  MELIA, JUL IAN BESTE IRO  Y  ANDRES SABORIT. (FOTOS PERTENECIENTES  A L A   B I O G R AFI A  D E   JUAN JOSE

MORATO «PABLO IGLESIAS. EDUCADOR  D E   MUCHEDUMBRES»».  E N L A   EDICION  D E   «ARIEL») .

2 5

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 26/132

C o n

  esta decisión,

  q u e f o r -

malmente  f u e d e l  part ido,  se

a c e p t a b a

  u n a

  i z q u i e r d a

revolucionaria activa menos

cautelosa  y m á s  disciplinada

q u e e l  propio Partido  S o -

cialista,  m e  refiero  a l  comu-

nista,  q u e  partía  d e l o s m i s -

m o s

  principios teóricos.

  P o r

otra,  se  admit ían  lo s  condi-

cionamientos reales  de la

Segunda Internacional, nada

propicios

  a la

  revolución.

  E n

e l  propio part ido  se  atentaba

u n  espíritu  d e  colaboración

con la

  burguesía peligroso

para  lo s  propios fines  d e

Pablo Iglesias.

  P o r

  ú l t imo,

  l os

líderes obreristas entrenados

en la  táct ica  d e  Pablo Igle-

sias  — e l  mejor ejemplo  es, a

m i

  juicio, Largo Caballero-

resultaron dubitat ivos  y en

algún caso oportunistas.

Siendo Pablo Iglesias

  m a r -

xista

  y

  revolucionario ejem-

plar,  le   fa l tó  a  últ ima hora  i n i -

ciativa  y  también apoyo  y

consejo para enfrentarse  c o n

respuestas nuevas  a l os n u e -

v o s

  estímulos.

  E n

  política,

m á s q u e e n

  otra actividad

humana,  h a y q u e  entender

q u e e l  sent ido  de la   legalidad

en la  dialéct ica  de la  historia

consiste  e n q u e se  rompa  e n

lo s  momentos culminantes

tanto

  la

  legalidad

  d e l o s p a r -

t idos como  la   legalidad  d e

lo s  Estados.  L e  desbordaron

a

  Iglesias

  lo s

  acontecimien-

t o s . S u  capacidad revolucio-

naria  n o   supo imponerse  a

la s  exigencias  d e l  momento.

Sería  u n m a l q u e   acompa-

ñaría  a l  part ido  q u e  fundó

•hasta  s u  ext inción  d e  hecho

e n  cuanto partido socialista

revolucionario.

Seduce pensar cuál hubiera

sido

  e l

  criterio

  d e

  Pablo Igle-

sias

  a l

  advenimiento

  de la

República. ¿Hubiera creído

entonces  q u e  había llegado

el

  momento?

E n  cualquier caso, visto  e n

España

  e n

  perspectiva

  h i s -

tórica, Pablo Iglesias ofrece

u n  extraordinario interés para

el

  análisis. Revolucionario

  y

marxista hasta

  e l f in de sus

días,  d i o u n a  imagen confusa

d e  atemperación  y  compro-

miso  c o n e l  sistema capi-

talista como  u n  hecho inevi-

table,

  p o r l a

  adhesión rígida

  a

la   táct ica  d e  sobrevivir como

p a r t i d o  en la  l ega l i dad ,

esperando

  q u e

  l legara

  e l

momento

  d e l

  hecho revolu-

cionario. Pero esperar convi-

viendo,  ¿ n o   significa  a la lar-

g a  autodestruirse como  i n s -

t rumento revolucionario?  E s

u n

  viejo problema

  a ú n

  actual

y m i l

  veces discutido.

  N o

obstante, como quiera  q u e

se a , q u e e l  problema  e n

cuanto  t a l n o n os  aparte  de l

viejo revolucionario, poseído

p o r e l  inst into  d e  clase,  q u e

aparece

  en e l

  fondo

  de la

Historia como mito

  d e

  honra-

dez y  consecuencia  e n  cuan-

t o a su

  concepción

  y

 práctica

de las  ideas marxistas. Desde

esta perspectiva, cada  día

será  m á s  mito.  •

  E. T. G .

T U M B A  D E   PABLO

IGLESIAS

E N E L

CEMENTERIO

C I V I L  D E   MADRID.

OBRA

D E L   AR Q U I TEC TO

AZORIN

Y D E L

  ESCULTOR

BAR R AL .

L O S   RESTOS

D E L   LIDER

S O C I A L I S T A

R EPO SAN

  E N

  ELLA

DESDE ABRIL

D E 1 9 3 0 ,  CINCO

AÑOS DESPUES

D E S U   MUERTE.

2 6

BREVE CRONOLOGIA

DE

  PABLO IGLESIAS

1850.—Nace  en El  Ferrol

el día 18 de  octubre, hijo

d e

  Pedro

  de la

  Iglesia

Expósito  y  Juana Posse,

modesta familia obrera.  El

padre trabaja como peón

ara e l

  Ayuntamiento

  d e

a  ciudad.

«

1860.—Tras  la  muerte  del

padre,

  la

  familia

  se

  trasla-

da a  Madrid. Pablo (Pauli-

no

  entonces)

  y su

  hermano

pequeño entran  en el hos-

picio, donde  el  primero

aprende

  el

 oficio

 d e

 impre-

sor .

1 8 6 2

  —Salida

  de l

 hospicio.

Comienza

  a

  t rabajar

  en

diversas imprentas.

1870.—Se adhiere  a la sec-

ción española  de la  Inter-

nacional, perteneciendo  a

su

  comisión federal. Publi-

ca sus  primeros artículos

en La

  Solidaridad

1873.-Ingresa  en la Aso-

ciación General  de l  Arte

d e  Imprimir,  de la que

—más tarde— sería elegido

presidente.

1879.—Interviene  en la

fundación —clandestina—

d e l  Par t ido Socia l i s ta

Obrero,  q u e  agrupa  a los

internacionalistas marxis-

tas .

1882.—Es condenado

  a

cinco meses  d e  cárcel

—que cumplirá  d o s  años

después—  p o r  participar

e n u n a

  huelga

  d e

  impreso-

res . Los patronos  se niegan

a

  darle trabajo

  una ve z

que ha  salido efe la prisión.

1882-1886.  —  Despliega

u n a  in tensa ac t iv idad

organizativa  y d e  expan-

sión  del  partido.

1885.—Informe  a l a Co -

misión

  d e

  Reformas Socia-

l e s

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 27/132

1 8 8 6 . — F u n d a c i ó n  d e l

periódico  E l  Socialista

Pablo Iglesias  es  nombra-

do  director.

1888.—Constitución

  de la

Unión General

  d e

  Trabaja-

dores  y  defini t iva,  de l

Partido Socialista Obrero.

Al  partido,  a la UGT y a

E l  Socialista , dedic ará

Iglesias todo

  su

  trabajo

  y

esfuerzo.

1889.—Asiste

  al

  Congreso

de l a  In ternacional  e n

París. También  se  hallará

presente en los de  Bruselas

(1891),

  Zurich

  (1893)

  y

Londres  (1896)  —siempre

e n  representación  de l P a r -

tido Socialista Obrero—,  y

a  todos  los que el  partido

celebra  en  España.

1893.—Amparo Meliá ,  a la

q u e  conociera  en  Valencia

cinco años antes,  se con-

vierte  en su  compañera.

N o  dejarían  de  serlo hasta

la  muerte  de l  dirigente

obrero,

  en 1925.

1894-1896.—Pasa tempo-

radas intermitentes  en la

cárcel.

1899.—Es elegido presi-

dente

  de la

  Unión General

de

  Trabajadores.

1905.—La dura lucha

mantenida  en los  últimos

años  p o r  hacer progresar

el  triple frent e  ' en qu e

Ig les i as d esa r ro l l a  s u

labor, comienza  a da r

resultados, incluso  a  nivel

d e  acceso  a  puestos repre-

sentativos: Iglesias  y dos

de s us  correligionarios,

García Ormaechea  y Lar -

go

  Caballero,

  son

  elegidos

concejales

  en

  Madrid.

1908.—Inaugura

  la

  Casa

del  Pueblo madrileña.

1909.—Se forma

  la Con-

junción republicano-so-

cial is ta, como postura

común ante  la  represión

desencadenada  con  moti-

vo de la

  Semana Trágica

de

  Barcelona.

1910.—Es elegido diputa-

do.

 Iglesias

  se

  convierte

  en

el

  primer socialista

  que

a c c e d e  a l  P a r l a m e n t o .

R e n u e v a  e l  escañ o  d e

d i p u t a d o  e n  to d as  l a s

sucesivas elecciones. Este

mismo  a ñ o ,  asiste  p o r  últi-

ma ve z a un

  Congreso

celebrado fuera  de  España

debido  a su  maltrecha

salud.

1913.—Abandona

  la

  direc-

ción  de El  Socialista .

1914.—Tal estado

  d e

 salud

le conduce  a no poder asis-

t i r

  siquiera

  a los

 Congresos

d e l  Partido  o de la UGT

que se  desarrollan  en el

interior  de l  país.  Su  labor

parlamentaria  se  prolon-

garía,  s in  embargo, hasta

1917.

1 9 2 1  .—Contempla  c o n

dolor  la  división  que se

produce  en el seno  de l P a r -

tido Socialista Obrero  y

que da  origen  al  Partido

Comunista,  c o n  motivo  del

debate acerca  del  ingreso

en la III

  Internacional.

Pablo Iglesias

  se

  muestra

opuesto

  a tal

  ingreso.

1925.—Muere  e n  Madrid

el día  9 d e  diciembre.  H a s -

ta su

 fallecimiento, ostentó

la presidencia  de los comi-

té s

  nacionales

  de l

  PSOE

  y

de la UGT Su  entierro

constituye

  u n a

  impresio-

nante manifestación  del

dolor sentido  p o r  todas

l a s  clases t rabajadoras

españolas.

2 7

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 28/132

PABLO IGLESIAS

Y

MIGUEL

 DE

 UNAMUNO

Correspondencia 1894-1918

VICTOR MANUEL ARBELOA

D

E

  sobra

  es

  conocida

  l a

  etapa

socialista

  de

  Miguel

  de

  Unamu-

n o (1 ) . E l  director  d e L a  lucha  de

clases,  de  Bilbao, Valentín Hernández,

en  cuyo periódico aparece  e l  primer

(1)  Sobre  el  socialismo  d e  Unamuno,  v e r  CARLOS

BLANCO AGUINAGA,

  E l

  Socialismo

  d e

  Unamuno,  en

Revista

  d e

  Occidente,  4 1 ,  agosto  de 1966 , pp .  166-184,

y  RAFAEL PEREZ  DE LA  DEHESA,  Política

  y

  Sociedad

en el primer Unamuno

  (1894-1904), Madrid,  1 9 6 6 . V e r

también EMILIO SALCEDO,  Vida

  de don

  Miguel,  Sala-

manca,  1 9 7 0 , p p .  78-82  y ss., y  ELIAS DIAZ,

  Revisión

d e

  Unamuno: Análisis crítico

  de su

  pensamiento políti-

co

Madrid ,  1 9 6 8 .

escrito

  d e l

  profesor

  de

 Salamanca

  (2 ) , le

ruega  q u e  pida  e l  ingreso  en la  agrupa-

ción bilbaína,  le  dice  la  sensación causa-

d a p o r l a

  publicación

  de su

  carta,

  le

recuerda

  e l

  ejemplo

  de

  socialismo dado

p o r

  intelectuales como Vera

  y

  Oyuelos

  y

le

  recomienda

  que se

 ponga

  e n

  contacto

c o n e l

  fundador

  d e l

  partido, Pablo Igle-

sias

  (3 ) .

  Iglesias recibe

  la

  primera carta

de  Unamuno  e l 2 de  noviembre  d e l m i s -

m o a ñ o , a la q u e n o

  contesta antes

  —se-

g ú n s u

  respuesta

  de l 12 de

  diciem-

b r e (4)— p o r

  motivo

  de la

  huelga

  d e

(2) La

  car ta

  d e

  Unamuno

  a

  Valentín Hernández

  a p a -

reció

  en La

  lucha

  d e

  clases,

  de

  Bilbao,

  en la

  página

  p r i -

mera  de l  número  3 ( 2 1 d e  octubre  de 1894) con el título

de

  U n

  socialista  m á s , c o n u n a  entradilla  m u y  elogiosa

de la  redacción para  el  autor  de la  ca r ta  y  unas líneas

d e  felicitación  a l  final  de la  misma.

(3)  Carta  d e  Valentín Hernández  a  Miguel  d e  Unamu-

no, del 24 de

  octubre

  de 1894 .

(4) La  correspondencia Iglesias-Unamuno  la

  h e

  podi-

do ver en e l  archivo  de la biblioteca  de la  Universidad

d e  Salamanca gracias  a las  exquisitas atenciones

  d e

  la

directora  de la  misma, doña Teresa Santander. Espero

q u e

  pronto podrá publicarse toda

  la

  correspondencia,

científicamente anotada,  en los  Cuadernos  de la  Cáte-

d r a

  d e  Miguel  de  Unamuno.

  P o r  otra parte, esperamos

publicar próximamente todos  lo s  trabajos  d e  Unamuno

en la

  prensa socialista, entre

  1 8 9 4 y 1 9 0 4 ,

  siguiendo

l a s

  sabias indicaciones

  d e

  PEREZ

  DE LA

 DEHESA,

  con

u n  estudio preliminar  d e  JOSE RAMON RECALDE

y mío .

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 29/132

PABLO IGLESIAS

  Y

  MIGUEL

  D E

  UNAMUNO MANTUVIERON

U N A   ESPAC I AD A C O R R ESPO N D EN C I A EN TR E  1894 Y 1918. TEMA

H A B I T U A L  D i S U S   C A R T A S  E R A EL   DESARROLLO  D E L P A R -

TIDO SOC IAL IST A OBRERO,  A L Q U E   U N A M U N O  S E   AFILIO  E N

NOVIEMBRE  DE 1894.  "EXCUS O DECIRLE  Q U E S U   INGRESO  E N

E L   P A R T I D O S O C I A L I S T A  M E H A   C A U S A D O  U N   VER D A-

DERO PLACER. COMO

  L O

  EXPER I M EN TAR S I EM PR E

  Q U E S E A

VENIR  A L A S   F I L AS EM AN C I PAD O R AS H O M BR ES  D E L C A M -

P O   I NTE LECT UAL ( . . .) .  L O S   OBREROS MA NUALES SOCIAL IS-

T A S .  LEJOS  D E   M I R AR  C O N   PR EVEN C I O N  Y   RECELO  A L O S

HOMBRES  D E   CARRERA, OESEAMOS VERLOS  A   NUESTRO

LADO" , ESCRIBIRIA IGLESIAS  E N S U   PRIMERA CARTA

A

  U N AM U N O FEC H AD A

  E N

  OICIEMBRE

  OE 1894.

Málaga,  q u e  dura todavía;  p o r s u

encarcelamiento posterior

  y p o r u n

 fuer-

te   catarro,  de l que no se ha   repuesto

a ú n ;

Excuso decirle  que su  ingreso  en el

Partido Socialista  me ha  causado  un

verdadero placer, como  lo  experimenta-

ré  siempre  que sea  venir  a las  filas

emancipadoras hombres  del  campo

intelectual.  Al  revés  de lo que  dicen

algunos majaderos

  al

  servicio

  de la

  clase

dominante,  los  obreros manuales  so -

cialistas, lejos  de  mirar  co n  prevención

y  recelo  a los  hombres  de  carrera,

deseamos verlos  a  nuestro lado, coope-

rando,  en el grado  que les sea posible,  a

la

  difusión

  de los

  principios revolucio-

narios  y a la  organización  de l  proleta-

riado .

E n  carta  d e l 20 d e  marzo  d e l a ñ o

siguiente,  e l  fundador  d e l  partido  res-

ponde

  a

  Unamuno sobre algunos extre-

mos d e  cotización,  en la que  nunca  fue

éste demasiado cuidadoso:

  e l

  profesor

salmantino

  h a d e v e r

  cuánto

  ha de

  apor-

ta r a la  suscripción abierta para  la  caja

central  d e l  part ido;  a quien puede hacer

má s q u e la

  generalidad "toca contribuir

co n  mayor donativo". Todo será poco,

porque  la  propaganda  es   capaz  de con-

sumir cantidades crecidísimas.

  " A l

periódico

  —le

  recuerda delicadamente

2 9

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 30/132

H j U U O  J L 3 D I

 DtttJUflfttt*

  L *

  \H»4

mm  l ocha* i n t «n

ragiuvH» purea,

« • l i to  U m * .  UmmIZm-

•u* *T>  Edotn l * Vl lWwi l .

*>. Pa «irtw,  *>. MmmI

0«Aim

 5».

 JuMttin S*MM»

l i a . * *

  B « m M r - f w » 4 i i ,

» ; ü «   n p h u A *  * * K i w

4 a  Auna** .  t s ,  Nicttu»  U -

 

mu 1.0* Anta®** Hrttik

M t t O M K *J» *«-

( « M i  I r n U n W ,  54)   C f « i

OcIn». t>

.

 0*11*.

  i m

h U « S V  uií-ho  ¿6   Jttlién

llotAZl

E N S U S

  C A R T A S

  A

  IGLESIAS, UNAMUNO JUZGABA

  C O N

  FRECUENCIA

  DE

  MANERA NEGATIVA

  A L

  SEMANARIO SOCIALISTA OBRERO

OE

  BILBAO.

  «L A

  LUCHA

  D E

  CLASES».

  E N E L Q UE . NO

  OBSTANTE. PUBLICO

  I L

  PROFESOR

  D E

  SALAMANCA

  S U

  PRIMER ARTICULO.

UNAMUNO LLEGO  A  DECIR  DEL  SEMANARIO  Q U E  «OBEOECE  A ESA  MALA EDUCACION  D E L O S  LLAMADOS LIBREPENSADORES».

Iglesias— tiene usted satisfecho hasta  e l

mes de

  diciembre

  d e l

  pasado

  a ñ o " .

PROPAGANDA SOCIALISTA

E N

  SALAMANCA

Ya en la  pr imera carta  le  dice Iglesias  a

Unamuno  q u e con  mucho gusto corres-

ponderá

  con é l , y

  mayor todavía tendrá

de  verlo cuando vaya  a  Madr id .  S u

declaración socialista habrá causado  s in

duda buen efecto  e n  hombres simpati-

zantes

  c o n e l

  socialismo,

  y

  alguno

  de

ellos podrá seguirlo.

  A

  pesar

  de la

  situa-

ción  n o   obrera  de  Salamanca, conven-

dría  q u e  intentara crear  u n  núcleo

socialista, acaso poniéndose primera-

mente  e n  contacto  c o n l o s  tipógrafos

locales; podrían

  así

  venderse algunos

ejemplares  de los  semanarios socia-

listas.

En la  carta  de l 14 de  febrero  d e 1 8 9 5

- s u s  muchos quehaceres  e n  Málaga  y

en  Madr id  l e h a n  impedido contestar  a

la de

 Unamuno

  de l 12 de

  enero- vuelve

Iglesias sobre  e l  tema:

Tiene muchísima razón  al  decir  que la

propaganda  es dura  y de muy  lento efec-

to ,  pero  esa  obra,  y en  parte  la de la

organización,  es la que  toca realizar  hoy

en  nuestro país  a los que  defienden  los

principios socialistas. Celebraré  que se

halle usted pronto  en  buenas condicio-

nes  para ayudarnos  en la  forma  que

usted desea, aunque  su propaganda  ten-

ga que  efectuarla entre público distinto

al que

  hasta ahora

  ha

  oído

  a los que

hemos tenido  la  honra  de  llevar  la voz

del  partido .

E n  Salamanca  no   tiene relaciones  c o n

ningún obrero

  n i se

  envía

  E l

  Socialista

má s q u e a é l y a l

  profesor Dorado

  M o n -

tero. "Para formar núcleo socialista

  a h í ,

no le  queda, pues,  m á s  remedio  que

valerse  de las  relaciones  q u e  tenga

actualmente

  o de las que

  pueda crear-

s e " .  Algunas gestiones infructuosas  —le

dice  en  carta  d e l 20 d e   marzo- hizo  e n

Salamanca

  p o r l a

  causa

  d o n

  José

González,  de quien tiene  u n vago recue r-

do .

  Aunque

  n o

  estén

  en las

  mejores

  c o n -

diciones

  lo s

  obreros salmantinos, ellos

han de se r los que

  consti tuyan

  e l

  part i-

do, s i  bien influidos  p o r  Unamuno  y los

demás hombres

  de

  carrera

  que les

secunden: "Digo esto porque  no   juzgo

posible  que en e l  plazo  d e u n a ñ o o d os

haya  e n  Salamanca obreros intelec-

tuales  e n  número suficiente para consti-

tuir agrupación  p o r s í  solos".

El 21 d e  mayo  d e l  mismo  a ñ o l e  escribe

Iglesias  q u e h a id o a verle  a l a  casa  d o n -

3 0

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 31/132

de se hospedaba  e n Madrid para hablar

c o n é l  sobre  las  elecciones municipales

e n

 Salamanca, pero

  h a

  visto

  c o n

 sorpre-

sa que  había abandonado Madrid  e l d ía

anterior.  L e  pregunta sobre  e l  resultado

d e l  sorteo tras  e l empate  c o n e l candida-

to

  conservador;

  s i

 piensa tomar,

  e n

  todo

caso, parte  en las  tareas  d e l munic ip io  y

s i estará  de acuerdo  e n todos  lo s asuntos

c o n s u

  compañero Dorado. Podría

hacer,  de  todos modos, algún trabajo

entre  sus  votantes  de  cara  a la  forma-

ción  de un  grupo socialista.  D o s  días

m á s

  tarde recibe Iglesias carta

  d e U n a -

muno  en la que   éste  le  habla  de su prisa

p o r  dejar Madrid,  de las  elecciones  y de

su

  actividad socialista

  e n

  Salamanca.

L a s  noticias sobre este último punto  n o

deben  d e se r mu y  optimistas, como  se

echa

  d e v e r d e la

  respuesta

  de

  Iglesias:

Siento mucho  que por  asuntos  de

familia  y de profesión  no pueda trabajar

de una  manera declarada  por el  progre-

so de  nuestro partido, pero, como usted

mismo reconoce, algo puede hacer  en

tanto desaparezca aquella circuns-

tancia .

Y m á s  adelante:

Si  usted  ha  visto  que sus  declaraciones

socialistas  le han  creado ciertos peli-

gros, trate  de  salvarlos  con la  conducta

que a  usted  le  parezca  más  adecuada,

pues  si  bien nosotros deseamos  en el

partido gente  que  trabaje  al  descubierto,

no  pretendemos  que  nadie sacrifique  su

posición

  o su

  carrera. Después

  de

  todo,

tiempo queda para  que el partido pueda

aprovechar  los  frutos  de su  actividad ..

Siente también Iglesias

  lo

  ocurrido

  c o n

la concejalía, pues  " a s í l o s  resultados  de

su

  trabajo serán mayores".

  S i

  pudieran

organizar algunas fuerzas, quizá

  en las

elecciones

  d e l a ñ o

  próximo

  " s u

  entrada

en e l

  Ayuntamiento fuera cosa segura".

E l

  escrito sobre

  la s

  elecciones

  q u e U n a -

muno

  le

  anuncia convendría

  que lo

mandara  e n  seguida, para  q ue  pudiera

aparecer  e n e l  próximo número  d e l ó r -

gano socialista nacional.

F U E   VALENTIN HERNANDEZ, DIRECTOR  D E « L A   L U C H A  D E

CLASES», QUIEN ANIMO  A   U N A M U N O  A Q U E   E N T R A S E  E N E L

PAR TI D O SO C I AL I STA O BR ER O . D I VER SO S ESTU D I O S  R E -

CIENTES  H A N   M O STR AD O C O M O  S I

  DA CON

  FUERZA  E N E L

JOVEN UNA MUNO -C U Y A EFIGIE VEMOS   E N L A   F O T O -  U N A

CREENCIA SOCIAL ISTA  Q U E N O   M AN TU VO PL EN AM EN TE.

LA   PRENSA SOCIALISTA

• ^ •

E n l a

  correspondencia Iglesias-Una-

muno encontramos numerosas referen-

cias

  a la

  colaboración

  de

  este último

  en

la

  prensa

  d e l

  partido.

  E l

  director

  d e l ó r -

gano madrileño suele pedir  a l  escritor

vasco breves artículos para  lo s números

conmemorativos  d e l 1 de mayo  y del 18

de

  marzo, aniversario

  de la

  Comuna

  de

París.  A s í , e n  cartas  d e 1 8 9 5 , 1 8 9 6 ,

1 8 9 7 , 1 9 0 3 , 1 9 0 4 , 1 9 0 7 y 1 9 1 8 . E n l a

de 15 de

  abr i l

  de 1907 le

  agradece,

  e n

nombre

  de la

  redacción,

  la s

  cuartil las

enviadas:

Dada  su  bondad  y el  interés  que  mues-

tra por  nuestro partido,  es  natural  que

las  redacciones  de  todos  los  semanarios

socialistas soliciten  su  colaboración

para  los  números  del 1 de  mayo. Puede

3 1

*

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 32/132

estar segurísimo  de que  todos  se lo  agra-

decen mucho .

Pero también  la mi sma correspondencia

versa sobre  l a prensa socialista  e n gene-

r a l . U n o d e l o s

  temas preferidos

  d e U n a -

muno  c o n e l  fundador  y  primer director

de

  La

  lucha

  d e

  clases,

  de  Bilbao,  es el

contenido ideológico  y e l  estilo periodís-

tico

  d e l

  semanario,

  q u e

 Unamuno juzga

co n  frecuencia  m u y  negativamente.  E l

tema aparece también

  a

  menudo

  en las

cartas  d e d o n   Miguel  a s u  amigo  y  cola-

borador  d e l  periódico bilbaíno, Timoteo

Orbe, residente  e n  Sevilla.  E n l a s  cartas

- q u e n o

  conocemos—

  a

  Pablo Iglesias,

Unamuno tiene  s in  duda ante  su s  ojos

especialmente

  e l

  periódico socialista

madrileño.

  L a s

  habituales acusaciones

d e l

  profesor

  de

  Salamanca

  a la

  prensa

socialista suelen

  ser las de

  dogmatismo,

fanatismo, agresividad

  y u n

  zafio decir

las

  cosas.

  A

  pesar

  de

  todo,

  e n l a

  corres-

pondencia

  c o n

  Iglesias

  l a

  crítica parece

s e r m á s  moderada.  E n l a  carta  del 14 de

febrero  d e 1 8 9 5   escribe Iglesias:  S i  E l

Socialista  se   ocupa  a  veces  de  ciertos

periódicos republicanos

  es

  porque

  lo

piden

  lo s

  correligionarios

  de

  esas locali-

dades;

  s i no , no les

 dedicaría

  u n a

  sola

  l í -

í e a .  Conversaría  m u y a  gusto  c o n U n a -

nuno  e n  Madrid sobre  lo s  puntos  que

éste  n o   considera acertados: "Creyendo

f irmemente  que la  conducta  q u e  segui-

mos es la  mejor, oiremos,  s in  embargo,

co n  mucho gusto, cuantas observacio-

nes se nos  hagan respecto  de  el la".

E n s u

  carta

  d e l 2 0 d e

  marzo

  d e l

  mismo

a ñ o   lamenta Iglesias  q u e n o  haya venido

Unamuno  a  Madr id  lo s  días  de carna val

para hablar "sobre

  l a

  marcha

  d e l

 part i -

d o , e l  modo  de  defender  u n  programa  y

r l  carácter  que  tiene

  El  Socialista .

  L o

aplaza para cuando puedan verse

  y p u e -

d a

  contestar

  así a las

  observaciones

  de

d o n

  Miguel,

  " q u e n o m e

  molestan

  e n

nada  y que  reconozco hijas  d e u n a  fran-

queza

  q u e m e

  satisface":

Sin  embargo,  le  haré aquí  dos  manifes-

taciones acerca  de  ellas:  Una, 7ue yo

entiendo  que la  mayoría  de los  hombres

de  profesiones intelectuales vendrán  al

socialismo  por  convicción —tachado  por

convencimiento—,  lo que  entraña  un

conocimiento pleno

  de

  nuestras ideas.

Otra,  que El  Socialista, teniendo  que ser,

por su  carácter  de  órgano, central  del

partido, algo

  de lo que

  usted dice,

  no

puede  ser, hoy por hoy, más de lo que

usted

  ve por

  falta

  de

  elementos intelec-

tuales. Cuando tengamos  la  satisfacción

de  vernos,  ya le  hablaré  más  extensa-

mente sobre este particular .

EL   PROBLEMA RELIGIOSO

U n a d é l a s  cosas  q u e m á s  echa  e n  cara

Unamuno  a  Valentín Hernández  es la

actitud decididamente anticlerical  y a u n

antirreligiosa  de

  La

  lucha

  de

  clases.

  N o

cabe duda

  de que

  algo parecido debió

  de

escribir  a  Iglesias:

Una de las  asperezas  -responde éste

en su  carta  d e l 2 3 d e  mayo  d e 1 8 9 5 -

que  usted encuentra  en el  partido  es el

que  trate  la  cuestión religiosa. Aunque

yo   entiendo  que los  verdaderos socialis-

tas son  antirreligiosos,  no  creo  que de

ta l  asunto debemos hacer  una  cuestión

batallona, pero opino también

  que no

podemos  ni  debemos dejar  de  combatir

lo que hoy es  sostén poderoso  de la  clase

capitalista.  El  quid únicamente está  en

hacerlo  en  ocasión oportuna.

Numeroso

  ha

  sido

  el

 partido republica-

no y, sin  embargo,  una  gran parte  de él

no ha  hecho  más que  realizar  una  viva

campaña contra

  el

  clero.

  Las

  exagera-

ciones mismas

  en que

  sobre dicho

particular incurre  La  lucha  de  clases

obedece  a esa mala educación  de los lla-

mados librepensadores .

L A   LUCHA SOCIALISTA  E N   BILBAO

Después

  d e u n a

  breve carta  de  Iglesias,

d e  12   d e

  abr i l

  d e 1 8 9 7 ,

  pidiendo

  a U n a -

muno  u n  artículo para  el 1 de  mayo,  l a

correspondencia entre ambos desapare-

c e

  h a s t a

  e l 8

  d e

  mayo

  d e 1 9 0 2 , e n q u e e l

direc tor  d e  E l  Socialista  agradece

  a l

escr i tor  bilbaíno,  e n nombre  de la  redac-

ción.

  s u

  excelente escrito" para  e l n ú -

mero

  d e

  l a

  fiesta obrera,

  de l que le en-

v í a p o r

  correo aparte seis ejemplares.

  E l

3 2

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 33/132

ESTE

  E R A E L

  HUMILDE DESPACHO

  D E

  PABLO IGLESIAS. DESDE

  E L Q U E

  - S U P O N E M O S - E S C R I B I R I A

  S U S

  C A R T A S

  A D O N

  MIGUEL

PORQUE. SEGUN

  E L

  TESTI M O N I O

  D E

  J U A N

  A .

  MELIA,

  « E N L A

  B U T A C A

  Q U E S E V E A L

  FO N D O ,

  Y

  R O D E A D O

  D E

  S ILLAS LLENAS

  D E P E

RIODICOS, L IBROS  Y   C A R T A S . P A S A B A  L A   M AYO R PAR TE  D E L D I A .  LEYENDO;  D E   A L L I  S E   T R A S L A D A B A  A L A   MESA PARA CONTES

T A R L A

  C O R R ESPO N D EN C I A

  Y

  ESCRIBIR

  S U S

  AR TI C U L O S» .

hueco corresponde  a l  período  de  aleja-

miento

  de

  Unamuno

  d e l

  part ido

  y aun

d e l socialismo,  y al de su crisis religiosa .

t

E l 2 de marzo  d e 1 9 0 3   agradece Iglesias

a su  amigo  lo s votos  p o r e l  t r iunfo  de su

candidatura  en  Bilbao:

Creo  que se  luchará bien, pero  no

podremos vencer

  la

 fuerza

  del oro, de la

arbitrariedad  y del  atropello  que nos

opondrán nuestros adversarios. Para

eso  opino  que aún no  tenemos fuerza.

Todo  lo que  usted haga  por el partido  en

Bilbao  o en  otro punto  se lo  agradeceré

infinito .

El 8 de mayo  d e l mismo  a ñ o e l candi da

to   derrotado confirma  las  previsiones:

En las

  elecciones últimas

  de

 Bilbao

  han

echado  el  resto  en el  empleo  de procedi-

mientos ruines liberales  y  bizcaitarras,

sobre todo  los  últimos.  Eso  hizo  que

estallara  la  indignación  de los  socialis-

tas y que se rompieran  las  urnas  en una

docena  o más de  colegios.  De no  cesar  el

soborno, dudo  que  haya elecciones pací-

ficas

  en

  Bilbao .

C o n  todo,  u n a  buena parte  de los  votos

obtenidos

  p o r e l

  Partido Socialista

  h a n

sido  lo s  votos  de los  campesinos,  lo que

es un  buen augurio:  " E l  part ido  n o   cesa

en su  avance.  A   fuerza  de  trabajo vamos

logrando  q u e  nuestras ideas penetren en

todas

  las

  regiones".

L a

  candidatura socialista

  a

  Cortes

  p o r

Bilbao seguía encontrando obstáculos

cuatro años  m á s  tarde.  E l 15 de abri l  de

1 9 0 7  escribe Iglesias  a  Unamuno:

Posible  que  esta  vez aún  salga  un neo

po r  Bilbao. Usted sabe mejor  que yo que

disponen  de  muchos medios  y que no

reparan

  en

  nada. Como usted, opino

  que

si un

  socialista

  de

  veras entrase

  en el

Parlamento,  el  partido recibirá  un

impulso  de  importancia; supongo  que no

lo  lograremos todavía; pero sabemos,

como usted dice  muy  bien, esperar,  y

3 3

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 34/132

esperar educando. Abrigo  la  confianza

de que si  ahora  no, en  otras elecciones,

de  durar  el futuro Parlamento  dos  años,

conseguiremos entrar  en las  Cortes .

Esta

  v e z

  t a m b i é n

  l a s

  previs iones habían

d e  cumpl i r se .

LA   ULTIMA CARTA

D E

  PABLO IGLESIAS

L a

  ú l t ima car ta

  d e

  Iglesias

  a

  Miguel

  d e

U n a m u n o ,

  q u e h e

  podido

  v e r ,

  lleva

fecha

  d e l 2 0 d e

  abri l

  d e 1 9 1 8 . E l m e m -

brete dice:

  E l

  Diputado

  a

  Cortes

  p o r

M a d r i d .

  L a

  letra evidencia

  la

  m a n o

  y a

t emb lo rosa  d e  Iglesias:

Sr. D.  Miguel  de  Unamuno.

Mi  querido amigo, muchas gracias  por

las  líneas para  El  Socialista.  No he podi-

do  cumplir  su  encargo cerca  del  amigo

Prieto  por  andar  mal de  salud  y  hace

tres días  que no voy por el  Congreso.  En

cuanto  le vea se lo daré.  El otro  día, bur-

la  burlando,  les dio un  buen meneo  a los

nacionalistas vascos, produciendo  muy

buen efecto  en la  Cámara.  Su  campaña

en  ésta  va a ser muy  provechosa para

las  ideas socialistas  y en general para  la

causa  del  progreso.  El y los de  Cartage-

na van a dar  mucho fuego  a  toda clase

de  reaccionarios.  Yo, si  puedo hacer

algo, será poco, porque

  mis

  fuerzas

están  ya  casi agotadas,  a pesar  de decir-

me  todos  que  tengo buena cara.

También  yo  tengo ganas  de verle  y char-

lar con

  ustéd.

Le felicito efusivamente  por su  magnífi-

ca   campaña periodística.

Sentí mucho  que  Salamanca  no le hicie-

ra   representante suyo,  y más aún el

espectáculo

  que dio la

  clase trabajadora

el día de las

  elecciones.

Deseándole mucha salud,  le  estrecha  la

mano  su  buen amigo

P.  Iglesias .

El 9 de

  d i c i embre

  d e 1 9 2 5

  mor í a

  e l f u n -

d a d o r  d e l  Part ido Social is ta . Unamuno

seguía batal lando desde  s u  exilio  d e

H e n d a y a .

  •

  V. M . A.

A U N Q U E A B A N D O N A R A  E N   BUENA PARTE  S U S   I D E A S S O C I A L I S T A S . U N A M U N O  N O   D E J A R I A  D E   A S I S T I R P O S T E RI O RM E NT E  A A C -

T O S C O M O E L Q U E   REFLEJA  L A   FOTO  D E   V E NA NCI O G O M B A U:  U N   M I T I N RE P UB L I CA NO  E N E L Q U E . A L A   I Z Q UI E RDA  D E L  C A T E D R A T I C O .

F I G URA N

  E L

  DO CT O R P RI E T O CA RRA S C O . A L V A RO

  D E

  A L B O R N O Z

  Y

  JOSE MARIA QUIROGA

  P L A .

3 4

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 35/132

E N T R A D A  E N E L  CEMENTERIO C IV IL  D E   MADRID . PUEDE VERSE  A L A   I Z Q U I E R D A  E L   M A U S O L E O D E D I C A D O  A   PABLO IGLESIAS. OBRA

D E L   E S C U L T O R E M I L I A N O B A R R A L  P O R   E N C A R G O  D E L   P A R T I D O S O C I A L I S T A  Y L A   U N I O N G E N E R A L  D E   T R A B A J A D O R E S .

CEMENTERIO CIVIL

U N REFLEJO DE

LAS DOS ESPANAS

J .

  A N T O N I O G O M E Z M A R I N

La   carretera  de   Vicálvaro parte  en dos la  colina pronunciada.  E l "corral  de los  muertos" tiene  sus  leyes,

sus  reglamentos estrechos, humanos  y divinos,  que perpetúan  la  división  más allá  de la vida, c on empeño

maniqueo.

  A la

 derecha, según

 se

 sube,

  lo s

 muertos

  en

 regla;

  a la

  izquierda,

  lo s

  otros.

  E l

 Código Canóni-

co lo   tiene previsto todo  co n detalle, desde  que se pensó  en  organizar también  la no  vida. A l principio  no

era así. La  sepultura individual, cavada limpiamente  en la   roca  o en el borde  de l camino, quizá  en  pleno

campo —"campus sanctus"—, se  convirtió  en  familiar,  en  panteón, y  luego,  en  "coementerium",  de l grie-

go   "koimeeteérion", "lugar  de  dormición".  E l  cementerio  es   propiamente  un a  creación cristiana,  muy

vinculada  a la   organización parroquial  de la  vida  de l grupo. Según esta idea, cada parroquia regía  el des-

tino  de sus   propios muertos,  y  hasta  en un  tiempo  lo s  reclamaba para  sí en  enterramientos aledaños.

Pero

  más

 tarde,

  lo s

 muertos

  so n

 desterrados

  a las

  afueras,

 p o r

  razones

  de

 sanidad, entre otras,

  y

  enton-

ces

  empieza

  a

  tramarse

  la

  malla ideológica

  y

  legal

  de los

  enterramientos comunes.

3 5

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 36/132

k\--

E N U N A   T U M B A  S E LE E .  COMO  U N   R A S T R O  O E   PACIFICA PERO ENERGICA PROTESTA. ESTA INSCRIPCION ESTREMECEDORA: «TODA

TIERRA  E S   S A GR A D A ». . . OTR A S TU M B A S P R E GON A N  S U   ESCEPTICISMO  A   U L T R A N Z A : « N A D A  H A Y  DESPUES  D E L A   MUERTE».. .

3 6

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 37/132

L

  Código

  es

  bien explícito

y

  concreto,

  lo

  regula

  t o -

d o

  minuciosamente,

  a l

amparo  de la ley  civil.  La

Iglesia posee

  s u s

  propios

cementerios,

  q u e e l

  canon

2.329 declara "lugar sagra-

d o ,

  alejado

  d e l u so

  profano

  y

protegido  po r l a l e y " , con l a

excepción

  d e

  Francia,

  la

Galia impía,

  q u e

  desde

  1881

le   arrebató  e l  privilegio.  N o

obstante,

  d e

  algún modo,

  la

Iglesia regula  e l enterramien-

t o ,

  aunque

  s e a p o r

  exclusión:

h a y u n  solo lugar digno  y

sagrado para

  u n

  muerto

decente,

  y

  éste

  es e l

  cemen-

terio eclesiástico.

  L o s

  otros

muertos

  h a n d e se r

  excluidos

d e l  "corral" sagrado.  A s í  dice

u n

  reciente

  e

  importante

  t r a -

tado católico:

  " L o s

  cemente-

rios  d e  suicidas  y d e  todos

l o s q u e h a n

  muerto fuera

  de l

seno

  de la

  Iglesia

  se

  reputan

como lugares  q u e  deben  se r

temidos

  p o r n o

  estar bende-

cidos...".

E s,

  pues,

  la

  bendición

  de l

cementerio,  e l  rito solemne,

l o q u e

  confiere

  a la

  t ierra

  su

condición  d e  sagrada.  L o s

cánones

  1 . 1 5 4 a l 1 . 1 5 6 l o

establecen todo

  c o n

  rigor:

sobre

  e l

  campo

  se

  habrán

  d e

plantar cinco cruces

  s i n c r u -

cif i jo,  u n a d e   ellas  e n e l ce n -

t r o ; s e

  cantarán entonces

  las

oraciones

  y las

  letanías

  d e

lo s

  santos:

  se

  procederá

  l u e -

go a la

  aspersión

  e

  incensa-

ción  d e l  lugar, recorriéndolo

e n

  solemne procesión;

  se

entonarán todavía  lo s  salmos

peni tenc ia les; habrán  d e

encenderse

  a

  continuación

tres velas, colocadas, respec-

t ivamente,  una en la  parte

superior,

  u n a e n e l

  extremo

d e  cada brazo  de la  cruz;

f inalmente

  se

  procederá

  a la

bendición eucarística.

  A p a r -

t i r d e

  este momento,

  e l

"camposanto"  n o   debe  se r

temido, sino

  a l

  contrario:

aquello  es un  lugar  d e pa z y

d e

  esperanza,

  d e

  reconcilia-

Quedamos  en que la  carrete-

ra

  divide

  e n d o s e l

  cemente-

r i o . A l a

  derecha,  Santa

María

  de la

  Almudena;

  a la

izqu ierda,

  e l

  "Cemente r io

Civi l " .

  D o s

  cementerios para

" d o s  Españas". Incluso  d e s -

pués

  de la

  muerte,

  la

  rigidez

d e  nuestros planteamientos

Dresen-

a  tapia

• /

cion...

tribales perpetúa

  su

c ia

  tremenda. Sobre

d e l  sagrado,  la   mampostería

dibuja

  d e

  trecho

  e n

  trecho

  e l

relieve

  d e u n a

  cruz; sobre

  la

d e

  enfrente,

  u n

  signo anodi-

n o ,

  cualquiera, para seguir

  e l

juego  d e l o s  ladrillos.  U n a

glorieta central enfrenta

  d i a -

metra lmente  l a s d o s   puertas.

Allí

  se

  despide

  e l

 duelo

  de l os

otros muertos.

  L o s

  espíritus

sensibles  s e h a n  quejado

muchas veces: "Cementerio

Civil,

  q u é

  pena

  /

  tapia

  p o r

medio  e l  camposanto  / de

María

  de la

  A lmudena",

  p l a -

ñ e , p o r  ejemplo, Gerardo

Diego.

Pero  n o e s t a n   simple  la

cuestión.

  La

  tapia

  — o ,

  mejor,

la s

  tapias,

  la

  carretera—

  p r o -

vocan  u n  sentimiento doble

d e

  a n i m o s i d a d , d i v i d e n

doblemente

  la paz

  póstuma.

N o h a y m á s q u e  entrar  en el

Civil. Pequeño, recoleto,

  t e n -

dido  en la  falda suave  de la

col ina, cuidado, sol i tar io,

definitorio

  en su

  trazado,

  e n

s u s

  lápidas, insigne

  e n l a n ó -

mina

  d e s u s

  muertos,

  d a

inmedia tamente

  la

  impresión

d e q u e e l  rechazo  h a  sido

recogido

  y

  lanzado

  a su v e z

p o r  encima  de la  tapia,  c o n

cierta suficiencia,

  c o n

  cierta

ingenuidad,

  c o n n o

  pocas

contradicciones.

Aparte  d e l o s  extranjeros,  e l

Cementerio Civil guarda  l os

restos  d e l o s  españoles  " d e

i z q u i e r d a " ,  u n a  nómina

imponente

  d e

  intelectuales,

d e

  polít icos

  d e

  primerísima

fi la,  d e  escritores,  d e soñado-

r e s .  Están allí  c o n  imposi -

ción, pero  p o r  voluntad  p r o -

p i a , p o r

  violenta

  y

  recalci-

trante voluntad

  a

 veces.

  En el

siglo  X I X   hubo  e n  España

curiosas asociaciones propa-

gadoras

  d e l

  entierro civil,

  c o n

l o q u e s e

  elevó

  a l

  rango

  d e

protesta autónoma

  la

  ofensa

p o r l a

  discriminación ecle-

siástica.

  E n u n a

  tumba

  se

lee,

  como

  u n

  rastro

  d e

  pacífi-

ca  pero enérgica protesta,

esta inscripción estremece-

dora:  'Toda tierra

  es

  sagra-

d a " .  Pero  e n  otras, muchas,

la s

  sentencias lapidarias

  a p a -

recen serenamente contu-

maces:  "Nada

  hay más

  allá

de la

 muerte".

  Es

  como

  u n a

réplica para

  la

  eternidad,

como

  u n a

  discusión

  e n m á r -

m o l c o n l o s

  muertos

  d e

enfrente. Otra  v e z e l poeta  d e

nervios sensibles: "Sentenc ia

e n

  duro mausoleo:

  /  Nada

hay

  después

  de la

  muerte.

  /

¿Y

  cómo

  lo

  sabe

  ese

  sabio?

  /

P o r é l y p o r s u

  muerto oscuro

/ y o

  rezo: creo, creo, creo...".

N o h a y

  unidad,

  s in

  embargo,

e n

  este pequeño cementerio

d e

  notab les

  e

  ignorados.

Muchas inscripciones prue-

b a n q u e l o s

  muertos

  q u e

están allí

  n o

  siempre

  lo

 están

p o r s u

  propia voluntad,

  e s

decir,

  q u e

  muchas veces

  se

percibe algo  as í  como  la   heri-

d a  últ ima  de la  intolerancia

asumida

  c o n

  resignación.

H a y  gran cantidad  de  epita-

f ios  q u e l o   indican, como  l o s

d e

  inspiración cristiana —que

s o n

  numerosísimos—

  o l os

l iteralmente católicos.

  H a y

cruces

  y

  crucifijos presidien-

d o l a pa z

  eterna

  d e

  muchos

q u e , p o r

  def in ic ión,

  h a n

muerto fuera

  de la

  Iglesia,

como dicen

  lo s

  cánones.

  E n

cualquier caso,  es  patético

asistir  a  esta discusión fune-

raria

  d e l o s

  mármoles,

  a

estos "principios" llevados

m á s

  allá

  de la

  frontera

  de la

muer te ,  a  esta,  h a y q u e

decirlo, contumacia  de l os

marginados.

Pero

  h a y

  algo mucho

  m á s

tr iste

  y m á s

  grave.

  N o h a y

3 7

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 38/132

sino asomarse

  a las

  lápidas

  y

comprobar

  la

  relevancia

  d e

lo s  nombres grabados  e n

ella para comprender

  q u e

esta discriminación  e s  espe-

cialmente grave  en la  medida

e n q u e  separaba  d e l  común

nacional

  u n a

  nómina impo-

nente

  d e

  personal idades

indiscutibles.

  L a

  carretera

  d e

Vicálvaro, dividiendo

  e n d o s ,

a " l a

  izquierda"

  y a " la

  dere-

c h a " , e l

  campus sanctus,

  es

todo  u n  símbolo.  M a s u n

símbolo  d e  algo penoso  q u e

i l us t ra b ien

  la

  g ravedad

d e l o s  e n f r e n t a m i e n t o s

nacionales.  Q u e u n a  parte

t a n

  eminente

  de la

  población

esté allí, muestra

  q u e d e

algún modo

  e sa

  parte

  n o h a

estado

  c o n l a

 generalidad.

  E s

decir,

  q u e l a

  " inte l l igentsia"

h a

  debido permanecer apar-

tada,

  a l

  margen

  d e l a g e -

neralidad, sintiéndose

  a un

t iempo superior

  y

  distinta.

T a l v e z e l  el i t ismo caracterís-

t ico  d e  nuestra cultura  —en la

q u e e l

  humor,

  la

  poesía

  y

hasta

  la

  novela, pongamos

p o r

  caso,

  s o n

  productos para

pocos, para iniciados— tenga

mucho  q u e v e r c o n   esta

segregación

  q u e n i

  siquiera

la

  muerte

  e s

  capaz

  d e

  reducir

y q u e  cobra  e n e l  cementerio

u n  significado patético.

*

P o r

  e jemplo,

  e n e l

  plano polí-

t ico.

  E s

  evidente

  q u e n o

están

  e n e l

  Civil todos

  l os

q u e

  fueron. Pero habría miles

d e

  razones para explicar

  esa

c i rcunstanc ia menor.

  S i n

embargo,

  e s

  también eviden-

t e q u e  allí están unos  n o m -

bres significativos,  n o   sólo

p o r s u

  prominencia, sino

  p o r -

q u e ,

  cada cual

  e n su

  terreno,

representan decisivos relie-

v e s d e l a

  vida pública

  e s -

pañola. Están,  p o r  ejemplo,

tres  d e l o s  cuatro Presiden-

t e s —e n  realidad  n o   fueron

Presidentes, sino sólo Jefes

d e l

  Ejecutivo—

  de la I Re-

pública Española:

  P i y M a r -

3 8

g a l I,

  Salmerón, Figueras;

está  e l  jefe legendario  d e l

socialismo hispano, Pablo

Iglesias,

  e n su

  emocionante

mausoleo, bien expresivo  d e

la

  perenne devoción

  q u e d e s -

pierta

  s u

  f igura; están noto-

rios jefes federales, demó-

cratas insignes, liberales  s i g -

n i f i cados  o ,  s imp lemente ,

p r o h o m b r e s  d e l  i ngenuo

anticlericalismo español.

  D e

algún modo, pues,

  l a " i z -

quierda" oficial estuvo contra

la

  concepción dominante

  e n

e l

  país

  y ,

  desde luego, fuera

d e l

  común

  de la

  vida nacio-

nal . ¿Y no

  será éste

  u n

  estu-

pendo símbolo

  d e l o q u e e sa

izquierda tuvo

  d e

  utópico,

  d e

irreal,

  d e

  "vue l ta

  d e

  espal-

d a s " a u n a

  realidad insos-

layable,

  q u e

  también

  lo

  tuvo?

Claro

  q u e e l

  cisma

  n o e s

  sólo

d e

  carácter político. Signifi-

cat ivamente,

  e n e l

  Civil está

e n  peso  la   nómina  de l os

l ib repensadores, d igamos,

"mora l is tas"  y , p o r  tanto,

m á s o

  menos próximos

  a la

actitud religiosa.

  L a s

  familias

k r a u s i s t a s , e n t r e e l l o s ,

honestas hasta

  e l

  f inal,

  s in

u n a

  palabra,

  n i e n p r o n i e n

contra, como manda

  e l

 senti-

d o

  común: Sanz

  d e l R í o ,

Giner, Cossío, etcétera,

  n o

PRESIDEN

 1

EOLÍTI O

H I

cfíimu  f

MACS1

.A   REPUBLICA tSPivttü\A

EN 1873 .

FALLECIO

MADRID EL 2 9 DE NO VVE NBR t

¡ESPAÑA  NO

 HABRIA

  P E R D I D O

  S U

  HAPfc f t lQ

EL   CEMENTERIO CIVIL GUARDA  L O S  RESTOS  D E U N A  IMPONENTE NOMINA  D E  POLI-

TICOS. INTELECTUALES

  Y

  ESCRITORES CARACTERIZADOS

  P O R S U

  IDEOLOGIA

  D I IZ -

QUIERDAS. ENTRE

  L O S

  PRIMEROS FIGURAN TRES

  D E L O S

  CUATRO PRESIDENTES

  D E

LA I

  REPUBLICA:

  P I Y

  MARGALL (CUYA TUMUA VEMOS), SALMERON

  Y

  FIOUERAS.

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 39/132

part icipan

  de la

  polémica

macabra  y  guardan ejemplar

silencio.

  L a

  concordia

  r a -

cionalista,

  la

  "armonía"

  e s -

co la rmen te de fend ida ,  a

.

  veces

  c o n

  heroísmo,

  e s

  rubri-

cada

  e n su s

  tumbas

  con e l

silencio

  y la

  dignidad. Otros,

e n  cambio, siguen  e n s u s t r e -

ce , l o q u e , e n

  cierto modo,

  n o

deja

  de ser

  emocionante,

como esos  q u e ,  entre cínicos

y

  apasionados, pregonan

  s u

e s c e p t i c i s m o

  a

  u l t ranza :

Nada

  hay

  después

  de la

muerte ,  L a  muerte  es el

final ...

E s

  curioso, pero

  lo s

  nombres

d e

  l iteratos

  q u e

  pueden leer-

se en el

  Civil

  s o n , c o n

  alguna

notable excepción,  d e  segun-

d a

  fila. Allí está

  P ío

  Baroja

—siempre unos claveles

  p i a -

dosos sobre

  s u

  t u m b a -

como

  u n

  símbolo.

  N o

  están,

s in

  embargo, algunos

  q u e e n

buena lógica  u n o   esperaba

hallar.

  L a

  sociedad margina-

dora

  h a

  previsto, pues,

  sus

mecanismos

  d e

  rescate para

q u e l o s  importantes pasen,

e n

  v ir tud

  d e

  postrera conver-

sión

  o d e

  influencias diver-

sas, a l

  campo sagrado. Sólo

u n a

  Carmen

  d e

  Burgos, olvi-

dada;  u n  Rosso  d e  Luna..,

están allí, convocando

  l a p i e -

d a d y e l

  recuerdo

  de l os

incondicionales.

Junto  a  ellos están también

la s

  eminencias contemporá-

neas,

  lo s

  muertos

  d e

  hace

poco,  lo   cual  n o   deja  de ser

signif icativo.  M u y  cerca  d e

P ío

  Baroja duerme Américo

Castro,

  q u e e n

  otro tiempo

—quién sabe  s i  también  e n

éste—

  lo

  habría estado

  d e

todas maneras

  p o r

  judaizan-

t e . M á s

  allá, Julián Besteiro,

también silencioso

  y

  digno,

e n u n

  "patio" alejado, frente

a  Rosso...  La  presencia  de l os

"contemporáneos"

  n o s

  habla

d e q u e e l  cisma  no se ha

borrado,  de que la   añeja

polémica  se  conserva viva  y

c o n

  ella

  la

 división dañina

  del

organismo nacional. Como

en la  época  d e  aquellos

inefables testamentos,

  d o n -

d e se  dejaba constancia

expresa  d e l  deseo  de ser

enterrado

  " a l

  margen",

  h o y

mismo sigue vigente

  la

  inge-

n u a  voluntad segregacionis-

ta , a la que no

  faltan,

  p o r

supuesto, buenos motivos.

V a u n o p o r

  entre

  e l

  recuerdo

d e  tantos marginados ilus-

tres

  o

  menos ilustres,

  con la

penosa sensación

  d e q u e

algo absurdo preside nuestra

convivencia  y de que ese

algo absurdo está

  m u y h o n -

damente enraizado,  m u y

encarnado

  en la

  médula

  d e

lo s

  convenc imien tos

  m á s

hondos

  d e

  esos "muertos

oscuros", como dice  e l  poeta

c o n

  cierta saña

  d e

  importan-

te

  vivo,

  y , p o r

  supuesto,

  t a m -

bién,  d e l o s  muertos  " e n

regla". Tanto

  la

  mera presen-

c ia de  esos nombres  en el

cementerio apartado, como

la

  ingenua polémica

  de sus

mementos

  e n

  piedra, infun-

d e n a l  visitante  no sé   bien

q u é   sensación  d e  ridicula

arrogancia,

  d e

  impropio

  s e n -

t ido

  de la

 propia muerte.

  A su

modo,

  la

  "propaganda"

  d e

lo s

  recalcitrantes

  e s u n a f o r -

EN C ABEZAD O S  P O R L A   PRESENCIA  D E   PAB LO IGLESIAS,  E N E L   CEMENT ERIO CIVIL

TAMBIEN

  8£

  HALLAN DIRIGENTES

  O BR ER O S,  L O S   CUERPOS  D E   AQ U EL L O S  Q U E   L U C H A-

R O N P O R S U S   C O M PAÑ ER O S  Y S E   V IERON SEGREGADOS  E N   V I D A  Y E N   MUERTE.

D O S   E S P A Ñ A S H A S T A  E L   F INAL,  S I N   EXCEPCIONES,  S I N   PRESCRIPCION POSIBLE. . .

3 9

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 40/132

L A

  CONCIENCIA PURA

RECTA  Y  SENCILLA  ES LA

11NICA GLORIA

  DEL

  HOMBRE

«LOS CEMENTERIOS

  O E

  SUICIDAS

  Y D E

  T O D O S

  L O S Q U E H A N

  MUERTO FUERA

  D E L

  SENO

  DE LA

  IGLESIA

  SE

  REPUTAN COMO LUGARES

Q U E

  DEBEN

  S E R

  T E MID O S

  P O R N O

  ESTAR BENDECIDOS», DICE

  U N

  RECIENTE

  E

 IMP ORTA NTE TRA TAD O CATOLICO. FRENTE

  A

  TALES

PALABRAS,  L A S  L A P ID A S  D E L  CEMENTERIO CIVIL HABLAN  D E  AMOR.  DE  SACRIFICIO,  D E CONCIENCIA,  D E  GLORIA  D E L  HOMBRE.. .  E S

L A  C O N T U MA C IA  D E L O S  MARGINADOS.

4 0

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 41/132

m a  como ot ra cualquiera  d e

t r a s c e n d e n t a l i s m o  y  has ta

u n a  f o r m a  d e  e s p e r a n z a ,  lo

q u e  hace menos no t ab l e  e l

c o n t r a s t e  c o n e l  f e d e í s m o  d e

l o s  p r o t e s t a n t e s  y  l ibrepen-

sadores ex t ran j e ros , nume-

ros í s imos

  en e l

  Civil,

  y de

a lgún  q u e  o t ro marg inado

fiel,  n o  o b s t a n t e ,  a la  t r ad i -

c ión común  d e l  país.

C o m o a n t i g u a m e n t e , e s t o s

s e p u l c r o s  a l  lado  d e l  camino

c u m p l e n  s u  grave función

admoni to r i a .  N o s  advier ten ,

c o m o e s t á m a n d a d o ,  de l a

c a d u c i d a d  de l a  v ida ,  de la

f u t i l i d a d  d e l a s  g l o r i a s

ter renales . . . Pero

  n o s

  adv i e r -

t e n  t a m b i é n ,  y  e s t o  e s l o

i m p o r t a n t e ,  de l a  s impleza  y

de l a  rigidez  c o n q u e s e h a

p l a n t e a d o d e s d e s i e m p r e  la

c o n v i v e n c i a n a c i o n a l  e n

España. Ello, incluso,

  c o n

i n d e p e n d e n c i a  d e l  e n f r e n t a -

m i e n t o  d e  índole religiosa,

c a u s a i n m e d i a t a  d e  es t a

segregación impía , pues  y a

hemos v i s to

  q u e l a

  c o s a

  v a

m á s  allá  d e l  p l a n t e a m i e n t o

e s t r i c t a m e n t e c o n f e s i o n a l .

Lo  decis ivo  e s q u e e n  España

la   f e roc idad  d e l a s  t e n s i o n e s

ideológicas , s iempre proyec-

t a d a s s o b r e  u n  t r a s f o n d o  d e

d i s p u t a s t r a s c e n d e n t e s ,  n o

acaba s iquiera  c o n l a  muer t e .

A s í l o  e s t á d i c i e n d o  e s a

carre tera d iv i sor ia , indi feren-

t e ,

  a j e t r e a d a ,

  p o r l a q u e

p a s a n  s i n  mirar  y s i n c o m -

p r e n d e r  lo s  m i s m o s c i u d a d a -

n o s q u e s o n

  v í c t imas ,

  t o -

davía  en e l  corral  d e l o s

vivos,  d e l a s  c o n s e c u e n c i a s

de l a  sorda lucha.

L o s  a m e r i c a n o s ,  q u e  t i enen

r e s u e l t a s ,  e n  t e o r í a ,  s u s

m e n o r e s d i f e r e n c i a s  en un

con tex to cons t i t uc iona l  d e

f a c h a d a  m u y  f ra terna , t i enen

c e m e n t e r i o s c u r i o s a m e n t e

d i s i m u l a d o s  e n  ve rdes p rade-

r a s  c u b i e r t a s  d e  c é s p e d ,  d o n -

de l a  g e n t e  v a a  m e r e n d a r  l o s

domingos sob re

  l a s

  propias

tumbas invis ib les .  L o s  f r a n -

c e s e s

  — l a p a z d e l

  P ére

Lachaise—,  l o s  i tal ianos,  m á s

ar t i f ic iosos ,  h a n  f i ado  a l  arte

mor tuo r io  y s u  i m p o n e n t e

presencia c las ic i s ta  la  tarea

d e  c o n s e g u i r  u n a  concordia

funera l

  y u n

  r e s p e t o p ó s t u -

m o ,  a u n q u e  s e a a l  precio  d e

la  visita  d e l o s  t u r i s t a s . Noso-

t ros ,  n o .  Noso t ros hemos

b u s c a d o  y  ha l l ado  la  m a n e r a

d e  c o n t i n u a r  l a s  d i sens iones

incluso  en e l  c e m e n t e r i o  —lo

cual

  n o

  quiere decir , claro

e s t á ,  q u e n o  haya  p o r a h í d i s -

cr iminac iones c l amorosas—,

hemos l ega l i zado

  e l

  " a p a r -

t h e i d "

  d e l o s

  m u e r t o s

  con l a

m i s m a c o n t u m a c i a  q u e

h e m o s c o n s e r v a d o  y  a u m e n -

t a d o  e l de l o s  v ivos ; hemos ,

incluso , dotado  e s e  c i s m a  d e

r a z o n e s t r a s c e n d e n t e s  y lo

h e m o s r e g u l a d o  s i n  p i e d a d  a

t e n o r  d e u n  o r d e n a m i e n t o

c a n ó n i c o  q u e  t i ene  y a  poco

q u e v e r c o n l a s  c i r c u n s t a n -

c i as ac tua l es .  D o s  Españas

h a s t a

  e l

  final,

  s i n

  e x c e p c i o -

n e s , s i n

  prescripción posible,

es t án s imbo l i zadas  p o r  es ta

c a r r e t e r a d e s c o n s i d e r a d a ,

impía;  p o r  e s t a s t a p i a s  d e

l adr i l lo d iversamente orna-

m e n t a d o ,  p o r  es t as cance l as

e n f r e n t a d a s  q u e  s e p a r a n ,

q u e

  a l e j an ,

  q u e

  d i sgregan.

* * *

P o r  fue ra  d e l a s  tap ias ,  l o s

b u e n o s d í a s

  d e s o l

  madr i le-

ñ o s ,  p a s e a n  l a s  pa re j as  d e

es ta c iudad a legre  y  conf i a -

d a ,  a j e n a s  a l  drama s imból i -

c o d e l  e s c e n a r i o  d e s u s

b e s o s f u r t i v o s ,  d e s u s

carnal idades a l l í  t a n  cruel -

m e n t e d e s m e n t i d a s .

  E s u n a

v ie j a cos tumbre españo la ,  a

veces l l evada  a  ex t remos

in to lerables ,  al  menos para

qu i enes p i ensan

  c o n

  mucha

es t rechez sob re es to  d e l a s

l icencias vi tales .  Q u e  s e g u r a -

m e n t e  s o n l o s  m i s m o s  q u e

d e f i e n d e n  la  doble tapia  y la

c a r r e t e r a  p o r  medio ,  l o s m i s -

m o s q u e s e  e m p e ñ a n  e n

d e m o s t r a r  la  existencia míti-

c a d e  e s t a s  d o s  t r i s tes Espa-

ñ a s ,  e n f r e n t a d a s h a s t a  la

muer t e . Has t a después  de la

mu er te . ¡Qué pena , dir ía

Gerardo Diego.

