Renata Cunha Souza DISTROFIA SIMPATICO REFLEXA:...

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Renata Cunha Souza DISTROFIA SIMPATICO REFLEXA: PROTOCOLO PARA TERAPEUTAS DA MAO NA REABILlTA9AO EM MEMBROS SUPERIORES TrabaJho de conclusao de curso de P6s·graduaryao - Reabititac;ao dos Membros Superiores - Terapia da Mao, promovido pela Universidade Tuiutj do Parana, como requisito parcial para obtenryao do titulo de Especialista em Terapia da Mao. Orientador(a): ProP. Dr" Vilmara Ramos Tavares Lukachinski Curitiba 2004

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Renata Cunha Souza

DISTROFIA SIMPATICO REFLEXA: PROTOCOLO PARA TERAPEUTASDA MAO NA REABILlTA9AO EM MEMBROS SUPERIORES

TrabaJho de conclusao de curso de P6s·graduaryao -Reabititac;ao dos Membros Superiores - T erapia da Mao,promovido pela Universidade Tuiutj do Parana, comorequisito parcial para obtenryao do titulo de Especialistaem Terapia da Mao.

Orientador(a): ProP. Dr" Vilmara Ramos TavaresLukachinski

Curitiba2004

TERMO DE APROVACAO

Renata Cunha Souza

DISTROFIA SIMPATICO REFLEXA: PROTOCOLO PARA TERAPEUTASDA MAO NA REABILITACAO EM MEMBROS SUPERIORES

Esla Monografia fai julgada e aprovada para a P6s-graduayao em Especializayao de Reabililac;:aodos Membros Superiores - Terapia da Mao, da Universidade Tuiu!i do Parana.

Curitiba, _ de __ de 2004.

Schirley ManhaesReabilita~ao dos Membros Superiores - Terapia da Mao

Universidade Tuiuti do Parana

Orientador (a): Prof' ..".,===-:-;~_:--,-= _(Institui~ao e Departamento)

Prof' --;;--,,-,---=-_::-_.,-_-,--, _(Institui~ao e Departamento)

Prof' --;;--,c;-7--=--::--.,---:-:-------(Institui~ao e Departamento)

Agradeqo a Deus pela aportunidade que live para reaUzar com saude esta jamada.

Agradeyo aDs meus pais Francisco e Tania, peloincentivo e pelo carinho em mais esla elapa de minha

vida.

Agrade90 tamMm as minhas colegas pelaamizade e auxilio.

SUMARIO

LlSTA DE FIGURAS..... . . vRESUMO......... . vi1 INTRODUt;AO . 12 SiNDROMES DOLOROSAS COMPLEXAS REGIONAIS....................... . 22.1 HISTORICO............... . 23 REFERENCIAL TEORICO DA DSR 73.1 HISTORICO E NOMENCLATURA.. .73.2 MANIFESTA<;:OES CLiNICAS.. . 73.3 DIAGNOSTICO. . 103.4 FASES OA DSR.. . . 123.5 FATORES PSICOLOGICOS.. . 143.6 ETIOLOGIA.. . 153.7 EPIDEMIOLOGIA.. . 174 TRATAMENTO 194.1 FARMACOLOGICO E/OU CIRURGICO.. . 194.2 PSICOLOGICO. . 214.3 TERAPIA OCUPACIONAL.. . 224.1.1Terapia da Mao - Reabilita9ilo Fisica . 245 TRATAMENTO PARA REABILlTAt;AO NA TERAPIA DA MAO....... .255.1 PROPOSTA OE TRATAMENTO DE TERAPIA OCUPACIONAL PARA

PORTADORES DE DSR.. . 325.2 PROPOSTA DE PROTOCOLO PARA TRATAMENTO EM CRIAN<;:AS 335.3 PROTOCOLO PARA TRATAMENTO EM AOULTOS.. . 365.4 PROTOCOLO PARA TRATAMENTO EM 100SOS 385.5 PROTOCOLO PARA A REALlZA<;:AO OAS ATIVIOADES DE VIDA olARIA (AVO'S)

__ GCONCLUSAO 44REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO 45

LlSTA DE FIGURAS

FIGURA 1- VISTA DORSAL DO MEMBRO SUPERIOR AFETADO... . 9

FIGURA 2 - VISTA VOLAR DO MEMBRO SUPERIOR AFETADO.. . . 28

FIGURA 4 - VOLUMETRO.. . . 29

FIGURA 5 - ESCOVAi;AO.. . 31

RESUMO

o presente trabalho visa abordar e descrever as Sindromes Oolorosas ComplexasRegionais (SDCR), di!erenciadas atualmente em Causalgia e Distrofia Simpatico Reflexa (DSR), dando en!ase a esta ultima. Apos um breve historico da modificayao dasnomenclaturas, a Distrofia Simpatico Reflexa (DSR) sera amplamente esciarecida quantoas suas quest6es teoricas e praticas. Para a enriquecimento e aprimoramento dareabilital):ao desta disfun((ao, na area da Terapia Ocupacional, mais especificamente naTerapia da Mao - Reabilitac;ao de Membros Superiores, foi elaborado urn planejamentode tratamento, respeitando as rases da patologia. Nesta proposta, indicam-se maneirasalternativas de terapia para crianc;as, adultos e idosas, com a objetivo de minimizar a darproveniente da DSR, assim como restaurar a funyao deficitaria para que esle individuoreintegre-se ao seu ambiente familiar e social, com melhor qualidade de vida, semaltera~oes pSicol6gicas e emocionais acarretadas pela dar intensa. Oeve-se salientar quepara obter-se um resultado satisfatorio e em curto prazo, uma das principais quest6es e °diagnostico precoce, preciso e imediato encaminhamento a reabilita~ao, para que 0paciente nao agrave 0 quadro apresentado e venha a passar pelas fases mais rigidas dotratamento. E de extrema importancia diferenciar a OSR de outras doenyas comoneuropatias p6s-traumaticas que apresentam quadro extremamente doloroso, parem sema intensidade da OSR e sem componente inflamatorio e disautonomico tao irnportante.Portanto, com este tratamento proposto com a vi sao da Terapia Ocupacional e Terapia daMao, as possibilidades de reabilitayao, obviamente respeitando e adaptando a cadaindividuo com suas particularidades, ha inumeras chances de obter melhores resultados.

INTRODU<;:AO

Havia, ate pouco tempo, uma erronea denominac;:ao, na qual generalizavarn-se as

lermos Causalgia, Distrofia Simpatico Reflexa (DSR) e outras sindrames dolorasas,

descaraclerizando seus significados ciinicos e particularidades (BARBIERI e MAZZER,

2000).

Atualmente renomeadas, as Sindromes Oolorosas Complexas Regionais

(SDCR) introduzem uma angustia tanto em pacientes, as quais encontram-se

incapacitados, assim como para as profissionais da area da saude, devido a falta de

definigao da fisiopatologia das sindromes causando insuceSSDS no tratamento tanto

medicamentoso como reabilitador (CORDON e LEMONICA, 2002).

Portanto, partindo destas considerac;:oes, este e urn trabalho de revisaa da

literatura nos diversos aspectos das SDCR, cnde poden~ ser encontrado urn historico

sabre a DSR e Causalgia, porem com enfase nas causas, definic;:ao, caracteristicas

clinicas, testes diagn6sticos e propostas de tratamentos rnais recentes, enfatizando a

DSR ou SDCR do Iipo II.

Os livros utilizados para a realizay<3o da presente pesquisa bibliografica, foram

cinco de zero a dois anos, urn de tres a cinco anos. dois de nove a onze anos e quatro

com mais de onze anos. Em relay<3o aos capitulos de livros. utilizaram-se nove de zero a

dais anos, quatro de tres a cinco anos, dois de seis a oito anos e tres de nove a onze

anos. Foi utilizado ainda urn peri6dico de zero a dois anos, dois de tres a cinco anos e um

de seis a aito anos. Utilizau-se apenas um livro estrangeiro de seis a aito anos.

2 SiNDROMES DOLOROSAS COMPLEXAS REGIONAIS

2.1 HISTORICO

Segundo Cordon e Lemonica (2002), 0 termo Causalgia, derivado do grego

causus e a/gus, que significam calor e algia, respectivamente, foi utilizado primeiramente

por Silas Weir Michell em 1864. E do parecer de Collier (2000), que Michell, um

neurologista e cirurgiao, trabalhava e chefiava a Turner's Lane Hospital, na Filadelfia, e

atendia feridos da guerra. Este, juntamente com George Morenhouse e Willian Keen, leve

urn dos maio res classicos da literatura medica publicado, chamado Gunshot Wounds and

Other Injuries of Nerves, detalhando a patologia DSR em dar em queimac;:ao nos locais

ande havia lesac de nervos perifericos causados par projeteis de arma de fogo e, mais

tarde, ulilizando 0 termo Causalgia para traumas com envolvimentos de les6es nervosas.

Complementa ainda, que nos Estados Unidos Michell e reconhecido como 0 "pai" da

DSR.

Ja em 1877, foi designada por Wolff uma entidade cr6nica dolorosa, sem causa

aparente a nivel neurologico com alteracOes vasomotoras, alterac6es troficas de

extremidades em alguns adultos e em crianc;:as, como anormalidades no crescimento

decorrente de artrite infecciosa, porem sem uma nomenclatura propria, vindo a ser

chamada de Causalgia Menor, desordem vasomotora pos traumatica, atrofia de Sudeck,

sindrome ombro-mao e distrofia simpatico reflexa (YENG, TEIXEIRA e BARBOSA, 1999).

SOdeck , em 1900, fez uma descriyao classica da DSR, definindo-a como uma

patologia nas extremidades, que a partir de um trauma, evidencia um quadro algico

rebelde, juntamente a edema, instabilidade vasomotora, rigidez articular, les6es cutaneas

e atrofia ossea aguda. Tambem relata que a osteoporose manifesta-se no inlcio da

doen,a, nao send a a resultado desta (BARBIERI E MAZZER, 2000).