  Q u é

  pena .

  •

J . A. G. M.  (Fot os: Archivo  d e

"Triunfo".)

S E  L AM E NT A G E RARDO DIE G O : « CE M E NT E RIO CIVIL .  Q U E  P E N A  /  T A P I A  P O R  MEDIO  EL

C A M P O S A N T O

  / D E

  M ARIA

  D E L A

  A L M U D E N A » .

  E N L A

  IM AG E N, T U M B A

  D E

  O T R O

  E S -

P A Ñ O L I L U S T R E : A R T U R O S O R I A , C R E A D O R  D E L A  CIUDAD L INE AL

  MADRILEÑA

4 1

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 42/132

DIALOGO

DE LA

 GUERRA

DE

 ESPAÑA

ANUEL Azaña tuvo, durante

  el

  tiem-

p o e n q u e  gobernó, fama  d e  «político

frío».

  E r a u n

  reproche.

  E r a u n

  tiem-

po de

  políticos ardientes

  y

  políticas pasio-

nales. Hubiera convenido

  m á s a l

  país,

  p r o -

bablemente,

  u n

  friso

  d e

  políticos helados

y

  racionalistas.

  L a

  si tuación

  no los

  daba.

P o r e s o

  Manuel Azaña estaba fuera

  de si-

tuación. Ministro

  de l a

  Guerra, jefe

  del

Gobierno, Presidente  de la  República,  t r a -

taba

  d e

  poner orden

  y

  lógica donde

  no los

había.

  E n

  muchas ocasiones

  — y

  ello

  q u e -

d a  patente, sobre todo,  e n s u s  memorias-

diario—

  e r a m á s

  espectador

  q u e

  actor,

aunque  s u  cargo  le  confiriese  u n  papel  d e

protagonista .

  D e

  todas maneras, desde

este tiempo habría mucho  q u e  dudar  d e

la   frialdad absoluta  con que l e  diagnos-

ticó

  e l

  suyo.

  O

  habría

  q u e

  acudir

  a la con-

traposición  d e  «pasión fría», para califi-

c a r u n

  tesón

  en el

  t r aba jo

  y en la

  obra

emprendida,

  u n a

  continuidad imparable

e n l a s  ideas.

«L a  velada  e n  Benicarló», subtitulada

«Diálogo

  de la

  guerra

  d e

  España»,

  e s u n a

obra  q u e  puede  dar l a  sensación inme-

diata

  d e q u e s u

  autor estaba enteramente

«fuera

  de la

  situación». Presidente

  de una

República

  q u e s e

  hundía

  a

  sangre

  y fu e -

g o ,

  si tuado dentro

  d e u n a

  guerra civil

dent ro

  de la

  guerra civil —los sucesos

d e

  mayo

  de 1937 en

  Barcelona;

  lo s

  anar-

quistas

  ( l o s

  «Amigos

  d e

  Durruti»)

  y

el  POUM,

  trotskista, contra

  e l

  Gobierno

y las

  otras fuerzas

  d e l

  frente popular,

p o r e l

  tema

  de la

  primacía

  de la

  revolu-

ción sobre

  l a

  guerra; pero probablemente

4 2

t a m b i é n provocac iones o riginadas

  e n

agentes

  d e l

  enemigo

  de la

  República—,

Manuel Azaña escribía  u n  l ibro  en e l que

se

  volcaban

  s u s

  tres vocaciones:

  la

  polí-

tica,  la  novela,  e l  drama. Durante  lo s cua-

t r o

  días

  q u e e l

  Presidente Azaña estuvo

cercado

  en su

  residencia

  d e

  Barcelona,

s in

  contacto directo

  con su

  Gobierno,

  con

bastantes posibil idades  d e s e r  fusilado,

dictaba

  a s u

  secretaria

  lo que

  había escri-

to  pocos días antes:  u n  diálogo  d e  once

personajes, perfectamente caracterizado

cada

  u n o d e

  ellos: intelectuales, políticos,

militares.

  Y «la

  Paquita Vargas, artista

d e  zarzuela».

U n  m é d i c o ,  d e  procedencia burguesa,

viaja

  en su

  coche

  d e

  Barcelona

  a

  Beni-

carló,  c o n  Miguel Rivera, diputado  a Cor-

t e s ,

  joven

  y

  «hasta seis meses antes,

  m i-

llonario»;

  c o n u n

  comandante

  d e

  Infan-

tería,

  u n

  oficial

  d e

  Aviación «convalecien-

t e de  heridas atroces»  y  «la» —Azaña  re i -

tera

  el

  artículo,

  t an de uso en los

  medios

teatrales, entonces  y  ahora, para nombrar

a las

  actrices— Paquita Vargas. Cruzan

u n

  entierro, pasan

  u n

  control —los

  m i-

licianos, anarquistas, tratados

  con el des-

d é n (q u e s e h a

  dicho

  q u e e r a

  otra

  de las

característ icas  d e  Azaña: desdeñoso, frío)

por e l

  autor—;

  a l

  anochecer, llegan

  a un

albergue

  en el

  borde

  d e l m a r .

  «Las brasas

d e l  poniente  s e  enfrían, dejan nubes  d e

ceniza. Témpanos blancos  en el  caserío

d e l

  pueblo. Entre huerto

  y

  jardín, unos

olivos.

  La

  si lueta abrupta

  d e

  Peñíscola,

desgajada

  d e

  tierra. Calma chicha».

  En el

albergue

  h a y

  otros viajeros:

  u n

  abogado,

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 43/132

u n  escritor,  un ex  ministro,  u n  capitán,

u n  «prohombre socialista»,  u n  «propagan-

dista».

  E l

  diálogo

  se

  abre entre ellos.

  E s

u n

  diálogo

  de la

  guerra

  d e

  España.

  U n a

situación,

  u n a

  escena única

  y

  larga.

  Las

causas

  de la

  guerra,

  s u

  fu turo ,

  e i

  futuro

d e

  España,

  el

  problema

  de lo s

  militares

profesionales

  en la

  República

  y en la re-

volución,

  la

  definición

  d e l

  enemigo,

  la

cuestión  de la  emancipación  de la  mujer ,

la  política internacional,  l a s  posibilidades

d e u n a

  guerra mundial,

  la

  condición

  del

pueblo español...

Estos personajes, ¿son alguien

  m á s q u e

u n  desdoblamiento  de la  personalidad  del

autor-presidente? «Los personajes

  son in-

ventados», dice Azaña

  en su

  «Preliminar».

«Sería trabajo inútil querer desenmasca-

r a r a l o s  interlocutores, pensando encon-

trar, debajo  de su  máscara, rostros popu-

lares». Manuel Aragón, inteligente  y  estu-

dioso

  d e

  esta obra

  y de la

  figura

  de Aza-

ñ a ,

  respeta esta advertencia, pero puede

suponer  q u e e l  propio Azaña estaría  des -

doblado

  e n

  «Garcés»

  —e l e x

  ministro—

  y

«Morales»

  — e l

  escritor—; «Marón»,

  e l

abogado, sería Ossorio  y  Gallardo —juris-

ta ,  intelectual, diplomático: presidente

d e l  Ateneo,  de la  Real Academia  d e  Juris

prudencia—; «Pastrana» sería Prieto

  y

4 3

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 44/132

«Barcala», Largo Caballero:

  as í , e l

  «pro-

hombre socialista»

  y e l

  «propagandista»

llevarían

  e l

  diálogo

  d e l o s d o s

  socia-

l ismos dominantes

  en la

  guerra (Azaña

admiraba

  y

  quería

  a

  Prieto; desdeñaba

  a

Largo Caballero. Prefería  e l  moderado  a l

revolucionario).

  M á s q u e

  sobre estos

  p e r -

sonajes vivos, cree Manuel Aragón

  q u e

«Pastrana» representaría todo  el  gran

grupo

  d e l o s

  «socialistas democráticos»

( m á s

  allá

  d e

  Prieto

  en la

  moderación:

Besteiro, Fernando  de lo s  Ríos)  y  «Bar-

cala» sería  n o  sólo  el  socialismo radical,

sino también

  e l

  comunismo. «Lluch»

  —e l

médico— podría

  s e r

  Negrín, pero también

algo  d e l  propio Azaña.  L o s  personajes  m i-

litares serían  s u  concepción  de lo que

para  é l  representó  e l  Ejército («republi-

canismo, autoridad, competencia profe-

sional

  y

  honradez», dice Aragón), mien-

tras

  q u e e l

  diputado Rivera

  y

  «la» Paquita

Vargas s e r í a n personajes secundarios

«que permiten

  a l

  autor hablar

  d e

  algu-

n o s

  temas,

  p o r

  ejemplo

  de l

  papel

  de la

muje r

  en la

  República

  o de l

  menosprecio

de los

  anarquistas

  a los

  diputados

  e n

Cortes».

Libro frío

  d e

  intelectual

  q u e

  sabe

  a i s -

larse,

  a ú n

  dentro

  d e d o s

  guerras civiles

q u e s e

  cabalgan, para seguir escribiendo;

pero libro frío sólo

  en su

  circunstancia,

en la  situación h i s t ó r i c a e n te ra me nt e

anormal

  e n q u e f u e

  escrito:

  en la

  capaci-

d a d d e

  aislamiento

  de su

  autor. Pero

  ha-

bría

  q u e i r m á s a l

  fondo

  y

  saber

  si esa

capacidad  no es , a su  manera,  u n  fana-

tismo  p o r e l  pensamiento,  u n a  pasión  po r

la s

  ideas.

  E l

  contenido

  d e l

  libro

  es ar-

diente.

  N o e s

  preciso señalar ahora

  c u á -

les

  podrían

  se r lo s

  grandes errores

  d e

Azaña

  o s u s

  grandes aciertos —desde

nuestro punto

  d e

  vista—,

  n i

  siquiera

  t r a -

t a r d e

  desentrañar

  la

  figura

  d e

  Azaña

  e n

el

  terrible contexto

  e n q u e

  vivió

  y

  actuó.

S E G U N M A N U E L A R A G O N , E S T U D I O S O  D E  A Z A Ñ A ,  U N O D E L O S  P E R S O N A J E S  D E L A  V E L A D A  E N  B E N I C A R L O " ( L L U C H ,  EL  MEDICO

P O D R I A R E P R E S E N T A R  A  J U A N N E G R IN , A U N Q U E T A MB I E N P O S E E A L G U N O S E L E M E N T O S C A R A C T E R I S T I C O S  D E L  P R O P I O A Z A Ñ A .

L A

  I M A G E N M U E S T R A

  A

  A M B O S P O L I T I C O S D U R A N T E

  U N A

  V I S I T A O F I C I A L

  A

  B A R C E L O N A .

4 4

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 45/132

N o s e

  trata

  m á s q u e d e

  esbozar breve-

mente cómo

  y

  cuándo

  f u e

  escrito

  y en

ofrecer unas páginas

  q u e s o n

  documen-

tales

  y q u e

  tienen

  u n

  valor histórico tras-

cendental. Esto  n o s h a  sido permitido  p o r

la

  Editorial Castalia,

  q u e

  publica

  p o r p r i -

mera  vez en  España esta obra  d e  Azaña

treinta

  y

  ocho años después

  d e

  haber sido

escrita, treinta

  y

  cinco después

  de la

muer te

  de su

  autor .

  E l

  libro

  h a

  tenido

otras

  d o s

  ediciones

  en

  castellano:

  la de

la   Editorial Losada,  e n  Buenos Aires,  1939,

y la de  Editorial Oasis,  e n  México,  1967;

s u s d o s  únicas traducciones hasta ahora

a l

  francés

  ( « L a

  veillée

  á

  Benicarló»,

  Gal-

limard, París,

  1938;

  traducción

  d e

  Jean

Camp)

  y a l

  italiano

  (« La

  Veglia

  a

  Benicar-

ló»,  Einaudi, Milán,  1967;  prólogo  de Leo-

nardo Sciascia, autor también

  de l a t ra -

ducción

  c o n

  Salvatore Girgenti).

L a

  edición castellana

  h a

  estado

  a

  cargo

d e  Manuel Aragón;  e s  concienzuda  y mi-

nuciosa,

  n o

  sólo

  c o n

  respecto

  a la

  fidelidad,

utilizando para  la  corrección  u n  ejemplar

de la  edición argentina corregido  á  mano

por e l  propio autor, sino  en su  anotación.

Manuel Aragón sitúa

  a l

  f rente

  de la

  obra

u n

  estudio

  q u e

  divide

  e n

  cinco partes,

  a

part i r

  d e

  unos apuntes biográficos

  de Aza-

ña y de un

  examen

  de su

  condición inte-

lectual, política  e  ideológica, hasta  l a p re -

sentación  d e  esta obra:  e l  estudio  es b re -

ve ,

  pero denso

  y

  jugoso. Gustaría

  q u e f u e -

s e m á s

  largo, mucho

  m á s

  largo.

L o s

  personajes,

  a l

  final

  d e l

  libro,

  van

abandonando

  la

  escena. Poco

  a

  poco.

  Y a

se

  quedan solos Garcés, Pastrana, Lluch

  y

Rivera. Apenas

  h a y y a m á s q u e u n

  monó-

logo

  d e

  Pastrana, apostillado

  p o r

  breves

observaciones

  d e

  Rivera,

  q u e

  sirven para

mantener

  el

  diálogo.

  Y a

  ellos también

van a

  dormir, como

  lo s

  otros.

  «La

  noche

está

  d e

  amor

  d e

  Dios».

  A la

  orilla

  d e l m a r

están Laredo  y la  Vargas. «Suya  es la

vida». Pero

  la

  vida

  ya no va a ser de

nadie:

«Silencio.

  E l m a r

  a p e n a s resuella.

  L a

noche

  se

  deslíe

  en

  gris desvaído, atacada

p o r  vagos fulgores.  U n a  raya  en el  hori-

zonte dibuja

  e l

  lomo

  d e l a s

  aguas,

  su lí-

mite redondo. Pájaros madrugadores.  U n

gallo alerta. Planos lívidos

  de l as

  casas,

u n

  olivo

  q u e l a

  noche

  h a

  dejado intacto,

el

  perfil geométrico

  de la

  araucar ia .

  L a

gran función  de la  amanecida comienza,

con

  t imbres

  y

  colores siempre nuevos.

  E l

hombre, preso

  de l

  capullo

  d e l

  ensueño,

agoniza

  c o n

  fantasmas desapacibles,

  s e

á

*

j

  # >

<5

*

ra®

1M

• r

rf

M I N I S T R O  O I L A  O U I R R A , J I P I  D E L  O O B I I R N O , P R E S I D E N T E

D I L A  R E P U B L I C A , M A N U I L A Z A Ñ A T R A T A B A  D I  P O N I R  O R -

D E N Y  LO O I CA DO NDE  N O L O S  H A B I A . S I E M P R E D E S T A C O  S U

T E S O N  E N E L  T R A B A J O  Y U N A  C O N T I N U I D A D I M P A R A B L E

E N S U S  I D E A S ,  A U N  C U A N D O  L A S  C I R C U N S T A N C I A S  F U I .

S E N A  M E N U D O H O S T I L E S . A O U I E N C O N T R A M O S  A  A Z A Ñ A  E N

C O M P A Ñ I A  D I  M ARCELI NO DO M I NG O  Y  C A S A R I S O U I R O O A .

queja como

  u n

  bicho desvalido.

  D el

  cielo

se

  desploman

  lo s

  aviones, flechados

  a l

pueblo.  Y a  están encima. Estrépito.  E n

manojos,  l a s  detonaciones rebotan. Chas-

quidos, desplomes, polvo, l lamas.  ¿ D e

dónde sale tanta criatura? Otra pasada.

Es t ruendo

  d e

  bombas. Ráfagas

  de me-

tralla.

  E l

  pueblo corre, aúlla,

  se

  desangra.

E l

  pueblo arde.

  D el

  albergue quedan

  m o n -

tones  d e  ladrillos,  q u e  expiran humo  ne -

g ro ,  como  si los  cociesen otra  vez. Los

aviones, rumbo

  a l

  Hste, brillan

  a los ra-

yos del so l ,

  invisible desde tierra».

Y a s í  terminan  lo s  once personajes  d e

Manuel Azaña, reunidos

  e n u n a

  noche

  d e

guerra  en el  albergue  d e  Benicarló.  Así

terminaban otras muchas cosas,  y el es-

critor-presidente

  l a s

  veía terminar.

4 5

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 46/132

LA

 VELADA

E N

BENICARLO

M O R A L E S . —

L a s o c i e d a d

e s p a ñ o l a b u s c a , h a c e  m á s d e

cien años ,  u n  a s e n t a m i e n t o

f i rme.  N o l o  e n c u e n t r a .  N o

sabe cons t ru i r l o .  La  expre -

sión pol í t ica  d e  e s t e d e s b a r a -

j u s t e

  s e

  halla

  e n l o s

  go lpes

d e  E s t a d o , p r o n u n c i a m i e n -

t o s ,  d i c t a d u r a s , g u e r r a s

c iv i l e s , des t ronamien tos  y

r e s t a u r a c i o n e s  d e  nues t ro

siglo  XI X . La  guer ra p resen t e ,

e n lo q u e  t i e n e  d e  conf l ic to

in t e rno españo l ,  e s u n a  peri-

pec i a g rand iosa  d e  aquel la

his tor ia .  N o  s e rá  la  ú l t ima.  E n

s u  cor ta v ida ,  la  Repúbl ica  n o

h a  i n v e n t a d o  n i  s u s c i t a d o  l a s

f u e r z a s  q u e la  des t rozan .

Durante años , ingentes real i -

d a d e s e s p a ñ o l a s e s t a b a n

c o m o s o f o c a d a s  o  r e t en idas .

E n

  t o d o c a s o ,

  s e

  a p a r e n t a b a

d e s c o n o c e r l a s .

  La

  República,

al  r o m p e r  u n a  f icc ión ,  l a s ha

s a c a d o  a l a luz . No ha  podido

ni

  d o m i n a r l a s

  ni

  a t r aé r se l as ,

y  d e s d e  e l  c o m i e n z o  l a han

a t enazado . Qu i s i é ra lo  o no , l a

Repúbl ica había  d e s e r u n a

so luc ión  d e  t é rmino med io .

H e  o ído deci r  q u e l a  Repúbl i -

c a ,  como régimen nacional ,

n o  p o d í a f u n d a r s e  e n  ningún

e x t r e m i s m o . E v i d e n t e .

  L o

m a l o

  e s q u e e l

  acuerdo sobre

e l  p u n t o m e d i o  n o s e  logra.

Aque l l as r ea l i dades espa-

ñolas ,  a l  a r ro j a r se unas  c o n -

t r a  otras para aniqui larse,

r o m p e n  e l  equi l ibrio  q u e l e s

4 6

br indaba  la  Repúb l i ca  y la

hacen as t i l l as .  En  c ier ta  o c a -

sión escribí  q u e  e n t r e  los

v a l e d o r e s  de l a  Repúbl ica

d e b í a e s t a b l e c e r s e  u n  c o n v e -

n i o , un  pac to como aque l

q u e s e  a t r i buyó  a l o s  va l e -

d o r e s  de l a  R e s t a u r a c i ó n .  N o

m e  h ic ieron caso ,  e s  claro.

¿ P o r  q u é  hab í an  d e  h a c é r -

melo? Hemos v i s to  y a  d e s d e

1 9 3 2 a  c ier tos republ icanos

c o n s p i r a r  c o n l o s  mi l i t ares ;  y

a  o t r o s  ( l o s  m e n o s ) d e s f o g a r

s u  i m p o t e n t e a m b i c i ó n  p e r -

sona l  e n u n a  d e m a g o g i a  d e s -

c a b e z a d a . P e r o  u n  r ég imen

q u e  asp i re  a  durar neces i ta

u n a  t ác t i ca basada  e n u n s i s -

t e m a  d e  c o n v e n c i o n e s .  M á s

lo  n e c e s i t a b a  la  Repúbl ica ,

recién nacida ,  s i n  larga  p r e -

paración pol í t ica, entre

  e l

e s t u p o r p a s a j e r o

  d e s u s e n e -

m i g o s t r a d i c i o n a l e s  y la

a q u i e s c e n c i a c o n d i c i o n a l ,

r e t i c e n t e , a m e n a z a d o r a ,

  d e

a lgunas masas . Ten í a  q u e

e s q u i v a r  la  a n a r q u í a  y l a d i c -

t a d u r a ,  q u e  c r e c e n  s i n  cultivo

e n

  España . Conoc ida

  la

  real i -

d a d , e r a  i n d i s p e n s a b l e  e l

conven io t ác t i co .  N o  quiere

d e c i r e n g a ñ o  n i  f a r s a .  Por lo

vis to , nues t ro c l ima  n o e s

f a v o r a b l e

  a la

  sabiduría pol í -

t i ca .  La  Repúbl ica , dando

b a n d a z o s p a r a  u n  lado  y  para

ot ro ,

  h a

  v e n i d o

  a

  es t re l larse

e n l o s  a b r u p t o s c o n t r a s t e s

d e l  país.

PASTRANA.— Desconf ío  d e

l a s  s ín tes i s h i s tór icas , sobre

t o d o c u a n d o t i e n d e n  a p r o -

b a r q u e l a  bata l la  d e  Lérida

n o

  deb ió pe rder se . Us t ed

  n o

e s t á  al  co r r i en t e  d e l o q u e h a

p a s a d o ,  n i de l  valor  d e  cier-

t a s  a c c i o n e s p e r s o n a l e s  e n

ta l o  cua l coyun tu ra .  La  real i -

d a d h a  s i do  m á s  senci l la  y tal

v e z m á s  l amen tab l e .

BARCALA.—Como  s e a , n o

t i e n e r e m e d i o . B o r r ó n

  y

c u e n t a n u e v a .

  N o s h a n

  t raído

a

  es t a s i t uac ión .

  La

  a p r o v e -

c h a r e m o s p a r a  u n  a j u s t e

defini t ivo.

MORALES.—| Borrón  y  c u e n -

t a  n u e v a I | Q u é c a n d o r I ¿ P o r

q u é d a  u s t e d  e s e  t a j o  en la

exper iencia? Todo es to exis -

t í a  ayer , ca rgado  d e  todo

es to nacerá  e l  m a ñ a n a .  P e n -

s a r

  o t ra cosa

  e s u n a

  s impleza

d e  programa pol í t i co .

BARCALA.—Gracias .  Yo le

a s e g u r o

  a

  u s t e d

  q u e l a

guer ra  y la  revolución  a c a -

b a r á n  c o n  esas r ea l i dades

e s p a ñ o l a s  q u e l a  República

n o h a  podido dominar .

MORALES.—

¿ V a u s t e d

  a

m a t a r  a  t o d o s  s u s  e n e m i g o s ?

BARCALA.—

No quiero matar

a

  nadie . Pero

  la

  r evo luc ión

  y

la   guer ra  e n q u e n o s h a n

m e t i d o  l o s  des t ru i rán .

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 47/132

MARON.—Por  s u  parte, el los,

e n e l  t e r r e n o  q u e  d o mi n an ,

p red i can  c o n e l  e jemplo .

MORALES.—¿Así,  la  mitad

d e  España pasará  a  cuchi l lo  a

la

  otra mitad?

GARCES.—Ninguna política

p u e d e f u n d a r s e  en la  d ec i -

s ión  d e  ex t e rmi n a r  al  ad v e r -

sar io .

  E s

  locura,

  y e n

  todo

caso i rreal izable.  N o  h ab l o  d e

s u  i l ici tud, porque  e n t a l

e s t a d o

  d e

  f r e n e s í n a d i e

a d m i t e  u n a  c a l i f i c a c i ó n

moral. Millares  d e  p e r s o n a s

pueden perecer , pero  no e l

s e n t i m i e n t o  q u e l a s  an ima.

M e  di rán  q u e  ex t e rmi n ad o s

cu an t o s s i en t en  d e  cierta

m a n e r a ,

  t a l

  s e n t i m i e n t o

d e s a p a r e c e r á ,

  n o

  h ab i en d o

m á s  personas para l levarlo

P e r o  e l  a n i q u i l a m i e n t o

e s  i m p o s i b l e  y e l  h e c h o

m i s m o  d e  a c o m e t e r l o  p r o -

p a l a

  l o q u e s e

  p r e t e n d e

d es a r r a i g a r .  La  co mp as i ó n

p o r l a s  v íc t imas ,  e l  fu ror ,  la

v e n g a n z a , f a v o r e c e n  e l c o n -

t ag i o  e n  a l mas n u ev as .  El

sacri f icio cruel susci ta  u n a

e m u l a c i ó n s i m p á t i c a  q u e

p u e d e

  n o s e r

  p u r a m e n t e

  v e n -

gat iva  y d e  desqu i te , s ino

e levada , nob le .  La  p e r s e c u -

ción produce vért igo, a t rae

c o m o  el  a b i s m o .  El  r i e s g o  e s

t en t ad o r . Mu ch o p u ed e  e l

terror , pero  s u  fal la consis te

e n q u e é l  m i s m o e n g e n d r a  la

fu e rza

  q u e l o

  aniqui le

  y al

oprimirla multiplica

  s u

  poder

expans ivo .

BARCALA.—La poses ión  d e l

p o d e r  e s  para aprovechar la  a

fo n d o co n t r a

  e l

  en emi g o .

GARCES.—El mayor dislate

q u e  p u e d e c o m e t e r s e  en la

acc i ó n  e s  conduci r l a como  s i

s e  tuviera  la  o m n i p o t e n c i a  e n

la  m a n o  y la  e t e rn i d ad  p o r

delan te . Todo  e s  l imitado,

t e m p o r a l ,  a la  med i d a  d e l

h o mb re . N ad a  l o e s  t an to

c o m o  e l  poder . Esta convic-

ción opera

  en e l

  f o n d o

  d e m i

alma como freno invisible,  y o

m i s m o  n o  perc ibo  s u  p r e s e n -

c i a , y  mo d e ra t o d o s  m i s

ac tos . Efec to durab le  d e mi

an t igua hechura in te lec tua l  y

moral .  En e l  o rden  d e l o s

n eg o c i o s h u man o s , e s t a  c o r -

dura reemplaza  a l a s  noc io-

n e s  c r i s t i an as  d e  r e s p o n s ab i -

l idad,  d e  rendición  d e  c u e n -

t a s y

  exp iac ión .

  Es la

  moral

d e  S e g i s m u n d o ,  q u e l e  dec i -

d i ó a s e r  p ru d en t e ,  n o  f u e s e  a

d e s p e r t a r  d e  n u ev o  en la

torre .

B A R C A L A . — T o d o  e s o e s

cálculo frío  d e l  mo d e ran t i s -

m o . N o  res i s t e  la  p rueba  d e

la  real idad.

MANUEL AZAftA ESCRIBI  « L A  V E L A D A  EN  BENI CARLO » DURANTE  L O S  S U C E S O S B A R C E L O N E S E S  DF .  M AYO  DE 1937 .  M I ENTRAS  S E

HALLA CERCADO  E N S U  R I S I D I N C I A ,  S I N  C O N T A C T O D I R E C T O  C O N S U  G O BI ERNO  Y C O N  B A S T A N T E S P R O B A B I L I D A D E S  D E S E R

F US I LADO .  EN LA  IMAGEN,  U N A D E L A S  B A R R I C A D A S L E V A N T A D A S  P O R  A N A R C O S I N D I C A L I S T A S  EN EL  C E N T R O  D E  BARCELONA.

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 48/132

W f I»

i

J U N T O  C O N L O S  A N A R Q U I S T A S  ( L O S  « A M I G O S  D E  DURRUTI ») ,  EL P . O . U. M .  - P A R T I D O OB R E RO  D E  U N IF I CA C IO N M A R X I S T A -  F U E

EL

  PR I N C I P AL P R O T A G O N I S T A

  D I L O S

  S U C E S O S

  D E

  M AYO

  DE 1#37 .

  O R G A N I Z A D O

  P O R

  A N D R E U

  N I N ,

  E S T E G R U P O T R O T S K I S T A

  C O N -

T A B A E N T R E  S U S  M I E M B R O S, P R I N C I P A L M E N T E ,  C O N  D I S I D E N T E S  D E L  P A R T I D O C O M U N I S T A  Y D E L  BLO Q UE O BRERO  Y  C A M P E S I N O .

GARCES.—Cálculo,  e s  decir,

razón. ¿Por

  q u é n o ? L a

  razón

n o e s  fría  ni  caliente.  E s o s e

queda pa ra  l a s  e n t r a ñ a s .  Lo

q u e  us ted l l ama  la  real idad,

s o l a m e n t e p u e d e  s e r  conoc i -

d o ,  p e n s a d o  y  o r g a n i z a d o  e n

o r d e n

  a la

  c o n d u c t a , m e d i a n -

te la

  razón. Habla usted

  d e

m o d e r a n t i s m o , d a n d o  a l

v o c a b l o  u n a  s i gn i f i cac ión

ba j a , despec t i va , como  si la

m o d e r a c i ó n f u e s e m e r o

e m p i r i s m o ,  q u e  r eco r t a  p o r

t im idez  l a s  a l as  de l a  n o v e -

d a d . N o e s e s o . L a  m o d e r a -

ción,  la  co rdura ,  la  prudencia

d e q u e y o

  hablo , es t r ic ta-

m e n t e r a z o n a b l e s ,  s e  f u n d a n

e n e l  c o n o c i m i e n t o  d e l a r e a -

l idad,  e s  deci r ,  en l a  exact i -

t u d .  Es toy pe r suad ido  d e q u e

el  c a l e t r e e s p a ñ o l  e s  i n c o m -

pa t ib l e  c o n l a  exac t i t ud :  m i s

4 8

o b s e r v a c i o n e s  d e  e s t a  t e m -

p o r a d a  lo  c o m p r u e b a n .  N o s

c o n d u c i m o s c o m o g e n t e  s in

razón,  s i n  ca l e t r e .  ¿ E s  prefer i -

b l e  conduc i r se como to ros

b r a v o s  y  a r ro j a r se  a  ojos

c e r r a d o s s o b r e  e l  e n g a ñ o ?  S i

e l

  toro tuviese

  u s o d e

  razón

n o

  habría corridas.

BARCALA.—Pero  s e  admi t e

q u e l o s  t o r e r o s  y e l  públ ico

t i e n e n  u s o d e  razón  y  o r g a n i -

z a n  corridas.

G A R C E S . —

P o r q  u e v a n a

t r iunfar  d e l q u e n o la  t iene.

BARCALA.—A v e c e s  e l  toro,

i rracional , mata  a l  torero .

Quiero decir ,  q u e l a  cordura ,

la

  razón,

  la

  exac t i t ud

  n o s i r -

v e n d e  nada de l an t e  de l a

violencia tumul tuosa .

G A R C E S .  — E n t o n c e s  s e

neces i t an como nunca .

  En

u n a  b o r r a s c a d e s h e c h a , ¿ q u é

hará  e l  p i l o to? ¿Embr i agar se

o

  p o n e r

  a

  con t r i buc ión

  s u

arte para salvar

  e l

  navio?

BARCALA.—La imagen  n o

sirve,  n o  d e m u e s t r a n a d a .  S e

t r a t a  d e  b o r r a s c a s  e n e l  s eno

d e u n a  s o c i e d a d ,  n o d e t e m -

p o r a l e s  en l a mar . E l  piloto

n o

  p u e d e p a s a r s e , c o m o

  s i

d i j é r a m o s ,  a l  pa r t i do  d e l a s

olas ,  ni  puede j uzgar l as .  S o n

u n a  fuerza natura l , despro-

vista  d e  i n t enc iones .  L a t o r -

m e n t a

  q u e

  e s t a m o s c o r r i e n -

d o n o e s  a l b o r o t o m o m e n t á -

n e o ,

  pasajero,

  sin

  objeto.

  Se

propone cons t ru i r , des t ru i r ,

d e c l a r a u n o s p r o p ó s i t o s ,

b u e n o s  o  m a l o s .  La  violencia,

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 49/132

BARCALA.—Nos ba t imos  p o r

la   l ibe r tad ,  po r l a  vida  y el

p a n d e  mi l lones  d e  s e r e s ,  p o r

la   jus t ic ia ,  p o r l a  revolución.

el

  te r ror ,

  le

  s irven

  d e

  ins t ru-

m e n t o s .  El  te r ror  e s  c o n d e -

n a b l e , p e r o i m p o r t a  m á s

saber quién t iene razón.  L o

otro  e s  secundar io . Como

usted advie r te ,  m e  aproximo

a s u

  p u n t o

  d e

  vista.

GARCES.—

De ningún modo.

La  c u e s t i ó n  n o s e  p l a n t e a  p o r

aver iguar quién  d e l o s b a n -

d o s  e s p a ñ o l e s t i e n e  m á s

d e r e c h o  a  dirigir  e l  pa ís .  S u r -

g e d e  h a b e r s e a p e l a d o  a la

v i o l e n c i a ,  a l  te r ror , pa ra

i m p o n e r  a l o s  c on t r a r io s  la

razón  q u e s e  c ree tene r ,  y

para ex te rminar los

  s i

  f u e s e

pos ib le .  Y d e l  h e c h o  d e  haber

l o s  a g r e d i d o s a p e l a d o  t a m -

bién  al  te r ror pa ra de fender -

s e . E s u n  d e s p r o p ó s i t o

inm or a l

  y u n

  dislate político

s e p a r a r  la  in tenc ión  d e u n a

c a u s a

  d e l o s

  m e d i o s e m p l e a -

d o s  pa r a  s u  t r iunfo .  El  ter ror

e s

  innecesa r io pa ra

  e l

  logro

d e l o

  du r a de r o ,

  y m á s q u e

a yuda r lo  lo  c o m p r o m e t e .  E s

inútil para

  e l

  logro

  d e l o

im pos ib l e .  L o q u e s e  ob t i e ne

o s e

  f u n d a

  a

  f ue r z a

  d e

  s a lva -

jadas , dura poco ,  y  c o m o  n o

p u e d e n  s e r  p e r m a n e n t e s ,  e n

c u a n t o  l a s  s a lva j a da s c e sa n ,

lo  inve n ta do  a s u  som br a

s in ies t ra  s e  ex t ingue como

l u m b r e

  d e

  pa j a .

  L o s

  r e be lde s

h a n  f u s i l a do  e n  Sevilla  y su

p r o v i n c i a u n o s c u a n t o s

millares

  d e

  p e r s o n a s .

  L o s

ne c ios  s e  e c ha r á n e s t a c ue n -

t a :

  " Ot r os t a n tos a na r qu i s t a s

m e n o s " .  S u  sorpresa se rá

te r r ib le cuando advie r tan  q u e

l o s  mi l la res  d e  m u e r t o s  p r o -

duc e n m i l e s  d e  revoluc io-

na r io s

  m á s . L a

  obse r va c ión

vale para todos.

BARCALA.—Usted  s e  c ierne

e n l a s

  a l tu r a s

  y

  p r e t e n d e

  j u z -

ga r a lo  v ivos  y a lo s  m u e r t o s

c o m o  s e r  super ior .

GARCES.—No juzgo. Discuta

m i s  r a z o n e s  s i  quie re , r e fú-

te las , pe ro  n o m e  haga repro-

ches .

BARCALA.—De re fu ta r la s  s e

e n c a r g a n

  l a s

  c i r c uns t a nc ia s .

L o q u e  u s t e d p i e nsa  n o  sirve

para nada . Nadie  le  e s c u c h a .

En e l  o t r o ba ndo  le  a bo r r e c e n

p o r  e s t a r  c o n  n o s o t r o s ,  y en

é s t e  l e  volve rán  la  espa lda

p o r q u e  n o s e  e n t r e g a  a f o n -

d o .

GARCES.—Tal  e s e l  rigor  d e

m i  d e s t i n o .  Lo  conozco b ien .

BARCALA.—A  lo  m e j o r  l e

h a l a g a  a  u s t e d  la  sobe r b ia  e l

verse so lo , c reyendo ace r ta r

c on t r a todos  y lo  pre f ie re  a

c o m p a r t i r  u n  s e n t i m i e n t o

ge ne r a l .

GARCES.—

No.  En la  razón

política  n o v e o u n  placer

e s t é t i c o , s ino  la  ut i l idad.  Q u i -

s ie ra ve r la e sparc ida .  E s t a m -

b ié n dudoso

  q u e

  esté solo.

M u c h a  m á s  g e n t e  d e l a q u e

u s t e d s u p o n e c o m p a r t e  m i

pa r e c e r .  S i y o  f u e s e h o m b r e

d e  a c c ión  s e l o  probar ía rápi-

d a m e n t e .  N o  . s iéndolo ,  m e

c o n t e n t o  c o n m i  d i sc u r so

p e r s o n a l . A n d a n d o

  e l

  t i e m po ,

c u a n d o  e l  e s t r é p i t o  y el

e s t r a g o s e a n c o n f u s a s

memor ias , qu izá haya a lguna

p e r s o n a i n t e l i g e n t e p a r a

dec i r  q u e y o  tenía razón,  s i se

p r o d u c e

  e l

  f e n ó m e n o

  d e q u e

m i s  op in ione s se a n c onoc i -

d a s .  P a r a e n t o n c e s  y a s e

ha br á ob te n ido

  la

  r e su l t a n te

d e  e s t e c h o q u e  y  t a m b i é n  s e

ha br á he c ho

  e l

  d e s c u b r i -

m i e n t o

  d e q u e

  h e m o s d a d o

u n  r o d e o p a v o r o s o , p a r a

o b t e n e r

  l o q u e

  e s t a b a

  a l

a l c a n c e  de la  m a n o .  Y q u e

n o s  h e m o s d e g o l l a d o  y  arrui-

n a d o e s t ú p i d a m e n t e .

GARCES.—Vamos  p o r p a r -

t e s . E n

  pr imer lugar sacaré

d e e s e  plural  " n o s  ba t im os"

a m i

  hum i lde pe r sona

  y a la

d e  u s t e d . N inguno  d e  n o s o -

t r o s

  d o s s e

  b a t e ,

  a n o s e r c o n

p a l a b r a s ,  q u e n o  m a t a n .  Y

s e g u n d o  y  principal, digo  q u e

u s t e d c o n f u n d e

  la

  peripecia

p r e s e n t e  e n q u e n o s v a  todo

e s o y  m u c h o  m á s ,  pero  q u e

e s  a c c i d e n t e  y  f uga z ,  con e l

r e su l t a do du r a r e r o  d e l c o n -

f l ic to.  i L a  just ic ia ,  la  libertad,

e l  pan . . .  S i n  duda . Pe ro  lo

a n g u s t i o s o  d e  e s t e d r a m a  s in

d e s e n l a c e c o n s i s t e  e n q u e .

c ua ndo pa r e z c a a c a ba do  n o

t e n d r e m o s

  m á s

  just ic ia ,

  m á s

l i b e r t a d  n i m á s p a n q u e

antes .

BARCALA.—

Entonces, para

s e r  lógicos , cuando  s e  s u b l e -

va r on

  l o s

  mi l i ta res debimos

s o m e t e r n o s  a s u  tiranía.

GARCES.— Admito  q u e n o

t i e n e u s t e d i n t e n c i ó n  d e

i n s u l t a r m e . ¿ S o m e t e r s e ?  D e

n inguna m a ne r a .  La ley, el

d e r e c h o ,  e l  o r de n e s t a ba n  d e

nues t ra pa r te . Cuanto  h e

d ic ho de no ta

  e l

  valor

  q u e t i e -

n e n  pa r a  m í  esas pa labras .

Había

  q u e ( 1 )

  resistir

  y v e n -

c e r .  Esta necesidad, este

de be r c ons t i t uye

  d e p o r s í

u n a  desgrac ia i r r eparable ,

c o r r e s p o n d i e n t e  a lo  m o n s -

t r u o s o  d e l  a t e n t a d o .  L o m á s

g r a v e  d e l  c r i m e n  d e l a

rebe l ión

  e s q u e h a

  c r e a d o

  u n

enredo inext r icable ,

  s i n

  sa l i-

d a  s a t i s f a c to r i a ,  ni  p r ove c ho

pos ib le pa ra

  e l

  pa ís

  e n n i n -

g ú n  o r d e n .  E n  e s to pe nsa ba

(1 ) En la

  edición

  d e

  Losada :  de ,

  e n

lugar  d e  "que" .

4 9

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 50/132

al  decir le  q u e n o  co n fu n d i e r a

la   per ipec ia ac tua l  c o n e l

v a l o r d u rad e ro  d e l  resu l t ado .

Ahora ,  e s  claro ,  s e  vent i la  la

s u e r t e  d e  mi l lones  d e  seres .

S i  t r i u n f a s e n  l o s  r eb e l d es ,  a

l o s

  mi l e s

  q u e h a n

  fus i l ado

añadir ían ot ros tantos; cas i

n i n g u n o  d e l o s  aq u í p r e s en -

t e s s e

  libraría

  de la

  mu er t e .

S i  t r iunfa  e l  Gobierno ,  e l

es t r ag o p o p u l a r , i n g o b e rn a -

b l e ,  s e r á t r emen d o . Fo rmad o

u n  H i ma l ay a  d e  cad áv e re s ,

c u a n d o n a d a q u e d e  p o r q u e -

m a r n i  m a t a r ,  s i  t r i u n f a m o s

n o s o t r o s ,

  n o

  t e n d r e m o s

  m á s

l iber tad  ni  mejor jus t icia ,  n i

m á s

  r iqueza, s ino

  u n

  poco

p eo r  y u n  p o c o m e n o s  d e

t o d o  e s o . ¡ Y n o l e  d i g o  a

u s t e d  s i  t r i u n fa s en  l o s  r eb e l -

d e s

Tampoco e l los gozar ían

d e m á s

  au t o r i d ad

  n i d e m á s

r e s p e t o  n i d e m á s  o r d e n  q u e

a n t e s . R e c o n ó z c a m e u s t e d  e l

d e r e c h o

  d e

  e n t r i s t e c e r m e

h u m i l d e m e n t e .

BARCALA.—Pero usted  s e

olvida  d e l a  revolución. Existe

para  q u e  nues t ra indudab le

victoria  n o s e a  es tér i l ,  y a c a -

s o l o  f u e s e  e n l a s  co n d i c i o -

n e s q u e  us ted p in ta .  E l p u e -

b l o s e

  e n c a r g a r á

  d e q u e l a

victoria fruct i f ique.  N o s e

c o m b a t e s o l a m e n t e p a r a

d e r ro t a r  a los  rebeldes , s ino

p a r a s a c a r a d e l a n t e

  l a

revolución.

GARCES.—

Por excusar  e n o -

j o s m e  a b s t e n g o  d e  anal izar

e l  c o n t e n i d o ,  e l  p e n s a m i e n t o ,

l o s  h e c h o s  q u e  u s t e d  c o m -

p r e n d e  e n e s e  n o m b r e .  M e

l imito

  a

  r eco rd a r l e

  q u e , a l

c o n v o c a r n o s p a r a  la  r e s i s t en -

c i a , u n

  Gobierno republ icano

n o s  c o n v o c a b a  a  d e f e n d e r  la

Repúbl ica ,  s u s  leyes ,  s u  legi-

t i m i d a d , e t c é t e r a . T o d o s

c a b í a m o s  en e l  l l amami en t o .

5 0

L o s  h e c h o s  a  cuyo con jun to

l lama usted revolución  h a n

¡ d o  p r o d u c i é n d o s e c o m o

a b u n d a n c i a  d e  d e s o r d e n .

Ahora us ted  y  m u c h o s  p r o -

c l a m a n  q u e h a d e  d e f e n d e r s e

s u

  o b ra . Se rá

  u n a

  co n s i g n a

of ic iosa , pero  n o e s l a  verdad

oficial  y m á s  vale , porque

a d o p t a d a o f i c i a l m e n t e

e n g e n d r a r í a  u n a  p o s i c i ó n

d e s a s t r o s a .  S e l o  d e m u e s t r a

a  u s t e d  la  c o n t r a p r u e b a :

N o s o t r o s p o d e m o s a c u s a r  a

l o s  r e b e l d e s  d e  h a b e r d e s c o -

n o c i d o  y  a t ro p e l l ad o  la  legal i -

d a d  r ep u b l i can a  y  fo rmar l e s

proceso sobre ello. Pero sería

a b s u r d o a c u s a r l e s  d e  d e s a -

c a t a r

  la

  revolución

  q u e

  nadie

h ab í a i mp l an t ad o  n i  n ad i e  h a

l e g a l i z a d o  n i  r e c o n o c i d o .

M i e n t r a s m a n t e n g a m o s

  c o n -

t r a l o s  r e b e l d e s  la  Repúbl ica

legal , todo s  l o s  yer ros es ta rán

d e s u  p a r t e .  S i n o s  e m p e ñ á -

s e m o s

  e n

  man t en e r co n t r a

el los  y  hacer les aca ta r ahora

u n a

  revolución,

  s u

  cu lpa

  o r i -

ginal subsis t i r ía , agravada

p o r e l

  es tal l ido revolucionario

q u e h a n  p rovocado , pero

t en d r í an d e rech o  a  d e s c o n o -

cerla  y n o  servi r la .  S i  ob l iga-

d o s a  ped i r  l a p a z ,  hub ieran

d e  s o m e t e r s e  a la  jus t icia ,  la

q u e s e l e s  hiciera, para  s e r

l impia, tendría  q u e  h a c é r s e -

l e s e n  n o m b r e  de la ley de la

Repúbl ica ,  n o e n  n o m b r e  d e

la  revo luc ión .  P o r  fo r t u n a ,  n o

s o n  b a s t a n t e l i s t o s p a r a

a p r o v e c h a r s e  d e u n a  posible

s u p l a n t a c i ó n  de la  legal idad,

pero fuera  d e  España qu ie-

n e s n o s o n l o s  rebe ldes perc i -

b e n l a  i mp o r t an c i a  d e l  caso

y  cu an d o n o s o t ro s i n v o ca -

m o s c o n  razón nuest ra legal i -

d a d

  p o d r í an p reg u n t a rn o s ,

  y

a c a s o  n o s  p r e g u n t e n ,  e n q u é

legal idad vivimos.

  El

  d a ñ o

  e s

i n men s u rab l e .

MARON.—U n a t r an s fo rma-

ción social  e n  E s p a ñ a  e r a

inev i t ab le  y ,  d e n t r o  d e  cier tos

l ími tes , p rovechosa , jus ta .  La

Repúbl ica qu i so emprender la

p o r s u s  m e d i o s .  El  in ten to  y

la  e s t ú p i d a l ey en d a  de la

a m e n a z a c o m u n i s t a  h a n

d ad o p re t ex t o

  y

  t e m a s

  a la

rebel ión mil i tar . Producido  e l

a l zami en t o ,  e r a  f a t a l  la  r ep e r -

cu s i ó n  e n e l  ot ro lado.  La

indisciplina mili tar sirvió  d e

a c i c a t e  a  ot ras indiscipl inas .

El r ío se ha  d e s b o r d a d o  p o r

a m b a s m á r g e n e s .  La  R e p ú -

blica flota todavía

  e n

  medio

de la  co r r i en t e . E mp eñ a r s e

e n

  remontarla habría s ido

n au f r ag i o s eg u ro , p e rd i én d o -

s e  t o d o ,  lo  legal  y lo  revo lu-

c ionar io .

  Q u e

  ex i s t e

  d e

  h ech o

u n a

  revo luc ión

  n o l o

  d e s c o -

n o c e r á u s t e d . T a m p o c o  n i e -

g o q u e

  s e r á m e n e s t e r o r d e -

n a r l a , c o n s o l i d a r l a .  A s u

s o m b r a

  s e h a n

  c o m e t i d o

d e s m a n e s  y  c r í m e n e s . S i e m -

p r e  p a s a  lo  m i s m o  en la  revo-

lución.

GARCES.—

En efec to , s i em-

pres pasa  lo  m i s m o ,  n o  s o l a -

m e n t e  e n  m a t e r i a  d e  c r í me-

n e s ,

  s ino

  en la

  t o t a l i d ad

  d e l

curso revo luc ionar io  y en su

d e s e n l a c e .  Lo  i m p o r t a n t e  e n

u n a

  revo luc ión

  e s s u

  co n t en i -

d o  polí t ico,  s u  p e n s a m i e n t o ,

s u  au t o r i d ad ,  s u  cap ac i d ad

o rg an i zad o ra  y s u  eficacia

c o n  r e s p e c t o  d e l o s  f i n e s  q u e

la   d e s a t a n .  En  t o d o s e s t o s

cap í tu los ,  e l  h a b e r  d e l o q u e

us tedes l l aman revo luc ión

v iene  a s e r  ce ro , co mo  n o

p res en t e t o d av í a  u n  des fa lco .

S i

  u s t e d e s

  s e

  e m p e ñ a n

  e n

p o n e r  en la  c u e n t a  de la

r e v o l u c i ó n  i o s  c r í m e n e s

c o m e t i d o s ,  le  h acen u s t ed es

u n

  f laco servicio , porque

  e n

s u  h a b e r  n o h a y  ap en as o t r a

c o s a .  M á s  va l i e ra reconocer

la  v e rd ad  y  d ec l a r a r  q u e n o

s o n  obra  d e l a  revolución,

s ino  d e l a  c r imina l idad l a ten-

t e ,  d e s a t a d a  p o r l a  v e n g a n z a ,

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 51/132

la   codicia,  e l  odio,  la  impun i -

dad y l a

  simple lujuria

  de l a

s a n g r e .  E s  es túpido deci r  q u e

e n l a s  revoluciones s iempre

h a y  c r ímenes . Aunque  l o s

haya s iempre ,  n o  d e j a n  d e

s e r

  od iosos .

  S o y m á s

  g e n e -

roso

  q u e

  u s t e d e s

  c o n l a

  r evo-

lución , abor tada  y  d e s c a b e -

z a d a ,  y los  qui to  d e s u  c u e n -

t a . E l  odio inext inguible azota

a l o s  e s p a ñ o l e s .  E s  f a l so  l l a -

marlo odio  d e  c lases . Dent ro

d e  cada c lase  e l  odio hace

e s t r a g o s .

  A h í

  e s t á n

  l a s

  s indi-

c a l e s a s e s i n á n d o s e g u a p a -

m e n t e ,  y l o s  b u r g u e s e s  de l a

rebel ión fusi lan

  e n

  r a c i m o s

  a

l o s

  b u r g u e s e s

  d e l

  f r e n t e

popu la r .  L o s  r ebe ldes p re t en -

d e n  r es t au ra r  e l  principio  d e

au to r idad , basado  e n l a o b e -

diencia ciega  y e n  supr imir  la

l iber tad  d e  opinión.  El  princi-

p i o d e  au to r idad  a s í  e n t e n d i -

d o  p a d e c e  s e d d e  s a n g r e .  La

a u t o r i d a d  s e  a t r i b u y e  la

p o t e s t a d

  d e

  d i sponer

  de l a

vida

  d e l o s

  súbd i tos .

  Los

r ebe ldes  s e  conducen como

si  d i scu r r i e sen  a s í :  c u a n t a s

m á s

  gen t es matemos , mayor

será nues t ra autor idad .  El

móvil  d e l  odio  s e  e n m a s c a r a

d e u n  propósi to pol í t ico  y

obra maravi l las .  D e  este lado

la  f e roc idad  d e l  odio parecía

c o l o r e a r s e  d e u n  r a z o n a -

miento v ic ioso:

  e n

  t o d a s

  l a s

r evo luc iones  h a y  c r ímenes .

Como ahora  h a y  c r ímenes ,

e s q u e  e s t a m o s  e n  revolu-

ción .  O m á s a ú n : a  fue rza  d e

cr ímenes habrá revolución .

BARCALA.—E l d e r r a m a m i e n -

t o d e  s a n g r e  n o s  r e p u g n a  a

t o d o s .  A  us t ed  la  r e p u g n a n -

cia l e  o f u s c a  y n o  c o m p r e n d e

el

  momento revo luc ionar io

q u e  vivimos.

GARCES.  —  S e g u r a m e n t e .

Nadie  h a y  m e n o s s u j e t o  q u e

yo a l  m o m e n t o ,  s e a o n o

revolucionario. Procuro  n o

A N T E S  D E « L A  V E L A D A  EN  BENI CARLO », AZAÑA ES CRI BI O O TRA O BRA TEATRAL  - « L A

C O R O N A » -  Q U E F U E  E S T R E N A D A  EN EL  T E A T R O E S P A Ñ O L ,  D E  MADRID,  E N  ABRIL

D E 1 9 3 2 C O N   GRAN EXITO.  S U S  I NTERP RETES P RI NCI P ALES F UERO N M ARG ARI TA  X I R -

G U Y

  MANUEL MUÑOZ.

  A

  Q UI ENES VEM O S

  E N

  C O M P A Ñ I A

  D E L

  DIRIGENTE ESPAÑOL.

s o m e t e r m e  e n  c u a n t o  d e m í

d e p e n d e . N a d i e m e n o s  " m o -

m e n t á n e o " ,  si  puedo deci r lo

a s í .  Creo obl igatorio sal i rse

d e  esos l ími tes  y v e r m á s

lejos,  en e l  p a s a d o  y en el

fu tu ro . Cuando  n o s e  haga

a s í ,  ¿ q u é t e n d r e m o s ? A t u r d i -

miento , puer i l idad , novata-

d a s y  f r acaso .

MARON.—En suma,  s i  n u e s -

t r o  a m i g o  n o s e  e n f a d a ,  m e

a t r e v e r é  a  deci r  q u e e s  usted

u n

  c a s o

  d e

  arcaísmo pol í t ico.

Es t á us t ed dominado

  por e l

sen t imen ta l i smo l i be ra l  de l

siglo  X I X q u e n o s e  lleva  e n

nues t ra edad  d e  hierro.

GARCES.—Eso mismo dicen

l o s

  r e b e l d e s

  d e

  a l g u n o s

  d e

noso t ros , quer i endo poner -

n o s e n  ridículo  p o r n o s e r t a n

modernos como e l l o s .  La

val idez  d e u n  criterio polít ico

n o  d e p e n d e  d e s u  rancie-

d a d o  novedad. ¡Cosa  m á s

an t igua  q u e e l  i m p o n e r s e  a

e s t a c a z o s Si le  p a r e z c o  a

us t ed a rca i co  n o m e  s i túe  e n

e l

  s iglo

  XIX. El

  f o n d o

  d e m i

p e n s a m i e n t o d a t a  d e l

siglo  IV  a n t e s  d e  Jesucr i s to . . .

¡Soy veint i t rés s iglos

  m á s

viejo Quien es tá met ido  e n

el  s iglo  X IX  has t a  la  coronilla

s o n  u s t e d e s ,  lo  mi smo  en l o s

t e m a s c a p i t a l e s

  d e s u

  pos i -

ción  q u e e n l o s  acc iden t es

p i n t o r e s c o s .  El  p r o p ó s i t o

pol í t ico  y  social  de la  R e p ú -

blica  e r a d e  aquel siglo.  S e

quer ía hacer  u n  p o c o  d e

Revo luc ión f r ancesa , combi -

n a d a

  con l a

  economía dir igi-

da y e l  es ta t i smo. . .

MARON.—E r a  i n e x c u s a b l e

p o r  nuestro retraso pol í t ico.

E n  E s p a ñ a  n o s e  había  c o n -

s u m a d o  la  revolución liberal.

51

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 52/132

GARCES.—

No  l o  d i s c u t o .

Digo  q u e e s a s í . L a  In t e rn a -

cional  y  t o d o  el  m a r x i s m o  d e

u s t ed es , ¿q u é ed ad t i en en ?

El  a n a r q u i s m o ,  d e  cu y a

i m p o r t a n c i a  e n  E s p añ a  a c a -

b o d e o í r

  e l o g i o s i n e s p e rad o s

e n  b o c a  d e u n  e s t a d i s t a

r ep u b l i can o ,  e s d e l a  mi s ma

d a t a .

  El

  n a c i o n a l i s m o

  e n q u e

s e  i n s p i r a m o d e r n a m e n t e  e l

i n v e t e r ad o s en t i mi en t o l o ca -

l i s t a españo l p rocede  de la

r e v o l u c i ó n .  La  d e s a s t r o s a

c o n s i g n a  d e q u e  es ta guerra

e s  co n t r a  e l  f a s c i s mo i n t e r -

nac iona l parece l e jano reme-

d o d e l a

  l eg en d a r i a "g u e r r a

  a

l o s  r e y e s "  d e 1 7 9 2 . L a  i m p o -

tenc ia para o rgan izar  u n a

g u e r r a

  d e

  E s t ad o ,

  u n a

  disci -

plina  d e  E s t ad o , n ace  d e u n a

c o m p r e n s i ó n m o n s t r u o s a  d e

la  s o b e ran í a p o p u l a r .  El  mili-

t a r i s m o d e m a g ó g i c o  d e q u e

h a  h a b l a d o r e c i e n t e m e n t e  el

P r e s i d e n t e

  d e l a

  Repúbl ica

n o s e h a

  cu a j a d o t o d av í a

  e n

c e s a r i s m o p o r q u e

  n o s

  fa l t a

  e l

caudillo mili tar  q u e  o b t en g a

la  victor ia  o la  person i f ique .

Esta podría  s e r u n a d e l a s

s a l i d a s  d e l a  s i tuac ión  p r e -

sen te , yendo b ien  l a s  co s as .

S i

  f u e s e n

  ma l y l a

  g u e r r a

  s e

p e r d i e r a , t e n d r í a m o s  u n a

C o m m u n e

  e n  Ba rce l o n a ,  e n

Valencia ,  n o s é  d ó n d e .  E n

s u m a : E s t a m o s e n r e d a d o s  e n

u n a  m a r a ñ a  m u y  s iglo  XIX. El

s i g l o  X IX  p o l í t i co  n o ( 2 )

e n c a j a  e n l o s  t é rmi n o s e s t r i c -

t o s d e l  ca lendar io . Empezó

e n 1 7 8 9 y

  c o n c l u y ó

  e n

1 9 1 4 . A  n o s o t r o s  n o s  toca

d es o l l a r

  el

  rab i to . Será

  p o r

nues t ro a t raso po l í t i co , como

dice us ted .

BARCALA.—

¡Discursos S e a

d e l 1 9 o d e l 2 5 ,

  España

a l u m b r a  u n a  nueva civil iza-

c ión .  E s u n  h ech o g ran d i o s o .

GARCES.—

Es  u n  par to d i s tó -

c ico  e n q u e n o s  fa l t a  el  t o c ó -

(2) En la  edic ión  d e  Losada : "nos" .

l o g o . S o b r a n c o m a d r o n a s  y

vecinas o f i c iosas .

BARCALA.—

Usted  n o  cree

en la

  p o t en c i a c r ead o ra

  d e l

pueb lo .

GARCES.—

11848 Palabras ,

p a l a b r a s .  El  p u e b l o  n o  sabe

reg u l a r

  e l

  t iro

  d e l a

  artillería,

ni  f ab r i ca r  u n  av ión ,  n i  n e g o -

ciar al ianzas .

BARCALA.—

Usted  e s , c o n s u

lógica,  m á s  a n a r q u i s t a  q u e l a

FAI , un  d i s o l v en t e ,  u n  d e r ro -

t is ta .

GARCES.—

Mient ras  n o m e

l l amen us tedes facc ioso , todo

v a  b ien .  N o m e  e n o j o .  Si le

h a g o  a  u s t e d  u n a  c u e n t a  y la

s u m a  l e  e s p an t a , ¿q u é cu l p a

t en g o ? ¿Pu ed e u s t ed r ec t i f i -

c a r  a l g u n o  d e l o s  s u m a n d o s ?

S e g u r a m e n t e ,  n o .

BARCALA.—

Entonces todo

e s  locura, idiotez, crimen.

¿Pa ra u s t ed  n o h a y  n a d a  r e s -

p e t a b l e  e n  n u es t r a cau s a?

H E  AQUI  L O S  H O M B R E S  Q U E  F O R M A B A N  EL  G O BI ERNO  D E L A  G E N E R A L I T A T  EL 17 DE  A B R I L  DE 1937: DE  I ZQ UI ERDA  A  DERECH A,  S E N

T A D O S . C A L V E T . T A R R A D E L L A S , C O M P A N Y S , C O M O R E R A  Y  DO M ENECH ;  D E P I E ,  MIRET, AGUADE. FERNANDEZ. VIDIELLA, CAPDE

VILA  Y  S B E R T . Q U I N CE D I A S D E S P U E S E S T A L L A R I A N  L O S  S U C E S O S  D E  MAYO.

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 53/132

GARCES.— ¡Cómo H a y d o s

c o s a s r e s p e t a b l e s  y si m e

at reviera  a  emplea r vocab los

ponposos , d i r ía  q u e  s a g r a -

d a s : u n a e s l a  causa misma

de l a  Repúbl ica ,  s u  de recho ;

o t ra  e s e l  sacri f icio  d e l o s

c o m b a t i e n t e s ,

  q u e

  ar ros t ran

la  m u e r t e  o la  p a d e c e n a b n e -

g a d a m e n t e .  Lo  demás es t á

s u j e t o  a l a s  d i s p u t a s  de l o s

h o m b r e s .  N o  p re t endo d i spu-

t a r . M e

  permi to opinar como

cualquier otro.

BARCALA.—

Pero  e n l a s o p i -

n iones  d e  u s t e d  h a y n o s é

q u é d e

  ace rbo ,

  d e

  hostil ,

  q u e

n o  p a r e c e  d e u n  amigo.

GARCES.—Pues  m e  callo.  La

d i scus ión  m e h a  l l evado  a

c o n f e s a r

  m i

  d e s c o r a z o n a -

m i e n t o  p o r e l  f u t u r o  d e  E s p a -

ñ a .  Es toy deso l ado  p o r e l f r a -

c a s o

  de la

  Repúbl ica

  y s u s

c o n s e c u e n c i a s .  La  amargura

s e  filtra  e n m i s  p a l a b r a s  y l es

p r e s t a  u n  s a b o r  q u e  puede

engañar . Para conclu i r amis-

t o s a m e n t e ,

  lo

  r e s u m o

  e n u n

e m b l e m a  d e  España. ¿Quie-

r e n  us tedes o í r lo?  A h í v a :

u s t e d e s c o n o c e n ,  d e  nombre

por l o

  m e n o s ,

  u n

  puebleci to

•cercano  d e  Madr id : C iempo-

zue los .  Hay en é l o  había  d o s

m a n i c o m i o s .

  Al

  p roduc i r se

  e l

a t a q u e  a  Madr id , Ciempo-

zuelos quedó ent re  l a s d o s lí -

n e a s ,  s i n q u e l o s  unos pud i e -

r a n

  conse rvar lo

  n i los

  otros

ocupar lo .  N o e r a d e  nadie.

Ignoro  s i  con t inúa  lo  mismo.

U n  c o n o c i d o  m í o ,  des t i nado

e n l a s  i nmed iac iones , ace r tó

a  introducirse solo  e n  C iem-

pozuelos . Todo  e l  vecindar io

había huido.  El  pueblo es taba

des i e r t o s a lvo  q u e l o s  locos,

q u e b r a n t a d a s  l a s  p u e r t a s  d e

s u  enc i e r ro , campaban  p o r

s u s

  r e s p e t o s . S o l a m e n t e

  los

locos.  M e  pa rece i nnecesa r io

expl icar les  a  us tedes , rasgo

p o r  r a s g o  (3) , la  exact i tud  d e

es t e p rob l ema españo l .  S i

(3) En la

  edic ión

  d e

  Losada fa l ta

  la

c o m a d e sp u é s  d e  " ra sgo" .

quieren pro longar lo

  con l a

f a n t a s í a , v e a m o s c ó m o t r a t a -

r á  cada banda  e l  c a s o  d e

C i e m p o z u e l o s .  S i  en t ran  los

a u t o r i t a r i o s ,  l o s  r e b e l d e s ,

fus i l a rán  a la  mi t ad  m á s u n o

d e l o s

  locos ,

  q u e n o

  habrán

d e j a d o

  d e

  d e c i r p a l a b r a s

i m p r u d e n t e s a c e r c a  de la

l iber tad ,

  y a l o s

  r e s t a n t e s

  l o s

e n c e r r a r á n  a  viva fuerza.  S i

e n t r a n  l o s d e l  Gob ie rno ,  c o n -

v o c a r á n  a l o s  locos,  y un

r e p r e s e n t a n t e  d e l  F ren t e

P o p u l a r  l e s  p ronunc i a rá  (4)

u n

  d i scurso , inculcándoles

q u e s e  de j en encer ra r .  N o s e

d e j a r á n . E n t o n c e s  s e n o m -

brará

  u n

  comi té mixto

  en el

q u e  t endrán rep resen t ac ión

l o s  locos,  y p o r  t r ansacc ión

s e  aco rdará encer ra r  a l 2 5 %

d e  el los .  L o s  o t r o s p e r m a n e -

ce rán sue l t o s ,  y  para garantía,

l o s  locos tendrán  d o s  p u e s -

t o s e n e l  n u e v o A y u n t a m i e n -

t o .  C u a n d o  s e  t r a t e  d e  elegir

a lcalde reñi rán todos ,  y los

locos  s e  r e t i r a rán d ignamen-

t e d e l

  comi té mixto

  y de l

A y u n t a m i e n t o .  N o h a y m á s .