Apos todas estas nomenclaturas terem sido utilizadas para designar doenc;as com

fisiopatologias diferentes, Bonica, em 1953, propOs a utiliza,ao de DSR para patologias

dolorosas que evidenciassem fen6menos vasomotores, os quais normalmente haviam

sido causados por um trauma e que incluissem os seguintes sintomas: dor, alterac;ao

vasomotora da pele, perda da func;ao do membro e diversos estagios de altera90es

troficas (SHEIKH, MURTHY E HOPPENFELD, 2000; CORDON e LEMONICA, 2002).

Mesmo com esta mudanc;a, as duvidas sobre os diagnosticos continuaram a

causar incertezas e somente em 1993 houve um consenso na Associac;ao Internacional

para 0 Estudo da Oor (AIEO), na qual foram elaborados os principais criterios para 0

diagnostico, tendo este side publicado no ano seguinte. Assim, em 1994, optou-se como

denomina,ao oficial Sind rome Dolorosa Complexa Regional (SDCR) para toda condi,ao

dolorosa regional associada as alterac;6es sensoriais decorrentes de um trauma, tendo

este como principal requisito e, a segundo, a dar (YENG, TEIXEIRA e BARBOZA, 1999;

ROGANO, 1999 e CORDON e LEMONICA,2002).

De acordo com Yeng, Teixeira e Barboza (1999) e Barbieri e Mazzer (2000),

associado a estes sintomas vem a queimac;a.o intensa, a qual afeta uma regiao, podendo

ser somente a extremidade ou todo 0 membro; porem, maior que aquela envolvida na

lesao principal, e sao complexas, pais compreendem processos inflamat6rios,

autonomicos, motores e distr6ficos, sendo que diferern de urn individuo para 0 outro.

Na defini,ao da nomenclatura, definiram-se dais tipos de SDCR:

- SDCR tipo I au Distrofia Simpatico Reflexa;

- SDCR tipo II au Causalgia.

2.2 OlAGN6STICO OA SOCR

Urn fatcr determinante que ira diferenciar a SDCR tipo I do tipo II sera a existencia

ou nEIOde uma [esao definida de um nerve periferico. Casa haja lesao, classifica-se como

SORC tipo II (YENG, TEIXEIRA e BARBOZA 1999; BARBIERI e MAllER, 2000).

Ainda estes autores corroboram com Yeng, Teixeira e Barbosa (1999), afirmando

que para cancluir a diagn6stico do tipo I e necessario que quatro fatores sejam

observados:

1) Deve haver uma lesao inicial, podendo 5er ferimento, cirurgia ou traumatismo,

naD verificando-se lesao de nerva especifica;

2) Dor espontanea, acompanhando mais de um territ6rio nervoso e normalmente

apresentando-se com sintomas mais severos que a intensidade do trauma

causador.

3) Fenomenos vasomotores e sudomotores cutaneos anormais;

4) Excluir outras possibilidades da causa da dor.

Para 0 diagnostico do tipo II, e necessario:

1) Saber de imediato se ha lesao nelVosa;

2) Oor espontanea intensa, localizada no nervo lesado (nao necessariamente);

3) Alterayoes vasomotoras, sudomotoras e da funyao motora;

4) Excluir outras possibilidades da causa da dar.

Deve-se fazer a diferenciayao de neuropatias pos-traumaticas que apresentam

quadro extremamente doloroso, porem sem a intensidade das SDCR e sem componente

innamatorio e disauton6mico tao importante (BARBIERI e MAllER, 2000).

Para que os tipos de SORe sejam diagnosticados nao considera-se 0

envolvimento do sistema nervoso simpatico, porem 0 estado doloroso pode ser mantido

pela atividade simpatica. Isto pode ser controlado atraves de bloqueios anestesicos

regionais ou de ganglios simpaticos que inervam a territ6rio acometido, au par meio de

medicamentos simpatoliticos sistemicos (BARBIERI e MAUER, 2000).

Os autores anteriores concordam com Yeng, Teixeira e Barboza (1999).

afirmando que, com 0 objelivo de nao haver duvidas sobre 0 diagnoslico das SOeR

outros sinais faram delineados, alem do trauma e da dar com queima9ao. Sao as

seguintes:

• Altera90es sensitivas 4' Hiperalgesia au hiperestesia, as quais podem ser

notadas a partir de qualquer estimulo; e alodinias, pereebidas a partir de calor

ou frio, toques leves e pressao no locallesionado;

• Disfun98.0 Simpatica --)0 Rubor ou cia nose juntamente com sudarese, alem do

natural na regiao palmar. Esta disfun9ao e mais eomum nas extremidades;

• Edema --)0 Pode oearrer em qualquer estagio da doent;:a e e minimizado pela

drenagem postural;

• Altera90es tr6ficas --)0 Narmalmente aparece em estagios avan9ados,

denotando pele ressecada com varia90es na quantidade de pelos e

hiperatrofia ou atrotia das unhas;

• Altera90es motaras 4' Podem ser eventuais, apareeendo como tremores,

diminuit;:ao ou perda da far9a, resistencia dos musculos em questao, distonia

e rigidez articular;

• Alterayoes pSicol6gicas --)0 Sao narradas normalmente, porem nao ha uma

relac;ao padrao a patologia. A SDCR nao e considerada como psicogEmica,

porem, devido ao longo sofrimento, a qual pode acarretar disturbios da

persanalidade, tarnando a individua agressivo, dependente e passiv~, levam

ao recenhecimento deste fate;

• Alteragoes radiograficas ~ Pode ocorrer desmineraliza9ao periarticular,

tarnanda-se evidentes algum tempa apos a inieia da daen9a.

3 REFERENCIAL TEORICO DA DSR

3.1 HISTORICO E NOMENCLATURA

Segundo Barbieri e Mazzer (2000). desde 0 seculo XIX a DSR descrita por Evans

jil era conhecida e no inicio do seculo XX SOdeck a estudou descrevendo um quadro de

dor traumatica acompanhada de desmineralizat;ao regional, a qual chamava de atrofia

6ssea inflamat6ria. Islo foi atribuido por Leriche a alfc30 do sistema nervoso simpatico.

Apesar de todas as mudangas de nomenclatura, ainda ha autores que

consideram DSR uma denominagao inadequada, a qual e substituida por seus sinonimos,

que somam trinta e tres, inc1uindo algodistrofia, neurodistrofia, atrofia de Sudeck,

sind rome ombro-mao, entre Quiros. Em meio a esla discussao, nao ha sugest6es de

mudam;as, pois e reconhecida no meio medico, incluindo as confusoes das alteragoes

fisiopatol6gicas (BARBIERI e MAZZER. 2000).

Collier (2000) Gila outras patologias alem das anteriores, as quais tambem sao

utilizadas para denominar a DSR, tais como: atrofia ossea aguda, osteodistrofia de

SOdeck, toponeurose aguda periferica, angioespasmo traumatico, vasoespasmo

traumatico, osteoparose pos-traumatica, esclerodactilia pos-infarto, distrofia reflexa,

distrofia neurovascular-reflexa, simpatalgia, algodistrofia, algoneurodistrofia, dar

hiperpatica e dar simpcitica sustentada.

3.2 MANIFESTAC;OES CLiNICAS

Boscheien-Morrin. Davey e Conolly (1992) descrevem que a DSR, conforme Lee

Lankford, trata-se de "um estado patolegico de uma extremidade que e caracterizado par

dar severa, edema, rigidez e alterayao de cor."

Estes autores continuam dizendo que a DSR ocorre apes um trauma cirurgico au

doen9a, sendo um resultado de um reflexo au de uma res posta simpatica anarmal.

Collier (2000) complemenla que a dar frequentemente ocorre em padrao nao-

anat6mico e a define como "imp/aeavef'.

Devido it dar, a qual aumenta com a exposi9ao a diferentes temperaturas, e

expressada na face do individuo. A regi80 dolorosa apresenta-se envolta em uma faixa e

afastada naturalmente de qualquer tipo de cantata (CAILLET, 1976).

Segundo Collier (2000), a DSR inicia-se em 80% dos casas em torno de tres

meses apos a trauma, porem, pode ocorrer em maio res peri ad as de tempo, como seis

meses.

Chakkour, Lopes, Costa, Gomes, Fernandez e Bannwart (2004) citam a DSR

como a complicayao mais temida apes uma fratura do ten;:o distal do radio, e que

qualquer individuo que apresente dar significativa e com predisposiy80 pessoaJ e capaz

de desenvolver a patologia.

Estes autores ainda complementam que a instala9ao da DSR baseia-se em tres

fatores: a existencia de uma lesao dolorosa persistente, a predisposi980 pSicol6gica e um

reflexo simpatico anormal, e que a melhor forma para abordar a doenya e a preveny8o.

A primeira queixa de um paciente com DSR e a dar em queima9aa. Esta tambem

pade ser caracterizada como latejante, em pressao, expJosao ou ate mesmo surda,

profunda au quente. Juntamente it dar, aparece a hiperalgesia/hiperestesia au aladinia,

explicadas anteriormente (WALSH, DUMITRU, SCHOENFELD E RAMAMURTHY, 1998;

BARBIERI e MAZZER, 2000; COLLIER, 2000; CORDON e LEMONICA,2002).

Os autores citados corroboram com Matkovic (1994), Yeng, Teixeira, Rogano

(1999) e Sheikh, Murthy e Hoppenfeld (2000), complementando que, em seguida, os

sintomas sao aqueles ja explicados no capitulo anterior: alterac;oes tr6ficas, vasomotoras,

sudomotoras, edema, disturbios da motricidade e pSicologicos, incluindo depressao em

mulheres e ansiedade em homens.

A rea<;:aodo tecido observada inicialmente trata-se de urn edema na regiao dorsal

da mao, com a pele macia e brilhante. Devido a preponderancia de veias e vasos

linfaticos na regiao dorsal, e aonde ha a predominancia. 0 paciente apresenta dificuldade

em realizar a flexao dos dedas, pais 0 flufdo edematoso eleva os tendoes extensores dos

dedas, prejudicando 0 bombeamento da extremidad8. Casa haja envolvimento e restric;ao

da amplitude de movimento do ombro, este bombeamento e ainda mais deficitario. Por

islo 0 individuo adota uma posi<;:ao parcialmente flexion acta, necessitando de

movimenta,ao ativa; porem devido a dor, este nao a realiza (CAILLlET, 1994).

Tal caracteriZ8c;ao pode sar vista na foto 1, a seguir:

FIGURA 1 - VISTA DORSAL DO MEMBRO SUPERIOR AFETADO

10

Caillet (1978) afirma que, normalmente, 0 paciente acometido por DSR apresenta

urn limiar baixo de reac;ao a dar, juntamente com pouca estabilidade emocional.

Na DSR, a perda da fun9ao e a dor geralmente sao desproporcionais ao trauma

principal, fazendo com que 0 individuo mantenha 0 membra imovel e larnando-s8

amedrontado quanta a qualquer tipo de movimento, comprometendo 0 estado emocional

o que acarretara disturbios funcionais. (WATSON e WILSON, 1978).

Cordon e Lemonica (2002) descrevem que a der miofascial pode instalar-se au

pelo desuso do membra lesado DU pela utilizac;ao excess iva do membra sadie

contralateral, podendo tomar-se mais importante que a DSR. Esta dar ocorre em regioes

proximais, podendo ser localizada atraves dos pontcs gatilhos.

A motricidade tina e preensao, em particular a movimento de pim,;:a , tarnam-S8

comprometidos. 0 posicionamento de proteyc30 a estlmulos do ambiente torna dificil a

avaliayao funcional, como foi comprovado por Veldman e cols., que 95% evldenciaram

deficit motor. Este fato denomina-se pseudoparalisia, pOis nao hi! evidencia de lesao

neurol6gica (YENG, TEIXEIRA e ROGANO,1999).

Estes mesmos autores complementam que houve diminuiyao do metabolismo de

fosfato de alta energ;a nestes pacientes, explicando em parte, a incapacidade motora.

Devido a diversos sintomas clinicos e imprecisos padr6es evolutivos, fazem com

que a diagnostico e tratamento da DSR sejam urn grande desafio para os profissionais da

saude, dada a complexidade das variadas sindromes dolorosas.

3.3 DIAGNOSTICO

A DSR e de dificil diagnostico, pois normalmente a dor e difusa e nao e associada

11

a padr5es dermatomiais OU de nervos perifericos. Portanto, em divers as ocasi6es estes

pacientes tern 0 diagnostico de dor psicogenica. (WALSH, DUMITRU, SCHOENFELD E

RAMAMURTHY, 1998)

Para Yeng, Teixeira e Rogano (1999), a cintilografia 6ssea e urn dos mais

precisos metodos para a diagnostico, pais sua sensibilidade varia entre 50 e 96%. Este

exame demonstra urn aumento na 1° e 2° fase, sendo reduzido apos a sexto mes do

aparecimento da doenc;a.

Cordon e Lemonica (2002) afirmam que a hist6ria do trauma acid ental au per

iatrogenia, dares em queimayao au latejamento, alterac;6es vasomotoras, alterac;6es

Gutfmeas, edema, hiperalgesia ou alodinea e fraqueza sao criterios utilizados para urn

diagnostico.

Yeng. Teixeira e Rogano (1999) descrevem criterios mais rigidos para

diagnosticar a gravidade da DSR. Definiram sensibilidade, grau e estagio da DSR, das

alterayoes fisicas e deficits nos doentes. Fazendo a somatoria entre dor, alterayao da

temperatura e colorac;:ao cutanea, edema, aumento de pelos e unhas, cintilografia e

radiografia ossea, resultados laboratoriais, termografia e teste da sudorese e obtiver um

resultado de seis ou mais criterios, 0 diagnostico prov8vel e de DSR. Entre tres e cinco

tern probabilidade de diagnostico de DSR, e resultado inferior a tres, torna-se improvavel .

Yeng, Teixeira e Rogano (1999), complementam que, seguindo detalhadamente

as fases citadas posteriormente, traumatica, distrofica e atrofica, pode-se estabelecer urn

diagn6stico, pOis esta classificac;:ao sugere que a DSR trata-se de uma patologia

progressiva, com comprometimento funcional do membro lesado. Oeste modo, quanto

antes for diagnosticada e tratada a doenc;:a, melhor seu prognostico.

A biopsia sinovial, para Collier (2000), esclarece que as articula<;5es tornam-se

12

mais sensiveis, a membrana sinovial fevela-se anormal, acontece it proliferayao dos

capilares e fibrose na regiao sinovial.

Este autor ainda sugere que a termografia par infravermelho fevela 90% de acerto

no diagnostico, pois demonstra temperaturas diferentes em regioes cutaneas. Case 0

sistema nervoso simpatico esteja anormal, 0 exame captara areas quentes ou frias.

Barbieri e Mazzer (2000) acreditam que criterios cHnicos e exames laboratoriais

sao as diagn6sticos mais precisos. Para este principia, as sinais e sintomas fcram

divididos em grupos:

a) dor, edema e altera.y6es cutaneas;

b) osteoporose e diminuic;ao do espac;o articular;

c) testes laboratoriais de atividades inflamat6rias;

d) testes que acusam ausencia de inflamac;:ao no liquido sinovial.

Para se obter a precisao do diagnostico pelo menos um criterio de cad a grupo

deve-se samar, resultando em tres, com a obrigatoriedade do grupo A.

3.4 FASES DA DSR

o individuo portador da DSR esta sujeito a passar par tres fases distintas da

patatagia, cada uma detas pade durar de urn a varias meses. Segundo Boscheinen-

Morrin, Davey e Conolly (1992), Caillet (1993), Matkovic (1994), Yeng, Teixeira e Barboza

(1999), Barbieri e Mazzer (2000), Collier (2000) e Ares (2003), as lases saa as seguintes:

• 10 fase:

Esta tambem pode ser chamada de traumatica ou aguda, e 0 principal fator e a

dar tipo queimac;:c3o, podendo ser nas extremidades dos membros superiores ou no

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ombro. Esta dar inicia-se ap6s a lesao e persiste par tad a a fase, geralmente aumentando

a intensidade.

AIE~mda dar, tambem ha 0 aspecto inflamat6rio das articulac;6es, com perda de

movimentos e edema persistente. A perda dos movimentos caracteriza-se tanto pela dar

inlensa como pera deposic;ao de proteinas nas capsulas articulares.

Devida as alterac;:6es vasa e pseudomotoras, as maDS tarnam-se palidas OU

cian6ticas, com baixa temperatura e sudorese. No decorrer do tempo, tarnam-se

ruborizadas, com ressecamento e alta temperatura.

Acontece a desmineralizac;c1o, per volta da quinta semana, em regi6es polares

dos metacarpais, falanges e assos do carpo.

Esta fase dura aproximadamente de urn a tnas meses .

• 20 rase:

A segunda fase, tambem chamada de distr6fica, e caracterizada pela diminui9aa

au desaparecimento da dar, caso haja tratamento especifico. Do contn3lria, a intensidade

s6 tende a aumentar, sendo piarada na movimenta9ao ativa e passiva, tornando-se

continua.

Oedema safre algumas alterayoes, tornando-se endurecido e ficanda resistente

ao controle.

A transpirayao diminui e acontece a retray;30 do tecido subcutaneo, acarretando

a perda das pregas cutaneas, pele lustrosa e atrofia da musculatura intrinseca. Aumenta

a temperatura da pele, devido as alterayoes vasomotoras. A rigidez articular acentua-se,

limitando as movimentos e a desmineralizayao torna-se mais difusa.

Esta fase pode durar do terceiro ao decimo segundo mes, au seja,

aproximadamente nove meses.

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• 3° fase:

Tambem chamada de atrofica, a terceira fase e caracterizada pela atrofia da pele

e retra9ao das fascias, capsulas e lendCes.

A der persiste, principalmente ap6s exercicios, mas oscila a intensidade. 0

edema transforma-se em fibrose, causando 0 espessamento periarticular.

A extremidade denota urn aspecto palido e brilhante, com pele ressecada e baixa

temperatura. Devida a desmineraliza~ao, a mao lorna-se praticamente inulil.

Esta fase inicia-se aproximadamenle no decimo segundo mes e pode durar anos.

• 4° fase:

Collier (2000) cita ainda uma 4' lase, a qual chama-se pSicol6gica, e esta

caracteriza-se pelos pacientes nao tratados ou passivamente traladas. Nesta fase pade

acerrer pensamentos suicidas e depressao grave, fazendo com que 0 paciente sujeite-se

a cirurgias nao necessarias e, como resultado, obter 0 agravamento da dor.

Smith (2002) salienta que na 20 e 30 fase deve-se realizar uma melhor

investigayao para que nao haja duvidas de que algumas patologias associadas estejam

presentes, tais como a Sindrorne de Tunel do Carpo e Capsulite Adesiva do Ombro.

Cailliet (1994) complementa outras condi90es que podem surgir a partir da DSR

como incapacidade vascular, levan do a fibrose, atrofia muscular, contratura articular e

compressao nervosa; Fen6meno de Raynaud; Doenya Vascular Oclusiva; Contratura

Isquemica de Volkmann e Tumores Gl6micos.

3.5 FATORES PSICOLOGICOS

Estes portadores de DSR apresentam personalidades tipicas, observando-se

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alterayoes psiquicas e emocionais. Tornam-se introvertidos, ansiosos e com uma

exacerbada tend€mcia a neurOS8. Em mais de 80% dos casas, nota-58 mudanyas de

personalidade, comportamentos depressivos, obsessivos e histericos (YENG, TEIXEIRA e

ROGANO,1999).