MARON.—Es  u n a  car icatura

cruel.

GARCES.—No  lo  n i ego .  L a s

car icaturas crueles revelan

m u c h o .  ¿ H a  p robado us t ed  a

c o n o c e r

  s u

  s e m b l a n t e m i r a n -

d o l a s q u e l e  h a c e n ?

BARCALA.—

De

  .

  c u a n t o

  h a

d icho es t e amigo  l o m á s f r á -

g i l es  o p o n e r  a la  violencia  d e

la  revolución  e l  valor  d e  cier-

t a s  n o r m a s  d e  p e n s a m i e n t o  y

d e  acc ión  q u e e l  mov imien to

revolucionar io p i so tea .  P u e -

d e  a s p i r a r s e  a q u e l a  revolu-

ción misma  l a s  rehabi l i t e ,  s e

l a s  a p r o p i e  y  e n t r e  e n  ellas,

i n fund iéndo les nuevo con t e -

nido.

  Es e l

  c a s o

  de l a

  revolu-

ción t r iunfante . Pero mien-

t r as  n o  t r iunfa ,  s u  marcha

p a r e c e e s c a n d a l o s a  y r u i -

nosa.

(4) En la  edic ión  d e  Losada : "pronun-

ciar/a".

RIVERA.—De  l o q u e  acaba

u s t e d  d e  deci r deduzco  q u e

la   revolución  n o h a  t r iunfado

todav í a .  Si (5)  t a m p o c o  h a

s ido vencida  n i ha  abor tado,

e s q u e  s i gue  s u  cu r so ascen -

d e n t e .  E n e s e  e s t a d o  u n a

revolución

  v a

  contra algo,

p u g n a  p o r  a lgo .  El  Gobierno,

¿dirige  la  revolución?

B ARCAL A.—E n m o d o  a l -

guno.

RIVE RA.—

¿ V a c o n t r a  e l

Gobie rno?

BARCALA.—Abiertamente  no .

RIVERA.—

¿Contra qué?

BARCALA.—Contra  la  clase

b u r g u e s a  y e l  orden capi ta-

lista.

RIVERA.—Pero  e s a  clase,  e s e

orden , ¿por qu i én es t án

r e p r e s e n t a d o s ?  ¿ E n  quién  s e

c o n c e n t r a  e l  a t a q u e  o la

d e f e n s a ,

  si el

  Gobierno

  r e s -

p o n s a b l e

  n o

  d e f i e n d e

  a l a t a -

c a d o  n i  t a m p o c o r e c i b e

i n m e d i a t a m e n t e  el  a t a q u e ?

BARCALA.—

La revolución

p r o g r e s a  p o r  acción directa

con t ra  l a s  ins t i tuciones ,  l a s

p e r s o n a s

  y l o s

  b i enes

  de la

burgues í a .

RIVERA.—¿De todos  l o s b u r -

g u e s e s ?  V e o  m u c h o s  al  lado

de l a

  revolución

  y a

  o t ros

t r anqu i los  e n s u  burguesía.

BARCALA.  —S eña l adamen te

con t ra  l o s  bu rgueses f asc i s -

t a s ,

  p a r a a r r a n c a r l e s

  s u

poder económico .

GARCES.—

En  u n a  revolución

social  m e  s o r p r e n d e  e s a s a l -

vedad . ¡Con t ra  l o s  f a s c i s t a s

D e  hecho us t ed sabe  q u e n o

s i e m p r e ,

  ni

  s iquiera

  en la

mayor í a  d e l o s  c a s o s ,  e s a s í .

V a m o s  a lo q u e  impor ta .  P o r

r e c h a z o  de l a  insurrección

mil i tar , hal lándose

  e l

  Gobier-

n o s i n  med ios coac t i vos ,  s e

(5) En la  edic ión  d e  Losada:  " n i " .

5 3

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 54/132

p r o d u c e  u n  l evan t amien to

prole tar io  q u e n o s e  dirige

con t ra  e l  Gob ie rno mi smo .

S e c u e s t r a n b i e n e s  y  p e r s o -

n a s ,  m u c h a s p e r e c e n  s i n

pasar ante ningún Tribunal ,

s e  expu l sa  o s e  m a t a  a los

p a t r o n o s

  (6) , a los

  t écn i cos

q u e n o

  inspi ran conf ianza,

  y

l o s  s indicatos , rad ios , grupos

l iber tar ios  y  has ta par t idos

p o l í t i c o s  s e  a p o d e r a n  d e

i n m u e b l e s ,  d e  exp lo t ac iones

indus t r i a l es  y  c o m e r c i a l e s ,  d e

per iód i cos , cuen t as co r r i en -

t e s ,  valores , e tcé tera . Llama-

m o s a  todo es to revolución

p o r q u e  e s  d e m a s i a d o v a s t o  y

grave para dejar lo  e n  motín.

Ahora b ien:  u n a  revolución

n e c e s i t a a p o d e r a r s e

  d e l

m a n d o , i n s t a l a r s e  en e l

Gobie rno , d i r i g i r  e l  país

s e g ú n

  s u s

  miras .

  N o l o h a n

hecho. ¿Por qué? ¿Fal ta  d e

f u e r z a ,  d e  plan polít ico,  d e

h o m b r e s  c o n  a u t o r i d a d ?

¿ P r e s e n t i m i e n t o  d e q u e u n

g o l p e  d e  m a n o s o b r e  e l

p o d e r ,  a u n ( 7 )  victorioso,

d e r r u m b a r í a  la  res i s tencia ,

n o s

  pondr í a en f ren t e

  d e

  todo

el

  m u n d o

  y s e

  pe rder í a

  la

g u e r r a ?  ¿ O e l  cálculo  d e

c r e a r c l a n d e s t i n a m e n t e ,  p o r

a b u s o  d e  f u e r z a ,  s in  r e s p o n -

sabi l idad

  y

  b a j o

  la

  cober tu ra

d e  Gob ie rnos i ne rmes , s i t ua -

c i o n e s  d e  hecho , pa ra  m a n -

t e n e r l a s d e s p u é s  e  i m p o n e r -

s e a l  Es t ado cuando qu i e ra

salir  d e s u  l e t a rgo?  D e  todo

h a b r á .  La  obra revolucionaria

c o m e n z ó b a j o  u n  Gobierno

r e p u b l i c a n o

  q u e n o

  quer ía

  n i

podía pat rocinar la .  L o s  e x c e -

s o s  c o m e n z a r o n  a  salir  a luz

a n t e  l o s  o j o s e s t u p e f a c t o s  d e

l o s  min i s t ros . Rec íp rocamen-

t e a l  p r o p ó s i t o  de l a  revolu-

ción ,  e l de l  Gob ie rno  n o

podía  s e r m á s q u e  adoptar la

o

  repr imir la . Menos

  a ú n q u e

adoptarla podía reprimirla.  E s

d u d o s o

  q u e

  c o n t a r a

  c o n

  f u e r -

z a s  para el lo. Seguro estoy

d e q u e n o l a s

  ten ía .

  A u n

t e n i é n d o l a s ,

  s u

  e m p l e o

habr ía encendido o t ra guerra

civil. Cundía  y s e  t o m a b a  e n

(6) En la  edic ión  d e  Losada : "pa t ro -

n e s " .

(7 ) En la s  e d i c i o n e s  d e  Losada  y  Oasis

a c e n t ú a n " a u n " .

5 4

ser io  la  a m e n a z a  d e  a b a n d o -

n a r e l  f r e n t e . ¿ C ó m o  s e  llama

u n a  s i t uac ión causada  p o r u n

a l z a m i e n t o  q u e  e m p i e z a  y no

a c a b a ,  q u e  inf r inge to da s  l a s

l eyes  y n o  derriba  a l  Gob ie r -

n o  para sus t i tu i rse  a él ,  c o r o -

n a d a  p o r u n  Gob ie rno  q u e

a b o r r e c e

  y

 c o n d e n a

  l o s

  a c o n -

t e c i m i e n t o s  y n o  puede repr i -

mir los

  n i

  imped i r l o s?

  S e l l a -

m a  i nd i sc ip l i na , ana rqu í a ,

d e s o r d e n .  El  orden ant iguo

p u d o  s e r  r e e m p l a z a d o  p o r

otro, revolucionario.  No l o

f u e . A s í n o  h u b o  m á s q u e

i m p o t e n c i a  y  b a r u l l o .  El

G o b i e r n o r e p u b l i c a n o  s e

re t i ró , porque  l o s  pro le tar ios ,

incluso  l o s m á s  m o d e r a d o s ,

no l e

  s e c u n d a b a n .

  S e

  pensó

q u e u n  Gob ie rno  d e  pro le-

tarios , part idos pol í t icos  y

s ind i ca l es , mezc l ados  c o n l o s

republ icanos , t endr ía  m á s

autor idad . Pero

  la

  ac t i t ud

  de l

Gobie rno nuevo respec to  d e

la  revolución  n o  varió. Algu-

n o s d e l o s q u e

  e n t r a b a n

  a

m a n d a r h a b í a n  e n  p a r t e

a p r o b a d o  o  p r o m o v i d o  l o s

m o v i m i e n t o s  de l a  revolu-

ción.

  S e

  e n c o n t r a r o n

  en l a

n e c e s i d a d  d e  deci r  q u e s u

polí t ica consist ía  e n  g a n a r  la

guer ra , como  l a de l  Gobierno

r e p u b l i c a n o .  N o  p u d i e r o n

a d o p t a r  la  revolución ,  s i -

g u i e r o n c o n d e n a d o s  a p a -

d e c e r l a ,  a  c o n t e m p o r i z a r ,  a

a g u a n t a r l a , c o m o  s i  e s p e r a -

s e n s u f i n , p o r

  c a n s a n c i o

  o

d e s c r é d i t o .  El  J e f e  d e l

Gobie rno  h a  h a b l a d o  d e q u e

y a s e h a n

  h e c h o b a s t a n t e s

e n s a y o s ,  e n l o q u e  a p u n t a  la

p e r s u a s i ó n  d e l  d e s c r é d i t o  y

la  real idad  d e l  cansanc io .

Incluso  e l  Gob ie rno fo rmado

e n  n o v i e m b r e ,  c o n l a CN T y

l o s  a n a r q u i s t a s ,  e n l a s  p e n o -

s a s  c o n d i c i o n e s  q u e a ú n n o

s e h a n  hecho púb l i cas ,  n o h a

podido prohi jar  la  revolución.

Desde an t es ,

  l o s

  c o m u n i s t a s

vienen d ic iendo  q u e e n  E s p a -

ñ a

  debe subs is t i r

  la

  Repúbl i -

c a

  d e m o c r á t i c a p a r l a m e n -

taria. Creo  e n s u  s incer idad

p o r q u e  t a l es l a  c o n s i g n a  d e

Stal in .  L o s  c o n f e d e r a l e s  y

a n a r q u i s t a s  d e l  Gob ie rno  n o

h a c e n  m á s n i  m e n o s  q u e l o s

ot ros minis t ros .  L a C N T c o n -

t inúa  s u  invasión social ;  s u s

(8 )  min i s t ros  no l a  con t i enen

ni la  susc i t an .  S u  p resenc i a

en e l  Gobierno, para  e s e

efec to ,  e s  anodina. Incluso

pronunc i an d i scu r sos  o  escr i -

b e n  ar t ícu los  e n  con t ra  de l a

t ác t i ca  d e l o s  s i n d i c a t o s  y de

s u s

  i m p r o v i s a c i o n e s

  m á s

d a ñ o s a s . T a m p o c o  e s o  vale

m u c h o .  L o s  min i s t ros  q u e s e

m o d e r a n , c a e n  en e l  d e s c r é -

di to,  y s u s  a n t i g u o s c a m a r a -

d a s ,  d e s p u é s  d e  s i lbarlos,  l e s

v u e l v e n  l a  e s p a l d a .  El

Gobie rno ,  c o n  pocos med ios

para imponer  s u  au to r idad  y

c o n

  f loja voluntad

  d e

  usarlos,

c o m p r u e b a  q u e e n  c a d a

c o y u n t u r a  d e l o s  servicios

p ú b l i c o s , s e a n

  o n o d e

guer ra ,  s e h a  p r o d u c i d o  u n

derrame s indical , para l izante

c o m o  u n  derrame sinovial .

T a l e s  has ta ahora  e l  f r u t o  d e

la  r evo luc ión : desbara jus t e ,

despi l far ro  d e  t i e m p o ,  d e

energ í a  y d e  r ecu rsos ,  y un

Gobierno paral í t ico. Para

  la

guer ra , desas t roso .

BARCALA.—Con relación  a la

g u e r r a ,

  e l

  m o v i m i e n t o

revolucionar io  h a  sido útil

p o r q u e a s o c i a  a  e l l a  e l

i n t e rés  d e  c l ase  d e l  p ro l e -

t a r i ado  y  vigoriza  s u  acción .

GARCES.—A  m i  juicio,  en l a

guer ra  n o s o n  pos ib l es  s in

grave daño  l o s  f i nes suba l t e r -

n o s ,

  p a r c i a l e s , a c o m o d a d o s

al  i n t e rés  o a la  a m b i c i ó n  d e

q u i e n e s t o m a n p a r t e  e n  ella.

El f in de la

  guer ra

  e s

  r echazar

la   dictadura mil i tar  y la  t i ra-

n í a ,  m a n t e n e r  e n  E s p a ñ a  la

l ibertad,  l a de  t o d o s  l o s  e s p a -

ñ o l e s  y la de la  nac ión  e n

c o n j u n t o .

  E s m u y

  b a s t a n t e

para consegu i r  e l  c o n c u r s o

d e  t o d o s ,  s in  e x c e p t u a r  al

pro l e t a r i ado .  S i m e  apura

us t ed ,  le  d e m o s t r a r é  q u e a l

pro l e t a r i ado  le  impor t a t oda-

v í a m á s q u e a l o s  b u r g u e s e s

l ibera les , dado  e l  p r o g r a m a

d e l o s

  r ebe ldes . Cuando

  al f in

primordial  de l a  guer ra  s e

a d h i e r e n f i n e s p a r á s i t o s ,

impor t an t es pa ra  u n  grupo

só lo ,

  s u

  a p o r t a c i ó n

  a la

(8) En la  edic ión  d e  Losada : " l o s e n

lugar  d e  " sus" .

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 55/132

g u e r r a  s e  d e b i l i t a , p u e s

d e p e n d e  d e l a  uti l idad  q u e d e

la  campaña p iensa ex t raer

e s e  g ru p o .  S i en e l  p ropós i to

d e l o s

  caudi l los revolucio-

n a r i o s  la  guer ra  h a d e  servir

para implantar ,  p o r  e jemplo ,

e l  s ind ica l i smo,  s u s  a c t o s  n o

s e

  d i r i g i r á n p u r a m e n t e

  a

resolver  e l  es t r i c to p rob lema

militar  d e  v e n c e r  a los  rebe l -

d e s . S i l a  guer ra  s e  utiliza

para abonar  e l  t e r r e n o  d e l

n ac i o n a l i s mo ca t a l án

  y p r e -

parar le  u n a  g ran co s ech a ,  la

par t i c ipac ión  en la  guer ra  s e

subord inará

  a l

  i n t e r é s

  d e l

nacional i smo. Es te segundo

propós i to  s e  b a s a  e n u n

cá lcu lo e r róneo , porque  si la

deb i l idad

  de la

  res i s t enc ia ,

r e s u l t an t e  de la  dispers ión

d e l  esfuerzo, l leva  a  p e rd e r  la

g u e r r a ,  l o s  g r u p o s  q u e e n  ella

co l ab o ran  c o n  r e s e rv as  m e n -

t a l es perder ían  l o q u e y a t i e -

n e n , l o q u e  e s p e ran g an a r  y

l o q u e  tuvieron antes. Esta

observac ión  e s  i n c o n t e s t a -

b l e . C o n  serlo,  n o  b a s t a  a

dest rui r aquel cálculo , agaza-

p a d o  en e l  f o n d o  d e l a s

i n t en c i o n es .

  El

  r e s u l t ad o

  e s

q u e ,  p e r d i e n d o  d e  vis ta  la

u r g e n c i a

  d e

  a c u d i r

  a la

guer ra según  l a s  n e c e s i d a d e s

t e r m i n a n t e s  d e l  p r o b l e m a

mili tar, cada cual  s e  p r e o c u -

p a  an te todo  d e  t o mar p o s i -

c iones para  s e r m á s  f u e r t e  el

d í a d e l a p a z e  i m p o n e r s e  a

l o s

  d e m á s

  y a l

  Estado. Para

q u e  s e m e j a n t e c o n d u c t a  n o

parezca t ra ic ión ,

  s e

  ad e l an t a

co mo p o s t u l ad o  q u e  exime

d e  cu lpa  la  s eg u r i d ad  de la

v i c t o r i a .  " S e  g a n a r á  l a

g u e r r a " , d i c e n .  ¿ D e q u é

m o d o ?  N o l o s é ,  p u es cu an t o

h a c e n  v a e n  d e r e c h u r a  a d e s -

truir  el  p o s t u l ad o .  A s í s e

c o m p r u e b a  u n a v e z m á s e l

e f e c t o p a r a l i z a n t e  d e l a

revo luc ión respec to

  de la

guer ra .

P A S T R A N A . —

V o t o

  c o n

u s t ed .  L o  s ingu lar  d e  nues t ro

c a s o  n o e s l a  s i mu l t an e i d ad

d e l a  revo luc ión  y la  guerra,

s i n o  la  p e r m a n e n c i a  e n  plena

g u e r r a

  d e u n

  conato revo lu-

cionario ,  q u e n o  h ab i en d o

o d i d o  o  quer ido t r iunfar  d e

l eño , dura como desorden  y

a m a r r a

  al

  Gobierno ,

  q u e n o

f?,

r e p r e s e n t a  a la  revolución,  ni

se la  incorpora  ni la  s o m e t e .

N o e s  ca s o n u ev o  la  a m a l g a -

m a d e l a  guer ra  y la  revolu-

ción.  S e a q u e u n  movimien to

revolucionario victor ioso

  p r o -

v o q u e  la  g u e r r a ,  s e a q u e l a

g u e r r a mi s ma d es en cad en e

la

  revolución,

  s e h a

  visto

m u c h a s v e c e s  a u n  país  e n

plena fiebre revolucionaria

g a n a r  u n a  guer ra . S iempre

b a j o  la  cond ic ión  d e q u e e l

ímpetu revolucionario  s e a

efec t ivo ,  s u  autoridad impo-

n e n t e ,  la  disciplina  d e  a c e r o  y

q u e d e  g r a d o  o p o r  fuerza  a ú -

n e e l  t r a b a j o  d e  t o d o s  y los

a r r eb a t e h as t a  el  sacrificio.

E n

  s u m a :

  la

  revolución frente

a la

  guerra debe const i tu i rse

e n u n ( 9 ) h a z  irrompible.

Aquí cada vareta anda suel-

t a . P o r e s o  creo como usted

q u e l a  revolución abortada

e s  p u ro d es o rd en ,  y si  fu es e

( 1 0 )  c o m o p r e t e n d e n ,  le

e c h a r í a m o s  la  culpa  d e p e r -

d e r l a

  guer ra .

9) En la  edic ión  d e  Losada: "una".

10) En las  edic iones  d e  Losada  y

Oasi s  s e  in t roduce  u n a  coma entre  l a s

p a l a b r a s " f u e se "

  y

  "como".

« I N S U  CORTA VIDA,  L A  REP UBLI CA  N O H A  I N V E N T A D O  N I  S U S C I T A D O  L A S  F U E R Z A S  Q U E L A  DES TRO ZAN. DURANTE AÑO S , I NG EN-

T E S  R E A L I D A D E S E S P A Ñ O L A S E S T A B A N C O M O S O F O C A D A S  O  R E T E N I D A S .  E N  T O D O C A B O ,  S E  A P A R E N T A B A D E S C O N O C E R L A S .

L A  R I P U B L I C A ,  A L  RO M P ER  U N A  FICCION,  L A B H A  S A C A D O  A L A  LUZ», DICE  U N O D I L O S  P E R S O N A J E S  D I « L A  VELADA  E N  BENI-

CARLO ».  L A  FOTO RECOOE  U N A D E L A S  M A N I F E S T A C I O N E S  D E  A P O Y O C E L E B R A D A S  I N  M ADRI D  A L  ADVENI M I ENTO  D E L A R E -

P U B L I C A . ( N O T E S E  E N L A  P A N C A R T A  EL  RECUERDO  A L O S  S U B L E V A D O S  D E  J A C A . )

5 5

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 56/132

MANIFIESTO  D E " L A  BARRACA"

PROPOSITOS

El  Teatro Universitario  se propone  la reno-

vación,

  con un

  criterio artístico,

  de la

 esce-

na

  española. Para ello

  se ha

  valido

  de los

clásicos como educadores

  del

  gusto popu-

lar;

  nuestra acción,

  que

  tiende

  a

  desarro-

llarse

  en las

  capitales, donde

  es más

  nece-

saria  la  acción renovadora, tiende también

a la  difusión  del  teatro  en las  masas  cam-

pesinas,  que se han  visto privadas desde

tiempos lejanos  del  espectáculo teatral.

Para desarrollar estos propósitos

  se ha for-

mado

  un

  equipo

  de

  universitarios

  que con

un

  espíritu deportivo

  han

  dado comienzo

a la

  labor.

  La

  primera salida

  ha

  sido

  a la

provincia

  de

  Soria,

  que

  guarda

  una

  secular

tradición dramática, como

  lo

 demuestra

  el

hecho  de que en  casi todos  los pueblos exis-

te un

  Teatro Municipal. Allí

  se han

  llevado

tres entremeses  de  Cervantes  y un  auto

sacramental  de  Calderón  de la  Barca.  El

criterio renovador

  no se

  refiere sólo

  al

repertorio literario, sino

  que se

  extiende

  al

criterio moderno

  de la

  plástica escénica.

Para ello

  se ha

  buscado

  la

  colaboración

  de

pintores  que  participan  de  estas ideas.  El

movimiento  y la luz, así  como  los  trajes

—realizados

  por el

  mismo decorador para

dar una

  unidad

  de

  coloración

  y

  estilo

  en la

escena—,

  so n

  también objeto

  de

  especial

cuidado.

ORGANIZACION

Se

  rige

  por un

  Comité directivo, presidido

por el

  presidente

  de la

  Unión Federal

  de

Estudiantes Hispanos,

  y

  está integrado

  por

cuatro estudiantes  de  Filosofía  y  Letras,

que  colaboran  con la  dirección literaria;

cuatro estudiantes

  de

  Arquitectura,

  que se

encargan

  de la

  parte técnica, montaje

  del

tablado, decorados,

  etc. La

  dirección lite-

raria está

  a

  carao

  de

  Federico García

  Lor-

ca y de

  Eduardo Ugarte,

  con el

  asesora-

miento

  de

  Pedro Salinas

  y

  Américo Castro,

catedráticos. Colaboran también  en la rea-

lización plástica  los  pintores Benjamín

Palencia, Ponce  de  León, Ontanón  y

Ramón Gaya.

La

  compañía está formada

  por

  estudiantes

seleccionados después  de las pruebas  a que

la

  dirección artística cree conveniente

someterles.

ADMINISTRACION

Corre

  a

  cargo

  de los

  estudiantes

  que for-

man el

  Comité directivo. Todos cuantos

intervienen

  en el

  Teatro Universitario,

prestan

  sus

  servicios gratuitamente,

corriendo

  a

  cargo

  de

  esta entidad

  los gas-

tos que

  ocasionen.

Existen varios departamentos,

  al

 frente

  de

cada

  uno de

  ellos están personas compe-

tentes.

Hasta ahora

  son los que más

  ampliamente

han

  funcionado:

  El

  Departamento

  de la

compañía  al frente  del  cual están  los  direc-

tores artísticos, auxiliados

  por los

  estu-

diantes

  de

  Filosofía

  y

  Letras.

  ,

El

 Departamento

  de

  Material Móvil, encar-

gado  de la  camioneta, tablado, cortinas,

decoraciones

  y luz

  eléctrica,

  del que

  están

especialmente encargados Ruiz Castillo

  y

Menéndez Pidal,

  con los

  estudiantes

  de

Arquitectura.

Departamento

  de

  Biblioteca

  y

  Archivo

Fotocinematoqráfico,

  y

  empezarán

  a fun-

cionar

  el de

  Revista,

  el de

  Estudio

  y

  selec-

ción

  de

  obras.

Hasta ahora  el  repertorio  ha  sido escogido

entre

  los

  autores

  del

  Siglo

  de Oro,

  habién-

dose formado

  dos

  programas distintos:

  uno

popular,

  a

 base

  de los

  entremeses cervanti-

nos, y

  otro para públicos

  más

  restringidos,

que es el  auto sacramental,  co n  ilustracio-

nes  musicales, encargado  al  maestro Bene-

dito.

Con

  este repertorio,

  La

  Barraca

  ha

  recorri-

do

  toda

  la

  provincia

  de

  Soria,

  la

  región

gallega

  y

  Asturias

  en el

  verano pasado.

  En

octubre,  y por  especial invitación,  ha con-

currido

  a la

  celebración

  del IV

  centenario

de la  Universidad granadina.  En  Madrid

ha

  dado

  una

  función reservada

  a los Cur-

sos de

  Extranjeros

  de

  Verano

  y

  posterior-

mente

  se

  presentó ante

  sus

  compañeros

  de

la

  Universidad

  de

  Madrid

  co n

  tres funcio-

nes

  celebradas

  en el

  Paraninfo

  de la Cen-

tral. Representó

  en el

  Español ante

  el Pre

vidente

  de la

  República,

  el de las

  Cortes,

Gobierno, diputados  y  otras personali-

dades.  ,

En las

  vacaciones

  de

  Navidad recorrió

  Ali-

cante, Elche

  y

  Murcia,

  y a la

  vuelta

  dio

otras tres funciones

  en

  Madrid,

  una

  para

  la

Universidad Popular, otra

  co n

  motivo

  de

inaugurarse

  el

  pabellón

  de

  Filosofía

  y

Letras

  de la

  Ciudad Universitaria

  y

  otra

para

  los

 estudiantes

  de

  escuelas especiales.

PRIMER PROGRAMA

La

  cueva

  de

  Salamanca . Cervantes.

Decorado

  y

  trajes

  de

  Santiago Ontañón.

Los dos

  habladores . Escuela cervantina.

Decorado

  y

  trajes

  de

  Ramón Gaya.

  La

guardia cuidadosa . Cervantes. Decorado

y  trajes  de  Alfonso Ponce  de  León.

SEGUNDO PROGRAMA

La

  vida

  es

  sueño . Auto sacramental

  de

Calderón. Realización plástica

  de

  Benja-

mín  Palencia.

Actualmente

  se

  esta ensayando

  y

  haciendo

lo s

  trajes

  de

  Fuenteovejuna .

Las  decoraciones hechas  y los figurines  son

del  escultor Alberto.

5 6

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 57/132

O

O

O

.0

  -m

o

r

'

rXéj

•   '

TE TRO

UNIVERSIT RIO

U N I Ó N F E D E R L   D E   E S T U D I N T E S H I S P N O S

CARTEL  D E L A  B A R R A C A , O B R A  D E  BENJAM I N P ALENCI A.

LA  BARRACA"

DE

FEDERICO

GARCIA LORCA

E N R I Q U E A Z C O A G A

L

O S q u e e n

  t i empos

republ icanos colaoo-

r a m o s

  p o r

  libre, vale

dec i r  s i n  n ó m i n a ,  con e l

P a t r o n a t o

  d e

  Mis iones

Pedagógicas , t en íamos  u n

complejo

  d e

  infer ior idad

t e a t r a l :  e l q u e n o s  produ-

c í a l a

  exis tencia

  d e l

  grupo

univers i ta r io

  L a

  Bar raca ,

dirigido, como cualquiera

sabe ,  p o r e l  im pa r Feder ico

García Lorca.

Cuando, pocos días antes

d e

  i n a u g u r a r s e

  l a

  exposi-

ción  " L a  B a r r a c a  y su

en to rno t ea t r a l " ,

  q,ue la

galería Multi tud (Claudio

Coello,

  1 7 ) n o s h a

  br inda-

d o e n s u s

  salones,

  e l

  pintor

Pepe Cabal lero  m e  dijo:

" T e n d r á s

  q u e

  reconocer

q u e e l

  t ea t ro

  d e L a

  Bar raca

e r a

  m e j o r

  q u e e l

  vues t ro" ,

m i

  comple jo t ea t r a l

  d e

"mis ione ro pa to lóg i co"

—como  e n  broma sol ía

decir Federico—

  se

  ent rea-

br ió  c o n l a  cor respondien-

t e

  " r e t roac t i v idad

Y o , q u e  n u n c a  h e  escrito

teatro, debo reconocer

  q u e

desde

  m i s

  buenos t iempos

d e  bachi l ler a tolondrado,

nada como

  e l

  tea t ro

  m e h a

a p r o x i m a d o  a l  mundo  d e

l a

  belleza

  y d e l

  espíri tu.

M i s  h o r a s  d e  Museo  P e -

dagóg ico ,

  d e

  Bibl ioteca

Nac iona l  y d e  Ateneo,  n o

creo

  q u e

  sean tantas como

l a s q u e h e

  pe rd ido

  (o

 gana -

d o )  as i s t i endo  a e s e  espec-

táculo , para  m í  siempre

prodigioso,

  q u e

  consiste

  e n

v e r

  l evan t a r se

  u n

  telón...

S i n

  embargo, nunca per te -

necí, como parecería lógi-

c o , a l  Tea t ro  d e l a s  Misio-

n e s

  Pedagógicas .

  M i

  en t r a -

ñable amis tad  c o n  Antonio

Sánchez Barbudo

  m e

  llevó

a l  apa r t ado e s t r i c t amente

" m i s i o n a l " :

  a

  giras inolvi-

dables

  d e l o q u e

  entonces

se

  l l amaba Museo

  d e l P u e -

b l o ,  pe ro  n o a  esos fines  d e

s e m a n a d u r a n t e

  lo s

  cuales

t a n t o s u n i v e r s i t a r i o s ,

5 7

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 58/132

* 0 A -

FEDERICO GARCIA LORCA

  - A

  Q UI EN VEM O S .

  E N

  PRIMER TERMINO.

  EN LA

  F OT O S U P E R I O R -

  F UE EL

  C R E A D O R

  E

  I M P U L S O R I N A G O T A -

B L E D E L A

  B A R R A C A D U R A N T E

  S U S

  C U A T R O A Ñ O S

  D E

  EXI S TENCI A, ENTRE JULI O

  DE 1932 Y

  ABRI L

  DE 1936 .

  A B A J O ,

  D E

  I ZQ UI ERDA

A  DERE CHA. ENRIQU E DIEZ CA ÑE DO. A RT UR O RUIZ-CA STILLO, LUIS VILLAL BA. EMILIO GAR RIG UES  Y  PEDRO MIGUEL  G .  Q U I J A N O .

5 8

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 59/132

en tonces

  y h o y

  amigos,

  l l e -

v a b a n

  p o r

  a ldeas

  y

  pueblos

españoles , productos s igni-

f ica t ivos

  d e l

  clásico teatro

español .

  Fu i , e so s í ,

  espec-

t a d o r

  d e

  muchas j o rnadas

tea t ra les , cumpl idas  c o n

fervor heroico

  p o r e l T e a -

t r o d e l a s  Misiones.  M e

disgus té mucho inc luso

aque l l a mañana  q u e e n e l

t ao lado cor respondiente

  s e

presentó para gentes popu-

lares "Solico

  e n e l m u n -

d o " , d e l o s  Quintero,  p o r -

q u e ,

  entonces

  y h o y , l o s

f amosos he rmanos

  n o h a n

sido  l o q u e  tópicamente

sue len l l amarse "santos

  d e

m i

  devoción".

M i  entus iasmo,  y  t r a t a r é

d e

  a rgumenta r lo ,

  lo

 polar i -

zaba

  L a

  Barraca. Desde

q u e u n a

  t a rde ,

  e n l a U n i -

v e r s i d a d C e n t r a l  de l a

cal le

  d e S a n

  B e r n a r d o ,

asistí  a la  representac ión

d e u n a

  "Vida

  e s

  sueño"

  d e

Calderón

  d e l a

  Barca ,

  y

ap l aud í  a l  bueno  d e  Lorca,

conver t ido  e n " L a s o m -

b r a " q u e

  Benjamín Palen-

c i a  d i b u j a r a , m i e n t r a s

d e r r o c h a b a

  u n a

  cosa

  q u e

l o s

  ac tores ,

  t a n

  aplaudidos

i o r m í  como elemento  d e

a  " c l a q u e " m a d r i l e ñ a ,

n u n c a

  m e

  i n fun d ían : aque -

l l a su

  gran confianza —des-

p a r p a j o p a r a  lo s  sosos—  e n

todo

  l o q u e

  solían hacer.

  E l

y a  viejo espectador ,  a los

diecinueve años

  s i m a l n o

r e c u e r d o ,

  e n u n

  escenar io

abier to, donde  s e  ac r ed i t a -

b a e l

  ta lento

  d e l

  pintor

m e n c i o n a d o

  y e l de

  Ramón

Gaya, descubrió,

  s i n p e n -

sar lo

  e n

  exceso,

  q u e l a

conf i anza

  d e

  Feder ico

  G a r -

c í a  Lorca,  e l  d i rec tor  d e La

Barraca —mejor

  q u e

  nues -

t r o  " teatro misional"—,  s e

debía

  a su fe en l a

  cul tura ,

e n l a

  poesía .

  Y q u e

  mien-

t r a s

  e l

  t ea t ro

  q u e é l

  había

f recuentado has ta enton-

c e s l e

  hacía gozar

  con e l

t ea t ro ,

  l o s

  universi tar ios

d e l a

  Unión Federal

  d e

Estudiantes Hispanos,

  los

plást icos amigos

  d e

  Federi-

c o q u e

  comenzaban

  a

  serlo

suyos,

  y

  algo

  q u e l o s p r i -

meros ac tores  y  directores

escénicos nunca

  le

  habían

d e s c u b i e r t o ,  l e  h a c í a n

a p r o x i m a r s e

  a u n a

  meta

super ior

  a lo que en

  nues-

t ros días podríamos

  l l a -

m a r ,  entre otras l indezas,

"norma cul tura l" .

TEATRO  Y  POESIA

Esta "Vida

  e s

  sueño"

  q u e

y o

  ap l aud í

  a l

  grupo

  de La

B a r r a c a ,

  se l a

  hacía visto

r e p r e s e n t a r  a u n p a r d e

ac red i t adas compañ ías

  y a

algunos i lustres actores.

Calderón, escenif icado

  p o r

quienes s iempre  h a n  creí-

L A S  GENTES  D E " L A  BARRACA"

Kety Aguado (actr iz) .

Pi lar Aguado (actr iz) .

A l b e r t o S á n c h e z ( d e c o r a d o s  y  f igur ines) .

Manue l Ange l e s Or t i z ( deco rados  y  f igur ines) .

Franc isco Boluda Fer re ro (ac tor ) .

N o r a h B o r g e s ( d e c o r a d o s

  y

  f igur ines) .

Ca r lo s Boye r Ru iz -Beneyán .

J o s é C a b a l l e r o ( d e c o r a d o s

  y

  f igur ines) .

Nicolás Cimarra (conductor ) .

Car los Congos to (ac tor ) .

Nazar io Cuar te ro (adminis t rador ) .

Fernando Chueca Goi t ia .

Enr ique Diez Cañedo.

Carmen Galán Torres (ac t r iz ) .

Mar í a

  d e l

  Carmen Garc ía Antón (ac t r iz ) .

Mar ía

  d e l

  Carmen García Lasgoity (actr iz) .

Federico García Lorca (director) .

Isabel García Lorca (actriz).

Alvaro Garc ía Ormaechea (ac tor ) .

Emil io Garrigues.

R a m ó n G a y a ( d e c o r a d o s  y  f igur ines) .

Alber to González Qui iano (ac tor ) .

Pedro Miguel Gonzá lez Qui jano ( secre ta r io

admin i s t r ado r ) .

J ac in to H igue ra s Cá t ed ra ( ac to r ) .

Modes to H igue ra s Cá t ed ra ( ac to r ) .

Danie l J iménez Cacho (ac tor ) .

F e r n a n d o L a c a s a .  -

Agustín Leyva Andía (actor) .

Emilio Lomba  ( c o n d u c t o r  y  admin i s t r ado r ) .

Diego Marín (actor) .

Lu i s Mar t í nez Sancho "S imar ro" ( conduc to r ) .

Luis Meana .

Gonza lo Menéndez P ida l ( f o tog ra f í a

  y

  e f ec to s

e s c é n i c o s ) .

María Gloria Morales Vicente (actr iz) .

Alvaro Muñoz Cus todio (ac tor ) .

José Mar ía Navaz (ac tor ) .

J o s é O b r a d o r s  d e l A m o  ( apun t ado r ) .

Mercedes On tañón ( ac t r i z ) .

S a n t i a g o O n t a ñ ó n ( d e c o r a d o s

  y

  f igurines) .

B e n j a m í n P a l e n c i a ( d e c o r a d o s

  y

  f igurines) .

Conchita Polo Diez (actr iz) .

P o n c e

  d e

  L e ó n ( d e c o r a d o s

  y

  f igurines) .

Manue l Puga J iménez ( ac to r ) .

Laura  d e l o s  Ríos (actriz).

Carmen Risoto (actr iz) .

Ju l ián Riso to (ac tor ) .

Jul ia Rodríguez Mata (actr iz) .

Ra fae l Rodr íguez Rapún ( s ec r e t a r i o admin i s -

t rador ) .

Aure l i o Romeo ( conduc to r ) .

Ar tu ro Ru iz -Cas t i l l o ( l umino t ecn i a , mon ta j e  y

conduc to r ) .

Luis Ruiz Sal inas (actor) .

Ar tu ro Sáenz

  d e l a

  Calzada (actor) .

Luis Sáenz

  de l a

  Calzada (actor) .

J o a q u í n S á n c h e z - C o v i s a ( a c t o r ) .

Edua rdo Uga r t e ( cod i r ec to r ) .

Lola Vegas (actriz).

Luis Fel ipe Vivanco.

5 9

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 60/132

§

d o q u e e l

  tea t ro debía

engualdrapar

  l o s

  textos

c l á s i c o s ,

  s e

  c o n v e r t í a

—mucho antes  d e q u e M a r -

gari ta Xirgu

  lo

  r e p r e s e n t a -

r a m á s d e  a c u e r d o  con e l

buen gus to moderno

  q u e a

base  d e  atrezzo  envejecido

f i g u r i n e s s o b r e c á r g a -

os— en un

  esc lavo

  de lo s

t r a d i c i o n a l e s m e d i o s

e x p r e s i v o s , m a n e j a d o s ,

según

  e s

  justo reconocer lo,

c o n

  mayor de r roche

  q u e

c u a n d o

  s e

  r e p r e s e n t a b a

  a

l o s  s e r i o s m o r a l i s t a s  o

c u r r i n c h e s

  d e l a

  época .

  L a

escena , l l amémosla comer-

c ia l , cuando

  d e u n

  clásico

e s p a ñ o l

  s e

  t r a t a b a ,

  s e

hacía como

  m á s

  lujosa,

como

  m á s

  r imbomban te ,

pese  a q u e  a lgunos pr ime-

r o s

  ac tores famosís imos ,

me t idos

  e n

  figurines

  q u e

nada t en í an

  q u e v e r c o n

" e l  t r a j e  d e  cal le" , recor-

d a b a n

  a

  a q u e l l o s

  D o n

Nicanores

  q u e

  t o c a b a n

  c o n

t o rpeza  e l  t a m b o r .  E l t e a -

t r o ,

  h a b l a n d o

  e n

  general ,

n o s e

  pon ía

  a l a s

  órdenes

d e

  Lope

  o d e

  Tirso, sino

u e

  e ran és tos

  l o s q u e s e

isolvían  como consecuen-

c i a , p o r  o t ra par te ,  d e u n a

reci tación discut ible ,  e n

t ramoyas escénicas sobre-

c a r g a d a s ,  e n e l  t ea t ro .  Lo s

escenar ios , imperio fatal

d e u n

  l amen tab l e anac ro -

nismo, envejec ían

  en fin a

l o s

  escr i tores impor tantes ,

porque nada envejece  t a n -

to a l

  espíri tu como uti l izar-

lo a  m a n e r a  d e  t e m a  d e u n

preconcebido formal i smo,

e n  este caso escénico.

L o q u e L a  Bar raca supuso

e n  pr incipio,  f u e  todo  lo

contrar io. Feder ico García

Lorca , convencido

  d e q u e

e l

  tea t ro hace c reer

  e n

todo aquello  q u e n o s  br in-

d a ,

  como consecuencia

  d e

u n a

  integración l i terar io-

plás t ica ,  s e  valió  de l a

j u v e n t u d

  d e

  unos in té rpre-

t e s y de l a

  j uven tud expre -

siva

  d e

  unos a r t i s tas

  p o r

entonces poco conocidos,

p a r a  q u e  fuese  e l  tea t ro

quien sirviese  a l a  poesía

excepcional .

  S u s

  c reac io-

n e s

  d e t e s t a b a n

  e l

  empaste

t e a t r a l  de l a  vieja escena

desde

  e l

  m o m e n t o

  e n q u e

s e

  resolv ían

  e n  beneficio

d e l o q u e

  t r a t a b a n

  d e

  br in-

da rnos .  A l v e r s u  "Vida  e s

s u e ñ o " ,

  p o r

  ejemplo,

  s e

creía menos  e n e l  teat ro,

p o r

  f o r t u n a ,

  q u e e n l a p o e -

s í a ;

  m e n o s

  e n

  cand i l e j a s

  y

d iab l a s

  q u e e n

  Lope,

  e n

Cervantes ,

  e n

  Calderón.

  E l

g

rob l ema

  n o

  consis t ía

  e n

ace r  creer

  e n e l

  teatro

  a

l a s

  g e n t e s , s i n o

  e n l a

impor t anc i a ex t r ao rd ina -

r i a c o n

  crue entendían

  l a

vida

  y e l

  n o m b r e

  l o s

  auto-

r e s  elegidos  p o r e l  g r anad i -

n o

  v i l m e n t e a s e s i n a d o .

Porque Feder ico ,

  e n v e z d e

u n

  realizador

  a

  secas

  —y

sólo  l o s q u e  a p l a u d i m o s  s u

l abor sanemos cómo

  a d e -

m á s l o  era—,  n o  dejó nunca

d e  ac tuar como  poeta .  Y

c u a n d o

  u n

  poeta t iene inte-

r é s d e

  r ea l i za r t ea t r a lmen-

t e

  aquel lo

  q u e

  otros sobre-

doran, d icen enr iquecer  y ,

e n

  def in i t iva , espec tacula-

r izan , t raba ja obses ionado

p o r  algo  q u e l o s  rea l izado-

r e s

  b u s c a n :

  p o r l a

  necesi-

d a d d e q u e l a

  en t i dad

  t e a -

t r a l c o n s e g u i d a c o m o

resu l t ado  d e s u  e s fue rzo  n o

s e

  l imite

  a s e r u n

  espec-

táculo.

ESPECTACULO

E

  IDEA

L a  Barraca, como conse-

cuenc i a

  d e

  todo

  lo

  dicho,

nac ió para

  q u e s u s

  audien-

cias,

  e n v e z d e

  habérse las

c o n u n  espectáculo, par t i -

c ipasen

  e n u n a

  ent idad

tea t ra l se rv ida p lás t ica  e

i n t e r p r e t a t i v a m e n t e

  a la

a l t u r a

  d e u n a

  idea matr iz ,

a n i m a d o r a .  E n  estos tiern-

o s q u e

  t a n t o

  s e

  hab l a

  d e

a  par t i c ipac ión  d e l o s

OBRAS REPRESENTADAS  P O R

" L A  BARRACA"

Obra

Autor

Escenografía

" L a

  c u e v a

  d e

  S a l a m a n c a " C e r v a n t e s

S a n t i a g o O n t a ñ ó n

" L o s d o s  h a b l a d o r e s "

C e r v a n t e s

Ramón Gaya

" L a

  g u a r d a c u i d a d o s a "

C e r v a n t e s

P o n c e

  d e

  León

" L a

  v ida

  e s

  s u e ñ o " ( a u t o s a c r a m e n t a l ) C a l d e r ó n

  d e l a

  Barca Ben jam ín Pa lenc ia

" L a  t i e r r a  d e  A lva rgonzá l ez"

A n t o n i o M a c h a d o

S a n t i a g o O n t a ñ ó n ( d e c o r a d o s )

Alber to ( f igur ines

d e

  " F u e n t e o v e j u n a " )

" F u e n t e o v e j u n a " L o p e  d e  Vega

Alber to

" E l  b u r l a d o r  d e  Sevi l la"

Ti rso

  d e

  Molina

A l f o n s o P o n c e

  d e

  León

José Caba l l e ro

" E g l o g a

  d e

  P lác ida

  y

  V ic to r i ano" J u a n

  d e l

  Enzina Norah Borges

" E l

  C a b a l l e r o

  d e

  O l m e d o "

Lope  d e  Vega J os é Caba l l e ro

" L a s

  a l m e n a s

  d e

  Toro"

Lope

  d e

  Vega J o s é Caba l l e ro

" E l  r e t a b l o  d e l a s  marav i l l a s "

Ce r van t e s Man ue l Ange l e s Ort iz

" E l

  r o b o

  d e l a

  ol la"

Lope  d e  Rueda

Manuel Angeles Or t iz

" L a

  t ie r ra

  d e

  j a u j a "

Lope  d e  Rueda

6 0

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 61/132

P A R A P O D E R T R A N S P O R T A R T O D O  EL  A P A R A T O E S C E N O G R A F I CO  D E U N  P U N T O  A  O T R O  D E L A  GEOGRAFIA NAC IONAL,  L A B A -

R R A C A C O N T A B A  C O N U N  CAMION PROPIO.  EN LA  IMAGEN,  LO  V E M O S R O D A N D O  P O R  T I E R R A S  D E  GALICIA CAMINO  D E  VIGO.  LLE-

V A N D O

  E N S U

  P O RTEZUELA

  LA

  I NCO NF UNDI BLE I NS I G NI A

  D E L

  G RUP O .

espec tadores ,  n o s o n a ú n

m u c h o s q u i e n e s  s e h a n

dado cuenta  q u e u n a  cosa

e s

  contemplar como espec-

t a d o r

  u n

  e s p e c t á c u l o

  y

otra part ic ipar como  h o m -

b r e  preocupado, r ico  e n

problemas ,  en e l  a l to  p r o -

b le ma ,

  en l a

  idea

  o

 serie

  d e

ide a s

  q u e u n

  d r a m a t u r g o

pone  a  nuestra disposición.

P a r a

  u n

  re a l i z a do r

  e s m u y

posible  q u e l o  in te resan te

s e a v e r  cómo  u n a  aud ien-

c i a

  de te rmina da e nc a ja

  s u

vers ión espectacular , re le-

t

a ndo fa ta lme n te

  a

  segun-

o

  t é rmino

  l a

  idea dramá-

tica base

  d e s u

  esfuerzo.

P a r a  u n  poeta , para Fede-

rico García Lorca,

  l o q u e

impor ta ba ,  lo  impor tan te ,

e r a

  s e m b r a r ,

  d e l a

  ma ne ra

m á s

  eficaz ,

  la

  v e r d a d

  y la

belleza  d e u n  contenido

d r a m á t i c o

  e n

  qu ienes

  a l

par t ic ipa r

  e n s u s

  real iza-

c iones cuidadís imas, nada

e x c e s i v a s , d e s n u d a s ,  s e

va l í a n  de lo  auxil iar escé-

nico para creer  e n l a p o e -

s í a m á s q u e e n l o

  tea tra l .

L o

  p r i m e r o

  q u e

  he mos

p o d i d o o b s e r v a r

  e n l a

exposic ión

  d e

  Mul t i tud

  h a

siao

  l a

  ausenc ia ,

  p o r

  e jem-

p l o , d e  lo  suntuario.  De lo

q u e

  p a r e c í a n  impregnados

l o s

  de c o ra dos

  d e

  Alberto

  o

l o s

  figurines

  d e

  Pa le nc ia

  y

d e

  Caballero,

  n o e r a d e e s a

t ea tra l idad

  c o n q u e l o s

pe o re s  adoban  in té rpre tes

v

  espacios, sino

  d e e sa

tue rz a re juve ne c e do ra  e n

v i r tud

  d e l a

  cual

  l a

  expre-

sión

  d e

  ide a s

  n o

  t iene

  q u e

v e r

  n a d a

  c o n

  espec tacu la -

r e s ,  falsos propósitos.  U n

escenar io vá l ido desde

n u e s t r o p u n t o

  d e

  vis ta

c u a n d o

  e s u n  cauce,

  pero

pocas veces cuando  s e c o n -

vie r te

  e n u n

  estuche.

  U n

figurín me r ec e re al me nt e

l a

  pena cuando t rans forma

l a  c r i a t u r a h u m a n a  e n u n

ente

  d e

  ficción casi mági-

c o ,  vocero legítimo  de la

ide a d ra má t ic a

  q u e s e t r a -

t a d e

  p roponer .

  E l

  poeta,

in te re s a do  p o r q u e l a p a r -

t ic ipación popular

  s e

  real i-

c e

  como

  e s

  debido,

  no se

permite , como

  n o s e l o p e r -

mitiría García Lorca,

  q u e

plás t ica  y  f igur ines  deco-

raran,

  fa lsearan, mintie-

r a n  has ta c ierto punto  l a s

ideas cervantinas , ca ldero-

n i a n a s

  o

  lopescas . Deján-

doles

  a los

  real izadores ,

q u e e n v e z d e

  serlo equiva-

l e n a  algo  a s í  como  a  unos

a d m i n i s t r a d o r e s

  d e e l e -

mentos diversos ,  e l  entu-

s iasmo

  p o r l o s

  f igur ines

  y

de c o ra dos ,

  q u e e n v e z d e

b r i n d a r  l o m á s e n  vilo posi-

b l e , l o m á s  poé t icamente

posible

  l a s

  ideas d ramát i -

61

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 62/132

c a s , l a s  explotan desgra-

c i a d a m e n t e

  e n s u

  espec-

tacular benef icio.

Cuando  u n  autor nuevo  l l e -

a a la  escena esclerot iza-

a , l o s

  cr í t icos punteros

sue len hablar

  d e e s a a l e -

gría

  q u e

  supone

  l a

  i r rup-

ción  e n e l  t ea t ro  d e u n a

cor r i en t e

  d e

  aire puro.. .

Cuando Federico García

Lorca, desde jul io

  d e 1 9 3 2

has ta abr i l

  d e 1 9 3 6 ,

  repre-

sentó t rece obras  y  realizó

ve in t i ún v i a j e s púb l i cos

p o r l o s

  pueb los

  d e

  España ,

s e

  valió

  d e l a

 j u v e n t u d

  u n i -

ver s i t a r i a  y ele  a r t i s tas  t a n

jóvenes

  y

  s ingulares como

Alberto, Palencia, Gaya,

Cabal lero, Ontañón, Pérez

d e

  León, e tcé te ra , para

  q u e

e n

  c i u d a d e s

  y

  pueblos,

  e n

rec in tos univers i ta r ios  y

plazas,

  l o q u e

  t r i u n f a r a

  d e

la

  manera menos espec-

tacular posible fuesen

  l a s

i deas

  q u e e l

  teat ro sepul ta

s iempre ,  q u e e n v e z d e

r e suc i t a r l a s ,

  d e

  r e juvene -

cer las  y ,  un i t a r i amente ,

c o n s a g r a r l a s c o m o

  L a

Barraca h izo ,  l a s  h ipe r t ea -

traliza.

CLASICOS

TEATRALIZABLES

Y

  CLASICOS VIVOS

L a

  B a r r a c a

  s e

  v a h ó

  de lo s

clásicos españoles —como

hemos d icho

  e n

  o t ra

  p a r -

t e - n o  pa ra " ade reza r los"

c o n

  ingredientes moder -

n o s ,  s ino para  q u e s u  cri te-

r i o

  r e n o v a d o r

  d e l

  reper to-

r i o

  l i t e rar io

  —y

 b o r d e a m o s

expres iones

  d e s u

  " m a n i -

fiesto"—  " s e  extendiese  a l

c r i t e r i o m o d e r n o

  d e l a

p l á s t i c a e s c é n i c a " .

  S u

" F u e n t e o v e j u n a "

  o su

Cueva

  d e

  S a l a m a n c a " ,

  s u

Tie r r a  d e  Alvargonzález"

o " E l

  Cabal lero

  d e

  Olme-

s t

é t

d o " , n o  e ran textos  sospe-

chosos

  d e

  ef icacia  pa ra

qu ienes  l o s r o d e a b a n  d e u n

reper tor io expresivo suf i -

c i e n t e m e n t e a v a n z a d o

—cosa

  q u e

  tantas veces

  s e

advier te

  e n

  esta clase

  d e

intentos escénicos—, sino

caudales ext raordinar ios ,

a l o s q u e u n

  sen t ido

  de la

r e p r e s e n t a c i ó n

  y l a

  plásti-

c a

  t ea t r a l e s r e sca t aban ,

a r a g u e  quienes d i s f ru ta-

a n a e l o q u e e l

  teatro

comerc i a l s e rv í a - cuando

s e r v í a — e n g u a l d r a p a d o

como hemos dicho,  l o c o m -

p r e n d i e r a n

  e n s u s

  valores

esenciales .

  E n L a

  Bar raca

h a b í a

  u n

  equilibrio curioso

en t r e

  l a

  idea dramát ica

se l ecc ionada  e n l a s  me jo -

r e s d e

  nues t ro tea t ro

  y

qu ienes

  s e

  conve r t í an ,

  c o n

u n a  l iber tad ,  c o n u n a  f r e s -

c u r a ,

  c o n u n a

  i n d e p e n d e n -

c i a  impres ionan te s ,  e n s u

" g u a r d i a c u i d a d o s a " .

E N L A S  P L A Z A S  D E L O S  P U E B L O S , D E L A N T E  D E L A S  I G LES I AS  O L O S  A Y U N T A M I E N T O S ,  LA  B A R R A C A M O N T A B A  S U  T I N G L A D O  E S -

CENI CO .  A S I .  G E N T E S  Q U E N O  H A B I A N T E N I D O N U N C A A C C E S O  A L  T E A T R O P O D I A N D I S F R U T A R  D E L A B  O B R A S  D E  N U E S T R O S  C L A -

S I C O S M E D IA N T E U N O S M O N T A J E S V I V I F I C A N T E S . R E N O V A D O R E S .

6 2

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 63/132

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 64/132

  Aquí  no hay  primeras  ni  segundas figuras,  no se  admi-

ten los  divos. Formamos  una  especie  de  falansterio  en

que  todos somos iguales  y  cada  uno  arrima  el  hombro

según  su s  aptitudes.  Si uno  hace  de protagonista, otro  se

encarga

  de

  distribuir

  los

  bastidores, otro

  se

  convierte

  en

organizador  de los  efectos luminosos,  y el que  parece

que no  sirve para nada está,  sin  embargo, haciendo  a

maravilla

  el

  oficio

  de

  conductor

  de

  camiones.

  Una

democrática  y  cordial camaradería  nos  gobierna  y

alienta

  a

  todos.

  Y así

  vamos, carretera adelante... .

FEDERICO GARCIA LORCA

LO  VIVO

Y LO

  ACABADO

Lo  p r i m e r o  q u e  hace falta

—según hemos dicho

  t a m -

bién— cuando  u n  poeta

t r a t a

  d e

  a c e r c a r

  l a

  cu l tu ra

a u n

  pueblo,

  e s

  c re e r

  p r o -

f u n d a m e n t e

  e n

  ella,

  y no

—caso concreto

  d e l

  t e a t r o -

hacer gala

  d e u n a

  habili-

d a d

  pa ra s e le c c iona r la

como mate r ia l aprovecha-

b l e , c o n e l f i n d e

  o rgan iza r

mon ta je s de s lumbra n te s .

L o q u e L a

  B a r r a c a ,

  e n su

labor

  p o r

  pueblos

  y

  c iuda-

d e s  españolas , ponía  d e

ma ni f i e s to

  n o e r a l a " c a -

p a c i d a d o r g a n i z a d o r a "  d e

g u i e n

  s e

  a c re d i tó

  p o r s u

fe rvo r

  y

  e n tu s ia s mo

  ú n i -

c o s ,

  s ino

  e l  sentido

  —conse-

c u e n c i a

  d e l

  a c e n t o

e x t r a o r d i n a r i o

  d e u n p o e -

t a - q u e t a l  empresa d i fun-

d í a ,

  cuando, como conse-

c ue nc ia

  d e l a

  con junc ión

plás t ica

  e

  in te rp re ta t iva

  d e

u n a

  j u v e n t u d

  a ú n n o m a r -

chita , como  h a  podido  v e r -

se en l a

  mue s t ra de te rmi -

n a n t e

  d e

  es te t raba jo ,

  c o n -

ve r t í a  l o s  va lores cu l tu ra -

l e s d e  t iempos pasados  e n

valores vigentes , palpitan-

t e s , n o

  feamente aprove-

chables ,  d e  quienes indi-

re c ta me n te d i s f ru tá ba mos

l o q u e

  s ign i f ica ron

  en l a

Es pa ña  d e l o s  años tre inta

como aporte pionero

  l a s

v i r t u d e s  d e l o s  inolvida-

bles colaboradores plás t i-

c o s y  un ive r s i t a r io s  de La

B a r r a c a .

  E l

  tea t ro es tá

6 4

hecho  —y  pe rdóne s e nos  l a

ins is tenc ia— para  hacer

creer  e n l a s  proporciones

q u e e l

  tea tro vi ta l iza mági-

c a m e n t e . A h o r a b i e n ,

hacer c ree r  e n l o  tea tra l ,

en lo

  e s pe c ta c u la r ,

  e s t r a -

t a r d e q u e e l

  público parti-

c ipe

  e n

  a lgo

  t a n

  t r i s te

como  en lo  ad je t ivo .  E l

p r o b l e m a

  e s

  hacer c ree r

  e n

lo

  vivo, seleccionar

  t e a -

t r a l m e n t e

  lo

  vivo, hacer

p a r t í c i p e  de lo  v ivo  a

quien, cuando as is te

  a u n a

sa la  d e  espectáculos ,  lo

ha c e

  e n e l

  fondo para revi-

ta l iza rse  y  c on t inua r .  Si la

labor inic iada  p o r  García

L o r c a

  n o

  h u b i e r a s i d o

yugu la da

  p o r

  n u e s t r a

  c o n -

t ienda nacional ,

  e l

  poeta,

a l

  a m p l i a r

  s u

  reper to r io

c o n u n a

  e x t r a o r d i n a r i a

exigencia se lect iva , habría

d e m o s t r a d o

  q u e n o

  toda

  l a

cu l tu ra puede reac tua l i -

z a r s e

  d e u n a

  manera viva ,

y q u e

  g randes zonas

  de l a

m i s m a ,

  a l

  t r a t a r

  d e

  utili-

zarse como idea  d e u n p u e -

b l o

  s iempre neces i tado

  d e

ella,

  n o

  e nc ue n t ra ma ne ra

d e  vivir las , porque  h a n

p a s a d o

  a

  consti tu ir parte

d e s u  ace rvo .  Y  d e m o s t r a -

d o

  t a mb ié n ,

  p o r

  otra parte ,

q u e l a

 j u v e n t u d

  y l o s

  art is -

t a s d e u n

  t iempo, dispues-

t o s a

  s e r v i r

  l a s

  i d e a s

i m p o r t a n t e s

  c o n l a

  nobleza

c o n q u e l a s  s i rv ie ron  los

c ompone n te s

  d e L a

  Ba r ra -

c a , n o

  pueden co labora r

c o n

  e s o s r e a l i z a d o r e s

irresponsables , poco  p o e -

t a s e n  s uma ,  q u e c o n t a l d e

produc i r

  e l

  t inglado tea tra l

c o r re s pond ie n te  s e  valen

muchas veces

  d e

  cua lqu ie r

materia l ideológico,  a l q u e

ún ic a me n te s a lva n

  a

  base

d e  c on tuma c ia ,  atrezzo  y

gua rda r rop ía pe da n te s c os .

VERDAD

  Y

  BELLEZA

L a s

  re p re s e n ta c ione s

  d e

F e d e r i c o ,

  p o r

  t o d o

  l o

dicho, tenían

  m á s d e  f e s de

vida  q u e d e  realizaciones.

Cuando  s e  conf ía  e n l a c u l -

tu ra c omo  é l  c o n f i a b a ,

c u a n d o

  s e

  quiere ennoble-

c e r a u n

  pueblo

  c o n l o q u e

ciertos hijos  d e é l h a n c o n -

ver t ido

  e n

  perenne noble-

z a , n o s e

 b u s c a

  u n a

  part ic i-

pac ión agradec ida , cans i -

n a ,  sino aquella  q u e e n l o s

gestos

  d e l a s

  fo togra f ías

r e u n i d a s

  en l a

  exposición

m o t i v a d o r a

  d e

  este texto,

oponían poesía

  a l a

  gran

poesía

  d e s u

  pa ís .

  E l

  asom-

b r o

  popular, como facilísi-

ma me n te pue de obs e rva r -

s e , n o  t iene nada  q u e v e r

c o n e l  d e s l u m b r a m i e n t o  d e

l a s

  masas —del público

  e n

c i u d a d a n a i n s t a n c i a — ,

sino

  c o n l a

  r e c o n o c i d a

a d m i r a c i ó n

  d e

  qu ien

  d e s -

cubre algo altísimo

  y f r a -

te rno . Esas c r ia tu ras

  a l a s

q u e e n l a s

  Misiones reco-

m e n d á b a m o s

  q u e

  fue ra n

ellas mismas, sufic iente-

mente crecidas , desarro-

l ladas

  p o r l a

  c u l tu ra ,

  s o n

pro ta gon i s ta s

  d e u n a

  espe-

c i e d e  es tupor asombroso,

d e t e r m i n a d o

  p o r e l

  limpio

benefic io

  d e l a s

  ide a s

  m á s

altas.

Cua lqu ie r aud ienc ia

  t e a -

t r a l r e t r a ta da , c ua ndo

  lo

q u e  oc u r re  e n l a  e s c e na  n o

e s

  a lgo enaltecedor

  e n u n

sen t ido

  o e n

  otro , denuncia

l a

  poca par t ic ipac ión

  d e

lo s

  e lementos

  q u e l a c o m -

pone n  y s u  condic ión  e n

t o d o c a s o  d e  c l i e n t e s

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 65/132

J N  MOMENTO  DE LA  R E P R E S E N T A C I O N  P O R L A  B A R R A C A  DE «LA  G U A R D A C U I D A D O S A »  D E  C E R V A N T E S .  C O N  ESCENOGRAFIA

OE

  ALF O NS O P O NCE

  D E

  LEO N. O BS ERVES E

  L A

  S I M P L I C I D A D

  D E L O S

  D E C O R A D O S . N E C E S A R I A P A R A

  S U

  C O N T I N U O T R A N S P O R T E .

fa ra ndu le ros .