Conforme as autores anteriores, pacientes com anormalidades psiquicas tern

maior probabilidade em apresentar a DSR. Porem, aqueles que 58 encontravam estaveis

psiquicamente antes do trauma, podem criar uma instabilidade emocional apes este,

devido as condiyoes pre- morbid as ja existentes no individuD. Estas considerayoes ainda

sao questionaveis, pois ha duvidas quanta ao momento em que surgiu a DSR, podendo

esta ser au naD a razao da instabilidade emocional.

Estes sintomas psicologicos tendem a acentuar a DSR, como descrevem Yeng,

Teixeira e Barbosa (1999), pais devido a dar cronica, uma series de fenomenos

psicologos sao acarretados. A imobiliza93o do membra acometido, desencadeia uma

sindrome de desuso, juntamente com quest6es familiares e profissionais, tornando 0

quadro mais grave.

3.6 ETIOLOGIA

Alguns fatores podem desencadear a DSR apos 0 trauma existente. Assim como

descreve Matkovic (1973) e Swezey (1973), os acidentes vasculares cerebrais, cirurgias

toracicas, infarto do miocardio, doen9a discal cervical e fraturas podem resultar uma

DSR. Collier (2000) complementa com outros latores como laceral'5es, les5es

compressivas, queimaduras qufmicas e eletricas, neuralgia p6s-herpetica, doen9as

pleuropulmonares, cirurgias (tais como tunel do carpo e neuroma de Morton) e estresse

17

3.7 EPIDEMIOLOGIA

Apesar de nao estar bem definida, Cordon e Lemonica (2002), citam que ha

predominio em mulheres, em urn estudo realizado par Veldman e cols. , assim como

descrevem tambem Barbieri e Mazzer (2000), ambos demonstram uma relaC;ao de 3:1,

com idades entre 30 e 55 anas. Os ultimos autores citados complementam que podem

ter tendencia familiar ou genetica, porem sem confirmac;:ao, e que normalmente sao

fumantes.

Quanto as crianc;as, Cordon e Leonica (2002) afirmam que predomina tambem 0

seXQ feminin~, em uma rela<;:ao de 3:1, com idades entre 9 e 15. Segundo Barbieri e

Mazzer (2000), as meninas tambem sao as mais acometidas, porem em uma relac;ao de

2: 1, com idade aproximada dos 10 anos, e complementa da mesma maneira que Collier

(2000) e Barbieri & Mazzer (2000) que a relac;ao pode ser falsa, devido a confusao na

realizayao de diagnosticos, sendo tratada muitas vezes como uma condic;:ao psiquiatrica.

Ainda complementam que as quadros de DSR em crianc;:as e adolescentes ocorrem, em

sua maiaria, em membros inferiores, na regiao do quadril (70%). 0 sintoma que e mais

constatado nesta faixa etaria e a hipotermia, em 60% dos casos. Na adolescencia sao

tambem importantes os pontos de vista de diagnostico e de tratamento. A DSR constitui

condiryoes nao-inflamatorias, que freqOentemente simulam doenryas reumidicas

(SZTAJNBOK, SERRA, RODRIGUES et aI., 2001).

A DSR ocorre na maioria dos casos devido a fratura da extremidade distal do

radio ou da ulna. Tambem pode ocorrer apes as cirurgias de sind rome do tunel do carpo,

lesoes iatrogenicas do nervo sensitivo radial e do ramo dorsal do nervo ulnar e outros

(BARBIERI e MAllER, 2000).

18

Os rnesma autores descrevem que devido a desmineralizac;ao do quadril em

gestantes, hi! cerca de 90 casos de DSR. 0 periodo mais freqiiente de acometimento sao

os tres ultimos meses de gravidez, afetando inclusive autras articularyoes como joelho,

coluna, pes e ombro. Observou-se, nestes casas, que 0 quadro reverte-5e naturalmente

algumas sernanas apos 0 parto.

19

4 TRATAMENTO

E de extrema importancia que 0 paciente entenda que sua participa9aO e basica f

para sua reabilitaltao. Alem do trauma e da dar, passam par urn momento de

incapacidade funcional, tornando-se dependentes e fragilizados emocionalmente (YENG,

TEIXEIRA e ROGANO, 1999).

Eo do parecer de Caillet (1978) que este tratamento consistira basicamente na

quebra do cicio viciosa e causador e principalmente, deve ter inlcio precoce.

Complementa ainda que em qualquer tipo de lesao de extremidades, a imobiliza9ao deve

ser exata e com conforta, com as articula':(oes adjacentes livres para estimular a

movimenta~ao.

Ares (2003) descreve que alem do diagnostico, 0 tratamento da DSR tambem e

de dificil realiza9ao. Complementa que, a analgesia medicamentosa ou com bloqueios

quimicos simpaticos sao as tratamentos mais eficazes e que a cinesioterapia, apesar de

ser fundamental, e de dificil realiza9ao, pois a dor e um fator de impedimento.

4.1 FARMACOLOGICO E/OU CIRURGICO

Segundo Barbieri e Mazzer (2000), 0 tratamento da DSR deve ser acompanhado

por uma equipe multidisciplinar, constituida pelo cirurgiao (pois a distrofia iniciou-S8 ap6s

um trauma), um especialista no tratamento da dor, um psicol6gico ou psiquiatra (devido

as provaveis altera90es psicologicas) e a participa9ao da reabilita9ao, com um terapeuta

da mao.

Embora 0 paciente seja acompanhado por todos estes especialistas, quanto mais

20

precocemente for inlroduzido 0 tratamento melhor sera a resposta da evoluc;ao (CORDON

e LEMONICA, 2002).

Ao serem empregados os medicamentos deve-se atentar para os efeitos

colaterais desagradaveis (BARBIERI e MAllER, 2000).

Segundo os mesmos autores, os antidepressivos sao indicados para atenuar a

depressao pas-trauma par seu efeito analgesico e de modulac;ao do sistema nervoso

simpatico. as tricfclicos sao do mesma modo usados, porem atentando quanta aDs efeitos

colaterais que podem causar convuls6es, sedac;ao e ate aumentar as efeitos de Qutras

drogas.

Os tetraciclicos, atipicos, inibidores seletivos re-uptake sao indicados, com

atenc;aoquanta aos efeitos colaterais. Do mesmo modo, htl casas em que pode-se indiear

anticonvulsivantes, eslabilizadores de membrana, compostos adrenergicos, bloqueadores

do canal de calcio, corticoster6ides e calcitomas (BARBIERI e MAllER, 2000).

Continuando a pensamento dos autores, Dutro tipo de tratamento sao os

bloqueios anestesicos locorregionais. As drogas utilizadas para bloqueios endovenosos

sao a guanetidina, reserpina e a mais atual, tostilato de bretilio (Bretytol). No Brasil,

somente e disponivel a reserpina.

Estas drogas iraQ deplidar as reservas de norepinefrina e bloquear sua

recaptac;ao, alem da atividade anticolinergica e sorotoninergica, ou seja, bloqueiam a

noroadrenalina dos terminais nervosos simpaticos (CORDON e LEMONICA, 2002).

Estes auto res completam que ha varios autores e trabalhos que contestam a

efetividade destes medicamentos, porem, em muitos casos ha uma eficacia aparente.

Existem os bloqueios locais e epidurais, sendo utilizado mais freqlientemente os

bloqueios locais do ganglio estrelado, do plexo braquial e troncos nervosos isolados. as

21

epidurais sao aplicados sequencialmente, causando 0 alivio dos sintomas da DSR

(BARBIERI e MAllER, 2000).

o tratamento cirurgico pode ser a tecnica denominada simpatectomia,

classificada em dais tipos (BARBIERI e MAllER, 2000).

a) Quimica - uma injegao alc061icade fenol a 5% e injetada em um ganglio,

tronco nervosD ou cadeia simpatica. Os sintomas terao uma melhora par seis

meses; e ap6s, ha 0 retorno destes;

b) Cinlrgica - trata-se da ressecgao dos ganglios ou de toda a cadeia simpatica

e e indicado ap6s a comprov8y2o de que a sistema simpatico esta envolvido,

sendo rnais indicado em casas graves. Nos membros superiores, as 9angli05

estrelado e toracicos T2 e T3 devem ser ressecados para obter eficacia.

Existe tambem uma cirurgia para a ressecyao de focos nociceptivos, as

chamados pontos-gatilho e para as deformidades articulares. As deformidades mais

comuns sao a contratura em extensao das articulayoes interfalangeanas e em flexao.

Dutro tipo e em extensao das interfalangeanas proximais rigidas. Ap6s esta cirurgia,

deve-se ter como acompanhamento 0 tratamento de reabilitar;ao, com 0 objetivo de

atenuar a deformidade e rigidez. Esta cirurgia deve ser realizada apenas quando a

reabilitagaonao alcanga mais sucesso na evolugao (BARBIERI e MAllER, 2000).

4.2 PSICOLOGICO

Cailliet (1991) descreve que os aspectos pSicol6gicos de pacientes com DSR sao

bastante complexos, porem de forma alguma devem ser ignorados. Utiliza-se, nestes

casos, a expressao personalidade periartritica e persanalidade tipo A, as quais tem par

22

caracteristica um envolvimento de uma tendencia a desenvolver algumas condiyoes

neurologicas. Apos alguns estudos de problemas emocionais da DSR revelou-se que a

estado causalgico e pSicogenico, sendo agravado pela compensa9ao, histeria au ate

mesma a simulay03o.

o mesmo autor complementa que atraves de estudos neurofisiologicos,

evidencia-se que a sistema limbico tern envolvimento com as estados emocionais e ainda

com as ciclos da serotonina na dar cr6nica, porem sao hip6teses. Urn individuo com DSR

permanece sob constante estresse, par islo lorna-se superflua a questao de que 0 estado

emocional atual e responsavel ou simplesmente um Fatorcontribuinte, devendo mostrar a

necessidade de trat8-lo, amenizando a ansiedade e identjficando a depressao,

proporcionando tratamento psicologico.