  L a s

  caras ,

l o s  ros t ros  d e l a s  gentes

españolas

  q u e

  hemos vuel-

t o a

  con templa r qu ienes

hace bas tantes años convi-

v imos  c o n  ellos, participan

e n e l

 vuelo,

  e n e l

  a ire ,

  en e l

sentido

  d e u n a

  serie

  d e

ideas , conducidas inter-

p re ta t iva

  y

  p lás t icamente

p o r u n  poeta , gracias  a

otro camino

  q u e e l t e a -

t r a l e r o - e s p e c t a c u l a r .  L o

t e a t ra l ,

  p o r

  muc ha pu rpu -

r ina

  q u e

  de r roc he

  u n

  real i-

zador, s iempre tendrá a lgo

d e

  t e a t r a l e r o i m p ú d i c o

para qu ienes en t iendan

  e l

tea t ro como

  u n

  altar civil

a l  servic io  d e l a  poesía .  L o

q u e  Federico García Lorca

de nunc ió

  c o n L a

  Barraca ,

d e l a

  m a n e r a

  m á s

  deport i-

v a y

 jov ia l

  q u e

  cabe imagi-

narse —convirtiéndose  e n

u n  encantador  m á s q u e e n

u n  realizador,  e n u n  artis-

t a  m á s q u e e n u n  artesa-

no—,  e s l a

  fa l t a

  d e

  confian-

z a q u e e n l a

  cu l tu ra ,

  e n

defini t iva , t ienen

  l o s q u e s e

va le n

  d e l o s

  recursos

  t e a -

t ra les pa ra ,

  e n su

  versión

p o b r e t o n a

  o

  e x c e l e n t e ,

r e boz a r

  l a s

  ideas

  y

  conver-

t i r la s  e n  e lementos secun-

da r io s  d e s u s  incluso plau-

sibles realizaciones.

  Q u e

nadie crea

  q u e ,

  como

  c o n -

secuenc ia  d e  nuestro argu-

mento , desprec iamos  " a

pr io r i " toda re a l i z a c ión

tea t ra l cuando qu ien

  s e

responsab i l iza  de l a  misma

n o e s u n  poeta  d e  suficien-

t e

  categoría para l levar

  a

cabo

  t a n

  difícil propósito.

Pero

  q u e

  nad ie confunda

L a  Barraca , pese  a lo que

l a

  misma tuvo

  d e

  empresa

inicial,

  c o n u n o d e

  esos

  t i n -

glados  donde  l a  mediocri-

d a d — ¡ e

  incluso

  l o s

  valo-

r e s —

  s e

  p e d a n t i z a n

e nma s c a rá ndos e , po rque

e l  tea t ro popula r  d e  García

Lorca

  f u e l o

  menos pedan-

t e ,

  r e f i n a d o

  e n e l m a l s e n -

  Como

  sé que en

  estos momentos cierto sector

  de ale-

gres  e  inteligentes universitarios españoles,  al frente  del

gran pipirigallesco Federico García Lorca, construye  su

'barraca' para precipitarse  a los  caminos, quiero decirle

que ya por los de  Francia, aprovechando fiestas, domin-

gos y

  vacaciones, otro grupo

  de

  compañeros, entusias-

tas del

  aire

  y de las más

  puras formas

  del

  teatro, anda

desde hace años divirtiendo  y  educando  a las  buenas

gentes  de las  barriadas parisienses,  de las  provincias  y

de los

 pueblos.

  Y

 como

  ya se

  sabe

  que el

  sino

  de los có-

micos  es  siempre caminar, caminar hacia  los  cuatro

vientos, puede

  ser que

  pronto,

  en la

  revuelta

  más

  ines-

perada,

  se

  encuentren todos algún

  día. Y

  entonces,

  el

gruñón  Don  Cristóbal  de la  Cachiporra, estoy seguro,

pondrá  un  hermoso  par de  banderillas sobre  el  magro

morrillo

  del

  astuto abogado 'Maitre' Pierre Pathelin.

Y

  aquí quemo

  yo mi

  traca

en  honor  de La  Barraca .

RAFAEL ALBERTI. (París,  1932)

6 5

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 66/132

f mp M

- ir '

yS*M+tU

tí ,...

  «**€

. •

« ' .

taAlO  *

* «

** lW

lW

W ^

 Lün^o

BO CETO

  D E

  D E C O R A D O

  D E

  JO S E CABALLERO P AR A

  L A

  ESCENA VIII

  DEL III

  A C T O

  D E « E L

  B U R L A D O R

  D E

  S EVI LLA», RES UM I ENDO

  C O N

M U Y

  E S C A S O S E L EM E N T O S E S C E N O G R A F I C O S

  EL

  LUGAR

  E N Q U E S E

  D E S A R R O L L A

  L A

  A C C I O N :

  L A

  P L A Y A

  D E

  T A R R A G O N A .

Lido

  de l a

  palabra, e l i t is ta

e n

  s u m a ,

  q u e s e

  pueda

imag ina r .

P a r a  e l  explo tador escéni -

c o ,  d e s c o n f i a d o  d e l a

mate r i a cu l tu ra l

  c o n q u e

t r a b a j a ,  e l  exceso teatral

suple

  l o q u e l e

  f a l t a

  de fe

en l a

  v e r d a d

  y en l a

  belle-

z a .

  Para Federico García

Lorca , quienes colabora-

b a n e n s u

  e m p e ñ o ,

  no lo

hacían como consecuencia

d e u n  maes t r í a a r t e sana

reconocida, s ino después

d e

  imbu i r se ,

  d e

  an imarse ,

d e  e n r i q u e c e r s e  c o n l o q u e

el  p o e t a t r a t a b a  d e  b r inda r

como t ema t r a scenden te

d e l a  part ic ipación elegida.

C u a n d o v e m o s a c e p t a r ,

i n c l u s o

  a

  r e a l i z a d o r e s

mer i tor ios ,  lo s  d e c o r a d o s  y

f igu r ines  q u e  a r t i s t a s  d i g -

n o s

  fabrican

  u n  poco para

e l

  e spec tácu lo

  a q u e s e

compromet i e ron , r eco rda -

m o s l a s  c o n v e r s a c i o n e s

pre l imina res ,  l a  an imac ión

i m p o r t a n t í s i m a

  q u e e l

a u t o r

  d e

  " P o e t a

  e n

  Nueva

York" proyec taba sobre

s u s

  i n t é r p r e t e s

  y

  pintores,

p a r a

  q u e l o s

  mismos ,

  e n

v e z d e

  con t r ibu i r

  c o n u n

t r aba jo demas iado sab ido

a l a  a l ta pre tens ión  de l

poe ta , enca rnasen  l a m i s -

m a ,  c o m o e n c a r n a  u n

cue rpo cua lqu ie ra  e l  espí-

r i tu  q u e l e  anima. Pues to

q u e u n a

  cosa

  e s

  conver t i r

u n  t e m a d e t e r m i n a d o  e n

c ier to a la rde espec tacular ,

d e  m a y o r  o  menor gus to .  Y

) t r a ,

  darse cuenta , como

  eJ

c r e a d o r

  d e L a

  B a r r a c a

  se

la  d a b a ,  q u e l o q u e  tiene

q u e  conve r t i r  e l  t ea t ro ,  e s

i dea , ve rdad  e n  bel leza.  Y

q u e  p a r a  q u e l o s  e lementos

expres ivos

  c o n q u e e l m i s -

m o  c u e n t a  n o  t ra ic ionen

n u n c a  en e l p l ano fo rm a l  lo

q u e e n e l  in te lec tua l  o c u l -

tural exige  u n  d e t e r m i n a -

d o y

  pa r t i cu la r í s imo t r a t a -

miento, éste

  n o s e

  l imite

  a

s e r u n a  r ecop i l ac ión  d e

esfuerzos, debido incluso  a

g e n t e s m e n t a l m e n t e  c o n -

t r a s t adas , s ino  l a  co rpore i -

zac ión expres iva

  d e l

  senti-

d o q u e u n  poeta responsa-

b l e  o torga  a  d e t e r m i n a d a

suprema pa lab ra t ea t r a l ,

e f icazmente resue l ta .

E l

  e spec tácu lo

  d e l

  rea l iza-

d o r  —incluso  e l q u e  puede

r e s u l t a r  e n  tantos casos

plausible— denuncia siem-

p r e u n  pa rc i a l en t end i -

m i e n t o ,  u n a  i n c o m p l e t a

6 6

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 67/132

comprens ión  d e l a  idea

dramát i ca , e scen i f i cada

  lo

m á s

  plenamente posible ,

s i empre

  y

  cuando quienes

l a

  aceptan cual semilla

par t ic ipen, como

  s i

  di jéra-

m o s , e n s u

  definit ivo desa-

rrollo.

  L o s

  mejores espec-

t á c u l o s

  d e L a

  B a r r a c a ,

como podemos

  v e r e n l o s

ojos

  d e

  esas gentes senci-

l las

  q u e

  c o n s t i t u í a n

  l a

mayor í a  d e l a s  veces  s u s

audiencias prefer idas ,  t r a -

duc í an  e n  formas bellas,

ac tua les , acordadas

  c o n

u n

  t i empo, verdades

  q u e

ú n i c a m e n t e c u a n d o  u n

poeta

  l a s

  hace sobrecoge-

doras

  c o n l a

  plenitud escé-

nica suficiente, convierte

l a

  e scena

  e n u n

  manan t i a l

d e

  fue rza t r a s to rnadora

  e

inédi ta .

  L a

  conf ianza

  d e u n

s e r

  responsable, dispuesto

a

  conver t i r

  u n a

  idea

  d r a -

m á t i c a

  e n

  forma tea t ra l

compar t ib le ,

  e s

  m a y o r

  e n

l a

  m e d i d a

  q u e e s

  m e n o r

  l a

aparatosidad

  s iempre

  d i s -

cutible

  d e s u

  montaje escé-

nico.  E l  teat ro, como  s e

deduc í a

  d e l a s

  pre tens io-

n e s d e L a  Bar r aca ,  n o e s

u n

  juego formal

  q u e n o s

f a s c i n a

  p o r s u

  r i queza

amparadora, s ino cier to

resul tado e levador

  y

  mejo-

rante —como

  le

  ocur r e

  e n

s u

  p l ano

  a l

  cuadro, como

le

  sucede

  e n e l

  espacio

  a la

e s c u l t u r a -

  q u e

  convier te

e n

  bel leza asumible

  e s a

i dea d ramá t i ca

  p o r l a q u e

e l

  r ea l i zador

  s e

  inmola,

r i nd i éndo la

  e l m á s

  expresi -

v o d e l o s homenajes.  Cuan-

d o

  nosot ros ,

  e n

  t r a n c e

  d e

part ic ipación, asis t imos  a

u n

  espec táculo tea t ra l

  e n

e l q u e

  todo s i rve para

ac red i t a r

  lo s

  va lores

  " m o n -

t a j í s t i cos"

  d e s u

  responsa

b l e ,  adve r t imos  c o n  facili-

d a d q u e  en t r e  l a  idea  d r a -

m á t i c a  y  nosotros, todo  lo

q u e s e  hizo para convert i r

aquél la  e n  algo  m á s a s e -

quible, dificulta

  e l

  deseado

entendimiento, obstacul iza

p o r

  desgrac i a

  lo s

  caminos

nada fác i les

  de l a

  eficacia.

Y a q u e

  ún i camente cuando

e l

  t r a b a j o

  d e l

  rea l izador

  s e

convier te

  e n

  algo

  a s í

  como

e l

  p e r f u m e

  d e u n

  sentido,

e s

  cuando nues t ra par t i c i -

pac ión

  e n l a

  v e r d a d ,

  en l a

idea, prueba^ como ocurría

e n l o s  momentos def ini t i -

v o s d e L a  B a r r a c a ,  q u e

p a r a  q u e e l  teat ro const i -

t u y a  u n  enr iquec imiento

ideológico

  y

  vi tal

  d e

  quie-

n e s e n  ú l t ima ins tanc ia  le

just i f ican, sólo  e s  posible,

p o r  e n c i m a  d e  todo,  q u e e l

r e sponsab l e

  d e s u

  delicado

m e c a n i s m o

  n o l o

  p o n g a

  e n

marcha para o t ra cosa

  q u e

para subraya r

  de l a

  m a n e -

r a m á s

  bella posible,

  m á s

ef icaz

  y

  pura posible,

  l a

idea

  o

  v e r d a d

  q u e

  consti-

tuye —nunca

  s e

  d i rá

  b a s -

tante—

  s u

  pr imera palabra.

CEREMONIA

Y

  NATURALEZA

L o q u e L a  Bar raca supuso,

a l a

  hora

  d e

  r e sumi r ,

  n o

f u e u n

  cambio

  d e

  m o n t a r

  y

representar (aunque fa ta l -

mente tenía

  q u e

  suponerlo,

c o m o s i e m p r e

  q u e u n

e s c r i t o r r e s p o n s a b l e

  s e

a c e r c a

  a l

  tea t ro para

  a l i -

viar lo  d e s u  vulgar idad

h a r t o p r o f e s i o n a l i z a d a ) ,

D E  IZQUIERDA  A  DERECHA. FIGURINES  D E  A L B E R T O ( « P A S C U A L A » .  D E  « F U E N T E O V E J U N A » ) , J O S E C A 0 A L L K R O ( « D O N A L O N S O » ,  D E

EL  C A B A L L E R O  D E  OLMEDO»)  Y  BENJA M I N P ALENCI A  ( « E L  ALBEDRI O »,  D E « L A  V I D A  E S  S UEÑO ») , REALI ZADO S P ARA  L A  B A R R A C A .

V A R I O S

  D E L O S

  M E J O RE S A R T I S T A S P L A S T I C O S

  D E L

  M O M E N T O C O L A B O R A R O N

  E N L A S

  I N I C I A T I V A S

  D E L

  G RUP O .

«

6 7

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 68/132

sino  u n  gr i to contra  l o s q u e

c re í an ,

  y

  a

ú n

  s iguen

  e r e

yendo

  h o y , q u e l a s

  ideas

dramá t i cas impor t an t e s ,

r e p r e s e n t a d a s c o m o

  l a s

comedias cos tumbr i s t a s

  o

como

  l o s

  dramones mora l i -

zantes , s i rven

  d e

  base suf i -

ciente

  a l a

  par t i c ipac ión

q u e e l

  tea t ro br inda

  a

  quie-

n e s s e

  a p r o x i m a n

  a é l po r

l o q u e

  t i ene

  d e

  resonador ,

d e

  congregador soc ia l

  y

artístico.

L a

  revoluc ión tea t ra l

  d e

Federico García Lorca

  n o

l o f u e p o r u n  cambio  en el

d e c o r a d o

  o u n

  mejor gusto

e n l a

  elección

  d e

  f igur ines,

sino  p o r e l  hecho  d e  adve r -

t i r a

  ciegos

  e

  in te resados

q u e

  c u a n d o

  u n

  h o m b r e

cua lqu i e r a

  v a a l

  t ea t ro ,

  lo

q u e e n e l

  fondo busca

  e s

t e m p l a r s e

  e n l a s

  tens iones

d e l

  cl ima

  q u e e l

  m i s m o

  l e

br inda , cuando

  a l

  par t i c i -

p a r  como habi tante  d e s u

orden expresivo, ent iende

m á s  p r o f u n d a m e n t e ,  g r a -

cias

  a l a

  m a g i a

  d e u n a

ser ie

  d e

  voces l i terar ias

  y

f o r m a l e s ,  l a  d i m e n s i ó n

i n t e g r a d o r a  d e l a  idea  d r a -

mát ica .

Cont ra

  lo s

  a r r o p a d o r e s ,

  los

a m p a r a d o r e s t e a t r a l e s

  d e

l a s

  ideas, surgió aquel

  g r u -

p o q u e

  neces i t aba

  l a s m á s

s igni f ica t ivas cul tura lmen-

t e ,

  como savia nutr icia

  d e

e s e

  mundo fo rma l

  e n q u e ,

d e

  manera def in i t iva ,

  e l

teat ro consis te .

  E n

  medio

d e l o s q u e s e

  con t en t aban

c o n

  a sombra r e spec t acu-

l a r m e n t e ,

  e n e l

  m e j o r

  d e

l o s  casos,  a lo s  pocos nece-

1

1

« N U E S T R O P R I M E R P R O P O S I T O  E R A  D E S E N V O L V E R N O S S O L O  E N  A M B I E N T E S  U N I -

V E R S I T A R I O S . O E S P U E S H E M O S  I D O A L  C A M P O .  Y  H E M O S E N C O N T R A D O A LL I T A N T A

CORDIALIDAD  Y  C O M P R EN S I O N - Q U I Z A  M A S - Q U E E N L A S  C A P I T A L E S » . D E C L A R A -

R I A

  F E D E R I C O G A R C I A L O R C A

  ( E N L A

  F O T O , V E S T I D O

  C O N E L

  « M O N O »

  D E L G R U -

P O ) E N 1 9 3 3 .  C U A N D O  Y A L A  B A R R A C A L L E V A B A V A R I O S M E S E S  D E  E XP E RIE NCIA

s i tados

  e n

  v e r d a d

  d e

  ideas,

L a  B a r r a c a b u s c a b a  a los

q u e ,  deseosos  d e  par t i c ipar

en e l  acontec imiento ideo-

lógico-plást ico-musical

  d e l

t ea t ro , comenzaban

  a s e n -

t i r

  alergia

  p o r

  algo

  q u e e n

nues t ra ac tua l idad escéni -

c a s e h a

  hecho

  u n

  tópico:

l a

  l l amada ce remonia .

Fác i lmen te podemos  a d -

ver t i r  a  es tas a l turas  d e

nues t r a d ivagac ión  q u e e l

público como  t a l ,  j a m á s

pa r t i c ipa  e n  aquel lo  q u e

c o n t e m p l a , j a m á s t o m a

p a r t e  e n u n a  r e a l i d a d -

espec táculo .

  Y q u e

  pa ra

q u e l a  p a r t i c i p a c i ó n

ideológico-ar t ís t ica  de lo s

h o m b r e s

  e n e l

  aconteci-

miento ideológico-artíst ico

d e l a

  escena ocurra , és ta ,

e n v e z d e

  cons t i tu i r

  u n a

c e r e m o n i a ,

  e n v e z d e f u n -

cionar como

  u n

  hecho

  d e

naturaleza alusiva, t iene

q u e

  conver t i r se —como

L o r c a p r e t e n d í a

  e n s u s

e m p e ñ o s  m á s  logrados—  e n

u n a  n a t u r a l e z a ,  e n u n

espacio vivible, para

  q u e

q u i e n e s e n t i e n d e n

  l a s

i d e a s , t r a d u c i d a s b e l l a -

m e n t e

  p o r l a s

  f o r m a s ,

  s e

s ientan inmersos

  y n o c a u -

t i v o s e m o c i o n a l m e n t e ;

habi tantes , como conse-

c u e n c i a

  d e u n a

  m a y o r

l i b e r t a d ,

  e n e s e

  m u n d o

asombroso

  e n e l q u e l o s

par t ic ipantes voluntar ios

n o  contemplan, s ino  q u e

e n t r a ñ a n ;  n o  d i s f r u t a n

r e p a n t i g a d a m e n t e , s i n o

q u e s e

  hacen grave proble-

m a d e u n a

  super ior anima-

ción,  d e u n a  v e r d a d  o c o n -

j u n t o

  d e

  ve rdades , honda -

mente r ec t i f i cadoras  a la

hora

  de l a

  enca rnac ión

anhelada s iempre  p o r l o s

poetas .

E l m a l

  tea t ro ,

  c o n l a c o m -

pl icidad  de lo  e s p e c t a c u -

l a r , d e l o  a p a r a t o s o  d e

6 8

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 69/132

#1

L A   B A R R A C A : E N T R E V I S T A   C O N S U   D I R E C T O R , F E D E R I C O G A R C I A L O R C A

—¿Porvenir  de La  Barraca?

—Precisamente  lo que más me  preocupa  es

asegurar  la continuidad  de  este teatro,  que

no sé por qué ha  dado  en  llamarse  La

Barraca.  Al  principio pensamos abrir  en

Madrid  una  barraca, para  dar en  ella

representaciones,  y  después, Barraca  se ha

seguido llamando, hasta  que nos  encariñe-

mos con el  nombre. Tenemos  una  subven-

ción,  y a mí el  entusiasmo  no me falta,  que

hasta

  me

  hace incurrir

  en

  inmoralidades,

como  la de no  cobrar nada  por mi función

de

  director,

  lo

  mismo

  que mi

  compañero

Eduardo Ugarte. Nuestro ideal sería

  que

surgieran  en  España muchos grupos  uni-

versitarios  qu e  formaran otras tantas  'ba-

rracas'.  Por eso me  esfuerzo  en  despertar

el

  interés

  de los

  estudiantes

  por el

  teatro,

que es  cosa  que se  alimenta  y  necesita  del

esfuerzo colectivo. Para conseguirlo llevo

en mi

  compañía varios muchachos —poetas

jóvenes—

  a

  quienes trato

  de

  formar como

directores  de  escena.  Un  teatro  es ,  ante

todo,  un  buen director.

-¿Qué ambiente  han  encontrado?

-Bueno.  M uv  bueno. Magnifico. Nuestro

primer proposito

  era

  desenvolvernos sólo

en   ambientes universitarios. Después

hemos  ido al  campo,  y  hemos encontrado

allí tanta cordialidad  y  comprensión —qui-

zá más- que en las

  capitales. Todo esto

  a

pesar  de las  imputaciones canallescas  de

LOS que han  querido  ver en  nuestro teatro

un

  propósito político.

  No;

  nada

  de

  política.

Teatro  y  nada  más que  teatro.

Recuerdo haber tenido  en  Almazán  una de

las  emociones  más  intensas  de mi  vida.

Representábamos,

  al

  aire libre,

  el

  auto

  'La

vida  es sueño'. Empezó  a  llover. Sólo  se oía

el  rumor  de la  lluvia cayendo sobre  el

tablado,  los  versos  de  Calderón  y la música

que los  acompañaba,  en  medio  de la emo-

ción  de los  campesinos.

-¿Carácter

  de su

  repertorio?

—Se ha  dicho  por ahí que por qué no  repre-

sentábamos obras modernas.  Por la  senci-

lla

  razón

  de que en

  España casi

  no

  existe

teatro moderno;  las  cosas  que se  represen-

tan  suelen  ser de  propaganda  y  malas,  y

sólo cobran vida gracias  a los  excelentes

directores

  que las

  montan. Nuestro teatro

moderno —moderno

  y

  antiguo,

  es

  decir,

eterno, como  el mar—  es el de  Calderón  y el

de  Cervantes,  el de  Lope  y el de Gil Vicente.

Mientras tengamos  sin  representar  un

'Mágico prodigioso',

  y

  tantas otras maravi-

llas, ¿como vamos  a  hablar  de  teatro

moderno?

-¿Sentido  de su  recitación?

-Poco

  se

  sabe

  de la

  recitación

  del

  teatro

clásico. Sólo conocemos  los  elogios  de los

autores  a los  comediantes. Nosotros trata-

mos de

  recitar dando

  su

  valor pleno

  a

 cada

verso, lentamente, subrayando

  co n

  énfa-

sis, con  mucho énfasis, cuando  el  verso  lo

requiere. Unicamente tropezamos  con la

dificultad

  de la

  carencia

  de

  signos

  de pun-

tuación para  el  recitado,  de  signos  que

indiquen  la  calidad,  el  valor  de  cada  pau-

sa, que en el

  verso

  son tan

  distintas

  de las

de la  prosa. Nosotros medimos  y  calcula-

mos la

 extensión

  de

  cada pausa,

  lo que pro-

duce  en  escena  una  armonía  en los  silen-

cios realmente extraordinaria.  El campesi-

no que nos  escucha quizá  no perciba, natu-

ralmente,

  lo que

  puede percibir, todo

  el

simbolismo

  del

  pensamiento

  de

  Calderón;

pero  ve y plenamente intuye  la calidad  má-

gica  de sus  versos.

—¿La decoración?

-Nuestros medios

  no nos dan

  sino para

una  decoración simplista, sobria,  de  buen

gusto, pero limitada  en sus  medios  de

expresión. Esto  no es  teatro  de  arte.  En

cuanto  a la  arqueología,  no me  interesa.

Cuando  la  hagamos, será sólo  de una

manera intencional  v  estilizada.  Si  tuviera

dinero,

  me

  gustaría nacer varias versiones

de la  misma obra;  una,  antigua; otra,

moderna;  una,  fastuosa; otra,  muy  simpli-

ficada. Pero como  no lo  tenemos, seguire-

mos,

  sólo

  co n

  nuestro tablado, recorriendo

los  campos  y las  ciudades  de  España .

ENRIQUE MORENO BAEZ

("Revista

  de la

  Universidad

Internacional

  de

  Santander",

número  1,  1933.)

montajes cas i s iempre  d e s -

quic iadores , in ten ta  q u e

s u s

  aud ienc ias amen

  lo

tea t ra l , pa r t ic ipen

  en su

f icc ión, apenas animada

p o r u n a

  idea originaria.

El  t e a t ro  d e L a  Barraca ,

a q u e l

  q u e n o s

  p r o d u j o

hace algunos años comple-

j o d e

  in fe r io r idad tea t ra l

  a

quienes

  n o

  mi l i t á ba mos

  e n

s u s  filas,  f u e  c re a do  p o r

F e d e r i c o G a r c í a L o r c a

p a r a

  q u e e l

  e s p e c t a d o r

de ja ra ,

  e n

  defini t iva ,

  d e

serlo  y s e  convir t ie ra ,  d e

testigo  d e u n a  ceremonia

pob re tona

  o

  aparen te ,

  e n

e l  protagonis ta enquic iado

d e

  i d e a s

  y

  v e r d a d e s

h e c h a s n a t u r a l e z a ,

  m á s

expres ivas

  a

  poder

  s e r q u e

l a

  propia vida .

  •  E. A.

69

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 70/132

MINISTROS,

CAMBIOS

Y

 REVOLUCIONES

A N T O N I O M U L L O R

N  régimen autoritario, ¿puede evolu-

cionar

  s in

  derrumbarse?

  Los cam-

bios, ¿acercan

  o

 alejan

  l a s

  revolucio-

nes? Optar

  po r l a

  reacción

  y la

  violencia,

¿garantiza  su  continuidad indefinida?

Es y a  clásico  el  recurrir  a la  historia para

contestar

  a t a n

  políticas preguntas.

  La

  cues-

tión inmediata,

  " ¿ e s

  posible

  u n a

  historia

objetiva?",  la  dejaremos pendiente  e n  esta

ocasión, centrándonos exclusivamente

  e n

las dos

  grandes convulsiones populares

europeas,  la  revolución francesa y la  revolu-

ción rusa,

  as í

  como

  en las dos

  figuras sobre

l a s q u e h a n  caído  lo s juicios  m á s  dispares:

Necker  y  Vitte.

Ambos, ministros  de  Hacienda,  de Finanzas,

a u e

  llegaron

  a

  dirigir

  e l

  Gobierno

  e n

  pleno,

a e

  ellos

  se ha

  dicho,

  p o r u n a

  parte,

  q u e p ro -

vocaron

  la

  revolución

  con su

  funesta manía

d e

  cambios

  y su

  supuesto desapego

  a l

 poder

real, mientras

  q u e

  también

  se les ha

  defen-

dido como  l o s m á s  fieles servidores  d e

ambas coronas,

  los

  únicos

  q u e

  podrían

haber impedido

  el

  hundimiento

  de sus res -

pectivas monarquías, haciéndolas evolucio-

nar en e l

  sentido

  que los

  tiempos requerían,

y en

  contra

  de l as

  "catástrofes" revolucio-

narias.

L a

  cuestión

  en sí no

  puede

  s e r m á s

  intere-sante.

  L a

  adhesión

  a la

  corona

  y a l

  zarismo

d e  ambos "reformadores"  no puede negarse

con

  ninguna prueba fehaciente. Sólo

  con

opiniones político-históricas  o  suposiciones.

Así lo  hace, entre otros,  el  abate Lavaquerv,

cuando  en su  virulenta obra sobre Neclcer  le

tacha

  d e

  plebeyo, extranjero, republicano,

protestante, encargado  de la  liquidación  d e

la

  antigua monarquía

  m u y

  cristiana. Para

Serguei Yúlievitch Vitte,  su  origen noble  le

h a

  librado

  por lo

  menos

  de los

  calificativos

d e

  "plebeyo".

  E l

  origen social

  d e

  ambos

estadistas,

  y a

  fuera

  la

  nobleza para Vitte

  o

la s

  grandes finanzas

  y la

  banca para

  N e c -

k e r , n o fu e

 nunca

  u n a

  traba

  en su

  vida polí-

tica, algo  q u e  debían hacer olvidar, sino

todo

  lo

 contrario. Coherente

  c o n

  ello

 fu e , p o r

ejemplo,  e l  final  de la  vida política  d e  Vitte,

refugiado  en el Consejo d e l Imperio, votan do

por e l

 partido

  m á s

  reaccionario

  de esa

  insti-

7 0

tución ultranza, para intenta r

  a s í

 volver

  a l fa

vor de l za r .

Antes  d e  proseguir, aclaremos  q u e l a s  situa-

ciones

  so n

  específicas,

  n o

  comparables

  u n a

a

  otra

  e n

  todo

  n i po r

  todo,

 n o

 transport ables.

Si

  alguna

  vez

  parece

  q u e

  identificamos

  r a s -

gos ,  sólo será  en  tanto  n o s  interesan  l a s r e s -

puestas  q u e d e  ambas situaciones podamos

obtener

  a las

  preguntas formuladas inicial-

mente.

La s d o s

  trayectorias políticas representan

políticas hacia arriba  y  desde arriba,  sin

dudar nunca

  q u e

  toda iniciativa

  e n

  última

instancia tenía

  q u e s e r

  aprobada

  o

 denegada

por e l  núcleo  a e l  poder: Luis  XVI o  Nico-

lás II .

 Tanto

  el

  desarrollo casi planificado

 d e

Vitte, como

  los

  procedimientos electorales

d e

  Necker

  o el

  aperturismo

  del 30 de

  octu-

bre de 1905 , son o

 bien iniciativas

  q u e p ro -

vienen directamente  d e  arriba  o bien pactos

ue no

  ponen

  e n

  cuestión

  u n a d e l a s

  partes

el

  poder, sino todo

  lo más l a

  forma

  en que

este poder será ejercido.

S u s

  exposiciones políticas,

  s u s

  informes

  v

memorias,

  s o n

  hacia

  e l

  régimen

  (el rey o el

zar) , del que les  proviene  la  autoridad.  T a n -

to

  Necker como Vitte

  se

  "ahogan" política-

mente cuando  el  centro  d e poder  ya no es la

autocracia,

  y

  flotan

  " a l

  pairo", mientras

esos monarcas optan

  p o r

  soluciones diferen-

t e s de l as que

  ellos representan. Finalizando

su

  identificación,

  no se

  enfrentan nunca

  a l

poder real como

  lo

  hará

  e l

  movimiento

popular, poniendo  en  causa  n o  sólo  su fo r -

m a ,  sino  su  misma existencia  ( |No se  puede

reinar inocentemente ,  exclamará Saint Just

en la

  tr ibuna

  de la

  Convención).

  Los

  refor-

madores,

  c o n

  patriotismo (para ellos verda-

dero, pues  es  patriotismo Hacia  e l  sistema),

preconizan

  u n

  cambio evolutivo

  q u e

  trasla-

d e y

 conserve

  l a s

  mismas relaciones sociales

a

  marcos políticos

  en los que las

  concesiones

sirvan para consolidar

  lo que en

  aquel

momento

  se

  hundía.

El

 aislamiento

  q u e

  habían alcanzado

  los dos

regímenes

  con

  respecto

  a l

  resto

  d e l

  país

había llegado

  a se r

  casi absoluto, simboliza-

do en

  numerosas ocasiones

  por los

  largos

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 71/132

años

  d e

  reclusión voluntaria

  en sus

  respecti-

vos  palacios,  con  escasas apariciones públi-

cas y

  siempre

  (y

 especialmente

  en el

 caso

  d e

Nicolás  II)  entre  u n  gran dispositivo  de

seguridad.

La

  clase

  q u e

  había engarzado tradicional-

mente  la  monarquía  (o el  zarismo)  con el

resto  del  pueblo,  la  aristocracia, estaba  e n

franca decadencia, aunque

  con

  característi-

c a s

  peculiares

  en uno y

  otro caso.

E n  Francia,  el  clero,  si  bien mantenía clarí-

simos privilegios fiscales, existencia política

propia,

  la

  décima parte

  de las

  tierras, etcé-

tera,  se  había convertido  e n u n a  profesión

más que en una  clase (según palabras  de

Sieyés).

  Así, el

  alto clero,

  los

  obispos, eran

nobles;  el  clero llano,  la casi totalidad  de los

curas, párrocos  y la  mayoría  de los  frailes,

eran plebeyos  e hicieron causa com ún  con el

Tercer Estado.

  La

  aristocracia

  se

  caracteri-

zaba cada

  vez más po r e l

 nacimiento,

  y ya nipo r eso .

  Aunque

  su s

 privilegios eran grandes

(poseía

  la

  quinta parte

  a e

  Francia

  y la

mayoría  de los  señoríos  y  derechos  f e u -

dales),

  no

  poseía

  y a u n a

  exclusiva

  de los pri-

vilegios,  se  veía engrosada  por la  nueva

nobleza ligada  a los  cargos  que e l  monarca

vendía

  y ,

 sobre todo, tenía

  u n

  problema irre-

soluble: retrasar

  o

  impedir

  su

  ruina econó-

mica.

La  nobleza rusa,  si no  podía obtener  u n c a r -

go

  "provechoso"

  en la

  corte, permanecía

ligada  a la  tierra. Tras  la  emancipación  d e

los

  siervos

  (e n

  1861),

  la

  nobleza ejercía

  el

poder local  a través  de los  zemtsvos, otorga-

do por  Alejandro  I I I en 1892 . Más que  esta-

dísticas,  la s  palabras  d e  Tolstoi  nos  reflejan

su  situación  y  estado  de  ánimo:  "En e l fu n -

cionamiento  de l  Zemtsvo,  yo ,  como aristó-

crata  y  propietario,  no veo  nada  q u e  pueda

contribuir

  a m i

  bienestar.

  Los

  caminos

  no

son  mejores,  n i  piensan remotamente  en

mejorarlos,  y ,  además,  m is  caballos  me lle-

v a n m u y  bien  por los  caminos  t a l  como

están...

  N o

 necesito escuelas,

  v te

 repito

  que,

si

  acaso,

  m e

 perjudicaría

 q u e l a s

  húmese.

  El

Zemtsvo

  no

  significa para

  m í m á s q u e u n

impuesto  de 18  copecks  p o r  hectárea". . .

". . . no hay n i

  puede haber nada

  q u e

  hacer

en

  serio dentro

  de

  nuestra actual organiza-

ción provincial. Para unos  e s u n a  imitación

divertida  de l  sistema parlamentario,  y yo no

soy lo

  bastante joven

  ni lo

  bastante viejo

para divertirme

  con esa

  farsa ,

  y

  para

otros...  es un  medio para facilitar  a u n  grupo

d e

  amigos

  q u e

  embolsen algún dinero

  sin

t rabajar". . .

  'no me

  aflige

  ver a los

  campesi-

nos ir

  adquiriendo nuestras tierras.

  Si el

propietario  no  trabaja, encuentro lógico  y

justo

  que la

  tierra vaya

  a

  parar

  a

  manos

  d e

quien

  la

  cultiva". (Palabras

  de

  Levin, perso-

naje

  d e "A n a

  Karenina", escrita

  p o r

  Tolstoi

en

  1877.)

U n a

  necesidad clara, imperiosa, tanto para

Necker como para Vitte,  e r a  engrosar  la

base social

  y

  política

  de la

  autocracia.

  Las

formas  de  elección, primero  en l as  asam-

bleas provinciales,

  y

  después para

  los

  Esta-

dos  Generales, fueron  la  clave  en  Francia.

Necker, concediendo  la  "duplicación"  ( t a n -

tos

  diputados para

  el

  Tercer Estado como

para

  el

  clero

  y la

  nobleza juntos)

  y el

  voto

p or  cabeza, intentaba claramente dejar  a',

r e y  como árbitro  de  fuerzas dispares  que s*3

contrarrestarían, reforzando mediante

  es'e

equilibrio

  el

  poder

  de la

  Corona.

Los  acontecimientos  de la  política  del  zaris-

mo nos

  ofrecen

  u n

  interés especial.

  En su

manifiesto

  del 30 de

  octubre

  de 1905 el zar

ordenaba  a sus  ministros asegurar  la  ejecu-

ción

  de su

  "voluntad inflexible":

  1 .° de ase-

gurar  la  inviolabilidad  de las  personas,  las

libertades

  de

  conciencia,

  d e

  palabra,

  dg? re-

unión

  y d e

  asociación;

  de

  respetar

  la

  liber-

tad de las

  elecciones

  a la

  Duma imperial,

  y

extender  el  derecho  d e  sufragio  a  todas  l as

clases;

  2 .°

  establecer

  la

  regla inquebranta-

ble de que  ninguna  le y  sería válida  sin el

voto  de l a  Duma,  y de que  ésta podría  c o n -

trolar

  la

  legalidad

  de los

  actos administrati-

vos .  Sobre  el papel,  el fin de una  autocracia

y el  principio  de un  régimen constitucional.

En la  política real, clavo ardiendo  al que se

agarró  u n  régimen  a l que  hundían  la huelga

general, especialmente  e n  Petersburgo  y

Moscú,  la  unidad  de  toda  la  oposición,

incluidos sectores tradicionalmente "fieles"

(e l más  conservador  de los periódicos,  " N o -

vóie Vrémia", escribía: "Todas

  la s

  medidas

g

reventivas

  h a n

  sido ineficaces,

 l a s

  represa-

a s

  solas

  s o n

  impotentes. Hacen falta

  n u e -

v a s  medidas  y  nuevos principios"), además

de su  crisis económica  y su  derrota ante  e l

Japón.

E sa  unión  de la  oposición  la  había fomenta-

do en  buena medida  la  misma intransigen-

cia del  zarismo.  En los  primeros años  del

siglo había surgido, además

  de los

  grupos

socialrevolucionarios

  v

  socialdemócratas,

u n a

  oposición liberal

  ae l a que

  formaban

parte terratenientes medios, especialistas

técnicos

  y

  miembros

  de las

  profesiones

liberales.

  La

  inflexible política

  d e l

  gobierno

con

  respecto

  a

  cualauier iniciativa pública

de  grupo  les  obligó físicamente  a  entrar  en

la  oposición.  Se  organizó  u n a  campaña  de

banquetes  en 1904 ,  utilizados como mani-

festación contra

  e l

  régimen. Como ejemplo,

sirva  el celebrado  en un  hotel  de  Petersbur-

go, con  asistencia  de 676  miembros  de p ro -

fesiones intelectuales,  en el que se  resolvía

q u e

  "bajo

  e l

  régimen autocrático-buro-

crático  q u e  gobierna  el  país  no  pueden

existir

  l a s m á s

  elementales condiciones

  que

permitan

  u n a

  comunidad civil adecuada",

reclamando  u n a  Asamblea Constituyente  y

lo s  derechos inalienables  del  individuo.  L a

rama liberal  de la  nobleza,  y los  zemtsvos,

se  habían unido  en la  oposición.  "Ya no

había conservadores  en  Rusia  en la  víspera

del 30 de

  octubre", recuerda después Vitte.

71

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 72/132

La  carta  del 30 de  octubre volvió  a dar a l

gobierno

  su

  fuerza

  d e

  acción, dividiendo

  a l

adversario, separando

  los

  liberales burgue-

ses de los

  demócratas populares .

  Los

moderados  de la  oposición liberal,  q u e  inclu-

so se

  agruparon bajo

  el

 nombre

  de

  Unión

  del

30 de

  Octubre, dieron

  su

  apoyo

  a

  Vitte.

  Los

-adicales,

  q u e

  acababan

  de

  formar

  e l

  parti-

do

  constitucional-demócrata, acogieron

  el

nanifiesto  c o n  entusiasmo, aunque  pos -

teriormente titubearan.

  E l

  congreso

  de los

zemtsvos, celebrado

  del 19 al 24 de

 noviem-

bre ,  decidió sostener  a l  nuevo presidente.

Todos estos sectores

  se

  separaron

  de l

embarazoso Soviet,

  q u e a l

  Manifiesto

  de

Octubre replicaba exigiendo

  la

  retirada

  d e

tropas  y  policías  de la  ciudad (Petersburgo),

garantía  d e u n a  amnistía política, suspen-

sión

  de la Lev

  Marcial, Asamblea Consti-

tuyente, jorn aa a  d e  ocho horas.

Estos sectores

  q u e

  apoyaron

  a

  Vitte,

  l e acu -

saron después vivamente  d e  traición  a sus

promeses

  y d e

  recurrir

  a la

  represión. Cierto

es que al

  presentarle

  a l zar la

  necesidad

  d e

la s  concssiones, Vitte presentó también otra

alternativa,  la  dictadura militar, aunque

con la

  observación

  de que e ra

  material-

mente imposible, sobre todo  p o r  falta  d e

tropas.

  '

Pero

  el

  hecho

  m á s

  importante

  que l a

  mayor

parte  de los  liberales  n o  parecieron  c o m -

prender,

  es que

  desde

  el

 momento

  en que no

se

  quería acabar

  con el

  régimen

  se

  debían

aceptar  s u s  consecuencias. Para  que los

cambios evolutivos tuvieran lugar, para

efectuar

  la

  concesión

  d e

  libertades

  y

  dere-

chos, Vitte debía ante todo restaurar  la

autoridad

  de l

  gobierno, asegurar

  e l

  orden

material.  La  reorganización liberal,  que

atraio  de t a l  manera  a los  constitucionaiis-

t a s

  (nada dispuestos

  a

  "hacerles

  el

  juego

  a

lo s  revolucionarios"), exigía  la  subsistencia

d e l  sistema.  Si la  alianza expresa  era con y

por los

  cambios,

  la

  alianza real

  fue con la

represión

  que el

  sistema necesitó emplear

para subsistir.

  Y en

  política

  no

  podía haber

engaños.

L as  vacilaciones  d e  Luis  XVI no se  encuen-

tran

  en

  Nicolás

  I I .

  Desde

  su

  subida

  a l

 poder

f u e u n

  partidario decidido

  de la

  violencia.

Ya se  t ra ta ra  de  huelguistas  o d e  tribus

rebe ldes , man i f e s t an t e s , ana rqu i s t a s ,

revolucionarios, judíos,

  la

  respuesta

  de l za r

e r a

  siempre

  la

  misma:

  la

  violencia.

  Si la

utilización  d e l  ejército contra  la s  huelgas  se

redujo  a 19  casos  en 1893 , en 1899  rueron

50

  ocasiones,

  33 en 1900, 271 en 1901 y522 en 1902 .

Vitte, ministro durante esos años, había sido

el

  hombre

  del

  desarrollo,

  y se

  presentaba

como  el  hombre  de los  cambios. Afirmaba,

en su

  informe "Samoderzhavie

  i

  Zemtsvo":

"E l

  desarrollo

  d e

  fuerzas sociales, abundan-

7 2

tes y de  tendencias diferentes,  n o  sólo  no

contradice

  el

  principio

  de la

  monarquía

absoluta, sino  que , po r e l  contrario,  le da

v i t a l i dad

  y

  f i rmeza . Fomentando

  e l

desarrollo  ae la  actividad pública, escu-

chando,

  po r as í

  decirlo,

  e l

  pulso público,

  el

gobierno  no se a ta po r  ello  a la  sociedad,

sino  q u e  permanece como fuerza  de  razón  y

d e

  autoridad consistente,

  con

  clara visión

  d e

s u s

  propios objetivos, siempre consciente

  d e

los

  medios para alcanzarlos,

  y

  sabe hacia

dónde  se  dirige  y a  dónde  va ' .

Esas tesis  no le  impedían oponerse firme-

mente

  a la

  entrada

  de

  representantes elegi-

d o s p o r

  instituciones públicas

  en el

  Consejo

d e  Estado, organismo controlado  po r e l za r ,

compuesto

  p o r

  unos

  6 0

  miembros elegidos

entre  los  ministros (antiguos  y  actuales),  los

miembros

  de la

  familia imperial

  y los

 funcio-

narios prominentes.

  El

  Consejo tenía

  u n a

función consultiva

  en

  materias legislativas,

y el  título  de sus  miembros  e r a l a  lealtad.

S e r

  partidario

  d e u n a

  Constitución

  lo más

amplia posible  no le  impidió tampoco, lógi-

camente, dirigir resueltamente  la  represión

del

  Soviet

  d e

  Petersburgo

  y de la

  insurrec-

ción  d e  Moscú.  E l  elaborar  el  reglamento

para asegurar

  la

  proclamada libertad

  d e

prensa

  no

  discordaba,

  en la

 política

  d e

  Vitte,

con la  supresión  de 64  periódicos,  y la

detención

  de 61 de sus

  directores, entre

ellos personalidades

  t a n

  considerables como

Hessen

  y

  Miliukov.

  Los que

  optaron

  por la

evolución propuesta

  no

  tenían

  q u e

  mostrar-

se  extrañados,  y d e  hecho,  su s  protestas

fueron tibias.

Dentro

  de la

  lógica estaba también

  el que,

cumplida

  c o n

  éxito

  la

  fase política

  d e

  Vitte,

la

  consolidación

  d e l

  sistema

  la

  prosiguiera

u n

  hombre distinto, Stolypin. Este partía

  de

u n a  base diferente  de la de  Vitte  e n

septiembre-octubre.

  Los

  adversarios políti-

cos del

  zarismo habían sido localizados,

  res -

tringidos

  a los

  revolucionarios,

  a l

  pueblo.

La

  oposición

  en l as

 clases media

  y

  alta había

sido neutralizada, absorbida. Vitte,  e n

medio

  del

  levantamiento

  d e

  Moscú,

  el 11 de

diciembre

  d e 1 9 0 5 ,

  promulgó

  u n a

  nueva

  ley

electoral. Pese  a su  carácter "moderado'  ,

f u e

 corregida

  p o r

  Stolypin

  en

 junio

  de 1907 ,

haciendo pasar

  lo s

  propietarios nobles

  del

34 por 100 al 51 por 100.

 Contaban

  lo s

  suce-

sores

  d e

  Vitte, Gorémykin,

  y

  sobre todo,

Stolypin,  con la  tranquilidad económica  que

proporcionaba  e l  empréstito  q u e  Vitte hacía

f

estionado

  de un

  consorcio

  de

  Bancos

  d e

rancia, Holanda, Austria

  y

  Rusia,

  d e

2.250.000 millones

  d e

  francos,

  el

  mayor

préstamo extrary'ero hasta entonces contra-

tado. También habían regresado  la s  tropas

d e l

  Lejano Oriente.

Además

  de las

  sucesivas disoluciones

  de la

Duma, Stolypin pudo realizar  c o n  tranquili-

d a d

  "ciertos cambios": suprimió

  2 6 0

  perió-

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 73/132

dicos, procesó

  a 207

  directores

  en

  seis

meses, cerró imprentas, prohibió todas

  las

reuniones

  en

  todo

  el

  imperio, hizo

  e n

  tres

  dí-

a s 4 0 0  registros domiciliarios  en  Petersbur-

go,

  deportó, revocó

  u n a

  multitud

  d e

  agentes

ae los

  zemtsvos, médicos, institutores, agró-

nomos , sospechosos  d e  " o p i n i o n e s

personales". Instituyó Cortes marciales,

  con

capacidad para ejecutar sentencias

  a las

cuarenta

  y

  ocho horas,

  y en los

  ocho meses

de su  existencia, éstas ejecutaron  a 1 .144

personas, pronunciaron

  3 6 9

  condenas

  a t r a -

oajoz forzados,  461 a  prisión.  En los cam-

pos, las

  expediciones represivas

  se

  compor-

taban como

  en un

  país enemigo;

  el

  horror

llevó

  a

  algunos oficiales

  a l

  suicidio.

  En la

Letonia pacificada,

  se

  hicieron listas

  d e

proscripción,

  1 . 6 5 0

  personas sufrieron

  la

pena capital.  >.

A lo

  largo

  de l mes de

  junio

  de 1907 ,

  sola-

mente

  en

  Petersburgo, fueron arrestadas

1 .100

  personas, había 5.500 detenidos

  en

la s  cárceles  de la  capital, 2.000 deportados

marcharon hacia Siberia.

  D e

  enero

  de 1905

a

  junio

  de 1907 se

  evalúa

  en

  2.000

  e l nú-

mero  de  ejecuciones capitales  y e n  15.000  el

de los

  condenados

  a

 prisión

  o

 trabaj os forza-

dos po r  motivos políticos. Globalmente,  h a s -

ta  mayo  de 1906, se estima  en  14.000' el nú -

mero

  de

  personas muertas,

  y

  20.000 heri

das, en los dos

  campos,

  con

  70.000 arres

tados, encarcelados

  y

  deportados.

El

  mantenimiento

  de la

  autocracia, tanto

para Vitte como para Necker,  a l  exigir  e l

ejercicio  de la  represión, suponía  la  pérdida

efe

  todo

  el

  prestigio

  y la

  popularidad

  que

hablan alcanzado como símbolos

  d e

  algo

diferente.

  En el

  caso

  de

  Vitte,

  n o

  sólo

  él , que

pertenecía

  a la

  tripulación, sino

  los que, más

o  menos subrepticiamente, entraron  en el

renqueante barco, aunque llevaran instru-

mentos

  de

  reforma, acaoaron

  p o r

  hundirse

en las  convulsiones  de  febrero  del 17.

En el

  caso

  d e

  Necker,

  si su

  dimisión

  en

mayo

  de 1781 de su

  puesto

  d e

  director

general  de  Finanzas, había precipitado  la

crisis

  de la

  monarquía,

  su

  destitución

  el 11

d e julio  de 1789 , una  insurrección popular,  y

el día 14, la  toma  de la Bastilla. Pero aunque

el

  busto

  d e

  Necker fuera paseado

  po r l as

calles, eran

  y a

 agitadores como Camille

  Des-

moulins  los que  eran escuchados. Estaba  y a

constituida

  la

  Asamblea Nacional,

  y

  tras

  el

regreso

  d e

  Necker

  a

 Francia

  (el rey, al

  desti-

tuirle,  le  había expulsado,  y él,  obediente-

mente, había obedecido),  el gran financiero,

de

  nuevo encargado

  de l as

  finanzas,

  y ali-

neado

  en el

  campo monárquico, tendrá

enfrente

  a

  hombres como Marat.

  Se

  esfuer-

z a  Necker  en  conseguir  la  libertad  del  suizo

Besenval, comandante

  en

  jefe

  de l as

  tropas

que el rey

  intentó utilizar contra

  la

  Asam-

blea  Nacional

  y en

  conseguir  créditos

  del

extranjero para  la  economía francesa.  Su

éxito

  en el

  primer punto

  y su

  fracaso

  en el

segundo confluyen para hacerle inútil,

  e

incluso peligroso, para quien entonces

detentaba

  el

  poder:

  la

  Asamblea Nacional.

Su

  detenido, Marat,

  y a

  liberado,

  le

  dedica

sucesivamente  la  "Denonciation faite  a u

Tribunal  du  Public,  p a r M .  Marat, contre

M .

  Necker",

  la

  "Criminelle Neckero-logie,

ou les  manoeuvres infames  du  ministre  Nec-

k e r " ,

  diciéndole: "Necker, tiembla

  a la

 vista

de tus

  culpas,

  e l

  pueblo

  por fin

  conoce

  tus

odiosas maniobras, está presto  a  arrancarte

con

  ignominia

  lo s

  mismos laureles

  con los

que t e  había decorado  en su  ciego entu

siasmo".

Ahora bien,  y ya  concluyendo,  no  hemos

querido decir

  a lo

  largo

  de

  estas líneas

  que

no se

  intentaran cambios bajo

  las aos

monarquías,  que no se  buscaron soluciones

a u n a

  situación

  d e

  crisis demasiado estudia-

da ya

  para intentar describirla ahora. Pero

estos cambios, cuando

  en

  verdad respon-

dían  a las  necesidades  de la  crisis  de l  anti

guo

  régimen, escapaban

  a l

  control

  de la

monarquía  y  eran abortados.  Así, las  asam-

bleas provinciales,  l a s  nuevas normas para

la

  elección

  de lo s

  Estados Generales,

requirieron

  la

  agitación popular

  en

  Rennes,

en

  Toulouse,

  en

  Dijon,

  en la

  zona industrial

d e

  Grenoble.

Así,  representaba  un  cambio  el  intento  de

absorber

  l a s

  reivindicaciones obreras, diri-

gido desde  1901 por e l coronel Zubátov, jefe

ae la

  policía

  d e

  seguridad

  de

 Moscú.

  La con-

cepción  de los  sindicatos  que así se  crearon

la   había expuesto  en 1898  Trépov, jefe  del

departamento

  d e

  policía:

  "Si las

  menores

necesidades  y  peticiones  de los  obreros  son

explotadas

  por los

  revolucionarios

  con

  fines

profundamente antigubernamentales, ¿por

qué no va el  gobierno  a  arrebatar  a los

revolucionarios este arma

  que t an

  buenos

resultados

  les

  proporciona...

  y

  asegurar

  el

cumplimiento  de la  tarea?...  La  policía tiene

q u e

  estar interesada

  en las

  mismas cosas

ue los

  revolucionarios".

  Con

  autorización

el

  Ministerio

  de l

  Interior,

  el

  padre Gueor-

guei Gapón formó  la  "Sociedad rusa  de

obreros

  d e

  fábricas

  y

  empresas", para

  en -

cauzar  l a s  reclamaciones  de los  trabajado-

r e s

  hacia

  la

  reforma económica

  y

  alejarlas

del

 descontento político.

  La

 viabilidad

  de ese

cambio evolutivo, mínimo

  y

  controlado,

quedó patente

  el

  domingo

  9 d e

  enero

  de

1 9 0 5 ,  cuando  lo s  200.000 manifestantes

q u e

  pacíficamente seguían

  a

  Gaspón fueron

atacados

  po r l as

  tropas,

  q u e

  causaron

  m á s

de mi l

  muertos

  y

  heridos.

Sin

  embargo,

  y ahí

  radicó

  el

 error

  de los que

jugaron

  la

  carta

  de las

 promesas

  y las

  trans-

formaciones, incluso  e l  período  d e  reacción

y

  violencia, inevitable

  con

  esos regímenes,

f u e

  ineficaz para consolidar

  u n a

  estructura

estatal extemporánea,  y  alejar  la  inevitable

ruptura,

  que se

  hizo

  m á s

  radical.

  • A. M .

7

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 74/132

1935, explosión  del  imperialismo fascista

LA

 AGRESIONITALIANA

A

  ETIOPIA

C . A . C A R A N C I

La

  reciente caída

  d e

  Haile Sellassió

  I h a

  arrastrado consigo todo

  el

  entramado

  del

Imperio, desde

  el

  propio trono

  a la tan

  fatigosamente conseguida unidad territorial.

N o e s

  fácil

  que la

  Etiopía

  de los

  militares vuelva

  a ser lo que fue en e l

  siglo

  y

  medio

anterior. Prueba

  d e

  ello

  s o n ,

  entre otras cosas,

  la

  nueva política reformadora

  de la

Junta, pero también

  e l

  agravamiento

  de la

  situación eritrea

  —de la que es

  responsa-

ble , en  parte,  la  dominación colonial italiana—  y el  resquebrajamiento  de la  adhesión

provincial,

  con los

  movimientos autonomizantes

  d e

  Tigró, Harar

  y

  otras regiones.

Se ha

  puesto

  f in ,

 pues,

  a una

  densa etapa

  de la

  historia etíope,

  q u e

  englobó momen-

t o s

  decisivos para este país africano

 y, en

  general, para

  el

  mundo

  de la

 época.

  Uno de

ellos, quizá

  e l m ás

  importante

  y

  pleno

  d e

  significados

  y

  consecuencias,

  es la

  guerra

italo-etíope

  d e

  1935-36. Dentro

  d e

  unos meses, hará cuarenta años

  de que, e l 3 de

octubre

  d e 1 9 3 5 , s e

  iniciase

  un

  conflicto localizado

  que iba a

  centrar sobre

  sí la

 aten-

ción mundial, como

  lo

  hizo

  la

  guerra

  de l

  Chaco

  o lo

  haría

  la

  guerra civil española

  o ,

m á s  tarde,  las  guerras  de l  Sudeste asiático.

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 75/132

L A  R E V I S T A N O R T E A M E R I C A N A « E S Q U I RE » P U B L I C A B A  EN 1935  ES TA CARI CA TURA

REF ERENTE  A L  CO NF LI CTO  D E  ETI O P I A,  E N L A Q U E  M US S O LI NI  Y EL REY  VICTOR

M ANUEL  II  A P A R E C I A N S A T I R I Z A D O S  E N S U S  P L A N E S  D E  EXP ANS I O N CO LO NI ALI S TA,

A LA   I Z Q U I E R D A , S O L D A D O S I T A L I A N O S  A L  A T A Q U E ,  C 9 N LA  BAYO NETA CALADA,

EN EL  D URO FRE NTE ETIOPE.

EL

  CONTEXTO MUNDIAL

E n  e f e c t o ,  e l  choque ¡ talo-

e t í o p e  e s u n a d e l a s m á s g r a -

v e s  cr is is  d e l  e n t r e g u e r r a .  S e

p r o d u c e  e n u n  m o m e n t o

pecu l ia r  d e l a  his tor ia  d e

O c c i d e n t e  y d e  Africa:  e l

co l o n i a l i s mo  e s a ú n  fuer te ,

Europa

  y l o s

  Es tados Unidos

d o m i n a n p r á c t i c a m e n t e  e l

m u n d o e n t e r o .

  L a

  G ran

G u er r a  h a  provocado cr is is

u e

  s u p e r a n

  l o s

  l ími tes

  d e

c c i d e n t e : e m p o b r e c i m i e n -

t o ,  ag u d i zac i ó n  d e l o s c o n -

f l ic tos

  d e

  c l a s e

  y

  coloniales ,

d e t e r i o ro  de la  co n f i an za  e n

l a s  c l a s e s d i r i g e n t e s ,

a r a l e l a s  a la  pérd ida ,  p o r

u ro p a ,  de la  s eg u r i d ad  en s í

m i s m a .  S e  b u s ca an s i o s a -

m e n t e  l a p a z ,  pero  l a s  p aces

d e 1 9 1 9 n o h a n  resuel to

n a d a ,  y la  S o c i e d a d  d e

N ac i o n es n ace  c o n  vida  p r e -

car ia .  El  "peligro rojo"  a t e -

moriza  a l  cap i t a l i smo desde

la  lejana Unión Soviét ica.

Diez años después ,

  la

  gran

cr i s i s económica es tá  a p u n -

t o d e  a c a b a r  c o n e l  cap i t a l i s -

m o . L a  crisis llega  a l a s  co l o -

nias ,

  y

  Europa t eme

  p o r s u s

mat e r i a s p r i mas .  El  pres t ig io

d e l o s  p a r l a m e n t a r i s m o s  d i s -

mi n u y e ,  e n  benef ic io  d e l o s

7 5

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 76/132

n a c i o n a l i s m o s  y  f a s c i s m o s ,

q u e  pa ra  1 9 3 0 h a n  acced ido

o  e s t á n  a  p u n t o  d e  a c c e d e r  a l

poder .  E n  J a p ó n ,  e n  A l e m a -

n i a , en  I tal ia, fa sc i s mo  y

capi ta l , junt os ,

  v a n a

  r e v e r d e -

c e r l o s  l au re l es  de l a  e x p a n -

sión colonial .

  En

  es t e con t ex -

t o , y

  c o m o c o n s e c u e n c i a

  d e

é l , s e  p r o d u c e  la  agres ión

italiana contra Etiopía.

Y e s  I ta l ia , preci samente ,

m á s q u e  A l e m a n i a ,  la  máx i -

m a  r e s p o n s a b l e  de l a  r e a n u -

d a c i ó n  d e l  b e l i c i s m o  y

e x p a n s i o n i s m o e u r o p e o s ,  de l

f r a c a s o

  d e l

  "espíritu

  d e

  S t r e -

s a " , d e l a  " e t a p a  d e  hierro"

de l a  reciente his toria et íope.

Italia

  da a l

  t r a s t e

  con e l

a n d a m i a j e m o n t a d o  por e l

T r a t a d o  de Paz y po r l a

S oc iedad g inebr ina , pone  e n

p e l i g r o  l a p a z  m u n d i a l  y

ace l e ra  la  marcha hac i a  la

segunda guer ra mund ia l ,  la

c u a l , c o m o c o n t r a p a r t i d a ,

p r o v o c a r á  la  crisis final  de l

colonia l i smo clás ico  y la del

régimen i tal iano.

P e r o p a r a c o m p r e n d e r  e l

c h o q u e

  d e 1 9 3 5 e s

  n e c e -

sar io , pr imero , repasar breve-

m e n t e  la  his toria  d e l a s c o m -

p l i cadas  y  t u rbu l en t as r e l a -

ciones entre I tal ia  y  Etiopía.

L O S

  PRIMEROS PASOS

COLONIALES  D E  ITALIA

L o s  p r imeros con t ac tos en t re

a m b o s p a í s e s  s e  r e m o n t a n  a

la  d é c a d a  d e l o s  s e s e n t a  de l

pasado s ig lo .  La  iniciativa

p a r t i r á s i e m p r e

  d e

  Italia,

e m p e ñ a d a , p e s e  al  " h a n d i -

c a p " d e s u  tardía unificación,

e n

  fo rmarse , t ambién t a rd í a -

m e n t e ,  u n  Imperio colonial

" moderno" . Af r i ca

  e s e l c o n -

t i nen t e  m á s  próximo.  V i a -

j e ros  y  aven tu re ros i t a l i anos

n a n  p r e p a r a d o , d e s d e  l o s

a ñ o s c i n c u e n t a  y  s e s e n t a ,  la

pene t rac ión i t a l i ana  e n  Africa

Orienta l —fáci lmente a lcan-

zable t ras

  la

  a p e r t u r a

  de l

Canal

  d e

  S u e z

  e n

  1869—

  y

S ep ten t r i ona l .  El  primer terr i -

torio italiano

  es l a

  bah í a

  d e

Assab (Er i t rea) , comprada

por l a  S oc i e t á Ruba t t i no  a un

g o b e r n a n t e l o c a l ( 1 8 6 9 ) ,

pe ro has t a  1 8 8 5 , la  p e n e t r a -

ción italiana  e s  lenta,  los

7 6

Gobie rnos es t án ocupados

e n  conso l ida r  a l  país , unifica-

d o  h a c e  t a n  sólo diez años,  y

e l  capi ta l i smo nacional  e s

demasiado débi l para lanzar-

s e a  a v e n t u r a s  d e  e n v e r g a -

dura .  E n 1 8 8 5 s e  ocupa

Massawa (Eri t rea); Francia

protes ta , pero Gran Bretaña

a p o y a  a  Italia,  a l a q u e p r e -

f iere  e n e l m a r  Rojo, como

c o m p e t i d o r m e n o r . E n t r e

1 8 8 9 y 1 9 0 0 s e  o c u p a  e l

Benad i r

  (la

  fu tura Somal ia

italiana).

Pero Roma mira hacia  la

mese t a e t í ope .  La  faci l idad

de l a  invasión bri tánica  d e

E t i o p í a ( 1 8 6 7 - 1 8 6 8 ) ,  e n

t i e m p o s

  d e

  T e w o d r o s ,

  h a

inducido  a  eg ipc ios , sudane-

s e s e  i t a l ianos  a  s u b e s t i -

m a r e l  p o d e r  d e l  Es tado e t ío-

p e .

  Aunque és t e ,

  c o n

  Y o h a n -

nes I V , y  p e s e  a la  e x t r e m a d a

s u b d i v i s i ó n  e n  e n t i d a d e s

p o l í t i c a s a u t ó n o m a s  y a la

m a l a a d m i n i s t r a c i ó n ,  s e

e n f r e n t a r á  a l o s  t r e s enemi -

g o s .

MENELIK

L o s

  i t a l i anos es t án acen túan

d o s u

  p e n e t r a c i ó n

  en l a

m e s e t a c u a n d o  s e  p r o d u c e

e n  Etiopía  u n  a c o n t e c i m i e n t o

t r a s c e n d e n t a l :  la  a s c e n s i ó n

al  t r o n o  d e u n  v ie jo amigo  d e

Italia, Menelik  II  ( 1 8 8 7 ) ,  e l

m i s m o  a ñ o e n q u e l o s  bri tá-

n icos  s e  re t i ran derro tados

d e  Sudán  y l o s  i t a l ianos ,  " a i s -

l ados" ,

  s o n

  d e t e n i d o s

  p o r l a s

a r m a s  e n  Dógali —primer

c h o q u e  d e  impor tancia ent re

Etiopía

  e

  Italia—.

E x R e y d e  S h o á  (e l  P i a m o n t e

o la   Prusia et íope,  p o r s u

papel unificador) , Menel ik

cent ra l iza  e l  p o d e r  e n s u s

m a n o s ,  e n  d e t r i m e n t o  d e l o s

ITALIA «LLEGO TARDE»

  A L

  REP ARTO CO LO NI AL EF ECTUADO

  P O R L A S

  G R A N D E S

  P O -

T E N C I A S  EN EL  SIGLO  X I X . S U  AREA  D E  DO M I NI O  E  INFLUENCIA  F U E E L  AFRICA ORIEN-

T A L , U N  M O M ENTO  D E  CUYA CO LO NI ZACI O N RECOG E ES TE DI BU JO  D E  Q UI NT O CENNI .

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 77/132

EL  G R A B A D O  D E L A  I ZQ UI ERDA M UES TRA  L A  EFIGIE  D E L  GRA N EMPERA DOR MINKLIK  II  (1887-1913), CREADOR  D E L A  ETIOPIA MODERNA,

J U N T O  A EL.  H AI LE S ELL AS S I E  I - E L R A S  TAF ARI M AK O NNEN—  Q U E F U E  C O R O N A D O  EN 1930  T R A S  U N A  EXPERIENCIA  D E  C A T O R C E

AÑO S S I ENDO REG ENTE. CO M O  S E  RECO RD ARA. H AILE S ELLAS S I E P ERDI O  EL T R O N O  EL  P A S A D O  A Ñ O .

f e u d a t a r i o s , d e s a r r o l l a  la

economía , abó l e  la  esclavi -

t u d ,  del imita  l a s  f ron t e ras ,

cons t ruye v ías  d e  c o m u n i c a -

ción, moderniza  al  Ejército,

aleja

  e l

  pel igro

  d e l

  S udán

mahd i s t a , p repara  a u n a  élite

i lus t rada;  con e l f i n de  unir  a

s u s -

 súbd i tos , adop t a

  u n a

i n t e rp re t ac ión

  m á s

  flexible

d e l  monof i s i smo (var iante

s h o a n a  d e l o s  Sost Lidat,  o

Tres Nacimientos) ,  y s e  a c e r -

c a a  Italia (Tratado  d e  Amis -

t a d d e

  Uchal l i , 1889). Inter-

p r e t a d o  p o r  R o m a c o m o

' t r a t ado  d e  p ro t ec to rado" ,

c u a n d o  no l o e s , e s  a p r o v e -

c h a d o p a r a  u n a  u l t e r i o r

p e n e t r a c i ó n  en la  mese t a ,

has t a  e l  Mareb ,  y e n e l m i s -

m o a ñ o

  Italia funda

  la

  Colo-

n ia

  Eritrea,

  e n

  t a n t o

  q u e

  Gran

Bre t aña acep t a  q u e  Etiopía

a

uede incluida  en l a  es fera

e  influencia i tal iana  (1) .

(1 )  Como cont rapa r t ida ,  l o s  italianos

co labora rán  c o n l o s  b r i t án icos  e n l a c o n -

quista  d e  Sudán , de r ro t ando  a l o s m a h -

di s t a s  e n  Kássala  y  Agordat .

P e r o

  e n 1 8 9 3 . c o n e l

  apoyo

f rancés , Mene l ik denunc i a  e l

t r a t a d o  y  hace s aber  q u e s u s

f ron t e ras co inc id i rán  c o n l a s

d e l  a n t i g u o I m p e r i o  d e

A k s u m .  En  es t as c i r cuns t an -

cias ,  y  ap rovechando inc i -

den t es f ron t e r i zos , I t a l i a

invade

  e l

  Tigré,

  en la

  m e s e t a(1895) . Mene l ik , a t emor i za -

d o ,  p r o c l a m a  la  leva nacional

y,  t r a s a lgunos encuen t ros

m e n o r e s ,

  e n 1 8 9 6

  derro ta

d e c i s i v a m e n t e  a l o s  i tal ianos

e n  A d o w a  (o  Adua)  y l o s  obli-

g a a  f i rmar  l a paz . La  derro ta

provoca d i s turb ios  e n  Italia,

c a m b i o s

  d e

  Gobierno, cor tes

d e  crédi tos para prosegui r  la

guer ra ,

  u n a

  oleada ant imil i -

tar i s ta  y la  eclos ión  d e u n a

i z q u i e r d a a n t i c o l o n i a l ,

  a s í

c o m o  u n  des in t e rés genera l

p o r  n u e v a s a v e n t u r a s  e x -

teriores .

Y  A d o w a , e s t e p e q u e ñ o  9 8

i t a l iano , conf i rmaba  q u e e l

capi ta l i smo seguía s iendo

débi l ,  q u e  seguía v igente  lo

q u e  Lenin llamó  u n " i m -

per i a l i smo  d e  po rd iose ros" ,  y

q u e e l  país carecía  d e u n a

verdadera mental idad colo-

nial:  s u  artlficlalidad deriva-

b a ,  c o m o  e n  España ,  de l o s

i n t en tos , desde  el  Gobierno,

d e  desv i a r  la  a t enc ión  de l o s

graves confl ictos sociales .

S ó l o d e s d e  1 9 0 5  p u e d e

h a b l a r s e  de l a  existencia  d e

u n  cap i t a l i smo d i sc re t amen-

t e  m a d u r o  ( s u  primer éxito

r e s o n a n t e ,

  la

  guerra victorio-

s a  cont ra Turquía  y l a c o n -

quis ta

  d e

  Libia, 1911-12),

q u e  vue lve  a  mirar hacia  la

m e s e t a e t í o p e . M i e n t r a s ,

Menel ik , enfermo, presencia

cómo i t a l i anos , f r anceses  y

br i tán icos (1906) d i scuten  la

posibi l idad

  d e

  dividir

  a l

  país

e n  t r e s zonas  d e  influencia.

S i n  e m b a r g o ,  a ú n n o h a

muerto: vigi la  a  Italia  c o n u n

nuevo t r a t ado ,  e n 1 9 0 8 ; a l e -

ja el  pe l i g ro pansomal i s t a  y

s e  a c e r c a  a  Gran Bretaña.

I n t e r n a m e n t e , r e f u e r z a  la

7 7

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 78/132

un idad , funda c iudades  ( c o -

m o la  mi sma Add i s -Abeba

e n  1887) , c rea  u n  servicio  d e

correos , ins ta la te léfonos ,  la

pr imera  lu z  e l éc t r i ca , t e l ég ra -

f o ,  a p a r e c e n  l o s  p r imeros

veh í cu los ,  u n  ferrocarri l ,  h o s -

pi ta les

  y

  e s c u e l a s .

A s u  m u e r t e ( 1 9 1 3 )  le  s u c e -

d e  Lidch-lyasu, hi jo  d e l r a s

d e  Wollo. Incl inado hacia

Turquía ,  e s  decir , hacia  l o s

c e n t r a l e s , d u r a n t e  la  Gran

Guerra , es te monarca f i lo i s -

l ámico

  s e

  d i s p o n e

  a

  expulsar

a  G r a n B r e t a ñ a  d e s u

S o m a l i a c u a n d o  e s  d e p u e s t o

p o r l o s

  n o t a b l e s

  y e l

  clero,

  y

s u b e  a l  t rono Zauditú, hi ja

d e

  Mene l ik , des ignándose

r e g e n t e  al  hijo  d e u n  viejo

e n e m i g o  d e  Italia,  r a s  Tafari

M a k o n n e n ( 1 9 1 6 - 1 9 1 7 ) .

R A S  TAFARI

S o b r e  l a  m a r c h a , T a f a r i

de r ro t a  a  Lidch-lyasu, corona

a  Zaud i tú , cons igue  e l  r e c o -

n o c i m i e n t o  de l a  plena inde-

p e n d e n c i a  y e l  Ing reso  en la

S o c i e d a d  d e  N a c i o n e s

( 1 9 2 3 )  c o n e l  a p o y o  d e

I t a l i a -

Al  mi smo t i empo ,  y e n  neto

c o n t r a s t e  c o n s u  ac t i t ud  p o s -

t er ior  a (a  s egunda guer ra

mund ia l ,  r a s  Tafar i  s e  afana

p o r  m o d e r n i z a r  e l  pa í s ,

d o t á n d o l o

  d e

  d i a r i o s ,

a b o l i e n d o  la  esclavi tud def i -

n i t i v a m e n t e  ( c o n  t o d o ,  p e r -

durará has ta 1936) , mul t ip l i -

c a n d o

  l a s

  e s c u e l a s

  y ,

  sobre

todo , modern i zando

  a l

  Ejérci-

t o , a l q u e  provee incluso  d e

u n a  exigua aviación.

E n 1 9 2 5 ,  como corolar io  d e l

T r a t a d o

  d e

  Londres

  ( po r e l

q u e s e  p r o m e t í a  a  Italia  c o m -

p e n s a c i o n e s  p o r s u  pa r t i c ipa -

ción  en l a  Gran Guerra junto

a la  E n t e n t e ) , L o n d r e s  y

R o m a e s t a b l e c e n  u n  fu tu ro

1L FASCISMO PREPARA  LA  GUERRA CONTRO L'ABISSINIA

Né un

 uomo,

 né un

 soldo

per le avveriture africarie del fascismo

Appello

  del

  Partito comunista

  del

  Partito tocialitta italiano

ai

  lávoratori italiani

C o m p a g n i  lávoratori  I

D a  quaiche tempo  ¡1  fascismo orienta

f r e n é t i c a m e n t e  l a sua  pol í t ica verso  u n a

nuova avventura africana. Esso pone al l 'or-

d ine  d e l  giorno dcJla nazione  I espa ns ione

t n A f r ca  t en t ando  d i  acc red i t a re  la  solila

fandon ia  c h e l a  chiave della soluzione della

quest ione sociale i tal iana

  si

  t rova

  i n

  Abis-

sínia.

Tu t í a  l a  s tampa fascis ta bat te  s u l  chio-

d o  obiss ino , presentando  il  mis ter ioso  e

feodale Impero et iopico come  un a t r o

«

  t>el suolo d'amore

  » c h e

  at tende dal l ' I ta-

l i a  fasci s ta  la  i iberazione  e la  civi l tá.  L a

scuo 'a mi l i t ar izzs ía asseconda

  la

  s tampa,

e

  COSÍ'

  p u r é  la  chiesa, coprendo l 'eterna

subdola manovra

  d e l

  capi tal ismo impe-

r ia l i s ta ,  i i  quale  n o n  csita  a  p romuovere

l e p i ú  sanguinose ecatombi nel la speranza

d i  sa lvars i  c o n l a  conquis ta  d i  nuovi  m e r -

cati  e con l a  subord inaz ione  d i  tu t ta  la

vita della nazione alie esigenze  de l m o-

losso militarista.

V o i  sapete, lavoratori i tal iani ,  c h e  cosa

significa  p e r v o i . c h e  cosa significa  per i l

paese,  c h e  cosa significa  p e r l a  civi l tá,  i l

colonial ismo capi tal is ta.

. ; q . . —

i.JL

Operai, contadim, artigiani, piccoli

proprietari  e  profostionifti  I

£ ' s u l  vostro dorso  c h e l a  sped i z ione  s i

farebbe. Siete  vo i che l a  pagheres t e  i n

sangue  ed i n  denaro .  E p e r  r i ce rve rne

c h e  cosa? Quei  c h e  sempre avete r icevuto

dopo ogni guerra coloniale  o d  europea,

v in ta

  o

  pe r sa :

  u n

  s o p r a p p i ú

  d i

  miser ia ,

d i  s f ru t l amen to ,  d i  tasse,  d i  schiavi tü  p o -

l í t ica

  e d

  economica .

  ;

Madri  a  spote 

E ' co l  sangue  d e l  vostro sangue  che i

capi ta l i s t i fanno  l e  guer re  e  dopo  c h e l e

hanno fa t te  v o i  r iceveíe come compenso

degli- attestati  d i  benemerenza men t re  l a

fame s ' instal la  a l  vostro focolare,  c ó m -

pagna tndivisibile de.la vostra esistenza  e

d e r

  vostri lutti.

- Lavoratori tutti  1

I  dest ini-vostr i sono nel le vostre mani .

(1  capi ta l i smo,  c h e h a  t rovato  n e l  fasci-

s m o i l s u o

  ul t imo gabinet to

  d i

  afTari,

  c o n

tenter á l ' ímpre sa alia quale pre pa ra  il

paese,  c h e s e  s en t i r á  d i  poter contare tula

la   passivitá delJe masse.

Sventate  l a  manovra .

— D e n u n c í a t e l ' i n g a n n o .

«I NI H O M BRES

  N I

  DI NERO RARA

  L A S

  A V I N T U R A S A F RI C A N AS

  D I L

  F A S C I B M O I » , R E C L A M A B A E S T A P R O C L A M A

  Q U E

  - D I R I O I D A

  A

L O S  T R A B A J A D O R E S I T A L I A N O S - F I R M A B A N  L O S  P A R T I D O S C O M U N I S T A  Y  S O C I A L I S T A A N T E  L A  I NM I NENCI A  D I U N  CO NF LI C-

T O Q U E  S O L O D E S G R A C I A S P O D I A T R A E R R A R A  EL  P A I S . T O D O S  L O S  I N T E N T O S  D E L A S  O R G A N I Z A C I O N E S  D E  M A S A S R E S U L T A R O N

I N F R U C T U O S O S A N T E  LA  P O LI TI CA I M P ERI ALI S TA  D E L  DUCE.

7 8

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 79/132

r ep a r t o  d e  Etiopía, violando

c í n i c a m e n t e  l o s  pr incipios  d e

la

  S o c i e d a d

  d e

  Naciones .

R a s  Tafari  s e  a la rma,  s i  bien,

a b o r t a d o  u n  go lpe  d e  Estado

( 1 9 2 8 )

  y

  ap l a s t ad a (1 9 3 0 )

  la

opos ic ión a rmada  a l a s  refor-

m a s ,

  cons igue reaf i rmar

  s u

au tor idad  a  t i emp o , p u es  e n

e s e  m i s m o  a ñ o  muere Zaudi -

t ú y e s  coronado Emperador ,

c o n e l  n o m b r e  d e  Haile

Sel l ass ié

  I (2 d e

  nov iembre) .

Y a  E mp erad o r ,  y  p e s e  al

i m p a c t o  de la  crisis  d e 1 9 2 9 ,

p ro s i g u e  la  modern izac ión

d e l  pa í s :  e n 1 9 3 1 ,  Cons t i tu -

ción

  y

  Par lamento , re fo rma

admin i s t ra t iva  - q u e  provoca

nuevos d i s tu rb ios

  e n l a s p r o -

vincias—, compra

  d e l

  Banco

d e  Abisinia,  q u e s e  convier te

e n  B a n c o  d e  Etiopía (emisor).

S e  ampl ía  la  única línea

aé rea . N u mero s o s j ó v en es

s o n  en v i ad o s  a  e s t u d i a r  al

ex t ran jero .  La  libertad religio-

s a e s  total .

A s í ,  mi en t r a s E t i o p í a  v a

abriéndose pol í t ica  y  e c o n ó -

micamente, I ta l ia  s e  repliega

s o b re  s í  m i s m a  y s e  p repara

para rep lan tear v io len tamen-

t e su '  d e r e c h o  al  p u e s t o  al

s o l " .

LA   ITALIA FASCISTA

Si la  co n q u i s t a  d e  Libia  r e a -

nima

  a l o s

  colonial is tas ,

  la

Gran Guerra , aunque  v i c -

to r iosa , ago ta

  al

  joven capi-

tal ismo i tal iano  y a l  pueb lo .

S e  s u c e d e n  l o s  confl ictos

s o c i a l e s . C a m p e s i n o s

  y

obreros ocupan l a t i fund ios  y

fábricas . Pero  el  t e m o r  d e l o s

cap i t a l i s t as

  y la

  debi l idad

  d e

la  izquierda precipita  la  toma

d e l  p o d e r  p o r l o s  f a s c i s t a s  d e

Mussol ini  e n 1 9 2 2 .  Barridos

el  p a r l a m e n t a r i s m o  y l a s

i zqu ierdas  (e n 1 9 3 4 h a y m á s

d e

  30 .000 presos po l í t i cos

e n  Italia),  el  capi tal tendrá  el

a p o y o  y la  sa l ida adecuada

c o n l a  revigorización  de la

pol í t ica expansionis ta ,

  c o n l a

connivencia  de la  mo n a rq u í a .

La  desi lus ión  p o r l o s  exiguos

re s u l t ad o s

  de la

  guer ra

  m u n -

dial  es  canalizada  y  exp lo ta-

d a p o r e l

  f a s c i s m o

  c o n l a p r o -

m e s a  d e  "t ierras para t raba-

¥5

1 9 3 4 , A Ñ O

  ANTERI O R

  A L A

  G UERRA:

  U N

  I NS TRUCTO R EURO P EO P AS A REVI S TA

  A LA

G UARDI A

  D E L

  EMPERADOR HAILE SELLASSIE.

  L A S

  F UERZAS ARM ADAS ETI O P ES

  S E

M O DERNI ZARO N NO TABLEM ENTE

  A

  P A R T I R

  D E 1925.

j a r " ,

  p r e d i s p o n i e n d o

  a l p u e -

b l o  —mísero, forzado  a e m i -

grar , escasamente po l i t i zado ,

pero desconf iado—  a  n u ev as

a v e n t u r a s c o l o n i a l e s  ( 2 ) .

Hacia  1 9 3 0 , e l  r ég i men  s e

h a  co n s o l i d ad o , ap u n t án d o s e

e l  t a n t o  de la  reconci l iación

c o n l a

  San t a Sed e (1 9 2 9 ) ,

q u e  alia  a l  V a t i can o  y a los

ca t ó l i co s  c o n e l  f a s c i s m o  e n

b u en a p a r t e  d e s u s  d ec i s i o -

n e s ( 3 ) .

L o s  p r imeros pasos co lo -

n ia les  d e l  rég imen t i enen  é x i -

t o :  repres ión  d e l o s  rebe ldes

s o m a l í e s ( 1 9 2 4 - 2 6 ) ,

  c o n -

q u i s t a  d e l S u r d e  Libia

(1 9 2 6 -3 0 ) , c e s i o n es t e r r i -

to r i a les

  a

  Italia

  a

  c o s t a

  d e l a s

co lon ias b r i t án icas

  y

  f r a n c e -

s a s  l imí t rofes .  E n  c u a n t o  a

(2 )  P r e c u r s o r e s  y  t eó r i cos  d e l  expan -

s i on i smo f asc i s t a  s o n G .  Papini, Preziosi,

J .  Evola, Orano, Corradini , D'Annunzio,

L.   Chiala,  R . d e  Zerbi  (y el  m i s m o  M u s -

solini) , desde  s u s  ó r g a n o s  Tricolora,

L ldea Nazionale, Grande Italia,  e t c é -

t era.

( 3 )  Civiltá Cattolica, Studi um,  e l  p a d r e

Gemelli , lanzan  s u s  d iat r ibas racis tas ,

co l on i a l i s t as , an t i e t l opes , secundados

p o r l a  Acción Católica Ital iana. Dice  el

pad re Mess i neo :  " L a  anexión terri torial

s e

  halla

  en l a

  t radición cató l ica".

  El 12

d e  m a y o  d e 1 9 3 5 , e l  m i s m o P a p a  Pío XI

n o s e  o p o n e  a la  guerra et íope, pero  s í

"a la

  guer r a" : para "esc l a r ecer

  l a s m e n -

t e s d e l o s  g o b e r n a n t e s  y  evi tar  la

guer r a" anunc i a r á ,  d e  a c u e r d o  c o n e l

Gobi erno f r ancés ,  u n  t r iduo eucar í s t ico

e n  Lourdes .  P o r e l  cont rar io , muchos

c a t ó l i c o s f r a n c e s e s

  e

  i tal ianos recha-

zaron  la  agresión.

Etiopía,

  u n

  a c u e r d o

  c o n

  Fran-

c i a  ( a c e p t a d o  p o r  Gran  B r e -

t aña) de ja rá  v í a  libre  a  Italia

e n e l  Cu e rn o  d e  Africa,  l o q u e

p rep a ra rá  el  camino para

fu tu ras ex igencias  e n e s e

área.

LA   PREPARACION

DE LA

  AGRESION

Fiel  a s u  creencia —compart i -

d a  t a m b i é n  p o r l o s  p a r l a m e n -

ta r i smos—  d e q u e u n a  nación

e s  f u e r t e ú n i c a m e n t e  s i

p o s e e

  u n

  vasto Imperio colo-

nial ,  y  c o n s i d e r a n d o  q u e

Italia

  e r a t a n

  sólo

  u n a

  "co l ec -

cionis ta  d e  d es i e r t o s "  y " u n a

nación proletaria", Mussolini

reinicia  la  expansión. Pero  e n

u n

  m u n d o

  y a

  repart ido, l lega-

b a

  t a rd e .

  S u s

  co laboradores

hubieran prefer ido cont inuar

la   pol í t ica europea  d e  segur i -

d a d y  sust i tu i r  l o s  aleatorios

benef ic ios co lon ia les fu tu ros

p o r u n  mayor c rec imien to

económico inter ior ,

  en un

m o m e n t o  e n q u e l a  e c o n o -

m í a s e  r ecu p e rab a .

Pero Musso l in i deseaba

  é x i -

t o s  mi l i t a res  y  colonias ,  n o

sólo para borrar

  el

  recuerdo

d e  Adowa, s ino, sobre todo,

p a ra o b t en e r  u n  Imperio  q u e

'valorizase para Ital ia"  l a s

p é r d i d a s  de la  emi g rac i ó n  a

A mér i ca , p a ra d es v i a r  la

a tenc ión popular  d e l a  s i tua-

c ión económica .  P o r  ello,  c o n

7 9

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 80/132

la   opos ic ión  d e l  m u n d o  d e

l a s  f i n a n z a s , M u s s o l i n i

c o m i e n z a

  a

  p repararse para

la

  g u e r r a , mo n o p o l i zan d o

  e l

con t ro l  d e  c a m b i o s  y las

i m p o r t a c i o n e s ,  a f i n d e

a d q u i r i r m a t e r i a s p r i m a s

e s t r a t é g i c a s  e n e l  exterior.

Aquí ,  la  i m a g e n  d e  Mussol ini

g o zab a  d e  b u en a p ren s a ,  p o r

s u  d e f e n s a  d e u n  Austria

a m e n a z a d a  p o r e l  A n s ch l u s s

e n 1 9 3 4 y p o r s u  ac t i tud  e n

St re s a . Mi en t r a s ,  e n  Roma,

s e  " b o r r a "  d e l o s  m a p a s  la

frontera entre Somal ia I tal ia-

n a y  E t iop ía , acep tada  e n

1 9 0 8 .

  Co mo d i ce

  J .

  Doresse ,

e s

  ah o ra cu an d o , " a l i men t a -

d a p o r u n a  p rensa occ iden ta l

c o m p l a c i e n t e ,

  s e

  e m p r e n d e

u n a  c a m p a ñ a d e s t i n a d a  a

d e s f i g u r a r  a  E t iop ía , muchas

d e  cuyas ment i ras subs i s t en

a ú n h o y d í a " e n

  Europa

  (4 ) ,

a l  t i e m p o  q u e s e  multiplican

l o s  i n c i d e n t e s f r o n t e r i z o s

p r o v o c a d o s  p o r  Italia,  q u e

o c u p a m o m e n t á n e a m e n t e

i n c l u s o W ard e re  y  W al -W al :

e n  d i c i e m b r e  d e 1 9 3 4 ,  Italia

dec ide c rear  u n  casut balli,

d e l i b e r a d a m e n t e ,  c o n u n a t a -

q u e

  mas ivo con t ra Wal -Wal ,

a c u s a n d o  a  co n t i n u ac i ó n  a

Etiopía  d e  ag re s i ó n . Pes e  a la

buena vo lun tad e t íope ,

  l a s

c o n v e r s a c i o n e s d i r e c t a s  p r o -

p u g n a d a s  p o r  G i n eb ra f r aca -

s a n .

E n  e n e r o  d e 1 9 3 5 ,  Laval,  e l

e s c a s a m e n t e e s c r u p u l o s o

pr imer min i s t ro f rancés ,

  va a

R o m a  a  t r a t a r  d e l o s  in te re-

s e s  m u t u o s  e n  Africa. Propo-

n e , " a f i n d e

  evi tar

  la

  g u e r r a " ,

ces iones t e r r i to r i a les

  a

  Italia.

E n  s e c r e t o ,  s e  f i rma  u n " p a c -

(4) A la

  campaña an t l e t lope con t r i -

buye ron Innumerab le s pe rsona l idades

  y

publ i cac iones  d e l  mundo occ iden ta l ;  l a s

a c u s a c i o n e s  m á s  f recuen te s fue ron :

e sc l a v i sm o , e n f e r m e d a d e s , d e sp o t i sm o

d e l  negus, analfabet ismo, a t raso. . . Ci te-

m o s

  a lgunas con t r ibuc iones

  n o

  italia-

n a s :  Abiainia: peligro negro  ( d e l  c h e c o

R . v o n  P r o c h a z k a ) ,

  Chaz

  le rol des

  roit

d Eth lop le

  ( H .

  R é b a u d ) ,  L Ethlop ie

moderna

  ( c o n d e sa  d e  Jumil lac) ,  u n a

s e g u n d a

  L Ethiopie moderna

  (E .

  Colom-

b e t ) ,

  Impresaions  d e  l Ethlople  ( d o c t o r

M a r e b  C?J ),  March é d eaclavaa  ( J . K e s -

s e l ) .  Algunas revistas:

  Vollá, L llluatra-

tion Franpaise, Bohemia

  ( d e  P r a g a ) ,

esc r i to re s  y  pe r iod i s t a s como  e l " e x -

plorador" Morfreid, Emil Ludwlg,  el

ambiguo Herbe r t Ma t thews, en t idades

c o m o

  la

  Sociedad Ant iesclavista Bri tá

nica.  7

8 0

t o d e  d e s i n t e r é s "  p o r  Etiopía,

h ab l án d o s e i n c l u s o  d e  part i -

ción. Laval,  d e  vue l t a  a  París,

diría:  " H e  v en d i d o  al  negro" .

E n e s e  m i s m o  m e s ,  Etiopía,

a s u s t a d a ,  s e  d i r i g e  a la

S o c i e d a d  d e  N a c i o n e s .

T e m a :

  l o s

  inc iden tes f ron ter i -

z o s c o n  I t a l i a . Para le lamente ,

b u s c a  la  p u e s t a  e n  práct ica

d e l  T r a t a d o  d e  Amistad I talo-

Et íope  d e 1 9 2 8 . En  marzo ,

nuevo recurso  a la  So c i ed ad ,

a n t e  l o s  preparat ivos mil i -

t a r e s  d e  Italia.  E n  junio, Edén

v a a  Roma: Londres p ropone

u n

  nuevo repar to

  d e

  in f luen-

c ias  e n  Etiopía, pero Italia

a d v i e r t e :  o  t e r r i t o r i o s  o

g u e r r a .  E n  agosto , Mussol ini

r ech aza

  u n

  nuevo proyec to

d e  arreglo pacíf ico,  y e n s e p -

t i e m b r e  s e  a s e g u r a  la  a m i s -

t a d  gr iega, turca, yugoslava

y , en  e s p ec i a l , f r an ces a ,  " e n

c a s o  d e  guerra contra Gran

B r e t a ñ a " ,  e n  t a n t o  q u e e l

Consejo g lnebr ino reconoce

" d e r e c h o s  a  I tal ia"  e n  Etio-

p í a ,  p e ro  n o  "ad q u i s i c i o n es

te r r i to r i a les" ; Addis -Abeba

acep t a , p e ro

  n o

  R o m a .

  Y

Gran Bre taña , pese

  a q u e

" u n a

  conquis ta i ta l iana

  d e

Etiopía

  n o

  per jud icar ía nues -

t r o s i n t e r e s e s " , e n v í a

  d e

mala gana , ba jo p res ión  d e

l o s

  g r u p o s d e m o c r á t i c o s ,

  s u

f lo ta

  y s u

  aviación

  a l

  Med i -

t e r r án eo , p a ra co n t r ap es a r  e l

env ío  d e  t ropas i t a l i anas  a

Libia  y a  Eritrea.

H as t a ag o s t o  d e 1 9 3 5 , l a s

p o t e n c i a s g a r a n t e s  d e  Etio-

p í a  p e r m i t e n  e l  p a s o  d e

armamento hac ia es te pa í s

p o r s u s  colonias ; desde es ta

f e c h a ,  el  a r m a m e n t o s u e l e

s e r  r e t en i d o  e n  Bé rb e ra  o en

Dyibut i . Pese  a  todo, Haile

Se l l a s s i é  d a  " m u e s t r a s  d e

§

a z "  r e t i r an d o  a s u s  t r o p a s  a

0  k i l ó me t ro s  d e l a s  f r o n -

t e r a s . E mp ero  l o s  a c o n t e c i -

m i e n t o s  s e  p rec ip i t an :  e l 2 8

d e  s e p t i e m b r e , E t i o p ' i a

moviliza.  El 2 de  oc tubre ,

Ital ia anuncia  la  inminencia

de la

  acción.

LA   QUERRA

S i n  p rev ia dec larac ión  d e

g u e r r a ,  "a la  j a p o n e s a " ,  el 3

a e  octubre Ital ia invade Etio-

pía. El día 7 , la  S o c i e d a d  d e

N a c i o n e s c o n d e n a  la  ag re -

s ión  y  vota  la  a d o p c i ó n  d e

s a n c i o n e s e c o n ó m i c a s  c o n -

t r a e l  a g r e s o r  ( n o  i m p o r t a -

ción  d e  p roductos i t a l i anos ,

p ro h i b i c i ó n  d e  c o m p r a  o

t r án s i t o  d e  material mili tar,

s u p re s i ó n  d e  t o d o c r éd i t o  a

Italia).

  S i l a s

  s a n c i o n e s

  s e

hubieran ap l i cado es t r i c t a -

m e n t e  y si  Gran Bretaña

hubiera cer rado Suez ,  e l é x i -

to de la

  empresa i t a l i ana

habría s ido di ferente. Pero  la

may o r í a

  d e l o s

  f i r m a n t e s

c o n t i n u a r o n c o m e r c i a n d o

c o n  I t a l i a , p roporc ionándole

incluso pet róleo,  a l  igual  q u e

l o s n o  f i rmantes TEs taaos

U n i d o s , A l eman i a , J ap ó n  y

l o s  s a t é l i t e s e u r o p e o s  d e

Ital ia: Albania, Bulgaria,

  A u s -

tria  y  Hungría) .  P o r  otro lado,

s i los  f i n an c i e ro s  s e  o p o n e n  a

la   guer ra , buena par te  d e l

p u eb l o , d o t ad o , co mo  e u -

ropeo ,  d e u n a  b u en a d o s i s  d e

r ac i s mo d i fu s o  y  s i e m p r e  d i s -

ponib le , convencido  d e l  mito

de la

  " d e m o g r a f í a g a l o p a n -

t e " y d e l a

  " t i e r ra para t raba-

j a r " ,  e x a c e r b a d o  s u  nac io -

n a l i s mo

  p o r l a s

  s a n c i o n e s ,

  e s

f av o rab l e

  a la

  ag re s i ó n ,

  a la

q u e s e  ad h i e r en a l g u n o s  a n -

t i f a s c i s t a s  q u e ,  c o m o  e s h a -

bitual  e n  Europa, l imi taban

s u  p r o g r e s i s m o  a l  p ro p i o

paí s  (5 ) .

E n  d i c i emb re  d e 1 9 3 5 , p o r e l

a c u e r d o H o a r e - L a v a l ,  s e

o f rec í an co n ces i o n es t e r r i -

to r i a les  a  Italia,  a  c a m b i o  d e

la   ces ión  d e l  p u e r t o  d e  A s s ab

a  Etiopía. Italia  n o  a c e p t a b a ,

lo  m i s m o  q u e  a n t e  e l  nuevo

i n t en t o

  d e

  e n e r o

  d e 1 9 3 6 .

Entre tanto ,  s e  d es a r ro l l ab an

l a s  o p e r a c i o n e s m i l i t a r e s ,

e n é r g i c a m e n t e  p o r  p a r t e  d e

I t a l i a , r e s t a d a m e n t e  p o r

p a r t e  d e  Et iopía. Cogiendo  a l

paí s

  p o r e l

  Norte (general

  D e

Bono, luego Badogl io)  v p o r

e l S u r  (general Graziani) ,  l o s

i t a l i an o s o cu p ab an A d o w a  y

A k s u m  (l a  c iudad san ta  d e

Etiopía)  y ,  t r a s  u n  p e r í o d o  d e

c a l m a , r e a n u d a b a n  la  o f e n s i -

v a , y c o n

  r áp i d as emb es t i d as ,

ut i l izando  la  aviación  e  inc lu -

s o  gases ( iperi ta) , reducir ían

(5 )  Hubo en t reg as mas ivas  d e  ob je tos

p e r so n a l e s

  d e o r o y d e

  hierro

  "a la

P a t r i a R e a p a r e c i ó  e l  " m e n e f r e g h i s m o "

o el   desprec io ind i fe ren te an te  la  opinión

mundial .

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 81/132

L A  P R O P A G A N D A O F I CI A L F A S C I S T A D I F U N D I A  U N A  I M A G E N N E G A T I V A  Y  R A C I S T A  D E L A  E T I O P I A C O N T E M P O R A N E A P A R A J U S T I -

F ICAR  S U  A G R E S I O N A R M A D A . D I B U J O S C O M O  E L O U E  C O N T E M P L A M O S - « L O S I T A L I A N O S L I BE R AN  A L O S  E S C L A V O S E T I O P E S » -

F U E R O N H A B I T U A L E S

  P O R L A S

  F E C H A S

  D E L A

  I N V A S I O N .

pronto

  la

  resistencia

  d e l o s

valerosos pero escasamente

provistos ejérci tos

  d e

  Haile

Sel lass ié , mandados

  p o r l o s

n o

  m e n o s a n i m o s o s

g e n e r a l e s D e s t a D a m t o ,

Ayeleu Burru,

  r a s

  Immirú,

  r a s

Kahsa , e tcé te ra .

  En

  marzo,

  la

g u e r r a e s t á d ec id id a .  E n

mayo, ocupados

  e l

  O g a d e n

  y

Harar,  e l  Emperador abando-

na e l  país  y s e  refugia  e n

Londres.

  La

  caída

  d e

  Addis

Abeba

  ( 5 d e

  mayo) pone

  f in

al  conflicto.  El 9,  Mussolini

proc lama

  el

  Imperio

  y a Víc -

t o r

  M a n u e l

  II I

  R e y - E m -

perador  (6) .

(6 ) Po r  parte italiana participaron

494 .000 hombres —número  q u e s e

aproxima  a l de  f r a n c e s e s  en la  guerra  d e

Argelia

  de  1954—,

 d e t os q u e  9 5 . 0 0 0

eran t ropas coloniales : 20.000 vehícu-

l o s ,

  incluidos tanques l igeros: 2 .000

LA   ACTITUD MUNDIAL

CONTRA

  LA

  AGRESION

U n

  moderado como Arnold

Toynbee l legará

  a

  decir

  q u e

" . . . e s  ev iden te  q u e e l  pecado

c o m e t i d o

  e n 1 9 3 5 n o f u e

só lo  d e  Mussolini,  o d e l f a s -

c ismo,

  o d e

  Italia.

  La

  culpa

f u e

  co mp ar t id a

  p o r

  Gran

  B r e -

piezas

  d e

  Artillería

  y

 nume roso s av iones .

L o s  etíopes reunieron —las cifras  n o s o n

s e g u r a s - e n t r e 5 0 0 . 0 0 0  y 8 0 0 . 0 0 0  s o l -

dados ,

  c o n

  pocos miles

  d e

  a rmas au to -

máticas, escasa artillería

  y c o n

  unos

  3 0

av iones , mandados  p o r u n  coronel  n o r -

t e a m e r i c a n o

  d e

  raza negra.

  L o s

  solda-

d o s  " a rm a d o s  d e  lanzas  y  escudos"

tuvieron  u n a  participación irrelevante.

Puede decirse  q u e l a  diferencia entre

i tal ianos

  y

  e t íopes

  e n 1 9 3 5 e ra

  paran -

g o n a b a  a la  exis tente entre españoles  y

r i feños  e n 1 9 2 1 .  Algunos sul tanes

somalíes unieron  s u s  f u e r z a s  a l as  italia-

n a s : e l  Ejército  d e l r a s  et íope Gugsa  s e

vend ió vergonzosamen te  a  Italia.

t añ a

  y

  Francia,

  y e n

  cierta

med id a ,  p o r  tocia  e s a g e -

nerac ión

  ae l a

  sociedad occi-

den ta l" .

En  e fec to ,  y  c o m o  e ra de

esperar ,

  e l 15 de

  mayo,

  la

So c ied ad

  d e

  Naciones acep-

t ab a

  el

  h ech o co n su mad o

  y

l e v a n t a b a  e l  e m b a r g o  a

Italia, excluía

  a los

  r ep re sen -

t an te s e t ío p es

  y

  d en eg ab a

todo apoyo  a u n  Haile Sellas-

s i é

  perd ido

  p o r l o s

  pasillos

ginebrinos.

  El

  "asunto abisi-

n i o "

  quedaba re legado

  al

olvido.

  P o r s u

  f r a c a s o

  y

debilidad

  —s i e s q u e

  intentó

r ea lmen te d e ten e r

  a

  Mussoli-

ni—, la

  Sociedad en t raba

  e n

s u

  crisis final,

  q u e l a

  querrá

d e  España sólo precipitaría.

La

  act i tud

  d e l o s

  dist intos

8 1

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 82/132

O E  I S T A M A N E R A A G R E S I V A  Y  T R I U N F A L I S T A  S E  H A C I A  V E R A L O S  I T A L I A N O S  D E L A  E P O C A C U A L  E R A E L  D E S A R R O L L O  D E L O S

C O M B A T E S

  E N

  T E R R I T O R I O E T I O P E . P E R O

  L O S

  G R A B A D O S

  D E L A S

  R E V I S T A S , C O M O E S T E

  D E

  A C H I L L E B E L T R A M E

  E N Q U E S E

  RE COGE

U N  B O M B A R D E O  D E L A  A V I A C I O N I T A L I A N A ,  N O  C O R R E S P O N D I A N  A LA   R E A L I D A D  D E U N A  G U E R R A E X P A N S I O N I S T A  Y  « S U C I A » .

8 2

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 83/132

G o b i e r n o s

  f u e d e

  des in t e rés :

l o s  p a r l a m e n t a r i s m o s ,

o p u e s t o s p l a t ó n i c a m e n t e  y

p o r

  p r e s i o n e s

  d e l o s

  e l ec -

t o r e s d e m o c r á t i c o s ,  m o s -

t r a ron  u n a  connivencia crimi-

n a l .

  F i l o f a s c i s t a s f u e r o n

Laval,

  e n

  Francia,

  y e n

  Gran

Bretaña, Winston Churchi l l ,

Lloyd George,

  l o s

  c o n s e r v a -

d o r e s  e n  genera l ;  e l  ministro

d e  A s u n t o s E x t e r i o r e s ,

Hoare, hizo gala

  d e

  debi l idad

culpable . Pro i ta l ianos fueron

Chile, Argent ina, Uruguay,

Guatemala; Es tados Unidos ,

adher ido  a la  Neutral i ty  A c t ,

m a n t u v o  u n a  pos tu ra ambi -

g u a ,  pe ro  l o s  mov imien tos

negros apoyaron ac t i vamen-

t e a l  n e g u s  ( 7 ) .  S ó l o  la

U R S S ,

  y e n

  c ier to modo

  S u i -

z a y  Suecia , favorecieron

a b i e r t a m e n t e

  la

  causa e t íope

d e s d e  la  t r ibuna  d e  Ginebra .

En la  España  de la II  Repúbl i -

c a ,

  c o m o d u r a n t e

  la

  aran

guer ra ,  e l  país  s e  dividió  e n

d o s  bandos , ahora  e n  proi-

t a l i a n o s

  y

  an t i f asc i s t as ;

  el

Gobie rno  f u e  s i e m p r e  v e r -

g o n z o s a m e n t e p r o i t a l i a n o ,

e n

  espec i a l du ran t e

  e l " B i e -

n i o  Negro" , cuando  s e  llegó

a  prohibir hablar  públicamen-

te de l

  fascismo

  y de la

 guerra

d e

  Abisinia.  La  A l e m a n i a

nazi ,

  n o h a y q u e

  decirlo,

  f u e

filoitaliana.

¿ Y l a s  i zqu i e rdas eu ropeas?

bl

  Frente Popular f rancés ,

c o n

  Blum

  a la

  cabeza , s impa-

tizó  c o n  I ta l ia , oponiéndose  a

l a s

  s a n c i o n e s .

  En

  Francia

  y

Gran Bretaña,

  l o s

  paci f i s tas

a p o y a b a n  a l  n e g u s ,  e n  tan to

q u e e n  este úl t imo país  la

izquierda  e r a  p roe t í ope ,  a u n -

q u e  dubi ta t iva .  L o s  adher idos

a la II  In ternacional s impat i -

zaron  c o n  Italia,  a l  cont rar io

de l a  Abissinian Associat ion

d e

  Sylvia Pankhurst.

Fieles

  a la

  consigna táci ta

—quizá "sensata"—  d e  par la-

m e n t a r i o s

  e

  izquierd is tas

  d e

( 7 )

  C o m o

  l o s

  p a n a f r i c a n i s t a s ,

  l o s

negros americanos hablan intentado

entrar

  e n

  contac to

  c o n

  Haile Sellassié

a n t e s

  d e l a

  guerra. Pero

  el

  Gobierno

etíope parecía serles contrario, pues  lo s

e t íopes

  " n o s e

  cons ide raban

  ni

  blancos

n i  negros"  y  prefer ían, orgullosamente ,

"arreglar

  s u s

  a s u n to s

  p o r s í

  mismos'

(Haile Sellassié), movidos

  p o r u n

  "racis-

m o  ar istocra tic ista . Digam os  d e  p a s a -

d a q u e e n

  Etiopía

  e r a ( o e s )

  injurioso

calificar

  a

  alguien

  d e

  "hijo

  d e

  negro'

("shangalla-lidch").

q u e

  "Etiopía

  n o

  valía

  u n a

guer ra genera l " ,  n o s e  cons i -

de ró opor tuno c rea r , como  s e

haría luego

  e n

  f avor

  d e

  Espa-

ñ a , u n a  fuerza armada in ter -

nac iona l

  (8 ) .

La

  o p o s i c i ó n a n t i f a s c i s t a

i ta l iana formó  u n a  "unión

p o p u l a r "  q u e  r e a g r u p ó  a

t o d o s  l o s  pa r t i dos  y  g rupos

exi l iados , par t ic ipando  t a m -

bién

  l a s

  minor ías i t a l ianas

  d e

A m é r i c a .  L o s  c o m u n i s t a s  d e

Togliat t i  y l o s  soc i a l i s t a s  d e

Nenni habían l l egado  a un

p a c t o  d e  acc ión  y a e n 1 9 3 4 ,

p r e v i e n d o  e l  c o n f l i c t o ,

e s p e r a n d o

  q u e s e

  convirt iese

e n  mund ia l  y q u e e l  f a s c i s m o

f u e s e d e r r o t a d o

  ( 9 ) . U n c o n -

g r e s o  de l a  oposición i tal ia-

n a , e n  Bruselas ,  y u n a c o n -

f e renc i a  e n  s e p t i e m b r e  d e

1 9 3 5

  t r a t a r o n

  d e

  o rgan i za r

  la

a y u d a  a  Et iopía. Incluso  —d i -

c e  T e o b a l d o F i l e s i —  l o s

comunis tas lograron reuni r

algún dinero, algún arma-

m e n t o

  y

  voluntarios para

env ia r los

  a

  Etiopía, pero

  n i n -

g ú n  G o b i e r n o , l o s a y u d ó  a

t r a n s p o r t a r l o s

  a

  Africa.

  C o n

t odo ,  s e  pudo organizar c ier -

t a  p r o p a g a n d a  en e l  Africa

i tal iana,  c o n  l l a m a m i e n t o s  a

la   i n su r recc ión  a  s o m a l í e s  y

er i t r eos ,  y s e  inci tó  a l o s s o l -

dados i t a l i anos

  a

  d e s e r t a r .

  El

Socorro Rojo In ternacional

( secc ión i t a l i ana)  y  o t r a s

(8 )

  Durante

  la

  guerra civil española,

l o s

  movimientos anticolonia listas afr ica-

n o s y  asiá t icos apoyaron  a la  República,

e s t a n d o p r e s e n t e s

  e n l a s

  filas

  d e l a s B r i -

gadas.

(9 ) A

  c o m i e n z o s

  d e l o s

  t r e in ta ,

Togliatti había llamado  la  atención sobre

la

  inminencia

  d e l

  conflicto,

  al

  parecer

entreviendo -como Daniel Guórin, entre

otros pocos—

  la

  acti tud ambigua

  de l a

izquierda , aunque

  n o

  llegó

  a

  c o mp r e n -

d e r ,

  porque desconoc ía

  e l

  mundo afr ica-

n o , l o s

  a s p e c to s

  n o

  europeos

  d e l c o n -

f l ic to, emp eñá ndo se  e n  aplicar  el  e s q u e -

m a

  marxista "tradicional".

La

  Izquierda anticolonialista italiana

hacía remontar

  s u s

  or ígenes

  a lo s

  movi-

mientos anti- imperia l istas, encabezados

p o r  Andrea Costa  y  otros, surgidos  d e s -

p u é s

  d e 1 8 8 0 y

  sobre todo después

  d e

Adua , cuando

  s e

  gritaba significativa-

me nt e "¡Viva Menelik ".

  P o r

  otro lado,

conc luyamos d ic iendo

  q u e e l

  antifascis-

m o

  italiano atribuye

  a l

  f a s c i s mo

  l a r e s -

ponsabil idad

  de l a

  política colonial.

  S i n

negársela , debe compartir la

  c o n l a s

corr ientes imperia l istas anter iores

  — d e

l a s q u e e l

  f a s c i s mo

  e s

  he rede ro

  y

  ampli-

ficador—, frut o

  d e l

  nacionalismo radical,

q u e  rompe  co n l a  tradición nacionalista

mo d e r a d a  d e l  Risorgimento  (R .  Ba t ta -

glia).

organ i zac iones an t i f asc i s t as

d e c i d i e r o n l l e v a r  a  c a b o

s a b o t a j e s  y  huelgas . Resul -

t a ron vanos  l o s  es fue rzos

para coordinar

  a la

  oposición

c o n l o s  movimientos ant i -

co lon i a l i s t a s  d e  Africa. Cuan-

d o s e

  c o n s t a t ó

  q u e e l

  fasci s -

m o n o i b a a  caer  por e l

m o m e n t o ,  e l  an t i f asc i smo  s e

d e s i n t e r e s ó

  d e

  m o d o

  c r e -

c i e n t e  p o r e l  país afr icano;

p ron to concen t ra r í a  s u  activi-

d a d e n l a  guerra española .

En  Asia,  e n  Africa,  l a c o n -

f rontación i t a lo-e t íope tuvo

repercus iones impor t an t es .

En el  m u n d o á r a b e  s e  intentó

e n s a m b l a r  e l  ant icolonial is-

m o  a n t i f r a n c é s  con l a  ayuda

a

  Etiopía. Papel relevante

d e s e m p e ñ ó  la  Etoile Nord-

Af r i ca ine

  d e

  Messal i Hadch.

En el  Asia británica hubieron

d e  repr imirse mani fes tacio-

n e s d e

  p r o t e s t a .

  C o n

  t odo ,

  la

mayor act iv idad  s e  debe,

p e s e

  a la

  r ep res ión ,

  a l

  Africa

negra ,

  a

  asoc i ac iones como

la  Liga Universal  d e  Defensa

d e l a  Raza Negra,  lo s Ami gos

A f r i c a n o s

  d e

  Abis in ia ,

  e l

Comité para  la  de fensa  de l

Pueblo Et íope  y de la Paz , e l

Comi t é  d e  Defensa  de la

Nación Et íope,  e l  periódico

La  Voix Négre;  a la

  iniciativa

d e l o s

  g h a n e s e s D a n q u a h

  y

O f o r i Á t t a ,  d e l  k e n y a n o

J o m o K e n y a t t a ,  d e l  maliano

Kuyate Tremoko Garan  y

o t ros ,

  q u e

  t r a t a ron

  d e

  poner -

s e e n

  c o n t a c t o

  c o n l o s

  so lda-

d o s  co lon i a l es  d e  Italia  y b o i -

c o t e a r

  l o s

  productos i tal ia-

n o s : " |  Dinero para co mpr ar

a r m a s

  a

  Etiopía

  I" , " |

 Q u e m e -

m o s l a s

  mat er i as p r imas " ,

" l E c h e m o s a b a j o  la  Bolsa  I"

fue ron " s logans" r epe t i dos

  a

t r a v é s

  d e l

  Africa colonizada.

A  ello  s e  añad i e ron man i fes -

t a c i o n e s  e n  Tánger , Johan-

n e s b u r g o  y  o t ras c iudades ,  la

C o n f e r e n c i a

  d e

  N e g r o s

  y

Arabes r eun ida  e n  Marsella

e n  e n e r o  d e 1 9 3 6 , l os  movi -

m i e n t o s p o l í t i c o - r e l i g i o s o s

negro -a f r i canos , como  e l de

l o s

  nab ingos . S ó lo

  e l Rey

egipcio, l igado  a  Gran Breta-

ñ a ,

  a c t u ó

  d e

  esquirol colo-

n ia l , a r res tando  a l o s  an t i f as -

c i s tas i t a l ianos  q u e  o p e r a b a n

e n s u  país; inquieto  por la

s i t uac ión ,  la  aprovechó para

8 3

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 84/132

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 85/132

m

  ocmcwa

  mm/s

  pfífusr/sm.

II II

 OO/PJC/MfS

  msc/sm$.  -

¡88$ J/?fA

  oe

  CMOWZAC/OV /TAL/ANA

L A  E X P A N S I O N I T A L I A N A  E N  A F R I C A O R I E N T A L P A S O  P O R L A S  D I F E R E N T E S E T A P A S  Q U E  M U E S T R A  E L  M A P A A D J U N T O ,  Q U E R E -

P R O D U C I M O S  D E L A  R E V I S T A " M U N D O " . F A C I L M E N T E P U E D E C O M P R O B A R S E C O M O  EL  P E R I O D O  D E  M A X I M A O C U P A C I O N  S E

C O R R E S P O N D E  C O N E L  P A S O  D E L  F A S C I S M O  P O R E L  P O D E R ,  L O Q U E  E N T R A P L E N A M E N T E D E N T R O  D E L A  L INE A P OL IT ICA  D E T A L

I D E O L O G I A .

G .

  Castelli:

  La

  Chiesa

  e ¡/

  fascismo

(LArnia. Roma. 1951).

T .

  Filesi:

  Comunismo  y  nacionalis-

mo en

  Africa

  (Instituto

  d e

  Estudios

Africanos, CSIC. Madrid, 1960).

H .  Hearder  y D. P.  VValey:

  Breve

historia  de  Italia

  (Espasa-Calpe.

Madrid, 1966).

C .  J e s m a n :  La

  paradoja etiope

(EUDEBA. Buenos Aires, 1965).

E.

  Ortega

  y

  Gasse t :

  Etiopía.

  El con-

flicto italo-abisinio

  (Ju an Pueyo .

Madrid, 1935).

Varios:  Th e

  Ethiopian Crisis  (D. C.

Heath

  a n d C o .

  Boston, 1961).

A .  Fernández Arias:

  ¡Italia, Etiopía,

Ginebra

  y el

  mundo

(Comentar ios

d e l

  momento. Madrid , 1935) .

F .

  S p e n c e r :

  A

  History

  of the

  World

in the

  20th Century,

  II

  1918-1945

( P a n

  Books. Londres, 1967).

P .  Gu ichonne t :

  Mussolini

  y el fas-

cismo

  (Oikos -Tau . Vi la ssa r  d e

M a r ,

  1970) .

Cap i tán Ba i r lehem:¿a

  verdad sobre

Abisinia

  (Bistagne. Barcelona,  s in

fecha).

J .

  Doresse :

  Histoire

  de

  l'Ethiopie

(Presses Universitaires  d e  France.

París, 1970).

Public, ofici

 -.Africa Oriental Italiana.

Nuevo sistema social  y  económico

(Socie tá Editr ice

  d i

  Nov iss ima .

Roma, 1938) .

G u e b r e - S e l l a s s i é :

  Chronlque  du

régne  de  Menelik  II  ( M . d e

  Coppet.

París, 1932).

M .

  Wolde Mariam:

  Ethiopia:  A Stu-

dy in

  Complexity

  ( A d d i s - A b e -

b a ,

  1968) .

8 5

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 86/132

B A N D U N G .

  A N O

  V E I N T E

TERCER MUNDO

P.  COSTA MORATA

El 18 de

 abril

 de 1955 el

 Presidente Sukarno, Padre

 de la

patria indonesia, inauguraba solemnemente

  las

  sesio-

nes de la

 Conferencia Afro-Asiática,

 en

 Bandung. Veinti-

trés gobiernos asiáticos  y  seis africanos envían represen-

tantes oficiales. De ellos, dos (Ghana

y

  Sudán) no son aún

formalmente independientes, otros diez

 no

 pertenecen

  a

la ONU

y  algunos

  ni se han

  reconocido mutuamente.

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 87/132

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 88/132

88

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 89/132

BANDUNG  v a a  imprimir algo nuevo  en el

fondo

  y en la

  forma.

  De la s

  cenizas

  d e l

  colo-

nialismo agonizante nacerá  u n  mundo  n u e -

vo

  anticolonialista, opuesto

  a la

  partición

d e l  mundo  en  bloques  y a la  alineación tras

u n a u

  otra potencia; nace

  la

  condena

  de los

pactos

  y

  alianzas militares

  con los

  países

occidentales

  y

  también

  e l

  neutralismo.

Es e l

  primer encuentro

  de los

  grandes líde-

r e s de l a

  independencia

  y l a

  lucha anti-

imperialista: Nehru, Nasser, Sukarno, Chou

En Lai ,

  Sihanuk...

  Los

  motivos

  q u e h a n i n s -

pirado

  la

  Conferencia

  s o n m u y

  diversos,

pero todos concurrentes

  en la

  búsqueda

  d e

u n a

  identidad

  y u n a

  función histórica.

"¿Qué somos?",

  se

  dirán

  en los

  debates;

" N o

  somos nada, pero podemos

  s e r

  todo"...

Sukarno espera

  la

  confirmación

  de su

  lide-

razgo  e n u n a  configuración  d e  "fuerzas

emergentes nuevas". Nehru busca

  el fin del

aislamiento chino  y  Chou  s e  esfuerza  en da r

u n a

  imagen espectacular

  de la

  generosidad

y  habilidad  d e u n  hermano mayor. Nasser

realiza

  en

  Bandung

  la

  transformación

  de su

liderazgo indiscutible  en el  grupo árabe  por

la

  causa común

  de la

  libertad

  d e

  todos

  los

pueblos oprimidos...

  L a

  reunión

  es la

  mate-

rialización

  d e u n a

  idea lanzada,

  u n a ñ o

antes,  e n  Colombo,  por e l  jefe  d e  gobierno

indonesio,

  Alí

  Sastroamidjojo.

LA

  APORTACION

  D EL

  ASIATISMO

El

  "asiatismo", como ideología solidaria

entre

  lo s

  pueblos amarillos, nace

  a

  princi-

pios

  d e

  siglo

  y se

  configura, durante

  l a gue-

r r a

  ruso-japonesa

  y la

  primera gran guerra,

como filosofía  d e l  resurgimiento asiático.

D el

  secreto

  y l a

  primera clandestinidad

  d e

los

  "Dragones Negros" hasta

  l a

  asimilación

por Sun Ya t Sen y e l

  Frente Panasiático

median algunos años

  y ,

  sobre todo,

  l a " p r i -

mera conferencia

  de los

  pueblos

  d e

  Asia",

e n

  Nagasaki,

  1 9 2 6 .

E n

  Nagasaki

  s e

  creó

  u n a

  Liga

  d e

  Pueblos

Asiáticos  y u n  liderazgo conjunto para  su

dirección: Japón, China

  y la

  India, "recla-

m a d a "

  en el

  comité

  d e

  dirección

  por los

otros componentes.

  E n 1 9 2 8 f u e l a

  India

  l a

q u e  convocó  el Congreso  d e  Calcuta y creó  l a

Oficina

  d e

  Relaciones Internacionales

  q u e

aseguraría  la  coordinación  y la  permanen-

c ia de l

  "as ia t ismo"

  a

  través

  d e

  nuevos

encuentros.

  L a

  guerra chino-japonesa

  d e

1933-1934 favorecía  e l  liderazgo hindú  y

permitió,

  e n u n a

  tregua concedida

  por e l

C O M O  « L A  P R I M E R A C O N F E R E N C I A I N T E R C O N T I N E N T A L  D E L O S  P U E B L O S  O E  C O L O R  E N  T O D A  L A  H I S T O R I A  DE L A  H U M A N I D A D » ,

C A L I F I C A R I A S U K A R N O  LA   C O N F E R E N C I A  D E  B A N D U N G  D E 1 9 5 5 . E N S U  D I S C U R S O  D E  I N A U G U R A C I O N  - Q U E  Q U E D A R E F L E J A D O  E N

L A  F O T O G R A F I A  D E L A  I Z Q U I E R D A - ,  EL  P R E S I D E N T E I N D O N E S I O D I R I A T A M B I E N  Q U E  « L A S N A C I O N E S  D E  A S I A  Y  AF RICA P UE DE N

S E R

  F I S I C A M E N T E D E B IL E S, P E R O N O S O T R O S P O D E M O S M O V I L IZ A R T O D A S

  L A S

  F U E R Z A S E S P I R I T U A L E S . M O R A L E S

  Y

  P O L I T I C A S

D E  N U E S T R O S P U E B L O S » .  E L  G R A F I C O  O U E  F I G U R A S O B R E E S T A S L I N E A S  N O S  M U E S T R A  L A  U B I C A C I O N G E O G R A F I C A  D E  B A N D U N G .

8 9

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 90/1329

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 91/132

1.  Indonesia.  2 .  Filipinas.  3 .  Vietnam  del  Norte.  4 .  Vietnam  del Sur. 5.  Laos.  6 .  Camboya.  7 .

Siam.  8 .  Birmania.  9 .  India.  1 0 .  Nepal.  11. R. P.  China.  1 2 .  Paquistán.  1 3 .  Afganistán.  14 .

Irán.

  1 5 .

  Ceilán.

  1 6 .

 Japón.

  1 7 .

  Turquía.

  1 8 .

  Líbano.

  1 9 .

  Siria.

  2 0 .

 Jordania.

  2 1 .

  Irak.

  22 . Ar a -

bia. 23.  Yemen.  2 4 .  Egipto.  2 5 .  Libia.  2 6 .  Sudán.  2 7 .  Etiopía.  2 8 .  Liberia.  2 9 .  Ghana.

9 1

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 92/132

ejército japo nés fue ra  de la  Gran Muralla,  la

convocatoria

  de l a

  Conferencia

  d e

  Dairen,

e n 1 9 3 4 .  Todos  lo s  países participantes  e n

Nagasaki  (a  excepción  d e  Annam  y  Malasia)

estuvieron representados

  e n

  esta conferen-

c i a , e  incluso  s e  adhirieron otros: Turquía,

Persia  y  Siam.

L a  segunda guerra mundial  d io  paso  a las

conferencias  d e  "Relaciones Asiáticas"  d e

Nueva Delhi.

L a  primera, convocada  p o r e l  partido  del

Congreso Indio,

  en 1947 , y s in

  haber obteni-

d o  todavía  la  independencia completa, orde-

nó los

  temas generales sobre

  los dos

  ejes

  del

colonialismo  y de l  desarrollo económico.  L a

condena

  d e l

  colonialismo revistió

  u n a

extraordinaria violencia verbal, sobre todo

en l a s  consideraciones hacia  lo s  movimien-

t o s de  liberación  y la  represión  d e l a s  poten-

cias administradoras.

  L a

  Conferencia creó

la  Asociación  d e  Relaciones Asiáticas  y la

presidencia recayó  en  Nehru.

U n a

  segunda conferencia, convocada

  e n

Pekín, hubo  d e s e r  también celebrada  e n

Nueva Delhi debido  a l a  situación china  e n

1 9 4 9 . E l

  segundo encuentro

  d e

  Nueva Delhi

se  situó  a  nivel  d e  gobiernos asiáticos  y  tuvo

u n  objetivo concreto:  la  independencia  d e

Indonesia.  C on  este  f in se  invitó  a  Australia

y

  Nueva Zelanda, para

  q u e

  estos países

  p r e -

sionaran frente  a  Holanda.  M á s  importante

aú n f u e l a

  iniciativa

  d e

  asegurar

  u n a

  coordi-

nación  en e l  seno  de l as  Naciones Unidas,

apareciendo

  e l

  Grupo Asiático

  de la

  Organi-

zación.

L a  asistencia  de los  delegados  d e  Etiopía  y

Egipto permitió hablar  ya de la  aparición  del

" afro-asiatismo " .

LA

  COMPONENTE PAN-ISLAMICA

L o s  " H e r m a n o s M u s u l m a n e s " f u e r o n

durante bastante tiempo  la  expresión  m á s

dinámica dentro  d e u n  pan-islamismo  q u e

evolucionaría constantemente hacia

  e l a r a -

bismo militante. Precisamente contra  los

musulmanes opresores otomanos  y  ante  la

amenaza

  d e u n a

  colonización europea

  s u r -

gió la  revolución árabe  q u e  conmovería  los

cimientos

  de l

  Medio Oriente.

Los  primeros Congresos  de El  Cairo  y  Jeru-

salén fue ron esencialmente islámicos.  El pri-

mero, convocado  por los  dignatarios  de la

Universidad  de El  Azhar, plantearía  l a " su -

cesión"

  d e l

  Califato

  d e

 Estambul,

  y e l

 segun-

d o ,  dirigido  p o r I b n  Saud, buscaba  e l  "relan-

zamiento"

  de la

  peregrinación musulmana

  a

La  Meca.

El  conflicto  d e  Palestina aceleró  la  reagru-

pación

  y la

  definición

  de

  todas

  l a s

  fuerzas

como pan-árab es.  L a Conferencia  d e Jerusa-

l én , en 1 9 3 1 ; l a s  "Tablas Redondas"  d e

Londres

  y el

  segundo Congreso Islámico

  d e

E l  Cairo,  e n 1 9 3 9 ,  abocaron  en el  Protocolo

d e

  Alejandría (1942)

  y el

  Pacto

  de El

  Cairo,

donde  se  creó  la  Liga Arabe,  el 22 de  marzo

de 1945 .

El  Pacto  de la  Liga Arabe, pacientemente

elaborado durante  d o s  años,  f u e u n a  tenaz

iniciativa egipcia.

  Y

 hasta

  la

 desaparición

  d e

Nasser,  e n  Egipto recaería  el  liderazgo  á r a -

be.

L a

  Liga Arabe basaba

  s u s

  objetivos

  en dos

puntos: recurrir

  a la

  acción colectiva para

p romover  o  def in i r  l a s  independencias

nacionales  y  optar  p o r l a s  " tomas  d e  posi-

ción colectivas"  e n  política internacional.  L a

Liga  se  reuniría antes  d e  cada Asamblea

General  de la ONU  para examinar proble-

m a s

  comunes

  y

  decidir líneas generales

  d e

actuación.  Se  t ra taba  d e  "algo  m á s q u e u n a

alianza

  y

  algo menos

  q u e u n a

  federación".

LA

  INFLUENCIA

  DE LA

  RUSIA

SOVIETICA

  Y EL EJE

DJAKARTA-NUEVA DELHI-EL CAIRO

L a  teor ía marxis ta  y ,  sobre todo,  l a

marxista-leninista concedía

  u n

  importantí-

simo papel  a la  revolución  de l o s  pueblos

colonizados.