Walsh, Dumitru, Schoenfeld e Ramamurthy (1998) consideram pacientes

portadores de DSR extremamente tensos. Descrevem que a dar simpatica aumentada,

juntamente a pressao psicol6gica, pod em ser agravantes para esta condiCY03o,indicando

com isto, tratamento psicol6gico e relaxamento.

4.3 TERAPIA OCUPACIONAL

Teixeira et al. (2003, p. XVI) define a Terapia Ocupacional, de acordo com a

comite da American Occupational Therapy Association, como:

Arte e a ci~ncia que, par meio da aplicayao de atividades colidianas, incrementa aindepend~ncia,possibilita 0 desenvolvimento e previne a doenl(a, podendo utilizar adaptac;:ces,nas tarefas au no meio ambiente, para alcanc;:ar a maximo de independ~ncia e melhorar aqualidade de vida.

Complementa ainda que trata-se de uma arte, paiSa terapeuta deve ser criativo e

23

utilizar inumeras maneiras de alcanc;ar urn objetivo; e tambem considera-se ciemcia, pais

tern que ter dominic sabre as patologias tratadas em seus diversos aspectos.

Ao utilizar a atividade como recurso terapeutico 0 terapeuta pode restaurar a

autoconfianga, desenvolver a competencia, contribuir para a melhora da vitalidade e

ampliar a autonomia (BUENO, 2003).

A funC;8odo terapeuta ocupacional, como reabilitador dos membros superiores, edar-Ihe encorajamento para as atividades de vida diaria, como alimentaC;Elo, vestuario e

higiene pessoal, refon;ando a membra lesado, como parte atuante do corpo. Com isto, 0

principal objetivo e a restaurac;ao do membro (YENG, TEIXEIRA e ROGANO, 1999).

Continuando a pensamento dos autores, 0 terapeuta ocupacional estimulara a

recuperac;ao da fortra, a destreza dos segmentos comprometidos, atenuara a dor e

edema, reorganizara a sensibilidade, melharando com isto a mobilizatrao articular

possibilitando 0 retorno as atividades profissionais e domiciliares. Caso nao haja a

recuperatrao funcional esperada, pode-se treinar 0 paciente para que tenha uma nova

atividade profissional, muitas vezes utilizando adapta,oes em sua rotina, melhorando a

funtrao, com menor exigencia dos museu los responsaveis pela sua executrao.

o tratamento tern como objetivo principal a quebra do cicio vicioso, sendo muitas

vezes necessaria tambem ° suporte pSicol6gieo. A terapia oeupaeional visa 0 alivio da dar

e a preventrao, juntamente com a reabilitatrao das alteratroes dos membros superiares e

da pele (SILVESTRE e LIMA, 2001).

Segundo MacDonald (1978), 0 terapeuta inicia 0 tratamento com uma avalia,80,

com 0 objetivo de obter os dados fisicos, funcionais, medicos e socia is do individuo,

incluindo muitas vezes os dados psicol6gicos. Logo que estes itens sejam observados,

inicia-se 0 tratamento propria mente dito. Estes dados devem ser baseados na idade e

24

condi~6es fisicas, juntamente com a patologia associada.

4.1.1 Terapia da Mao - Reabilila9aO Fisica

Para S8 realizar a reabilitac;ao deve-s8 t8r urn conhecimento solido e

compreensao da etiologia da doenya em questao. Ao ser diagnosticada a patologia, 0

reabilitador e responsavel par uma elaboraC;8o,implementayao e supervisao do protocolo

de reabilita,ao. Este protocolo deve ser avaliado e reavaliado conforme 0 progresso do

tratamento (PRENTICE, 2003).

Shutt e Bengtson (1998) enfatizam a importancia da terapia da mao para que a

funr;:c3oresidual do paciente seja maximizada e, para isto, uma adequada equipe deve ser

inciuida na reabilita,ao, com terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e psicologos.

o objetivo basico da reabilita,ao e aumentar a capacidade de um individuo para

que este possa funcionar em seu ambiente e realizar as atividades rotineiras. Para que

uma atividade seja bem realizada, e necessario pratica-Ia. Portanto, e necessaria tragar

um plano gradativo para 0 retorno das atividades, com movimenta,ao ativa (VOIGHT e

COOK, 2003).

As informa,oes sao obtidas pelo terapeuta na avalia,ao e este deve-se utilizar

uma seqUencia para abter dados necessarios. Primeiramente realiza-se a observayao do

membra lesado e suas atuais condiyoes clinicas. Ap6s, pede-se para que 0 paciente

relate as acontecimentos, como exemplo, quais cirurgias realizou, a quanta tempo

apresenta a dar e como foi ocasionada a Iesao inicial. Par fim, realiza-se um exame fisico,

com palpa,oes, cinesioterapia e testes de sensibilidade (MATTAR JUNIOR, AZZE E

LECH2002).

25

5 TRATAMENTO PARA REABILlTAc;:Ao NA TERAPIA DA MAo

Na primeira avalia9ao, 0 terapeuta deve posicionar 0 paciente confortavelmente,

questionar quanta a intensidade da dar neste momento e proporcionar urn ambiente

relaxado, com 0 objetivo de distrai-Io e auxilia-Io a responder as quest6es

(LUECKENOTIE,2002).

Mattar Junior, Azze e Lech (2002) relatam que deve-se realizar a palpa9ao da

pele, observando atentamente as altera90es de temperatura das maos.

Barroso (2003) relata que a dor e um sintoma individual, sendo expressado

apenas a partir do relato do sujeito. Para que seja avaliada, alguns fatores como 0

comportamento, 0 desempenho durante uma atividade, 0 deficit na habilidade requerida

para a realizac;ao e limitac;oes funcionais devem ser observados.

Denegar e Donley (2003) descrevem a dor como sendo uma sensa9ao subjetiva,

com inumeras dimens6es. Esta tern par finalidade avisar ao individuo que algo encontra-

S8 errado, provocando muitas vezes, a prevenC;2Io de les6es piores. A dar cronica,

categoria na qual encaixa-se a DSR, tern probabilidade de tomar-58 uma patologia,

podendo leva-Io a incapacidade, caso nao haja uma lesao identificada.

A dor neuropatica e a DSR, segundo Lianza (2004), exigem cuidados especificos

no local, como a aplica9ao de TENS, com 0 objetivo de alterar 0 limiar da

perceP980 dolorosa, assim como estimular a movimentat;ao do segmento acometido,

resultando na melhoria da atrofia do local.

Tunks e Crook (1996) descrevem que a terapia com relaxamento demonstra

eficacia no controle e diminui9ao da dor. Complementam ainda que 0 relaxamento efavoravelmente comparavel a outros tipos de tratamento psicol6gico e aqueles que

26

evidenciam 0 biofeedback. Relatam que e efetivo, reduzindo a utilizagao de

medicamentos, assim como as express6es verba is e faciais de dor.

o inventario para dar de WISCONSIN, pode ser utilizado para avalia-Ia. Pede-se

para que 0 paciente avalie sua dar, circulando 0 numero que descreve sua dar, devido aDSR

o 4 678 10

sem dar pior dar imaginavel

Fonte: BARROSO, P.N. In: ARAUJO, P.M.P" 2003.

o tratamento, propriamente dite, 56 inicia-se ap6s 0 alivio da dar. Ah§m dos

bloqueios de nervos somaticos, drogas simpatoliticas e simpatectomia cirurgica, pode-se

utilizar a estimulagao nervosa eletrica transcutanea (TENS), colocando nos pontos que

desencadeiam a dar e com a diminuig30 desta, pode-se iniciar alguns exercicios ativos

(BOSCHEINEN-MORRIN, OAVEY e CONOLLY, 1992).

Nesta etapa, 0 terapeuta podera obter 0 grau de amplitude articular em que 0

paciente encontra-se, utilizando urn goniometro. Ap6s recalher as dados compara-s8 com

o membra sadio. Casa ambos as membros estejam acometidos, as seguintes medidas

sao consideradas como fisiol6gicas:

27

Quadro 1:

PUNHO METACARPOFALANGEANAS

FLEXAO 80° 30°EXTENSAO 80° 100°DESVIO ULNAR 30° 20°DESVIO RADIAL 20° 30°

Quadro 2:

ARTICULAi;Ao IFP' ARTICULAi;Ao IFD"

FLEXAO 110° FLEXAO 90°EXTENSAO 0° EXTENS 0 15°* Articulacao Interfalangeana Proximal•.•.Articulacao Inlerfalangeana Distal

ARTICULAi;Ao CARPOMETACARPICA

2° DEDO PRATICAMENTE 1M VEL3° DEDO PRATICAMENTE 1M VEL4° DEDO 5° DE FLEXAO / 5° DE EXTENSAO5° DEDO 10° DE FLEXAO /10° DE EXTENSAO

Quadro 4:

POLEGAR - ARTICULAi;AO TRAPEZIO- METACARPICA

FLEXAO 20°EXTENSAO 20°ADU AO 50°ABDU AO 20°ROTA AOINTERNA 40°ROTA AO EXTERNA 20°

Quadro 5:

ARTICULAi;AO MF' ARTICULAi;AO IF"

•.Articul8CaO Metacarpofalangeana"*Articulatt:to Interfalangeana

Fonte: JUNtOR MATTAR,R.; AZZE,R.J.; LECH,O. Mao.!n: FtLHO BARROS, T.E.P, LECH,O., 2002.

I FLEXAOIFLEXAO

o proximo objetivo do tratamento e controlar e diminuir 0 edema, 0 qual ecaracterizado pelo excesso de Ifquido no organismo sendo uma resposta inflamatoria

28

normal aos traumas. Resulta em danos, devido a perda da fung8.o, e sequelas caso tenha

longa permanencia. Ao avaliar 0 edema, pode-se obter resposta da evolug8.o da doenga.

(FERRIGNO, 2003).