  La

  evolución propia hacia

  e l

imperialismo  d e l a s  potencias capitalistas

llevaba impresa

  en s í

 misma

  el

 germen

  de su

destrucción, como oposición  a la  explota-

ción.  E l  resultado histórico  - l a  síntesis—  e r a

la

  emancipación irreversible

  de los

  pueblos

oprimidos  y  había comenzado, precisamen-

t e , con la

  Rusia zarista.

El

  materialismo dialéctico, pues, aportaba

u n a

  estructura adecuada

  y m u y

  atract iva

  a

l a s  ideologías asiáticas  y  afr icanas  de la

independencia

  y la

  revolución.

Ineludiblemente,  y e n  alguna medida,  los

movimientos nacionalistas adoptaron esta

interpretación marxista,

  a s u

  modo,

  de la

evolución histórica.  P o r  otra parte,  la  Unión

Soviética abarcaba multitud

  d e

  pueblos

asiáticos, unidos  a otras naciones  p o r  víncu-

lo s  históricos, culturales  y  religiosos.

9 2

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 93/132

N A S S E R , A Y U B K H A N , S U K A R N O  Y  C H O U- E N - LA I , R E U N I O O S - D E I Z QU I ER D A  A  D E R E C H A - D U R A N T E  E L M E S D E  J U N I O  D E I M S . L A

P O S T U R A C O M U N

  D E L O S

  D I R I G E N T E S

  D E L O S

  P A I S E S

  D E L

  T E R C E R M U N D O T O M A R I A C U E R P O

  A

  P A R T I R

  D E L A

  C O N F E R E N C I A

  D I

B A N D U N G  DE 1951 , E N  C U Y O D E S A R R O L L O T U V I E R O N P A R T E E S E N C I A L  L O S  L I D E R E S E G I P C I O , I N D O N E S I O  Y  C H I N O A Q U I P R E S E N T E S .

Ambos factores  —el ideológico  y e l  pol í t ico-

hicieron  q u e l a  "primera" Unión  d e  Repúbli-

c a s  Socialistas Soviéticas fuese considerada

como  u n a  víctima  m á s d e l  imperialismo

(son,  además,  lo s  tiempos  d e l  bloqueo  y la

invasión aliada)

  y u n

  ejemplo

  en l a

  lucha

  p o r

la  libertad.

Rusia,

  e n

  posesión

  d e l

  Asia Central musul-

mana, había  d e jugar  u n a  difícil carta frente

a los

  requisitos centralistas

  d e l

  Part ido

  y de

cara  a las  naciones asiáticas musulmanas.

En 1920 , e l  "Congreso  de los  Comunistas

Musulmanes  d e  Rusia", lejos  d e  hacer

p e l i g r a r  u n a  d e l i c a d a p o l í t i c a  d e

solidaridad,  d io  paso  a l  Congreso  d e  Bakú,

donde fueron convocados pueblos  n o  sólo

musulmanes, formulándose

  u n a

  acción,

  u n a

"jihad" santa contra  el  imperialismo, sobre

todo  e l  inglés. Otro Congreso,  el de  Irkust  y

la  creación  de l a  Asociación  de los  Pueblos

O p r i m i d o s , f u e r o n a v a l a d o s

  p o r l a

Komintern.

En la  Conferencia  de los  Pueblos Oprimidos

de  Bruselas  s e  reunieron setenta delegados

de

  treinta

  y

  siete naciones,

  y la

  URSS

  f u e

expresamente asegurada  d e l  "apoyo"  d e

todos  lo s demás pueblos.

L a  i n f l u e n c i a r u s o - s o v i é t i c a  en e l

nacimiento  d e l  sentimiento tercermundista

es  decisiva. Tanto  p o r e l esfuerzo infatigable

por l a  extensión  de la  libertad política  de l as

n a c i o n e s c o l o n i z a d a s c o m o

  p o r l a

aportación teórica marxista

  y la

  práctica

socialista.

L a  aparición,  en los  primeros años  de los

cincuenta,

  de l e j e

  Djakarta-Nueva Delhi-El

C a i r o

  e s u n a

  c o n s e c u e n c i a

  d e

  es ta

influencia.

  N i

  Sukarno,

  n i

  Nehru,

  n i

  Nasser

v a n a  proclamarse comunistas  n i van a

hacer suyos  la  totalidad  de los  postulados

marxis tas . Nacional i smo, marxismo  y

creencia  e n  Dios  e r a l a  trilogía común  m á s o

menos reconocida  en el  pensamiento  de los

líderes.

U n

  "estado

  d e

  ánimo" excepcionalmente

semejante incidía  en los  tres regímenes  m á s

avanzados  d e l  liderazgo afro-asiático.  L a

d e s c o l o n i z a c i ó n ,  l a  l u c h a c o n t r a  e l

imperialismo,  la  exclusión  de los  bloques  d e

influencia, conf ormab an  l o que  empezaba  a

9 3

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 94/132

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 95/132

defensivos: e l ANZUS (1951) en tr e Aust ral ia,

Nueva Zelanda  y los  Estados Unidos;  l a

SEATO (Organización  d e l  T r a t a d o  d e l

Sudeste Asiático, Manila, 1954), agrupando

Pakistán, Siam, Filipinas, Australia, Nueva

Zelanda, Francia , Gran Bretaña  y los

Estados Unidos,  y e l  Pacto  d e  Bagdad

(1955), firmado  p o r  Pakistán, Irán, Irak,

Turquía  y  Gran Bretaña,  que se  convertiría

en e l  CENTO (Organización  d e l  Tratado  del

Centro)  en 1 9 5 9 ,  t ras  la  caída  d e l  régimen

hache mita iraquí.

E l  primer ministro  d e  Ceilán,  s i r  John

Kottlawala, sugiere  l a  idea  d e  convocar  u n a

conferenc ia para t ra ta r  d e l  problema

i n d o c h i n o  d e  f o r m a p a r a l e l a  a la

Conferencia  d e  Ginebra  y  para acentuar  y

precipitar  lo s  acuerdos  q u e s e  adoptasen

allí.  E n  ab r i l  d e 1 9 5 4 s e  r e u n i ó  l a

Conferencia  d e  Colombo  con l a participación

de los

  países

  " d e l

  Indo

  a l

  I r awady" ,

  e s

decir, India, Pakistán, Ceilán  y  Birmania,  a

los que se

 unió Indonesia.

Con

 independencia

  de la

  condena

  d e

 Francia

y la  exigencia  d e u n a  ret i rada  d e  Indochina,

s in  maniobras dilatorias,  l a s  "potencias  d e

Colombo" arremetieron (ante  la  impotencia

d e l m u y  conservador  y  prooccidental  sir

John) contra  l a s  armas atómicas,  la  nueva

jerga colonialista  y la resistencia  a conceder

la

  independencia

  a

  Marruecos

  y

  Túnez.

  Se

pidió,  p o r  primera  v ez , u n  sitio  en la ONU

para China.

  Por f in se

  obtuvo

  e l

  acuerdo

para convocar

  u n a

  "Conferencia General

  de

la s

  Naciones

  d e

  Asia

  y

  Africa"

  en e l año

siguiente. "Estamos  en u n  momento crucial

de la  Historia", diría Sastroamidjojo.

Todavía

  e n

  Bogor

  " l o s

  cinco"

  s e

  reunirían

en e l mes de

  diciembre.

  F u e l a

  preparación

inmediata  de la  reunión afro-asiática  d e

Bandung.

  Se

  acordó

  la

  participación

  de la

China Popular como única re pre sent ant e

  del

pueblo chino;  se  intentó atraer  a  Turquía

hacia

  el

  asiatismo

  (sin

  gran éxito, pese

  a la

aceptación turca)

  y se

  decidió

  q u e l a

  Unión

Soviética mandase observadores, pero

  n o

delegación oficial.

  Se

  invitó

  a los dos

Vietnam, pero  a  ninguna  de l as dos  Corea.

Finalmente,  se  invitaría  a los  países  q u e

hubiesen suscrito

  ya los

  pactos militares

  d e

"defensa mutua".

El  orden  del d ía se  articulaba  en u n  sistema

parecido  al de la ONU, a  t r avés  d e

Comisiones  y  sobre  l a  aprobación final  de la

Conferencia.

  Se

  t ra taba

  d e

  "definir

  la

posición

  d e

  asiáticos

  y

  afr icanos

  en el

mundo actual  y  acordar  l a  aportación  q u e

A D E M A S

  D E

  I N C L U I R

  A L A

  Y U G O S L A V I A N E U T R A L I S T A ,

  E L

« S E G U N D O B A N D U N G » - C O M O  F U E  C A L I F I C A D A  L A  C O N F E -

R E N C I A  D E  B E L O R A D O - S I G N I F I C O  L A  A P E R T U R A H A C I A

A M E R I C A L A T I N A .  L A S  I N T E R V E N C I O N E S  D E L  P RIME R MINIS -

T R O

  I N D I O N E H R U

  ( U N O D E

  C U Y O S M O M E N T O S R EG O C E

  L A

F O T O ) F U E R O N D E C I S I V A S P A R A  E L  E X I T O  DE L A  R E U N I O N .

Asia  y  Africa pueden hacer  a l m a n -

tenimiento

  de la paz y la

  colaboración

entre  la s  naciones".  Los  resultados —las

consecuencias para  lo s  años siguientes—

iban  a s e r m u y  superiores  a las pretensiones

d e Band ung.

LA

 CONFERENCIA AFRO ASIATICA

DE  BANDUNG

"Esta  es la  primera conferencia inter-

continental

  de los

  pueblos

  d e

  color

  e n

toda

  la

  Historia

  de la

  Humanidad —dyo

Sukarno  e n u n o d e s u s m á s  grandes días—.

L a s  naciones  d e  Asia  y  Africa pueden  se r

físicamente débi les, pero nosotros podemos

movilizar todas  l a s  fuerzas espirituales,

morales  y  políticas  d e  nuestros pueblos...".

Pero  n o e r a  solamente  uno de l o s momentos

culminantes  d e l  líder indonesio  - é l l o

sabía—, sino  e l  mayor acontecimiento  de la

historia  d e l a s  naciones jóvenes  de l  Tercer

Mundo.  E r a e l  punto  d e  part ida  d e  aquel

gran clamor  q u e  llenaría  d e  estupor  a las

potencias orgul losas  de l a  posguerra:

"Nosotros,  lo s pueblos  d e  Asia  y Africa.. .".

L a  Conferencia,  en su  desarrollo,  n o f u e

espectacular. Como  y a  había hecho  en los

pasillos  de la ONU el  grupo afro-asiático n o

dudó,  e n  p a s a r h á b i l m e n t e  p o r l a s

cuestiones candentes  y  susceptibles  d e  crear

desunión  o  conflictividad.  L a  concordia

había

  d e

  prevalecer

  a

  toda costa.

El  principio fundamental,  l a  abstención  con

respecto

  a los

  pactos defensivos

  de l as

grandes potencias,

  f u e ,

  incluso, aceptado

p o r  países  q u e ,  como Siam, Pakistán,

9 5

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 96/132

E N L O S  O I A S A N T E R I O R E S  A L A  G U E R R A A R A B E - I S R A E L I  D E 1 9 7 3 ,  T U V O L U G A R  E N  A R G E L  L A  «CUMBRE.»  D E  P A I S E S N O - A L I N E A D O S .

C O N T I N U A C I O N  D E  O T R A S C O N F E R E N C I A S TE R C E R  M U N D I S T A S ,  E N L A S Q U E S E  R E U N I E R O N S E T E N T A  Y  S I E T E E S T A D O S  Y  C A T O R C E

M O V I M I E N T O S  D E  L IBE RACION. E NT RE E L L OS ,  L O S  R E P R E S E N T A D O S  P O R L O S  P R I M E R O S M I N I S T R O S M A N LE Y ( J A M A I C A ) , C A S T R O

( C U B A )

  Y

  B U R N H A M ( G U A Y A N A ) ,

  A

  Q U I E N E S

  E N L A

  I M A G E N V E M O S A C O M P A Ñ A D O S

  P O R E l,

  P R E S I D E N T E A R G E L I N O B U M E D I A N .

Filipinas, habían firmado, meses antes,

pactos

  d e

  esta naturaleza. Después, como

c o n t r a p a r t i d a , e s t a s m i s m a s r e p r e -

sentaciones tendrían

  q u e

  pasar

  por l a con-

dena exclusiva  d e l  "colonialismo  de l a s po-

tencias occidentales"...

Incluso

  e l

  tema

  de la

  admisión

  d e

  China

  e n

l a O N U f u e  soslayado  en la  declaración:  " L a

C o n f e r e n c i a p id e  l a  a d m is ió n  en la

Organización  d e l a s  Naciones Unidas  d e

todos  lo s  estados cualificados...". Pero

China  n o  f iguraba  en la  relación: Ceilán,

Camboya, Laos, Jordania, Sudán...

Chou

  En La i s e d io por

  satisfecho

  con la

extraordinaria labor realizada entre  los

vecinos asiáticos. Realmente,  el  problema

d e s u

  r e c h a z o

  e n l a O N U

  s e g u i r í a

favoreciéndole. Chou  f u e  l lamado  e l " m a -

labarista chino"  por la  habilísima acti-

vidad diplomática desplegada  en los  seis

días  de l a  Conferencia. Aseguró  a  Siam  y

Birmania

  q u e

  mantendr ía

  l a s

  guerrillas

comunistas fuera

  de l a s

  propias fronteras

  y

bajo control; hizo sentirse plenamente feliz

a l

  primer ministro cingalés, abrumado

  por

la

  agitación comunista

  de su

  isla; pidió,

  por

primera

  vez , e l

  reconocimiento

  d e l

  gobierno

japonés

  de l a

  posguerra, garantizó

  las

f ronteras

  d e

  Laos

  y

  Camboya,

  a s í

  como

  la

firme postura

  d e

  Pekín contra

  l a

  división

  d e

Vietnam...

Chou prometió  a la  India  (que  había sido,

precisamente,

  l a m á s

  interesada

  en la

presencia

  d e

  China

  e n

  Bandung) someter

  a

arbitraje

  la

  delimitación

  d e l a s

  f ronteras

  e n

el  Tibet.  F u e  espectacular  la  referencia  a l

problema

  d e

  Formosa, reciente

  a ú n l a

  crisis

d e l  estrecho; lanzaba  la  propuesta  de la

formación

  d e u n a

  comisión mixta chino-

americana para tratar

  d e

  encontrar

  u n a

solución.

  E l 22 de

  abril, China

  e

  Indonesia

f i rmaban

  u n

  t ra tado

  d e

  doble nacionalidad

de los  súbditos  d e  ambas naciones.

China hacía añicos  la  doctrina dullesiana  d e

la

  " c o n t e n c i ó n "

  y

  h a c í a p e l i g r a r

  l a

efectividad

  d e l

 Pacto

  d e l

 Sudeste Asiático.

L a

  Conf e ren c ia omi t ió to t a lm en te

  l a

consideración

  d e

  temas

  q u e ,

  como

  " l a

condición

  de la

  m u j e r " ,

  " l a

  re forma

agra r ia"

  o " l a

  asistencia", presentaban

  u n a

conflictividad cierta

  e n

  consideración

  a

p a í s e s c o m o  l o s  m u s u l m a n e s  o l o s

m a r x i s t a s ,

  d e

  a c t i t u d e s e s t r i c t a s

  e

irreconciliables.

Todos

  lo s

  puntos tratados,

  ya lo

  habían sido,

e n  general, discutidos  e n l a s  nueve primeras

9 6

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 97/132

ses iones  d e l a s  Nac iones Unidas :  l a

independencia

  d e

  Túnez

  y

  Marruecos,

  la

solución para

  los

  árabes

  d e

  Palestina,

  las

r e c l a m a c i o n e s

  d e

  Indones ia sobre

  e l

territorio holandés

  de

  Nueva Guinea,

  la

segregación  en  Africa  d e l S u r ,  etcétera.  Por

primera

  vez se

  recomendaba

  u n a

  "política

energé t ica común" para

  l o s

  países

productores

  d e

  petróleo

  y se

  estudiaba

  la

cuestión argelina, imposible  d e  t ra ta r  en la

O N U .  Incluso  se  planteó  l a  necesidad  d e

convocar  u n  "segundo Bandung" para

t ra tar  d e Argelia  y e l Mahgr eb.

U n

  afán imposible despuntó

  en los

  debates:

el  liderazgo conjunto chino-indio.  N o  mucho

después

  d e 1 9 5 5 , l a s

  fuerzas armadas

  d e

ambos países

  se

  enfrentaban

  en e l

 Himal aya

e n

  repetidas ocasiones.

Bandung pudo resumirse  e n u n a  breve

formulación

  y e n u n a

  filosofía:

 e l

 Pantja Sila

hindú.

PANTJA SILA

Esta

  es la

  expresión,

  en

  sánscrito,

  de las

cinco virtudes arias:

  n o

  matar ,

  n o

  robar,

  n o

mentir,  n o  embriagarse,  n o  corromperse.

Sukarno,

  en

  junio

  d e 1 9 4 5 ,

  expuso ante

  su

pueblo, días antes

  de la

  independencia

unilateral

  su

  concepción filosófica básica

c o n  referencia  a l  Pantja Sila: nacionalismo,

internacional ismo, democracia , jus t ic ia

social y fe en Dios.

Nehru también hizo suyo,

  co n

  pequeñas

variantes,

  el

  contenido tradicional

  de la

formulación hindú: respeto mutuo  de la

soberanía

  y l a

  in tegr idad terr i tor ia l ,

abs tenc ión

  d e

  todo acto agresor ,

  n o

intervención

  e n l o s

  asuntos internos,

i g u a ld a d

  d e

  d e r e c h o s

  y

  coex is tenc ia

pacífica.

En la

  primera sesión,

  el

  presidente

  de la

Conferencia, Sastroamidjojo, propuso

  la

adopción

  de los

  cinco principios

  d e l

  Pantja

Sila como dogma  d e  Bandung  y  pauta para

la

  acción

  de los

  países

  d e l

  Asia

  y

  Africa.

S u k a r n o , i n f a t i g a b l e e x p o s i t o r  (y

reexpositor)

  d e

  doctrinas

  y

  consignas

  de

arraigo popular, había reducido

  los

  cinco

p r i n c i p i o s  a  t r e s : n a c i o n a l i s m o ,

internacionalismo

  y

 humanitarismo.

  Y

 éstos,

a u n o q u e

  llamó "socio-nacionalismo".

Configuró  en  esta integración toda  s u

ideología

  y le dio una

  expresión indonesia:

Goton  Rojong,  que  s i g n i f i c a " m u t u a

cooperación".

LOS  PAISES  N O  ALINEADOS, HOY

E l

  "segundo Bandung"

  f u e

  Belgrado,

  e n

1 9 6 1 .

  Desde entonces,

  l a s

  conferencias afro-

asiáticas

  s e

  abrieron

  a

  América Latina

  e

incluso

  a l a

  Yugoslavia neutralista. Tito

  se

adhería  a l  liderazgo conjunto  de  Sukarno,

Nehru

  y

  Nasser.

  L a s

  Conferencias fueron

  d e

"Países

  N o

  Alineados".

L a

  e n t r a d a

  d e

  Yugoslavia acentuó

  la

distancia entre

  l a

  Unión Soviética

  y los

países

  n o

  alineados.

  L a

  URSS

  se

 convirtió

  en

" e l  otro polo"  de un  mundo partido  en dos ,

colonialista

  y

  explotador. Esto produjo

  e l

Tercer Mundo, como concepto clarificador,

intermedio, ajeno  y  separado  de las grandes

potencias  y sus  antagonismos.  La  recepción

de los  países latinoamericanos completaba  y

globalizaba

  e l

 marco tercermundista.

L a s

  siguientes Conferencias

 s e

  celebraron

  en

El

  Cairo,

  e n 1 9 6 4 ;

  Lusaka,

  en 1970 , y

 Argel,

en los

  días anteriores

  a la

  guerra árabe-

israelí  d e 1 9 7 3 . E n  esta última reunión

participaron

  7 7

  estados

  y 1 4

  movimientos

d e

  l i b e r a c i ó n .

  L o s

  a c o n t e c i m i e n t o s

in m e d ia to s

  d e

  es ta Confe renc ia

  h a n

confirmado como verdadero "segundo

Bandung"  a la  "cumbre"  d e Argel.

E s  evidente  q u e  todavía  n o  podemos

enjuiciar

  l a s

  repercusiones

  d e l

  sentimiento

tercermundista dotado, además,

  d e

  poder

económico.

  E l

  problema

  de los

  recursos

energéticos

  y

  materias primas,

  en

  general,

transforma hasta  el  concepto tradicional-

práctico-de

  lo s

  países

  n o

  alineados

  que se

c a r a c t e r i z a n , p r i n c i p a l m e n t e ,

  p o r s u

pobreza.

  L a

  división entre pobres

  y

  ricos,

dentro  d e l  Tercer Mundo,  ya e s  clara  y

p u e d e c o n t r i b u i r , m e d i a n t e  l a

"cualifícación"

  d e

  estos países,

  a u n a

descomposición

  q u e

  impida presentar

  u n

frente común, cada

  v e z m á s

  factible.

El

  peso

  d e l

  Tercer Mundo radica

  en su

unión,

  y

  precisamente contra ella

  van los

esfuerzos

  de los dos

  bloques opuestos. Desde

1 9 7 3 s e h a  vis to cómo  l a  p o s tu r a

tercermundista puede producir terribles

problemas  a las  grandes potencias.

¿Está

  a la

  vista

  l a

  gran síntesis dialéctica

—la  irreversibilidad  de la  emancipación

d e f in i t i v a —

  q u e

  l l eva como veneno

retardado  e l  imperialismo capitalista?  Es el

momento

  de la

  "violencia moral

  de las

naciones",

  de la

  rebelión

  de los

  oprimidos,

de la  aceleración  de la  liberación... ¿Habrá

u n

  "tercer Bandung"?

  BP. C. M.

9 7

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 98/132

L O S  E M B A J A D O R E S

V E N E C I A N O S C O N T A -

RINI  Y  D O N A T O  H I-

C I E R O N

  U N A

  E S P E CIE

D E  C E N S O  D E L A N O -

B L E Z A E S P A Ñ O L A .

C O N T A R I N I

  D I O S E -

S E N T A  Y  T R E S , E N T R E

D U Q U E S , M A R Q U E S E S

Y  C O N D E S . O T R O  I T A -

L I A N O ,  EL  F L O R E N T I -

N O  G U I C C I A R O I N I ,

D I J O  Q U E L O S  E S P A -

Ñ O L E S T E N I A N  H U -

M O S D E  H I D A L O O  E N

L A  C A B E Z A .  E N E L

G R A B A D O ,

  U N

  NOBLE

E S P A Ñ O L  E N  T R A J E  D E

C E R E M O N I A D U R A N T E

L A S  P O M P A S F U ÑE .

B RE S C E L E B R A D A S

A L A  M U E R T E  D E L E M -

P E R A D O R C A R L O S  V .

D o n l u  .  taurra

9 8

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 99/132

LA SOCIEDAD

ESPAÑOLA

DEL

RENACIMIENTO

VICTOR MARQUEZ REVIRIEGO

"El oficio del labrador es cavar; el del monje, contemplar; el del ciego, rezar; el del

oficial, trabajar;

  el del

  mercader , t rampear ;

  el del

  usurero , guardar;

  el del

  pobre, pedir,

  y

el del caballero, dar, porque el día que el caballero comienza a atesorar hacienda, aquel

dí a

  pone

  en

  pregones

  su

  f a m a " .

  Así

  escribía fray Antonio

  de

  Guevara

  en el

  siglo

  XVI, dan-

do muestra de un rígido esquema del que era muy difícil salir. Esta sociedad tan escasa-

mente permeable a las corrientes que entonces llegaban de fuera es la que describe

Manuel Fernández Alvarez en su libro "La sociedad española del Renacimiento", que en

edición revisada

  ha

  vuelto

  a

  publicarse recientemente

  (1).

NTRE

  lo

  gó t ico

  y l o b a -

rroco, entre principios

d e l  siglo  X V y  med iad o s

d e l X V I s e

  p ro d u ce

  el

Ren ac imien to .  S e  anuncia

u n a  edad nueva ,  u n a  Edad

Mo d ern a , au n q u e  "e l  hombre

renacentista r inde tr ibuto  al

principio  d e  au tor idad ,  al

igual

  q u e l o

  h acen

  s u s

  a n t e -

c e s o r e s " .  S e  c a m b i a  d e

a u t o r i d a d ,

  d e l o s

  S a n t o s

P a d r e s  s e  pasa  a la  cultura

clásica, pero  s e  m a n t i e n e  el

magister dixit, afirma  F e r -

nández Alvarez,  y " e s a  s u p e -

d i tac ión  s e  prolonga hasta

Desca r t e s" . E fec t iv amen te

será Descar tes quien podrá

escribir:  " N o  admitir jamás

( 1 )

  Manu el Fern ández Alvarez:

  La

sociedad española  de l  Renacimiento.

Ediciones Cátedra.  1 9 7 4 . ( H a y u n a e d i -

ción anterior

  d e

  Anaya

  e n

  1970.)

n ad a  p o r  v e rd ad e ro  q u e y o

n o

  conociera

  q u e

  ev id en te -

m e n t e  e r a t a l " ( 2 ) .

El  Renacimien to v iene  c o n

u n a

  nueva situación histórica

y  t r a e  u n a  secular ización  d e

la

  cultura. Todo ello ocurre

e n e l  m a r c o  d e u n a  c rec ien te

vida urbana

  y la

  apar ición

  d e

u n

  cap i t a l i smo in c ip ien te ,

sobre cuyos o r ígenes  s e h a n

emitido diversas hipótesis

(Sombar t , Weber , e tcé te ra) .

Ahora bien,  el  f e n ó m e n o  n o

s e

  p ro d u ce

  d e

  igual manera

e n  Esp añ a :  "E l  Renacimien to

e n

  España

  e s

  s e m e j a n t e

  a

u n o d e  e so s mo n u men to s ,

cuyo porte exterior  s e  acoge

a las  nuevas fórmulas ar t íst i -

(2 )  Discurso

  d e l

  método,  pág ina  2 7 .

Editorial Losada.  1 9 5 9 .  Traducc ión  d e J .

Rovira Armengol.

c a s ,

  mien t r a s

  q u e s u

  fábrica

interna sigue fiel

  al

  mag i s -

ter io gótico". Tanto

  q u e e l

autor señala

  q u e e l

  a f e r r a -

m i e n t o

  d e l a

  m o n a r q u í a

catól ica  a los  Pa íses Bajos

bien podría venir  —a  p e s a r  d e

l a s  poderosas razones polí t i -

c a s y

  e s t r a t é g i c a s

  e n c o n -

tra—  de la  n eces id ad  d e  tener

u n o s h o mb res  d e  emp resa ,

a d e c u a d o s

  a l o s

  n u e v o s

t iempos mercan t i les ,  " q u e s e

mostraba incapaz

  d e

  o f r e -

cer le  su  núcleo castel lano".

Porque, ¿qué t ipo humano

o f r ece  la  soc iedad española

co mo mo d e lo ?  N o u n  h u m a -

n is ta :  n o ,  t a m p o c o ,  u n h o m -

b r e d e

  empresa . . . ¿Qué

  e s , e n

camb io ,  l o q u e v e e l  ex t r an -

jero cur ioso  y  o b se rv ad o r  q u e

llega

  a la

  en to n ces p o d e ro sa

9 9

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 100/132

Corte española? Fernández

Alvarez  n o s  r e s p o n d e  c o n u n

juicio crítico  d e l  sagaz f loren-

tino Francesco Guicciardini:

" T o d o s t i e n e n h u m o s  d e

hidalgos  e n s u s  cabezas . . . " .

Aquel humo, a l imentado  p o r

el  f u e g o  d e l o r o  amer icano,

terminaría algún s iglo  d e s -

p u é s ,  y al  despejarse dejar ía

v e r e n s u  a c u s a d o r a d e s n u -

d e z  t o d a  la  d e s g r a c i a d a  y

t r i s te so ledad

  d e u n

  país

d e s a n g r a d o

  y

  empobrec ido .

N o  encuentra Guicciardini ,

e m b a j a d o r a n t e

  la

  Corte

  de l

R e y  Fernando ,  u n  país  d e

bulliciosa demografía, s ino

m u y a l  contrar io ,  u n a  España

semides ier ta : "Es te Reino

e s t á p o c o p o b l a d o

  y se

e n c u e n t r a n

  en é l

  p o c a s

  p l a -

z a s o  cas t i l los . Cuenta  c o n

a l g u n a s b e l l a s c i u d a d e s ,

como Barcelona, Zaragoza,

Valencia , Granada  y  Sevilla,

pe ro  s o n  e s c a s a s p a r a  u n

Reino  y u n  pa í s  t a n  g rande ,  y

f u e r a  d e l a s  d i c h a s ,  l a s

d e m á s  n o  v a l e n m u c h o

genera lmen te . . . " . Añade  F e r -

nández Alvarez  a  es ta  m e r -

mada teoría urbana varias

c i u d a d e s  m á s :  Toledo,  B u r -

g o s ,  S a l a m a n c a  y  Valladolid.

Esta última  e s  para  él "el

e j e m p l o

  m á s

  m a r c a d o

  d e

ciudad nueva". Ahora bien,

esta radical novedad  no l e ha

l legado tanto  d e u n a  refor-

madora voluntad urbanís t ica

c u a n t o  q u e d e u n  h e c h o  f o r -

tu i to :

  el

  g igantesco incendio

q u e l a

  arrasa casi

  e n s u s

  tres

c u a r t a s p a r t e s  a  med iados

d e l

  siglo

  XV I y

 obliga

  a l a ed i -

f icación  d e  nueva p lanta .  El

incendio  d e 1 5 6 1 y e l  haber

s ido cuna  d e  Felipe  II  llevan  a

e s t e m o n a r c a  a  " h a c e r l a

resurgir  d e s u s  cen izas " .  Y

a s í  t razar ía  e l  prestigioso

Francisco  d e  S a l a m a n c a  s u

Plaza Mayor,

  y a s í

  Agus t ín

  d e

Rojas hará decir

  a

  Ríos

  e n

"E l  v ia je entre tenido"  que l a

t a l  plaza  " e s l a  mejo r  q u e y o

h e  v is to  e n  España. . . " .  D o s

e lemen tos nuevos t r ans fo r -

m a r á n  la  es t ructura urbana

en e l  Renacimiento —ase-

gura

  M. F . A.—: el

  c a ñ ó n

  y la

carroza .

  El

  primero, haciendo

inúti les  l o s  altos l ienzos  d e

muralla;  la  segunda, exig ien-

d o c o n  imperio vías  d e  ancha

fac tu ra  y  recto trazado. . .

El

  au to r

  h a

  confecc ionado

unos in teresantes cuadros

d e m o g r á f i c o - s o c i a l e s  de l a s

d i f e r e n t e s p r o v i n c i a s  d e

e n t o n c e s ,

  c o n e l

  n ú m e r o

  d e

pecheros, hidalgos, clér igos,

e t c é t e r a .  En la  imposibil idad

d e

  reproducir aquí

  l a s

  veinte

p á g i n a s  d e l o s  mismos , o f r e -

c e m o s c a d a  u n a d e l a s p r o -

vincias  con e l  to ta l  d e  vec i -

n o s ,  a c l a r a n d o a d e m á s  q u e

s e

  omite tanto

  la

  división

es tamental (pecheros , h idal-

g o s ,

  e tcé te ra ) como

  la

  dis tr i-

bución

  d e

  cada

  u n o d e

  es tos

g r u p o s

  e n l o s

  lugares impor-

t a n t e s

  de la

  provincia.

  L o s

C U A D R O

  I

Vecinos

Provincia

  d e

  Sant iago 25 .7 07

Provincia

  de La

  Coruña

  y

  Betanzos 13 .26 2

Provincia  d e  Lugo 32 .0 00

Provincia

  d e

  Mondoñe do 7.3 32

Provincia

  d e

  Orense 34 .4 21

Provincia  de Tuy  12 .769

Provincia

  d e

  Asturias

  d e

  Oviedo 37 .7 12

Provincia  d e  León 41 .8 91

Provincia

  d e

  Ponferrada 14 .3 79

Provincia  d e l a s  tierras  d e l  conde  d e  Benavente 13 .91 6

Provincia  d e  Zamora 20 .1 88

Provincia

  d e

  Toro 10 .5 94

Provincia

  d e

  Salamanca 63 .62 4

Provincia  d e  Burgos 55 .2 58

Provincia

  d e l a s

  tierras

  d e l

  Condestable 11. 093

Provincia

  de la

  merindad

  d e

  Trasmiera 24 .3 17

Provincia

  d e

  Patencia 39 .4 5 5

Provincia

  d e

  Valladolid 3 9 . 5 6 5

Provincia  d e  Soria 37 .5 51

Provincia

  d e

  Segovia 41 .4 83

Provincia

  d e

  Avila 3 7 . 6 6 4

Provincia

  d e

  Madrid 24 .4 06

Provincia

  d e

  Guadalajara 37 .1 69

Provincia  d e  Cuenca 45 .6 68

Provincia

  d e

  Huete 18 .26 3

Provincia  d e  Toledo 53 .4 34

Mesa arzobispal

  d e

  Toledo 34 .3 49

Provincia  d e  Castilla  de la  Orden  d e  Sant iago  .  25 . 865

Provincia

  de la

  Mancha 34 .9 45

Provincia

  d e

  Extremadura 80 .3 76

Provincia

  d e

  León

  de la

  Orden

  d e

  Sant iago

  . . .

  31 . 917

Provincia

  d e

  Murcia

  . ,

  28 .378

Provincia

  d e

  Jaén 44 . 886

Provincia

  d e

  Córdoba 45 .9 04

Provincia  d e  Sevilla 11 4. 16 6

Provincia

  d e

  Calatrava

  d e

  Andalucía

  9 . 9 1 7

Reino

  d e

  Granada 48 .0 76

Provincias Vasco ngad as 42 .4 52

1

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 101/132

L O S

  C A M P O S E S P A Ñ O L E S

  S E

  O F R E C I A N C O M O V A C I O S

  A L

  V I S I T A N T E .

  E L

  E X T R A N J E R O Q U E D A B A E X T R A Ñ A D O AN T E

  L A b

  LLANU

R A S  D E S O L A D A S  D E L  P A I S E N T O N C E S  M A S  P O D E R O S O  D E L  M U N D O . E S T A S O L E D A D S O R P R E N D I A  A L  I T A L I A N O  O  F L A M E N C O . .

da tos , r epe t imos

  q u e m u y

simplif icados, f iguran

  en el

c u a d r o  I. La  d i s t r ibuc ión

regional, resumida  por e l

autor, figura  en e l  c u a d r o  II.

EL  PRIVILEGIO

Y LA  FUERZA

DE LOS  NOBLES

"L a  caracter ís t ica  m á s a c u -

s a d a  de l a  sociedad española

b a j o  l o s  A s t u r i a s , c o m o

aquella  q u e s e  co r responde

p l e n a m e n t e  con l a  é p o c a  d e l

ant iguo régimen,  e s q u e n o s

h a l l a m o s a n t e q u i e n e s

valoran  el

  privilegio

  como

nota distintiva  d e s u  vida;

e s t o  e s ,  para quienes  n o h a y

m á s  igualdad entre  l o s h o m -

bres  q u e l a  igualdad ante  la

muerte. . ." , escribe Fernández

Alvarez. Claro

  q u e s e

  au to -

corrige

  a

  cont inuación

  y a ñ a -

d e q u e  " incluso  s e  aprecian

cur iosos a t isbos

  d e

  a p e t e n -

cias c las is tas

  m á s

  allá

  de la

vida ter res t re" .

  Y

  cita

  e n

a p o y o

  d e

  ello

  el

  c a s o

  de los

Monroy sa lmant inos ,

  q u e e n

s u  sepulcro grabaron  u n e p i -

taf io donde

  s e

  homologan

  l a s

parcelas ce les t ia les según

  l a s

propiedades ter renales .  D e -

cían  a s í  algunos párrafos:

Aquí yacen  los  señores

Gutierre

de  Monroy  y  doña Costan-

za  d'Anaya,

su  mujer,  a los  quales  dé

Dios

tanta parte  de l  cielo como

por sus

personas  y  linajes mere-

cían  de la

tierra (etcétera).

1 1

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 102/132

L A  P R O V I N C I A  O E  S E V I L L A  E R A L A M A S  P O B L A D A  D E L A S D O S  C O R O N A S E S P A Ñ O L A S .  E L  C O M E R C I O  C O N  AME RICA HABIA DE VUE L

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 103/132

  P A S A D O E S P L E N D O R  A L A  C A P I T A L B E T I C A .  ( E L  G R A B A D O C O R R E S P O N D E  A L A  « C I V I T A T I S O R B I S T E R R A R U M »  D E  B R A U M )

La   fue rza económica  de la

n o b l e z a  e r a  e n o r m e .  L a s

c u e n t a s  l a s  hizo  u n  e m b a j a -

d o r  v e n e c i a n o ,  q u e  parecía

p r e d e s t i n a d o  a  ello  por su

apell ido.  S e  l lamaba Contar i -

n i . Las  m a y o r e s f o r t u n a s  d e

la

  é p o c a

  s e

  h a l l a b a n

  e n

poder

  d e

  t res duques : Medi-

n a  S idonia , Infantado  y  Alba.

Tenía cada

  u n o

  a l r ededor

  d e

c i n c u e n t a

  m il

  d u c a d o s .

  E l nú -

m e r o

  d e

  nob les censado

  p o r

el  e s c r u p u l o s o e m b a j a d o r  e s

d e  s e s e n t a  y  t r e s : d iez

duques ,  once  m a r q u e s e s  y

cuaren ta  y d o s  c o n d e s .  Las

n e c e s i d a d e s e c o n ó m i c a s  de l

trono llevarían

  a l o s

  Reyes

  a

C U A D R O  I I

Regiones Habitantes

NORTE

Galicia-Astur ias-Santander-Vascongadas 1.000.000

L a s d o s  mese tas 4 .0 00. 000

S U R

é

Andalucía-Murcia 1.500.000

Navarra 150.000

Corona

  d e

  Castilla 6. 65 0. 00 0

Aragón 350.000

Cataluña 350.000

Valencia 500.000

Corona

  d e

  Aragón 1. 200 .0 00

1 3

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 104/132

s e r  p ród igos  (o por lo  m e n o s

generosos )

  en e l

  o t o r g a m i e n -

t o d e

  t í tu los

  y e n

  medio siglo

s e

  habían duplicado.

Para man tener  e l  poder  de su

título,  lo s  nobles cuidaron  d e

q u e  funcionara  la  p ragmát ica

d e l  mayorazgo ,  por l a  cual  la

herencia  iba a  pa ra r  al  p r imo-

gén i to . Desde luego ,  l o s

a m a n t e s p a d r e s  y a s e  cu ida -

b a n d e q u e l o s  s e g u n d o n e s

n o s e  q u e d a r a n  en la  calle  y

para ello solicitaban,  y c o n -

segu ían ,  que l a  Corona  les

otorgara rentables mercedes ,

p r e b e n d a s  y  e n c o m i e n d a s  e n

Ordenes Mili tares ,  en la  mili-

cia y en la  Iglesia.  L o s d o s -

cientos h i jos  d e l o s  nobles

tenían ,  a s u  m a n e r a ,  u n a

cierta igualdad  d e  opor tun i -

dades .

El  pobre tenía  la de  pedir .  Y

e n  es to t ambién es taba  e n

igualdad  d e  opor tun idades

c o n l o s  otros pobres .

LO S  ESCLAVOS

Y LOS  NEGROS

U n  t e m a  n o m u y  t ra tado

p o r l o s

  h i s to r iadores

  (3) es el

d e l o s

  esclavos. Aquí

  n o s

l imi ta remos  a  reproducir  e n

el

  c u a d r o

  III los

  cálculos

  d e

Fernández Alvarez sobre

  s u

n ú m e r o

  y a

  p o c o

  m á s .

( 3 ) M . F . A .  cita  d o s  e s tud ios  d e

interés. Antonio Domínguez Ortiz,  La

esclavitud

  e n

  Castilla durante

  la

  Edad

Moderna,  y

  Vicenta Cortés,  La

  esclavi-

t u d e n

  Valencia durante

  e l

  reinado

  d e

lo s  Reyes Católicos.

L o s

  t res centros esclavis tas

e s p a ñ o l e s r a d i c a b a n  e n

Sevilla, Valencia  y  Madrid.  El

pr imero ,  por se r e l  puer to

colonial  p o r  excelencia  y ,

a ñ a d o  p o r m i  par te ,  por su

proximidad  a la  zona  q u e

p r o b a b l e m e n t e  f u e e l  mayor

d e p ó s i t o  d e  a l m a c e n a m i e n -

to : la r ía de

  Huelva. Toda vía

h o y  quedan ras t ros e tnológi-

c o s e n  diversos pueblos  de la

prov inc ia ,  y d e  ello  n o s

h e m o s o c u p a d o

  en ya

  lejana

ocas ión  (4) .

Valencia  e ra e l  cen t ro  de los

esc lavos ap resados  en la

ribera

  d e l

  Medi ter ráneo.

  M a -

drid  era la  Cor te  y , po r  tanto,

u n

  núcleo

  d e

  os ten tac ión .

  El

esc lavo

  e r a , s i n

  duda,

  u n s i g -

n o  ex te rno  d e  riqueza.  •

V. M. R.

(4 )  Puede verse  m i  t r aba jo

  Andalucía:

L o s

  negros

  d e

  Gibraleón,  en e l

  s e m a -

nario "Triunfo",

  n ú m . 2 3 4 , 2 6 d e

noviembre

  d e 1 9 6 6 .

C U A D R O

  I I I

N ú m . d e

esclavos

Sevilla 6.327

Andalucía Occidental  .  8 .343

Andaluc ía Or ie nt a l . . . . 8 .34 3

Madrid 6.000

Reino  d e  Valencia  . . . .  7.000

Resto

  d e

  España 8. 00 0

44 . 013

B A R C E L O N A  E N E L  S IOL O XVII .  A  P R I N C I P I O S  D E L  S I G L O  X V I L A  C I U D A D C A T A L A N A P I E R D E A L G O  D E S U A N

V A L E N C I A  L A  H E R E D E R A  A L O  L A R G O  D E L O S  Q U I N I E N T O S  E N L A  C O S T A O R I E N T A L

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 105/132

DOBLE RACIONAMIENTO

DE PAN EL DIA

DE LA  VICTORIA

Como ampliación  a la  nota

d e  prensa dictada  p o r  esta

Jefatura Provincial,  p o r l a

que se

  anunciaba

  el

  suminis-

t r o

  extraordinario

  de

  víveres

en la  presente semana  al ve-

cindario

  de

  esta capital

  y pue-

blos  de su  cinturón,  con mo-

tivo

  de la

  festividad

  del Día

de la

  Victoria,

  se

  hace saber

que el  domingo  d ía 1 del mes

d e  abril  s e  entregará  un ra-

cionamiento doble

  de pan a

cada  uno de los  titulares  de

la  tarjeta  de  abastecimiento.

SUMINISTRO

A LO S

  PUEBLOS

DE LA  PROVINCIA

CORRESPONDIENTE

A L M E S D E  ABRIL

Como ampliación

  a la

  nota

de  prensa anunciando  el ra-

cionamiento

  d e

  víveres

  a su-

ministrar  a  todos  los  pueblos

de la  provincia,  se  pone  en

conocimiento

  del

  público

  en

general

  y d e

  todos

  lo s

  indus-

triales

  en

  particular, para

  evi-

t a r  confusionismos,  que los

precios  a que  deberán  ser ven-

didas

  las

  raciones

  de

  artícu-

los (ya  incluidos  lo s  redon-

deos centesimales)  en  todos

lo s

  municipios serán

  los si-

guientes:

Adultos.—Aceite,

  400

 gramos

p o r  persona,  2,10  pesetas  ra-

ción; azúcar

  (I.), 250, a 0,96;

pasta sopa,  250, a 1  peseta;

arroz,  250, a 0,75;  jabón,  100,

a 0,40;

  bacalao

  (I.), 100, a

0,80;

  bacalao (28-32, colas),

100, a 1,05;

  bacalao (80-100,

  co -

las), 100, a 0,65;  patatas (cap.),

Sigue  en pig.  siguiente)

B Gobierno, la Jnnta Política, las Cortes Y el Consejo Nacional

presenciaron el impresionante desfile

 en la

  mañana

 de

 ayer

• *•• '• — • * • • * • • ' - - ..

EL GENERALISIMO,  A  CABALLO, REVISTO  LAS  FUERZAS

UlfA IMPONENTE MUCHEDUMBRE ACLAMO

  A L

  CAUDILLO

a   M O X K I K G A D V E R T í S H

a O G I U P O L I T I C A D E M A N C O

i l a V i c t o r i a ,

« l a  Presta

V#*C¿-C"V

€>»«

V \  m*

  #

4

• CTJ

 t

 tfV? CJJTCTJ-  CTJ C7j c?í • «:

("Pueblo", 2-1V-1945).

\  wTurwra

 

r i ra r - o "y sm . ¿

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 106/132

M A D R I D  D I A 3 D E

A B R I L

  D E 1 9 4 5

N U M E R O S U E L T O

3 0

  C E N T S . * ®

 tf£

i

D I A R I O ¡ L U S T R A -

D O A N O

  T R I C E -

S I M O  C T T A V O

N . ' 1 2 . 1 9 8

  & & *£

S US CRI P CI O N: M ADRI D;  C JN M E S , %  P E S E T A S . P R O V I N C I A S * T R E S M E S E S ,  1 8 .  A M E R I C A  *  P O RT UG AL : TI CES M E&K b .  2 0 .

EXTI I ANJEI U) : 'XI I ES M ES ES , 87 ,50 P ES ETAS . REDACCI O N  Y  A D M I N I S T R A C I O N S E R R A N O .

  6 1 .

  M A D R I D . A P A R T A D O

  N . 4 3 .

E L V I

  ANIVERSARIO

  DE LA

  VICTORIA

E L

  CAUDILLO PRESIDIO

  E L

  MA G NI FI C O D E S F I L E C O N M E -

MORATIVO ENTRE  L A S  A C L A M A C I O N E S I N D E S C R I P T I B L E S  D E

U N

  INMENSO GENTIO

  O U E

  EXPRESO

  A L 1 E F E D E L

  E S T A D O

SU  A D H E S I O N  M A S  F E R V I E N T E  Y  E M O C I O N A D A . I M P O R T A N -

TISIMO

  D I S C U R S O D E S U

  EXCELENCIA AN TE

  E L

 A Y U N T A M I E N T O

D E

  M A D R I D

El  Generalísimo revista  l a s  t ro p as ,  a  caba l lo . Imposic ión  d e  co n d eco rac i o n es  a  heroicos mi l i tares.

Entusiasmo delirante  d e l  incalculable públ ico  q u e  asist ió  al  acto»  L a  r e cep c i ó n  d e l  M u n i c i p i o  e n  Palacio

p/J*® ^

e

  fué el de anteayer  en  ifüdrid,

¿:J

'

xor

.P

atr

^ótico  y civil de una mucUcdunv-

on  

e n

¡2IML di'   i

  i;ryrí<mii

  i i/.i  »rvauuttui

Jornada brillantísima

E l  d o m i n g o

  ee

  c o n m e m o r ó  c o n  todo os p len -

d o r e l  s e x t o a n i v e r s a r i o  d o l a  V ic to r ia .  L a j o r -

recha

  h a l l á b a s e

  l a

  t r i b u n a

  para  e l  Gobierno,

Mesa  d e

  la *  Cor tes , J un ta P o l í t i ca ,

  s u b s ecre-

t a r io s  y  g e n e r a l e s ;  a la  i z q u i e r d a ,  la do lo*

D O B L E R A C I O N A M I E N T O

Viene  de la pág.  anterior)

cuatro kilogramos,  a 1,05 kilo;

patatas (pueblos), cuatro

  ki-

logramos,  a 0,80  kilo.

Infantiles.—Aceite,  400 gra-

m o s p o r  persona,  a 2,10  pese-

t a s

  ración; azúcar

  (N.) , un

kilo,  a 5,20;  arroz,  250 gramos,

a 0,75;

  pasta sopa,

  250, a una

peseta; jabón,

  200, a 0,80; pa-

tatas (capital), cuatro kilogra-

mos, a 1,05  k i l o ; p a t a t a s

(pueblos), cuatro kilogramos,

a 0,80  kilo.

Suplemento  de  maestros.—

Lentejas,  500  gramos  por per-

sona,

  a 1,30

  pesetas ración;

patatas (capital), cuatro kilo

gramos,  a 1,05  kilo; patatas

(pueblos), cuatro kilogramos,

a 0,80;  aceite,  500  gramos,  a

2,60  ración.

(Nota aparecida

  en los dia-

rios madrileños  del 28 y 29-

III-1945.)

Coaboracióndel recluso

E L  PRESO  Y L A  ESCUELA

N o h a y

  mejor cosa para

  c o n -

seguir algo,  q u e  procurar  ha-

cerlo

  s in

  darlo importancia

  d e

ninguna clase.  E s u n a  razón  s e n -

cillísima  q u e l a  exper ienc ia  d e

lo s

  mismos hechos

  se ha e n-

cargado

  d e

  demostrar.

Entre  l a s  múltiples cuestiones

q u e d e  este tema pueden dima-

n a r , l a m á s

  importante

  y

  base

d e u n a

  sociedad perfecta ,

  es la

Cultura.

La

  Cultura, pues, como

  e l e -

mento básico

  d e u n a

  organiza-

ción,  e s e l  todo. Tomemos como

dato concluyente

  e l de las pr i -

siones españolas .  En los  patios,

analizando

  al

  preso, podremos

aprec ia r

  q u e e l

  analfabetismo

le da una

  configuración espe-

cial, mayor  a ún que l a que e n

muchos casos

  s u

  mismo delito

s e

  encarga

  d e

  donarle. ¿Qué

trae, pues, como consecuencia

el

  ana l fabe t ismo?

  La

  mayor

  d e -

sorganización. Vemos

  al

  reclui-

d o ,  dotado  de un  lenguaje soez,

Estomago caído

Elevador "NARLA". Ptas. 70,60.

LA VILLA. Carretas,  17  (esquina Cádiz).

(C. S . núm.

  7.362.)

.

»m'C'i"C?J

 r C ? J

r e v -

C ? J c % * * : * M

  ,

 n r

.  ¿"

 v - " J

r \ . v j r

  r v r a r o r a ? - r j - o ' * , » '

d e  unos modales casi bestiales,

d e

  ademanes groseros ,

  d e , e n

f in , una

  manera

  q u e

  hace

  q u e

m á s q u e

  parecer

  un

  cuadro

  d e

seres humanos ,

  s e

  a s e m e j e

  u n

redil donde todo

  s e

  encuentra

menos  el  precioso  don de la pa-

labra hablada.

H a s t a nuest ro Movimiento ,

nuestras pris iones parecían  si-

tios donde

  la

  única misión

  de l

recluso

  e r a e l

  sufr imiento ,

  d o n -

d e

  sólo encontraba como alicien-

te la  esperanza  de la  libertad.

Hoy e l  cambio  h a  sido total.

El

  penado encuentra

  e l

  guión

iconsejero

  d e s u s

  super iores ;

halla

  la

  te rnura

  d e

  unos cora-

zones femeninos encerrados

  e n

s u s

  hábitos

  q u e l e

  hacen

  m á s

llevadero  s u  enc ie rro .  Y lo que

para

  é l e s

  mucho,

  la

  enseñar*

z a que l e s da a  conocer  la rea-

lidad

  d e

  unos cimientos herma-

nándose

  c o n l a s

  letras.

Existen reclusos

  q u e p o r s u

edad,  por la  vida  q u e  has ta  s u

entrada

  h a n

  llevado,

  por e l me -

d io

  ambiente

  e n q u e s e h a n d e s -

arrollado

  y u n a

  multitud

  d e f a c -

t o re s  q u e  concurren  e n  es tas

cos a s ,

  no

  creen poder conse-

guir

  u n a

  enseñanza ;

  y a q u e

como antes digo, unos

  s e

  creen

demasiado viejos , otros engreí-

dos de l a

  longitud

  d e s u

  igno-

rancia paréceles imposible

  p o -

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 107/132

i W , e , W

t

e t

I ESPAÑA  1945

d e r  comenzar ,  y  é s t o s  s on l o s

q u e  t a rdan  d e d a r e l  paso, para

el los costoso,  d e  ent ra r  en la

e s c u e l a  d e l  es tablec imiento ;

m á s l a  real idad  l e s  dem ues t r a

a l o s  quince días  d e  haber  to -

mado  l o s  utensi l ios escolares ,

q u e l a  paciencia  y e l  olvidarse

d e e s e

  fac tor

  q u e

  ellos llaman

«imposible»,  q u e  pueden comen-

za r a  juntar aquel las let ras  q u e

para el los eran como garabatos

q u e

  danzaban entre

  s u

  vista.

M á s  tarde viene  la  pr imera

lec tura , después  la  mirada  an i -

m osa

  d e l

  m aes t r o

  q u e l e s

  Invi-

t a a

  hace r

  u n

  úl t imo esfuerzo

q u e l e s  ponga  e n  condic iones

d e

  poder tomar

  u n a

  novela

  c o n

l ibertad.  M á s  tarde llega  l a em o-

ción  d e  poder escribir  la  prime-

ra  car ta  a s u s  fami l i a res ,  y a s í

es t os hom br es  s e  convencen  a l

cabo  d e  poco t iempo  d e q u e h a n

adquir ido unos conocimientos

q u e e l

  pr imer

  d í a s e l e s

  hacía

imposible  d e  pensar .

Pues bien, comparad  d o s g r u -

p o s d e  e s o s  q u e  antes mencio-

n o .  Unos,  lo s  Incultos,  q u e e n

corro dejan correr l ibremente

la  t a r de  e n  medio  d e s u  igno-

rancia,  la  cual hace  q u e s e a l a

ocios idad  la  encargada  d e m a -

t a r e l  tiempo, pero, ¿los otros?

¿Qué diferencia

  s e v e

  en t r e

  é s -

_ • _

d e l a U l t i m a p e n a

Coincidiendo  con el ani-

versario  de la  liberación  de

Madrid,  Su  Excelencia  el

Jefe  de l  Estado, Genera-

lísimo Franco, firmó dieci-

nueve conmutaciones  de la

última pena  por la  inme-

diata inferior. Este  nudvo

rasgo generoso

  de l

  Caudi-

llo ha  sido acogido  con ver-

dadero júbilo

  en

  todos

  los

Establecimientos Peniten-

ciarios  y de un  modo  es -

pecial  en  aquellos donde.  se

encontraban  los  sentencia-

dos a  pena gravísima.

("Redención", 7-IV-1945.)

\

  m'LCJ

  - O * - C?J r c j - C?J * s

\ o ¡ r j r* » * "v ra r ora r wTj - ~V ü

LA

  MAOCA

  OUE

  DETSut

  '

 lOOU;

i M P O N f  f L  O l T M O  D E . I O S  A D E L A *  T O S

acctott

La  Técnica  al ¿ervtcúr del

fux re4u«íto. jvoilema

Jm ío.

 cofafraccujn JoméAllax

En (o AucttAÍvo  la¿ caAaA  tai

HlftftNt YUA COMO»DAD LO EX-AtN

t o s y l o s  pr imeros?  ¡U n  abismo

l e s  s epa r a Es t os s egundo s  s e

l e s ve ya  juntos , sentados ,  l o s

unos leyendo

  s u

  novela,

  su li-

b r o ,  o t r os  c o n s u  pizarra trazan-

d o  n ú m e r o s  y m á s  núm er os  q u e

l e s

  d i s t raen

  l a s

  t ed i osa s

  e

  inter-

minables horas  de la  prisión.

C o n  seguridad será alguna  c o n -

versac ión amena

  l a qu e l e s en -

t r e t enga com pensándo l e s  de la

jornada  t a n  bien aprovechada.

Es tos ,

  n o y o , s o n l o s q u e p u e -

d e n  decir  la  acción  que l a e s -

cue la  h a  ejercido sobre ellos.

Preguntadles

  l o q u e

  r ep r e sen t a

y l o q u e

  quieren

  y o s

  con t e s t a -

r á n :  Aprender .  J .  Antonio PALO-

MARES. Prisión Provincial

  de Va-

lladolid. («Redención», 14-IV-45.)

ELTE TRO

ENL S

PRISIONES

San  Miguel  de los  Reyes (Valen-

cia).—Se celebró  con  gran éxito

una  función teatral, representando

el  Cuadro Artístico  la  graciosa  co -

media «¡Qué solo

  m e

  dejasl»,

  ori-

ginal  del  popular autor Antonio

Paso, cuya interpretación

  fu e

  primo-

rosa, poniéndose

  de

  relieve

  la

  acer-

tada dirección  q ue  viene realizando

al

  frente

  d e

  dicho conjunto

  su di-

rector Alfredo Martí Vela.  Se des-

tacaron como excelentes actores

Cola Roig, Quites, Ferrer, Tena  y

Tormo.

(«Redención», 14-IV-1945.)

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 108/132

JTl ** U(a

m WK.M ctr.w iaMw  mo* W*  t&M*  * u/**- y '-ft < * ifMfrrw

el

 cadáver

 de

 Roosevelt

Ch*rchi ¡

  Kt

  duptmkt

  et ir

  *

  tT. W*

 

É

  c a n t o r l a

prro

  «Ii.fl—rfM  w

  finir mntt

  .

ipitticiEdcñr,

EDEN K E f B E S t W T A W A  E N E L « .

. - ^ 4 ¿ ° Z 2 £  S S L fllffi WUIIS

n e  UB rmosos MAM TMMTADOS OM

S i   t r a t a  s i J i  E s t a d o

h b b s ü

  a t n M

  p o r la

+mMrn  »r por

  cfMtrfu*»* todo*

  ltp%

  fxfm/mlri «##•

NspmbimhilUkuie* fmlítít as derinnf,*,  tU n*fu*4t«* hrrhm

*•» »«\>

 MftOtn**. \

  i  WiifUV»

Mf lMMUP MT KMH*  A l O>  KI-'IW VI h*

«nrxí'u ¡Su*"'"' o»«•

 > * ¿

Ctm m f

  4

  míAiMn» r « l e h r a 4 o Ka>*

  U

& .  mmUfrntrn  ér Si

  I v r r )  fefe  4*i I

( Ya , 13 y

  14-IV-1945)

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 109/132

ESPAÑA 1945

HORAS HISTORICAS

A

  pocas generaciones

  le s

  Cuando sobre

  el

  mundo

  las

h a  sido dado vivir momentos alas  de la paz, hoy si  glorio-

t a n

  extraordinarios

  —y a la sas

  también tremendas,

  van a

p a r

  cargados

  de

  profunda

  in -

  posarse, nuest ra actitud

  e s

certidumbre

  y

  zozobra— como reu nim os ba jo

  las

  bóvedas

  d e

los que

  vivimos nosotros

  en

  limpia

  y

  cristiana armonía

esos días primaverales

  en que que

  constituye nuestra Patria

la

  dulzura

  y

  brillantez

  del

  sabia mente acaudillada,

tiempo contrasta

  con e l

  dolor Desemboque

  el

  futuro

  en un

o la  pasión  q u e  componen  el |  acierto  o en un  error,  nos que-

ámbito  d e  infinidad  d e  almas.

E l

  destino inexorable está

poniendo  f in a  esta guerra

horrenda,

  y m á s q u e

  vislum-

brarse,  se  palpa  ya el  espino-

so

  período

  en que la paz com-

plejísima

  ha de

  vertebrarsee  iniciarse  u n a  nueva  era en

el

  fluir humano.

Forzosamente,

  en

  estas

  ho-

r a s

  culminantes, nuestra aten-

ción  se  despoja  d e  preocupa-

ciones fútiles

  o

  segundonas

q u e  nuestro vivir afortunado,

lejos

  del

  fragor

  y de la cri-

sis ,  facilita,  y nos  fijamos  con

ánimo grave

  en el

  problema

o los

  problemas

  q u e

  embar-

gan de una

  manera aguda

  a la

entera Humanidad.

L os

  hechos

  se

  precipitan

  y

el

  final

  se

  presenta ineludible

y

  grávido. ¿Sabrán

  los hom-

bres  en  cuyas manos está  t r a -

zar e l

  futuro

  de la

  Humani-

d a d  mantener  el  pulso firme

y

  hallar para

  su

  entendimien-

to la luz

  superior

  que les ins-

pire

  en tan

  gigantesco trance?

¿Estarán  a la  altura  del mo-

mento? ¿Estarán

  su s

  almas,

en  limpidez, amor  y  abnega-

ción,

  a la

  altura

  de las

  almas

supremas

  q u e h a n

  fructifica-

d o

  para eterno beneficio

  d e

los

  hombres?

Alentemos esperanzas

  y, en-

t r e  tanto, pidamos  al  Señor

ayuda especialísima

  en

  este

momento,

  e l más

  crítico.

Y al

  mismo tiempo aprete-

mos la s  filas  lo s  españoles  al-

rededor

  d e

  nuestro Caudillo,

q u e

  supo traernos

  la

  auténti-

ca paz .

daría

  a los

  españoles

  el mé-

rito

  de

  haber ofrecido

  a la

Humanidad ejemplos,  p a 1 á-

bras

  y

  conductas, cuya legiti-

midad

  y

  valor jamás negará

la

  Historia,

  y que

  habrán

  va-

lido nuestra salvación entre

tantos desplomes.

(«Arriba

LA  FOTOGRAFIA  MAS  FAMOSA

EMa |wr

  4»** KÍ>«fhUM.\

I****.-,

  «-u  r\

  insíani»'

  fr t

  fftir

  fct

rwWe»

  •'ra

  txJMt* *»>bre

  el

  U»*ti

  •

oowvtrfícfMl»»  r*, u « a «Ir 1*5» M á* d

p««r

  te

F.Müíhw  I « j Ja  r a m í t s n . i  A -

.'Wi\

  :

 1MIWÍ

  :

IV o s a  1 I  a  D  u c i

CORSETERA

RECIBE ENCARGOS:

Mulleras,  28, 3

r

c?J

t

  t C * J

Í S .

  £•

 y í t j £ 2

r

£ 2 S P ~ * • '

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 110/132

ESPAÑA 1945S

*> |

 «a ts»*«*r6 >:

 &*>'#&*

•~r . •

a c t n a l G o b i e r n o e s p a ñ o l

s i d o r o b u s t e c i d o

  p o r i o s

d i s t u r b i o s

  d e

  E u r o p a

• ^

V

*Ni los  mayores adversarios  del  régimen

- creen  en ¡a posibilidad  de  cambios  < »

importantes  en il ; >

• . %

• w •

• •5

• • *i

i

9

  «•

Artículo  d e l  periódico inglés "C&tholic

/ .

  Herald"

El

  periódico inglés «Gatholic

Herald»  tía  publ icado  el  s iguien-

t e  a r t í cu lo  d e s u  redactor diplo-

mático:

«La  información  q u e m e  lliega

d e

  España es tablece c la ramente

d o s

  puntos impor tantes

  e

  inter-

depend i en t e s ace r ca

  de l a

  s i tua-

ción española, puntos casi

  c o m -

p l e t am en t e de sconoc i dos  en los

actuales comentar los br i tánicos.

El

  pr imero

  e s q u e e l

  actual

  G o -

bierno

  h a

  s ido

  m u y

  cons idera-

b l em en t e r obus t ec i do

  en el in-

ter ior

  p o r l o s

  c rec ientes d i s tur -

bios  y l o s  descontentos habidos

e n

  Europa.

  El

  s e g u n d o

  e s q u e

e n l o s m á s

  al tos cí rculos espa-

ñoles exi s te  e l  f i rme deseo  d e

u n a m á s  est recha intel igencia

entre España

  y

  nues t ro pa í s .

  El

d e s c o n t e n t o

  e n

  España

  en los

úl t imos meses , d igámoslo

  c l a -

ramente , nunca

  h a

  s ido subte-

r ráneo

  o

  clandestino, sino li te-

ra lmente  d e  Ultramar. Propia-

mente hablando, dent ro

  d e E s -

paña  n o h a  habido movimiento

com uni s t a

  o

  social is ta . Todo

  e l

t inglado  h a  s ido montado fuera

d e

  España , pr imero

  p o r e l c o m-

portamiento pol í t ico

  d e

  impor-

t an t e s e l em en t os e spaño l e s  q u e

actuaron  en  e l  «maquis» fran-

c é s d e l

  S u r o e s t e ;

  e n

  segundo

lugar,

  p o r l o s

  d iversos

  y c o n -

t r apues t os i n t en t os

  d e

  ant iguos

jefes rojos para explotar este

epi sodio

  y

  producir

  la

  revolu-

ción

  y la

  guerra civil.

  Y n i aun

l o s m á s

  a rd ientes adversar ios

d e l  régimen creen  en la  posi-

bilidad

  d e

  cambios const i tucio-

nales Importantes

  q u e

  complica-

rían quizá

  u n a

  Monarquía

  q u e

hubiera podido imponerse

  a l ge-

neral Franco como consecuencia

d e

  cr í t icas inter iores . Pero

  h o y

ex i s t e  u n  sent imiento extendido

y

  profundo dent ro

  d e

  España

  d e

q u e

  cua lquier resent imiento

  In -

t e r no

  e s

  asunto secundar io

  c o m -

t an to  p o r  conoce r  l o s  males  s o -

c ia les

  q u e

  'l levan consigo, como

por l a  posibilidad  d e  renovarse

la

  temida guerra civil

  q u e d e -

terminaría cualquier tentat iva

para es tablecer esos regímenes .

L o s  españoles t i enen  la  s e n s a -

ción

  d e q u e l a

  segur idad

  d e E s -

paña fúndase

  hoy d ía en un f i r -

m e

  apoyo

  al

  actual Gobierno

  y

régimen.  P o r  otra par te ,  l o s e s -

t ad i s t a s r e sponsab l e s  e n  Espa-

ñ a

  com pr enden

  m u y

  bien

  e l p e -

ligro

  q u e

  significaría para

  e l

  país

u n a

  Europa ideológicamente

  h o s -

til , y

  t i enen

  la

  impresión

  d e q u e

ún i cam en t e

  e s e n

  Gran Bretaña,

c o n s u  propio orden interno  y

s u s

  ranclas t radiciones const i tu-

cionales , donde puede hal larse

suf ic iente esperanza

  d e

  apoyo

para

  u n

  orden inter ior

  e n

  Espa-

ñ a , t a l

  como

  la

  inmensa mayoría

d e l o s

  españoles quieren mante-

n e r e n e l  presente . Aunque  in -

dudab l em en t e

  n o s e

  aprec ia

  s u -

f i c i en t em en t e

  e n

  España

  e l g r a -

d o d e  aversión popular  q u e h a y

e n

  Inglaterra

  p o r s u

  régimen

actual ,

  l o s

  e s t ad i s t a s e spaño l e s

p u e d e

  q u e n o

  e s t é n

  p o r c o m -

ple to a le jados  de l a  real idad  e n

s u s

  e s p e r a n z a s

  d e q u e

  cualquier

Gobierno br i tánico victor ioso

  e n

W"

.*  '• *  qr

ü-

*

A L I A D O S   N O   P I E N S A N

' • *

  ' « " ' ' I

I *  4 » * • ' • « V * i ' ' - . N « i - . • V - ' I i

M O D I F I C A R   S U S

A 4

i «» '

»•

I *

• •  '¡

»  » « »

*> -  r • . • ' '  W  » y

 f

 n .• • v' -V • y < •- */ V * J <

4

*Las\ Cortes;'eñ-f Méjiqo

  h a n

  sido^pii íracáiso

  y

  ningurt

Gobierna piensa reconocer

  a j o s

  rojos

  en

  exilio

  V v J

' * * •* •  •fc.i.vAA

  1

  '. ' •  . . • » • .*  • '* » »

Manifestaciones  de  Ortiz Echague publicadas

por La  Nación'de Buenos Aires

(D< nurgtro ctí>ró«pon«nl)  -i ln»  cróM/ui mundana»  «"• ' Oobltrna  iU ¡ <Gr*fra)

BUENOS AIRSB  2-1. - -  fluatwó iliininrnl»  rwinlm  ni  Xturt-i  '-a  I Afirmado n'lammtt  /»  «M a

•— — • i - i . 'ki '-"

  J

  i.'- •• '• aaM

parado  c o n l a s  cond i c i ones  d e

anarquía  e  inquietud  q u e  reinan

e n l o s

  pa í ses l iberados

  y l as

a m e n a z a s  d e u n a  dictadura  c o -

munis ta . Debiera comprenderse

q u e e l

  español

  d e

  toda condi-

ción, pol í t icamente experimen-

tado, s iente intenso temor

  d e l

bolchevismo

  y d e l

  marxismo,

Sl&L

("Arriba", 26-1-1945.)

la  guerra considerará  necesario

e l  mejorar  l a s  relaciones pol í t i -

c a s y

  com er c i a l e s

  con l a

  única

potencia importante

  de l a

  Euro-

p a

  occidental

  e n

  cuya política

y

  orden interior  ha y  alguna

  m e -

dida  d e  seguridad».

(«Arriba», 25-1-1945.)

c"?j-C?J  C?JTCTJ^CJJ?Í.7JTCV?'M  , , ..  £ \ k - T J

T L V J ?

k . 7 3 r

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 111/132

Cúmplese  hoy e l XXV  aniversario  del  estableci-

miento  en  Espaila  de la  Organización

Del  éxito obtenido  e n  este cuarto  d e  siglo somos  e n  gran parte deudores

al

  favor

  d e l

  público,

  d e

  nuestros clientes

  y

  amigos.  Ilahmno*

  de

  poner

  el

mayor empeño

  en

  consejarlo

  y

  merecerlo.  Este

  es el

  significado

  d e l men -

saje

  q u e e n

  este aniversario

  n o s h a n

  dirigido

  el

  genial creador

  de la

  indus-

tria  y su  nieto, cuyos principales párrafos transcribimos  a  continuación.

«Con verdadero orgullo  y sa-

tisfacción celebramos  h o y e l X X V

aniversar io  de l a  Organización

Ford Española. Tanto» ano»

  c o n -

secutivos  d e  é.\ito  en los negocios

no >011 fácilmente  use

  |

;

  1 1

 •*: Kortl

Motor Ibérica merece,

  p o r

  tanto,

nuestra  m á s cortlial felicitación.

En el  último coarto  «le  siglo,

esa

  esplendida Organizaci«'»n

  lia

producido gran«l«'s cantidad»'*  «le

camiones  \  autoiiMÍviles destina-

dos a

  servir

  hts

  necesidades

  \ ¡ ta-

les «le su  país  e n  materia  «le trans-

por tes , creando para muchos

oportunidades  «le  trabajo  al pro-

porcionar «»ctipari«»ti  11 millares

«je

  trabajadores.

La  trascendencia  «le  «'ste  r e -

stiliado

  n o

  está restringida

  a los

límite^  «le  tilia ciudad  o de un

país. Tiene  u n a  significación  p r e -

cisa para  «'I  convivio «l«*l inundo

entero. Porque Ford Motor  Ibé-

rica  li a  podido triunfar  a  causa

d e  ciertos principios fundamen-

tales—principios  «le  honradez  y

seriedad

  —

 alternando

  con un «*s-

píritu dinámico  «le  servicio  \ un

fuerte sentitlo  d e  responsabilidad.

La  principal preocupación  d e

la

  industria

  es hoy el

  mundo

  «le la paz:

  este

mundo  q u e  acudirá  a la  industria para  exi-

girlo  la  satisfacción  de sus  necesidades mate-

riales crecient es. Pe ro

 el

 adelanto material

  por

sí mismo  n o  puetle  s e r  garantía  d e u n  mundo

mejor, (jorque

  es

  imprescindible

  q u e

  éste

  se

forje primero  en los corazones de los hombre s.

Necesitamos ante todo tener confianza...

confianza

  en

  nosotros misinos... confianza

e n q u e  nuestro trabajo trae consigo recom-

pensa. Esta confianza estimula  al  esfuerzo  y

la  iniciativa,  y  como  la  industria  e s  parte  d é

quienes están inspirados

  p o r

  este espíritu

  y

reacciona  del  mismo modo,  s e

  hallará

  d i s -

puesta

  a

  emprender nuevos caminos

  y a po-

n e r a  contr ibución  la  totalidad  de sus  recur-

sos

P

a r a  conseguir  m á s  bienestar para todos.

J crecimiento  «le  Ford Motor Ibérica  d u -

rante

  los

 últimos veinticinco años sólo

  f u é p o -

sible porque estos principios básicos fueron

mantenidos. Nuestra firme esjieranza  es que

viviremos

  e n u n

  mundo mejor ,

  en el

  cual

  el

mantenimiento  d e  estos postulados llevará

a  l*ord Motor Ibérica  a  nuevas realizaciones.

Deseamos

  q u e s u

  segundo cuarto

  d e

  siglo

s e a a ú n  mejor  q u e e l  primero transcurrido.»

. . w u v f C i -

 c?J

  L-V-

1

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 112/132

ESPAÑA 1945

("ABC", 13-111-1945).

V#r<2.v?C 7j?C?J*CSjr*&jf.C?y-Cjta?*?c%<¿>•:•;

 , , ^

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 113/132

ESPAÑA

  Y

  PORTUGAL

"DECLARARON

  LA P AZ

AL

  MUNDO

LA  PRENSA LUSITANA REALZA  EL  SEXTO

ANIVERSARIO  D E L  PACTO HISPANOPORTUGUES

LISBOA,  31  (Crónica tele-

fónica

  d e 1

  corresponsal

  d e

«Ya»

  y «La

  Vanguardia»).—

El

  escritor Julio Dantas, alta

figura

  de las

  letras, diplomá-

tico insigne, presidente  de la

Academia

  de

  Ciencias

  y Le-

t ras

  d e

  Lisboa,

  que es la cor-

poración cultural  m á s  rele-

vante  del  país. Julio Dantas

publicó ayer  u n  artículo  en el

«Diario

  d e

  Noticias»

  en el

q u e

  dice sobre

  el

  Bloque

  Ibé-

rico  lo más  interesante, sensa-

to y  justo  q u e  hemos leído

hasta ahora sobre

  el

  tema.

Para Dantas,

  el

  Bloque

  pen-

insular , c o m o

  se le

  llama

aquí, corresponde  a la  perfec-

ta  conciencia  de  solidaridad

histórica

  y

  moral

  de los dos

pueblos  y a un  alto sentido  n o

sólo  en la  política  de la  Penín-

sula, sino  de las  ideas supe-

riores  de  fraternidad humana.

No es , por

  esto,

  el

  instrumen-

to de una

  política, sino

  de

u n a

  misión

  o de un

  servicio

a la   Humanidad misma.  Por-

tugal

  y

  España

  se

  unieron

  en

momentos cruciales para

  de-

clararle

  «la paz al

  mundo»,

as í  como otros pueblos  se ha-

bían unido para declararse

mutuamente

  la

  guerra.

  Fu e ,

p o r

  esto,

  la

  suya

  u n a

  especie

de

  beligerancia evangélica,

  ca -

ritativa  y  humana  en  benefi-

P o r

  N T O N I O M R T I N E Z T O M S

ció del  país,  a  consecuencia

de la  cual  la  Península Ibéri-

ca fue la  zona blanca,  la tie-

r r a de

  promisión

  en la que

hallaron refugio tranquilo

  m u-

chos

  de

  aquellos

  a

  quienes

  la

guerra había privado  de  todo.

También, cuando  los  días  d r a -

máticos  de los  bombardeos

presidente  de la  Academia

portuguesa, leído  en el  reco-

gimiento

  d e

  estos días

  de la

Pasión divina,  h a  encontrado

en la

 opinión

  un

  profundo

 eco.

H a  sido como  la  consagración

definitiva ante

  el

  alma

  del

pueblo

  d e u n a

  resolución

  po-

lítica cuya trascendencia

  y a

había sido presenciada  por la

masa, pero  n o  ponderada  en

toda  su  amplitud.

P r e s i d i r á  e | g e n o ra l Car mona . . J e fa  d e l  Es t a d o p o r t u g u é s ,  y  a s i s t i r #

ten ien te genora l Moscardó , de legado  - nac iona l españo l  d e  deportes*

Q u e « |

  f ina l i za r

  e l

  e n c u e n t r o

  d e

  m a ñ a n a

  l a

  v ic to r ia

  s e a

  p a r a

  el

  mejo r ,

q u e e l  m o j o r  s e a  Es p a ñ a .

La

 forma física

 y la

  moral

d e l  equipo español  han

impresionado

  en

  Lisboa

LISBOA,  10 (3  tardo).  ( C r ó n i c a .

  N o

  habrá  ver fac lónéé

  e n

  noeatro

t e l e fó n i c a  d o  n u e s t ro e n v i a d o  «¡a.  fcquipb.  L o q u e  qu ie re dec i r ouá n-

peclai , José Marta  Ubeda.)—<El

  T a - 1 t o h a

  a á t f s f e c h o

  h o y . . E n

  cambio,

d e  Roma,  el  Papa, figura  au-

¡usta, practicó esta generosa

leligerancia evangélica  por las

calles  de la  ciudad, soco-

rriendo heridos

  y

 moribundos'.

Este magistral artículo  del

¡PARA

  LOS

  NOVIOS

La   moler ocasión  p a n l o s q u e  vais  s  formar  u n  hogar,  oí ls

ofrece  l s  CASA  VDA. DE B. TORRE  c o n t u i  muebloi  d e  sita

esl idsd  y e n  lodos  lo s estilos,  a  precios  d e  fabrica, única  o s

capción q u e hace esls Casa  on  obsequio  de sus fa vorocadoros

N O

  P l k H I ) \

  l > l \

  0 ( ; \ S l O N . V ¡ - l l e n o -

  l i m

  i n i - m o

  \

comprol iará  q u e  l i n e a r a  propairamla  e *  n e r e - j i r i a  p i t r a

q u e

  todo* co i to /can  Ii i

- %

 enla ja*

  q u e

  o lrceemn*.

MUEBLES  VDA DE B.  TORRE DESPACHO. Cuo if a Hospi tal,  é  Tole 1000

("Pueblo", 10-111-1945.)

Instrumento  de  maravillosa

eficacia,

  el

  pac to h i spano-

portugués  h a  sido como  una

corriente silenciosa  que for -

taleciera  la  política exterior

d e

  ambos países

  de un

  modo

sencillo  y  natural.  Por eso, al

cabo  d e  seis años  de  vigencia,

su s  efectos  se  aprecian  con

mayor claridad  q u e  cuando  se

tuvo  la  clarividente idea  d e

concertarlo. Pero  ya  entonces

se  quiso  q u e  fuera —como  re -

conoce Julio Dantas—  el pr i-

m e r  paso para  la conquista  d e

ese  mundo nuevo  que ha de

basarse  en la  justicia,  en la

virtud  y en la paz.

(«Ya», l-IV-1945.)

,

 pmsv?

 íT j  - c? j  c?j r c v- ctj

  ?,c7>7

 c%.<&: '

M

 , , a•. V r & r

  ¿Tjrvrta-¿rat o»rjSM

  wy

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 114/132

SOLFMMDAD C1NKMATOURAKICA

NCKIIC FLNCJO

NO.

 JUEVES, TAKM

ANTONIA »M ANAS  h

]

  kAMON MARTOMr

MAl

LSITAO

 *•

 PAKHoS

M A  iiAkC)A VIÑ01.A&

t » -tr

0

 MUÑO/ MOI.l.KOA

'W T

  » W • -*YA*r

ESPAÑA

PORTUGAL Y  ESPAÑA

S e h a  cumpl ido  el VI  aniver-

sar io  de l a  f i rma  d e l  Tratado  d e

amis t ad  y n o  agres ión en t re  E s -

paña  y  Por tugal .  La  f ech a  n o p o -

d í a  pasar inadver t ida ,  y la  pren-

s a  p o r tu g u esa  le ha  dedicado

atención especia l

  y

  co men ta r io s

elogiosos para España.

  La

  secu -

la r  amis t ad  d e l o s d o s  pueblos

ibér icos , manten ida  a  t r av és  d e

a s e c h a n z a s

  y d e

  t r a scen d en ta l es

acon tecimien tos h is tó r icos ,  q u e -

d ó e n  aquella fecha ratif icada

p o r l o s  J e f e s  d e  Estado  y s a n -

cionada  p o r e l  íntimo sentir  d e

l o s  c iudadanos  d e u n o y  otro

ipaís. España

  y

  Portugal,

  q u e d i e -

ron a la

  Humanidad

  un

  mundo

v a s t o  y  r iquísimo,  e n  esta hora

dura

  y

  t r i s te enseñan también

  a

Europa  y - América  el  feliz  r e -

su l t ad o  d e u n a  política  d e p a z

y d e  amis t ad .  N o m á s  t a rd e  q u e

el  viernes últ imo  lo  recordaba

en La  Rábida,  c o n  palabras  d e

honda elocuencia,  e l  embajador

d e

  Portugal, cuando ponía

  d e

manif ies to an te  e l  Cuerpo Diplo-

mát ico cómo  la fe, la  unión  d e

hombre luchadores ,  la  co mp en e-

tración  d e  g u er re ro s  y  navegan-

t e s  e sp añ o les  y  p o r tu g u eses

conquis taron con t inen tes  y lle-

varon  la  religión  d e  C r i s to  a

t o d a s

  l a s

  lat i tudes.

  La

  en t raña-

b l e

  historia

  d e l o s d o s

  pueb los

h e r m a n o s  s e  r ef or zó , a h o r a

hace seis años, cuando Europa

ib a  camino  d e l  desqu ic iamien to .

El  Gobierno  d e l  generad Carmo-

na y el del  Generalísimo Franco,

in térp re tes lea les  d e l a s  ansias

d e l o s

  pueblos

  q u e

  d i r igen ,

  s u -

pieron sobreponerse

  a l as pa-

s io n es  d e l  mo men to  y n o  sep a -

r a r s e

  un

  áp ice

  d e l

  camin o

  q u e

la

  Historia

  n o s

  t iene t razados .

«Creo  q u e s i ,  como hasta ahora,

podemos p resen tarnos un idos

con l a  misma  f e ,  p o d remo s  m i-

ra r a l  fu tu ro  c o n  tranquil idad  y

con l a  conciencia  d e  hombres

d e  buena voluntad» —dijo  en La

Rábida

  el

  r e p r e s e n t a n t e

  d e Po r -

tugal—.

  E l má s

  g rande suceso

d e s p u é s  d e l  nacimien to  d e l Se -

ñ o r , e l  Descubrimiento, l lenó  p o r

igual  d e  alegría  y d e  gloria  a

Portugal  y a  España.  Al  p resen -

t a r a  Colón,  d o n  Juan  II de Por-

tugal  le  decía  a l o s  Reyes Cató-

licos: «Ahí  va un  h o mb re ;  a y u -

dadle».

  El

  honor

  d e

  patrocinar

la

  magna empresa recaía sobre

l a s d o s  Monarquías. Tanto  m o n -

t a q u e  Colón saliera  d e  Palos

q u e d e  Coimbra.  La  amis t ad ,  los

in tereses análogos ,  la  gloria  d e

la   Historia serán siempre para

España

  y

  Portugal

  u n a e

  indis-

cutible.

(«Pueblo»», 21-111-1945.)

M á s d e

  c i n c o

  m i l

t o n e l a d a s   d e  o r e j o n e s

a s e r

  e x p o r t a d a s

a

  I n g l a t e r r a

IIISI

 OH \

  APASIONADA

  DK

 AMOR

  V

 VKNGAN/A¡?

,  I O   >  t I  ^  P A \ \ S t \ h M I »< \

 ftt

 A

l»i

  <

  i \i; \ d \  l#l

  |\ 11

 Kf v \ \c ION XI

c o n  A L I C I A P A L A C I O S

  -

  A N T O N I O V I L A R

MURCIA, 16.—Cinco

  m i

quinien-

t a s

  t o n c a d a s

  d«

  orejón

  de

  albari-

ocqu*

  v a n  a  exportado*  a  I n -

K

 aberra,

  an

  virtud

  de l

  convenio

  fir-

mado *ntre

  el

  Sindicato Vertical

  ne

Fru'o®

  y

  Productr* HorricoSaj

  y el

KOino t'nido.

  E

precio

  d e

  venta

  es

m u y

  remunorador P*ra

  lo a

  c o m i e -

ron R1

  orejón podrá

  a^ r

  adquirido

en la s

  Ronaji

  d *

  Murcia, Mallorca

o Va

  *ncia.

  a

  opción

  d# loe ©om-

'Cifra,)

• V c? j

« . f J t f » « < » « t . » r í f t 1 1

TÍ.VJ~

 k-T-l'

4

(Agencia Cifra, 16-111-1945.)

* &

  TtS*

  * i-TJ - kTj

  "Vü»*#

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 115/132

1-1945)

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 116/132

  r r e s e i m p u s o a y e r

  a

  G i r ó n

  l a

  M e d a l l a

d e O r o a l

  M é r i t o

  e n e l

  T r a b a j o

Las

  insignias

  l e h a n

  sido costeadas

  por el

personal

  d e l

  Ministerio

Al acto astatieion altas a a i H a H M i

I n u q n i a s

  *

  ;

  ; |MR   m¡jfc  ¡i

del Movimiento

  • 'v

•r-.T**U ttlMMlirW  «•-

bu  <nr.*<fe *oj*i in*

*n U

 litettt

  pof * >»•

*•(. Rrjfto 4f»pu* # MUÍ

4 MiftUorta  al w;a*-r»»  •

rwiílo, «o* W» »pui>r* üí «"

m*r*4m Gu*n  lAi  iasMUu  4*

fe di»c:n<Jdn  JIM

r.<k» p*»r  <4  prr»*-r»al

d*. MlnnUTln y Wyf urA c«rt»Ílr ««r al nin atr.»  luo ?«>•

CJI rArVai 4#¡ DWtM»SW.

: JL   c—liri i r f n *X   wMN^I

iffrter"

oíante <UX <9M i

1

 «**-

Fracasan  lo s  ataques

Stt i t in  y •  ambos  lai

« l í

«& <«*>• rfíto

ESPAÑA

ESPAÑA, PUEBLO ELEGIDO

La

  Confederación Nacional

de

  Congregaciones Marianas

y la  Federación  de  Antiguos

Alumnos

  de

  Jesuítas

  de

  Espa-

ña han  organizado  un a  magna

peregrinación nacional

  al Ce-

rro de los

  Angeles.

España tiene  u n  corazón.

Lo

  tiene

  en el

  cuerpo físico

de su

  tierra heroica

  y

  santa,

y en é l f ue a  poner  e se  otro

corazón

  de su

  espíritu,

  que es

el  mismo Corazón Sagrado  de

P o r

  J O S E J V I E R L E I X N D R E

Cristo. Precisamente

  en su

centro geográfico

  — el

  Cerro

de los  Angeles—,  un día Es-

paña levantó

  u n

  monumento

a su

  Señor,

  y le

  rindió home-

naje desde  el  primer hombre

de la

  nación hasta

  el

  último

de los

  niños, predilectos

  del

amor

  d e

  Jesús. Luego

  e l mo-

numento

  f u e

  profanado

  — d e

todos conocida  es la  triste

historia—

  por los

  bárbaros

hijos  d e l  odio.

( El  Norte  de  Castilla", 18-111-1945.)

E l  Santo Padre  P í o X I I

declaró

  añ o

  santo

  del

  Cerro

de los  Angeles  el  transcurrido

desde

  el 30 de

  mayo

  de 1944

hasta  el  mismo  mes y día del

a ñ o

  actual.

  Con ta l

  motivo,

ahora  q u e e l  tiempo  del  jubi-

leo

  está llegando

  a su f in , una

peregrinación magnífica  h a

ido a

  adorar

  a

  Cristo desde

su  propio corazón.  D e  todos

los

  rincones

  d e

  España

  h a n

v e n i d o cuantos peregrinos

q u e ,  como aquellos  q u e  sona-

b a n

  severamente

  en una ca-

d e n c i a r í t m i c a  d e  sandalia

tras sandalia  por la  ruta  ha-

cia la

  medieval Compostela,

subirán  al  Altísimo  con un

recio aroma

  d e

  jornada

  c u m -

plida.

U n a

  peregrinación nacional

va al  Cerro  de los  Angeles.

Jóvenes congregantes

  de Ma-

r ía y  alumnos  de los  colegios

d e  jesuítas h a c e n sublime

marcha hacia

  el

  Señor,

  su

Dios. Como aquellos otros

  bí-

blicos personajes

  q u e ,

  salva-

dos por l a s

  diez plagas,

  sa-

lieron  d e  Egipto  y  comieron

maná  en el  desierto  y  llega-

ron a la

  tierra prometida

  de

Canaán, guiados

  p o r

  Moisés,

también éstos fueron  en uni-

d o  bloque  d e  pueblo cristiano

y

  llevaron consigo

  a sus fa-

milias.

  Su

  Moisés

  es el mis-

m o  Jesús,  que le s  aguarda  en

la

  cima sagrada

  y

  mayúscu-

la del

  corazón

  d e

  España,

  esa

tierra elegida para

  la

  oración

desde

  la que

  Cristo llama

  ca-

riñosamente: «Venid  a Mí

todos

  los que

  andáis agobia-

dos y

  afligidos

  con

  trabajos

y

  cargas,

  que Yo os

  aliviaré».

Será

  un

  alivio

  de ese

  nuevo

Egipto  d e  esclavitud,  que es

el  pecado;  de ese  nuevo Egip-

que es el

  cansancio diario

fatiga constante  q u e  traen

a

  enorme prisa

  con que va-

mos hoy por e l

  mundo

1

;

  d e

ese

  nuevo Egipto

  de la

  guerra

co n

  todas

  su s

  penalidades

  y

todos  su s  desastres.

En el  antiguo país  de los

Faraones, donde vivía escla-

vo el

  pueblo

  d e

  Israel desde

I

»MIZ'J™  c   j -  c t j  C? J  r c? j r r v r  CT J  te*?./? EX**»:  a , . „ v P  7V?>"  "V*d r ^ r k.'Tarv^T - v i í w y

1 ?; i

1116

  i - n -s s v

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 117/132

ESPAÑA 1945

q u e

  acudió, hacía cuatrocien-

to s  años,  a que  José, hijo  de

Jacob,  le  librara  del  hambre,

Moisés pidió  al  Faraón  que

dejara libre  a su  pueblo,  y

Dios castigó diez veces

  con

plagas  al Rey de  Egipto  y sus

subditos  en  todo  el  país  por-

q u e n o

  accedió

  a sus

  deseos.

El

  pueblo

  de

  Israel habitaba

el  valle  d e  Goten,  y  cuando

granizaba  o se  hacían  las es-

pesas tinieblas,  o el  tábano  y

la  langosta llegaban, nunca

fueron  al  valle  a e  Goten,  po r -

que era la  sede  del  pueblo

elegido.  El  ángel extermina-

dor no  mató  a los  primogéni-

tos de las

  casas

  q u e

  estaban

marcadas  con la  sangre  del

cordero pascual.  Era el pue-

blo

  elegido.

Este inmenso Egipto  del

mundo actual padece  la  plaga

gigante  de una  tremenda  gue-

r ra . Hay una  península  de

hombres bravos  que, s in em-

bargo, están

  en la paz.

  Iberia

es  pueblo elegido  de  Dios,

y  desde  la  costa  y la  meseta

h an  venido españoles  a  agra-

decer  a  Cristo  esa paz, a su-

bir ese  cerro, morada  de án-geles custodios, para sentir

en la  conciencia  con  fervoro-

so  temblor  u n  nuevo Sinaí,

en el que

  Dios recuerde

  el

cumplimiento  de su  amable

y  seria voluntad  y sea  adora-

do por sus  hijos predilectos

de un  pueblo elegido.

(«Ya», 5-IV-1945.)

(«ABC», 28-111-1945.)

H O M E N A J E A F E R N A N D E Z - C U E S T A

El

  próximo sábado,

  d í a 17 , a l a s

  s i e t e

  d e l a

  t a r de ,

  y

  t r a s

  la

Junta General  d e  acc i on i s t a s  q u e  ce l eb r a r á  e l  Banco Rural

en s u  domicilio, avenida  d e  José Antonio,  32 , a l a s  cinco

horas  d e e s a  misma tarde, tendrá lugar  la  en t r ega  d e l a s

insignias

  de la

  Gran Cruz

  d e l

  Méri to Agrícola

  q u e e l

  Banco,

s u s

  c o n s e j e r o s

  y

  persona l cos tean como homenaje

  a su

pr e s i den t e ,  d o n  Raimundo Fernández-Cues ta ,  p o r  pa r t e  de l

v i cep r e s i den t e  de la  ent idad ,  d o n  Manuel Fuentes Irurozqui.

Acto seguido  a l  señor Fernández-Cues ta  l e  será impuesta

la  Gran Cruz  p o r e l  minist ro  d e  Agricul tura,  d o n  Miguel

Primo  d e  Rivera,  y  f ina lmente ,  e l  p r e s i d e n t e  d e l  Banco Rural

hará ent rega  a l  obi spo  d e  Madrid-Alcalá  d e  ejemplares r ica-

m en t e encuade r nados  de l a  val iosa obra  «La  cooperac ión

como s i s tema económlcosoc ia l» ,

  q u e h a

  s i do cos t eada

  p o r

dicho Banco

  y la

  Unión Nacional

  d e

  Coope r a t i va s

  d e l

  Campo

com o hom ena j e  a s u  autor ,  d o n  Luis Almarcha, Obispo  d e

León.

(«Pueblo», 14-111-1945.)

"VIENA

  E S A S I

La  mejor producción  de

K a p s-Joham. Magnífico  es -

pectáculo  con el  graciosísimo

Franz-Joham  (que  dejó  gra-

tísimo recuerdo  en  Madrid),

Mignon  y sus  chicas filarmó-

nicas, Herta Frankel,  la fa-

mosa bailarina; Alfonso  Fle-

ta ,  ihijo menor  de l  malogrado

tenor,  que se  presentará  por

primera  'vez  ante  el  público

madrileño  y  otras primeras  fi-

guras. Música vienesa delicio-

sa ,

  ricos

  e

  inéditos decorados,

belleza, elegancia, comicidad

de   buen gusto, todo  lo  reúne

este maravilloso espectáculo.

Hoy,  noche,  y  mañana, tarde

y  noche. Teatro Madrid.

\  M'C;"*•  - C?J

  r ?

  C?Jcv?  C?Jtc?*?  ; a . . _  £ T * - V J R

  o t j

 -vra r  r

  iT j

 -

. / « •

  t i J I V J C r » l < | l t . | t i l 1

  7 I

 V f » f * f | T - » f t l f

 V

 » f » J C > » € V » t

  i l

MEDINA

  DEL

  CAMPO.—Sus Altezas Reales

  los

  Infan

tes de

  Baviera visitan

  el

  castillo

  de la

  Mota.

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 118/132

ESPAÑA

 1945

PSICOLOGIA  DE LA  CIUDAD

UNIVERSITARIA MADRILEÑA

Sobre

  el

  azul in tac to

  d e

u n a  tarde espléndida flamea

en la

  Ciudad Universitaria

  la

bandera negra  con el  cisne

jaquelado, enseña  del SEU.

H o y

  comienzan

  los I I

  Juegos

Universitarios nacionales,  y

la  juventud  de  España  va a

disputar trofeos  y  galardones.

No se

  presentará mejor

  oca-

sión para hablar —porque  es-

te  reportaje tiene  la  frivoli-

dad de una

  charla

  y no la pro-

fundidad  de un  estudio—  de

la  magnífica Ciudad Universi-

taria

  q u e ,

  i n i c i a d a ba jo

los  auspicios  del Rey  Alfon-

so  XIII,  es ,  gracias  a l  impul-

so y el  apoyo  de  Franco, legí-

timo orgullo

  de

  España.

  E n

1936,  antes  que l a  guerra  aso-

lase

  su

  recinto,

  1 a

  Ciudad

Universitaria tenía tres  c a m -

pos de  deportes  y una  pisci-

na . Uno de  ellos estaba  des-

tinado

  a

  atletismo,

  con

  tres

calles

  de 250

  metros

  de

  largo,

u n a  tribuna para  1.500  espec-

tadores

  y u n

  vestuario para

30  atletas;  el  campo  de  balon-

cesto tenía  u n  aforo  d e 800 es-

pectadores,  y el de  fútbol,  d e

2.500. Todo quedó destruido.

E n  marzo  de l  pasado  añ o f u e -

r o n

  instaladas

  las

  pistas

  ac-

tuales para atletismo, balon-

cesto  y  rugby.  La  primera  tie-

ne 300  metros  d e  largo, paso

subterráneo

  a los

  vestuarios

y

  servicios

  d e

  duchas, lavabos

y  baños. Además  de la  clínica

d e

  urgencia, tiene

  u n

  magní-

fico servicio  d e  altavoces  e n

lo s  palcos,  con  capacidad  p a -

r a

  6.000 espectadores.

  La pis-

ta de  baloncesto —cabida  pa-

r a  2.000 personas—, tiene  u n

estupendo servicio

  d e

  alum-

brado, habiéndose jugado

  en

ella,  d e  noche,  el  partido  con

Italia,

  y la de

  rugby

  es la de

máximas dimensiones.

Hace tres años concluyó  la

reconstrucción  de dos  pistas

d e  tenis,  y en  octubre  de 1943

se  inauguraron  l as de  fútbol

y  hockey,  c o n  graderío alre-

dedor

  de

  todo

  el

  campo,

  ves-

tuarios para  300  jugadores,

botiquín  d e  urgencia, quiró-

fano, almacén

  de

  material,

  e t-

cétera.

  E l

  frontón tiene

  un lar -

go de

  52,50 metros

  po r un an -

cho de  once  y  ocho  de con-

tracancha.

E l  conjunto  q u e  ofrece  la

Ciudad Universitaria  es es-

pléndido, pues, además  de los

campos  d e  deportes,  los  edifi-

cios

  son de una

  elegancia

  y

u n a

  modernidad insuperables.

CHARO CHAROWNA

Pero  n o  pretendemos  des-

cribir aquí  la  belleza  de la

Ciudad Universitaria.  Hoy nos

interesa  m á s ,  mucho  mas , su

psicología.

  Los que ,

  encara-

mados  en la  vertiente  de dos

generaciones inmediatas,  co-

nocimos

  el

  caserón

  de San

Bernardo

  y la

  Ciudad Univer-

sitaria, hemos asistido,  p o r

concesión  del  Cielo,  a la mu-

danza  que se  operó  en el al-

ma de la  juventud española.

Yo no  puedo hablar  mal de

aquellos estudiantes bigardos

que en l os  cafés  de  Varela  y

en los

  billares

  d e S an

  Bernar-

d o  repartían  la  calderilla  ob-

tenida  en un  empeño  de li-

bros

  —y

  hasta

  de

  chalecos—

en  casa  de  doña Pepita.  De

aquellos chicos salieron  em i -

nencias  de la  Medicina,  del

Foro

  y del

  Arte.

  De

  aquellos

chicos salió Ramiro —gafas

d e

  intelectual

  y

  greña sobre

la   frente  de  revolucionario—,

y  José Antonio —atildamien-

to de  niño rico  y  talento  d e

prócer castellano—,  y  tantos

otros.

  A

  esos recuerdos vincu-

lo yo la  Ciudad Universitaria.

Eran

  lo s

  días

  en que e l

  vien-

to de  fronda  d e  Moscú, trans-

formado  al  pasar  por el Ba-

rrio Latino  de  París, llegaba

a

  Madrid como corriente

  re-

novadora, mitad anarquista,

mitad comunista.  S e  vendían

novelas rusas  y se  reeditaba

«Girasol»,  la  historia  de la

chiquita anarquista. Eran  los

días

  de las

  niñas

  de la

  «Resi»,

con su  melena corta  y su an-

d a r  parsimonioso  y  felino.  E n

Charo Charowna —ojos

  ver-

des ,  melena lánguida, distin-

ción francesa— compendiába-

mos los  estudiantes  d e  enton-ces  aquella primavera espiri-

tual  que se nos  anunciaba  en

todo.

  En los

  edificios magní-

ficos  de la  Ciudad Universi-

taria  y en los  manifiestos  d e

H

jmi

A

 propuesta

  de los

 Consejeros,

  de la

  Vieja Guardia

  de la

 Falange

  y

 fundadores

de l

 Sindicato Español Universitario, como expresión

  de la

  unidad

  de la

 juventud

española universitaria, campesina  y obrera,  ha  sido adoptado como emblema

único

  de l

  Frente

  de

  Juventudes

  el

  primitivo

  del

  Sindicato Español Universitario,

primera organización  de  juventudes falangistas españolas.  Es  decir,  el  cisne

con el  ajedrezado rojo  y negro. Asimismo  s e  acordó  que la bandera  de l  Frente

de  Juventudes  sea la antigua bandera  del  Sindicato Español Universitario, azul,

con el  cisne  de  plata  y el ajedrezado rojo  y negro,  po r  entender  que es la que

résume

  de un

  modo absoluto

  lo s

  afanes revolucionarios

  y

  heroicos

  de

  toda

una   generación española

(«Juventud»,  núm. 67)

VHU'r  - C?J CJJ  *

 r v - c v -

  CT J  EXG&

:

  %. .

  n

  *

 ¿ r v »

r r

  £ 2 £12 ~

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 119/132

Ledesma  y d e  Primo  d e  Rive-

ra . Las  primeras clases  en la

Universitaria,

  s in

  importancia

aparente, señalaban  ya un

cambio total  en la  vida  de Es-

paña.

  Al

  café oscuro

  y

  lleno

d e  humo  le  sustituía  el te-

nis y la  sierra. Esto —como

en el  drama  de  Hugo—  iba a

matar aquello...

LA  LAUREADA

Y E L  «GAS MADRID»

Y

  vino

  la

  guerra. Precisa-

mente  en la  Universitaria,  a

pocos metros

  de

  distancia,

quedan enfrentadas

  dos ma-

neras  de ver la  vida.  No son

Brigadas Internacionales  y

soldados  de  Castilla.  Son dos

conceptos distintos  de  vivir  y

de

  morir.

  La

  anécdota

  es tan

rigurosa

  que no

  vale

  la

  pena

aportar testimonios

  de más

excepción.  Las  líneas  de las

avanzadas estaban

  ta n

  inve-

rosímilmente cerca  que dos

c a r t e l e s —«Ellos», «Nos-

otros»— indicaban

  al

  soldado

la  línea divisoria  del  frente.

En la  parte  de  allá,  u n  joven

ingeniero, Serafín

  de la

  Con-r

D o n a t i v o   d e C a u d i l l o

a l a   E s c u e l a

d e   P u e r i c u l t u r a

d e

  B a r c e l o n a

S u

  Exce lenc ia

  h a

  remi t ido

val iosos juguetes

B AR CE LO NA . 2 * . - S u E x o n -

d a a ]  J e f e  d e ¡  Es t ado  h a  remiti-

do & la

  Escuela

  d e

  Puericul tura

d e

  Barcelona v&llosisimEa jugue-

t ea ,

  cones t en t es

  ? n d 5 f ú t -

bo l de  80br*m*sa p*ra  lo a  niños

Internadas

  e n

  este Ocitro.

P o r s e r e l  prim§r donativo  q u e

ee   rec'be  en  es** organismo  y pox

lo s  fines  a que va  d**ptinad8  v e

el  fe^pScial intf>rÓ3 Ca ud il lo  por

hombres  d e l  i r .añma.  ( M e n -

cbet \ . )

(Agencia Mencheta, 28-111-1945)

E S P A Ñ A   1 9 4 5

ESPECT CULO

ORAN COMPAÑA

 OI

  «UTA

 CO-

MIO * OC LA -IATNILLA" OC

LA

 PftNTALlA

  V Dt LA

  MCINA

LINA YEGROS

PRIMAR AOTOA FILIA DAFAUCI

A Ist 7 18 *

 10,00. NRIAINT ACON

 01 LA

 OOMPAAA

 ron •

estreno

rts la

 comsrts

 ni

 irea seto*,

• ta

MARTA LISARDA CUI.ISEVM

A las 7 M »  lO.tO,

UN

  UITO

 01

 CLAMOR constituyo s»sr

 ••

 Mrt*s

 4* ls

 prft*eso

 «h>-

mntio oefictaoa Mstfo Ra><i->r" Mayar

G i r a r e u n i ó n   d e   a c u s a d o s

roo

 MULLIAN POWILL, MYRNA

  LO*, cea su

 p-nc<»»o

  OIA y »<

m«u»Mgihi« ASTA

  en la

 película

 mas a* ls

 'smo«a ser»

Botaea tarie: OCHO ptas.-Bvtaca noctli: SIETE

 ptu.

«JO. 7 30 y  1040.

¡CLAMOROSO IXITO

XVIII ORAN

  et

 TACHO tXTAA-

•AOMARIO

AACI MLM8 • PAC UNTA UN  FILM INOLVOAOLC  UNA PELICU-

LA Ot

 MULTITUD *

Qlúháhetncí

¡M

éa

 amor

 jr do f• a M

 Humanidad eauro'

;Una

 película

 que

 aseo teñí»

  ;

  pomar

;Un

 asunto

 que

 lle«e díraaiameale

 al

I N E  A L A M E D A

A MS «JO, 1.9O1

 10,36. :IXITO CMIOIINTII

¡TNM

  LOO oiafc.

 TRIUNFO AOTUNOO

 01 LA MAA

 OIVIRYO*

PILICULA

 OI LA

 TIMPORADOI

ÚsSW04t¿¿4

a.ao, i.9o

 9

 iojo.

I UN

 RtUTRINO ORANOHJIO

iiniacioral:

••rilrr.ofeoo",  R. A., prr«e«u una oupe#pe»«ueeien Os AUiaaOar Kords

L A S C U A T R O P L U M A S

(la

  mafioo laoatcoipr

 j¡

 tolerada msna»s«

  )

Coa M

  Aollisimo JUHI OUPNIZ JOHN CLIMINTS. NALPH

  NI-

CHANOBON  f  J. AUOAIT IMITH

IMaravillados eeoenarioe «atórele*

 a

 orillas

 «al

 NUe

 ¡Ls

 o

r

snd«ia

 i

«a la j

 i---», 'sotada*

 en una

 orMuet"

 - • ^

 vtalf

  itl

mé%   fatotkr roalltma junta  a M **a« sus**  v hoaos #«no«lf»nl  .Un

autentice e.»rta<,

C A N T I M F L A 5

/ / /

  í/////•/

/// /ifUfÑ

l TOLIMAOA PANA MIMONtai

VIAJANOO

  .

  MILAHOO... CANTANOO

LI  NANA  MIN OOMO UITIO NUNCA  HA  NCIOO

f o f o húhtm

S A L O N V I C T O R I A

1

 POPULAR ' VICTORI A

OonUaua

 de a.io a

 lo.ao.

JO. 7 J0 * 10.10

PttKOtO* POPULAAia.

  i

 "C»tooa" presenta

  a HTNilliTA

"«'«"•lareeenta a INNIOUI •*»»- OAATNO TONT OALOV PAIVAI

TANT  f  ANA  MARISCAL  en  ;ANONAOI f  MONUIL LUNA en

VIDAS CRUZADAS T o r b e l l i n o

Ms*anj. MNBACIONAk IBTNINOl

MUAsno

¡iinnacional

 Aipoaicton:

El

 artille it

  les

 yanquis

«OM».

*

  1

cha, con

  desprecio

  de su vi.

da ,  salta  u n a  mina,  que iba

a  explotar  de un  momento  a

otro;  en el  lado  de acá, un sá-

bado  por la  tarde,  se  rompió

u n a  cañería  en las  trincheras

rojas.

  El

  teniente coronel

  Or-

tega requirió

  lo s

  servicios

  d e

obreros  del Gas.  Esta  fue la

contestación telefónica:

—Hoy

  no hay

  nadie

  que re-

pare «eso», porque  no se t ra-

baja

  los

  sábados

  por la

  tarde.

En la

  Ciudad Universitaria,

donde

  se

  inició

  u n a

  juventud,

decidióse  la  guerra civil espa-

ñola. Mejor,  la  lucha entre

d o s

  ideologías

  y dos

  maneras

de

  entender

  la

  vida

  y de en-

frentarse  con la  muerte.

JOSE

GOMEZ MESIAS

(«Pueblo», 31-111-1945.)

UNA  NUEVA

ASIGNATURA

Y  ahora viene  lo  bueno.  El

acredi tado órgano norteamerica-

no «P . M.»  dice  e n u n o d e s u s

úl t imos números

  q u e

  «los estu-

d i an t e s e spaño l e s  h a n  dado claro

e jemplo

  d e

  hostil idad

  al

  régimen

d e

  Franco, organizando ruidosas

m an i f e s t ac i ones

  y

  t i roteando

  a

la   fuerza públ ica desde  los bal -

c o n e s  de la  Universidad».

Pero

  e s o n o e s p o r

  hostil idad.

E s,  s en ci ll am en te , p o r q u e  e n

nues t ros p lanes  d e  estudio  hay

u n a  as igna tura  d e  tiro  a l  blanco,

y  com o  n o  tenemos dianas, util i-

z am os  a la  fuerza pública para

e sos m enes t e r e s .

(«Juventud»,

  n ú m . 6 6 ) .

«Si en la  Cruzada  n o s  lanzamos solos,  con  nuestra razón  y el

valor  de  nuestro corazón,  a la  empresa gloriosa  d e  liberarla,  ima-

ginarse  de lo que  seríamos capaces, después  d e  nueve años  de

preparación, para defender nuestra soberanía  o  nuestras libertades».

(Del

  discurso

  d e

  Franco

  en la

  clausura

del III

  Consejo Sindical.)

S E L E C C I O N

  DE

  T E X T O S

  Y

  G R A F I C O S : D I E G O G A L A N

  Y

  L A R A

119

 immmsmmssM-n-m

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 120/132

1 Libros 1

JOSE GAOS:

HISTORIA  D E

NUESTRA IDEA

D EL

  MUNDO

Entre  l o s  n u m e r o s o s p e n s a -

d o r e s e s p a ñ o l e s i m p o r t a n t e s

q u e

  d eb ie ro n e l eg i r

  e l

  exilio tras

la

  guerra civil , para

  n o v e r

  t r u n -

c a d a  la  l i b e r t ad  d e s u  p e n s a -

m i e n t o  y d e s u  v id a , d es t aca  la

f ig u ra señ e ra  d e  J o s é G a o s .

N a c i d o  e n  Gi jón  e l a ñ o 1 9 0 0 , s e

d o c t o r ó  e n  Filosofía  p o r  Madrid

v e i n t i o c h o a ñ o s

  m á s

  t a r d e ;

e n s e ñ ó  e n e l  In s t i tu to  d e  León  y

en l a  U n iv e r s id ad  d e  Z arag o za ;

d i sc íp u lo

  d e

  O r teg a , co lab o ró

c o n é l

  d e s d e

  u n

  p r i m e r m o m e n -

t o e n l a  " R e v i s t a  d e  O c c i d e n t e " ;

a c e p t ó  s u  co mp ro miso p o l í t i co

—socia l i s ta democrát ico—  c o n

i n eq u ív o ca f i rmeza ,  d e l o q u e e s

b u e n a p r u e b a  s u  n o m b r a m i e n t o

e l a ñ o 3 6  c o m o r e c t o r  d e l a U n i -

v er s id ad  d e  M a d r i d , c u a n d o  él

mismo co n tab a só lo t r e in t a  y

s e i s a ñ o s

  d e

  e d a d . ' T r a n s t e r r a -

d o " ,

  c o m o

  é l

  diría,

  a

  M é x i c o

  e n

e l a ñ o 3 8 . s e

  in co rp o ró

  a la

C a s a  d e  E s p a ñ a ,  a l  t i e m p o  q u e

c o m e n z a b a  a  d i c t a r cu r so s  en la

U n i v e r s i d a d .  E s  difícil resumir

e n  p o cas l í n eas  la  increíble

f e c u n d i d a d  d e s u  labor in te lec-

tual  e n  Méx ico , co mo es tu d io so

d e l  p e n s a m i e n t o  e n l o s  p a í ses

d e

  h ab la h i sp an a , t eó r i co

  de l a

his to r ia  d e l a s  ¡d eas  y  p r o m o t o r

d e  s e m i n a r i o s  e  in v es t ig ac io n es .

La

  i m p o r t a n c i a

  d e s u

  labor crea-

d o ra

  y

  cívica,

  q u e l e

  h acen

f ig u ra in d i sp en sab le p a ra

  la

i n t e l ecc ió n

  d e l

  p e n s a m i e n t o

  d e

América Lat ina ,  s e  a g i g a n t a  v i s -

t a

  d e s d e

  la

  perfecta ins ign i f i -

can c ia

  d e l a

  f i l o so f í a acad émica

e s p a ñ o l a  d e l o s  ú l t imo s t r e in t a  y

t a n t o s a ñ o s .

  T a l

  ins ign i f icancia

s e

  d e b e ,

  e n

  p r imord ia l medida,

a q u e

  n u es t r a U n iv e r s id ad

  s e

v i e r a m u t i l a d a  d e  h o m b r e s

c o m o G a o s , t a n t o c o m o  a l as

r a z o n e s h i s t ó r i c a s c a u s a n t e s  d e

esta mut i lac ión .

D e s u

  labor in te lectual cabe

d e s t a c a r , a d e m á s  d e s u  cé l eb re

t r a d u c c i ó n  d e " S e r y  T iemp o " ,

d e  H e id eg g er , au tén t i ca  " r e -

c r e a c i ó n "  d e l  t ex to ,  s u  gran

e s t u d i o  " D e l a  f i l o so f í a"  (1 ) ,

t r a n s c r i p c i ó n  d e u n o d e s u s c u r -

s o s e n l a

  U n iv e r s id ad mex ican a .

Allí enuncia  l o s  p r incip ios  d e l o

q u e

  l l a m ó

  — y h o y

  l l a m a n

muchos— "f i losof ía  d e l a  f i loso-

f í a " ,  h o n d a med i t ac ió n so b re  la

vocación f i losóf ica ,  s u  a l c a n c e  y

s u  re la t ivo f racaso . Gaos , lúci -

d a m e n t e , d e n u n c i a  l a s  p r e t e n -

s i o n e s " o b j e t i v a n t e s "  d e l a  f i lo-

so f í a , i n sep arab les  d e l o s m á s o

m e n o s c o n f e s a d o s c i e n t i f i s m o s

d e l

  m o m e n t o ,

  y

  d e f i e n d e

  la

  vali-

d e z

  r a d i c a l m e n t e s u b j e t i v a

  de l a

invest igación f i losóf ica; pero  s u

visión  d e l a  su b je t iv id ad  s e  aleja

d e l o q u e

  p e y o r a t i v a m e n t e

  s e

l l ama " su b je t iv i smo " ,  al  c e n t r a r -

s e e n e l  s u j e t o c o n c r e t a m e n t e

m u l t i d i m e n s i o n a l , d e t e r m i n a d o

his tó r ica  y  c u l t u r a l m e nt e .  E n ú l -

t imo término , adv ier te  lo i lu -

sor io

  de l a fe en l a

  t r an smis ib i l i -

d a d

  a c a d é m i c a

  de l a

  f i losof ía :

  el

p r o f e s o r

  d e

  f i losof ía

  n o

  p u ed e

asp i ra r  a  o t r a c o m u n i c a c i ó n  q u e

la

  co n fes ió n p e r so n a l

  q u e

  relata

la   ex p er i en c ia  d e  pensar . Este

c r i t e r i o — ¿ n e c e s i t a r é  c o m -

p ara r lo  c o n l a  d o c t r in a  d e l o s

a c a d é m i c o s  q u e  t e n e m o s  m á s a

mano?— implica  u n  c o n s t a n t e

p o n e r  e n  c u e s t i ó n  l a s  p ro p ias

o p in io n es ,  u n a  in in te r ru mp id a

a u t o c r í t i c a . E s t a e s p l é n d i d a

ac t iv id ad  d e l  g ran p en sad o r

e s p a ñ o l  s e v i o  c o r t a d a  p o r l a

t e m p r a n a m u e r t e  d e  G a o s ,  e l

a ñ o 6 9 d e s u  vida  y d e l  siglo.

Mu r ió  e n u n  t r ibunal  d e  tes is

d o c t o r a l e s ,  e n  p lena función

a c a d é m i c a  d e e s a  U n iv e r s id ad  a

l a q u e  hab ía serv ido  c o n  t a l an te

( 1 ) " D e l a

  f i lo so f ía" . Jo sé G aos ,

F . C . E „ 1 9 6 2 .

cr í t ico  y  v o c a c i ó n  d e  d e s e n g a -

ñ o , e s

  deci r , fér t i lmente .

C o m o  y a h e  m e n c i o n a d o ,  u n o

d e l o s  c a m p o s  q u e  Gaos cu l t ivó

c o n

  m a y o r p r o f u n d i d a d

  es e l de

la

  historia

  d e l a s

  id eas . P rec i sa -

m e n t e ,

  s u

  ú l t imo gran curso

un ivers i tar io versó sobre es te

t e m a ;

  s u s

  d i sc íp u lo s

  h a n

  t en id o

e l  c u i d a d o  d e  ed i tar lo para qu ie-

n e s n o

  t u v i m o s

  la

  s u e r t e

  d e

  oírle

— d e

  G a o s

  s e h a

  d i c h o

  q u e

" q u ien  n o l e o y ó , l e  perd ió" ,

p u e s  e r a u n  f o r m i d a b l e p r o f e -

sor— bajo  e l  t í tu lo "His to r ia  d e

nuest ra idea

  d e l

  m u n d o "

  (2 ) . La

a m p l i t u d

  d e l a

  e m p r e s a

  q u e

G a o s a c o m e t e  e s  r e a l m e n t e

a b r u m a d o r a :  s e  t r a t a  d e  t razar

e l  c a m i n o  d e l a s  ideas re l ig io -

s a s ,  c ien t í f icas , po l í t icas , f i losó-

f i c a s , e s t é t i c a s  d e  O c c i d e n t e

d e s d e  la  Edad Media has ta

n u es t ro s d í as .  E s u n a  h i s to r i a  e n

e l

  s e n t i d o f u e r t e

  de la

  ex p res ió n :

n o

  s i m p l e e n u m e r a c i ó n

  d e

a c o n t e c i m i e n t o s

  m á s o

  m e n o s

sanguinar ios , s ino

  la

  evolución

racional

  de l a

  visión

  q u e e l h o m -

b r e h a

  t en id o

  d e l

  m u n d o ,

  d e s u s

d e b e r e s

  y d e s u s

  e s p e r a n z a s .

i

T o d av ía  s e  p r e s e n t a  c o n  cierta

f r e c u e n c i a  la  c u e s t i ó n  d e  cuál  e s

la  re lación en t re  l a s  g r a n d e s

¡d eas cu l tu ra l e s  y e s a  v a g a  a b s -

(2 )

  "Historia

  d e

  nuestra idea

  d e l m u n -

d o " , F . C . E „ 1 9 7 4 .

1 2

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 121/132

C O N G R E S O

  o s

E X T R A O R D I N A R I O

D E L P S O E

1921

t r a c c i ó n l l a m a d a " r e a l i d a d " ,

c uyo e mble ma sue le

  s e r l a i m a -

g e n  s o m e t i d a  d e u n  p icapedrero

o la   c a be z a  d e u n r e y  c lavada  e n

u n a

  pica.

  E s

  e v ide n te

  q u e l a s

ideas refle jan

  ( ? ) l o q u e h a y ,

pue s , e fe c t iva me n te , t odo

  p e n -

s a m i e n t o

  e s

  p e n s a m i e n t o

  de l o

real

  — o, s i no , no e s

  rea l pensa-

m i e n t o — . P e r o

  e s

  p r e c i s o

ac la ra r

  q u e

  ninguna ciencia

  " i n -

f r a e s t r u c t u r a " — e c o n o m í a ,

biología , historia polí t ica . . .—

a g o t a  c o n s u  in te rpre tac ión  e l

se n t ido

  d e l a s

  c o n c e p c i o n e s

f i losóf icas  o  a r t í s t icas , reduc ién-

do la s  al  l e ngua je  de l a  "realidad

de la  b u e n a "  q u e  e l las manejan .

A u n q u e ,

  p o r

  s u p u e s t o ,

  l o s

r e d u c c i o n i s m o s  n o  p re t e nde n

m á s q u e

  d isculpar

  la

  ignorancia

de la

  cosa misma. Ant ídoto

  c o n -

t r a

  ellos

  e s

  este espléndido l ibro

d e

  Gaos,

  q u e , e n

  pr imer té rmi-

n o ,

  s o r p r e n d e

  po r l a

  c a n t ida d

  d e

c o n o c i m i e n t o s e s t r u c t u r a d o s

  e n

é l . N o

  sólo

  h a y q u e

  t e n e r

  u n a

c u l tu ra ve rda de ra me n te omni -

comprensiva para tocar todos

l o s

  c a m p o s

  c on l a

  bri l lantez

  c o n

q u e l o  hace Gaos, sino  — l o m á s

importante—

  u n

  c onoc imie n to

e n

  p ro fund ida d

  d e q u é e s l a h i s -

toria

  de la

  cultura , para ,

  p o r t a n -

t o , d e

  toda

  la

  m a s a

  d e

  obras

posib le

  s e r

  c a pa z

  d e

  elegir

  lo

esencial .

La  obra comienza  c o n l a  visión

medieval  d e l  mundo, es tudiada

e n  t r e s p e r e m n e s m o n u m e n t o s :

la

  ca tedra l

  d e

  Char t res ,

  la  S u m -

iría Theologica  y la

  "Divina

Comedia". Desde este principio,

v e m o s

  q u e e s

  vo lun ta d

  d e

  Ga os

n o

  de ja r fuera

  d e

  juego ninguna

expresión

  d e l

  p e n s a m i e n t o ,

  p e r -

t e ne z c a

  al

  c a m p o

  q u e

  p e r t e n e z -

c a .

  Efectivamente, f ie l

  a

  esta

disposic ión ,

  el

  r e s to

  d e l

  curso

e s tud ia rá suc e s iva me n te ob ra s

f i losóf icas , como

  la

  "Crítica

  d e

la

  razón pura"; l i terarias, como

e l

  t e a t ro

  d e

  Moliére

  o e l

  Quijote:

rel igiosas, como

  l o s

  "Ejercicios"

d e S a n

  Ignacio

  o el '

  Manif ies to

a l a

  n o b l e z a "

  d e

  L

út er o; científi

cas

c o m o

  l a s

  t e o r í a s

  d e

  Galileo,

H u y g e n s  o  Newton; polí t icas,

c o m o

  e l

  "Le v ia thá n"

  d e

  Hobbe s

o e l

  "Ma n i f i e s to c omun i s t a " ,

  y

l ibros

  d e

  v i a j e s , t r a t a dos

  d e

derecho in te rnac iona l , manif ies-

t o s d e  e s t é t i c a  o  e c onomía . . .  N o

s e  t ra ta  d e u n a  anto logía  m á s o

m e n o s a r b i t r a r i a

  n i d e u n a

galería  d e  cur iosidades: Gaos

s a b e d e s e n t r a ñ a r

  la

  formación ,

de sa r ro l lo

  y

  dec l inar

  d e l a s c o n -

c e p c i o n e s f u n d a m e n t a l e s

  q u e

h a n

  regido

  la

  relación intelec-

tual

  d e l

  h o m b r e

  c o n s u

  vida.

  Lo

q u e s e

  de sp l i e ga

  a

  t r a v é s

  de la

"Histor ia  d e  nuest ra idea  de l

m u n d o "

  e s u n a

  razón

  e n m a r -

c h a ,

  e n f r e n t a d a

  a la

  ne c e s ida d ,

a t e n t a

  a l o s

  de sc ubr imie n tos ,

r e v e r e n t e a n t e  lo  s a g r a d o ,

a uda z f re n te  a lo  prohibido,

s o m e t i d a

  a l o s

  in t e re se s ,

  la

a u to r ida d  y el  error, pero rebel-

d e d e  a lgún modo ante es tas

c o a c c i o n e s .

  S i

  p u d i é r a m o s

  q u i -

tarle

  s u

  mat iz

  d e f e e n e l

  p rog re -

s o a l

  t í tulo

  d e l

  libro

  d e

  Croce,

d i r í a mos

  q u e

  es ta obra

  d e

  Gaos

n o s

  m u e s t r a

  " l a

  historia como

ha z a ña

  de l a

  l ibertad". Pero

  n o

u n a

  l ibertad

  q u e

  avanza inin-

t e r rumpida  y  n e c e s a r i a m e n t e

hac ia  lo  mejor, sino  u n  c o n s t a n -

t e  de ba t i r se e n t re r e t roc e sos  y

conquis tas , cuyo ba lance nunca

p u e d e

  s e r

  definit ivo

  s i n

  c a e r

  e n

lo   ilusorio...  o e n l o  t r a n s h u m a -

n o .

J o s é G a o s :  u n  a c a d é m i c o  s in

dogma s . Como pod ía

  s e r u n

f i lósofo ,

  u n

  rec tor

  d e

  Universi-

d a d , el a ñ o 3 6 e n

  Espa ña .

  •

FERNANDO SAVATER.

1921: EL P.S.O.E.

Y EL

COMUNISMO

EN

  ESPAÑA

La

  revolución técnica experi-

m e n t a d a

  en la

  reprograf ía p lan-

t e a

  c a da

  v e z c o n

  mayor in tensi -

d a d e l

  t e m a

  de l a

  reedición

  d e

t e x tos  d e  historia política, ahora

so rp re nde n te me n te f á c i l

  u n a

v e z

  p roduc ida

  la

  localización.

  La

tradicional edición crítica tiende

a

  diluirse

  e n u n a

  reimpresión

q u e ,

  ha b i tua lme n te ,

  la

  e mpre sa

editorial

  s e

  e nc a rga

  d e

  calificar

d e  reve ladora . Vaya como e jem-

p l o l a a ú n  reciente publicación

p o r

  Editorial Zero

  d e l

  Congreso

d e l

  PSOE

  d e 1 9 2 1 , e n e l q u e s e

c o n s u m a  la  escisión socialista

e n  t o r n o  a la  Tercera Internacio-

na l ( 1 ) . U n

  breve recuerdo

  d e l o s

h e c h o s p u e d e s e r v i r p a r a

eva luar ,

  a

  t r a v é s

  de la

  omisión

d e l

  c on te x to ,

  e l

  sentido real

  d e

este t ipo  d e  ediciones.

E l 1 3 d e

  abril

  d e 1 9 2 1 , al

  finali-

zar e l

  t e rc e ro

  d e l o s

  c ongre sos

extraordinar ios

  q u e l a

  dirección

d e l

  Part ido Socialista Obrero

Español había convocado  c o n -

s e c u t i v a m e n t e  e n  m e n o s  d e a ñ o

y

  medio para

  q u e e l

  par t ido

  s e

pronunc ia se sob re

  la

  acti tud

  a

a dop ta r a n te

  la

  existencia

  d e

d o s

  In te rnac iona les Obreras ,

  s e

p r o d u j o

  la

  esc is ión mediante

  la

cual nació

  el

  Part ido Comunista

Obrero Español

  ( no e l

  Partido

Comunista Español, como reza

la

  p o r t a d a

  d e

  Zero).

  N o e r a , s i n

e m b a r g o ,  la  primera escisión

c o m u n i s t a  q u e s e  l levaba  a a c a -

b o e n e l  s e n o  d e l  movimiento

o b r e r o e s p a ñ o l . J u s t a m e n t e

  u n

a ñ o

  a n t e s ,

  e l 1 5 d e

  abril

  d e

1 9 2 0 , l a

  Federac ión

  d e

  J u v e n -

i l )  Congreso Extraordinario

 de l

 PSOE,

1 9 2 1 .  Nacimiento  d e l  Partido Comunis-

ta

  Español.  E d .

  Zero,

  1 9 7 4 .

  Distribuye

Z Y X .

121

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 122/132

t ude s Soc ia l i s t a s ,

  a

  in s t a nc ia s

d e s u

  Comité Nacional, había

de c id ido a ba ndona r

  el

  ma rc o

d e l

  soc ia l i smo e spa ño l

  y

  t r a n s -

f o r m a r s e

  e n

  o rga n iz a c ión c omu-

nista

  ( ya e n

  d i c i e mbre

  d e 1 9 1 9 ,

e n e l

  c u r s o

  d e u n

  c o n g r e s o ,

  s e

a c o r d ó

  la

  in tegrac ión

  en la

In te rnac iona l Comunista )

  c on l a

d e n o m i n a c i ó n , e s t a

  ve z s í , de

P a r t i d o C o m u n i s t a E s p a ñ o l .