FIGURA 2- VISTA VOLAR DO MEMBRO SUPERIOR AFETADO

FIGURA 3- VISTA LATERAL DO MEMBRO SUPERIOR DIREITO AFETADO EMCOMPARAyAO AO SADIO

Com a utilizagao do volumetro, pode-se medir 0 edema em 10 minutos,

comparando com a mao sadia e observando a quantidade de agua derramada do

recipiente(FERRIGNO,2003).

FIGURA4 - VOUlMETRO

Posicionamento Equipamento

Fonte: FERRIGNO. I.S.V. Edema. In ARAUJO, P.M.P. 2003. p. 8.

Watson e Wilson, 1978, descrevem que em rela~aoao edema, a membra deve

ser elevado e no casa de haver uma lesac naD protegida na mao, uma ortese na regiao

dorsal pade ser utilizada.

Segundo Boscheinen-Morrin, Davey e Conolly (1992), 0 trauma do tecido

compromete a estrutura capilar, provocando 0 extravasamento de sangue e de sora dos

vasos lesados para 0 interior do tecido adjacente.

Estes autores completam que oj a partir da pressao arterial que os membros

superiores recebem 0 suprimento sangtJineo e isla depende de urn bombeamento

realizado pela movimentac;ao ativa. Casa haja uma lesac ou imobilizac;8.o, esle

29

30

mecanisme torna-se precario, resultando em urn edema sem resoluc;ao. Com isto, a mao

assume a posic;ao em garra, ou seja, as articulac;:oes metacarpofalangeanas fieam em

extensao e as interfalfmgicas em flexao.

A fibrosee 0 resultado da falta de nutri,ao nos tendoes, tecidos, nervos, vasos,

articula,oes e musculatura intrinseca. 0 tratamento deve ser imediato para evitar a

fibrose. Em primeiro lugar, faz-se a eleva,ao constante do membro, com 0 objetivo de

eliminar os efeitos da gravidade sabre 0 acumulo sangufneo. Este processo ira auxiliar na

drenagem venosa e linfcHica e quanta maior for 0 grau de elevac;a.o, melhor sera a

diminui,ao do edema (PRENTICE, 2003).

Apos, indica-s8 0 banho de contraste por aproximadamente dez minutos,

intercalando urn minuto na agua em temperatura ambiente e urn minuto na agua morna.

Pode-se realizar a pressao intermitente para 0 fluido linfaticD voltar ao interior do sistema

nervoso, utilizando enfaixamento leve ou faixa elatica. A massagem retr6grada tambem e

indicada, sendo realizada da pOf(;ao distal para proximal. A movimentayao ativa, quando

suportada, deve ser realizada a partir dos dedas, de maneira continua, realizando a flexao

e extensao. 0 exercicio nilo deve causar dor demasiada, pois ha a falta de confiabilidade

par parte do paciente e acarretara 0 cicio vicioso: dar - edema - rigidez. E importante

enfatizar que apes a imobilizac;:;ao ou lesao da mao, as outras articulac;:;6es devem ser

mobilizadas (BOSCHEINEN-MORRIN, DAVEYe CONOLLY, 1992).

Estes autores ainda referem que Kirk Watson elaborou um programa de

tratamento nao invasive baseado na carga de estresse ativa, 0 qual sugere exercicios de

tra9ao ativa e de compressao para produzir estresse as extremidades sem movimento

articular. Sua eficacia e a simplicidade e seguran,a, pois outros metodos nao podem ser

aplicados ate que a dor e 0 edema diminuam. Explica-se ao paciente que no inicio pode

31

ocarrer dar I porern, logo e diminufda. Os metodos descritos por Watson sao:

Escova<;8.o ~ 0 paciente posiciona-se em gatas com uma eSCDva de fibras

grossas no membra lesionado, realizando movimentos para frente e para tras, esfregando

uma placa de madeira. Tambern pode-s8 realizar sobre uma mesa e a escova pode ser

substituida por urn pan~, quando nao apresenta extensao de punho para controlar a

escova.

FIGURA S - ESCOVACAO

Transporte ---7 Com 0 membra afetado em extensao, 0 paciente transporta uma

balsa. Casa naD haja flexao suficiente dos dedos realiza-se 0 enfaixamento em aita na

regiao do punho. 0 peso maximo e de 2,2SKg e 0 minimo O,SKg. Este trans porte deve ser

realizado em pe, principalmente locomovendo-s8.

Com esta programa, pode-s8 observar evoluyao positiva em cinco dias.

Shutt e Bengtson (1998) citam que em casos de diminuiyao da dor em pacientes

32

com DSR, pade-se utilizar as bombas de compressao pneumaticas intermitentes e a

utilizac;c3ode luvas elasticas com pressao graduada de distal para proximal. Estas luvas

iraQreforc;ara dinamica normal dos Iiquidos existentes nos membros superiores, podendo

ser utilizadas durante as AVO's.

Corvelo, Faloppa, Reis et al. (1997) utilizaram, em vinle e cinco pacientes, um

programa de reabilita<;ao 0 qual foi baseado no estresse muscular de trac;ao e

compressao ativa. Com excec;ao de dais pacientes, as quais foram encaminhados

tardiamente para 0 tratamento, observou-se em todos a redu,ao da dor, normaliza,ao de

altera,oes vasomotoras e ganho de amplitude articular.

5.1 PROPOSTA DE TRATAMENTO DE TERAPIA OCUPACIONAL PARA

PORTADORES DE DSR

A partir das peculariedades encontradas durante 0 estudo da OSR, pode-se

sugerir urn Plano de Tratamento a ser seguido par Terapeutas Ocupacionais

especializados em Reabilita,ao dos Membros Superiores (MMSS), para que se possa

obter evolu,ao satislatoria nos casos de OSR.

Tres tipos de cronogramas serao expostos com 0 intuito de atender tres geragoes

diferentes: urn para crianc;as, urn para adultos e urn para idosos, respeitando as

respectivas fases passadas durante a evo!u9ao da doenc;a, considerando os fatores

psicol6gicos e a dor.

33

5.2 PROPOSTA DE PROTOCOLO PARA TRATAMENTO EM CRIAN~AS

1° fase:

Nome: Traumatica ou Aguda

Duractao: Urn a tres meses

1) A diminui9:io do edemaaliviara a dar e juntamentefacilitara a movimentacaoaliva do membra.

1) Atenuar a dar,diminuindo 0 edema

OBJETIVO ATIVIDADES

2) Estimular amovimentacy:io aUvado membra lesado

PRESCRI AO PRINCIPIOS TEO RIC OS1) Massagem retr6gradapar aproximadamente 15au 20minutos e,sirnullaneamente.rnusicas infantis quefalem das partes docarpa, enfatizando aarea lesada.-Banho de contraste,permanecendo com 0membra lesado l' naagua quenle e 1'na tria,totalizando 10'.utilizandourna bacia brinquedosna agua para despertar ainteresse da criancra,- Em casa de ocorrer apersistencia do edema,envolver 0 membralesado com faixaelastica, proporcionandourna leve comoressao.

1) - Em consult6rio,massagem retr6grada ebanho de contraste.- Esle procedimento deveser realizado de tres aqualro vezes ao dia, emdomicmo. No caso da faixaelastica, utiliza.-Ia duranteo dia, e dormir com 0membro posicionado sobreum travesseiro, ate 0retorno ao consult6rio.

2) Utilizar brinquedosque simulem a vida real.induzindo a curiosidadeda crianya. Ex.: Brincarde boneca, lavar louyas,maquiar-se, brincar comcarrinhos, lava-los,cuidar de um animal deestimayao, brincar deescolinha.Introduzir ° treino devestuario, alimentayao ehigiene (AVO's-Atividades de VidaOiaria) e alividades derecreacao e escalares.

2) Em consult6rio, simular 2) 0 membra lesado seraas brincadeiras e pedir movimentado ativamentepara que repitam em casa. denlro do limiar da dar.Observar como eslfla Com estassendo realizadas a s movimentayOes, M aAVO·s. possibilidade de prevenir a- Orientar 0 responsavel e rigidez articular e diminuir 0a criam;:a para que as edema.AVO's, atividadesrecreativas e escalaressejam realizadasindependentemente emdomicllio e escola.

34

20 fase:

Nome: Distr6fica

Dura930: Pode durar do terceiro ao decimo mes (aproximadamente 9 meses).OBJETIVO PRINCIPIOS TEO RIC OS

1) Diminuir 0 edema 1) - Em consutt6rio 1) 0 aumento do tempo damassagem retrograda. massagem e necessaria,-Em domicilio repetir cinco devido a resistencia dovezes ao dia par 30' controle do edema. Deve-se

atentar que e51e controle efundamental para amovimentar;Elo ativa

ATIVIDADES PRESCRI AO1) Massagem retr6grada,par aproximadamente30', com cremes e 61eosperfumados para atrair aatengEio da crianga.Atentar quanta apossibilidade dedesencadear urnprocesso alergico peteusa do 61eo aromatizado.Neste casa utiliza-5e urn61eo neutro exceto 61eode usa culinario.

2) Proporcionar amovimentagao alivae diminui9~10da dar.

2) Programa de carga deestresse - encher umabolsa ou sacola combrinquedos e leva-Ia como membro lesado emextensao (carregando),ate um local pre-determinado, poraproximadamente 10'.Caso nao consigarealizar a flexao dosdedos, enfaixa-se a maoem oito, juntamente aalca, para que consigarealizar a preen saonecessaria. Iniciar compouco peso e aumentargradual mente. Nestaatividade, pode-seproporcionar 0

movimento ativo,fazendo com que apr6pria crianca coloque eretire os objetos dasacola.

2) - Em consult6rio -realizar 0 programa dacarga de estresse.- Em domicflio, realizarmovimentacao ativadurante brincadeiras,auxiliar a mae comcompras desupermercado, porem naoexceder a atividade com 0

uso de grandes cargas, erespeitando 0 limite de dor.

2) Devido ao processo de dore edema, 0 programa decarga de estresse eintroduzido, pois somente irarealizar contracao isometrica

35

3° fase:

Nome: Atr6fica

Dura~ao:Inicia-se no decimo segundo mes, podendo durar anos.

2) Estimular ahidratayao da pele.

2) Pede-5e para que apr6pria crian<;a passe urncreme em seu membralesado poraproximadamente 5' ecom a arientacao e 0auxrtio da terapeuta, 0movimente.

2) No consult6rio realtzar ahidrata<;ao.- Em domicilio, precederda mesma forma em tornade seis vezes ao dia por5'.

1) Devido a rigidez articularinstalada. a crianya teradificuldade para realizarexerclcios ativDS, sendonecessaria a massagem e amovimenta<;ao passiva

OBJETIVO ATIVIDADES PRESCRI AO PRINCIPIOS TEORICOS1) Proporcionar amovimentayaopassiva.

1) Explicar para acrian<;a que ira toca-Ia emassagear seu membralesado, por 20 a 30'.Simultaneamente amassagem retr6grada,deve·se percorrer asarticuta<;:Oes e mov~~tas,passlvamenterespeitando 0 limite dador, que estaradiminufda.

1) - No consult6rio,massagem retr6grada emovimentayao passiva.. Em domicitio . orientaros pais para a reatiza<;:~oda massagem retr6gradade qualro a cinco vezes aodia, por urn periodo de 15'cada.

2) Nesta fase a pele poder;~ terressecamento e baixatemperatura. Com a utiliza<;:aodo creme, a pete sera hidratadae estimulara 0 retorno venoso,elevando a temperatura domembro.

3) Atentar quanta asatividades bruscas

3) Explicar a crian<;:a quesua mao encontra·semais fragi! e por estemativa, nao deve realizaruma for<;:a excessiva,durante as brincadeiras,atividades escolares,AVO's e AVP's.

3) Explicar aas pais que acrian<;:a nao deve realizaratividades que acarretemdor no membro lesado.

3) Oevida a desmineraliza<;:ao,o membra revelara ossosenfraquecidos e caso realizemovimentos bruscos, existe apossibilidade de ocorrer umafralura.

36

5.3 PROTOCOLO PARA TRATAMENTO EM ADULTOS

1° fase:

Nome: Traumatica ou Aguda

Durac;ao: Urn a tres meses

OBJETIVO PRINCIPIOS TE RICOS1) Atenuar a dar, ediminuir 0 edema.

2) Estimular amovimentaya.o ativado membro lesado.

ATIVIDADES1) Massagem retr6gradana regiSo acometida ereJatada perc paCiente,em lorna de 15'.·Banho de contraste,permanecendo l' naagua morna e 1'na aguaem temperaturaambiente, totalizando10'.- Em caso depersistancia do edema,envolver 0 membralesado com urna faixaelastica, proporcionandourna leve compressSo.

2) - Pedlf para que 0paciente realizemovimentos com amassa silicon ada, emtorno de 5', realizar 0treinamento de preen saofina e ampla, comobjetos como: botOes,clips, can eta, mi9angas ebolas de diversostamanhos.- Realizar movimenlosamplos, envolvendocolovelo e ombro, comopintura de quadros,alongamentos,atividades com bola econfe~ao de mosaicon<!p-.9~ao vertical.

PRESCRI9AO1) Em consult6rio, realizarmassagem relr6grada ebanho de contraste.- Em domicllio - orientarquanto a realiza9aO dobanho de contraste, detres a quatro vezes ao dia.No caso da utilizayao dafaixa elastica, utiliza-Iadurante 0 dia, com levecompressao.

2) No consult6rio, realizarmovimentaryao ativa.- Em domicflio utilizar aindependencia para asAVO's, no que diz respeitoaos cuidados basicos,mesmo que a dor persista,pois 0 membro nao podeficar sem movimenta9ao,visando a manuten9ao€.'ou melhora da fun9ao.- Orientar para que naoutilize cargas pesadas,porem, caso sejanecessario, tazer adistribuir;:ao em ambos osmembros.

1) Com estes procedimentos,a diminui~o do edemaaliviara a dor e junlamentefacilitara a movimenta9aoativa do membro.

2) 0 paciente estaramovimentando 0 membrolesado, respeitando seuslimites. Com estasmovimentayaes, M apossibilidade de prevenir arigidez articular e diminuir 0edema, e melhorar a fun9.30.

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20 fase:Nome: Distr6fica

Duracao: Pode durar do terceiro ao decimo mes (aproximadamente 9 meses).

1) Diminuir a edema.OBJETIVO ATIVIDADES PRESCRI AO PRINCIPIOSTEORICOS

1) Massagem retr6grada,com cremes au 61eosexceto 61eo de usaculinario, par maioresperiodos de tempoaoroximadamente 30'.

1) Em consult6rioMassagem retr6grada. _Em domicflio - Repetir amassagem cinco vezes aodia par 30'.

1) 9 edema estara matsresistente ao controle,necessitando de mais tempode massagem.

2) Realizar amovimentac;ao alivae a diminuic;:ao dadar.

2) Devida a dar e edema,esla atividade pade serintroduzida, pois somente irarealizar contrac;:ao isometric8.

2) Programa de carga deestresse - colocar emurna balsa au sacola urnpeso de 1 a 2Kg ebalang8-la com 0membra lesado emextens~o (carregando),ate um local prewdeterminado, poraproximadamente 10' ouao limiar da dor. Cason~o consiga realizar afiexao dos dedos,enfaixawse a m~o emoito, junta mente a al9apara que obtenha apreen sao desejada.Iniciar com pouco peso eaumentar gradual mente.Nesta atividade pode sersolicitado ao pacienteque realize atransferencia de pesosou objetos de um localI para outro.

2) Em consult6rio, realizaro programa de carga deestressewEm domicilio, ap6sorienta9ao desteprograma, realizar de tresa quatro vezes ao dia,inciuindo as atividades docotidiano, como ir aosupermercado, carregaralgumas sacolas e malas,nao esquecendo de fazera distrjbui9~o do peso emambos os membros.

38

30 fase:

Nome: Atr6fica

Dura~ao: Inicia-se no decimo segundo mes, podendo durar anos.

1) Estimular amovimenla9tlOpassiva.

OBJETIVO ATIVIDADES PRESCRI AO PRINCIPIOS TEORICOS1) Em consult6rio -massagem retr6grada.Em domicflio - orientarpara que algum familiarauxilie na realizacao damassagem em casa.

1) Oevido a rigidez articularinstalada, 0 paciente teradificuldade para realizarexercfcios ativQs, sendonecessaria a movimentacaopassiva, para que naodesenvolva a rigidezarticular.

1) ExpHcar ao pacienteque ira toea-Io emassagear seu membralesado com cremes e61e05, exceto 61eo deusa culinario.Juntamente a massagemrelr6grada, percorrer asarticulacOes e mov~-Ias,respeitando 0 limite dadar, que estaradiminu[da. Realizar amassagem por 20 a 30'

2) Proporcionar ahidrata~ao da pele.

2) Pede·se para que 0pr6prio paciente passeum creme em seumembro lesado por 5' ejunlamenle com aterapeuta, 0 movimente,sentindo qual seu limitede dor. Associa-se ahidrata~ao com amovimenta<;:ao ativa.

2) Em oonsull6rio, realizara hidrata~o e estimular 0movimento alivo.- Em domicl1io, realizar aorienta<;ao quanto ahidrata9ao em lorno deseis vezes ao dia porapraximadamente 5'.

2) Nesta fase a pele poden~ler ressecamento e baixatemperatura. Com autiliza9aO do creme, a pelesera hidratada e estimulara 0retorno venoso, elevando atemperatura do membro.

3) Atentar quanta asatividades bruscas.

3) Explicar ao pacienteque sua mao encontra-se mais tragil e por estemotivo, nao deve realizarurna for9a alem do seulimite da dor.

3) Em consult6rio darorienta~ao ao paciente, deque as atividades queexijam torc;a demasiada,poderao agravar 0 quadrade sua palolo ia.

3) Devido adesminerariza~ao, 0 membrareverart! 05505 enfraquecidose caso realize movimentosbruscos, ha risco de fralura,

5.4 PROTOCOLO PARA TRATAMENTO EM 100SOS

uma pre-avalia9ao mais detalhada sabre suas atuais condigoes de saude, devido a

Alem do tratamento direcionado a DSR, com urn paciente idoso deve-se realizar

existencia de uma menor forc;a muscular, pele com maior ressecamento e menor

flexibilidade. Estes itens sao de extrema importancia, pois esta populaC;aopode revelar

outros tipos de patologias associadas, como Diabetes, Hipertensao, Mal de Parkinson,

Mal de Alzheimer, Osteoporose e outras.

1° fase:

Nome: Traumatica ou Aguda

Durac;ao: Urn if tres meses

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OBJETIVO1) Atenuar a dar, ediminuir 0 edema

2) Eslimular amovimentaytlO aUvado membra lesado.

ATIVIDADES1) Massagem retr6gradana regiao acometida erelatada pelo paciente,em torna de 15'.-Banho de contraste,permanecendo l' naagua morna e 1'na aguaem temperaturaambiente, totalizando10'- Em casa depersistencia do edema,envolver 0 membralesada com uma faixaelastica, proporcionandouma leve compressao.

2) - Pedir para que 0paciente realizemovimentos com amassa siliconada, emtorna de 5', realizar atreinamento de preensaofina e ampla, comobjetos como: bot6es,clips, canela, mii):angas ebolas de diversostamanhos.- Realizar movimentosamplos, envolvendocotovelo e ombro, comopintura de quadros,alongamentos,atividades com bola econfecyao de mosaicona posi((ao vertical.

PRESCRI(,:AO1) Em consult6rio, realizarmassagem retr6grada ebanho de contraste.-Em domicflio - orientarquanto a realiza((ao dobanho de contraste, detres a quatro vezes ao dia.No caso da utilizayao dafaixa elastica, utiliza-Iadurante 0 dia, com levecompressao.