P o s t e r i o r m e n t e ,

  a

  principios

  d e

1 9 2 2 ,

  a mba s o rga n iz a c ione s ,

de l a

  m a n o

  d e

  Antonio Grazia-

de i , e l

  d e l e g a d o

  de la IC, se

fusionar ían , dando or igen

  al

def in i t ivo Par t ido Comunista

  d e

España .

A l g u n a s

  d e

  es tas prec is iones

q u e

  a n t e c e d e n , o t r a s

  n o , l a s

h a c e  la  Editorial Zero  e n su

pe que ño p ró logo

  d e

  página

  y

me dia

  a s u

  rec iente ed ic ión

  d e

l a s  r e s e ñ a s  q u e e n e l  diario

  El

Socialista

  a p a r e c i e r o n  a lo  largo

d e l  te rcer congreso ext raordi -

nario

  a q u e n o s

  r e f e r í a m o s

  a l

í

principio. Consta

  e l

  libro

  d e d o s

p a r t e s ,

  e n l a

  pr imera

  d e l a s

c u a l e s

  s e

  r e c o g e n a l g u n o s

a s p e c t o s

  d e l

  deba te previo

  a l

c ongre so , t a l e s c omo

  la

  solici-

t u d d e

  ingreso (condic ionada)

en la  Tercera In te rnac iona l ,  la

r e s p u e s t a  d e l  Comité Ejecutivo

d e  é s t a , e t c é t e ra , mie n t ra s  q u e

la

  s e g u n d a

  s e

  re f ie re

  a l

  c o n g r e -

so e n s í .

In s i s t imos  e n q u e e s  s i e mpre

posit iva  la  edic ión  d e  este t ipo

d e  d o c u m e n t o s h i s t ó r i c o s ,  si se

t r a t a

  d e

  lograr

  u n

  mayor conoc i-

m i e n t o

  d e

  nuest ro pasado próxi-

m o y e n  e spe c ia l  de l o  relativo

al  mov imie n to ob re ro , muc hos

d e

  c u y o s a s p e c t o s

  h a n

  sido difí-

ci les

  d e

  t r a t a r púb l i c a me n te

has ta es t os ú l t imos t iem pos .

Nada , pues ,

  q u e

  ob je t a r

  p o r

nue s t ra pa r t e

  a

  esta labor, todo

l o

  c o n t r a r i o . C r e e m o s ,

  s i n

e m b a r g o ,

  q u e l a

  r e e d i c i ó n

re qu ie re c omo ind i spe nsa b le

  el

a c o m p a ñ a m i e n t o ,

  s i no de un

e s tud io e xha us t ivo ,

  s í

  c ua ndo

m e n o s

  d e u n a

  ampl ia in t roduc-

ción

  o d e

  unas notas crí t icas

q u e

  s i túe n

  a l

  lec tor

  e n e l

  ma rc o

his tór ico

  d e l o s

  h e c h o s

  c o n l o s

q u e s e v a a

  e n f r e n t a r

  y que l e

prec isen toda

  u n a

  se r ie

  d e

  c u e s -

t ione s de sc onoc ida s pa ra

  el

h a s t a  e s e  m o m e n t o  m á s o

m e n o s p r o f a n o  e n e l  t e m a .  D e

lo

  contra r io , apar te

  d e u n

  c o n o -

cimiento parcial

  y

  p o c o f u n d a -

m e n t a d o ,  s e  corre  el  peligro  d e

q u e l a s

  c onc lus ione s e x t ra ída s

tengan escasa va l idez .

Pueden servir

  d e

  e j e m p l o

  l a s

a f i r m a c i o n e s  t a n  t a j a n t e s c o m o

poc o r igu rosa s  q u e  incluye  la

no ta

  d e

  presentac ión edi tor ia l :

" D e u n a

  lec tura se rena ,

  y

  mov i -

d o p o r e l

  d e s e o

  d e

  invest igar ,

  s e

de duc i rá f á c i lme n te

  q u e n o e s l a

m o d e r a c i ó n

  ni el

  espíri tu social-

d e m ó c r a t a

  lo q u e

  llevaría

  a la

mayoría

  d e l

  PSOE

  a n o

  a dhe r i r -

se a la

  In te rnac iona l Comunis-

t a ,

  s ino e xc lus iva me n te

  la

  obli-

g a t o r i e d a d

  d e l a s 2 1

  condic io-

n e s ( 2 ) ,  a l g u n a s  d e  e l las imposi -

b les  d e s e r  aceptadas , pr inc ipa l -

m e n t e  l a 2 1 , q u e  l levaba  a l p a r -

t ido

  a u n a

  escisión obligatoria .

" E n e l  C o n g r e s o  n o s e  a b a n d o -

n a n l a s  t e s i s  d e l  soc ia l i smo

revoluc ionar io , como comunis-

t a s y  s o c i a l d e m ó c r a t a s ,  d e d e n -

t r o y d e

  fue ra

  d e l

  par t ido ,

  h a n

q u e r i d o h a c e r

  v e r . A s í , p o r

e je mplo ,

  la

  t o m a

  d e l

  poder polí-

t ico,

  al

  m a r g e n

  d e l

  juego par la -

me n ta r io ,

  v la

  n e c e s i d a d

  d e

i m p l a n t a r

  la

  D i c t a d u r a

  d e l

Prole ta r iado ,

  s e

  m a n t i e n e n

  y

d e f i e n d e n

  e n

  boca incluso

  d e

a l g u n o s

  d e s u s m á s

  d e s t a c a d o s

líderes".

N o e s

  nuestra intención discutir

e l

  carác te r genera l

  d e

  es tas a f i r -

m a c i o n e s .  E n  primer lugar,  p o r -

q u e e l  e s t r e c h o m a r c o  d e u n a

( 2 ) S e  t ra t a  d e l a s 2 1  c o n d i c i o n e s  q u e

e l  s e g u n d o c o n p r e s o  de l a  Internacional

Comunis t a , ce l ebrado

  e n

  julio

  d e 1 9 2 0 ,

es ta blec ió co mo f i l tro ' obl igator io para

t o d a s

  l a s

  o r g a n i z a c i o n e s

  q u e

  p r e t e n -

dieran ingresar

  en l a. IC S e

  re fe r í an

  f u n -

d a m e n t a l m e n t e  a la  táct ica ,  la  e s t r a t e -

gia y a  de te rminados de ta l l e s o rganiza t i -

v o s d e l o s  fu turos pa r t idos comuni s t a s .

r e c e ns ión

  n o e s e l

  lugar apro-

piado,

  y , e n

  segundo té rmino,

p o r q u e c r e e m o s

  q u e l a

  práctica

polí t ica anterior

  y

  pos te r io r

  d e l

PSOE

  h a

  d i luc idado suf ic iente -

me n te e s t a c ue s t ión . Conc re ta -

m e n t e , d e s d e

  la

  esc is ión hasta

1 9 3 9 ( p o r

  re fe r i rnos exc lusiva-

m e n t e

  a la

  v ida "públ ica"

  de l

partido)  h a  h a b i d o  e n  España

s u f i c i e n t e s m o m e n t o s  d e  crisis

p a r a  q u e e n  e l l o s h o m b r e s

como Besteiro, Prieto, Saborit ,

Largo,  D e l o s  Ríos, e tcétera ,

h a y a n m o s t r a d o n e t a m e n t e ,

cua lquie ra  q u e  fue ra ,  s u  o r i e n ta -

ción ideológica.  A s í ,  p u e s ,  e s e

a s p e c t o

  n o n o s

  a t a ñ e

  e n

  es te

m o m e n t o .

  L o q u e s í

  p o n e m o s

e n

  c ue s t ión

  e s l a

  a f i rmación

c onc re ta  d e q u e d e l a  exclusiva

l e c t u r a

  d e l a s

  c r ó n i c a s

  ( n o

a c ta s )  q u e d a

  El

  Socialista  ( p u -

bl icac ión contro lada  p o r l o s

ant i te rcer is tas)

  s e

  d e s p r e n d a

q u e e l

  PSOE

  n o

  a b a n d o n a r a

  l o s

princ ip ios

  d e l

  soc ia l i smo revolu-

cionario.

  N i l a s

  r e so luc ione s

f ina les

  ni las

  m a n i f e s t a c i o n e s

q u e l a s d o s

  tendenc ias h ic ie ron

e n e l  c u r so  d e  es te te rcer  c o n -

greso ext raordinar io  s o n  va lo ra -

b les  e n s u  ju s t a me d ida  s i no e s

e n

  íntima conexión

  c o n l o

  s u c e -

d i d o  e n l o s d o s  c o n g r e s o s

extraordinar ios an te r iores .

El

  p r ime ro

  d e

  ellos tuvo lugar

  e n

d ic i e mbre

  d e 1 9 1 9 y f u e

  c o n v o -

cado, según dec ía

  la

  propia

c i rcula r-convoca tor ia , an te  l a s

re i te radas pe t ic iones  q u e e n e s e

sent ido habían hecho d iversas

a g r u p a c i o n e s .

  E n

  e s t e m o m e n t o

toda v ía

  la

  b a s e

  d e l

  p a r t i d o

  n o

ha b ía a sumido ma yor i t a r i a me n-

t e ,

  como ocurriría luego,

  la

s i tuac ión

  d e

  ba nc a r ro ta

  e n q u e

s e

  e n c o n t r a b a

  la

  Se gunda In te r -

na c iona l c omo c onse c ue nc ia  d e

s u  c o m p o r t a m i e n t o  en la pr i -

mera guerra mundial .  Amparán

dose

  e n

  es ta c i rcunstanc ia ,

  la

mayoría

  de la

  d i recc ión

  d e l

PSOE apoyó

  la

  t e s i s se gund i s t a

m e d i a n t e

  u n

  d i c t a m e n

  de la

Comisión Ejecutiva

  q u e

  leyó

Beste i ro

  y q u e

  c onc lu ía

  d e l

1 2 2

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 123/132

s igu ie n te modo :

  " L a

  Comisión

Ejecut iva propone

  al

  Congre so

q u e ,

  le jos

  d e

  contribuir

  a

  debili-

t a r l o s  o rga n i smos in t e rna c io -

na les ex is ten tes , procure nues-

t r o  p a r t i d o f o r t a l e c e r l o s  e

i n f l u e n c i a r l o s

  e n e l

  s e n t i d o

ante r iormente indicado,  y , po r l o

t a n to ,  q u e  a c ue rde ma n te ne r  s u

a d h e s i ó n  a la  Se gunda In te rna -

cional,  q u e  c ons t i tuye  la  o rga n i -

zación

  m á s

  pode rosa

  h o y

  exis-

ten te , cuyas dec is iones ,

  si su

potenc ia l idad

  n o e s

  i m p r u d e n t e -

mente debi l i tada , pueden e je r-

c e r u n a

  influencia eficaz sobre

e l

  desarro l lo

  d e l o s

  a c o n t e c i -

m i e n t o s m u n d i a l e s

  e n

  e s t e

momento c r í t ico  de la  historia".

Previamente , Baste i ro  s e  había

re fe r ido

  a la

  solidaridad

  c on l a

Revolución rusa, pero,

  a c a m -

b io , e n e l

  d i c t a m e n

  de la

  Ejecu-

tiva,

  ni

  s iquie ra

  s e

  hacía

  m e n -

ción  a la  p a r t e  de la  p ropue s ta

q u e  apoyaban, re la t iva  a la  posi -

bilidad  d e  impone r sa nc ione s  a

a q u e l l o s e l e m e n t o s

  d e l a

S e g u n d a I n t e r n a c i o n a l c u y a

c onduc ta du ra n te

  la

  guerra

  n o

hubiera sido acorde

  c o n l o s

principios socialistas. Como

  e s

obvio,

  p o r s u

  pa r t e ,

  l o s

  fu tu ros

c omun is t a s p ropon ía n , a rgu -

me n ta ndo c on t ra  e l  r e fo rmismo

de la  S e g u n d a ,  la  e n t ra da inme -

diata

  en la

  rec ién fundada

  T e r -

cera Internacional.

A

  pe sa r

  de l a

  derro ta ,

  la

  fracción

" te rcer is ta" s iguió  c o n s u  línea

d e  a c tua c ión  y  logró  la  c o n v o c a -

toria  d e u n  nuevo congreso se is

m e s e s

  m á s

  t a rde ,

  e n

  junio

  d e

1 9 2 0 ,

  para deliberar sobre

  el

mismo t e ma .

  En

  es ta ocasión ,

ha s t a

  el

  o rde n

  d e l d í a f u e

  obje to

d e  durísima lucha  en e l  s e n o  d e

la

  Ejecutiva (Besteiro, Largo

Caballero, Saborit, Lucio Martí-

n e z ,

  Núñe z Tomá s , La mone da

  y

Núñe z  d e  Arenas) ,  q u e  d o m i n a -

b a n l o s  a n t i t e rc e r i s t a s .  E n l a s

v í spe ra s  d e l o s  d e b a t e s ,  y  ante

l a  i m p o s i b i l i d a d  d e  s e g u i r

apoyando  a la  Segunda Interna

cional  —cuya inactividad había

a y u d a d o  e n  gran medida  a q u e

s e

  c ons igu ie se e s t e se gundo

congreso—,

  la

  f r a c c ión se gun-

dis ta

  de l a

  Ejecut iva comenzó

  a

ha c e r p ropa ga nda s i e mpre

  e n

c on t ra

  de l a

  Tercera, pero esta

v e z a

  f a vo r

  de l a

  " In te rnac iona l

d e l o s

  r e c ons t ruc to re s" , pa t roc i -

n a d a

  p o r l o s q u e , a u n

  r e c o n o -

c ie ndo

  el

  h u n d i m i e n t o

  de la

S e g u n d a ,

  n o

  e s t a ba n d i spue s -

t o s a

  a l ine a r se

  en la

  Te rc e ra .

  En

el  t r a n s c u r s o  d e l  congreso , es ta

p o s t u r a  s e  hizo inviable dado  el

ambiente genera l pro- te rcer is ta

y

  recurr ie ron

  a u n a

  maniobra

q u e l e s i b a a

  p roporc iona r

  l a v i c -

toria . Frente

  al

  ingreso puro

  y

s imp le

  en la IC,

  pa t roc ina do

  p o r

l o s

  t e rc e r i s t a s , opus ie ron

  e l

ingreso condic ionado: derecho

a la  a u t o n o m í a  en Id  tác t ica ,

d e r e c h o

  a

  revisar

  " a s í l a

  doc t r i -

n a

  definit iva

  de l a

  Tercera Inter-

nac iona l como

  l o s

  a c ue rdos

p o s t e r i o r e s

  d e

  é s t a " ,

  y

  de re c ho

a

  asist ir

  a

  t o d a s

  l a s

  r e un ione s

e n c a m i n a d a s

  a la

  unificación.

Ello significaba estar  y n o  es ta r

al

  mismo t i e mpo .

  U n a v e z m á s

t r iunfó  la  mode ra c ión  y  esta

p r o p u e s t a

  f u e

  a p r o b a d a

  c o n

8 . 2 6 9 v o t o s ,

  p o r 5 . 0 1 6 d e lo s

t e rc e r i s t a s

  y 1 . 6 1 5

  a b s t e n c i o -

n e s .

  Entre

  l o s q u e , a

  p e s a r

  d e

t odo , c on t inua ron a poya ndo

  el

seguir

  al

  m a r g e n

  de l a

  Tercera

Internacional estaban Prieto,

Largo, Besteiro  e  Iglesias.

El  r e s to pue de se gu i r se  a  t ravés

d e l

  libro

  q u e

  c o m e n t a m o s .

  E n

abril  d e 1 9 2 1 h a y  nue vos da tos

y l o s  a r g u m e n t o s u s a d o s  p o r l o s

se gund i s t a s ha s t a  el  m o m e n t o

s e v e n

  r e fo rz a dos

  po r l a

  de c i -

s ión toma da

  po r l a U G T e n e l

s e n t i d o

  d e

  rechazar

  la

  incor-

po ra c ión  a la  In te rnac iona l  S i n -

dical Roja,

  po r l a

  p u e s t a

  e n m a r -

c h a d e l o s  " r e c o n s t r u c t o r e s "  y

p o r l o  r iguroso  d e l a s 2 1  c ond i -

c i o n e s

  d e l a

  I n t e r n a c i o n a l

Comunis t a .

C o n l o  a n te r io r c re e mos  q u e

queda bastante c la ro  q u e ,  c omo

d e c í a m o s

  al

  principio,

  po r s í

solo

  e l

  C o n g r e s o

  d e 1 9 2 1 n o e s

r e l e va n te .  En e l  c o n j u n t o  de l

proc e so ,

  l a s 2 1

  c ond ic ione s

  n o

fueron s ino  u n  d a t o  m á s ( d e ú l -

tima hora)  q u e  sirvió  d e  a p o y a -

tura para insistir

  e n e l

  rechazo

de l a

  Tercera Internacional.

  P o r

otra parte ,

  e s

  d i f íc i lmente

  c o n -

ciliable

  la

  Dic tadura

  d e l

  Prole-

t a r i a d o ,

  q u e

  Beste i ro dec ía

a c e p ta r ,

  c o n l a

  pe rma ne nc ia

  e n

la

  Segunda In te rnac iona l ;

  e n

este sent ido , dec la rac iones

  d e

e s t e t i p o

  n o s o n

  s ino

  e s o :

dec la rac iones impresc indib les

e n  toda organización obrera  o

s e c t o r

  de l a

  m i s m a

  q u e

  quiera

s e g u i r m a n t e n i e n d o

  s u

  h e g e m o -

n í a . •  JAVIER VALERO.

UN  ANALISIS

DIVULGADOR

D EL

FENOMENO

V AMPIRICO

La

  e sc a sa a t e nc ión

  de la

  activi-

d a d  editorial hacia ciertas te má -

t i c a s

  d e

  índole folklórica, mági-

c a o  mitológica —con  la  excep-

ción

  d e

  unos c ua n tos vo lúme -

n e s a l  r e s p e c t o p u b l i c a d o s

d u r a n t e  l o s d o s  ú l t imos años  y

c o n

  d iversa opor tunidad

  y

  fo r tu -

n a p o r  Barral—, distingue  po r l o

insóli to

  la

  edic ión

  e n

  caste l lano

de l a

  Historia natural  de los

vampiros,  d e

  Anthony Maste rs ,

en la

  se r ie Enigmas

  d e l

  Univer-

s o , d e

  Editorial Bruguera.

S i g u i e n d o

  l a s

  l íneas

  d e

  investi-

gac ión

  e

  in te rpre tac ión t razadas

p o r e l

  ma e s t ro r e ve re ndo

  M o n -

tague Summers (autor , en t re

ot ros ,

  d e  T h e  Vampire,  his  kith

and k in , The

  history

  of

  witch-

craft  y  T h e  geography  of  witch-

craft)  y por la  escr i tora  y  a n tó lo -

g a

  Ornella Volta

  (The

  Vampire),

Anthony Ma s te r s  h a  e laborado

u n

  ma nua l ba s t a n te c omple to

( c o n  ma te r i a l e s  y a  conoc idos)

p o r l o q u e s e

  re f ie re

  a l

  análisis,

somero , pero correc to ,  de l a s

t e o r í a s

  e n

  to rno

  al

  v a m p i r i s m o

  y

1 2 3

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 124/132

a l os

  d ive r sos t e s t imon ios

  d e s u

exis tenc ia ,

  a s í

  c o m o

  a la

  inter-

p re t a c ión  d e l o s  va r i a dos  r i-

t ua l e s , sa c ros

  y

  profanos, para

s u  e rradicac ión .

La

  pr imera par te

  d e l

  libro

  s e

d e d i c a

  a l

  e s t u d i o

  d e l

  f e n ó m e n o

d e l  va mpi r i smo e n te nd ido c omo

u n

  m o r b o s o

  y

  d e m o n í a c o

  e s -

ta l l ido

  d e

  histeria colectiva,

  e n

e l q u e  j u e g a  u n  pape l pr imor-

dial  la  s imu l t á ne a a t r a c c ión /

avers ión

  d e l s e r

  humano hac ia

la  sangre como or igen  d e  toda

vida, capaz  d e  p roporc iona r  la

a nhe la da inmor ta l ida d me d ia n te

s u

  consumo reviv i f icante .

  A

  este

re spe c to ,  h a y q u e  se ña la r  el

p a p e l d e s e m p e ñ a d o

  p o r l a s a n -

g r e e n

  t o d a

  u n a

  se r ie

  d e

  ri tuales

a rc a ic os  d e  f e c u n d i d a d  y  revi-

ta l izac ión cuyas supervivenc ias

y

  se c ue la s de f ine n

  u n a

  línea

p rá c t i c a me n te in in te r rumpida

hasta nuest ros d ías . Pero  la

a t e n c i ó n

  d e

  M a s t e r s

  n o s e c e n -

t r a e n e s e

  á re a , d iga mos ,

  m á s

e spe c ia l i z a da

  y

  res t r ingida

  de l

t e m a

  p o r e l

  a pa ra to e rud i to

  q u e

s u

  invest igac ión requie re , s ino

q u e s e  dirige  a l o s  a s p e c t o s  m á s

d ivu lga dos

  y

  e s p e c t a c u l a r e s

  y

q u e , p o r l o

  tanto, inciden

  d e u n a

ma ne ra de c i s iva

  y m á s

  explícita

e n e l  e s q u e m a  d e  c reenc ias ,

t e r r o r e s

  y

  prác t icas co t id ianas

de l a

  colec t iv idad

  y d e s u f o l -

klore

  n o y a

  únicamente a rca ico ,

s ino ,

  e n

  ba s t a n te s oc a s ione s ,

inc luso ac tua l .  E n  es te sent ido

s e

  analiza,

  e n

  primer lugar,

  el

f e n ó m e n o

  d e l

  c a n iba l i smo

  y su

m á s  s o f i s t i c a d a p e r v e r s i ó n

se xua l :

  la

  necrofilia, dividida

  p o r

l o s  p s iqu ia t ra s  e n  a s e s i n a t o  l a s -

c ivo , necrofagia

  y

  ne c roe s tup ro .

S e

  e s tud ia n lue go

  l o s

  r i tua les

  d e

sacr i f ic io re lac ionados

  c on e l

cul to

  a l o s

  a n te pa sa dos , pa ra

c e n t ra r f ina lme n te  la  a tenc ión

e n e l

  aná l is is

  d e l

  f e n ó m e n o

c a ta l é p t i c o

  y e l

  e n t i e r ro p re ma -

tu ro

  d e

  c a d á v e r e s

  q u e n o lo s o n

t a n t o .

  En la

  c o n s i d e r a c i ó n

científica

  d e l

  f e nóme no va mpí r i -

co, la

  c a t a l e ps i a c ons t i tuye

  u n

c a p í tu lo funda me n ta l  p o r  c u a n -

t o , e n s u s

  d i fe re n te s a spe c tos

(cataplexia , parálisis

  e n e l s u e -

ñ o ,  c a t a l e p s i a p r o p i a m e n t e

dicha

  — la

  súb i t a suspe ns ión

  d e

la   sensib i l idad  y d e l  mov imie n to

voluntario—  y el  le targo histéri-

c o ) ,

  explica,

  o , po r l o

  me nos ,

a po r t a

  l o s

  d a t o s

  m á s

  rac iona les

pa ra

  la

  c o m p r e n s i ó n

  d e l

  f e n ó -

m e n o  d e  unos c ue rpos a pa re n -

t e m e n t e m u e r t o s

  y

  s ú b i t a m e n t e

d e v u e l t o s

  a la

  vida,

  lo q u e

  viene

a s e r ,  c o m o  s e  s a b e ,  e l e j e  bá s i -

c o y

  f u n d a m e n t a l

  de l a

  c reenc ia

e n e l  vampiro .

C u m p l i d a

  la

  p r ime ra pa r t e ,

ana l í t ica ,  la  s e g u n d a  e s u n a

recopi lac ión

  d e l a s

  c a ra c te r í s t i -

c a s y  p rá c t i c a s va mpí r i c a s  e n

l a s

  d i fe rentes á reas fo lk lór icas ,

v inc u la da s ,

  e n l a s

  par tes te rcera

y  c ua r t a ,  c o n l o s  r e spe c t ivos

r i tua le s pa ga nos  y  crist ianos,

c o n

  cuya considerac ión

  s e

  inicia

la  porc ión  m á s  floja  d e l  manual ,

e sc ue ta me n te c ons t ru ida , j un to

c o n  c a p í tu los de d ic a dos  a l v a m -

p i r i smo

  en la

  l i teratura ,

  e l

  tea t ro

y el

  c ine , reduc idos

  a u n a

  suc in -

t a

  relación

  d e

  noticias sobre

o b r a s

  y

  a u to re s , e l a bo ra da

  c o n

e l

  único cri terio

  de l a

  ace le rada

exposic ión . Pero ten iendo

  e n

cuenta es ta sa lvedad,  l a s d o s

pr ime ra s pa r t e s

  ( e n l a s q u e s e

no ta

  d e

  m a n e r a

  m á s

  sensib le

  la

influencia  d e  M o n t a g u e  S u m -

me rs)

  s o n u n a

  e xc e le n te a po r t a -

ción  al  c o n o c i m i e n t o  y  d ivu lga -

c ión popula res

  d e l o s

  r e s o r t e s

  y

fo rma c ione s c u l tu ra l e s

  e n u n o

d e l o s

  f e n ó m e n o s

  m á s

  p a v o r o -

s o s y

  f a s c i n a n t e s

  d e u n a

  H u m a -

nidad a te rror izada

  y

  a luc inada

por l a

  inqu ie tud fa n ta sma gór i c a ,

p roduc ida

  po r l a

  exis tenc ia

  m á s

allá  de l a  t u m b a .  •  EDUARDO

CHAMORRO.

OTROS LIBROS

RECIBIDOS

BA L A BA N O V , A n g é l i c a :  M I V I -

D A D E  RE BE L D E . E d i c i o n e s Ma r t í -

n e z  Roca . Co lecc ión Viv ido . Pr imera

e d i c i ó n . B a r c e l o n a .  1 9 7 4 .

BRO U E , P i e r r e :  EL  P A R T I D O  B O L -

CHEVIQUE. Ed i to r i a l Ayuso .  P r i -

me r a e d i c i ó n . Ma d r i d .  1 9 7 4 .

I SA SI A N G U L O , A ma n d o Ca r l o s :

D I A L O G O S  D E L  T E A T R O

E S P A Ñ O L

  D E L A

  P O S G U E R R A .

E d i t o r i a l A y u s o , Co l e c c i ó n Fu e n t e -

t a j a , n ú m e r o

  1 .

  P r i me r a e d i c i ó n .

M a d r i d ,  1 9 7 4 .

M A R T I , J o s é ,  y  CA ST RO , F i d e l :  D E

MA RT I

  A

  C A S T R O . E d i c i o n e s

  G r i -

j a l b o . Co l e c c i ó n

  7 0 .

  n ú m e r o

  7 1 .

P r i m e r a e d i c i ó n . B a r c e l o n a ,  1 9 7 4 .

MARX , Kar l : SE ÑO R VOGT .

  E d i -

t o r i a l Zero . Co lecc ión Bib l io teca

P r o m o c i ó n

  d e l

  Pu e b l o , s e r i e

  P , n ú -

m e r o  7 5 .  P r i me r a e d i c i ó n .  M a -

d r i d ,

  1 9 7 4 .

MARX, Kar l :  EL  M E T O D O  E N L A

E CO N O MI A PO L I T I CA . E d i c i o n e s

G r i j a l b o . Co l e c c i ó n  7 0 ,  n ú m e r o

1 0 0 .  P r i me r a e d i c i ó n . Ba r c e l o n a ,

1 9 7 4 .

MARX, Karl ,  y  E N G E L S ,  F . :  T E S I S

S O B R E F E U E R B A C H

  Y

  O T R O S

E S C R I T O S F I L O S O F I C O S .  E d i -

c i o n e s G r i j a l b o . Co l e c c i ó n  7 0 , n ú -

m e r o

  7 2 .

  P r i me r a e d i c i ó n . Ba r c e l o -

n a , 1 9 7 4 . i

M U Ñ O Z , V l a d i m i r o : A N T O L O -

G I A  A CRA T A E SPA Ñ O L A . E d i c i o -

n e s  G r i j a l b o . Co l e c c i ó n H i p ó t e s i s ,

n ú m e r o  7 .  P r i me r a e d i c i ó n .  B a r -

c e l o n a .  1 9 7 4 .

S N O W , E d g a r : C H I N A :  L A L A R -

G A   RE V O L U CI O N . A l i a n z a  E d i -

t o r i a l . Co l e c c i ó n  El  Libro  d e  Bolsillo,

n ú m e r o  5 5 1 .  P r i m e r a e d i c i ó n .

M a d r i d ,  1 9 7 4 .

USL AR PIETRI . Ar t u ro :

  LA

  OTRA

AMERICA. Al ianza Ed i to r i a l . Co lec-

c i ó n

  El

  Libro

  d e

  Bo l s i l l o , n ú me -

r o 5 5 3 .   P r i m e r a e d i c i ó n .  M a -

dr id ,  1 9 7 4 .

1 2 4

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 125/132

Cine

LA

  REFLEXION

HISTORICA

DE LOS

  HERMANOS

TAVIANI

Entre  los cineastas  que hoy  despiertan  un  mayor interés  por el rigor  y  novedad  de sus plantea-

mientos,

  así

  como

  por el

  alcance político

  de su

  obra, figuran

  en

  luaar

  de

  honor

  los

  hermanos

Paolo  y  Vittorio Taviani,  que  realizan  su  obra conjuntamente. Obrahasta ahora compuesta  por

Un

  uomo

  da

  bruciare (1962),

  I

 fuorilegge

  del

  matrimonio (1964) —ambas

  en

  colaboración

co n

  Valentino Orsini—,

  I

  sowersivi (1967), Sotto

  il

  segno dello Scorpione (1969),

  San

Michele aveva  un  gallo (1971)  y  Allonsanfan (1974).  Un  reciente ciclo  de la  Filmoteca

Nacional

  ha

 permitido analizar todas estas películas,

  de las que

  sólo

  la

 primera resultaba cono-

cida

  del

  espectador español

  a

  través

  de una

  breve exhibición

  en

  salas especiales .

  La

 presen-

cia física  ae los  hermanos Taviani  en  Madrid  y Barcelona  ha  hecho posible, además,  el encuen-

tro con  ellos  y la discusión  de su filmografía. Cuyos  dos  últimos títulos —quizá  los más  impor-

tantes  de  tocios— se  centran  en aos  momentos  de la  historia revolucionaria italiana:  la lucha

anarquista  y la de los grupos secretos  en el marco  de la  Restaurazione.  La visión  que de ambos

períodos proporcionan

  los

  Taviani

  y su

  relación

  con el

 presente

  nos ha

  llevado

  a

 entrevistarles

para TIEMPO  DE  HISTORIA:

—Evidentemente, vuestra

visión

  de la

  Historia

  no es

arqueológica,  no os limitáis  a

una

  simple reconstrucción

  de

hechos, sino  que los  contem-

pláis desde

  el

  presente...

—Sí; es que, aun  cuando  se

habla  de l  pasado,  se  hace

para hablar  d e l  presente.

Recorriendo

  la s

  etapas

  de la

Historia,  n o s  encontramos  a

menudo  co n  momentos  que

guardan analogías  con el pre-

sente,  q u e  contienen  u n a

serie  de  tensiones, interro-

gantes

  y

  contradicciones

  que,

si las

  hacemos revivir,

  nos

permiten hablar  de las tensio-

« R E C O R R I E N D O  L A S  E T A P A S  O E L A  H I S T O R I A .  N O S  E N C O N T R A M O S  A  M E N U D O  C O N  M O M E N T O S  Q U E  G U A R D A N A N A L O G I A S  C O N

E L  P R E S E N T E .  O U E  C O N T I E N E N  U N A  S E R I E  D E  T E N S I O N E S . I N T E R R O G A N T E S  Y  C O N T R A D I C C I O N E S  Q U E . S I L A S  H A C E M O S R E V I V I R ,

N O S  P E R M I T E N H A B L A R  D E L A S  I N T E R R O G A N T E S  Y  C O N T R A D I C C I O N E S  D E H O Y  M I S M O » , M A N I F I E S T A N  EN  E S T A E N T R E V I S T A

P A O L O  ( A L A  IZQ U IER D A )  Y  V I T T O R I O T A V I A N I , C U Y A O B R A A C A B A  D E S E R  O B J E T O  D E U N  C I C L O  E N L A  F I L M O T E C A N A C I O N A L .

1 2 5

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 126/132

ne s ,  interrogantes  y  contra-

dicciones

  d e h o y

  mismo.

  Y

ello  c on un  distanciamiento  y

u n a

  lejanía

  que ,

  creemos,

  nos

permiten

  s e r m á s

  lúcidos

  que

si

  hablásemos directamente

de los

  problemas

  q ue

  existen

a

  nuestro alrededor.

" L a  analogía  se  termina

aquí.

  Si

  alguien

  v a a

  buscar

en

  nuestras películas analo-

gías

  m á s

  estrechas,

  m á s

cerradas,

  se

  perderá,

  y , má s

todavía,

  si lo que

  busca

  e s

u n a

  ilustración histórica

  de

u n  período determinado  (un

profesor

  d e

  Historia,

  po r

ejemplo, seguro  que se  enfa-

daba viendo  lo que él  pensa-

r ía que  eran anacronismos  y

fallos  d e  documentación).

Para nosotros, todos

  los "en-

ganches"

  con la

  actualidad

—ya

  sean históricos, políticos

o

  ideológicos—

  se

  sitúan

  en

u n a

  etapa previa

  a la

  realiza-

ción

  d e l

 film.

 S on un a

  serie

  de

materiales sobre

  los que t r a -

bajamos duramente,

  qu e

 olvi-

damos

  en el

  momento

  de

comenzar

  a

 rodar

  y que , un i -

dos a

  otros muchos materia-

les de

  todo tipo,

  se

  trans-

fo rman  e n u n  organismo

audiovisual,  e s  decir,  en la

película.

"Podríamos poner  u n  ejem-

plo: en el

  caso

  d e

  "Allonsan-

f a n " ,

  ¿qué

  es lo que nos ha

sugestionado  en la  Historia

del  pasado?  M u y  sencillo,  la

Restauración.  La  Restaura-

ción tanto ayer como

  hoy. La

Restauración como grado

cero

  de un

  cierto momento

histórico-social...

"Después  de mi l  novecientos

sesenta

  y

  ocho,

  e s

  innegable

q u e

  todos hemos atravesado,

es t amos a t ravesando ,

  u n

momento

  de

  reflujo,

 de

  retor-

no, y

  también

  de

  espera,

  po r -

q u e

  p e n s a m o s

  q u e

  este

momento

  no

  será eterno.

  Lo

1 2 6

q u e

 nosotros queremos repre-

sentar

  e s

  precisamente este

momento

  a s í

 caracterizado.

  Y

es en ta l

  sentido como

  se pro-

duce  la  ligazón  con e l pasado .

—Pero, aunque vosotros

  os

refiráis

  al

  pasado para anali-

zar

 mejor

 el

 presente,

  la

 parte

esencial

  del

  conflicto

  que tra-

táis

  es

  históricamente cierta.

Quiero decir

  que, por

  ejem-

plo, el

  enfrentamiento entre

un  bakuninismo  y  un  socia-

lismo científico  que  reflqja

S a n

  Michele aveva

  u n

gallo

sí se

 prodigo como

  tal,

en

  realidad,

  por los

  días

  en

que

 vosotros situáis

  la

 pelícu-

la.. .

—Siempre decimos

  que " S a n

Michele aveva

  u n

  gallo"

  e s

nuestra película

  m á s

  exacta

desde

  el

 punto

  de

  vista histó-

rico. Pero

  así y

  todo,

  no de

u n a

  forma total, completa.

P o r

  ejemplo,

  los

  trajes

  de los

jóvenes

  que van en la

  segun-

d a

  barca

  no

  sólo

  son de

  fecha

m á s

  tardía

  que la que

  mues-

t r a l a

  película, sino

  que

podrían valer para

  hoy mis -

mo. . . Es

  decir,

  q u e

  incluso

  en

" S a n

  Michele..." existe

  u n

cierto forzamiento  de los

datos, aunque  se a  bajo  e sa

exactitud histórica

  que tú

dices . Exact i tud  q u e e n

" A l l o n s a n f a n "

  e s

  mucho

menor.

—¿Y es puramente casual  que

el

  único film vuestro

  que se

desarrolla

  en el

  presente

  sea

I  sowersivi , precisamente

una

  obra

  de

  crisis histórica,

de  personajes sometidos  a un

cambio decisivo  en su  vida?

—Bueno,

  es un

  presente rela-

tivo,  y a  algo alejado, porque

la

  película transcurre

  en los

días  de la  muerte  d e  Togliatti

y

  nosotros

  la

  hemos hecho

.

 varios años después.. .

  No es

tampoco

  u n

  film sobre

  la

actualidad, sino  m á s  bien  u n

r ep l an t eam i en t o

  d e

  años

anteriores.

"L o

  mismo podríamos decir

de " U n

  uomo

  d a

  bruciare",

q u e  realizamos  en  colabora-

ción

  con

 Valentino Orsini.

  Por

d os  motivos fundamentales

no es

  tampoco

  u n a

  película

q u e

  trate directamente

  de la

actualidad: primero, porque

recoge

  u n

  episodio sucedido

en

  Sicilia

  (la

  muerte

  de un

sindicalista  en  manos  de la

Mafia) varios años antes,

  y ,

segundo, porque para noso-

tros, toscanos,

  el

  acercarnos

a l Sur

  significa como

  u n

retorno

  en el

  pasado.

" N o h a y ,  entonces,  p o r  nues-

t r a

  parte,

  u n a

  respuesta posi-

ble a lo que  planteas, porque

cada película  es un  caso dife-

rente. Nuestra próxima  p e -

lícula,

  po r

  ejemplo, será

  c on -

temporánea..., bueno,

  c o n -

temporánea

  no ,

  porque

  lo son

todas,  a l  menos  e so  cree-

mos..., pero, vamos,

  que se

desarrollará directamente  en

u n

  tiempo actual. Pero

  n o

queremos teorizar sobre esto,

insistimos

  en lo ya

  dicho

antes:

  s i

  situamos

  a

  menudo

la

  acción

  en el

 pasado,

  es por

liberarnos

  de

  preocupaciones

y

 consideraciones

  de

 carác ter

extracinematográfico, extra-

artístico, difíciles  de no  tener

en

  cuenta

  si

  abordamos

  la

actualidad

  y

  poder acceder

—por

  el

  camino

  de un

  cierto

distanciamiento histórico—  a

u n a

  mayor lucidez

  y

  capaci-

da d de  reflexión.

—¿Nunca habéis pensado

hacer

  u n

 film sobre

  el

 período

fascista italiano?

—Todas nuestras películas

abordan,  d e  alguna manera,

el

  tema

  del

  fascismo...

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 127/132

«I   S O V V E R S I V I »  S E  D E S A R R O L L A  E N L O S  D I A S  D E L A  M U E R T E  D E L  D I R I G E NT E C O M U N I S T A P A L M I R O T O G L I A T T I . C O I N C I D I E N D O  C O N

E LL A. V A R I O S P E R S O N A J E S S O M E T E N  S U  V I D A  A U N  C A M B I O D E C I S I V O .  P O R  I J I M P L O . E T T O R E ( G I U L I O B R O G I )  Y S U  C O M P A Ñ E R A

G I O V A N N A ( F A B I E N N E F A B R E ) ,  A L  P A R T I R  EL  P A R A L U C H A R  E N L A  G U E R R I L L A V E N E Z O L A N A .

—Ya; pero digo  de una  forma

directa, inmediata, resuelta...

—Sí,  quizá  sí. . .  Siempre  he -

m o s

  pensado

  en

  aquel perío-

do

  como

  e n una

  etapa

  m u y

importante para aclarar cier-

tos

  puntos

  de la

  Historia

  i ta -

liana. Pero,  más que e l perío-

do

  fascista,

  n os

  interesa el,fin

del

 fascismo,

 ese

  momento

  de

transformación.

  Sin

  embar-

go, no  hemos planteado  a ún

nada concreto.

—En el  planteamiento previo

de una

  película

  de

  ambiente

histórico,  ¿os  documentáis

mucho sobre  la  época  que

vais

  a

  abordar?, ¿procuráis

tener  el  máximo  de  datos

posible?

—Una documentación

  e x -

haust iva . Para nosot ros ,

resulta fascinante encontrar-

nos con

  mundos

  que no

  cono-

cíamos,  o  conocíamos insufi-

cientemente.

  Es un

  trabajo

apasionante,  que nos  lleva

mucho tiempo

  y que

  incluye

todos  los  aspectos, desde  los

datos

  de los

  hechos

  a la

  loca-

lización

  de

  decorados, músi-

c a ,

  lenguaje

  de la

  época...

Pero todo ello queda cancela-

do en el momento  de empezar

a

  rodar, porque

  el

  film

  ya es

algo  q ue  debe funcionar  por

  mismo,

  s in

  ataduras

  de

ningún tipo. Pero insistimos

en que ese  trabajo  de  docu-

mentación

  es

  esencial para

nosotros, sobre todo porque

no s

  permite esclarecer cier-

t a s

  cosas,

  v e r

  cuál

  es la

  rela-

ción entre esos datos

  y e l nú-

cleo narrativo  que nos  intere-

sa  desarrollar.

—Sin embargo, vosotros

  no

sois unos documentalistas

  (lo

que está  m uy claro  en I sov-

versivi ,  por  ejemplo), Joris

Ivens

  ya os lo d\jo

  cuando

co laboras te i s  con é l en

L'Italia

  non é un

  paese

povero ...

—No,

  nosotros hacemos

  fic-

ción incluso cuando utiliza-

m o s o  partimos  de un  mate-

rial documental. Todas nues-

tras películas responden

  a

este planteamiento,

  a

  esta

premisa.

  •

  Entrevista realiza-

da por  FERNANDO LARA.

Fotos: RAMON RODRIGUEZ.

1 2 7

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 128/132

D

LOS HIJOS

D E «EL

FERNANDO»

El  dramaturgo  d o n  Manual

Pérez Casaux, autor  de La

familia

  d e

  Carlos

  IV ,

  envía esta

carta  a don  César Oliva —direc-

tor del

  Teatro Universitario

  d e

Murcia  y  coordinador  d e l  traba-

jo  colectivo  de E l  Fernando —,

en  respuesta  a lo que  este últi-

m o

  escribió

  a

  manera

  de pos-

data urgente

en las

 páginas

  9 8

y 9 9 de l

  segundo número

  d e

TIEMPO

  D E

  HISTORIA:

Querido César :

Y a

  i m a g i n a b a

  y o q u e

  algo malo

t e

  debía pasar ,

  y

  a ho ra

  l e o t u

p o s d a t a

  a t u

  crónica sobre

"E l  Fe rna ndo" (TIEMPO  DE

HISTORIA número

  2 ) , y

  c omo

c re o  q u e  d i c e s c osa s  q u e n o t i e -

n e n e l

  m e n o r a s o m o

  d e

  verdad ,

a h í v a m i

  p ro te s t a :

1 .

  L a

  familia

  de

  Carlos

  I V

( tema: i lus t rados, Jove l lanos,

e t c é t e r a ) . F r a n c a m e n t e  n o v e o

p o r  n inguna par te  q u e  tenga

n a d a

  q u e v e r c o n " E l

  Fe rna n -

d o " .

  Podr ía ex tenderme sobre

c ómo su rg ió  la  idea  d e  P a c o  S i t -

  s o b r e

  e l

  t e m a ,

  y

  t a n t o

  é l

como Pepe Arias —otro "fernan-

d i n o " — p o d r í a n d e m o s t r a r t e

me jo r

  q u e n o

  t iene conexión

a lguna d i rec ta  c o n " E l  Fe rna n -

d o " .

  Digo

  q u e n o

  quie ro exten-

d e r m e p o r q u e

  a h í

  e s t á n

  l a s d o s

obra s pub l i c a da s

  ( "E l

  Fe rna n -

d o " ,

  " Y o r i c k " 5 5 - 5 6 .

  " L a

familia . . ." , "Yorick"  6 1 ) .  Cual-

qu ie ra pue de c o te j a r a mbos

  t e x -

t o s y

  c o m p r o b a r

  q u e n o h a y n i

u n a

  so la f rase ,

  n i u n a

  sola si tua-

ción  q u e  r e c u e r d e  l o m á s  míni-

m o a " E l

  Fernando". Esti lo

  y

c o n t e n i d o p a r t e n

  y

  b u s c a n

e x t r e m o s

  m u y

  d i s t in to s .

  Si tú

—con

  e l

  c o ra z ón

  e n l a

  m a n o ,

  C é -

sar— crees

  q u e s í , p o r

  favor ,

  d í -

melo.

2 .

  L a s

  hermosas costum-

bres

( tema: Cortes

  d e

  Cádiz).

1 2 8

E

Esta obra  f u e  escr i ta  e n 1 9 6 5

( e n t o n c e s

  s e

  l l a ma ba

  " L a s c o s -

t u m b r e s  d e  este reino"),  e s

dec i r , s ie te años antes

  q u e " E l

Fe rna ndo" . Re c ue rdo

  q u e

  c u a n -

d o

  e m p e z á b a m o s

  "E l

  Fe rna n -

d o " t e  remití  u n a  copia para  q u e

aprovechases a lgún t rozo para

e l

  colectivo. Busca bien

  e n t u s

p a p e l e s

  y

  c o m p r u é b a l o .

  P o r

aque l la fecha (1965)

  la

  remit í

  a

Carlos  d e l a s  Heras, director

e n t o n c e s

  d e l

  g rupo

  d e

  t e a t r o

  de l

Ate ne o Jove l l a nos ,  d e  Gijón.

L a s

  Heras ,

  q u e n o m e

  dejará

ment i r ,  m e la  devolv ió d ic iéndo-

m e q u e

  a u n q u e

  é l

  e s t a b a

  d e

a c u e r d o

  c o n e l

  t e m a

  —la

de so r i e n ta c ión  d e l  p u e b l o  e n u n

t rance revolucionario—,

  en e l

monta je podr ía sonar  a  r e a c c io -

nario.

  E n

  rea l idad ,

  l o q u e

  pa sa ba

e s q u e l a

  obra

  e r a m u y

  floja.

Creo

  q u e

  t a m b i é n

  la

  leyó

  p o r

aque l en tonces Maruja López ,

q u e  r e c i e n te me n te ha b ía  m o n -

t a d o p r e c i s a m e n t e

  e n

  Gijón

  m i

obrita

  " L a

  c e na

  d e l o s c a -

m a r e r o s " .

  0 al

  m e n o s s u p o n -

g o q u e s e l o  c o m e n t a r í a  L a s

He ra s .

  N o

  e s toy se gu ro

  si t a m -

bién mandé copias  a  González

Vergel

  y a

  Gonza lo Medina ,

  de l

Premio Guipúzcoa .

  S e a

  c omo

fue ra ,

  ¿ n o

  c r e e s

  q u e

  s i e n d o

  y o

hijo  d e  Cádiz  y  habiendo escr i to

unas ve in t i s ie te obras  no i ba a

de d ic a r

  u n a a l

  m o m e n t o

  m á s

señ¿. .ddo

  de la

  historia

  d e C á -

d iz ?

  H a y m á s . Y o

  h i c e

  e l

Bachi l le ra to

  en e l

  colegio

  d e

S a n

  Felipe Neri

  y

  es tuve oyendo

Misa todos

  l o s

  d í a s ( ¡ | | ima g ína -

t e I I ) en la

  mismísima iglesia

d o n d e

  s e

  reunió aque l la asam-

b le a .

  ( P o r

  aque l los años,

  e l

archivo  y el  m u s e o  d e l a s  Cortes

e s t a ba n p re c i sa me n te jun to

  a l

colegio ,  y  al l í tomé  y o n o  poco

mater ia l para

  m i

  obra

  d e l 6 5 y

para  "E l  F e r n a n d o "  d e l 7 2 . )

Pero

  p o r s i e s o e s

  poc o ,

  m i

a b u e l o

  f u e u n o d e l o s

  g r a n d e s

e s t u d i o s o s

  d e l

  t e ma , ha s t a

  e l

punto —fíjate

  q u é

  cosas—

  d e

q u e e n e l a ñ o d e l

  c e n te na r io

( 1 9 1 0 )

  el

  c o n d e

  d e

  R o m a n o n e s

(j  hale )  le  c o n c e d i ó  la  medalla

d e

  plata

  d e l

  ídem. ¿Alguien

  s e

puede c reer

  q u e y o i b a a  apro-

vechar

  e l

 material  d e la  Facultad

d e

  Murcia —muy docta

  y m u y

honorable— teniendo  e n  casa

t o d o

  lo

  ne c e sa r io? ¿ Ade má s ,

¿qué mater ia l?

  ¿ E l

  m i s m o

  q u e

y o

  había apor tado?

3 .

  La  calidad.

  Gra c ia s  po r e l

cumpl ido , pero tan to

  m i

  part ic i-

pac ión

  e n "E l

  Fe rna ndo" c omo

l a s d o s

  ob ra s

  q u e

  c i t a s

  n o s e

d i s t ingue n  po r l a  ca l idad .  L a s

d o s

  o b r a s

  s o n

  f lo juchas , aunque

u n a d e  el las  s e  l levase  u n p r e -

m i o .

  Lóete

  la

  acer tada c r í t ica

  d e

Buero Vallejo

  e n

  "Yorick" sobre

" L a

  familia . . ." .

  E n

  c u a n t o

  a " L a s

c o s t u m b r e s . . . " , p o d r á s v e r l a

p ron to .  H a  s ido subve nc iona da

p o r l a

  Dirección General

  d e U n i -

ve rs ida de s pa ra

  u n a

  gira

  po r e l

país,

  y

  s u p o n g o

  la

  v e r á s

  e n M u r -

c i a . S i  puedes, habla  c o n s u

direc tor , José

  L.

  Alo nso (Teatr o

Libre

  d e

  Madrid),

  y é l te

  conf i r -

ma rá todo

  l o q u e v a a h í

  de la n te .

El  s a b e  q u e e s u n a  ob ra  m í a

"pr imi t iva" ,  y  t a m b i é n s a b e  lo

q u e

  s u d a m o s e s t e v e r a n o p a s a -

d o e n  Barce lona para hacer  d e

ella a lgo decente .

4 .  Colaboración.  L o q u e

  d ices

d e q u e  só lo  d o s d e l o s  ocho

—¿por  q u é e s a  o b s e s i ó n  d e

m a n t e n e r

  el

  número ocho?—

h a n

  vue l to

  a

  c o la bo ra r

  c o n

v o s o t r o s

  m e

  parece idea l ,

  y

  aquí

e m p i e z a s

  a

  tener razón. Verás.

Y o

  e s toy de se a ndo t r a ba ja r

  c o n

vosotros , pero b ien

  p o r m i

  t imi-

d e z ,

  bien

  p o r

  e s t e r e s p e t o

  q u e

l e s

  t e n e m o s

  a l o s

  d i rec tores ,

nunc a

  m e h e

  de c id ido

  a d a r y o

e l

  p a s o

  el

  p r ime ro . Ade má s ,

c re o

  e n l o s

  colec t ivos ,

  s i n o , p o r

favor, léete

  m i

  a r t icu le jo

  en la

s e p a r a t a  d e  "Pip i r i ja ina"  d e  final

d e a ñ o .  A d e m á s ,  y o  c o m e n c é  a

t raba ja r cont igo

  aquella

  versión

d e l

  Pluto,

  y m e

  d e j a s t e

  en la

c une ta . Ade má s ,  y o  e s toy t r a ba -

j a n d o

  ahora  con

  Joaki Arbide

s o b r e  u n a  obra —"Salvochea  o

just ic ia

  y

  c rónica

  d e l

  l e v a n t a -

m i e n t o

  d e

  Cádiz

  d e

  1873"—

q u e

  esperamos tener l i s ta para

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 129/132

e l  próximo  a ñ o .  A d e m á s ,  yo t e

e m p l a z o

  a

  colaborar conmigo

e n u n a  obra sobre  el  c a n tón  d e

C a r t a g e n a . E n t o n c e s

  s í q u e

aprovecharé vuest ro mater ia l .

5 .  Elogio merecido.  T u m o -

de s t i a  t e  impide decir  l o q u e

d e  ve rda d  h a  ocurr ido  c on "E l

Fe rna ndo" ,

  y e s o t e l o

  d igo

  y o

a hora .  F u e u n a  idea tuya,  u n

m é t o d o ,

  u n

  e s t i l o

  y u n a

ocurrencia tuyos. Experiencia

única

  e n e l

  tea t ro español .

  Así lo

reco noci ó Ricard Salvat . To dos

t e

  de be mos a lgo ;

  d e t a l

  ma ne ra ,

q u e y a s e n o s

  e mpie z a

  a

  llamar

la

  "p romoc ión

  de ' E l

  Fe rna ndo ' "

a l o s q u e

  intervinimos allí.

  T u

idea  y t u  " m e d i t e r r á n e a "  c o n -

c e pc ión

  d e l

  teatro histórico

  e s

y a u n  de sa f ío  a  t o d o s  l o s  grupos

i n d e p e n d i e n t e s . N i n g u n o

  h a

sido capaz

  d e

  recoger lo .

  Y o a d e -

m á s t e

  debo o t ro reconoc imien-

t o : t u

  m o n t a j e

  d e m i

  "Historia

de la  divert ida. . ." .  D e u n a  obra

inge nua

  — y o n o s o y

  t o n t o -

hiciste

  u n a

  po r t e n tosa r e p re se n -

tación. Ahora bien, todo

  e s o n o

t e

  autoriza para lanzar

  u n a

"acusación l i teraria"

  d e e s a c a -

tegor ía . Además, ¿por

  q u é " E l

F e r n a n d o "

  — si

  fue ra

  el

  c a s o -

no  puede  ni  debe

  tener hijos?

¿ Por

  q u é

  esos hijos iban

  a s e r

in just i f icados?

6 .

  M e a

  culpa.  Un ic a me n te -me

pue de s a c usa r

  d e

  to rpe z a

  y

dejadez. Cuando tuve l isto

  "La

f a mi l i a . . . " de b í ma ndá r t e lo ,

c ome n ta r c on t igo

  o t u s

  cola -

boradores , e tcé te ra . Entonces

nuestro lazo

  n o s e

  hubiera roto.

Quizá

  a t i te

  hubiese gustado

m o n t a r

  la

  obra .

  ( " L a s

  c o s t u m -

bres . . . "

  ya la

  conoc ías an tes . )

Estuve torpe .  M i  dejadez hizo

q u e m e

  l imitase

  a

  m a n d a r

  la

obra

  al

  J u r a d o

  d e l

  S i tge s

  s in

c onsu l t a r

  n i

  c on t igo

  n i c o n n i n -

g ú n  grupo. Quizá haya sido esto

l o q u e d e

  verdad

  t e h a

  dolido.

Abrazos.

  N o

  quie ro

  s e r n i c o n -

ciliador  ni  pa te rna l i s t a :  m i s p r o -

tes tas s iguen

  e n p i e . •  M A -

NOLO

  P.  CASAUX.

L O S

  P R E M I O S

  D E

  H I S T O R I A

  Y

  V I D A

El  pasado  día 12 de  marzo  se  entregaron  en el  Hotel

Ritz,  de  Madrid,  los  premios  del  Concurso  de  Relatos

Breves sobre  la  guerra civil española, convocado  por la

revista "Historia  y  Vida". Tales premios fueron  los

siguientes:

1.°  "Colonia  4 3 División",  de Rosa Izquierdo (Barcelo-

na) .

2.°  "Historias  de la  retaguardia nacionalista",  de

Darío Alvarez Blázquez (Vigo).

3.° "E l día en qu e se  rindió  el  Seminario  de  Teruel",

de  Sebastián Pelegrí (Villanueva  y  Geltrú).

4.° "Los  trenes  ae l  tesoro",  de  Ernesto Luengo  (Ma-

drid).

5.° "El  enigma  de l  Gordexola",  de  Juan Antonio  Fer -

nández (Baracaldo).6.° "El  túnel  de  Torrijos",  d e  Guillermo  de  Gorostiza

(Sevilla).

7.° "La

  Legión

  en

  Tremp",

  de

  Félix Arranz (Madrid).

Se   presentaron  5 4 6  originales,  y la  cuantía  de los pre-

mios  se  extendía entre 100.000  y  10.000 pesetas.

El  Jurado estuvo compuesto  por don  Ramón Cunill  —di-

rector

  de

  "Historia

  y

 Vida"—,

 do n

 José María Ainaud

  de

Lasarte,

  don

  Ricardo

  de la

  Cierva,

  don

  Néstor Luján,

don  Francisco  Noy, don  Antonio Padilla Bolívar,  don

Luis Romero,  don  Manuel Suárez-Caso  y don  Edmón

Vallés, secretario

  de

  Redacción

  de la

  citada revista.

Todos  lo s  relatos breves premiados fueron publicados

p o r  "Historia  y Vida"  en su número  8 3 , correspondiente

a  febrero  de 1975.

i •

*3&3

ACLARACION

f

- p "

f

Varios lectores

  nos han

  escrito para aclararnos

  un

  error

  que

habíamos cometido  en  nuestro pasado número,  al dar —en la

página

  6 8 ,

  dentro

  del

  artículo

  Los

  anarquistas rusos — como

representando  a  Kerenski  una  foto  que, en realidad, contenía

la

  imagen

  del

  general Kornilov revistando

  un

 batallón

  de tro-

as.  Ofrecemos ahora,  a la derecha  de la foto m al utilizada  d e

ornilov, otra

  que sí

  pertenece

  a

  Kerenski.

I 1 2 9

I

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 130/132

SALTES

130

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 131/132

' * £ )

J  TEMOS recibido repetidas consultas  de  lectores  de  TIEMPO  DE  HISTO-

I L RIA  interesados  en  coleccionar  la  revista desde  su  primer número y que

deseaban saber cómo conseguir  los  ejemplares  que les  faltaban. Nosotros

le s  podemos enviar directamente  a su  domicilio  los  números  que les  falten.

Bastará  que nos lo  soliciten  a  TIEMPO  DE  HISTORIA Conde Valle  de

Súchil,  2 0 ,  Madrid-15 acompañando  a su  petición  5 pesetas  en  sellos  de

correos  po r  cada ejemplar solicitado o si lo   prefieren mediante giro postal.

LA   R E V O L U C I O N  D E

A S T U R I A S ,  p o r  Dav id

R u i z .  «  C U A N D O  L A

HI ST ORI A M UNDI AL

DE JA  D E S E R  « E U R O P E A - ,  p o r

H u g h ( T r e v o r - R o p e r .  # L O S F A S -

C I S T A S

  Y EL 9 8 , p o r J . A .

  G ó m e z

M a r í n .  %  I FNI .  U N  T E R R I T O R I O  D E L

S A H A R A M U C H O T I E M P O O L V I D A -

D O , o o r  E d u a r d o  d e  i G u z m á n .  #

NI E T Z SCHE , VI DA  D E U N  S E D U C -

T O R , p o r  F e r n a n d o S a v a t e r .  0

" T E O L O G O S - ,  U N A  O B R A  D E T E A -

T R O  SOBRE  EL   P A D R E  L A S  C A S A S ,

p o r  E d u a r d o F e r n á n d e z - F o u r n l e r .  9

L A  M U J E R  Y LA   P O L I T I C A ,  p o r M a -

r í a  A u r e l i a C a p m a n y .  # L A  H I S T O -

R I A E N L A S  N O V E L A S H I S T O R I C A S

D E P I O  B A R O J A ,  p o r  V í c t o r  M á r -

q u e z .  0 Y  e n t r e v i s t a s  c o n  A N T O -

N I O  GAL A  y  J O S E M A R I A C A M P S .

laMÍ.A

5 I ?

l u c

N 2

A U T O G E S T I O N O B R E -

R A  DURANT E  L A G U E -

R R A

  C I V I L ,

  p o r

  A l b e r t

P é r e z B a r ó .  #  C H U R -

CHILL  O LA   I N C O N G R U E N C I A ,  p o r

E d u a r d o H a r o T e c g l e n .

  9

  M A S O N E -

R I A  E S P A Ñ O L A : M I T O  O  REALI-

D A D , p o r J . A .  F e r r e r B e n í m e l i .  #

D I A R I O  D E L  E M B A L S A M A D O R  D E

E V A  P E R O N , d o c t o r  A r a . #  V I D A  Y

M A S C A R A  E N  R A M O N ,  p o r  C é s a r

A l o n s o  d e l o s  R í o s .  • - E L  F E R N A N -

D O » . u n  t r a b a j o c o l e c t i v o  d e l T e a -

t r o

  U n i v e r s i t a r i o

  d e

  M u r c i a .

  # EL

O S

F A S C I S T A S

Y E L 9

S O C I A L I S M O E S P A Ñ O L

  Y S U H I S -

T O R I A ,  p o r  A n t o n i o E l o r z a .  # Y u n a

e n t r e v i s t a  c o n  J A I M E S A L O M .

H 3

R E P U B L I C A N O S E S P A -

L E S E N L A  LIBERA-

C I O N  D E  P A R I S ,  p o r

E d u a r d o P o n s P r a d e s .

U N A M U N O  Y L A  GUE RRA CI VI L ,

E M F O j f c H S T D B I A   T I E M P O

  d e

  H I S T O R I A

P U B L I C A N O S E S P A Ñ O L E S

L A   L I B E R A C I O N   D E   P A R I S

MASONERIA ESPAÑOLA:

MITO  O REALIDAD

p o r  J o s é L u í s C a n o .  • L A S - N U E -

V A S  P O B L A C I O N E S - :  L O S  ANDAL U

C E S , L O S  I L U S T R A D O S  Y LA   FELI-

C I D A D ,  p o r  F é l i x G r a n d e .  %  FEMI

N I S M O  Y  S O C I A L I S M O  EN   ESPA-

Ñ A

  ( 1 8 4 0 - 6 8 ) ,

  p o r

  A n t o n i o E l o r z a .

• - L A  C O M U N A  D E  P A R I S - ,  u n d o -

c u m e n t a l  d e  R o b e r í M é n é g o z .  • BY-

R O N O E L  PODE R  DE L A  I M A G I N A -

C I O N ,  p o r  L u i s R a c i o n e r o .  # C R O -

N O L O G I A  D E  L ORD BYRON,  p o r D o -

r i s

  L a n g l e y M o o r e .

1 9 3 0 :  T R A N S I T O  D E

LA   D I C T A D U R A  A LA

R E P U B L I C A .  U N D I S -

C U R S O

  Q U E

  H I Z O

CAE R  U N  T R O N O ,  p o r  E d u a r d o  d e

G u z m á n .  • E L  L ARG O E XODO  Y L A

M UE RT E  D E  A N T O N I O M A C H A D O ,

p o r  P a b l o C o r b a l á n .  • G A L -

D O S . 1 9 0 1 : E L

  E ST RE NO

  D E

«E L E CT RA»,  p o r  J o s é I M o n l e ó n .  •

L A S  C R U Z A D A S  D E L O S  N I Ñ O S ,  p o r

J a c o b o  B .  C i c e r ó n .  # L O S  A N A R -

O U I S T A S R U S O S ,  p o r  L e o p o l d o  L o -

v e l a c e .  •  R E V I S I O N  DE L A C. N. T . ,

p o r E . d e G . • E L

  GRAN MUFTI

D E  P A L E S T I N A ,  p o r  F e r n a n d o  P . d e

C a m b r a .  #  - M I S E R E R E P A R A  M E -

D I O  F R A I L E - ,  u n a  o b r a t e a t r a l  d e

C a r l o s M u ñ i z .  %  C R O N O L O G I A  D E

S A N  J U A N  DE L A  C R U Z .

Y, e n  todos  lo s  números, nuestras secciones habituales «ESPAÑA 1945», crítica  d e  libros  y de

cine, «LOS LECTORES ESCRIBEN», «BEBATE»  y  humor histórico.

8/16/2019 Tiempo de Historia 05 Año I 1975 OCR

http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-05-ano-i-1975-ocr 132/132

El m á s  c a r o p o r q u e  e s e l m á s  vie jo

G K N D V Q V E

  B

  L B

«

El

  b r a n d y

  q u e p o r s u

  v e j e z

  y

  a r o m a

  n o

  n e c e s i t a

  l a

  c o p a c a l i e n t e

í