2) No consult6rio, realizarmovimenta((aO ativa.Em domicllio, utilizar aindependencia para asAVO's, no que diz respeitoaos cuidados basicos,mesma que a dor persista,pais a membra naa podeficar sem movimentagao,visando a manutengaae/ou melhara da fun((aa.- Orientar para que naoutilize cargas pesadas,porem, caso sejanecessario, fazer adistribuigao em ambos osmembros

PRINCIPIOS TEORICOS1) Com estes procedimentos,a diminui9ao do edemaaliviara a dor e juntamentefacilitara a mO'limenta((aOativa do membra.

2) 0 paciente estaramovimentando a membralesado, respeitando seuslimites. Com estasmovimenta((oes, M apossibilidade de prevenir arigidez articular e diminuir 0edema, e melhorar a fun9ao.

2° fase:

Nome: Oistr6fica

Ourac;ao: Pode durar do terceiro ao decimo mas (aproximadamente 9 meses).

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1) Diminuir 0 edema.OBJETIVO ATIVIDADES PRESCRI AO PRINCIPIOS TEORICOS

1) Massagem retr6grada, 1) Em eonsult6rio -com cremes ou 61eos Massagem retr6grada. _exceto 61eo de usa Em dornieilio - Repetir aculinario, por maioresperiodos de tempoaproximadamente 30'.

massagem cinco vezes aodia par 30'.

1) 0 edema estara rna isresistente ao contrale,necessitando de mais tempode massagem.

2) Realizar amovimenlayao ativae a diminuicao dador.

2) Pragrama de carga deeslresse - colocar emuma bolsa ou sacola umpes01kga2Kg ebalanCa-la com 0membro lesado emextensao (carregando),ate um local pre-determinado, poraproximadamenle 10' auao limiar da dor. Casonao eonsiga realizar af1exao dos dedos,enfaixa-se a mao emoilo, juntamente a aleapara que obtenha apreensao desejada.Iniciar com poueo peso eaumentar gradualmente.Nesta atividade pode sersolieitado ao paeienteque realize atransferancia de pesosou objetos de um localara outro.

2) Em consult6rio, realizaro programa de earga deestresse.Em domicflio, ap6sorientaeao desteprograma, realizar de tri!:sa quatro vezes ao dia,incluindo as atividades docotidiano. como ir aosupermercado, carregaralgumas sacolas e malas,nao esqueeendo de fazera distribuieao do peso emambos as membros.

2) Devido a dor e edema,esla alividade pade serinlroduzida, pois somente irarealizar contracao isometrica.

3° fase:

Nome: Atr6fica

Durat;ao: Inicia~se no decimo segundo mes, podendo durar anos.

OBJETIVO ATIVIDADES PRESCRI AO PRINCIPIOS TEO RIC OS1) Estimular a 1) Explicar ao paciente 1) Em consult6rio - 1) Devido a rigidez articularmovimentacao Que ira toea-Io e massagem retr6grada. instalada, 0 paciente terapassiva. massagear seu membra Em domicllio - orientar dificuldade para realizar

lesado com cremes e para Que algum familiar exerclcios ativos, sendo6leos, exceto 61eo de auxilie na realizayao da necessaria movimenta~ouso culinario. massagem em casa. passiva, para que naoJuntamente a massagem desenvolva a rigidezretr6grada, percorrer as articular.articulacces e mov(:-Ias,respeitando a limite dadar, Que estaradiminulda. Realizar amassagem par 20 a 30'.No caso do idoso, amovimenta((ao deve serbastante cuidadosa, e asposslveis patologiasassociadas, respeitadas.

2) Proporcionar a 2) Pede-se para que 0 2) Em consult6rio, realizar 2) Nesta fase a pele poderahidratacao da pele. pr6prio paciente passe a hidratacao e estimular a ter ressecamento e baixa

um creme em seu movimento ativo. temperatura. Com amembro lesado por 5' e Em domicllio, realizar a utilizacao do creme, a pelejuntamente com a orientacao Quanta a sera hidratada e estimulara aterapeuta, 0 movimenle, hidrata~o em torno de retorno venoso, elevando asentindo qual seu limite seis vezes ao dia par temperatura do membro. Node dor. Associa-se a aproximadamente 5'. idoso, este procedimentohidratacao com a deve ser primordial e commovimentacao ativa. maior freQO(:ncia, devido ao

ressecamento natural daI Dele.

3) Alentar quanta as 3) Explicar ao pacienle 3) Em consult6rio dar 3) Devida aatividades bruscas, que sua mao encontra- orientacao ao paciente, desmineralizacao, tantoprincipalmente nesta se mais fragil e par este que ao realizar as ocasionada pela DSR, comopopula9Ao. motivo, nao deve realizar atividades do cotidiano pela posslvel exislencia

uma far((a alem do seu Que exijam forca devido a idade avanyada, alimite da dar. demasiada, agravara 0 membra revelara assos

quadro de sua palolagia. enfraquecidos e casa realizemovimentos bruscos, Mmaior risco de fratura.

41

42

5.5 PROTOCOLO PARA A REALlZA<;:Ao DAS ATIVIDADES DE VIDA

DIARIA (AVD'S)

Durante 0 tratamento da DSR e de extrema importancia que a paciente mantenha

seu membra lesado em movimento, principalmente durante as AVO's, para que 0

individuo naD S8 torne dependente de familiares. Em contrapartida, alguns movimentos

bruscos au que exijam peso excessive devem ser abo1idos, pelo menDS no inicio do

tratamento ate que a paciente readquira a forc;a e treinamento necessaria.

Par este motivD, pode-s8 realizar uma ficha, contendo as atividades que podem e

devem ser realizadas, assim como as que devem ser restritas. A seguir, urn modele fo;

elaborado para este fim. Casa 0 paciente possa ou naD realizar tal modelo de atividade,

marea-S8 um X nas colunas indicadas. A cotuna de observa90es serve para que cad a

paciente relate como realiza estas atividades e se necessario auxilia-Io com adapta90es

para esta realiza9ao. Deve-se lembrar que cada individuo tern urn modo de vida, com

particularidades, as quais devem ser pontuadas para que as orienta90es sejam

devidamente seguidas.

Na alimenta9ao, entram as questoes desde comer independentemente ate

preparar seu alimento, abrindo recipientes e cozinhando. Na higiene, deve-se atentar

quanto ao banho, escova9ao de dentes e de cabelo e realiza9ao de necessidades

fisiol6gicas. 0 vestuario, engloba desde 0 pegar roupas no armario, posicion a-las em um

local adequado, vestir-se, despir-se e fechar e abrir boWes, ziper, colchetes e amarrar

sapatos. Quanto a locomo9ao, deve-se orientar caso utilize autom6vel, bicicleta, moto e

transporte publico para suas atividades cotidianas. As tarefas de casa devem ser bastante

detalhadas, pois compoe a arruma9ao da cama, limpeza de m6veis, vidros, lavagem de

43

roupas, utiliza~aode ferro eletrico e de aspirador de po, carregar e guardar compras,

assim como manusear telefones, computadores, escrever cartas au bilhetes. As

atividades de lazer podem ser diversas, distinguindo-se bastante quanta aos seXQS, desde

jogar futebol, basquete, ate fazer trico au preparar bolos em tempos vagos.

As atividades escolares devem ser orientadas junto aDs pais assim como tambem

com as professores que, em casa de desconhecimento da situa9aO, podem exigir que a

crianya realize algum tipo de atividade que esta nao tenha capacidade.

E, par fim, as atividades do trabalho devem ser minuciosas e orientadas quanta a

postura necessaria, manuseio de objetos perto do corpo e no inicio, abolir atividades

bruscas (RIVERS e FISHER, 1994).

PROTOCOLO PARA A REALIZACiio OAS ATIVIOAOES OE VIOA DlARIA (AVO'S)

AVO'S PODE REALIZAR NAO PODE REALIZAR OBSERVA OESALiMENTACilO

HIGIENEVESTUARIOLOCOMO AO

TAREFAS DE CASA --ATIVIDADES DE LAZER

ATIVIDADES ESCOLARESATIVIDADES DE

TRABALHO

Vale salientar que com a elabora9ao deste protocolo, a autora deste estudo

pretende contribuir com a constru9c3o e a estabelecimento de uma metodologia de

atendimento e tratamento de reabilita9c3o de mao, uma vez que a sistematiza9ao dos

procedimentos a serem adotados ira facilitar de forma significativa a atua9c3o dos

profissionais terapeutas da mao.

44

6 CONCLUSAO

A partir das pesquisas realizadas sobre a patologia de DSR p6de-se constatar

que trata-se de uma doen,a que exige aten,ao dirigida, particularmente por apresentar,

como tatar de maior relevancia, a dor em queimat;:a.o.

A partir destes dad os, observou-se que e de grande importancia a intervenryao da

Terapia Ocupacional, mais especificamente a Terapia da Mao, cujas tecnicas e

procedimentos sao capazes de auxiliar de forma significativa no tratamento de

reabilita,ao. Sendo assim, e possivel elaborar uma proposta de protocolo para a

reabilitac;ao, 0 qual visa a diminuic;ao da dar, retorno da movimentac;ao e, principalmente,

a independencia para as AVO's, as quais sao primordiais para 0 ser humane e sao

realizadas e orientadas especificamente pelo Terapeuta Ocupacional.

o objetivo e nao retardar a funcionabilidade e fazer com que 0 portador da DSR

evolua 0 mais rapidamente passivel, prevenindo passiveis transtornos au Dutras

patologias associadas.

Outro fator importante e que 0 diagn6stico seja bem definido, levando em

considerac;ao a nova nomenclatura da SOCR, as quais podem ser confundidas com

outras sindromes dolorosas.

Sendo assim, 0 motivo da pro posta do protocolo e especificamente para a SDCR

tipo I, a qual nao evidencia presenya de lesao nervosa especifica. Oeve-se acentuar que

este protocolo, por ser uma proposta, pode ser adaptado para cada paciente, respeitando

suas individualidades, tendo como profissional habilitado para a utiliza,ao deste, 0

Terapeuta de Mao.

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